Março de 2016 Distribuição Nacional
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A revista que muda com o reparador moderno
Dicas Técnicas Sistema de transmissão Diagnóstico Reparo do câmbio robotizado Dicas de gestão Aparência da oficina é tudo
Aumento de rovoca consumidoras pestão, mudanças na g str utura atendimento e e cânicas das oficinas me
no controle
Editorial 03
A Arte de Encantar Quando foi a última vez que seus olhos brilharam de entusiasmo ao falar sobre seu trabalho, sua profissão ou algum hobby? Talvez você não lembre a resposta, mas certamente nesse momento deve ter provocado uma espécie de fascínio no interlocutor; conquistado não só a admiração, mas a preferência dele. Encantou! A arte de encantar é definida como o poder de agradar profundamente uma outra pessoa seja no âmbito profissional ou pessoal. Se analisarmos, é sempre por meio dela que as relações são construídas, os acordos comerciais selados e as metas vencidas. É por meio dela que a vida prossegue. Afinal, para vencer e continuar é preciso acreditar. Em um País, como o nosso, em que a desconfiança passa por todos os setores, saber encantar é hoje um imenso diferencial. É raro encontrar quem é capaz de “empurrar o time para a frente”, de conquistar parceiros e implementar projetos. Afinal, são poucos aqueles que falam com entusiasmo de seus talentos e ofício. Talvez você não tenha ainda parado para pensar sobre isso, mas em um setor tão competitivo quanto o da reparação automotiva, em que produtos e serviços, aos olhos dos consumidores são commodities, a ar te de encantar nunca foi tão bem vinda. Somente a conquista do dono do carro garante o movimento nas oficinas mecânicas. E, quando esses clientes são tão exigentes e, por que não desconfiados, como o público feminino, saber falar com segurança e paixão dos seus diferenciais é um imperativo. Nessa edição da Reparação Automotiva, mostramos quais são as estratégicas usadas pelos donos de oficinas mecânicas para se reciclarem e atenderem melhor esse público crescente. Apresentar com segurança e entusiasmo seus serviços, ou seja, encantar o ouvinte é a principal saída apontada por eles. Ainda em março, cada uma das páginas da revista foram escritas com muito entusiasmo e paixão para encantar cada um dos nossos leitores, levando-o a refletir sobre o cotidiano nas oficinas mecânicas. Apostamos no encantamento do leitor para fazer a revista do mês de março. Queremos que os reparadores de veículos tenham orgulho da profissão deles e ferramentas para falar delas com entusiasmo e segurança e, por isso, um espaço crescente dedicado ao exercício da prática da reparação. Ficamos aqui com nossa contribuição para um País ainda tão pobre de encantadores, ou seja, de pessoas que empurram o time para a frente tanto na política quanto na economia.
Sumário 04
06 Sebrae É hora de resistir
91
08 Entrevista
Flavio Langer fala de ações da Spaal para o mercado de raparação
Sua revista mensal de informação e atualização profissional Ano 8 | Março de 2016 Distribuição Nacional
12 Avaliação
Comparativo entre o Peugeot 408 e o Honda New Civic
18 Dicas técnicas
Confira algumas dicas para reparos no A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNEWS Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. Diretor Responsável Flávio Guerra guerra@znews.com.br REDAÇÃO Editora Christiane Benassi (MTB 30964) christiane@znews.com.br Jornalistas Alexandre Akashi e Edison Ragassi Estagiária Izabela Morais Colaboração Antonio Fiola, Bruno Caeteno, Ingo Pelikan e Sergio Tirone ARTE Diretor de Criação Sérgio Parise (projeto gráfico) sergio@znews.com.br Designers Gráficos Fausto Rapassi e Marcos Bravo PUBLICIDADE Gerente de Vendas Gabriela A. Almeida gabriela@znews.com.br Comercial Helena de Castro helena@znews.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez tatiane@znews.com.br TECNOLOGIA e Internet Ezequiel Moreira suporte@znews.com.br ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br
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/reparacaoautomotivaoficial www.reparacaoautomotiva.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Circulação auditada pelo
sistema de transmissão
20 Diagnóstico Saiba como fazer o reparo do câmbio automotizado
22 Como fazer? Substituição do filtro de cabine
Renault Duster Oroch
24 Capa
Oficina mecânicas mudam para atender público feminino
30 Opinião com Antonio Fiola 33 Dicas de Gestão As aparências não enganam
34 Na Oficina Pegadinha no Audi Q5
38 A voz do Reparador Lavar o motor para quê?
40 Tecnologia Autopeças a um clique
45 Equipamentos Teste de pressão da Bomba Elétrica
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
47 Novidades 50 IQA
08
Anunciaram nesta edição Aplic 09/11 Autop 44 Autopar 32 Bsbrol 37 Corteco 07/29 Fabrini 33 Fram 17 Max Gear 47 Motorcraft 02/51 Motrio 52 Pafemar 49 Peça na Rede 43 Ranalle 27 Rumo Certo 45 Sincopeças 39 Transamérica 31 Urba 15
24
22
18
Que capa é essa?
12
12 Março de 2016 Distribuição Nacional
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A revista que muda com o reparador moderno
Dicas Técnicas Sistema de transmissão Diagnóstico Reparo do câmbio robotizado Dicas de gestão Aparência da oficina é tudo
Aumento de ca consumidoras provoo, mudanças na gestã tura atendimento e estru nicas das oficinas mecâ
no controle Uma mulher com um carrinho de controle remoto na capa pode significar muitas coisas, entre elas a quebra de tabus e o rompimento de barreiras por se divertir com um brinquedo imposto como masculino. Assim como no mercado automotivo, onde os homens são a grande maioria. Quem disse que as mulheres não gostam de carros, não trabalham em oficinas mecânicas e não brincam com carrinhos? As consumidoras estão aumentando e as oficinas mudando para atendê-las. Elas estão totalmente no controle! Com um conceito mais feminino, utilizando cores mais suaves, essa é nossa homenagem ao mês das mulheres! por Sérgio Parise
BrunO CaetanO é diretor superintendente do Sebrae-SP
resistir
Sebrae 06 Os números não deixam dúvidas de
não há um fator isolado para
que entramos em uma grave crise
explicar esses resultados negati-
em 2015. A percepção de donos
vos. O desempenho da economia
de micro e pequenas empresas,
brasileira caiu como um todo e a
que passaram o ano com a cor-
inflação subiu; como resultado, as
da no pescoço, é confirmada pela
famílias apertaram o cinto e passa-
mais recente pesquisa Indicadores
ram a consumir menos. Ao mesmo
Sebrae-SP: a queda no faturamen-
tempo, o cenário político não ins-
to desses negócios em 2015 no
pira segurança para eventuais in-
Estado de São Paulo foi de 14,3%
vestimentos. Essa conjunção atinge
em relação a 2014, o pior resultado
diretamente o mercado interno, do
desde 2002. A diminuição total da
qual as micro e pequenas empresas
receita foi da ordem de R$ 100 bi-
dependem diretamente.
É hora de
lhões de um ano para o outro.
Mesmo assim, a pesquisa traz
Indústria e comércio foram
um dado positivo, na minha avalia-
afetados, mas a maior queda foi
ção: a confiança dos empreendedo-
registrada no setor de serviços.
res na evolução do seu faturamen-
Desde 2009, quando o Brasil ain-
to para os próximos seis meses
da enfrentava os reflexos de uma
se mantém praticamente estável.
grave crise internacional, essa área
Mesmo diante de um cenário mais
não apresentava retração no fatu-
delicado, 52% dos proprietários
ramento: os resultados de 2015
esperam a manutenção da receita
foram 16,9% menores em relação
– esse índice era de 55% em janei-
a 2014. O que nos causa preocu-
ro de 2015.
pação é o fato de que o setor de
A leitura que eu faço desse nú-
serviços é uma das áreas que mais
mero é a de que o empreendedor
empregam em São Paulo. Os ajus-
brasileiro é muito resiliente, isto é,
tes necessários para as micro e pe-
capaz de resistir a pressões e situa-
quenas empresas dessa área cer-
ções adversas. Ele está acostuma-
tamente vão resultar em demissões
do às dificuldades inerentes de ter
e fechamento de postos de traba-
o próprio negócio em um cenário
lho, ainda que a atual pesquisa não
pouco favorável à cultura empre-
tenha captado esse movimento.
endedora, em que os deveres são muitos e os direitos são conquistados a duras penas. nesse momen-
MESMO DIAntE DE uM cEnáRIO MAIS DElIcADO, 52% DOS PROPRIEtáRIOS ESPERAM A MAnutEnçãO DA REcEItA – ESSE ínDIcE ERA DE 55% EM jAnEIRO DE 2015
to, o planejamento é fundamental para identificar seus pontos fracos, cortar gordura e se preparar para a retomada que certamente virá. Saiba que o Sebrae-SP está disposto a ajudar nisso.
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Divisão de Reposição
Entrevista 08
Parceria e
COMPROMISSO Fundada em 1955 com o nome São Paulo Auto Acessórios Ltda, a Spaal é uma das empresas mais tradicionais do País e acompanha como poucas a evolução do mercado de reposição. Sem deixar de lado o compromisso e parceria com todos os envolvidos no setor, a empresa está sempre em desenvolvimento graças a investimentos contantes em profissionalização e prospecção de novos mercados. Confira entrevista exclusiva à Reparação Automotiva. por Christiane Benassi | fotos divulgação
Flavio Langer, diretor executivo da Spaal fala de desafios, ações para o mercado de reparação e projetos futuros
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
Reparação Automotiva: A Spaal é
riais superiores. Nossos kits de juntas
uma das mais tradicionais empre-
e retentores são os mais completos
sas do setor e acompanhou com
do mercado. Os retentores Dynamic
profissionalismo a evolução de
já são considerados no mercado
todo o setor de reposição. Qual é
como “nível 1” - inclusive pelos mais
hoje o tamanho da Spaal?
importantes fabricantes - o que sig-
Langer: A empresa atualmente
nifica que podem ser aplicados pelo
produz para o mercado automotivo
reparador sem receio. Nossos para-
original e de reposição, como tam-
fusos são os mesmos disponíveis na
bém para o segmento industrial. Em
rede autorizada e, como diferencial,
nosso portfólio, possuímos ampla li-
são revendidos pela Spaal / Dynamic
nha de juntas, retentores e parafusos,
em kits completos para cada motor.
para as linhas leve, média e pesada.
