do Dicas técnicas ensão sistema de susp
Abril de 2016 Distribuição Nacional
92
A arte perdida do diagnóstico sem scanner
Avaliação da Ecosport 1.6L
reparadores m u is a m Em ntam estratégias o m e s ia c n ê d n debatem te ção do setor a z li a n io s s fi ro p para a
A revista que muda com o reparador moderno
Editorial 03
Ações Já! Não é raro ouvir de lideranças e profissionais das mais diversas áreas que 2016 já era, ou seja, “Um ano perdido”. Mas será mesmo? Você também pensa assim? Nós, não. Pensar dessa maneira, além de contribuir para a difusão de um discurso pessimista, é reduzir a capacidade criativa das pessoas que, em meio a cenários desfavoráveis, são capazes de criar estratégias para sobreviver e vencer obstáculos. Defender a não recuperação econômica brasileira é também ir contra a um conceito antigo, do século XVIII. Para o filósofo e economista, Adam Smith, há uma mão invisível que rege os mercados. Há mais de 200 anos, o britânico defendeu a ideia de que a interação das pessoas resulta em uma ordem que tende ao crescimento, como se tivesse uma mão que orientasse a economia sem interações governamentais. É o que chamamos hoje de ofer ta e procura. Portanto, há motivos para acreditar – não importando a sua linha filosófica – na recuperação econômica brasileira. Nesse processo, garantir a confiança no seu negócio é já um grande passo. É chegada a hora de apostar em ações que promovam a retomada do consumo. Diferenciar a oferta é a melhor maneira de garantir a procura. Tudo isso é possível. Basta ver a quantidade de empresas e serviços que estão crescendo mesmo diante de um cenário recessivo tão ruim – Uber, Starbucks e tantas outras. O segredo deles? A criatividade: oferecer para o consumidor o que já existe, mas de um jeito diferente. Em oficinas mecânicas, também são muito comuns relatos de empresas que venceram momentos difíceis com ideias criativas. Nessa edição, nossa entrevista é com uma especialista em economia criativa: Ana Carla Fonseca. Ela garante que qualquer empresa, independentemente do tamanho, cresce com criatividade. A Reparação Automotiva acredita nessa retomada e convoca todos os leitores a AGIR, a buscar soluções criativas para reconquistar a confiança do consumidor e fazer da reparação independente uma referência para o dono do carro. Para isso, promove a informação de qualidade e a interação entre os profissionais, como fizemos em mais um fórum, que você confere nas próximas páginas.
Sumário 04
06 Sebrae Riscos e necessidade
91
08
08 Entrevista
Ana Carla Fonseca fala sobre economia criativa
Sua revista mensal de informação e atualização profissional Ano 8 | Abril de 2016 Distribuição Nacional
12 Passo a Passo Substituição da corrente sincronizadora do motor E.torQ
18 Opinião Trabalho em várias frentes A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNEWS Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. Diretor Responsável Flávio Guerra guerra@znews.com.br REDAÇÃO Editora Christiane Benassi (MTB 30964) christiane@znews.com.br Jornalistas Alexandre Akashi e Edison Ragassi Estagiária Izabela Morais Colaboração Antonio Fiola, Bruno Caeteno, e Francisco de Oliveira ARTE Diretor de Criação Sérgio Parise (projeto gráfico) sergio@znews.com.br Designers Gráficos Fausto Rapassi e Marcos Bravo PUBLICIDADE Gerente de Vendas Gabriela A. Almeida gabriela@znews.com.br Comercial Helena de Castro helena@znews.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez tatiane@znews.com.br TECNOLOGIA e Internet Ezequiel Moreira suporte@znews.com.br ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Tem dúvidas, críticas ou sugestões? Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: jornalismo@znews.com.br
20 Na Oficina
Motor diesel elétrico da Toyota Hilux
Precisa criar algo novo? Fazer arte é com a gente mesmo: criacao@znews.com.br
25 Gestão
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28 Avaliação
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FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 355 04139-090 - São Paulo - SP (11) 3585-0626 - (11) 2371-6599 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. Atendimento ao Leitor contato@znews.com.br
/reparacaoautomotivaoficial www.reparacaoautomotiva.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Circulação auditada pelo
Gentileza e negócios
EcoSport 1.6
com transmissão automática
32 Dicas técnicas Sistema de
34
Suspensão
Capa 3º Fórum da Reparação Automotiva reuniu empresários do setor no Paraná
38 Diagnóstico A arte perdida do diagnóstico sem Scanner
Anunciaram nesta edição
41 Equipamentos Sangrador de freios
42 Feira Saiba mais sobre a feira que é referência no sul do País
45 Novidades Principais notícias do setor
50 Voz do Reparador Sem vento na ventoinha
Aplic 09/11 Autop 46 Autopar 48 Bosh 17 Bsbrol 45 Borg Warner 23 Corteco 07 Econo Max 47 Fabrini 25
Idemitsu 26/27 Motorcraft 02/51 Motrio 52 Nakata 31 Pafemar 49 Ranalle 29 Rumo Certo 41 TRW 19 Urba 15
34
32
12
Que capa é essa?
12 28
Confira no final da matéria, a peça faltante do quebra-cabeça que indica o local do 3º fórum da Reparação Automotiva
Dando continuidade à sequência de fóruns promovidos pela revista, a capa desta edição foi criada a partir do conceito do jogo de quebra-cabeças, chamado também de puzzle. A proposta desse jogo é encaixar as peças nos lugares corretos e construir uma bela imagem. Envolve organização, determinação e estratégia para montar da melhor maneira, normalmente começando pelos cantos, molduras e terminando no centro. É dessa forma que o fórum acontece, desde a organização para a construção do evento, que envolve as principais peças do setor, até as estratégias discutidas para formar um mercado melhor. por Sérgio Parise
Riscos e
Bruno CaEtano é diretor superintendente do Sebrae-SP
necessidade
Sebrae 06 Empreender sempre foi um sonho
hoje quatro em cada dez brasileiros
do brasileiro: poder controlar os
está empreendendo, um número
seus próprios horários, não preci-
também revelado pela pesquisa.
sar mais dar satisfação ao chefe e,
Estamos falando de um enorme
principalmente, ter o prazer de tra-
contingente de pessoas que está
balhar para gerar renda para você
tendo de lidar com um intrincado
mesmo e para sua família. Por mui-
sistema tributário, com a buro-
tos anos, esse foi o perfil de quem
cracia e com os erros naturais de
procurava ser dono do próprio
quem está dando os primeiros pas-
negócio no Brasil, aquela pessoa
sos em um mundo desconhecido.
que via no empreendedorismo uma
a pressão da necessidade só torna
oportunidade de mudar de vida.
todo esse processo muito mais di-
Mas, com a crise econômica e o
fícil e arriscado.
aumento nos níveis de desemprego
isso porque, ao contrário da-
no país, esse cenário mudou. Uma
quele que busca abrir um negócio
pesquisa
recentemente
por oportunidade, esse empreen-
mostra que disparou o número de
divulgada
dedor por necessidade chega ao
empreendedores brasileiros que se-
mercado com margem de erro zero,
guiram esse caminho por necessida-
sem a possibilidade de deixar para
de. De acordo com o estudo Global
aprender no decorrer do processo.
Entrepreneurship
(GEM)
Geralmente, ele está dispondo dos
2015, patrocinado pelo Sebrae no
valores da rescisão do seu último
Brasil, a porcentagem de empreen-
emprego ou está aplicando as eco-
dedores nascentes (com menos de
nomias da família em uma ideia que
3 meses de atividade) que embarca-
parece ser promissora.
Monitor
ram na busca pelo próprio negócio
Por isso, insisto que o primeiro
por necessidade passou de 13% em
investimento que um empreende-
2014 para 36% em 2015. Entre os
dor deve fazer não é financeiro,
empreendedores novos (de 3 a 42
mas em si próprio, no conhecimen-
meses de atividade), essa taxa saltou
to que ele tem sobre gestão e so-
de 33% para 46% no mesmo período.
bre o mercado no qual ele pretende
Para pensar sobre esses da-
entrar. hoje há opções menos ar-
dos, temos de levar em conta que
riscadas para quem quer começar a empreender – uma franquia bem estabelecida, por exemplo –, mas
EMPrEEnDEDor Por nEcESSiDaDE chEGa ao MErcaDo coM MarGEM DE Erro zEro, SEM a PoSSiBiliDaDE DE DEixar Para aPrEnDEr no DEcorrEr Do ProcESSo
o maior risco de um negócio novo reside na falta de informação. a missão do Sebrae-SP é fornecer todas as ferramentas para seu negócio dar cer to. Bruno caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP.
