Revista Repararação Automotiva - 89

correia de Substituição da tensionador acessórios e s anges traseiro Aplicação dos fl VW da linha sem sensores

Jeep Renegade

X Peugeot 2008

Janeiro de 2016 Distribuição Nacional

89

A revista que muda com o reparador moderno

Reparação no , Em mais um m as reparadores dita om regras no jogo c para a as montadoras no carro conquista do do

Editorial 03

A PAUTA DA RepaRaçãO Oferecer uma revista capaz de refletir as tendências e anseios do mercado de reparação é o nosso desafio mensal. A cada edição, para fazer parte das páginas da Reparação Automotiva, buscamos informações com executivos e reparadores sobre as tendências e acontecimentos do mercado e elegemos os assuntos de maior relevância, capazes de contribuir para o fortalecimento e profissionalização do setor.

Uma das principais fontes para a elaboração de nossas pautas são os fóruns. Nesses eventos, reparadores automotivos, formadores de opinião, trocam experiências e apontam quais são as principais tendências do segmento no País. Em dezembro, promovemos mais um encontro com esses profissionais. Dessa vez, a sede foi o centro de treinamento da Volkswagen em Santo Amaro na capital paulista.

Portanto, a primeira edição do ano não poderia ser diferente. Nas próximas páginas, mostraremos o que foi discutido no fórum Reparação Automotiva, as tendências apontadas e os desafios para o ano que se inicia apontados pelos reparadores participantes do evento.

Convidamos você leitor a participar dessa reflexão ao ler a matéria de capa e a contribuir com o fortalecimento do nosso segmento na elaboração de uma publicação que é o espelho do moderno reparador de veículos, participando de nossas redes sociais, enviando sugestões, além de acompanhar as notícias no nosso site.

Além da cobertura do fórum, apresentamos dicas técnicas para facilitar o dia a dia na oficina mecânica e a interessante história de um veterano do ramo de reparação automotiva.

Em 2016, reafirmamos nosso compromisso de contribuir com o amadurecimento do mercado de reparação automotiva em todo o País. Ao abordar a atividade de reparação de veículos como a pauta principal.

Sumário 04

08

Entrevista Jerônimo Mendes fala

89

sobre profissionais e empresas que

superam crises

12 Avaliação Sua revista mensal de informação e atualização profissional Ano 8 | Janeiro de 2016 Distribuição Nacional

Jeep Renegade X Peugeot 2008

17 Dicas Técnicas Aplicação dos flanges traseiros

A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNEWS Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.

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www.reparacaoautomotiva.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes.

As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

Circulação auditada pelo

sem sensores da linha VW

18 Dicas de Gestão Jovens talentos e indústria automotiva

20 Passo a passo

Substituição da correia de acessórios e tensionador no Chevrolet Prisma 2015

24 Equipamentos Medidor de pressão de óleo

26 Capa

Fórum Reparação Automotiva reúne formadores de opinião do setor

34 Especial Saiba como conduzir processos sucessórios em oficinas mecânicas

38 Papo Legal

com Luiz Ferreira do Carmo da Mecânica Eliana

42 Casos de Oficina Histórias curiosas contadas por mecânicos

45 Novidades Principais notícias do setor

08 Anunciaram nesta edição

Aplic 09/11 Autop 25 Autopar 19 Corteco 07 Fabrini 18 Iguaçu 23 Max Gear 46 Motorcraft 02/51 Pafemar 49 Renault 52 Rumo Certo 24 Urba 15 Zmix 31

26

20 12

38

Que capa é essa?

12

Dando sequência ao fórum da edição 84, a ilustração de capa coloca a oficina dentro do jogo. Simbolizando o debate, os reparadores estão literalmente no controle de um jogo de tabuleiro no maior estilo “Banco Imobiliário”, ou melhor, “Banco Automotivo”? Alguns detalhes tecnológicos, texturas e até os pequenos dados demonstram indiretamente tendências do mercado. A propósito, algo que merece destaque é a composição dos números dos dados – tanto o resultado acima quanto a soma dos lados é igual ao número de edições da nova Reparação Automotiva: 12.

A capa dessa edição poderia simplesmente ilustrar uma oficina e falar dos planos para este ano, mas estamos bem longe dos clichês. Afinal, a Reparação Automotiva é a revista que muda com o reparador moderno! por Sérgio Parise

BRUNO CAETANO é diretor superintendente do Sebrae-SP

VOO SOLO

Sebrae 06 A crise está aí fazendo estragos

No empreendimento de uma pes-

generalizados como o aumento

soa só, por mais que os recursos

do desemprego, que em outubro

passem por um único bolso (o do

atingiu 7,9% e, segundo as mais

dono), é vital separar as contas

recentes previsões, deve chegar

profissionais das pessoais ou será

a 10% no ano que vem. Um dos

difícil saber exatamente quais são

claros sinais da atual desarmo-

os custos, quanto é o faturamento,

nia na economia. Nesse contexto,

lucro e demais movimentações.

não é raro demitidos buscarem no

O empreendedor tem de saber

empreendedorismo a saída para

dividir-se em diversas atividades,

manter a vida no compasso cer to.

executá-las com domínio, dedicando

Em muitos casos surge a chamada

a cada uma o tempo adequado sem

“empresa de uma pessoa só”, na

prejudicar o andamento do negócio.

qual o proprietário faz tudo.

Vender, negociar com fornecedores,

Como aquele músico que sai

cuidar da contabilidade... é o ho-

de seu grupo - onde dividia respon-

mem-banda tocando bumbo, prato,

sabilidades e funções - e opta pela

gaita, violão, etc. simultaneamente.

carreira solo, esse novo empreen-

A tecnologia é aliada capaz de

dedor deixa de ser funcionário de

economizar tempo e facilitar o dia

uma corporação para sozinho ter

a dia. Serve para controlar ope-

de tomar todas as decisões e agir.

rações bancárias, fazer contatos,

Seja na vida ar tística ou no mundo

se comunicar com fornecedores e

dos negócios, talento e força de

clientes, divulgar o produto e as-

vontade não são suficientes para

sim por diante. Aliás, a divulgação

levar ao sucesso. É necessário se

jamais pode ser negligenciada.

estruturar e se organizar.

Quem não aparece, deixa de existir

Uma vez feita a opção por

para o público. É fundamental estar

montar a própria empresa, os

presente na lembrança das pesso-

instrumentos de gestão têm de

as. O consumidor pode não querer

estar afinados, a começar pelas

comprar determinado item agora,

finanças. Quem não cuida bem

mas quando desejar, vai procurar

do dinheiro não se estabelece.

quem está vivo na sua mente.

Outro fator crucial é ter uma estratégia para quando não for

QUEM NÃO CUIDA DO DINHEIRO NÃO SE ESTABELECE. NO EMPREENDIMENTO, É VITAL SEPARAR AS CONTAS PROFISSIONAIS DAS PESSOAIS

trabalhar (em caso de doença e férias). Parcerias com outros profissionais e empresas são úteis nessas horas para não deixar de atender algum cliente.

Se a regra é dançar conforme a música, a atual recessão impõe aprender novos passos. Só assim será possível superar essa fase hostil sem perder o ritmo.

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Divisão de Reposição

Entrevista 08

Reparação Automotiva 89 | Janeiro de 2016 |

Há

saída

Em entrevista para a Reparação Automotiva, o consultor Jerônimo Mendes fala com exclusividade sobre as características de empresas e profissionais vitoriosos que superam os momentos de crise e sobrevivem ao longo dos anos.

por Christiane Benassi | fotos divulgação

Reparação Automotiva: Quais são

renda nem esperança, infelizmente. Em 2015, embora ainda não tenhamos uma

os fatores que causam mortalidade

estatística formal, dados extra-oficiais indicam que em torno de 200 mil empre-

das empresas? É possível evitá-los?

sas fecharam as portas no Brasil.

Mendes:

Pode-se

considerar

Reparação Automotiva: Mas a inovação é possível em períodos de crise?

inúmeros fatores: falta de capital de

Mendes: Sem dúvida. Em tempos de crise é que a inovação tem mais

giro, recessão econômica, falta de

chance de aparecer. Inovação pode ser em produtos, serviços e processos,

clientes, carga tributária elevada,

portanto, não existe empresa que não precise de mudanças dessa natureza.

etc., entretanto, o principal fator con-

Reparação Automotiva: Qual é o segredo das empresas que sobrevivem

tinua sendo a falta de planejamento.

por mais tempo?

Reparação Automotiva: Em que medi-

Mendes: Como afirmava Jeffry Timmons, especialista em empreende-

da a conjuntura econômica contribui

dorismo, o segredo é que não há segredo. O que existe é uma mistura de

para o fracasso de uma empresa?

planejamento, aproveitamento das oportunidades, determinação, adaptação às

Mendes: Empresas em geral

mudanças, foco e posicionamento.

são sustentadas pelo consumo de

Reparação Automotiva: Para o gestor, quais são as habilidades necessárias

produtos e serviços, o que, por sua

para garantir uma maior vida útil à empresa?

vez, estimula o aumento do emprego, da renda, dos impostos e assim por diante. Na medida em que a economia retrai, o efeito cascata entra em ação, pois as pessoas se sentem inseguras em relação ao futuro e, automaticamente, diminuem o consumo.