Todos estes produtos, sejam eles kits
Nosso recurso humano interno é
ou peças avulsas, são embalados
formado, em média, por aproximada-
com o mesmo princípio de Qualida-
mente 300 colaboradores bem treina-
de, proporcionando ao mercado forte
dos. Somos representados, no Brasil,
impacto visual, segurança, garantia e
por 21 representações comerciais,
informação técnica.
além de outras 3 para as exportações
Reparação Automotiva: A Spaal
e 1 direcionada para indústrias.
possui uma gama de produtos
Reparação Automotiva: Quais são
para exportação, como assegu-
os produtos comercializados no
rar a qualidade dos itens exigida
mercado de reposição?
no mercado externo?
Langer: Para este mercado ofere-
Langer: Não diferenciamos a qua-
cemos kits completos, compostos de
lidade dos produtos Spaal / Dynamic
juntas e retentores, para os principais
com base nos diferentes mercados.
motores da frota nacional. Também
Os nossos produtos são os mesmos.
disponibilizamos kits de parafusos
O que por vezes ocorre são eventuais
para fixação do cabeçote. Com exce-
alterações técnicas em alguns produ-
ção dos parafusos, todos os produtos
tos, como por exemplo uma monta-
podem ser adquiridos individualmente.
gem de kit diferente para determinado
Reparação Automotiva: Quais os
país, que pode comercializar o mesmo
diferenciais desses produtos?
motor, mas com um agregado, como
Langer: Uma única palavra res-
uma bomba ou coletor, diferente.
ponde esta questão: Qualidade. Nos-
Reparação Automotiva: Para aque-
sas juntas e retentores, qualquer que
les que trabalham com a reparação
seja a aplicação, são projetadas e
automotiva, o que a Spaal oferece?
produzidas com tecnologia e mate-
Langer: Como mencionei ante-
09
PARA ESTE MERCADO OFERECEMOS KITS COMPLETOS, COMPOSTOS DE JUNTAS E RETENTORES PARA OS PRINCIPAIS MOTORES DA FROTA NACIONAL
Entrevista 10
Langer: foco na qualidade para a reposição
riormente, oferecemos produtos de alta qualidade e res-
devem ser interrompidos por circuns-
ponsabilidade técnica, com custo x benefício atrativo.
tâncias temporárias.
O perfil da reparação automotiva brasileira ainda é bas-
Reparação Automotiva: E sobre
tante distinto. Temos reparadores que valorizam, priori-
lançamento de produtos?
tariamente, a qualidade, como também temos aqueles
Langer: Embora desenvolver no-
onde o fator ‘preço’ é determinante. Infelizmente não é
vos produtos exija alto investimento
possível oferecer estes dois atributos juntos. Trabalha-
e, pelas circunstâncias econômicas,
mos para que parte destes reparadores que decidem
todas as empresas viram-se obriga-
prioritariamente pelo ‘preço’ entendam os diferenciais
das e redimensionar seus recursos, a
nos produtos Spaal / Dynamic e o
Spaal / Dynamic lançará novos pro-
risco de retrabalho inconsciente-
dutos. Estamos finalizando o desen-
mente assumido com a utilização
volvimento de retentores para caixas
de produtos inferiores.
de transmissão, que consideramos
Reparação Automotiva: Como a
também como sendo uma linha tec-
empresa contribui para evolução
nicamente crítica, de alta responsa-
técnica desses profissionais?
bilidade. Lançaremos retentores de
Nossas juntas e retentores, qualquer que seja a aplicação, são projetadas e produzidas com tecnologia e materiais superiores
Langer: Fazemos palestras téc-
roda, para complementar a gama de
nicas em todo o Brasil. Esta é a me-
itens, tornando o pacote mais atrati-
lhor oportunidade de contato com
vo. Como principal lançamento em
reparadores e equipes comerciais.
2016, em abril / maio apresentare-
Nestes eventos notamos muita de-
mos ao mercado kits completos para
sinformação. Também trazemos ca-
reparação de caixas de transmissão
ravanas de reparadores à empresa com muita frequência e
para veículos pesados. Esta linha
sentimos como ficam surpreendidos com nossas modernas
atenderá este nicho de mercado, com
instalações. Além destas ações, emitimos comunicações
a qualidade Spaal / Dynamic.
eletrônicas envolvendo detalhes técnicos e informações.
Reparação Automotiva: Quais são
Reparação Automotiva: Há ações previstas para
suas expectativas para 2016?
2016 a fim de contribuir ainda mais com a profissionalização desse setor?
Langer: Teremos um ano difícil pela frente, ainda com recessão. In-
Langer: Sim. Embora estamos todos atravessando
felizmente tivemos que rever metas
esta severa crise recessiva, intensificamos o trabalho de
e diminuir custos. Nossos clientes
identificação das regiões onde temos espaço para treinar
sofrem ainda mais, porque a inadim-
e, consequentemente, prospectar a utilização dos nossos
plência se elevou. Temos que ser oti-
produtos. Não reduzimos investimentos nestas ações, por-
mistas e criativos dentro deste novo
que os resultados são de longo prazo e por esta razão não
cenário, de recursos reduzidos.
Avaliação 12
As novidades dos SEDÃS MÉDIOS Alterações estéticas e de conteúdo promovidas no Peugeot 408 e Honda Civic não alteram as condições de reparabilidade dos veículos por Edison Ragassi | fotos ZNEWS Fabricado na Argentina, o sedã médio 408 da Peu-
Nesta avaliação a reportagem da re-
geot chegou ao Brasil em 2011. Em novembro do ano
vista Reparação Automotiva ouviu Cláu-
passado, ele passou por reestilização, recebeu a nova
dio Marinho Guedes, diretor do Centro
identidade global da marca do Leão.
Automotivo Auto Toki, Zona Sul de São
Entre as opções de motorização há o propulsor tur-
Paulo, ele fala sobre o motor. “É um
bo 1.6 THP Flex com injeção direta de combustível. Ela
propulsor com tecnologia embarcada, a
utiliza uma bomba de alta pressão
qual exige conhecimento
de 200 bar. Sua potência é de 173
técnico ao realizar revi-
cv (E)/166 cv (G) a 6.000 rpm. O
sões e reparos no sistema
torque máximo chega a 24,0 kgfm
de alimentação de com-
com qualquer combustível a 1.400 rpm. A Peugeot incluiu a
bustível”, fala ele.
nova transmissão automática EAT6, nela introduziram a função ECO. Segundo a fabricante, ao mudar o mapeamento do motor e as leis de passagens de marcha, a caixa prioriza a economia no consumo de combustível, que chegou a até 7% em uso urbano. A direção tem assistência eletro-hidráulica.
As velas do motor
THP utilizam bobinas, para soltar os conectores o processo é manual, já para retirar a vela é necessária a chave multi dentada de 14 mm, pois não é sextavada como as convencionais.
Reparação Automotiva 91 | Abril de 2016 |
Os freios
13
são a disco nas quatro rodas, “o cubo
de roda é conjugado ao disco traseiro, assim, ao substituí-lo é necessário retirar o conjunto”, avalia.
Ao substituir os discos
e pastilhas dianteiras o reparador utiliza
uma chave Allen 7 mm, uma fenda para
No 408
as travas, outra torx bits e o soquete a suspensão dianteira do é do tipo
pseudo McPherson invertido, o sistema traseiro é composto por uma travessa deformável e uma barra estabilizadora integrada. “As suspensões não oferecem dificuldades e também não necessitam de ferramentas especiais para
sextavado de 16 mm.
Para substituir o filtro
de óleo
substituir peças. Os pivôs são invertidos”, avalia.
do tipo ecológico
Filtr o d e ca bin e
o ressonador e a
O acesso é na parte frontal,
ter acesso. Na
é necessário retirar a proteção e a tampa da caixa. No segmento de sedãs médios, a Peugeot disputa clientes com o Honda Civic. O modelo de 9ª geração vendido nos dias de hoje chegou em 2012. No ano seguinte, o carro fabricado em Sumaré (SP) recebeu motor 2.0L 16V SOHC i-VTEC Flex, até então só era comercializado com motor 1.8L. O câmbio permaneceu o automático de cinco marchas, com mudanças manuais nas borboletas ao lado do volante e função ECON com Eco Assist (indicador luminoso de controle de consumo de combustível).
o reparador retira mangueira para recolocação fique atento ao torque a ser empregado na tampa, ele deve ser feito com um torquimetro, a especificação de 25 Nm está marcada na tampa.
Ao substituir as pastilhas e discos as chaves são de 13 mm, uma torx 50 para retirar o cavalete, o disco é retirado junto com o cubo.
Avaliação 14
Ele entrega potência
de 150 cv
(G)/155 (E) a 6.300 rpm e torque de 19,3 kgfm (G) a 4.700 rpm/ 19,5 kgfm (E) a 4.800 rpm. Este propulsor passou a utilizar sistema de partida a frio que dispensa o subtanque de gasolina.
Ao destravar as portas
, um
conjunto de aquecedores é ativado na linha de combustível e aquece a temperatura do etanol ao ponto ideal para compor uma mistura ar/
Os freios
a discos ventilados na
combustível pronta para entrar em combustão,
dianteira e sólidos na traseira, os quais são
independente da temperatura externa.
fáceis para realizar substituições de itens.
Cláudio considera que os reparadores
conhecem o motor do Civic. “Apesar
de terem aumentado a cilindrada é semelhante ao 1.8L e a inclusão do sistema que elimina o reservatório de gasolina para a partida a frio, não interfere na manutenção, só é necessário verificar o funcionamento. Para substituir velas e bobinas, filtros de ar, combustível e óleo, não há dificuldades e nem necessidade de ferramentas especiais”, avalia o diretor da Auto Toki.