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Divisão de Reposição
Entrevista 08
Seja
CRIATIVO Esse é o conselho de Ana Carla Fonseca para quem deseja sair da crise e sobreviver – com saúde financeira - aos próximos anos. Apontada pelo jornal El País como uma das oito personalidades brasileiras que mais impressionam o mundo, a escritora, professora e consultora fala sobre um novo paradigma econômico: a economia criativa por Christiane Benassi | fotos divulgação
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2016 |
Reparação Automotiva: O que é economia criativa?
Carla: Economia criativa é um novo paradigma econômico. Toda fase econômica é catalisada por uma revolução tecnológica. No caso da economia criativa, o estopim foram as tecnologias digitais, que elevaram a globalização e a concorrência a níveis inéditos, aceleraram a padronização e reduziram o ciclo de vida de bens e serviços, possibilitaram o mais rápido deslocamento de capital e tecnologia mundo afora e abriram todo um novo leque de possibilidades de negócios. Ora, se os produtos e serviços estão cada vez mais parecidos e tecnologia e capital circulam com mais facilidade, o ativo econômico mais diferencial de uma economia passou a ser a capacidade criativa humana de gerar propostas, produtos e serviços com valor agregado e diferencial, fugindo à armadilha de brigar por preço baixo. Basta, aliás, analisar a lista das marcas mais valiosas do mundo para constatar esse pressuposto na prática: todas elas lidam com as duas grandes formas de expressão da criatividade humana: ciência e tecnologia Sócio-diretora da Garimpo Soluções, empresa que oferece consultoria para a gestão de negócios e cidades, Ana Carla defende que é possível sobreviver – e ainda crescer – em momentos de crise como esse que enfrentamos. A consultora, que também é membro da Rede de Repensadores, projeto que visa a inspirar e a influenciar pessoas positivamente por meio de palestras e cursos, acredita que qualquer empresa, independentemente do seu porte, tem condições de inovar e ir além, apenas com o estímulo à criatividade dos colaboradores e gestores.
(Apple, Samsung, Intel, GE etc.) ou cultura e a capacidade de criar narrativas (Disney, LVMH, Coca-Cola). Reparação Automotiva: Como é possível a concretização desse conceito?
Carla: Não se constrói uma economia criativa sem que toda a sociedade tenha maiores possibilidades de nutrir e exercer sua capacidade criativa. Isso requer investimento em educação (não nos moldes de cópia-cola, mas de análise crítica, síntese, curiosidade, gosto por aprender), em ciência e tecnologia (em uma sociedade globalizada, acesso a informação e capacidade de lidar com ela são componentes bási-
cos), na formação de um ambiente mais propício à criatividade (as chamadas cidades criativas). Basta olhar para os países de maior destaque no cenário mundial - da Finlândia aos Estados Unidos, do Reino Unido à China, para perceber como uma estratégia voltada à formação de uma sociedade criativa faz deles grandes ícones da competitividade. Não há outro caminho. Reparação Automotiva: A economia criativa se aplica para empresas de qualquer segmento? Por quê?
Carla: Sim, pois uma economia criativa se baseia não só nos setores que têm mais carga de criatividade (ciência e tecnologia, artes e cultura), mas na capacidade humana de reinventar seu negócio e seu contexto.
09
Entrevista 10 Reparação Automotiva: O que é um negócio criativo?
Carla: Aquele que oferece propostas, produtos ou serviços diferenciais e com valor percebido. Reparação Automotiva: Quais são os pré requisitos para uma empresa criativa?
Carla: Objetivos claros, capacidade de fomentar e
O diferencial passou a ser a capacidade criativa humana de gerar propostas, produtos e serviços com valor agregado e diferencial, fugindo à armadilha de brigar por preço baixo
absorver inovação, planejamento, ousadia. Reparação Automotiva: É possível ser criativo em mercado tradicionais?E em momentos de crise, a criatividade é possível?
Carla: Em momentos de crise a criatividade passa a ser ainda mais fundamental, pois a tendência de muitas empresas é, paradoxalmente, não investir em inovação e no risco que ela traz. Sem inovar, porém, a empresa se torna uma presa fácil à lógica de concorrer por preço baixo - o que, no longo prazo, pode ser sua sentença de morte.
Reparação Automotiva: No mercado de reparação de veículos que trabalha diretamente com o consumidor final essas iniciativas são adequadas? De que maneira?
Carla: Claro, oferecendo serviços com diferenciais frente à concorrência - da experiência do reparo ao pós-venda. Reparação Automotiva: Qual é o limite da criatividade no universo coorporativo?
Carla: É Tão vasto, que ainda não foi encontrado. Reparação Automotiva: De que maneira, é possível manter-se criativo?
Carla: Desafiando-se continuamente, capacitando-se não apenas em sua área mas em setores que possam lhe oferecer novos “ingredientes” para elaborar receitas inéditas de negócios, atiçando sua curiosidade, interagindo com diversidade. Reparação Automotiva: O profissional nasce criativo ou é possível desenvolver a criatividade?
Carla: Todo ser humano é potencialmente criativo e todo ser humano pode ser mais criativo do que já é. Reparação Automotiva: A criatividade é um diferencial competitivo. Como sensibilizar o cliente?
Carla: Oferecendo-lhe um produto ou serviço que ele entenda como tão diferencial, que seu custo-benefício é melhor do que o da concorrência.
Como fazer? 12
PaSSO
a passo
Substituição da corrente sincronizadora do motor E.torQ por Edison Ragassi fotos ZNEWS | colaboração Fiat Automóveis
5 6
Os motores que utilizam a corrente sincronizadora não necessitam de substituições do item
1 posicionar o veículo no local de trabalho 2 abrir o capô do motor 3 colocar as proteções da carroceria (para-lamas dianteiros e painel frontal).
4 desligar o terminal negativo da bateria
Remover manualmente a tampa insonorizante do motor com chave de fenda remover a mangueira do filtro de ar ao corpo de borboleta.
Remover manualmente
a caixa do filtro de ar completo. Remover o parafuso do suporte do filtro do ar com chave Allen 6 mm longa. Desconectar os cabos de velas e desligar a bobina de ignição.
7
igual a indicada para os modelos com correia. O normalmente as fabricantes garantem a corrente pelo mesmo prazo da vida útil do propulsor. Porém, problemas na bomba de óleo, utilização de lubrificante fora da especificação recomendada podem danificar o componente. Outro fator que exige a troca da corrente é a retifica completa do motor. Com colaboração da Fiat Automóveis, a reportagem da revista Reparação Automotiva acompanhou na concessionária Fiat Sinal Norte de São Paulo o processo para substituir o componente de um Linea Dualogic, executado pelo reparador Vanderley Augusto, colaborador da revenda autorizada.
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2016 |
Remover a tampa de válvulas do cabeçote único
13
8
9 Remover a proteção
sob o motor das correias e do cárter.
10 Remover o óleo do motor 11 Remover a roda dianteira direita 12 Remover a proteção suplementar
da caixa de roda dianteira direita (pára-barro). Remover correia de acessórios, rolamento auxiliar e tensor. Remover a polia do virabrequim com chave sextavada 15 mm e extrator da polia.
Corrente sincronizadora do motor E.torQ com as marcações de ponto
Ferramenta para travar o virabrequim em posição de ponto morto superior
13
Com chave L 10 mm e torqx 27 mm,
remover os parafusos da tampa da distribuição com comando por corrente, nela está a bomba de óleo do motor. Recolocar o parafuso da fixação da correia para girar o motor.
Extrator universal médio
Vanderley Augusto, trabalha na reparação de veículos desde 1.989, é colaborador da Fiat Sinal desde 2014.
Como fazer? 14
14
Remover o coxim do motor
Remover as 15 velas de ignição
e o suporte rígido do conjunto motopropulsor (lado distribuição).
com o auxílio da ferramenta.
16 Colocar no ponto com a
ferramenta para travar o virabrequim em posição de ponto morto superior (DPMS), a fixação é feita com o parafuso da polia. Recolocar o parafuso de fixação da polia da árvore de manivelas juntamente com um calço metálico. Este procedimento se torna necessário para girar o eixo do motor e colocá-lo em fase.