Sem consumo, não há emprego nem

Quanto mais você aprender a lidar com dinheiro e pessoas, maior a chance de sucesso

09

Entrevista 10

Os princípios da gestão são universais. Fluxo de Caixa, Orçamento, Logística etc. existem desde o tempo de construção das pirâmides e do Império Romano

dade da gestão mais profissionalizada do negócio.

Reparação Automotiva: Quando falamos de empresas familiares a situação é diferente. É possível um processo de sucessão tranquilo?

Mendes: Depende de vários fatores: do nível de maturidade do negócio, dos modelos mentais, da história e da cultura da família. Em geral, os processos são complicados porque dependem muito mais de questões emocionais do que racionais. Se o negócio começa certo, tudo fica

Mendes: A liderança é uma competência

mais fácil, caso contrário, sempre haverá inte-

macro que pressupõe o somatório de diferen-

resses contrários ao interesse principal que é a

tes habilidades, entretanto, por experiência em

perpetuação do negócio para o bem da família.

coaching, diria que no momento difícil que o

Reparação Automotiva: No segmento de re-

país atravessa, as principais são: pensamento

paração automotiva, empresários e profis-

estratégico, pensamento sistêmico, capacidade

sionais lidam diariamente com uma série de

de resiliência, foco e planejamento.

desafios. O principal deles é a dificuldade a

Reparação Automotiva: Nesse processo, qual

informações técnicas. Ironicamente, são elas

papel assumido pelos colaboradores?

que garantem o diferencial competitivo deles.

Mendes: O papel dos colaboradores é fundamental, entretanto, seu desempenho depen-

Qual é na sua opinião o peso do conhecimento para pessoas e empresas?

de muito dos líderes. Quando há liderança, o

Mendes: Negócio é negócio em qualquer lu-

aproveitamento interno é mais efetivo, pois as

gar do mundo e sempre dependerá de uma boa

pessoas tendem a seguir um modelo e isto co-

gestão. Sempre digo que não existe negócio que

meça com os líderes. Como diria Ram Charam,

não dê dinheiro, entretanto, a gestão é um desa-

os líderes conseguem o comportamento que

fio e quando se trata de gestão, dois pontos são

demonstram e toleram.

fundamentais: lidar com pessoas e lidar com

Reparação Automotiva: Esses modelos de

dinheiro. Quanto mais você aprender a lidar com

gestão são específicos das grandes corpora-

dinheiro e pessoas, maior a chance de sucesso.

ções? Como garantir a sobrevivência de uma

Reparação Automotiva: Quais são as suas ex-

pequena empresa?

pectativas para 2016?

Mendes: Os princípios da gestão são univer-

Mendes: Sou um otimista de carteirinha,

sais. Fluxo de Caixa, Orçamento, Logística etc. exis-

sempre vejo as coisas com bons olhos, apesar

tem desde o tempo de construção das pirâmides

de tudo que está acontecendo no Brasil. Se você

e do Império Romano. As grandes corporações já

depender do governo, você não anda, portanto,

aprenderam o caminho das pedras e, salvo exce-

coloque uma meta na cabeça, olhe sempre para

ções, não se descuidam da gestão, ao contrário das

frente e monitore os resultados diariamente. Nada

pequenas que demoram para entender a necessi-

resiste ao trabalho e ao desejo de prosperar.

Avaliação 12

Ficha Técnica Jeep

Renegade Motor

1.8 E.TorQ Evo Flex AT6 Disposição: Dianteiro transversal Número de cilindros: 4 em linha Número de válvulas: 16 Taxa de compressão: 12,5:1 Cilindrada: 1.747,0 cm³ Potência máxima: 130 cv (G) / 132 cv (E) a 5.250 rpm Torque máximo: 18,6 kgfm (G)/ 19,1 kgfm (E) a 3.750 Injeção de combustível: Injeção multiponto, sequencial indireta Transmissão: automática, 6 velocidades Tração: Dianteira Direção: Assistência elétrica

Suspensões

Dianteira: Independente tipo McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores, com geometria triangular e barra estabilizadora Traseira: McPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora

Dimensões/Capacidades Comprimento: 4.232 mm Entre-eixos: 2.570 mm Largura: 2.018 mm Altura: 1.705 mm Tanque de combustível: 60 litros Porta-malas: 260 litros/ 1.300 litros (banco traseiro rebatido)

Rodas/Freios

Pneus: 215/60 R17 Rodas: Liga leve 7,0Jx17” Dianteiros: Disco ventilado, diâmetro de 305 x 28 mm Traseiros: Disco sólido, diâmetro de 278 x 12 mm

UTILITÁRIOS utilitários Lançado em março

do ano passado pela FCA- Fiat Chrysler Automobiles, o Jeep Renegade é um veículo mundial do Grupo. Também é o primeiro modelo produzido nas instalações da unidade industrial localizada em Goiana, Pernambuco.

São duas opções de motorização, uma movida a diesel e a outra Flex, igual a avaliada nesta edição da revista Reparação Automotiva.

Este propulsor é o 1.8 E.TorQ Evo Flex, uma evolução do E.TorQ utilizado nos modelos da Fiat. Entrega potência de 130 cv (G)/132 cv (E) e torque de 18,6 kgfm (G)/ 19,1 kgfm (E) a 3.750 rpm. O câmbio pode ser manual de 5 marchas ou automático de 6 velocidades.

Antonio Augusto, o Guto da GPauto, centro automotivo localizado no Jardim Peri Peri, Zona Oeste de São Paulo, considera que as condições de reparabilidade do propulsor são boas. “O cofre do motor é amplo, o que proporciona bom espaço para trabalhar”.

Por Edison Ragassi | Fotos ZNEWS

CONHEÇA AS CONDIÇÕES DE REPARABILIDADE DOS SUV’S JEEP RENEGADE E PEUGEOT 2008. AMBOS CHEGARAM NO MERCADO BRASILEIRO DURANTE 2015

Reparação Automotiva 89 | Janeiro de 2016 |

13

Ficha Técnica Peugeot

2008 Griffe Motor

1.6 THP Disposição: Dianteiro transversal Número de cilindros: 4 em linha Número de válvulas: 16 Taxa de compressão: 10,3:1 Cilindrada: 1.6 L Potência máxima: 165 cv (G)/ 173 cv (E) a 6.000 rpm Torque máximo: 24,5 kgfm (E/G) a 1.750 rpm Injeção de combustível: Injeção direta de combustível Transmissão: Manual de 6 velocidades Tração: Dianteira Direção: Assistência Elétrica

Suspensões

esportivos No Jeep Renegade

, as suspensões são McPherson, com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora na dianteira. “Para retirar os amortecedores dianteiros é necessário antes deslocar a grade superior” fala ele. Na traseira utiliza links transversais, laterais e barra estabilizadora, ambas necessitam de alinhamento.

“Ao substituir os amortecedores traseiros, o processo começa com a retirada da capa”, complementa

Os freios são

Dianteira: Pseudo McPherson, independente, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora Traseira: Travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora

Dimensões/Capacidades Comprimento: 4.159 mm Entre-eixos: 2.542 mm Largura: 1.739 mm Altura: 1.583 mm Tanque de combustível: 53 litros Porta-malas: 355 litros/ 1.316 litros bancos rebatidos

Rodas/Freios

Pneus: 205/60 R16 Rodas: Liga leve 16” Dianteiros: Discos ventilados 283 x 26 mm Traseiros: Discos sólidos 249 x 9 mm

a discos ventilados (305 x 28 mm) na dianteira. A traseira tem discos sólidos (278 x 12 mm), em ambos a pinça é flutuante e um cilindro de comando para cada roda. O freio de estacionamento é acionado eletricamente. “Para substituir as pastilhas traseiras o reparador utiliza o equipamento de diagnóstico para dar o comando e abrir as pinças”. A direção utiliza assistência elétrica.

Avaliação 14

Na avaliação

de Guto, para realizar a revisão do Jeep Renegade o reparador necessita ter o conjunto completo de soquetes torx. “Ao fazer a revisão que seja necessário substituir óleo, filtros, discos e pastilhas, o tempo médio será de quatro horas. É um carro de simples manutenção, não há dificuldades ao realizar serviços”.

Filtro de óleo/ Bujão do cárter O elemento filtrante de óleo é do tipo ecológico, para retirar a tampa, a chave é 36 mm. Já para soltar o bujão do cárter a chave é L 13 mm.

Velas

No sistema de velas, as bobinas são individuais, para retirá-las a chave é de 10 mm, e para soltar a vela é de 5/8”

Filtro de combustível Colocado ao lado do tanque, a retirada acontece com uma chave de 10 mm

Filtro de ar

Não há necessidade de ferramentas especiais para trocar o filtro do ar, o processo é realizado com uma chave Phillips para abrir a tampa da caixa

O Renegade é

Concorrência acirrada Em abril foi a vez da Peugeot iniciar as vendas de seu utilitário esportivo. Também modelo mundial, o 2008 tem duas opções de motorização Flex 1.6L aspirado e 1.6 THP, com injeção direta de combustível e turbo.

comercializado na versão de entrada com câmbio manual por R$ 69.900. A opção Sport custa R$ 72.900 (manual)/ R$77.900 (automático). Traz de série itens como: Alarme, rádio integrado ao painel com RDS, porta USB, Bluetooth, 6 alto-falantes , apóia-braço com porta-objetos, vidros e retrovisores elétricos, ar-condicionado, computador de bordo (distância, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia), faróis e lanterna traseira de neblina, controle eletrônico anticapotamento, controle de estabilidade (ESC), inclusive para trailer (com engate Mopar), sensores de estacionamento traseiro, controles de velocidade de cruzeiro e de tração, rodas em liga aro 16’’e pneus 215/65, entre outros.