Na opinião de Cláudio,
(Mirror Link / CarPlay) que espelha o ce-
os dois sedãs médios
lular no painel, câmera de ré, teto solar elé-
equivalem-se nas condi-
trico, faróis de neblina dianteiros, regulador
ções de reparabilidade, porém, “no
e limitador de velocidade, ar-condicionado
que diz respeito ao undercar eles são
automático digital Bi-zone com saídas de
semelhantes em condições de reparo,
ar traseira, luzes diurnas de LED, rodas de
detalhes como o pivô invertido do Peu-
liga leve 17 polegadas, entre outros.
geot e a suspensão independente tra-
Com motor 2.0L Flex, a Honda ofe-
seira do Honda, não comprometem, a
rece o New Civic na versão LXR por R$
maior diferença realmente está no mo-
83.700. Ele vem equipado com: Bancos
tor, o reparador necessita de atualizar
revestidos em couro, sistema de áudio
o conhecimento técnico para realizar
(AM/FM/ CD Player CDAMP3/WMA/
diagnóstico e reparos no sistema de
Bluetooth/ 4 alto-falantes), display mul-
alimentação do 408 THP Flex”.
timídia com tela de 5” limitador de ve-
O Peugeot 408 Griffe 1.6 THP (Turbo
locidade, ar-condicionado automático
High Pressure) tem preço sugerido de R$
digital, câmera de marcha à ré, rodas de
88.590, entre os itens de série traz: Bancos
liga leve 17 x 7 polegadas, entre outros.
revestidos em couro, sistema multimídia
A opção topo de linha é a EXR que
WIP Plug (Conexão USB para iPod/MP3
custa R$ 94.100, ele tem a mais o teto
player e entrada AUX + WIP Bluetooth)
solar elétrico, display multimídia com
integrado ao painel com tela colorida mul-
tela de 7” multi-touchscreen com nave-
tifunções de 7’’, Juke Box, MirrorScreen
gador GPS e entrada HDMI.
Na frente, a suspensão
é do tipo
independente McPherson, na parte de trás o Civic usa sistema independente Multi-link. “São sistemas conhecidos nas oficinas é só não esquecer de verificar o alinhamento traseiro durante as revisões”, comenta.
Avaliação 16
F I LTR O DO Ó LE O
FI LTR O D E C ABI N E
O elemento filtrante
O acesso para
convencional, o acesso ocorre
porta-luvas, ao retirar
por baixo, sem necessidade de
a tampa ele é de fácil
desmontar outras partes
localização
o filtro de cabine é no
do óleo do New Civic é
Ao regular o freio
de estacionamento
o processo é feito dentro do veículo, para isso é necessário retirar o console com chave e espátulas
FR EI O D I AN TEI R O
Ao substituir as pastilhas
do freio dianteiro
o reparador vai utilizar uma chave 14 polegadas combinada ou estrela e para segurar, uma chave fixa 17 polegadas
Ficha técnica Motor Denominação: 2.0 16V SOHC i-VTEC FlexOne Número de cilindros: 4 Número de válvulas: 16 (comando variável) Potência: 150 cv (G)/155 (E) a 6.300 rpm Torque: 19,3 kgfm (G) a 4.700 rpm/ 19,5 kgfm (E) a 4.800 rpm Transmissão Tipo: Automática de 5 velocidades com Shift Hold Control Freios Dianteira: Discos ventilados Traseira: Discos sólidos
HONDA NEW CIVIC
Ficha técnica Motor Denominação: 1.6 THP Flex Número de cilindros: 4 Número de válvulas: 16 Cilindrada: 1.6 L Turboalimentado Potência: 173 cv (E)/166 cv (G) a 6.000 rpm Torque: 24,0 kgfm a 1.400 rpm (E/G) Alimentação: Injeção direta de combustível
Direção Tipo: com assistência elétrica progressiva - EPS Dimensões Comprimento: 4.525 mm Entre eixos: 2.668 mm Largura: 1.755 mm Capacidade Porta-malas: 449 litros Tanque de combustível: 57 litros
Colaboraram: Peugeot do Brasil e Honda Automóveis
Suspensão Dianteira: Rodas independentes, pseudo McPherson, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados Traseira: Rodas independentes, com travessa deformável e amortecedores hidráulicos pressurizados
PEUGEOT 408 Direção Tipo: Assistência eletro-hidráulica Dimensões Comprimento: 4.681 mm Entre eixos: 2.710 mm Largura: 2.064 mm Altura: 1.514 mm Capacidade Porta-malas: 526 litros Tanque de combustível: 60 litros
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Dicas Técnicas 18
e d a m Siste SMISSÃO TRAN
encontra ê c o v , o diçã o fazer m Nessa e o c e d dicas s algumas egura do te do s o ã ç n e ar a manut fazem p e u q s e ent veículo compon ransmissão do de t sistema
Reclamações sobre o funcionamento da embreagem são das mais comuns nas oficinas mecânicas. Não é raro um dono de carro reclamando do quanto o pedal está pesado, dos ruídos ou então o quanto está difícil para acionar uma determinada marcha.
DA REPARAÇÃO
para o reparador: Nas oficinas mecânicas, o serviço mais comum quando falamos do sistema de transmissão é a troca da embreagem, devido ao desgaste desse componente, provocado acima de tudo pelo mau uso do condutor do veículo. Alguns cuidados são importantes para evitar danos nas peças e retrabalhos. Confira:
Ao fazer a manutenção
do sistema verifique sempre a condição do volante do motor – dê um passe para deixar a superfície sempre uniforme
Os componentes do
sistema devem ser mantidos sempre limpos. Ao fazer o reparo, não deixar resíduos
Ao receber o carro,
observe se o retentor do câmbio ou volante do motor está vazando
ATENÇÃO: Ao aperta apertar
o platô no volante, aperte os parafusos em cruz (+) respeitando o torque
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
aéo O sistem vel pela á s n o resp são da transmis as rodas força até
19
Orientee sempr
o pé do a tirar e t n te ie l duran o seu c eagem r b m e m da lo. Co pedal o veícu ução d d n aior o c m a ante a le gar e , r o o s h is e mel ilidade b a a m r e u t d do sis penho m e s e d ão nsmiss de tra
Função:
O sistema é o responsável pela transmissão da força, rotação e torque do motor até as rodas. Todo esse processo é realizado graças a diversos componentes em um minucioso processo. A força gerada pelo motor deve ser suficiente para fazer com que todos os sistemas funcionem em harmonia.
Componentes:
Em modelos
e c i o h c ee
fr
O sistema de transmissão é formado pela embreagem, cabo de embreagem,
tal ação to program re a o. ã te alizaç portan mpre atu em é im e g s a r re ta b s a em eve e troca d anner d s Após a so, o sc is ra a s veículo e P ma. ios ness e fr do siste e d os use fluid Jamais
recomendado para evitar o empenamento da embreagem. Fixe corretamente
Ao manusear o atuador,
não aperte com as mãos, use as ferramentas adequadas assim como para fazer a sangria todo o sistema. Evite danos nas peças e o mau funcionamento das marchas
atuadores e garfos da embreagem, caixa de transmissão, trambulador, cardan, juntas homocinéticas, anel sincronizador câmbio, luva de engate câmbio, rolamentos de câmbio e diferencial, retentores, engrenagens marchas e eixo diferencial.
Faça o alinhamento correto do
disco no votante do motor. O eixo piloto deve ficar exatamente no meio para não danificar a montagem
Por fim,
verifique sempre as condições do garfo
Diagnóstico 20
Reparo do câmbio robotizado e
A D A C O R T M E G A E R EMB
Com alguns poucos cuidados, é possível efetuar manutenção nos sistemas Dualogic e I-Motion sem correr riscos por Alexandre Akashi | fotos divulgação
os divulgação
e Akashi | fot
por Alexandr
Este robô é formado Apresentado ao consumidor em 2008, o câmbio robotizado ainda
por uma central eletrônica de transmis-
é mistério para muitos reparadores, que têm como principal dúvi-
são (TCU - Transmition Central Unit)
da como trocar a embreagem do veículo? Sem muitas delongas, o
que conversa com a central eletrônica
primeiro passo é entender o que é este componente, pois sem esta
do motor e, ao invés de ter um tram-
base teórica fica praticamente impossível compreender por que os
bulador, conta, no caso dos sistemas
procedimentos são necessários.
Dualogic (Fiat) e i-Motion (VW), com um
Além disso, é importante conhecer um pouco da tecnologia,
kit hidráulico, formado por bomba de
para mostrar ao cliente que você entende do assunto. Como o nome
óleo, reservatório de óleo e um grupo de
diz, o câmbio robotizado possui um robô que desengata e engata o
atuadores: sensores de pressão de óleo,
motor da transmissão, e realiza a troca a marcha (para cima ou para
sensor de engate e sensor de seleção,
baixo). Até aqui, tudo bem.
além de um conjunto de eletroválvulas e pistões (de seleção e engate), responsáveis pela troca das marchas. Porém, Montanari não descarta eventuais defeitos em sensores e eletroválvulas, que podem ocasionar dificuldades no funcionamento do câmbio e travamento da troca de marchas. “Caso ocorra, o módulo sinaliza onde está o problema, e com um scanner é
Câmbio Dualogic®
Conjunto eletrohidráulico do câmbio Dualogic®
Esquema hidráulico
funcionamento das eletroválvulas
possível identificar o componente defeituoso e substituí-lo”, diz.
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
o
ir Segundo o engenhe
Embreagem
, i r a n a t n o M Gino
A troca da embreagem desse tipo de câmbio é idêntica ao de veículos convencionais, com câmbio manual, porém requer alguns poucos cuidados adicionais. Um dos principais, segundo Claudio Cobeio, proprietário da CobeioCar, é efetuar uma leitura do sistema com ajuda do scanner para saber se está tudo em ordem, antes de desmontar qualquer parafuso.
mbio fabricante do câ Magneti Marelli, da ia ar nh t ge en diretor de Dualogic pela Fia ente chamado de lm cia er om (c e s que o Free Choic o raros os defeito Volkswagen), sã e não requer qu e I-Motion, pela ma te lmente, é um sis ma or "N a. nt se re sistema ap vida útil", afirma. cial ao longo da manutenção espe
Montanari explica porém que, antes de trocar qualquer peça é preciso fazer um diagnóstico mais apurado. “Nem sempre são os componentes que estão ruins, pode ser uma falha de chicote elétrico ou quebra de conector”, afirma.