Dica do especialista
Após a montagem da polia do virabrequim e torqueamento do parafuso deve-se girar o motor bruscamente com um soquete 15 mm e cabo de força no sentido anti-horário para destravar o tensionador da corrente.
17 Girar o motor
pela árvore de manivelas até que o chanfro existente no comando de válvulas coincida com o entalhe da ferramenta nº 60353412 de sincronização do comando.
18 Verificar se a marca existente
na polia dentada conduzida está na posição indicada. Atenção! Caso a marca existente na polia dentada conduzida não esteja na posição indicada, devese girar o motor por mais uma volta (sentido horário) fazendo com que o comando de válvulas gire meia volta, permitindo assim o correto posicionamento da polia. O ponto do comando ocorre quando a marca está na mesma linha do cabeçote.
Com chave Allen 10 mm remover os tampões 19
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Como fazer? 16
Soltar o tensionador 20 hidráulico da corrente com chave soquete 19 mm e remover a ferramenta para travar o virabrequim em posição de ponto morto superior.
Remover as guias da corrente
21
com chave L 10 mm e a polia, na guia esquerda está o tensionador.
22 Instalar as guias Instalar a polia com
a nova corrente de comando, como ela foi retirada no ponto de sincronização, ao recolocá-la estará na posição correta. Para confirmar verifique o posicionamento da marca amarela na polia superior e inferior. As setas identificadas na polia ficam voltadas para cima na diagonal à direita onde está o primeiro “elo” marcado na corrente irá coincidir com a primeira seta na polia. Na polia dentada conduzida, o “elo” marcado na corrente deverá coincidir com o dente marcado na polia.
23
24 Após instalar a corrente, recolocar o tensionador, ele deve estar revado (retraido). O restante do processo de montagem é contrário ao da desmontagem, utilizando as mesmas ferramentas.
A Fiat lançou o motor E.torQ em 2010 com duas opções de cilindrada 1.6L e 1.8L. Ele é produzido em Campo Largo (PR) e foi desenvolvido a partir dos propulsores Tritec, fruto da joint venture a BMW e Chrysler. Atualmente equipam o Linea, Idea, Strada, Palio, Bravo, Dobló, Punto, Weekend, Grand Siena, Toro no qual incluíram o comando de válvulas variável na admissão e escape e da linha Jeep o Renegade Flex.
frentes
Opinião 18 Para dar mais agilidade aos trabalhos, o Sindirepa-SP conta com várias áreas de atuação, tais como normalização técnica, tecnologia da informação, capacitação técnica e gestão empresarial.São assuntos impor tantes que nor teiam a gestão da entidade. Desta forma, foram divididos em áreas e cada vice-presidente cuida de uma delas. É precioso levar informação e serviços aos associados e temos um vasto plano de trabalho em várias frentes. O setor de reparação de veículos vem se modernizando e há muitas novidades chegando a todo instante. A entidade precisa acompanhar para dar su-
por te. Entre as propostas, estão a digitalização do banco de dados do Centro de Documentação e Informações, essencial para orientar o repara-
Trabalho em várias
Antonio FiolA é presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional
dor com relação a produtos e aplicações, e também a revisão de 25 normas técnicas de serviço da ABNT que estão disponíveis gratuitamente para o profissional. Os desafios do setor precisam ser superados
com informação e capacitação, por isso, a área de capacitação técnica tem como missão ajustar os treinamentos com fabricantes de autopeças para que sejam compatíveis com as exigências da Lei Alvarenga 15.2974,fazer o mapeamento das unidades Senai para identificar as escolas automobilísticas e criar condições de aperfeiçoamento de instrutores. Há ainda questões institucionais e gover-
namentais que precisam ser acompanhadas de per to, uma vez que interferem diretamente nas atividades das empresas. Este assunto fica a cargo do diretor Luiz Sérgio Alvarenga. Também está prevista a criação das Câma-
ras de Mecânica e Duas Rodas. Já a Câmara de
OS DESAfIOS DO SETOR PRECISAM SER SuPERADOS COM INfORMAçãO E CAPACITAçãO
Colisão, coordenada pelo vice-presidente José Nogueira dos Santos, avançou e tem amplitude nacional devido ao intenso trabalho desenvolvido nos últimos anos junto às seguradoras e que tem garantido bons resultados.
Na oficina 20
Os motores diesel são muito robustos, tem excelente durabilidade mas não são infalíveis. Necessitam manutenção e cuidados especiais, principalmente com o filtro de combustível por Alexandre Akashi | fotos ZNEWS
Os veículos da japonesa Toyota são sinônimo de robustez e de apresentar baixo índice de manutenção, sendo muitos deles limitados às trocas de óleo, filtros e componentes de desgaste natural. Porém, desde que respeitados os prazos estabelecidos pela montadora, no manual do proprietário. A picape Hiliux movida a diesel não foge à regra, porém como se trata de um veículo comercial leve, tende a ser utilizada de forma mais severa, o que requer do proprietário maior cuidado na hora da manutenção. Ao reparador, cabe identificar a forma de uso e orientar o motorista sobre os prazos mais apropriados para as revisões preventivas. Porém, como todo veículo, está sujeito a falhas e defeitos inesperados, como a unidade desta reportagem, que chegou ao Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, do engenheiro Sergio Torigoe. Com mais de 220.000 km rodados, o Toyota Hilux 3.0D4D ano/modelo 2012 chegou de guincho de outra oficina, uma funilaria, onde estava para reparos simples, mas sem partida. “Disseram que o motor de partida não funcionava, havia ignição mas não girava. Retiraram o componente para reparo porém o carro continuou não funcionando”, explicou Torigoe. “Além disso, um dos bicos injetores foi retirado e recolocado logo em seguida. Essa informação é importante, pois o módulo pode ter parado de reconhecer o componente”, explica. Segundo Torigoe, o processo de diagnóstico para este tipo de defeito é complexo, uma vez que o scanner não indicou nenhuma falha específica. Existe porém uma série de dicas que podem ajudar a encontrar o defeito.
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2016 |
1 º
dica
Entre os defeitos que o carro costuma apresentar, Torigoe destaca problemas no módulo de comando dos bicos injetores. “É um transformador de alta tensão, que eleva de 12V para 90V e faz os bicos pulsarem”, explica ao comentar que o componente pode queimar e o carro não dá partida.
21
2 ª
dica O imobilizador pode ter queimado. Torigoe comenta que é um defeito raro, mas já encontrou em um carro comprado em leilão pelo cliente. “É um defeito muito ruim, pois o acesso ao imobilizador é complicado, requer muito tempo para retirar todo o painel interno, uma vez que o componente fica localizado atrás da caixa de ar”, explica Torigoe.
Motor diesel eletrônico não pega
E agora?
A picape chegou de guincho após ter feito reparo no motor de partida; havia ignição mas não girava
Na oficina 22
3 ª
dica
Posição dos injetores. Muitas vezes é preciso remover os bicos injetores para manutenção ou limpeza. Torigoe recomenda marcar o posicionamento dos bicos, para que sejam reinstalados na mesma ordem. “Se colocar de qualquer jeito, o carro não pega e necessita realizar reconhecimento com scanner, pois os injetores possuem resistência específicas e o módulo as identifica para o correto gerenciamento da vazão”, explica.
Além disso, o filtro sedimentador necessita de manutenção periódica, sempre que a luz de advertência do sistema de combustível começar a piscar no painel. “Isso
4 ª
dica
Sensor de rotação danificado. Nem sempre um defeito no sensor de rotação grava código de falha na memória da ECU. Neste caso é preciso verificar se o componente está funcionando com auxílio de um voltímetro ou caneta de polaridade.
5 ª
dica
Sensor de temperatura da água. Se houver tensão nos bicos injetores, pressão na linha de combustível mas mesmo assim o motor não pega, o problema pode ser o sensor de temperatura da água. Se não estiver ok, as velas aquecedoras podem não funcionar e impedir a partida do motor.
Filtro
Entre os itens que merecem atenção, Torigoe destaca os filtros de combustível, que devem ser verificados com frequência e substituídos de acordo com o especificado no manual do proprietário, a cada 10.000 km, principalmente o filtro sedimentador, que separa a água do óleo diesel.
a c i d #
significa que o filtro está cheio de água e é preciso drená-la”, explica Torigoe. “É importante ressaltar que dirigir com a luz piscando pode causar danos maiores ao motor, principalmente à bomba injetora de combustível”, afirma. Segundo o reparador, o procedimento é simples e está detalhado no manual do proprietário. Segundo o manual, o primeiro passo é posicionar a chave de ignição em “LOCK”. Depois, é preciso colocar uma bandeja sob o bujão ou mangueira de drenagem para recolher a água. Abrir o bujão de drenagem (2 a 2,5 voltas no sentido anti-horário) e acionar a bomba manual até que a drenagem do combustível inicie. Por fim, apertar o bujão de drenagem.