A opção Longitude sai por R$ 84.900 e a Limited Edition custa R$91.900, ambas com transmissão automática de 6 velocidades.

Avaliação 16

O segundo é

a versão avaliada nesta edição, sua potência é de 173 cv (E)/ 165 cv (G) a 6.000 rpm e torque de 24,5 kgfm (E)/ 24,5 kgfm (G) a 1.750 rpm. Com este motor só há opção de câmbio manual de 6 velocidades.

“Este propulsor exige mais conhecimento técnico, pois utiliza injeção direta. Assim, o acesso aos biocos (bicos)e corpo de aceleração é complexo.

Já para acessar o intercooler e a turbina não há dificuldades”, avalia o diretor da GPauto.

Os freios são a discos ventilados (283 x 26 mm) na dianteira e sólidos na traseira (249 x 9 mm). “Os discos e pastilhas não oferecem dificuldades ao substituir os itens, na traseira é necessário a ferramenta para afastar a pinça”, fala ele.

Segundo Guto, o tempo médio para fazer a revisão do 2008 onde serão substituídos óleo, filtros, discos e pastilhas será de quatro horas.

Filtro de combustível

O filtro de combustível é colocado ao lado do tanque, próximo está o canister, antes de acessá-los é necessário retirar a tampa de proteção

Antonio Augusto da GPauto avalia reparabilidade de ambos veículos

O Peugeot 2008

versão Griffe 1.6 THP custa R$ 79.590, traz de série o ar-condicionado duas zonas, central multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas, navegação por GPS, aplicativo MyPeugeot, que permite transmitir via Bluetooth para o celular informações sobre autonomia e consumo, trajetos realizados, a última posição do veículo e o tempo que falta para a próxima revisão, alarme, sensor de estacionamento, 6 airbags, controle de velocidade, luzes diurnas em LED, vidros, travas e retrovisores elétricos.

Ao comparar as condições de reparabilidade dos dois utilitários esportivos o diretor da GPauto considera que eles são semelhantes ao realizar as manutenções básicas, porém, “em ambos o reparador necessita do equipamento atualizado para realizar os diagnósticos por causa da tecnologia embarcada”, complementa.

O utilitário esportivo

da Peugeot tem suspensão dianteira do tipo Pseudo McPherson, é independente, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora. “Também não há dificuldades ao substituir os amortecedores, porém, para ter total acesso, antes é preciso soltar a grade superior”, comenta.

A suspensão traseira tem travessa deformável, com os mesmos tipos de amortecedores emolas da dianteira e barra estabilizadora.

Velas

Para retirar as bobinas é só soltar os conectores e as velas utilizam chave de 14 mm

Filtro de ar

Para substituir o filtro de ar é necessário uma chave torx T25

Dicas de Gestão 18

O cliente é A chegada do novo ano é uma boa oportunidade para repensar suas estratégias de gestão e reorganizar a empresa.

Portanto, aproveite o momento para atualizar a sua agenda e colocar em prática um plano de ação para fidelizar o cliente. Nessa edição, preparamos algumas dicas de como isso é possível:

Mostre como o seu produto/ serviço pode ajudar o cliente Prepare alguns folhetos para serem distribuídos, ou então, oriente seus colaboradores a falarem bem do seu negócio.

Data de aniversário Não deixe de cumprimentá-lo.

Conquistando na informalidade Sabe aquele papo informal que você

Abuse da tecnologia

tem com o cliente? Quando ele fala um

Uma excelente maneira de valorizar o seu cliente é

pouco das suas preferências pessoais?

mandando uma mensagem de impacto para o seu

Ele funciona e pode ajudá-lo na

celular no início da semana, via SMS ou WhatsApp.

elaboração das outras ações.

É uma atitude diferente, ousada e que estreita, ainda mais, a relação com ele.

Surpreenda-o

Agradeça e reconheça o cliente Sempre que você conseguir algo

Um brinde nunca é demais e mostra para o cliente o

especial mande um e-mail para todos

quanto ele é importante para a sua empresa. O que

os seus clientes agradecendo pelo

você tem feito de diferente para estreitar a relação com

apoio, pela ajuda e pela confiança que

os seus clientes?

depositaram no seu trabalho.

E

das o i o p a o m e t o çã e s a ss

Como fazer?

20

PassO a PaSSO substituição da correia

Acompanhe o processo para a substituição da correia sincronizadora e de acessórios do Chevrolet Prisma 2012 com propulsor 1.4 Econo.Flex Por Edison Ragassi Fotos ZNEWS

de acessórios e tensionador A reportagem da revista Reparação Automotiva foi até o Centro Automotivo Taxi & Cia, localizado no Brás, Zona Leste de São Paulo. A unidade é gerenciada por Vladmir Ramos de Oliveira. Lá o engenheiro mecânico Fernando Celso Prado, Luciano Santana Barbosa, técnico da Gates e o reparador Rafael Silva de Jesus mostram o processo correto para substituir a correia sincronizadora (correia dentada) e de acessórios (Multi V) do Chevrolet Prisma 2012. O carro é equipado com motor 1.4L Econo.Flex e também pode ser utilizado nos propulsores 1.0L VHC. Segundo os profissionais que participam desta matéria, o procedimento para troca da correia de acessórios é mais trabalhoso que o da sincronizadora, por isso, ao substituir os dois itens, o ideal é começar pela Multi V.

Reparação Automotiva 89 | Janeiro de 2016 |

Girar a correia

de acessórios até chegar no ponto

Para retirar a

Retirar a caixa

do filtro do ar com chave de fenda, ou boca 6 mm

Retirar o coxim

inferior com extensão longa e catraca

correia de acessórios, antes calçar o motor, no caso de só substituir a correia sincronizadora, este procedimento não é necessário

Soltar o suporte

da barra estabilizadora (morceguinho) com chave soquete 15 mm e extensão média

Com uma chave

15 mm combinada retirar a correia de acessórios

Tensionador da correia de acessórios

Retirar o tensionador

da correia de acessórios, para ter melhor acesso retirar a polia com chave torx T18

O rolete é

retirado com uma chave 15 mm fixa, soltar os dois parafusos com soquete torx T12 e chave fixa 18 mm

21

Como fazer?

22

Correia sincronizadora

Retirar Mangueira a tampa U2

protetora da correia sincronizadora com chave L8mm

Com um soquete

torx bits T18 colocar a correia sincronizadora no ponto, note que a marcação é uma seta impressa na polia

O esticador

da Gates, neste caso, já é tensionado

A correia sincronizadora

, também chamada de correia dentada, faz o sincronismo entre as válvulas e o pistão do veículo. O manuseio da correia deve ser feito com muito cuidado, pois ela é feita de revestimento especial, dentes moldados, trama de poliamida e malha de tração em fibra de vidro. Nunca vinque ou dobre a correia, pois isso provoca a quebra dos cordonéis de fibra de vidro.

Caso o reparador

prefira tensionar manualmente, na peça Gates o processo deve ser feito no sentido anti-horário, a seta indica o ponto de tensão

Para soltar o

parafuso do esticador chave torx T 40 ou soquete 22 mm

Ao colocar a

polia do virabrequim o ressalto indica a posição correta de encaixar

Dicas da Gates Rafael Silva de Jesus - reparador, Luciano Santana Barbosa - Técnico da Gates e Fernando Celso Prado - Engenheiro mecânico, os profissionais que participaram da matéria

A Gates iniciou suas atividades no Brasil em 1968, com a produção de correias industriais na cidade de São Paulo. Em 1.972 lançou a linha automotiva da marca.

Atualmente, produz em Jacareí (SP), correias, tensionadores e mangueiras.

A empresa alerta os reparadores para ter cuidado com produtos de procedência duvidosa. Uma correia sincronizadora feita com material de qualidade ruim pode causar vários prejuízos ao motor de um veículo. A companhia disponibiliza catálogos com as especificações e códigos de aplicações.

Medidor de

PRESSÃO DE ÓLEO

Equipamentos 24

KITEST

Com o papel de manter o bom funcionamento do motor para que os rolamentos estejam sempre lubrifi-

ka-008/5 teste de pressão de óleo do motor

cados, os monômetros podem ser divididos em dois tipos. São eles: elétrico e mecânico. Para que ambos atuem adequadamente, é necessário compreender todos os componentes do veículo e fazer uma leitura correta dos mesmos. Confira algumas dessas opções oferecidas pelo mercado:

PLANATC Medidor de pressão de óleo é um equipamento composto por um manômetro com vários tipos de conectores adaptáveis aos motores automotivos. É ele que mede a pressão da bomba de olé do motor responsável pela sua lubrificação.

Como funciona: Um dos adaptadores do equipamento é colocado no lugar do medidor de temperatura do óleo do motor, na outra extremidade desse adaptador vai o manômetro.