“Como o sistema trabalha sob pressão,
caso haja alguma irregularidade a TCU informará, e pode ser que o problema não seja da embreagem, mas, sim, de algum outro componente”, afirma Cobeio. “Já vi casos de reparador afobado que correu para trocar a embreagem, fez quase tudo certo, mas o defeito era outro e levou prejuízo de mais de
Câmbio I-Motion
Conjunto hidráulico do câmbio I-Motion
Sistema I-Motion em destaque
R$ 2.000”, comenta o reparador. Se tudo estiver em ordem, ain-
de scanner há o descritivo do procedimento correto para
da com o scanner ligado ao carro, é
realizar o aprendizado do câmbio. A Napro recomenda veri-
preciso despressurizar o sistema. “É
ficar a tensão da bateria antes de realizar a troca da embrea-
o tipo de serviço que não se faz sem
gem, “pois se estiver abaixo de 12,5V, os procedimentos de
um bom equipamento, pois ele é
aprendizados não serão concluídos corretamente”, informa.
fundamental para o sucesso da ope-
Estando a bateria em ordem (tensão ideal de 12,5 V,
ração. E quem dispõe de um conta
com o motor desligado e 13,8 V, com o motor em funcio-
com o passo a passo do procedi-
namento), e com o scanner conectado, é preciso selecionar
mento no próprio scanner”, afirma
o sistema de transmissão automática Fiat NCD Dualógic, e
Cobeio ao comentar que após a tro-
ir em funções adicionais para realizar os seguintes procedi-
ca da embreagem é preciso realizar
mentos: Sangria da embreagem, Reset do índice de degra-
os procedimentos de aprendizado.
dação da embreagem, Aprendizado do sensor de posição
No site de alguns fabricantes
da embreagem e Aprendizado das marchas.
No site da Revista Reparação Automotiva, é possível baixar os manuais de reparação dos sistemas Dualogic e I-Motion
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Como fazer? 22
1 A caixa do filtro
de cabine do Renault Duster Oroch está colocada na parte inferior do painel
2 Para soltar os parafusos,
a chave indicada é a toqx 20 (T20) com catraca
O filtro de cabine, também conhecido como filtro do ar-condicionado e anti-polén, tornou-se item comum nos veículos comercializados no país. Este elemento filtrante serve para preservar a saúde dos ocupantes, pois o número de contaminantes levado ao habitáculo de maneira condensada é grande. Ele retém a entrada de detritos pelo sistema de ventilação, partículas de poeira, fungos e bactérias. Nesta edição da revista Repara-
3 Após soltar os parafusos
deslize para baixo a tampa da caixa
4 Retire o filtro 5 Ao colocar o filtro novo
preste atenção, pois há canaletas de encaixe na parte superior e inferior da caixa. Caso não seja encaixado na posição correta, o filtro entrará enrrugado e perderá a eficácia, pois o ar não passará pelo elemento filtrante
6 Após encaixar o filtro
de maneira correta recolocar a tampa e parafusá-la
ção Automotiva, o engenheiro automobilístico Paulo Aguiar Jr, diretor da Engin- Engenharia Automotiva,
Para melhor eficácia, o procedimento deve ser feito após a higienização do sistema de ar-condicionado.
centro automotivo localizado na
A picape Renault Duster Oroch foi lançada em setembro do ano
Zona Sul de São Paulo, explica a
passado é uma nova opção no segmento, já que está entre as compac-
maneira correta de substituir o filtro
tas derivadas dos carros de passeio e médias. É fabricada na arquitetura
de cabine do Renault Duster Oroch.
do utilitário esportivo Duster e oferecida com motorização 1.6L e 2.0L.
Engenheiro Paulo Aguiar Jr, diretor da Engin - Engenharia Automotiva.
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
2
1
3
4
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PASSO
A PASSO
5
Substituição do filtro de cabine Renault Duster Oroch
por Edison Ragassi | fotos ZNEWS colaboração Renault Automóveis do Brasil
6
ilustração Sérgio Parise
NO O D N A M O C Capa 24
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
Aumento de mulheres nas oficinas mecânicas provoca mudanças na gestão e estrutura dessas empresas por Christiane Benassi | fotos divulgação
Visual
Esqueça todos os estereótipos de oficinas mecânicas. Pisos claros e paredes brancas, sempre limpos é fundamental. Estoques organizados, ferramentas bem acomodas a fim de evitar que fiquem espelhadas.
Não é preciso ir muito longe para saber que o espaço ocupado pelas mulheres na nossa sociedade é cada vez maior. Basta olhar ao seu redor para perceber o número delas nas ruas e empresas. São mais de 50% da população brasileira, em plena atividade. Hoje, elas só não seguem carreira que até pouco tempo eram exclusivamente masculinas, mas também são responsáveis pela administração familiar, além de serem consideradas importantes formadoras
Crianças
Em algumas empresas há um espaço destinado aos pequenos enquanto aguardam o atendimento aos pais.
de opinião e, sobretudo desempenham um importante papel de decisão nos negócios e compras das famílias. Não é à toa que muitos desenvolvedores de produtos adaptem as novidades ao gosto feminino. Um bom exemplo é a indústria automobilística. A maioria dos modelos, hoje, já é projetada respeitando a anatomia e hábitos femininos. Afinal, elas são responsáveis por cerca de 40% das vendas nas concessionárias. E o que mais impressiona não são os dados estatísticos, mas a rapidez com que assumiram novos cargos nas empresas; funções e obrigações na sociedade.
Equipe
Os mecânicos uniformizados e treinados para oferecer todo o suporte técnico às consumidoras transmitem segurança para as clientes.
No vo l ante Para elas direção hidráulica, vidros e trava elétricas e ar condicionado são indispensáveis. Bancos que não desafiam meais, maçanetas arredondadas que não estragam as unhas, espelho para retocar a maquiagem no para-sole suportes para bolsas e acessórios são outros dos “avanços” das montadoras para agradas as consumidoras que buscam cada vez mais segurança e conforto. Da mesma maneira, grande partes das campanhas publicitárias é dirigida a esse público com forte porte de decisão. Portanto, para quem trabalha com vendas ou manutenção de veículos não há como ficar indiferente a elas. Para se ter uma ideia, as mulheres respondem pelo consumo de 94% do consumo doméstico. Dão a última palavra na aquisição de 42% dos carros novos. Bancam 58% dos remédios, 92% dos pacotes turísticos e escolhem 88% dos planos de saúde negociados no País, segundo pesquisas realizadas por empresas de consultoria e associações de cada um destes segmentos. E a tendência é de que essa participação aumenteainda mais nos próximos anos já que a participação feminina é crescente no mercado de trabalho.
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Capa 26
Atendimento
Profissionais, homens ou mulheres, uniformizados sempre com as mãos limpas e com o sorriso no rosto. Mãos sujas de graxa é coisa do passado.
N í v el de e xi g ê nci a Independentes, elas também assumem ocupações e responsabilidades que eram consideradas masculinas, como a manutenção dos veículos. Há algumas década, uma mulher dentro de uma oficina mecânica era algo imaginável. Um ambiente sujo de
graxa, cheio de homens e adornado com pôsteres de modelos definitivamente não era lugar para “as moças” do século anterior. Porém, os tempos mudaram. Hoje, as oficinas mecânicas não lembram em nada aquelas em que a cultura da graxa reinava. E as mulheres, que conquistaram a independência, também já fazem parte da rotina destas empresas. Não mais como modelos de fotos sensuais, mas como clientes e funcionárias. Elas já são 40% dos consumidores de serviços de manutenção e não é difícil perceber a mudança no comportamento delas. Diferentemente do que acontecia há alguns anos, muitas já entendem do funcionamento do carro, dominam conceitos mecânicos e não se intimidam em fazer perguntas sobre motor e sistemas. E ainda mais: elas se interessam e perguntam mais do que os homens. São mais exigentes em relação aos serviços e apresentação e funcionários da oficina. E você está preparado para atender esse público?
Mecânicos sinalizam aumento do público feminino nas oficinas
Elas por elas Uma das estratégias adotadas pelas oficinas para conquistar esse público é a contratação de funcionárias do sexo feminino seja nas recepções e oficinas. Quando recebidas por mulheres, essas clientes sentem-se mais seguras e confortáveis em fazer perguntas. Empresários da reparação analisam o perfil preponderante das mulheres que frenquetam suas oficinas: Independentes financeiras. Fazem questão de pagar as contas; Profissionais liberais Faixa etária de 25 a 50 anos Idade média do veículo em torno de 8 anos São exigentes e fazem questão de entender os porquês do serviço, conhecer as peças que serão usadas e discutir orçamentos e prazos. Proporção da população por sexo/IBGE
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
Nas o f icin as Os centros automotivos também foram obrigados a se adaptar para acompanhar a emancipação feminina e conquistar esse público tão exigente. Uniformes, pisose paredes sempre limpos são imperativos para aqueles que desejam atrair essas clientes. Além disso, cortesiano pré e pós atendimento é muito bem vinda. As recepções estão cada vez mais apropriadas para esse pú-
Sala de espera
Vasos de plantas, ao lado do revisteiro com títulos femininos e atualizados, quadros nas paredes, música ambiente e ar condicionado, além de serviços de copeira.
blico. Não são raras as empresas que colocam à disposição títulos femininos em revisteiros, salas de TV, playgrounds para as crianças permanecerem segura enquanto as mães aguardam e, até serviços de manicure e massagem. Outro serviço bastante comum em oficinas que atendem mulheres é o de leva-traz, ou seja, um motorista para deixar a cliente em casa ou no trabalho. E para aquelas que realmente querem aprender, algumas empresas oferecem inclusive cursos básicos de mecânica para esse público. Na Mecânica Chiquinho, por exemplo, o aumento de atendimentos a mulheres nos últimos anos é aparente. “Percebemos uma presença crescente desse público nos últimos anos. Para atendê-las com qualidade demos início a uma série de mudanças, principalmente na forma de tratamento com os clientes. Com as mulheres, o cuidado é bem maior principalmente na hora de explicar o que houve com o veículo, mostrar quais são as peças que serão trocadas. Tudo bem detalhado, já que
SMS
Oferecer um canal ágil de comunicação é importante.