Se a luz de advertência permanecer acesa, o filtro deve ser substituído imediatamente. Torigoe recomenda sempre utilizar componente original, de preferência adquirido na concessionária. “Não recomendo o uso de peças sem procedência, pois este é um filtro muito importante que pode causar defeitos sérios ao veículo, como falha na combustão, com consequente perda de força e potência”, afirma o reparador.
O filtro sedimentador serve para separar a água do diesel
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Na oficina 24
OutrOs defeitOs
Além de todo cuidado com o filtro de combustível, Torigoe
o reparador ao comentar que, como consequência, houve
comenta que os Hilux são carros normalmente utilizados
também a queima da central de derivação da caixa de fusí-
em trabalhos pesados e estradas de terra. Por conta disso,
veis e a central de comando do ar-condicionado.
recomenda sempre a verificação dos sensores de ABS das
“O mais interessante de tudo foi o preço pago pela
rodas. “Já tive diversos casos de falhas nos sensores por
central de derivação da caixa de fusíveis, apenas R$ 100,
sujeira, e outros tantos de quebra causada por batida em
na concessionária, por um componente complexo e que
pedras. Quando é poeira, basta limpar e pronto”, diz.
raramente apresenta defeito”, comenta. Há no entanto,
Outro problema constatado por Torigoe em relação ao
uma explicação. Em 2002, a caixa de fusíveis do com-
Hilux é a dificuldade de encontrar peças de reposição de
partimento do motor passou por recall nos modelos Hilux
qualidade. Segundo o reparador, muitos componentes só
Diesel com motor 3L, 5L e KZTE, produzidos entre junho
estão disponíveis em um canal: as concessionárias. “O
de 2001 à abril 2002, por risco de acionamento espontâ-
alternador é uma delas. Já pesquisei em vários lugares e
neo do motor de partida.
não encontrei. Só na autorizada”, afirma.
Além desse, diversas unidades o modelo produzido
Torigoe comenta ainda que há casos de Hilux com
entre janeiro de 2005 à abril de 2007 passaram por recall
curto no regulador eletrônico de tensão do alternador.
de capô do motor, com instalação de reforço na trava do
“Não peguei nenhum assim, mas já presenciei um que a
capô, assim como pelo famoso recall de airbag, para mo-
bateria sobrecarregou a ponto de derreter a caixa”, afirma
delos produzidos entre 2005 e 2011.
A caixa de fusíveis do compartimento do motor já foi alvo de recall, em 2002
finalizaçãO
Após realizados todos os procedimentos de diagnósticos possíveis, a conclusão do reparo do Hilux tema dessa reportagem foi a troca da ECU. “O componente queimou, e a causa provável foi ligação do motor de partida invertida”, afirma Torigoe. “É preciso muita atenção ao religar o componente para não trocar os fios, pois isso provoca um enorme estrago, uma vez que a tensão vem direto da bateria”, explica.
Dicas de Gestão 25
Gentileza
NEGÓCIOS Um bom atendimento é essencial para manter a satisfação do cliente. Veja algumas dicas de como causar uma impressão positiva para o dono carro:
1º Cortesia e consciência Atenda bem a qualquer pessoa que chegar na oficina. Para isso, esqueça seus próprios preconceitos. O tratamento “senhor” ou “senhora” deve ser dirigido mesmo a jovens, a não ser que o cliente o autorize a chamá-lo por “você”.
2º Dê as boas-vindas
Muitas vezes o cliente fica inibido, por isso, deixe-o à vontade e lhe preste um atendimento eficiente, orientando-o de maneira clara e educada. Iniciar o contato com “em que posso servi-lo, senhor?”, é sempre bem aceita.
8º Evite termos técnicos Se você conhece a terminologia técnica dos produtos que lida, deve evitá-las quando se dirigir aos clientes. Isso poderia causar incompreensão e constrangimento ao consumidor.
Cumprimente a todos com um sorriso.
3º Atenda de imediato Nunca deixe uma pessoa esperando, principalmente se o serviço que estiver fazendo não tiver relação com o assunto que o cliente irá tratar.
4º Demonstre boa vontade
9º Jamais dê ordens Nunca, nunca mesmo, dê uma ordem ao cliente..
10º Evite atitudes negativas
Mesmo fora de seu setor, cumprimente a todos. Não só os colegas de trabalho, mas também os clientes.
5º Dispense muita atenção ao cliente Faça com que ele se sinta bem-vindo.
6º Aja com rapidez O tempo é um fator importante na hora do atendimento. Porém, cuidado para não passar a impressão de que você deseja se ver livre dele rapidamente.
7º Preste orientação segura
E
Expressões negativas tendem a criar um clima negativo.
11º Fale a verdade 12º Dê atenção às reclamações 13º Demonstre simpatia, como um bom cartão de visitas 14º Garanta qualidade no ambiente de trabalho Faça a manutenção diária da limpeza e cuide dos móveis e objetos de trabalho. Deixe sempre à mão os objetos de que necessita. Em um ambiente limpo e organizado, todos desempenham melhor suas funções.
das o i o p a o m e t o çã e s a ss
Avaliação 28
COM TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA Utilitário esportivo compacto da Ford com motor 1.6L ficou mais potente, eliminaram o tanquinho de partida a frio e acrescentaram a transmissão automática de dupla embreagem
1.6 por Edison Ragassi | fotos ZNEWS
Em outubro do ano passado, a Ford lançou a linha 2016 do EcoSport. O SUV compacto recebeu o motor 1.6 Ti-VCT, o mesmo do New Fiesta. Ele entrega potência de 126 cv (G)/131 cv (E) a 6.500 rpm e torque de 15,4 kgfm (G)/ 16,1 kgfm a 5.000 rpm. Também incluíram a transmissão automática de dupla embreagem e 6 velocidades. Alberto Martinucci, diretor da Motorfast, na Zona Sul de São Paulo, considera que o propulsor oferece boas condições de reparabilidade. “As velas, sistema de injeção, bateria, filtro de ar, correia de acessórios, são de fácil acesso, há bom espaço no cofre do motor para trabalhar”, avalia ele. No undercar, o SUV compacto Ford tem suspensão dianteira independente, tipo McPherson com barra estabilizadora. A traseira utiliza eixo de torção, os amortecedores são hidráulicos e as molas helicoidais.
O sistema de frenagem é composto por discos ventilados na dianteira e tambores na parte de traz com ABS/ EBD e a direção com assistência elétrica progressiva (EPAS). “São sistemas conhecidos dos reparadores, não oferecem dificuldades ao fazer diagnósticos ou
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2015 |
substituir os itens. A caixa da direção também é de fácil acesso. Já o sistema de exaustão não tem flange, assim, é necessário substituir a peça inteira. No geral é um carro fácil para trabalhar, sem obstáculos para dificultar o reparo”, avalia Martinucci. O EcoSport 1.6 TiVCT versão SE custa R$74.490, traz de série o ar-condicionado, vidros elétricos, assistente de partida em rampa, computador de bordo,
Motor
O propulsor 1.6 L Sigma 16V Ti-VCT tem potencia de 131 cv e torque de 16,1 kgfm a 5.000 rpm abastecido com etanol
controlador de velocidade, controle eletrônico de estabilidade e tração, faróis de neblina, fixação Isofix para
Câmbio O câmbio automático do EcoSport é de dupla embreagem, 6 velocidades com opção de trocas manuais no botão ao lado da alavanca
Partida a frio O sistema utiliza velas aquecedoras as quais eliminam o tanque extra de gasolina
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Avaliação 30 cadeira infantil, sistema multimídia SYNC com comando de voz, rodas de liga leve 15”. A opção seguinte, Freestyle, sai por R$80.690 e tem a mais o alarme volumétrico, rodas de liga leve 16” e sensor de estacionamento. E o FreeStyle PLUS sai por R$84.690, nele os
Disco de freio O EcoSport tem discos ventilados na dianteira, para substituí-los não é necessário retirar as pinças
bancos são revestidos em couro e tem air
Amortecedor traseiro
bags laterais. O multimídia vem com assistência de emergência e Applink, o qual aciona aplicativos do smartphone.