Ao ligar o motor do veículo, nota-se uma determinada pressão neste manômetro, diante disso, o reparador, através de uma tabela verifica a pressão correta da bomba de óleo.

A verificação da pressão do óleo é um dos aspectos mais importantes a ser realizado na manutenção de um carro e todos os reparadores devem estar atentos quando a pressão do óleo do motor , dado que esta pode causar diversos problemas no veículo, tais como: bomba de óleo com mau funcionamento, pescador entupido, desgaste em bronzinas, virabrequim e possíveis vazamentos internos no motor pelo próprio desgaste do mesmo, para fazer esse diagnostico a Kitest tem o ka-008/5 teste de pressão de óleo do motor que acompanha 5 conectores podendo trabalhar tanto na linha leve(carro) como na pesada(caminhão)

MPO-500 Medidor de pressão de bomba de óleo do sistema de lubrificação (motores a gasolina e a álcool) O MPO-500 é utilizado para analisar as condições da bomba de óleo de veículos com motores à gasolina e à álcool.

Equipamento MPO-500.

- 5 Adaptadores.

- Manual do Usuário.

- Estojo.

CONSTITUÍDO DE: - 1 Corpo com Manômetro e mangueira - 1 Caixa para acomodação - 4 Adaptadores + Cotovelo 90 Graus para lugares de difícil acesso - 1 Manual de instruções (possui uma tabela disponível no site do fornecedor)

• Equipamento utilizado para medir pressão da bomba de óleo dos motores á gasolina\etanol e diesel • O aparelho possui cinco (5) adaptadores mais um (1) cotovelo para ser usado em lugares de difícil acesso • Manômetro de 2 polegadas com duas escala de pressão (0 à 10 bar e 0 à 150 psi) • Possui capa protetora de borracha no manômetro

Nova por Christiane Benassi | fotos Izabela Morais

Capa 26

ilustração Sérgio Parise

Reparação Automotiva 89 | Janeiro de 2016 |

Em mais um fórum, organizado pela revista Reparação Automotiva, reparadores formadores de opinião discutiram as tendências do setor e reafirmaram a importância deles para os negócios das montadoras no País.

Em 8 de dezembro, a Reparação Automotiva promoveu mais um encontro com reparadores automotivos para discutirem as tendências e expectativas do setor para o ano que se inicia. Dessa vez, o fórum foi realizado no centro de treinamentos da Volkswagen na zona sul de São Paulo.

Responsável pela abertura do evento, o supervisor executivo Academia pós vendas da Volkswagen, Favio Dragovic Beccaría, reforçou a importância dos reparadores independentes para os negócios da marca e de como é importante o estreitamente das relações entre ambas as partes para o posicionamento estratégico da VW no País. “É muito importante a participação de todos, queremos discutir com vocês como diminuir a distância entre a marca e o mercado de reposição”, afirma.

Beclis Lemos Chicarolli e Vederval Barata da Silva também executivos da Volkswagen apresentaram para os reparadores presentes dados sobre a participação do mercado de reposição independente nos negócios da marca, além de falarem sobre a linha Economy destinada a esse público.

Paulo Aguiar da Engin – Engenharia Automotiva foi o primeiro a manifestar-se sobre a importância de eventos como o do fórum: “Acho bastante saudável promover reflexões como essa que impulsionam o fortalecimento do nosso segmento”, declara.

“Para nós, a reunião é de grande valia e uma ótima oportunidade para o conhecimento mútuo”, completa Alberto Martinucci da Motor Fast.

Empresários do setor de reparação automotiva participaram de mias um fórum Reparação

27

Capa 28 Mão d u p l a Logo no início do evento, os reparadores presentes deixaram claro que a divulgação das informações técnicas por parte das montadoras de veículos é a principal reivindicação deles. “Todos nós queremos ver o cliente satisfeito, mas isso só será inteiramente possível se tivermos acesso a todas as informações”, afirma Alberto.

Outra questão levantada pelos participantes é a dificuldade de acesso a peças, já que as concessionárias, segundo eles, trabalham com estoques limitados. “Hoje em dia, principalmente aqui em São Paulo, o cliente não aceita ficar muito tempo sem o carro e, por isso, temos necessidade de entregas mais ágeis”, revela Paulo.

Para Nilson Patrone da Power Class, seria interessante

Sidney Jarina, técnico da VW fala para reparadores presentes no fórum

de centros técnicos de manutenção.

a presença de um técnico capacitado dentro das conces-

Qualquer ação de comunicação que

sionárias para agilizar a aquisição das peças e o reparo dos

não fale com esse público será fadada

veículos. “Acesso à literatura técnica, agilidade no atendi-

ao fracasso”, completa. “Não que-

mento e disponibilidade de peças é tudo que precisamos”,

remos saber de brindes e sim treina-

afirma. “É muito comum, durante o atendimento na con-

mento e informação técnica”, acres-

cessionária, o vendedor não saber qual é a peça que pro-

centa Roberto Ghelardi Montbibeller

curamos”, completa Gilberto Farrari do Giba Automotivo.

do Centro Automotivo Hightech.

Alberto completa a discussão dizendo que as marcas

Por outro lado, as concessioná-

de veículos não conhecem o perfil do reparador brasileiro e, por isso, a aproximação é tão mais difícil. “Hoje o nosso perfil é próximo o do europeu em profissionalismo, equipamentos e gestão”, afirma. “Somos empresários. Quem não se enxerga assim, não sobrevive. Visamos ao lucro e à profissionalização. Não falamos mais de oficinas, mas

rias querem a aproximação com o Reparadores tiveram a oportunidade de conhecer de perto motor do novo up!

reparador para consolidar a marca junto ao consumidor final. “Sabemos que o cliente confia muito no reparador, que é um grande formador de opinião. Não enxergamos vocês como concorrentes e sim parceiros e, por isso, queremos estreitar nossos laços”, afirma Vederval Barata da Silva, gerente de vendas externas de peças da VW. Segundo revelado no evento, há uma pressão interna na montadora para revogar a lei que proíbe a divulgação de informações técnicas de produtos com menos de três anos. “Essa seria uma notícia muito boa pois teríamos acesso total a informações, como acontece na Europa, e aí sim poderemos falar em parceria”, afirma Sérgio Marques da Serv Car Automecânica.

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Capa 30

Visita técnica Os participantes do fórum Reparação Automotiva foram presenteados com uma apresentação técnica do motor do novo UP! Os reparadores tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a manutenção e funcionamento do carro com Sidney Jarina, técnico da marca.

PARticiPARAm dO eventO RePReSentAndO A vOlkSwAgen: ! Favio dragovic Beccaría

! ! ! ! ! ! ! !

Troca de experiências foi enriquecedora durante evento

R e fl ex õ es 2015 não foi um ano fácil para quem investe na reparação automotiva. Para enfrentarem as adversidades, os empresários foram obrigados a rever estratégias e buscar alternativas para manter o movimento nas oficinas. Na Serv Car Automecânica, Sérgio hoje presta serviços de manutenção para viaturas da polícia e dos bombeiros em Embu, interior de São Paulo. “A medida fez com que aumentasse meu faturamento em 2015”, afirma.

Já Alberto precisou rever sua política de compras em 2015: “O ano foi bem instável. Quem conseguiu comprar bem, vendeu bem”, explica.

O proprietário da Oficina Aires & Filho, Ricardo Cramer diz estar otimista em relação ao ano que se inicia, já que os últimos meses de 2015 foram melhores.

Por outro lado, Fabiano da Santa Oficina fala de 2016 com ressalvas. “Acredito que ano que vem vai continuar do mesmo jeito: está ruim, está estranho, automaticamente sinto que

Beclis lemos chicarolli vederval Barata da Silva Ana claudia Aguiar viviane novaes Herbert gomes dos Santos Sergio machado dos Santos Andre Somera Aiello mauricio Jurevics marcolino

e OS RePARAdOReS AUtOmOtivOS: ü Paulo Aguiar Jr. da engin – engenharia Automotiva ü Alberto martinucci da motor Fast ü Roberto ghelardi montbibeller do centro Automotivo Hightech ü Fabiano Patrone da Santa Oficina ü claudio marinho guedes do centro Automotivo Autoki ü Francisco Severiano Alves da mecânica chiquinho ü gilberto Farrari do giba Automotivo ü Ricardo Cramer da Oficina Aires & Filho ü washington Soares da Silva ü Sérgio marques da Serv car Automecânica ü nilson Patrone da Power class

Capa 32 os clientes estão inseguros e estão fazendo necessariamente o básico. Essa previsão é algo muito complicado pra se fazer neste momento”.

O proprietário do Centro Automotivo Autoki, Claudio Marinho Guedes, acredita que só há um caminho para vencer a crise que o País enfrentar: o conhecimento em gestão. “Sobrevivem somente aquelas oficinas que estão mais estruturadas e com uma certa gestão. Como não vejo em curto prazo um mercado com perspectiva de melhora, só serão mantidos aqueles que souberam

gerenciar os

custos operacionais”, completa. “Nesse

Equipe da VW fala de aproximação com a reparação independente

cenário, acredito que quanto mais pessoas você atinge, é mais difícil você cair”, conclui Ricardo que defende o aumento

CheCk list

do fórum reparação Participantes do evento listaram prioridades para os próximos meses. A necessidade de aproximação com as marcas de veículos é unânime entre eles, como alternativa para oferecer melhor serviços aos donos dos carros. Mais agilidade e eficiência no atendimento das concessionárias; Maior e melhor acesso à literatura técnica; Ser reconhecido como empresário da reparação aumotiva

de ações de comunicação com o cliente e, portanto, a adoção de princípios de marketing na gestão da empresa.