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Capa Capa 28 28
Cortesias
costumam ser muito mais exigentes, principalmente
Ao lado dos serviços de transporte do consumidor, muitas empresas devolvem o carro já lavado. Além disso, deixam bancos e direção sempre cobertos para evitar sujeiras. Situações que não lembram em nada as oficinas sujas de graxa
por serem mais desconfiadas quanto ao serviço que está sendo prestado”, explica o proprietário Francisco Severiano Alves. Para Claudio Martinho Guedes, proprietário do Centro Automotivo Autoki, a presença feminina cresceu muito nos últimos 10 anos, obrigando-o a algumas mudanças, inclusive em reformas na estrutura, como a de um banheiro exclusivo para que elas se sinta mais à vontade. “As mulheres são mais desconfiadas e, por isso gostam de estar presentes e saber efetivamente o que acontece no veículo dela. Não aceitam faltas de respostas. Quem não estiver pronto para atendê-las certamente perderá consumidoras de peso”, avalia o empresário. Roberto Gherlardi Montibeller afirma que, embora o público feminino tenha crescido muito nos últimos anos, a presença masculina ainda é predominante no Centro Automotivo Hightech. “O tratamento continua o mesmo. Mas reconhecemos que com a presença feminina cada vez maior, a atenção para elas tem que ser maior também. Muitas delas gostam de acompanhar passo a passo, que explicamos o que está acontecendo com o veículo já que para muitas ainda é um ambiente muito novo as oficinas. Até porque elas são bem mais exigentes! Ainda mais por ainda existir aquela desconfiança de Douglas Rodrigues de Rezende, gerente comercial da Porto Seguro
que o reparador está enganando, ou mentindo sobre
Segurança Se tem um item que mulher nenhuma abre mão é a segurança dela, da família e dos seus bens materiais. Um serviço bastante novo que pode ser agregado aos já oferecidos para esse público nas oficinas é o seguro do veículo. Ao deixar o carro para reparo, a cliente tem cobertura total de possíveis danos. “O seguro empresarial da Porto Seguro dá cobertura contra danos no patrimônio da empresa. Com o serviço de responsabilidade cível garagista, o empresário estende a cobertura para os carros atendidos protegendo-os contra danos na pintura, furtos e até colisões. É mais um diferencial que o dono da oficina mecânica pode oferecer aos seus clientes”, explica Douglas Rodrigues de Rezende, gerente comercial da Porto Seguro. Ainda de acordo com o executivo o valor do seguro depende de vários fatores, sendo a localização da empresa, o primeiro deles. Número de carros atendidos e itens cobertos também faz a diferença.
os reparos que estão sendo feitos. Geralmente os homens estão mais acostumados com o ambiente e dia a dia das oficinas, o que faz com que para a mulher seja algo muito novo”, explica. Além do atendimento personalizado dado a esse público, Montibeller investem em campanhas para cativar esse público: “Os diferenciais além de uma atenção maior que muitas vezes acontece, em datas especiais costumamos colocar lembretes em nossas redes sociais, fazer promoções voltada para datas comemorativas das mulheres. É por saber que ainda para muitas mulheres a oficina é vista como um lugar de homens/ existe um certo machismo, que estamos tentando mudar essa visão”.
Sanitários
Sempre limpos são indispensáveis para as mulheres. Muitas oficinas já destinam um exclusivo a elas.
Opinião 30
compartilhada
Visando oferecer suporte e levar informação aos reparadores, principalmente para auxiliá-los na rotina de serviços no dia a dia da oficina de colisão, o Sindirepa Nacional lança cartilha com orientações sobre o mercado segurador, destacando pontos importantes. Esta ideia surgiu na Câmara Setorial Nacional de Colisão que realiza amplo trabalho com as seguradoras e vem desenvolvendo várias ações e estudos voltados ao mercado de colisão que tem características bem singulares. O conteúdo traz informações e definições sobre as atividades principais (funilaria, tapeçaria, elétrica e mecânica) e acessórias (orçamento, estadia, atendimento técnico, revisória/auditoria e lavagem do veículo), assim como destaca as responsabilidades das oficinas no que tange à realização do pedido atendimento ao vendedor/fornecedor, conferência e armazenamento/estoque. Além disso, também informa o reparador sobre questões relacio-
nadas à remuneração, não esquecendo de aplicar reajustes e considerar uma hora de serviço para vistoria de constatação, e duas horas para laudo de perda total. São trabalhos executados que precisam ser computados no orçamento e que não podem passar despercebidos. A cartilha traz todas estas considerações para orientar os empre-
sários na busca de esclarecer uma série de pontos importantes na complexa operação que envolve a área de colisão. Sentimos a necessidade de apontar questões que são relevantes ao negócio, contribuindo para o desenvolvimento do segmento. Este projeto é fruto do trabalho de mais de 20 anos da câmara criada para tratar de assuntos ligados à colisão. Incialmente, como Sindirepa-SP e que se estendeu para o
Informação
Antonio FiolA é presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional
Sindirepa Nacional, o que garante ainda mais a força do setor. Conseguimos, nos últimos anos, conquistas sem precedentes, e
que refletem positivamente nos resultados das oficinas não só do Estado de São Paulo, mas de todo o País. Entre os serviços a Câmara de Colisão estabelece um canal de
comunicação direto entre o reparador e as companhias de seguros para a solução de problemas relacionados a pagamentos de sinistros pendentes, remoção de perda total dos veículos parados na oficina, marcação de vistorias para terceiros. Também dispõe de parcerias com empresas de software de orçamentação, centros de treinamentos que permitem a realização de novos cursos para orçamentistas e vasta biblioteca técnica para consulta. Todos esses serviços oferecidos pela en-
SINdIrEPA NACIoNAl lANçA CArTIlhA PArA árEA dE ColISão
tidade demandam muito tempo, dedicação da equipe de profissionais e também recursos e já revertem benefícios financeiros às empresas de colisão por meio do pagamento de uma remuneração a título de atividades acessórias.
Dicas de Gestão 33
As aparências
ENGANAM Primeira impressão que o cliente tem é com a fachada da empresa. Cuidar da aparência da oficina é um ótimo negócio para aumentar o número de atendimento Algumas ideias podem ajudá-lo a deixar a oficina com a “cara” que você deseja: Dê preferência a uma fachada que se harmonize com a vizinhança, mas que marque a sua presença;
Dê preferência a tintas e materiais de fácil manutenção;
Sua fachada deve agradar o maior número de pessoas – homens, mulheres, jovens... Na fachada, dê preferência a cores claras já que elas transmitem a ideia de limpeza e transparência;
Na recepção, use portas transparentes ou espelho que provocam a sensação de amplitude;
Ilumine bem a fachada; Mantenha sempre a fachada limpa e clara. A limpeza da fachada é muito importante. Se estiver suja e com aspeto desleixado, então o interior deve estar igual. Assim pensam os seus clientes; Ainda na fachada, reserve um espaço para publicidade ou merchandising – banners promocionais seus ou dos clientes; Mas cuidado!!! Excesso de informações na fachada pode deixar seus cliente confuso; Lembre-se de que a calçada faz parte também da sua empresa. Mantenha a sua sempre limpa e conservada; Reservar uma área para estacionamento de veículos é um diferencial importante;
E
Mantenha todos os espaços de circulação do cliente limpos e arejados; Pense em um projeto de iluminação que valorize os espaços e garanta conforto ao cliente enquanto é atendido; Logotipo na frente da oficina deve atender a legislação vigente. É importante que seja curto, claro e de fácil memorização capaz de transmitir o conceito da empresa.
O melhor teste de como está a fachada é olhar ela pelo outro lado da rua. Atravesse a rua, observe de lá e veja se ela passa as ideias que você quer transmitir – limpeza, modernidade, aconchego... Lembre–se de que acima de tudo, a fachada é quem passa a primeira impressão.
das o i o p a o m e t o çã e s a ss
Na oficina 34
SUV Premium:
a h n i d pega
E DEFEITO CRÔNICO
Após diagnóstico, foi descoberto que o real problema era no sistema de distribuição de força do motor
por Alexandre Akashi | fotos ZNEWS
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
35
Nos últimos anos, a Audi tem aumentado substancialmente a participação no mercado de veículos no Brasil. Em 2010, vendeu cerca de 4.000 automóveis, enquanto em 2015, foram 17.540 unidades, segundo levantamento feito pela Reparação Automotiva, com base nos números divulgados pela Fenabrave. Neste período, a marca vendeu aproximadamente 52 mil carros no Brasil. Com design sóbrio e forte apelo esportivo, os modelos Audi são caracterizados ainda pelo alto índice de tecnologia embarcada, como deve ser qualquer veículo premium. Com isso, é de se esperar elevado número de componentes eletrônicos, em todos os sistemas do automóvel, principalmente no controle e gerenciamento motor. No final da primeira década deste século, a
a c i d #
Ao realizar o diagnóstico, foi descoberto que se tratava de um defeito crônico no esticador da corrente de transmissão de força do motor
Audi renovou a linha de motores e pôs em prática o conceito de downsizing (redução de tamanho) com a aplicação de propulsores menores, mais potentes, mais econômicos e com maior desempenho, graças ao amplo uso de turbocompressores. Um dos primeiros modelos foi o EA888, de
1.8l e 2.0l, com diversas versões de torque e potência. O grande diferencial era o uso do sistema de injeção direta de combustível, a alta pressão, de forma estratificada, dentro do cilindro, o FSI (Fuel Stratified Injection), juntamente com o turbocompressor. Um dos mais populares era o 2.0 TFSI de
Antes de começar a desmontar qualquer parte do carro é importante fazer o diagnóstico da forma mais precisa possível, para evitar remover peças que estão boas e não tem nada a ver com o defeito. Veículos premium, mesmo os do final do século passado, possuem diversos sistemas eletrônicos que mascaram o real defeito, como forma de proteger o componente mais valioso: o motor.
211 cv, que equipa modelos como o Audi A4 e A5. N a o fi c i n a O veículo escolhido para esta reportagem é um Audi Q5 2010, 2.0 TFSI, de 211 cv de potência e torque máximo de 350 Nm a 1.500 rpm, que chegou à oficina CobeioCar, na zona Sul de São Paulo, com problemas típicos de câmbio. “O cliente reclamava que quando precisava dar marcha-à-ré, conseguia engatar, mas o veículo andava com dificuldade e quase não subia a rampa da garagem”, explica Claudio Cobeio, proprietário da oficina. Além disso, a luz de injeção estava acesa no painel. A Audi Q5 foi lançada no Brasil em 2009, com duas opções de motores: 2.0 TFSI e V6 3.2 FSI (aspirado, com injeção direta), para concorrer com BMW X3 e Mercedes-Benz GLK. O modelo 2.0 TFSI tem câmbio S-Tronic com dupla embreagem e sete velocidades, que possibilita aceleração de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos, e velocidade máxima de 222 km/h, de acordo com dados do fabricante.
O primeiro passo para saber o que acontece é passar o scanner no carro, que indicou um único problema: sensor de rotação e comando de válvula sem comunicação. Assim, diferentemente do imaginado, o câmbio estava em ordem, sem avarias. A falta de força na marcha-à-ré era apenas uma estratégia do carro para obrigar o motorista a levar o carro para uma oficina, a fim de verificar o problema da luz de injeção acesa.