Para retirar o amortecedor traseiro na parte inferior utiliza-se uma chave catraca
Filtro de óleo Elemento filtrante do tipo convencional, o acesso é fácil, sem obstáculos para interferir
Velas Para retirar as velas é necessário utilizar uma chave 16 mm
Filtro de combustível O elemento filtrante do combustível está ao lado do tanque, para retirá-lo a chave é L 8 mm
Motor
Ecosport Freios
Dianteiro: Discos ventilados Traseiro: Tambores
Modelo: 1.6 L Sigma 16V Ti-VCT Disposição: dianteiro, transversal Número de cilindros: 4 em linha Cilindrada: 1.596 cm³ Válvulas: 16 Potência: 126 cv (G)/131 cv (E) a 6.500 rpm Torque: 15,4 kgfm (G)/ 16,1 kgfm a 5.000 rpm
Capacidade
Suspensão
Dimensões
Dianteira: Independente McPherson, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos, barra estabilizadora Traseira: Eixo de torção, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos Direção: Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica progressiva (EPAS)
Porta-malas: 362 litros Tanque de combustível: 52 litros
Comprimento total: 4.241mm Distância entre eixos: 2.521mm Largura total: 1.765 mm
colaboração Ford Motor Company
Ficha Técnica
Ford
Dicas Técnicas 32
e d a m Siste ENSÃO SUSP
ponentes m o c s o a r vida útil ndado que io a m a e ntir um , é recom lerem em o ã s Para gara n e p a de sus e desace do sistem evitem buracos te cuidar n a t r o p s a t é im ris ambém os moto T . s a t le a o! sev o do carr t n lombada e m a h s e alin dos pneu si | fotos
e Benas
stian por Chri
ão
divulgaç
As péssimas condições das vias são as principais causadoras de danos no sistema de suspensão. Buracos e ondulações prejudicam os componentes, comprometendo a segurança e conforto do motorista. Nessa edição, apresentamos algumas dicas de como fazer uma manutenção segura dos itens do sistema de suspensão, que é o responsável por amortecer as pancadas no veículo e, por isso, o que mais sofre com as ruas esburacadas.
Ao trocar molas e amortecedores, nunca trocar um componente isoladamente. Isto porque os componentes vão perdendo a ação com o tempo, a substituição de um só componente causa o desequilíbrio do veículo. Deve-se trocar sempre o par de componentes.
Para um perfeito alinhamento é
necessário que todos os componentes da suspensão estejam em bom estado, do contrario impossibilitam a execução do alinhamento. Terminais de direção com folga causam desgaste irregular dos pneus, comportamento instável do veículo e folga na direção; além de não permitir alinhamento.
O aperto final dos componentes
deve ser feito com o veículo no chão, principalmente o amortecedor.
Na hora da montagem, atenção às
folgas nas buchas internas da caixa de direção que produzem ruídos e baques semelhantes às folgas na suspensão.
Reparação Automotiva 91 | Março de 2016 |
Função
A suspensão é responsável por absorver o impacto das irregularidades das estradas, proporcionando ao motorista total conforto na direção. Esse sistema trabalha com um conjunto de peças que estão em constante movimento para reduzir o impacto e fazer com que o veículo desenvolva sem qualquer problema.
amortecedores e suspensão
molas
pivôs
or: d a r a p e r o a r ação pa
BARRA DA DIREÇÃO
Da Repar
nentes s compo anos no d s o os. Ao d a massad l caus dos ou a principa ra a b é evitar e u lo ra q u a do veíc dicas p onentes o p s s a m u o m u c u a – o Om nto a alg uspensã fique ate ma de s o. s itens, e do siste s s e o do carr d ra o don aração a p p re a a ç e r faze s de cab os e dore retrabalh
bandeja
Verifique se a coifa não está danificada para evitar perda de lubrificação.
Tão perigoso e arriscado
quanto uma falta de freio pode ser um pivô da articulação da suspensão ou terminal de direção com folga. Caso ele se solte, provavelmente, há perde de controle do carro.
Folgas das buchas de balanças Pivôs danificados
causam impossibilidade de alinhamento, roda bamba ou solta, ruído na suspensão e desgaste irregular do pneu.
Jamais utilize nos componentes da suspensão derivados do petróleo para limpeza como a querosene que danifica as borrachas.
e braços de articulação devem ser verificadas constantemente, pois desalinham a geometria das rodas, causando desgaste excessivo dos pneus.
A troca do pivô exige ferramentas adequadas.
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eira vez, c r e t , la e P tomotiva re u A o ã ç nt Repara contro e n e m u e promov cutivos e x e e s re reparado ras com o ado a de mont ir a troc t n a r a g e er intuito d for talec e s ia c riên re de expe ento ent m a n io c sa o rela tes. Des r a p s a sede da ambas a n i o f vento vez, o e ná no Para lt u a n e R
por Redação ZNEWS | fotos Renault ilustração Sérgio Parise
o d n i u r Const Capa 34
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2016 |
Em 29 de março, a Renault abriu as portas do Complexo Ayrton Senna, localizado em São José dos Pinhais (PR), onde fabrica veículos e motores. A empresa recebeu um grupo seleto de reparadores paranaenses e paulistas para discutirem as principais tendências e desafios do setor. Promovido pela Reparação Automotiva, com a colaboração do Sindirepa-PR, Curitiba, o fórum contribuiu para a integração entre a fabricante de veículos e os profissionais da reparação independente, que tiveram a oportunidade de conhecer melhor a linha Motrio, além de visitar a fábrica, conhecer os veículos elétricos da marca francesa e o carro de competição que participa da Copa Petrobras de Marcas e Pilotos, pilotado por Gabriel Casagrande. Boas v inda s Mediado por Edison Ragassi, Editor de veículos e apresentador do programa Auto Agora da Transamérica Light, os participantes tiveram a oportunidade de expressar sua opinião e apontar as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia da oficina, quando recebem um veículo Renault. A maioria dos participantes, que têm empresa em Curitiba, apontou a falta de peças e acesso a informações técnicas como dificuldade. Mas há exceções, Antonio Brambilla, da Le Automobile, oficina especializada em veículos franceses da capital paranaense, disse que não tem esta dificuldade, pois ele procura peças de reposição em outras praças e também vai ao exterior em busca de tecnologia. Alberto Martinucci, da Motorfast, localizada em São Paulo, concorda com o colega curitibano e utiliza a mesma prática. “Eu me especializei em veículos franceses desde 1.996, comecei com os veículos da Renault, comparado com os de outras marcas da mesma nacionalidade, são os que oferecem maior facilidade”, declarou. Outra dificuldade apontada pelos empresários da reparação de Curitiba foi o preço cobrado. Reinaldo Crestani Jr, da Crestani, focada em funilaria e pintura. Disse que a qualidade dos veículos da marca é inegável. “O problema é o sobre preço aplicado em Curitiba, pois a tabela está acima da nacional. As seguradoras compram peças de fora por causa dos valores praticados”. Crestani Jr entendeu que o fórum foi uma ótima oportunidade de troca de informações, uma maneira de alertar a fábrica do que acontece no mercado. Sobre as expectativas para o restante de 2016, ele mostra-se moderado, “minha perspectiva para este ano é que o mercado de reparação ainda está muito “morno”, todos esperamos que melhore daqui pra frente principalmente em São Paulo”.
Reparadores discutem soluções e tendências para o setor junto a executivos da Renault
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Capa 36
Wilson Bill, da Auto Mecânica Bill e presidente do Sindirepa- PR, Curitiba, explicou que é difícil convencer o cliente a colocar uma peça original, por causa do preço, “dependo do item, o proprietário do carro vai ter que desembolsar mais de R$ 600,00, ele não entende muito bem o porquê deste valor. O sonho do reparador independente é utilizar a peça original, mas o custo inviabiliza”, fala ele. De Americana, interior de São Paulo, Max Filipe Pavesi, da Braga peças e injeção eletrônica, explicou que sua empresa é focada na eletrônica do carro. “As informações das fabricanEmpresários da reparação tiveram oportunidade de conhecer melhor a marca Motrio
tes de veículos demoram ainda mais para chegar ao interior, do que nos grandes centros, por isso necessitamos de abertura para a internet”, ele também integra a AESA-SP (Associação das Empresas de Serviços Automotivos do Estado de São Paulo). Representante das cidades que formam a grande São Paulo, Edson Roberto de Ávila, o Mingau, da Mingau Automobilística, localizada em Suzano, alertou para a responsabilidade do reparador. “Tratamos com seres humanos, não podemos aplicar qualquer peça, pois no caso de um acidente causado por uma peça defeituosa, a responsabilidade é de quem aplicou, assim temos que trabalhar com produtos de qualidade e procedência. Não podemos esquecer também que o reparador independente é um cliente da Renault, se trabalharmos juntos, ambos ganham”.