Giba Farrari acrescentar as noções de finanças às características de um bom gestor de oficinas. “É preciso ter os números da oficina sempre às mãos, saber administrar com consciência o fluxo de caixa. Isso é importantíssimo”, explica.

Mais otimista, Paulo Aguiar, vislumbra um 2016 melhor, mas é enfático ao afirmar que somente quem estabelecer metas e se renovar vai conseguir atender o consumidor com qualidade. “Os donos de automóveis já sabem que com a crise, vão precisar investir na manutenção, pois não dá para comprar novos. Além disso, muitos desistiram das férias para o exterior e vão utilizar os carros e, portanto os serviços de manutenção pré e pós-férias serão maiores.

Embora minhas expectativas sejas boas, é a primeira vez que fechamos o ano sem uma previsão anual”, finaliza o proprietário da Engin- Engenharia Automotiva.

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Especial 34

por Izabela Morais | fotos divulgação

Bruno Bodnar desde os 5 anos participa da rotina na oficina da família

Não tem como fugir dessa regra: negócios

sucessão por ser uma tarefa que exige mui-

são passados de geração em geração e,

ta preparação dos seus sucessores e suce-

portanto, a sucessão nas empresas fami-

didos, é essencial que exista uma hierarquia

liares é natural. Nas oficinas mecânicas, a

e regras sobre como será feita essa suces-

realidade não é diferente.

são, o futuro da empresa, sua missão e

A sucessão, que pode ser algo planeja-

valores. Além de um consenso entre todos.

do ou simplesmente inesperado, é a melhor forma para proteger a empresa. Geralmente

CASE S

quando planejado desde muito cedo torna-

Os empresários Bruno Bodnar da oficina

se algo natural entre a família e a empresa.

Guarani e Anderson de Castro da Dorivox

Os fundadores costumam ficar aflitos com

fazem parte desta realidade. Sucessor dos

a questão de quando iniciar o processo de

negócios da família que está há 49 anos no

Hora de

mudar

Reparação Automotiva 89 | Janeiro de 2016 |

Processos de sucessão, embora necessários, nem sempre são tranquilos. Mas é importante saber que um novo olhar e uma nova geração podem trazer novas transformações para os negócios

mercado, Bruno cresceu dentro de uma oficina. Desde seus cinco anos de idade, quando criança, após a volta do colégio se dedicava a auxiliar seus pais na parte comercial e na parte mecânica. Seu ambiente sempre foi o da oficina. Para Bruno o desejo pelos negócios da família foi algo que surgiu naturalmente, mesmo com a influência dos pais.

Formado em Administração de empresas ele sempre foi cativado pelos negócios da família, mesmo com todas as influências ao seu redor foi uma opção do próprio Bruno. Em muitos casos o “sangue novo” nos negócios, é essencial para o desenvolvimento e adaptação da empresa aos novos tempos.

A criação e implantação de interação entre o cliente e as

35

@Família e negócios são coisas diferentes:

A principal coisa a se fazer é separar os “fóruns”.

No almoço de domingo não é lugar para discutir os negócios da família, pois pode gerar discussões e acabar com um momento que, teoricamente, seria harmônico. O ideal é criar reuniões, se possível, na empresa ou em um ambiente neutro para discussões que se referem aos negócios.

A casa da família é para um momento de confraternização entre os parentes.

@Criação de regras:

Antes de qualquer coisa é ideal começar por um acordo familiar. Nesse acordo, devem estar todas as regras a serem seguidas nas relações familiares: família/empresa e família/propriedade.

Esse é um instrumento importantíssimo para que o processo seja o menos traumático possível. Ele deve ser trabalhado em um órgão criado para gerenciá-lo. Pode-se dar o nome de Conselho de Família e é ele que vai gerenciar toda a agenda dessas relações. Ponto importante: quem irá assumir esse Conselho? O perfil deve ser de uma pessoa conciliadora, pois ela será responsável por trazer as demais para as discussões e decisões.

@Planejar a sucessão:

O ideal é começar cedo, ou seja, colocar os mais jovens em tarefas rotineiras do negócio para avaliar se eles se adaptarão ao trabalho. Sou totalmente contra a seguinte história: A mãe chega para o pai e diz que o filho já tem 35 anos e está na hora dele arrumar um cargo na empresa pra ele ganhar o seu sustento. Isso acontece muito em negócios familiares e é totalmente nocivo ao negócio. O ideal é criar um programa e avaliar os familiares que desejam entrar para a empresa pelo mesmo procedimento que os demais, ou seja, passando pelo processo seletivo do RH. Uma vez admitido, ele deve seguir a mesma rotina das pessoas que exercem a referida função.

Amauri Nóbrega conselheiro e especialista em estratégias e finanças, da algumas dicas para uma boa sucessão:

Especial 36 oficinas, a utilização das redes sociais e sites já são os reflexos das novas gerações. “Hoje nos temos várias modificações, costumamos falar ‘sangue novo’. Foram implantadas diversas modificações, como algumas modalidades de atendimento, toda a parte de redes sociais e internet que são ideias obviamente em conjunto, mas que não seriam feitas sem a visão da nova geração. Assim como a mudança de gerações mudou também a forma de pensar, os clientes.”, acrescenta Bruno.

Já Anderson que sempre sonhou em ser piloto de F1, teve que abdicar do sonho “utópico”, como diz ele, e voltar para a sua realidade que são os negócios da família. Desde pequeno apaixonado por carros, nunca se viu fazendo outra coisa que não fosse seguir os passos do pai e tio, onde divide espaço na oficina desde 1992. Para ele fatores como: persistência, paciência e perseverança são essenciais para uma boa sucessão.

“Meu pai sempre me disse que o mais importante sobre tudo é sempre saber o que se passa dentro da empresa, desde como se faz a limpeza até como se faz um negócio. Assim tudo funciona, até mesmo saber dar ordens.”, conclui Anderson.

D e s a fi o s Mas nem tudo é um mar de rosas. Essa transição entre gerações além de muita preparação exige muita conversa e consenso entre todos. Afinal, o trabalho e os problemas familiares andam lado a lado tornando-se algo difícil de separar. Para as famílias muitas vezes fica difícil evitar o assunto “trabalho” dentro de casa e vice e versa. O trabalho em equipe também é essencial, já que os familiares possuem grande resistência em abrir mão de poder e ponto de vista, sem esquecer-se de conciAnderson de Castro (à. esq) ao lado do tio e do pai

liar competência e interesse. É por isso que algumas dicas são essenciais para uma sucessão saudável e bem planejada.

@Não existe uma fórmula certa para uma sucessão bem feita:

Não existe uma receita de bolo para uma sucessão bem feita. Pode ser que, os métodos que utilizamos e que são adaptáveis para diversos tipos de processo, funcionem bem numa empresa, mas em outra, não. Por quê?

Empresas são feitas de gente e, as familiares, de emoções e esse é um fator primordial que pode mudar muito de uma empresa para outra.

O que é fundamental para o sucesso é o bom senso e a negociação.

@O que é essencial para uma boa convivência:

Conforme dito anteriormente, o Conselho de Família tem um papel importantíssimo nesse processo. Não gosto de dizer que os que estão chegando devem ter um tratamento diferenciado. Em minha opinião, para entrar, é necessário passar pelo processo seletivo normalmente, competindo a vaga com todos os outros candidatos. E, uma vez dentro da empresa, deve receber o mesmo suporte dos outros.

Você pode até não concordar em razão do herdeiro ser diferenciado, pois ele também será um sócio, lá na frente, quando os pais passarem o negócio para ele (se ainda existir um negócio). Não existe certeza nem nesse processo e nem na perpetuidade do negócio. Colocar alguém para fazer uma tarefa com uma entrega ruim, mas ganhando melhor que os pares é o caminho mais curto para o óbito do negócio. É importante deixar claro que não existe uma formula certa para uma sucessão familiar.

Assim como a família, o apoio da empresa, colaboradores para enfrentar assuntos delicados e saber lidar com as dificuldades deixa tudo mais fácil sem esquecer-se de algo essencial que e a transparência.

Papo Legal 38

História da Reparação Por Christiane Benassi | colaboração Izabela Morais Fotos ZNEWS

Como o senhor ingressou na carreira de mecânico?

Sr. Luiz: Sempre gostei muito de carros e naturalmente dedicava meu tempo para a reparação de veículos. A história da Mecânica Eliana começou há 40 anos quando uma Kombi apa-

No Grajaú, zona sul da capital paulista, o mecânico Luiz

receu com problemas em uma ponteira homo-

Ferreira do Carmo já é uma celebridade. Afinal, são qua-

cinética. A partir daí, me especializei nessa linha.

tro décadas à frente da Mecânica Eliana, uma das mais

Como sou analfabeto, aprendi tudo no dia a dia,

tradicionais da cidade, especializada em ponteiras e em-

observando e ouvindo muito. A mecânica por si só

breagens. Mas, não é somente pelo domínio técnico e

já é uma faculdade da vida. Por mais que você saiba,

qualidade dos serviços prestados que o senhor Luiz é

nunca sabe tudo e me orgulho de dizer que, apesar

reconhecido. Há 32 anos, o empresário desenvolve um

de todas essas dificuldades, sempre batalhei muito

bonito trabalho social na região.

para chegar aqui e conquistar vários certificados.