Na oficina 36
a c i d # O carro chegou à oficina com problema de força ao engatar marcha-àré, porém o defeito não era no câmbio
Para se certificar de que não era defeito no câmbio, Cobeio
Assim, para resolver o defeito do Audi
utilizou um osciloscópio para medir o sinal dos sensores
Q5, foi necessário a troca da corrente
que gerenciam e controlam o sistema de comando de
do comando de válvulas e dos estica-
válvula do veículo e, com a ajuda de outros profissionais
dores, pois a corrente trabalhou duran-
encontrou o real defeito: a corrente do comando de válvu-
te muito tempo com folga, e acabou se
las estava com folga, causada por problemas nos estica-
desgastando. "Na maioria dos casos
dores, que não estavam mais cumprindo o devido papel.
que pesquisamos, o prejuízo foi maior,
"Durante nossa investigação, descobrimos que
pois muitos chegaram a perder o mo-
este é um defeito comum em todos os veículos
tor por atropelamento de válvula, pois
Audi e Volkswagen equipados com esse
a corrente pulou dente e todo o motor
Existem diversos vídeos na internet que mostram como proceder a desmontagem e remontagem do sistema para a substituição deste componente
motor, o EA888, produzido entre 2008 e
saiu de sincronia", comenta Cobeio.
2010", comenta Cobeio ao revelar que em 2011 a fabricante realizou modifi-
Inj e ção di re ta
cação no projeto do esticador para
Cobeio informa ainda que para apro-
evitar este tipo de problema.
veitar a desmontagem parcial do mo-
Segundo Cobeio, o processo
tor, foi executado serviço de descar-
de desmontagem e remontagem não
bonização dos coletores de admissão
é difícil, porém é trabalhoso, pois é
e válvulas de admissão, assim como
necessário desmontar toda a frente do
uma equalização dos bicos injetores
carro, retirando para-choque e radiador.
de alta pressão. O reparador ressalta
a c i d #
Após trocar a correia e os esticadores, girar o motor aproximadamente 20 voltas e medir se há folga. Nunca, jamais virar o motor ao contrário, pois isso força os esticadores, que podem estragar. Ao comprar as peças de reposição, principalmente a corrente e os esticadores, utilize peças originais, adquiridas de preferência na concessionária.
Lançado em 2009, o Audi Q5 tinha duas opções de motores, o 2.0 TFSI e um V6 aspirado de 3.2 litros
Neste caso específico, o preço foi melhor assim como o prazo de entrega. Enquanto o importador independente pediu de 10 a 30 dias úteis para entregar a peça, na concessionária conseguimos na mesma semana.
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
que não foi feita limpeza do bicos, mas, sim, uma equalização, serviço cujo custo ainda é elevado. “Por se tratar de uma válvula que trabalha sob alta pressão, cerca de 40 bar em marcha lenta, dificilmente pararia uma sujeira nele, mas, no entanto, necessita fazer uma retrolavagem e equalização pois o veículo perde potência e força, a luz da injeção acende por causa de mistura pobre, e o scanner lê código de defeito nos bicos. Um problema comum nos sistemas de injeção direta é quando o bico trava em aberto; isso pode causar calço hidráulico e comprometer todo o motor
Um dos defeitos mais comuns nos veículos com injeção direta é, segundo Cobeio, quando o injetor trava aberto. “Nessa situação, o bico injeta combustível o tempo todo no cilindro, ao invés de pulsar, e pode até mesmo causar calço hidráulico”, diz. “A solução é retirar os bicos e testá-los em uma máquina de limpeza para saber qual está
Ou tros de fe i tos
com defeito, e fazer uma retrolavagem”, explica.
Cobeio comenta ainda que este tipo de veículo costuma apresentar diversos problemas com o tempo, porém nada anormal. “O que todos precisam estar
s a c i d # Por se tratar de uma onda quadrada, somente com um kit que é vendido separadamente é possível fazer este trabalho, usando uma máquina de limpeza comum. Este é um serviço que requer paciência e uso de uma cuba ultrassom
cientes é que o preço das peças é elevado, e até mesmo uma intervenção simples como troca de óleo e filtros custa mais caro do que um carro nacional do mesmo porte. Na lista de componentes que A bomba de alta pressão sofre desgaste e pode precisar ser trocada. Caso isso aconteça, é preciso estar ciente de que a bomba pode liberar limalha de metal, que serão depositadas nos bicos injetores. Convém sempre alertar o cliente por escrito que após a troca da bomba de alta poderá haver a necessidade de troca dos bicos, por estarem impregnados de limalha de metal. Se não o fizer, pode assumir este custo.
mais se desgastam, Cobeio destaca o semieixos dianteiro e traseiro, que costumam apresentar trepidação entre os 60.000 e 80.000 km, e o sistema de arrefecimento, principalmente a ventoinha. “Como é um carro que trabalha muito com o ar-condicionado ligado, o desgaste da ventoinha é grande, e normalmente não passa dos 100.000 km”, comenta.
37
para quê?
A voz do reparador 38
Volkswagen Amarok chegou de guincho à oficina sem partida e sem comunicação com o scanner. Ao retirar o módulo da injeção, uma surpresa! no mês passado, avaliamos uma
Infelizmente, muitos ainda insistem
picape Volkswagen Amarok com
em jogar água no motor para deixá
problemas de água no cabeçote, que
-lo ‘impecável’. E isso é um erro que
após muito trabalho descobrimos a
pode custar muito caro.
Sergio Tirone é proprietário do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe
Com sinais claros de que o motor foi lavado, a água se acumulou nos conectores da ECU, que oxidaram e perderam o contato.
Lavar o motor
causa do defeito: o interior do refrigerador do sistema de EGR estava
D e fe i to
podre e a água ia para o cabeçote
Retiramos o módulo e descobrimos
juntamente com o ar frio.
que os pinos estavam oxidados, e
Dias depois de liberar o carro,
quatro deles havia quebrado, dano
uma outra Amarok chega à nossa ofi-
causado provavelmente pela água
cina, com um problema ainda maior.
utilizada na lavagem do motor. A
A picape ano/modelo 2013/2014, era
solução mais simples para este tipo
idêntica a anterior, 2.0 turbodiesel,
de problema é trocar o módulo. Con-
cabine dupla, 4x4, na versão S, com
sultamos uma concessionária e des-
apenas 46.700 km rodado.
cobrimos que uma ECU da Amarok
O carro chegou de guincho,
custa R$ 14.000, e claro, o dono do
pois não tinha partida. Engatamos o
carro ficou com os cabelos em pé,
scanner na tomada de diagnóstico
e pediu para tentarmos recupera o
e nada. Também não havia comuni-
existente. Conseguimos com esfor-
cação com a ECU. Com o esquema
ço e trabalho de relojoeiro limpar os
elétrico do carro em mãos, retiramos
contatos e refazer os pinos, com um
o módulo para verificar a alimentação
processo de soldagem fino.
positiva e negativa, e neste momento encontramos o problema.
Este não é um defeito corriqueiro da Amarok e nem tampouco exclusi-
Durante o procedimento de reti-
vo. Nos veículos modernos, lavar o
rada do módulo, observamos que o
motor é como jogar na loteria, mas
motor do veículo havia sido lavado.
de forma invertida. Se for premiado, perde dinheiro. Neste caso, conseguimos encontrar uma alternativa e, ao invés de gastar R$ 14.000 em um módulo novo, o cliente desembolsou apenas R$ 2.000. Assim, recomendamos a nunca, jamais, lavar o motor, pois não há justificativa que compense o possível prejuízo. E mais um detalhe: não há garantia do serviço, pois ainda pode haver água no chicote e voltar a acumular nos conectores.
Tecnologia 40
AUTOPECAS a um Cliqu
Solução oferece mais praticidade e agilidade para quem vende e compra autopeças por Christiane Benassi | fotos divulgação
Não podemos negar que cada vez mais a internet torna-se uma ferramen-
instalar o programa em um equi-
ta essencial no dia a dia das pessoas, principalmente nas oficinas. As pos-
pamento específico. Com isso,
sibilidades e praticidade que os novos aplicativos e sistemas trouxeram
o acesso pode ser feito de qual-
agilizaram processos e a interação com os clientes. Hoje empresas bus-
quer PC/Notebook/Smar tphone,
cam suprir cada vez mais essas necessidades, principalmente por ações
somente com alguns cliques.
de relacionamentos, fontes de consultas e organizações de agendas.
Para o fabricante, além de
No mercado reparação automotiva, a novidade é o Peça na Rede,
atualizar em tempo real e remota-
uma solução que faz a interação entre fabricante, distribuidores e
mente o catálogo de produtos, a
aplicadores de peças automotivas em tempo real. A ideia é bem pa-
solução ainda permite a divulga-
recida com a de um catálogo eletrônico, mas com uma diferença – os
ção de dicas e vídeos técnicos e
dados ficam hospedados na nuvem e, por isso, o usuário não precisa
de arquivos para impressão.
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
Ino v a ç ã o O Peça na Rede é uma inovação no que diz respeito ao comércio de autopeças, já que os catálogos eletrônicos disponíveis no País são off –line, ou seja, independem da internet e, portanto as atualizações costumam ser lentas e dispendiosas, além de restringirem o número de acessos. Mas com o Peça na Rede, a história é diferente. É possível para o fabricante atualizar em tempo real o catálogo, enquanto o usuário acessa de qualquer lugar em qualquer equipamento. Como hoje o acesso à web já é uma realidade para grande parte dos empresários brasileiros, o projeto é muito bem vindo.“ .“Percebemos que no mercado Brasileiro só havia um fornecedor de Catálogo de Peças e o sistema era off-line, ou seja é necessário baixar no computador cada catálogo. Ai surgiu a idéia de criarmos um Catálogo On-line, em tempo real e acessível via qualquer dispositivo com acesso a internet o que inclui um Smartphone”, conta Wilson Macorin, sócio co-fundador do Peça na Rede, responsável pelo desenvolvimento do sistema. O projeto é também uma solução inédita no exterior. “Os sistemas existentes no exterior são de pesquisa através de campos específicos de busca pela peça, informando o carro, modelo, ano, fabricante da peça, etc. O nosso foi projetado para facilitar a busca, inclusive por
Todo mundo ganha...
pessoas físicas proprietários de veículos e que não
Com o Peça na Rede, o Reparador terá acesso a informações sobre as peças em tempo real, um fabricante lança uma peça e o reparador já tem a informação imediata, o fato de acessar via Smartphone, disponibiliza a informação em qualquer lugar onde ele esteja. Além disto, o sistema sendo digital, permite que o Fabricante coloque Vídeos de como instalar a peça ou outras informações relevantes ao Reparador. Já para o Fabricante, o fato de suas peças estarem acessível mundialmente, pois está na nuvem e de fácil acesso a quem esteja buscando, seja um reparador ou uma pessoa física, além de diminuir a impressão de catálogos.
a utilizada pela Amazon, Google e outros sites de
tem nenhuma afinidade com a mecânica. . É baseado na Busca Progressiva, uma tecnologia similar busca rápida em grandes volumes de dados; ou seja, a pessoa vai colocando as informações que sabe e o sistema vai buscando a peça que poderá atende-lo”, explica Macorin. Fase s A solução, que recebeu o primeiro lugar na premiação do programa STARTUPONE da FIAP, Faculdade de Informática e Administração Paulista, na sua edição de 2016, foi desenvolvida com muito planejamento e testes para atender com qualidade os clientes. “Primeiro fizemos um planejamento de quem seriam os Clientes Direto,
A solução premiada pela FIAP, Faculdade de Informática e Administração Paulista, com o título Startup One, foi desenvolvida com muito planejamento e testes para atender com qualidade os clientes. “Primeiro fizemos um planejamento de quem seriam os Clientes Direto, depois quem seriam os usuários das informações, montamos um plano de Startup do projeto. Vimos que os Fabricantes de autopeças tem um alto investimento em catálogos impresso, o sistema vai diminuir a emissão, o fato de ser impresso fica desatualizado rapidamente, o sistema irá disponibilizar a nova peça ou novas informações em tempo real”, descreve Macorin.