Motrio
A marca Motrio é uma linha da Renault de peças para a reposição, que oferece uma vasta gama de produtos com ótima qualidade e durabilidade. Hoje todos os desenvolvimentos de produtos Motrio seguem o mesmo padrão para garantir a qualidade e a especificação correta dos produtos de outras montadoras, como Volkswagen, Chevrolet, Fiat e Ford Já em 2016, a marca entra no País com a linha de lubrificantes “Motrix” para a atuação em todos os veículos nacionais e importados que utilizam lubrificante das especificações iniciais 5w30, 10w40 e 15w40. Para completar a linha, outros produtos ainda estão em desenvolvimento como filtros de ar, combustível e de óleo palhetas, lubrificantes e baterias, entre outros – uma gama completa para atender outros modelos de veículo.
Já Jeferson do Espírito Santo, da Top de Linha Oficina Mecânica, de Mogi das Cruzes (SP), considera que 2016 é um ano difícil, “ fiz alguns ajustes, diminui despesas, demiti dois funcionários e me adaptei as condições, nas minhas oficinas -- ele é proprietário de duas --, o serviço em câmbio automático despencou, então me moldei as condições, abortei o projeto de abrir outra oficina e trabalho para pagar as contas”. O início do fórum tem a apresentação dos reparadores e quais são suas relações com a montadora.
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2016 |
Mesa R e d o nda Durante o encontro a Renault apresentou suas ações para facilitar o dia a dia do reparador de veículos e estreitar o relacionamento com os profissionais. A fim de agilizar a compra de peças a montadora anunciou que integra o Partslink24 (www.partslink24.com), um site que disponibiliza peças para 18 montadoras globais, inclusive a própria Renault. Outra novidade apresentada é o desenvolvimento do catálogo eletrônico que vai facilitar o poder de consulta dos reparadores por peças e preços, além de agilizar os pedidos nas concessionárias. Com a Motrio, a montadora pretende levar para as oficinas uma gama de produtos com a mesma qualidade de uma peça Renault. “Já estamos em contato com fornecedores para oferecer uma linha multimarca e universal. O lançamento está previsto para este ano”, conta Murilo Hungria, supervisor de marketing pós-vendas A montadora francesa reafirmou o compromisso de incentivar ações que promovam o fortalecimento do relacionamento entre reparadores e concessionários com o intuito de agilizar a vendas das peças. Integ raçã o No final do fórum, o piloto Gabriel Casagrande, da Renault que compete na Copa Petrobras de Marcas, explicou como o trabalho em equipe auxilia e é primordial para alcançar bons resultados nas pistas. Ele ainda levou o Fluence de competição para os participantes conhecerem. A Renault comprometeu-se, através de sua equipe, em auxiliar os reparadores independentes para solucionar os problemas enfrentados e estreitar a parceria, pois reconhece que esta mão de obra é essencial para continuar a crescer no mercado brasileiro.
Piloto Gabriel Casagrande fala da importância do trabalho em equipe
Participaram do fórum Alberto Martinucci Jr. - Motor Fast Antonio Carlos Brambila - Le Automobile (oficina) Beno Hoffmann - Auto Mecânica João Hoffmann Celso J. Cordeiro - Rod Action Edson Roberto de Ávila - Mingau Automotibilistica Evaldo Kosters - Berko Auto Peças e Serviços Gabriel Casagrande - C2 Team Guilherme Ferro - C2 Team Guilherme Thomas Vicelli - Globo Renault Helton Rech - Redave Com. De Auto Pelças e Serviços Jeferson do Espirito Santo - Top de Linha João Carlos C. Machado - Jocar Auto Peças e Acessórios Jozé Mario Simões - Corujinha Leandro Cantele - Cantele Auto Center Leonardo Koslovski - Renault Luciano Steyer - C2 Team Marcos Bilek - Fórmula Renault Marcos Danesi - Rowal Mauro Brizola Vieira - Multi Marcas Of. Auto Imp. Ltda Max Filipe Pavesi - Braga Peças Osmario Bazzani - Bazzani Com. Pçs Ltda Pablo Ferreira - Renault Patricia Tesolin - Renault Paulo Cantu - Stilo Car Paulo Foggiatto - Funilaria e Pintura Foggiatto Reinaldo Crestani Jr - Crestani Renate Jacobs - Dalz Automotiva Rodolfo Buhrer - Agência Lai Imagem Sandro Cruppeizaki - Mecanica Beto Sandro Lau - Renault Thiago Santos - Renault Ticiane Pfeiffer - Rádio Transamérica Wilson Bill - Auto Mecânica Bill
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Diagnóstico 38
A arte perdida do diagnóstico
SEM SCANNER
por Alexandre Akashi | fotos divulgação
O combustível sai do tanque com ajuda de uma bomba elétrica, que na maioria dos veículos atuais trabalha com 12 volts e pressão entre 3 a 4 bar. O ar (oxigênio) é admitido pelo motor por meio de vácuo. Isso significa que o motor aspira o ar, naturalmente, devido a suas características de construção. E a faísca é gerada pelo conjunto bobina, cabos e Apesar da enorme quantidade de eletrônica embarcada, diagnóstico do motor é possível sem uso de scanner
Para o motor a combustão interna ciclo Otto funcionar é preciso três elementos básicos: combustível, oxigênio e faísca. A ausência de qualquer um desses elementos é sinônimo de falha. O combustível, que pode ser gasolina, etanol ou GNV, deve sair do tanque, passar pelos injetores (ou carburador) e chegar à câmara de admissão, onde é misturado com o ar e sugado pelo motor. A mistura entra na câmara de combustão onde é comprimida e explode quando a vela libera a faísca. Simples.
vela de ignição, que transforma a tensão de 12 volts da bateria em
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2016 |
Com tantos sensores, muitos se esquecem dos princípios básicos de funcionamento do motor e cometem deslizes na hora de identificar o problema do carro
o d o ã ç a z li ti u ra a p a ic Uma d
VACUÔMETRO
que é uma mangueira do cânister. “Esse tante ns co É instalar na saída ar do fluxo de struída, por causa José , es tor dificilmente fica ob mo cialista em ”, comenta o espe a-lenta, rch ma que circula por ela em cionamento, m o motor em fun em boas er tiv es Carlos Finardi. Co Se 19 e 20 kpa. ica pressão entre seguida em o log o vacuômetro ind e scamente rar, a leitura cai bru o ar ao ou pir as condições, ao acele tor so indica que o mo “Is a. kp 25 de a volta para acim i. o bem”, diz Finard acelerar e está tud
energia suficiente para criar uma centelha forte o bastante para queimar a mistura ar-combustível.
mare se a leitura em Finardi explica qu o motor a, kp 19 r do que cha-lenta for meno ação niz rbo ca blemas de pode estar com pro vez a um nto me gera vaza nas válvulas, que ulo úm ac ao o eito devid que não fecham dir las lvu vá ia, gu o válvula e de carvão entre a ou nto po de a ntada for presas, correia de dição o. “Porém, se a me ad as atr r distribuido e a nu ntí co cilação resultar em uma os la torta iro, pode ser válvu nte po do acentuada la torta de válvula) ou bie (por atropelamento . ca pli ex , o” lic hidráu resultante de calço
Vacuômetro
Em marcha-lenta, a medição fica entre 19 a 25 kpa. O motor está OK!
No diagnóstico do motor, o va-
Assim, sempre que há um caso
cuômetro é um dos equipamentos
de motor que não pega de jeito ne-
mais impor tantes. “É como se fos-
nhum, antes mesmo de passar o
se um estetoscópio, que o médico
scanner para saber se há algum có-
usa para escutar o coração das
digo de erro, é altamente indicado
pessoas para determinar se o ór-
testar a tensão da bateria, a quanti-
gão está bom ou ruim, porém ao
dade de vácuo gerado pelo motor e
invés de ouvir, o reparador pode
a pressão da linha de combustível.
ver se há algo de errado no interior
Para tanto, basta dois equipamen-
do motor”, afirma Torigoe.