Reparação Automotiva 89 | Janeiro de 2016 |

Nesses anos à frente da Mecânica Eliana, o senhor testemunhou muitas transformações no setor de reparação automotiva. Na sua opinião qual foi a mais impactante?

Sr. Luiz: Passamos por muitos momentos complicados e desafiadores. Mas dois fatos foram decisivos para a nossa história. O primeiro deles foi quando compramos um galpão maior para a expansão dos negócios. A segunda foi chamar as empresas para serem nossas parceiras. Esse foi um momento muito importante. A presença de um promotor na oficina da gente dá mais importância e credibilidade.

Como o senhor enfrentou cada um dos desafios?

Sr. Luiz: Quando eu iniciei a mecânica, eu andei trabalhando com peças recondicionadas, peças de terceira qualidade. Isso para mim foi uma faculdade da vida, porque me fez ver que eu estava lidando com materiais de terceira qualidade quando na verdade ‘achando que estava ajudando meu cliente’ mas na verdade eu estava era atrapalhando. Mudando isso foi quem fez a mecânica Eliana ganhar nome no mercado, e conquistar a minha clientela que preservo até hoje.

Qual o segredo de uma oficina permanecer ativa por tantos anos em um mercado tão competitivo quanto o da reparação?

Sr. Luiz: O segredo está na honestidade, atendimento e a simplicidade. O trabalho com qualidade, ‘sem olhar a quem’, seja o cliente antigo ou o mais novo é a base para se manter há tanto tempo nos negócios.

Para os jovens que estão ingressando no setor agora, qual o seu conselho?

Sr. Luiz: Ao pessoal mais novo a primeira coisa que eu digo é: organização. Ter uma oficina é a coisa mais simples, mas você não pode esquecer-se do atendimento em primeiro lugar. O atendimento, qualidade do serviço é algo essencial! Quem é que não gosta de um bom atendimento? Então o segredo da oficina é o trabalho de qualidade.

Há 40 anos à frente da Mecânica Eliana, Luiz Ferreira do Carmo é protagonista e testemunha da evolução da reparação automotiva

39

Papo Legal 40 Sr. Luiz: Todos os anos no dia das crianças, em outubro, promovo a Festa da Criança. No início, a in ciativa era pequena e simples com a distribuição de balas para as crianças carentes da região. Depois, comecei a oferecer almoço nessa data em minha casa.

Porém, com o passar dos anos essa ação cresceu e tomou proporções que eu nunca pude imaginar. Hoje, a festa é realizada na praça do bairro e conta com o apoio de outras empresas.

Quando surgiu a ideia?

Sr. Luiz: Toda essa história começou em 1983, quando um dos meus filhos pediu brinquedo como presente do dia das crianças. Na época, não pude comprar, mas pedi para a minha esposa fazer pipoca e expliquei para O mecânico Luiz Ferreira do Carmo (à esq.) ao lado de José Gorgone amigo que incentivou e orientou a formação e evolução da Mecânica Eliana

O que a oficina representa para o senhor?

as crianças que elas podiam fazer uma troca com os

Sr. Luiz: A oficina para mim é meu esporte, foi

carrinhos dos amigos/vizinhos e fazer do dia um evento

onde todo o suor e esforço da minha vida foram

especial. A partir daquele dia, fiz uma promessa para mim

depositados. Quando eu adoeci o pior para mim

mesmo de não deixar de comemorar aquela data.

foi ficar longe do que eu mais gosto de fazer, do meu dia a dia, isso aqui para mim é meu troféu.

Hoje qual o tamanho da festa da Criança?

Troféu da minha vida, da minha profissão. Tenho o

Sr. Luiz: Durante 10 anos eu lutei e fiz este trabalho

maior orgulho de dizer que a mecânica Eliana hoje

sozinho. Foi então que resolvi “abrir a boca para o mundo”

completa 40 anos.

e contar sobre esse trabalho. Recorri a empresas que eu conhecia/trabalhava e uma corrente começou. Cada hora

O senhor promove uma ação de ajuda social

ia aumentando o número de apoiadores e hoje fazemos

muito interessante. Como funciona?

uma das maiores festas da zona sul de São Paulo.

Em 2014, com toda as falhas de órgãos públicos, nós conseguimos alimentar cerca de 5 mil crianças. Infelizmente em 2015, não pude realizá-la por conta do meu estado de saúde. Tive um infarto e foi

Equipe da Mecânica Eliana: compromisso com a qualidade

muito difícil e entristecedor saber que não pude atender as crianças que esperam tanto por essa data/evento Mas em 2016 estaremos de volta. Como não consigo ficar em casa já estou de volto à ativa.

A população toda aqui na região conhece o seu trabalho e ajuda de muitas maneiras. Tem alguma coisa que falta, ou você pensa em aumentar esse trabalho e leva-lo pra outras regiões?

Sr. Luiz: Eu sempre digo que, assim como eu tive fé para atravessar o período difícil da minha vida, provocado pela doença, outras pessoas podem pelo menos fazer um pouco que for no seu bairro ou rua, e mudar o dia a dia daquele lugar. Hoje eu sou querido e conhecido por todos da região aqui, e o pessoal valoriza e reconhece este trabalho social. Por enquanto, vou continuar com a festa por aqui e para isso tenho o apoio incondicional da população e de empresas como a: ZMIX, NGK, NAKATA e Fabrini O que significa esse trabalho social para o senhor?

Sr. Luiz: Se eu te faço um favor eu não estou visando algo em troca, eu faço sem olhar a quem. É assim que venci na vida até hoje! Com honestidade e simplicidade. Quero transmitir isso às novas gerações e continuar ajudando a outras pessoas.

Festa para as crianças organizada pela Mecânica já é tradição na região

Casos de Oficina 42

Textos e fotos por Izabela Morais

a reparação curiosa dos amigos

da F.M de Souza Equipe da FM de Souza: sinergia entre os profissionais ajuda a solucionar as ocorrências na oficina

Você também tem um caso interessante e curioso na oficina?

Escreva um e-mail para jornalismo@znews.com.br contando a sua história. Não se esqueça de enviar uma foto bacana para publicarmos junto com o texto.

Roni Matos e Gustavo Souza rela-

SE g u n d o CaSo:

tam dois casos que eles consideram

Outro caso curioso, que Gustavo

inusitados acontecidos na oficina

Souza se deparou, foi de um Peugeot

F.M de Souza.

2011 ao relatar o que havia aconte-

Localizada na zona sul da capital

cido. “O veiculo chegou na oficina

paulista, a oficina é reconhecida pela

guinchado depois de um estouro re-

excelência no atendimento resulta-

latado pelo dono carro”.

do de um trabalho de integração na

Gustavo percebeu que o pino

equipe, que promove a sinergia entre

elástico do satélite que segura às

os colaboradores.

duas engrenagens do veiculo, havia

O primeiro caso relatado pelos

quebrado. Como havia furado a car-

proprietários foi com um Corsa 1.6.

caça, ele teve que soldar a carcaça

Segundo relato por Roni, o dono do

do câmbio.

carro chegou na oficina reclamando de vazamento de óleo.

“O veiculo chegou até a oficina com dois buracos no bloco onde havia estourado as duas bielas”.

Para fazer essa reparação o cãmbio teve que ser todo desmontado, refazendo a troca do satélite, e das engrenagens do cambio.

Uma das partes mais complicadas

Na reparação, com a ajuda dos

no caso foi encontrar um novo satélite,

companheiros de equipe, Roni teve

além do motor que foi todo remontado.

que refazer o motor completo e o blo-

Ambos os casos após a reparação não

co novamente, ou seja, soldar o bloco.

apresentaram mais problemas.

O mistério do Kangoo Em 40 anos, um caso que chamou bastante atenção e que

Di ag nósti co:

deu trabalho para os amigos Jorge Negri e Diorgines Rodri-

As portas do Kangoo são de correr e uma delas

gues, proprietários Maceraty na zona sul de São Paulo, foi o

corre sobre a entrada do tanque de combustível.

do Kangoo motor 1.6, ano 2012. Ao ser abastecido, o carro

Essa porta possui um dispositivo eletrônico de

não ligava e apresentava falhas no travamento das portas.

travamento que evita o fechamento da porta, arran-

Além do problema de travamento das portas, foi verificado que o controle remoto do dispositivo da chave também não funcionava.

cando dessa maneira a mangueira de combustível.

Depois de duas semanas, Jorge e Diorgines chegaram à conclusão de que o problema

Tentando entender o problema, os dois companheiros de

era no dispositivo na chave do veiculo, que ao

equipe olharam detalhadamente todos os aspectos do veícu-

ser abastecido ele simplesmente parava, assim

lo. Desde correia dentada, parte de ignição, ponto de distri-

travando o sistema de injeção. O dispositivo

buição, velas, e até fizeram uma limpeza do bico. O veículo,

de controle foi então encaminhado para um

que quase sempre ao ser submetido a testes não apresentava

chaveiro, onde após esse reparo o veiculo não

nada, continuava intrigando os amigos.

apresentou mais problemas.