41
Tecnologia 42
Prêmio dado pela FIAP com o título Startup One à iniciativa
Macorin explica que o
ne, além de ser online em tempo real
sistema terá quatro fases: “A
as atualizações de informações sobre
primeira é o Catálogo de Peças
as peças oferecidas pelos Fabricantes.
Online, os Fabricantes de Au-
Com isso, não é necessário ficar ins-
topeças carregam e atualizam
talando atualizações a todo momento”,
o sistema em tempo real, as
explica Macorin. “Os catálogos eletrôni-
pessoas que consultam terão a
cos em geral requerem que seja baixa-
informação imediata. A segun-
do uma aplicativo ou colocado um PEN
da fase será disponibilizar aos
DRIVE ou DVD num notebook/PC para
Distribuidores/Revendedores
consulta. O Peça na Rede não requer
de autopeças a possibilidade
instalação, basta ter acesso a internet e
de informar que eles tem a peça
poderá consultar as peças desejadas”,
disponível e assim a pessoa
completa Macorin.
que consulta sabe onde achar
Em relação à segurança, o Peça
a peça. A terceira fase será
na Rede garante toda a integridade
disponibilizar aos Mecânicos
dos dados da empresa. “Como é na
o Orçamento Online, que consiste no Revendedor de Autopeças oferecer a seus
nuvem, fica armazenado em um servi-
Cliente (Reparadores) um sistema de Orçamento subsidiado por eles, com isto o
dor de alta segurança e acessível 24x7
Mecânico terá uma ferramenta Online de emissão de Orçamento. A última faze será
com garantia de 99% de disponibilida-
a captura das informações sobre o consumo das peças por região e oferecer aos
de. Os Fabricantes acessam com seus
Fabricante, Distribuidores e Revendedores de Autopeças estatística de volumes de
usuários e senhas, atualizam seus
peças consumidas e sua participação neste mercado (Market Share)”.
produtos e já está disponível para con-
A solução já está no ar, porém, ainda como piloto para que fabricantes possam vivenciar todos os benefícios do catálogo na nuvem.
sulta.Os Distribuidores/Revendedores terão acesso com usuário e senha para colocarem suas disponibilidade
Na N u v em
da peça, e estará acessível a quem
O grande diferencial do Peça na Rede é que o catálogo eletrônico não depende de
consulte.Os Reparadores e pessoas
um local físico para ser instalado e, portanto, não ocupa espaço nos dispositivos.
que consultem o catálogo, não pre-
Basta ter conexão à web para acessá-lo sempre atualizado. “O grande diferencial
cisam de usuário e senha o acesso é
é o fato de ser um sistema acessível por qualquer mídia, PC/Notebook/Smartpho-
livre para consultas” finaliza Macorin.
Wilson Macorin, sócio co-fundador do Peça na Rede, responsável pelo desenvolvimento do sistema
Com um Cliqu Para adotar o Peça na Rede na sua empresa, é bem simples, basta passar uma planilha Excel com as peças e um arquivo com as fotos, a carga é imediata para quem está atendendo. Este processo leva no máximo uma semana. “Quanto à manutenção técnica feita por nós, o fato de ser um sistema na nuvem facilita as correções e melhorias que venhamos a fazer, pois será feita diretamente no servidor que todos estarão utilizando para colocar ou consultar informações sobre as peças”, conclui Macorin. Em 11 de maio, a equipe do Peça na Rede estará na sede do Sindipeças, na capital paulista, para apresentar mais detalhes sobre a solução.
EM QUALQUER LUGAR, EM QUALQUER HORA Sua marca nas mãos de quem precisa
Peça na Rede é a mais nova solução em tecnologia de sistemas para agilizar a comunicação entre fabricantes, distribuidores e aplicadores de peças automotivas.
Agora ficou mais fácil checar disponibilidade e aplicabilidade de autopeças.
Com o Peça na Rede é possível a divulgação do catálogo de produtos atualizado em tempo real, acessado de qualquer tipo de equipamento: computadores, celulares, tablets.
E o melhor, em qualquer lugar do mundo
Peça na Rede ainda permite a divulgação de dicas e vídeos técnicos, além da criação de arquivos para impressão. SUA MARCA NÃO PODE FICAR DE FORA DA REDE
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na rede
Equipamentos 45
Teste de Pressão da
BOMBA ELÉTRICA A bomba de combustível tem a função de alimentar o motor, através do deslocamento do combustível que está no tanque para o sistema. A bomba elétrica é aquela responsável
PLANATC Teste de Pressão da Bomba Elétrica TVPA 4500 O equipamento é composto por um jogo de mangueiras adaptadoras, ligada na linha de combustível e dois manômetros com glicerina. Um dos manômetros mede a pressão da bomba elétrica de combustível do veículo e o outro mede a vazão dessa bomba por pressão. Além do manômetro de pressão possui manômetro de vazão, facilitando essa medição. Pode ser adquirido com 13 ou 17 mangueiras.
por sugar o combustível por um tubo coletor. Verificar seu funcionamento é fundamental para o bom desempenho do veículo e evitar dores de cabeça para o dono do carro. Nessa edição, conheça algumas opções de testador de pressão da bomba elétrica disponíveis no mercado:
KITEST KA-015.17 Com a introdução da injeção eletrônica nos automóveis, as bombas elétricas de combustível passaram a substituir as bombas mecânicas quando o sistema de alimentação do motor passou a contar com a injeção eletrônica. Com a baixa pressão das bombas mecânicas (1,75-2,1 Bar) muito do combustível bombeado para o carburador se perdia nas paredes do coletor de admissão, desperdiçando combustível. O advento da injeção eletrônica trouxe consigo as bombas elétricas, que conseguem manter uma pressão alta e constante (3-6,5 Bar), e consequentemente a injeção de combustível na melhor forma possível, a pulverização. Esta facilita que a mistura do combustível com o ar ocorra de forma mais homogênea. Devido ao funcionamento contínuo, a bomba elétrica houve se a necessidade de manômetros específicos (ka-015.17 manômetros para medição e vazão da bomba elétrica) para diagnosticar o funcionamento pois trata-se de um componente vital para o bom funcionamento do motor. A ka-015.17 é ligado diretamente na linha de combustível do veículo, conseguindo assim medir a pressão de trabalho, estanqueidade e vazão da bomba. Providos de glicerina interna para melhor interpretação do ponteiro e feitos de aço inox.
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A revista para quem decide no aftermarket brasileiro Nas versões impressa e digital, a Reparação Automotiva é a revista que fala com o reparador. São 30 mil exemplares distribuídos em todo o território nacional via correios para centros automotivos, oficinas mecânicas, distribuidores, fabricantes e displays, espalhados em varejos de autopeças, além do disparo para 40.000 e-mails cadastrados.
Anuncie com quem INTERESSA para quem INTERESSA
fotos divulgação
Novidades 47
Ford Caminhões inclui câmbio automatizado Em Farroupilha (RS), a Ford Ca-
A versão Cargo 1723 Kolector Torqshift
minhões lançou a linha 2017 dos
é destinada para coletor/compactador,
caminhões Cargo com câmbio au-
com transmissão reforçada de 10
tomatizado Torqshift, desenvolvido
marchas e peso bruto total de 23.000
pela Eaton em parceria com a Ford e
kg com terceiro eixo instalado. O mé-
a fornecedora de motores Cummins.
dio Cargo 1729R Torqshift, com peso
Ele permite as trocas de marchas de
bruto total de 16.000 kg, tem motor de
maneira automática e também manu-
290 cv e transmissão de 10 marchas,
ais no botão ao lado da manopla.
opções de cabine simples e leito. O
São 6 novos modelos para diver-
Cargo 2429 Torqshift, também com 10
sas aplicações com transmissão de 10
marchas, tração 6x2, peso bruto total
ou 16 marchas. O Cargo 1723 Torqshift
de 23 toneladas e capacidade máxima de tração de 38.000 kg está previsto para
é um modelo com peso bruto total de
estrear no mercado em março, O Cargo 1729T Torqshift é um cavalo-mecânico
16.000 kg e capacidade máxima de
com cabine leito, transmissão de 10 velocidades e capacidade máxima de tração de
tração de 32.000 kg, com motor de
38.000 kg. O Cargo 1933T Torqshift com suspensão a ar é um cavalo-mecânico de
230 cv e transmissão de 10 marchas.
transmissão com 16 marchas, sua capacidade máxima de tração é de 45.150 kg.