Em marcha-lenta, a medição fica abaixo de 19 kpa. Provável defeito de carbonização das válvulas.
tos: um multímetro e um manômetro/vacuômetro. “Se a bateria está ruim, afeta a bomba de combustível e a produção da faísca, o que pode
Multímetro
Com o multímetro é possível testar o funcionamento dos diversos sensores
causar falhas no funcionamento do
utilizados para gerenciar o funcionamento do motor, como sensor de rotação
motor”, afirma o reparador especia-
(motor - CPK e CMP, velocidade do veículo - VSS e da roda - ABS), pressão
lizado em eletricidade automotiva
absoluta (MAP), massa de ar (MAF), posição da borboleta (TPS), tempera-
Sergio Torigoe, do Centro de Diag-
tura do ar e do motor e sonda lambda. “É possível ainda verificar o funcio-
nóstico Automotivo Torigoe.
namento de bicos injetores e válvulas solenóides”, comenta Sergio Torigoe.
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Diagnóstico 40
Técnico examina a alimentação de tensão na resistência de aquecimento da sonda lambda
Torigoe explica que o primeiro passo é medir a tensão que chega aos sensores. “A maioria trabalha com 5 volts, vinda da ECU”, diz. Havendo sinal, o passo seguinte é saber se o sensor está bom ou ruim e isso depende do valor que ele responde à ECU. No caso dos sensores potenciométricos (TPS), o retorno varia entre 0,3 V a 4,8 V, de forma contínua, sem saltos.
Antes de testar a sonda lambda é importante verificar alimentação de tensão
Os sensores de temperatura são na maioria resistivos. Quan-
na resistência de aquecimento, que é de
to maior a temperatura, menor a resistência. Diferentes modelos e
aproximadamente 12 volts. A sonda é tes-
marcas apresentam valores específicos, assim é preciso contar com
tada com o voltímetro na escala de 1 volt.
uma tabela de referência. Estes sensores apresentam funcionamento
O valor deve oscilar entre 0,2 a 0,8 V, com
linear, e durante a medição não podem apresentar descontinuidades
aceleração estabilizada em 1.500 rpm. Se
ou variações bruscas de tensão, durante o período de aquecimento.
permanecer constante, significa que o sen-
Já os sensores MAP pode ser do tipo analógico ou digital. O sinal
sor está travado. Ao acelerar bruscamente
de retorno dos analógicos é medido em Vdc (tensão de corrente con-
o motor, o voltímetro deve medir 0,8 V, e
tínua), enquanto o retorno dos digitais é em Hertz (frequência). Mais
ao desacelerar, 0,2V. Caso não apresente
uma vez, cada modelo tem uma tabela específica de valores.
esta variação, a sonda não está enviando
O diagnóstico do sensor de rotação é simples. Basta medir a tensão de
sinal a ECU e deve ser substituída.
retorno ao dar a partida no motor. O sinal deve ser alto suficiente para informar a ECU que há rotação. Se o motor girar e não houver retorno, o sensor está ruim. Mas, se o motor girar de forma lenta, a tensão de retorno será baixa, e isso pode não ser suficiente para a ECU entender que há partida. Neste caso, o defeito não é no sensor, mas na rotação do motor.
Equipamentos 41
Sangrador de
FREIOS
KITEST
Utilizado para sangrar ou trocar o fluído de
KA-023
freio do veículo, seja ele
Não permite a entrada de ar no sistema de freios, tornando o serviço mais rápido e eficiente. Numa troca de pastilha de freios ou num reparo do sistema, também pode ser efetuada a troca total do fluido de freio. Veículos com sistemas de embreagem hidráulica também efetuam a troca do fluido da embreagem. O equipamento acompanha 3 tampas para instalação; seringa para retirar o excesso no fim do processo; e um galão para efetuar a troca de fluido.
de controle manual ou remoto. Confira algumas dessas opções oferecidas pelo mercado:
PLANATC SG 1200 É composto de reservatório de 8 litros de óleo de freio, bomba e tampas adaptadoras. O produto funciona de forma simples, quando ligado na bateria do veículo, e com tampa própria colocada no reservatório de óleo, o mecânico abre o parafuso sangrador e aciona o botão do equipamento, nesse momento o óleo de reposição é pressurizado no reservatório e vai empurrando o óleo velho ou as bolhas de ar que eventualmente estejam no sistema de freio, efetuando assim a sangria e substituindo o óleo do sistema de freio.
Autopar 42
Feira
por Christiane Benassi
À VISTA fotos divulgação
Em junho, acontece a 8ª edição da Autopar, feira que já é referência em novidades e negócios no sul do País
De 8 a 11 de junho, o Expotrade vai receber a 8ª. edi-
Com mais de 500 marcas expositores já confirmadas,
ção da Autopar – Feira de Fornecedores da Indústria
a expectativa é de que a 8ª. Autopar supere a edição ante-
Automotiva, evento que reúne fabricantes e distribui-
rior, quando em quatro dias de evento recebeu um público
dores de autopeças, além de reparadores, em Pinhais,
profissional superior a 30 mil visitantes.
região metropolitana de Curitiba. A cada dois anos,
Em entrevista exclusiva à Reparação Automotiva¸
o espaço recebe profissionais e executivos do setor
Cassio André Dresch – Diretor Comercial da Diretriz, res-
com o intuito de fazer novos negócios e conferir as
ponsável pela organização da Autopar, fala das expectati-
novas tecnologias automotivas.
vas e novidades previstas para 2016.
Reparação Automotiva 92 | Abril de 2016 |
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Reparação Automotiva: Quais são as suas expectativas para edição de 2016 da Autopar? Dresch: Amparada por uma comissão organizadora extremamente atuante e em sintonia absoluta com o Sincopeças-PR e Sindirepa-PR, a Autopar não apenas tornou-se um evento completo no que se refere à mostra de tecnologias para o setor de veículos leves como vem se notabilizando por apresentar um painel completo de soluções para pesados e extrapesados, valorizando segmentos específicos como o de caminhões, tratores e ônibus. Em 2016, esperamos não apenas repetir o volume de 50 mil visitantes da edição anterior, como também tornar a feira um ponto de encontros entre frotistas de cargas e pessoas, bem como palco nacional de tecnologias para tratores de todos os usos. Reparação Automotiva: Qual o tamanho dessa edição? Dresch: Deveremos apresentar um número de expositores semelhante ao registrado em 2014, quando a feira lotou as instalações do Expotrade. Reparação Automotiva: Para 2016 há alguma ação prevista diferente das outras? Dresch: Sim. Além da consolidação das truckparts como evento referencial para o setor de pesados, também teremos a tratoparts e busparts. No entanto, a novidade vai girar em torno da pró-funilaria que, sob coordenação do Sindirepa-PR, vai promover uma mostra tecnológica exclusiva para o setor de lanternagem e pintura automotivas. Reparação Automotiva: Na sua opinião, quais são os diferenciais desse vento para outros destinados ao setor? Dresch: Diferentemente de alguns outros segmentos e, mesmo o automotivo, a Autopar optou por setorizar suas ações agregando setores com interesses específicos em relação ao mercado automotivo. Desta forma, tanto o aftermarket em peças quanto o setor de tecnologia em reparação passaram a terem marcas como busparts, tratorparts, audiotech e pró-funilaria. A ideia é fazer com que profis-
Serviço
Data: o de 2016 08 a 11 de junh Local: Expotrade Leopoldo Rod. Dep. João Jacomel, 10454 ais nh Pi a, éli Vila Am
sionais de diversas especializações encontrem respostas comerciais e técnicas às suas demandas. Reparação Automotiva: Qual é a importância da participação em eventos como a Autopara para profissionais do setor? Dresch: Eventos como a Autopar já estão há muito inseridos no calendários de obrigações profissionais e comerciais de ofertadores e demandadores de tecnologias setorial. Iniciativas como estas são vitais para uma melhor interação entre todos os envolvidos na cadeia de distribuição de autopeças, já que em um único espaço físico-temporal é possível reunir tantos profissionais. Logo, tanto expositores quanto visitantes têm a oportunidade de dominar melhor o nosso bem mais valioso: o tempo!