Diorgines Rodrigues e Jorge Negri (à dir.)

40 anos de amizade e sociedade

O ano de 2015 terminou, mas os desafios que se apresentaram para a atividade econômica brasileira persistem à espera de definições políticas cruciais para a credibilidade do Brasil perante os investidores.

Para o Instituto da Qualidade Automotiva - IQA, no entanto, foi um período positivo e de muitas realizações, quando celebramos 20 anos de atividades com muito trabalho e planos para 2016 que, acreditamos, será ainda mais complexo e desafiador.

Apesar da crise, ampliamos a oferta de serviços no laboratório químico, em Sorocaba (SP); aumen-

Ingo Pelikan, é presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.

iqa@iqa.com.br

Hoje a palavra é

COMPETITIVIDADE

tamos nossa atuação por meio de

IQA 44

regionais em várias partes do Brasil; ofertamos novos programas de treinamento em ferramentas da qualida-

que tais princípios deveriam ser repeti-

reparação, voltado para gestão de

de; e realizamos eventos que tiveram

dos como um mantra em 2016.

negócios, ferramentas de qualidade

excelente acolhida por todos os elos

Nesse contexto, está entre as

e preservação ambiental, que desen-

da cadeia automotiva e do governo,

prioridades do IQA intensificar sua

volvemos com o Sindirepa, ao qual

entre outras realizações.

atuação nas comissões de Qualida-

daremos mais ênfase em 2016.

Diante das expectativas de um

de de organizações como Anfavea,

Há quem entenda que momentos

cenário adverso pela frente, podemos

Sindipeças, Inmetro e Abrac, que

difíceis resultam sempre em redução

ter uma certeza: a de que não se pode

são dedicadas a projetos importantes

de trabalho. O que ocorre é justamen-

prescindir da qualidade em um am-

para o aprimoramento da qualidade

te o contrário, porque os desafios são

biente altamente competitivo em que

do setor automobilístico.

maiores e devem ser enfrentados com

vivemos. Sim, a qualidade deve ser

Outra proposta para 2016 é a

profundidade e agilidade. É preciso acre-

preservada a qualquer preço, pois o

avaliação de oportunidades na Gran-

ditar em dias melhores independente-

custo da não qualidade é muitíssimo

de Sorocaba para a operação de no-

mente de quando venham a acontecer,

maior e pode comprometer seriamen-

vos laboratórios. As pesquisas para a

e seguir com os trabalhos sempre com

te os resultados de uma empresa.

identificação das demandas na região

foco na qualidade para estar pronto para

já estão em curso.

o momento da retomada.

Esse é o recado que o IQA tem insistentemente transmitido aos parcei-

Também trabalharemos fortemen-

O Brasil tem enorme potencial de

ros e clientes, sobre a importância da

te na ampliação da abrangência regio-

crescimento. As crises às vezes podem

aplicação e preservação dos princípios

nal do Instituto, presente hoje em cinco

ser lentas e não mostram para onde

da qualidade e suas ferramentas. Bem

Estados brasileiros, e na continuidade

vão, mas a reação do mercado tem, em

executada, a qualidade melhora os re-

da prospecção de parceiros em outras

geral, velocidade inversa à da queda;

sultados, é certeza de mais produtivi-

regiões para ficarmos mais próximos

acontece de um dia para outro. Quem

dade e competitividade. E na retração

de nossos potenciais clientes.

não for competitivo quando o mercado

do mercado, ser competitivo é ainda

Igualmente prioritário é o traba-

mais importante do que nunca. Penso

lho de qualificação para o setor de

retomar certamente arcará com perdas.

Hoje a palavra é competitividade!

Novidades 45

Mercedes lança nova categoria de van A Mercedes-Benz lançou em São Paulo a linha de vans

Entre os equipamentos de série traz, direção com assis-

Vito. Fabricada na Argentina, compartilha itens com a

tência elétrica, rádio de conexão Bluetooth, entrada USB,

Sprinter, no modelo de passageiros estreia o motor M274

controles de tração, estabilidade, assistente de monitora-

2.0 turbo flex de 184 cv a 5.500 rpm. O torque é de 30,59

mento de cansaço, partida em rampa e vento lateral, e a

kgfm entre 1.250 e 4.000 rpm. Já o Vito de carga tem

versão mais recente do Programa Eletrônico de Estabilida-

propulsor 1.6L diesel de 114 cv e 27,5 kgfm de torque.

de, ESP Adaptativo 9.1, ABS, ASR, BAS e EBV.

Ela tem 1.910 mm de altura, 5.140 mm de comprimento,

Eles são equipados com ar-condicionado frontal e

2.249 mm de largura e 3.200 mm de distância entre os

traseiro, assentos com fixação Isofix e cintos de três

eixos. Para carga e descarga a porta traseira é de abertura

pontos. A opção mais luxuosa tem os bancos revesti-

vertical com vão livre de 1,26 m de altura e 1,39 m de

dos em courino com inclinação individual, volante mul-

largura. O veículo é baixo em relação ao solo, oferece tam-

tifuncional, farol de neblina, rodas de liga leve e para-

bém porta lateral de 1,25 m de altura e 961 mm de largura.

choque na cor do veículo.

O furgão Vito 111 CDI tem preço inicial de R$ 104.990, ao acrescentar o ar-condicionado chega a R$ 109.990.

A van Vito é direcionada para uso corporativo de transporte executivo e turístico.

Tramontina PRO lança nova bancada para oficinas Com estrutura reforçada em chapas de aço de 1,2 mm e capacidade de carga de 1,4 toneladas, a nova bancada da Tramontina PRO garante máxima resistência em oficinas e indústrias. A peça é composta por duas gavetas com trancas individuais e corrediças telescópicas, que permitem abertura total e maior eficiência na movimentação. Feito com tampo de madeirite naval lixado e envernizado, o produto é utilizado no armazenamento e transporte de ferramentas manuais, peças e acessórios. Seu acabamento com pintura eletrostática forma uma película protetora que facilita a limpeza e garante excelente resistência à corrosão.

Outra novidade da marca é a mochila é produzida em nylon, com fundo reforçado, e permite transportar diferentes ferramentas. Na parte traseira, almofadas proporcionam maior conforto. Além disso, o produto possui 23 bolsos para a organização dos utensílios.

Novidades 46

Novo Cobalt chega ao mercado Em 3 dezembro no Rio de Janeiro,

kgfm (G) a 3.200 rpm. Com acaba-

a tampa do porta-malas e incluíram

a GM apresentou o Chevrolet Cobalt

mento LTZ e transmissão manual o

um aerofólio na parte superior. O

2016. Caracterizado pelo amplo es-

custo é de R$ 59.900. Ao adicionar

interior tem novos matérias de aca-

paço interno e grande porta-malas,

o câmbio automático de 6 veloci-

bamento, opções de cores bicolor,

as modificações foram visuais e

dades vai a R$ 65.990. O topo de

e o painel de instrumentos continua

de conteúdo.A fabricante manteve

linha é o Elite que sai por R$ 67.990,

com velocímetro digital o qual teve o

as opções de trem de força, motor

só com transmissão automática. A

desenho inspirado nos utilizados em

1.4L com potência de 102 cv (E)/

dianteira recebeu um novo capô, os

motos.Também traz a nova geração

97 cv (G) e torque de 13 kgfm (E)/

faróis estão mais afilados e trazem

do sistema multimídia MyLink e o de

12,5 kgfm (G) a 3.200 rpm. Ele é

uma armação cromada na parte

conectividade OnStar, o qual ofere-

comercializado nas versões LT (R$

interna, ganharam ainda projetores

ce vários serviços através de uma

52.690) e LTZ (R$ 57.590) com

de dupla parábola. O para-choque

central de atendimento.Como não

transmissão manual de cinco velo-

recebeu vincos, novas molduras

foram feitas alterações na arquitetu-

cidades. Já o propulsor 1.8L ofere-

nas lâmpadas auxiliares e entrada

ra e trem de força do carro, as con-

ce 108 cv (E)/ 106 cv (G) a 5.400

de ar inferior. Linhas curvilíneas nas

dições de reparabilidade continuam

rpm e torque de 17,1 kgfm (E)/ 16,4

lanternas na traseira, elas invadem

as mesmas do modelo anterior.

Novidades na

Ampliando ainda mais sua linha de produtos para o

esforço aplicado pelo usuário. Também ocupa menos

mercado de reparação automotiva, a Magneti Marelli

espaço que os conjuntos convencionais compostos por

Aftermarket anuncia o lançamento de novos códigos

braço e mola, que reduzem o espaço interno do porta

de molas a gás Cofap, na qual atinge 98% de cobertura

-malas e dificultam o acondicionamento de bagagem.

nacional. Os modelos contemplados são: Ford Focus

As molas a gás também são adotadas nas tampas de

Sedan, GM Sonic, Hyundai HB20 e Volkswagen UP!.

motor, principalmente nos veículos de alta gama.