Novo diretor de vendas da Dana para a reposição A Dana anuncia a nomeação de Carlos Dourado
fornecedora original do novo Lifan Foison
para o cargo de diretor de vendas para o mercado
Reconhecida pelo comprometimento com a
de reposição no Brasil. O executivo será o respon-
qualidade de seus produtos e com os serviços
sável pelo desenvolvimento e implemento de estra-
de pós-venda oferecidos a seus clientes e apli-
tégias para produtos e clientes que aprimorem a po-
cadores, a Corven acaba de anunciar a parceria
sição da empresa e promovam o seu crescimento.
com a Lifan. A partir de agora, a fabricante será a responsável pelo fornecimento dos amortecedores do novo Foison, produzido no Uruguai. O novo Foison, equipado com amortecedo-
comunica As informações relacionadas a supostos preços de venda veiculadas no anúncio da Reparação Automotiva edição 90, página 29, são incorretas. Não tem validade legal e comercial e devem ser desconsideradas para todos os fins e efeitos.
res Corven, é um veículo urbano com capacidade de carga de 600 kg, que sairá nas versões Mini Truck e Furgão. A Corven também iniciará a comercialização do veículo SUV X60; um utilitário esportivo que será ofertado ao mercado local.
Novidades 48
SW4 muda para manter a liderança Utilitário esportivo agora é fabricado
tre-eixos foi encurtando em 0,5 cm,
em novo chassi, teve a suspensão tra-
passou a ter 2.745 mm.
Redesenharam o sistema de suspensão traseira, o braço de con-
seira redesenhada, ganhou novo visual
São duas opções de motorização, a
e opção de motor 4.0L V6 a gasolina.
diesel, semelhante ao da Hilux, 1GD 2.8
Apesar de ser derivado da picape mé-
L, ele entrega 177 cv de potência e 45,9
Incluíram sistemas eletrônicos que
dia Hilux, o modelo tem identidade
kgfm de torque e a gasolina V6 4.0L
auxiliam a condução do veículo como,
própria. Na dianteira os faróis são com
com 238 cv de potência e 38,3 kgfm
assistente de subida (HAC), assistente
projetor, luzes de circulação diurna
de torque . O câmbio é automático de
de descida (DAC), o HAC específico
(DRL) de LED e sistema Follow me
6 velocidades com borboletas atrás do
para manobras em aclives, ele atua au-
Home. No para-choque a forma é tri-
volante para as trocas de marchas.
tomaticamente nos freios e A-TRC, que
trole inferior está colocado 20 mm mais para baixo.
dimensional, com molduras cromadas.
A Toyota mudou o sistema de acio-
Comparado a geração anterior,
namento da tração 4X4, no modelo an-
A nova SW4 2016 tem preço suge-
ficou 9 cm mais longo, o compri-
terior utilizava alavanca, a nova geração
rido de R$ 205.000 com motor a gaso-
mento total é de 4.795 mm. Na
tem seletor eletrônico. O novo chassi foi
lina e configuração de assentos para 7
largura tem 1.855 mm, ou seja, 1,5
desenvolvido para melhorar a durabilida-
ocupantes. Já com propulsor diesel o
cm a mais. Também é 1,5 cm mais
de, conforto e segurança, a rigidez foi
preço é de R$ 220.000 para 5 pessoas
baixo, altura de 1.835 mm e o en-
aumentada em 20%.
e R$ 225.000 com 7 assentos.
Novidades na VW
é o controle de tração ativo.
A Volkswagen apresentou os novos Gol e Voyage.
cv (E) a 5.250 rpm e torque de 15,4 kgfm (G)/ 15,6
A parte traseira do Gol foi totalmente redesenhada. A
kgfm (E) a 2.500 rpm. O câmbio manual de 5 ve-
tampa ganhou duas linhas que se conectam com o
locidades equipa todas as versões, o automatizado
interior das lanternas, o vidro traseiro recebeu novo
I-Motion é oferecido no 1.6L. Tanto o hatch como
formato. E as lanternas são maiores em relação ao
o sedã receberam os novos sistemas multimídia.
modelo anterior. O para-choque traseiro também é novo, assim como os refletores na parte inferior.
O Gol Trendline 1.0L custa R$ 34.890) o 1.6L sai por R$ 40.190. Enquanto que o Voyage 1.0L
No interior, o painel foi redesenhado. O Gol e
Trendline tem preço sugerido de R$ 40.990 e
Voyage receberam o propulsor 1.0L três cilindros
1.6L R$ 44.590. O Gol Comfortline 1.0L sai por
da família EA211 (o mesmo do up!). Sua potência
R$ 42.690/ 1.6L R$ 47.490 (câmbio manual)/ R$
é de 75 cv (G)/ 82 cv (E) a 6.250 rpm. Entrega
50.790 (câmbio I-Motion). Pelo Voyage Comfortline
torque de 9,7 kgfm (G)/10,4 kgfm (E) distribuídos
1.0L a empresa cobra R$ 46.690/ 1.6L R$ 49.490
na faixa de rotação de 3.000 rpm a 3.800 rpm.
(câmbio manual)/ R$ 53.090 (câmbio I-Motion).
Na opção de motor 1.0L três cilindros, a en-
Já o topo de linha Highline só com motor 1.6L, o
genharia recalibrou os amortecedores dianteiros,
Gol custa R$ 51.990 (câmbio manual)/ R$ 55.290
pois o novo propulsor é mais leve que o anterior.
(câmbio I-Motion). O Voyage sai por R$ 55.290
Continua o motor 1.6L Total Flex de 101 cv (G)/ 104
(câmbio manual)/ R$ 58.590 (câmbio I-Motion).
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
Jac Motors lança SUV compacto O modelo, importado da China, teve evolução tecnológica e de acabamento. Utiliza propulsor 1.5 16V VVT JetFlex com comando variável, sua potência é de 125 cv (G)/ 127 cv (E) a 6.000 rpm. O torque é de 15,5 kgfm (G)/ 15,7 kgfm (E) a 4.000 rpm. O JAC T5 traz o sistema multimídia com mirror link e tela de 8 polegadas, com câmera de ré. Possui conexão HDMI e Bluetooth, leitor de MP3, entradas USB e SD Card. A função Link permite conectar, espelhar e operar todas as funções de alguns modelos de smartphones ou tablet através do touchscreen da tela HD. O preço sugerido do Jac T5 é de R$ 59.990 (Pack 1), traz de série o ar-condicionado digital e automático, vidros elétricos, trava central e retrovisores com acionamento elétrico, alarme antifurto, TPMS (Tyre
entre outros. A opção seguinte custa R$ 64.990
Pressure Monitoring System), sistema que identifica quando algum
(Pack 2) tem a mais, rodas de liga leve aro 16,
dos pneus está com calibragem 20% abaixo da recomendada e acusa
faróis de neblina dianteiros e traseiro, rack no teto,
no painel, Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, sensor de esta-
HSA (Hill System Assist) ou Assistente de Partidas
cionamento, sistema ABS, BOS (pedal inteligente de freio, que anula a
em Aclives. O topo de linha sai por R$ 69.990
aceleração quando os dois pedais são pressionados simultaneamente.
A versão do T5 com câmbio automático CVT
Ainda computador de bordo com funções de consumo instantâneo
esta prevista para chegar em outubro e a Jac Mo-
e médio, autonomia, velocidade média e cronômetro, faróis com regula-
tors montará o SUV na fábrica que está sendo
gem elétrica de altura e acendimento automático (sensor crepuscular),
construída em Camaçari na Bahia.
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Levantar os indicadores de desempenho da qualidade do setor automotivo brasileiro com o propósito de mensurar o nível da qualidade made in Brazil e, consequentemente, situar o País em termos de competição global. Hoje esta é uma das maiores prioridades da Comissão da Qualidade Automotiva, a CQA, que reúne a Anfavea, Sindipeças, Inmetro, ABRAC e o IQA. Comissão iniciada em 2011 retomou os trabalhos no ano passado, conforme a sugestão da Anfavea para a sua Comissão de Qualidade. Não se buscam os indicadores entre as empresas, mas do setor comparado com os outros mercados. A expec-
iqa@iqa.com.br
Ingo Pelikan, é presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.
Mensurar qualidade made in
BRAZIL É META IQA 50
tativa é justamente posicionar a indústria brasileira no globo. Talvez, ao final desse levantamento, não sejam encontradas tantas diferenças entre
entendimento da importância desta
os produtos, mas ao contrário, pode-
acreditação para a qualidade.
Lá no início, o foco era trabalhar a interpretação das normas para se
rão ser utilizadas para corrigir rotas e
Esses são apenas alguns tra-
alcançar maior entendimento. Inter-
buscar a melhoria contínua na cadeia
balhos em andamento do extenso
pretação de normas, requisitos es-
automotiva, desde o fabricante de in-
cardápio da CQA, que começou a se
pecíficos e derrogas é trabalho que
sumos, passando pelos fornecedores
movimentar lá, em 2011, com a apro-
deve ser feito continuamente, mas já
e pelas montadoras, chegando até a
ximação das comissões de qualidade
se percebe que a transparência dos
área de serviços.
da Anfavea e do Sindipeças.
requisitos específicos cresceu e o
Em paralelo, a CQA já se aprofun-
Por um lado, faltava o Inmetro para
número de derrogas também dimi-
da em algumas outras discussões, a
se ter o respaldo técnico da entidade
nuiu. Hoje entidades, empresas e or-
exemplo da qualificação da mão de
acreditadora que rege as certificações
ganismos de certificação trabalham
obra para a qualidade.
no Brasil. Por outro, a ABRAC – Asso-
juntos para a melhoria da qualidade no setor automotivo.
Neste ano, a CQA também deve
ciação Brasileira de Avaliação da Con-
ampliar o debate sobre a acreditação
formidade também foi envolvida para
Como resultado indireto medi-
dos laboratórios de ensaios. Como se
que os organismos certificadores esti-
do nesses trabalhos, percebem-se
sabe, conforme recomendação da ISO
vessem alinhados com as demandas e
empresas com sistemas da qualida-
TS 16949, todo laboratório deve ter o
as preocupações do setor. Portanto, da
de mais robustos e amadurecidos,
aval do Inmetro para suas medidas, o
extensão de duas entidades: Anfavea
sistemas estes que permitem aper-
que não está 100% implantado, em-
e Sindipeças, como parceiros do pro-
feiçoar processos e desenvolver
bora existam trabalhos de qualificação
cesso, teve origem a CQA como lugar
produtos de melhor qualidade para
e certificação realizados pelas Re-
para se discutir problemas comuns,
o consumidor final. Certamente com
des Metrológicas. Portanto, a ideia é
compartilhar conhecimentos e propor
muitos esforços de todos, vislum-
aprofundar a discussão para que toda
melhorias. Assim, de lá para cá, todos
bramos o rumo a excelência opera-
a sociedade automotiva tenha claro
fazem parte da mesma mesa.
cional da nossa indústria.