Cassio André Dresch fala com otimismo sobre edição 2016 da Autopar
Max Gear disponibiliza kit de manutenção
Wega Motors anuncia novo executivo
Já estão disponíveis na rede de
Com mais de 30 anos de carreira
distribuidores Max Gear, os kits de
construída em grandes empresas do
manutenção de coroa e pinhão do
setor de autopeças, César Costa é o
diferencial com o intuito de agilizar
novo diretor nacional de vendas da
o trabalho do reparador. Composto na
Wega Motors. Formado em Economia e
maior parte das vezes de uma junta
Administração de Empresas com MBA
da carcaça do diferencial, um reten-
em Marketing pela Faculdade Getúlio
tor do pinhão e um jogo de calços
Vargas, Costa iniciou sua carreira na
usados para regulagem da Coroa e
Sabó, assumiu a gerencia
Pinhão, o kit é a síntese entre a ob-
nacional de vendas da
servação e a simplicidade ao trazer
Dayco e atuou como
soluções ao mercado automotivo.
diretor de vendas auto-
Esta linha conta com 20 dife-
motivo e industrial para
rentes kits aplicados nos eixos leves
América do Sul na Ga-
(pick-ups, utilitários, micro-ônibus)
tes do Brasil. Na Wega
e até mesmo para reparação da Co-
Motors seu foco é o for-
roa e Pinhão da Kombi, Hoje, a Max
talecimento da marca.
Gear conta com a linha de coroas e pinhões mais completa do mercado brasileiro (140 diferentes itens) ofertando desde a Kombi, até a linha Pesada de um Scania ou Volvo.
fotos divulgação
Novidades 45
Novidades 47
Mastra lança catálogo para linha leve Para facilitar a interação com lojistas e aplicadores, a Mastra está de catálogo novo com itens atualizados, inúmeros lançamentos e novo visual. Além de sua linha de escapamentos e catalisadores, que possuem garantia de 1 ano, inclusive contra corrosão, e tecnologia “Duramax”, exclusivadade Mastra, que utiliza 2 chapas deGalvalume, composto por proteção extra de zinco + alumínio, aumentando em até quatro vezes a vida útil do componente, a empresa também possui uma linha de flexíveis e acessórios (massa vedante, ponteiras, abraçadeiras, anéis, cintas, entre outros) que agora também constam no catálogo, para uma perfeita instalação de seus itens.
Dayco investe na força de vendas Em março, a Dayco reuniu a sua equipe com o intuito de apresentar s metas e estratégias para o novo ano fiscal. A empresa conta com uma das maiores forças de vendas do aftermarket do país, formada por promotores, supervisores, além da equipe interna de marketing e customerservice. Vale ressaltar que todos os profissionais de campo da Dayco passam por constantes treinamentos para atualização e repassam o conhecimento adquirido para seus clientes, sejam eles equipes de vendas dos distribuidores, balconistas e aplicadores. A empresa deseja ampliar o número de pessoas treinadas neste ano. A empresa encerrou a sua convenção certa de que investirá ainda mais forte no trabalho de campo, na qualidade de seus produtos, em marketing e principalmente com o compromisso de estar cada vez mais próxima de seus clientes, oferecendo um atendimento diferenciado.
Novidades Freudenberg-Corteco para a reposição Divisão de reposição automotiva da Freudenberg-NOK Sealing Technologies, Freudenberg-Corteco traz ao mercado brasileiro uma nova linha de três kits de cubos de roda traseiros, que incluem rolamentos cônicos, retentores, cupilhas e graxas, com qualidade e performance originais. Os itens são destinados a aplicações da Volkswagen, Ford e General Motors, entre outras.
Novidades 49 O modelo 2017 chega com um design inspirado nas linhas da Amarok e Tourag, descolando-se dos irmãos Gol e Voyage. O interior foi modificado, o painel é novo, assim como os materiais de acabamento. Recebeu os novos sistemas multimídia que espelham smartphones e tabletes.
Saveiro muda o visual e suspensões
Por tratar-se de um veículo com vocação para o trabalho, as sus-
a Robust, com preço sugerido de R$ 45.530. A Trendline com cabine simples
pensões foram recalibradas, o que
custa R$ 47.979, a estendida sai por R$ 52.730 e a dupla R$ 56.270. A Highli-
deixou a picape mais alta, isso, se-
ne só e comercializada com cabine dupla ao preço de R$ 63.070.
gundo a fabricante, para atender a
Estas opções utilizam o propulsor 1.6 Total Flex, sua potência é de 104 cv
sugestão dos clientes. Entre os equi-
(E)/ 101 cv (G) a 5.250 rpm e o torque de 15,6 kgfm (E)/ 15,4 (G) a 2.500 rpm.
pamentos de segurança tem o ESC
Como opção topo de linha, a fabricante oferece a Saveiro Cross (cabine
(controle eletrônico de estabilidade)
estendida R$ 66.100/ dupla R$ 69.250). Nela há acessórios que imprimiram
e freios ABS off-road.
visual off road e o motor 1.6L 16V, que entrega potência de 120 cv (E)/ 110 cv
A versão de entrada passa a ser
(G)) a 5.750 rpm e torque de 16,8 kgfm (E)/ 15,8 kgfm (G) a 4.000 rpm.
A voz do reparador 50
VENTOINHA
O Land Rover Freelander 2 tem um problema crônico no sistema de arrefecimento que faz o motor do carro ferver. O diagnóstico e reparo não é difícil, mas é trabalhoso e de alto custo, pois como todo carro premium, as peças são caras Como eu sempre digo, existem
Sem vento na
FRANCISCO CARLOS DE OLIVEIRA é proprietário da Stilo Motores
Toda a frente desmontada para retirada da ventoinha com módulo O coxim superior do motor. Evite peças paralelas. Podem até servir, mas nem sempre são adequadas. Ventoinha e módulo agora são vendidos apenas em conjunto e custam caro: R$ 4.100
muito para um modelo de oito anos.
carros que enchem os olhos do
O mais complicado do serviço é
povo, mas são para poucos. O Land
a mão de obra para trocar o conjunto,
Rover Freelander 2 i6 SE 2008 é um
pois é necessário desmontar toda a
deles. Trata-se de um SUV importa-
frente, retirar parachoque, alma de
do, com motor gasolina de 6 cilin-
alumínio, e a travessa do radiador, o
dros em linha, 3,2 litros, que desen-
que leva quase o dia inteiro.
volve 233 cv de potência a 6.300 rpm, e 317 Nm de torque máximo a
P E ÇAS OR I G I N AI S
3.200 rpm, de acordo com informa-
Outro detalhe desse veículo é que
ções da montadora.
raramente ele aceita peças parale-
Usado, custa de acordo com a
las. Felizmente o dono desse carro é
tabela Fipe, menos de R$ 56.000, o
consciente disso e possui condições
mesmo que alguns modelos com-
de manter o Freelander 2 de acordo
pactos zero Km, com motor 1.4l ou
com as exigências do carro. Mas
1.6l, mas sem o mesmo nível de
nem sempre foi assim.
qualidade de acabamento, conforto e
A primeira vez que o carro veio
tecnologia. E é ai que mora o perigo.
para a oficina foi por causa de um
Esse modelo tem um defeito
jogo de coxins de motor e câmbio.
crônico, que já peguei em várias uni-
Para economizar, o dono do carro
dades, e de um tempo para cá, ficou
comprou peças paralelas, que ser-
ainda mais caro para o consumidor.
viam mas não eram adequadas. Este
Do nada, a ventoinha para de funcio-
modelo utiliza coxim hidráulico e o
nar e o motor ferve. Trata-se de um
que ele comprou não era hidráulico
problema no módulo do sistema de
e isso fez com que toda a vibração
arrefecimento, que exige a troca do
do motor e câmbio fosse transmitida
componente, não tem outra solução.
para o habitáculo. Trocamos por pe-
E digo que ficou mais caro pois
ças originais e o problema foi resolvi-
antigamente, a Land Rover vendia
do, porém o preço dos coxins é alto:
somente o módulo, a gente fazia a
R$ 2.000 o conjunto. E, só para se ter
substituição e pronto. Mas, de uns
ideia, um farol deste carro custa R$
tempos para cá, a montadora só tem
7.000 nas concessionárias.
disponibilizado o conjunto módulo-
Assim, recomendo a todos in-
ventoinha, como uma peça integrada,
teressados que avaliem bem antes
que custa R$ 4.100. E não tem esca-
de se aventurarem em carros como
patória. O veículo que está na oficina
este, pois a alegria da compra pode
tem 80.000 km rodados, o que não é
virar um pesadelo no dia seguinte.