As molas a gás são mais utilizadas no amorteci-

As molas a gás compõe um portfólio de mais

mento do movimento e na sustentação do peso das

de 50 linhas de produto para os sistemas de motor,

tampas traseiras, de acesso ao porta-malas, facilitando

freio, transmissão e suspensão, onde o principal

a abertura e fechamento na medida em que diminui o

produto é o amortecedor Cofap.

A Reparação Automotiva acreditou na força da mudança e, por isso, em 2015, apostou no novo, superando todos os desafios.

Agradecemos o apoio incondicional de nossos parceiros e leitores, que fizeram da publicação uma referência no mercado.

Que em 2016 cada um de nós encare o mundo com mais otimismo transformando a mudança tão esperada em uma realidade.

A revista que muda com o reparador moderno

Novidades 48

TMD/Cobreq complementa linha Peugeot A TMD Friction do Brasil está com

A3 sedã 2.0 fabricado no Brasil

mais um complemento em sua linha leve de pastilhas de freio Co-

A Audi mostrou para a imprensa especializada brasileira o A3 sedã fabricado no Brasil com motor 2.0 TFSI. Este propulsor movido a gasolina entrega potência de 220 cv e torque de 35,69 kgfm disponíveis entre 1.500 e 4.400 rpm.É um dos mais modernos propulsores feitos pela empresa no mundo. A injeção de combustível indireta adicional complementa a injeção direta. Dependendo da aceleração ele utiliza uma ou outra e até as duas. As válvulas tem o sistema de levantamento (Audi valvelift system - AVS) para ajustar o curso das válvulas de exaustão e o coletor de escapamento integrado ao cabeçote. O câmbio é o S tronic de 6 velocidades e dupla embreagem em banho de óleo. A direção tem assistência elétrica, as suspensões são independentes McPherson na dianteira e multilink na traseira e os freios a discos nas quatro rodas, o de estacionamento é elétrico. Com preço sugerido de R$ 137.990, traz de série ar-condicionado automático digital e de duas zonas, central multimídia Bluetooth, trio elétrico, bancos de couro com ajuste elétrico, controle de cruzeiro, retrovisor interno fotocromático, teto solar panorâmico, volante multifuncional com padle shift para trocas de marcha sequenciais, sistema de rebatimento nos retrovisores externos, seletor de modo de pilotagem, faróis de neblina, start-stop, faróis bixenônio, controle de tra-

breq. São pastilhas para os Peugeot 2008 SUV modelos 2015 em diante 1.6Allure, 1.6 Griffe e 1.6 THP Flex Griffe. Referências no catálogo Cobreq:N-1168 (pastilhas dianteiras) e N-884 (pastilhas traseiras). O SUV compacto 2008 Peugeot Allure tem motor 1.6 flex de 115/122 cv (G/A). O câmbio é manual de cinco marchas ou automático de quatro.

O mesmo se aplica à versão Grife, que ainda disponibiliza a opção do motor turboflex THP, também 1.6, com 165/173 cv(G/A) e câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades.

ção e estabilidade, airbags frontais, laterais e de joelho e sensor de ré.

Ford reconhece o trabalho independente A Ford no SENAI do Ipiranga em São Paulo, a final do GP

ma voltado aos reparadores independentes de automóveis

Motorcraft 2015. O vencedor foi Cláudio de Oliveira Car-

do Brasil, este ano teve o recorde de mais de 9.400 ins-

valho, da cidade de Vacaria no Rio Grande do Sul. No teste

critos de todo o País. Ricardo Cramer, vencedor do GP

prático, o reparador realizou em menor tempo o reparo de

Motorcraft 2014, também participou do evento e disse que

um veículo, entre dez finalistas, e ganhou um New Fiesta

o prêmio deu um novo impulso ao negócio da família, a

Hatch. Ele foi finalista da prova no ano passado. O progra-

oficina Aires e Filhos, em Santos.

Reparação Automotiva 89 | Janeiro de 2016 |

TAKAO comemora 5 anos Em 10 de dezembro, a TAKAO reuniu no Hotel Emiliano/SP jornalistas e representantes do setor automotivo para celebrarem junto com a TAKAO os seus 5 anos de mercado em um café da manhã exclusivo.

O evento nomeado como TAKAO 5.0 – Potência máxima em tempo recorde, contou com Cassiano Braccialli, diretor

Como forma de comemorar estes 5 anos, a TAKAO

executivo da TAKAO falando sobre o desenvolvimento da

concretizou neste evento sua parceria com o Instituto Ayr-

marca nos últimos 5 anos, os diferenciais de portfólio, es-

ton Senna, agora juntos em projetos voltados para educa-

trutura e o modelo de negócios com foco em pessoas, que

ção, inaugurando uma nova fase da TAKAO no compro-

garantiram a alta performance da empresa neste período,

misso com a responsabilidade social.

brilhante desempenho, com crescimento rápido e expressivo.

Andre Simões, sócio-investidor da TAKAO,participou

Foram convidados para um bate papo com a TAKAO

da entrega de um certificado declarando o compromisso

Roberto Canassa, consultor técnico, Ana Azzar, responsável

da empresa “Decidimos apoiar o Instituto Ayrton Senna,

pela agência Greenhouse que apoia o trabalho de marketing

já nestes 5 anos da empresa. Afinal, por que esperar 20

e decomunicação da TAKAO desde a sua fundação, Maria

anos, ou ainda um faturamento de milhões para começar

Augusta Pimentel do Sebrae, trazendo um estudo realizado

a fazer alguma coisa de verdade?”.

com pequenas oficinas do Brasil e Fátima Soares, diretora da Goop, a primeira distribuidora da marca TAKAO.

O evento teve cobertura pela TV TAKAO e você pode assistir ao vídeo no site da TAKAO.

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Publieditorial 50

SincopeçaS-Sp fecha acordo com comerciários de Franco da Rocha Assinada em 1 de dezembro de 2015, a Convenção Cole-

2016, assim como os pisos salariaias. Quanto à quebra de

tiva de Trabalho, firmada entre o Sincomerciários de Franco

caixa, o valor foi reajustado para R$ 66,00.

da Rocha e região e SINCOPEÇAS, SICAP e SICOP, terá vigência até 31 de outubro de 2016.

A contribuição assistencial dos empregados deverá ser descontada em 6% sobre salário de dezembro, e 1,5%

A CCT abrange os municípios de Franco da Rocha,

sobre os demais meses, salvo aquele que incida a con-

Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Jordanésia, Mairipo-

tribuição sindical ou o empregado apresente a carta de

rã, Pirapora do Bom Jesus e Santana do Parnaíba.

oposição em até 10 dias, contados da assinatura da CCT.

Os principais efeitos da CCT são aludidos nas cláu-

Quanto à contribuição assistencial patronal, serão en-

sulas econômicas, como a cláusula 1ª, denominada “Re-

caminhados boletos para recolhimento pelas empresas,

ajuste Salarial”, que manteve a data-base da categoria

ressaltando a inovação por parte do SINCOPEÇAS-SP, que

como sendo 01 de novembro de 2015 e autorizou o paga-

adicionou alíquotas diferenciadas às Microempresas e

mento das diferenças salarias até janeiro de 2016, preven-

Empresas de Pequeno Porte, proporcionado o recolhimen-

do reajuste, para empregados admitidos até 31/10/2014.

to de valores compatíveis à sua estrutura organizacional,

No caso de empregados admitidos de 01/11/2014 até

em atenção à isonomia que fazem jus.

31/10/15, foram disponibilizadas tabelas com alíquotas para cálculo de reajuste progressivo, para aplicação a par-

Confira a íntegra da CCT no Portal da Autopeça

tir de novembro de 2015, com aumento a partir de abril de

(http://portaldaautopeca.com.br/convencoes)

Governo institui Programa de parcelamento de débitoS Foi aprovada, em 3 de dezembro, a

até 24 parcelas mensais, com redu-

A FecomercioSP alerta os contri-

Lei nº 16.029/2015, que dispõe so-

ção de 50% do valor da multa puni-

buintes para que antes de aderirem ao

bre o Programa de Parcelamento de

tiva e moratória e de 40% do valor

parcelamento façam o seu planejamen-

Débitos 2015 (PPD 2015), elaborado

dos juros sobre o imposto e sobre a

to, a fim de saber os riscos e os bene-

pelo Governador Geraldo Alckmin.

multa punitiva, incidindo acréscimo

fícios que estão sendo concedidos pelo

financeiro de 1% ao mês.

Governo Estadual. Contudo, na maioria

O Programa de Parcelamento de dívida ativa ajuizada ou não no Esta-

Para os débitos não tributários,

dos casos, o parcelamento dos débitos

do de São Paulo concede desconto

bem como para multas impostas de-

contribui para que a empresa possa re-

para pagamento à vista de até 75%

correntes de processo criminal, incidi-

solver o seu passivo tributário.

do valor da multa punitiva e moratória

rá uma redução de 75% para recolhi-

Mais informações no Portal da Autopeça

e de 60% do valor dos juros sobre o

mento à vista ou de 50% na hipótese

(http://portaldaautopeca.com.br/

tributo e sobre a multa punitiva.

de parcelamento aplicada apenas nas

noticias/governo-institui-programa-de-

atualizações dos encargos moratórios.

parcelamento-de-debitos)

O PPD 2015 poderá ser pago em