Reparação Automotiva 114

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EDIÇÃO 114 Março de 2018

ELAS AGORA É QUE SÃO

NA REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Nas oficinas, a participação feminina aumentou consideravelmente nos últimos anos, seja com a mão na massa fazendo reparos nos veículos ou cuidando das áreas administrativa e financeira.

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Eduardo Shinyashiki diz que cada dia mais empresas investem nessa área

MANN+HUMMEL

Entrevista com Pedro Ortolan, diretor de Vendas, Marketing e Reposição

COMANDO DE VÁLVULAS Reparador explica resolução de um problema no sistema do Chevrolet Onix

VOLKSWAGEN TIGUAN

Em procedimento técnico, ABS exige cuidado extra na troca das pastilhas

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES


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SUMÁRIO

EDIÇÃO 114 MARÇO 2018

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04. ENTREVISTA

Neste mês, bate-papo com Pedro Ortolan, da MANN-FILTER

08. GESTÃO

Como lidar com conflitos e manter o equilíbrio sempre

10. CAPA

Histórias de mulheres pelo País que fazem a diferença

20. FREIOS

ABS exige cuidado na troca das pastilhas da VW Tiguan

26. TRANSMISSÃO

Superaquecimento como o maior inimigo do sistema AT

28. MOTOR

Problema descoberto no comando de válvulas do Onix

FOTO DE CAPA Agradecimento: Fabiana Guadani, da Oficina Mecânica Alemão O Bom

32. INDICADORES

Os 10 veículos mais comercializados no Brasil em 2017

26 DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) Redatora Karin Fuchs ARTE Designers Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Alessandra Costa Richard Faria Wanderley Klinger MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez marketing@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima DEPTO AUDIOVISUAL/ PRODUTORA Coordenador Wanderlei Castro produtora@ibreditora.com.br

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MÍDIA DADOS 2017

Albarus...........02 Autop.............35 Aplic Resolit...19 Corteco .........33 Delphi........... 17 Fortec ...........34 FTE ................13 HipperFreios.. 05 Hella............. 16

IAB....................23 Illinois.............. 09 Mitsubishi........ 07 Radnaq.............31 Ranalle .............30 Spicer ..............36 Urba e Brosol ...25 Zap ................. 27 Zen ................. 15


ENTREVISTA

MANN+HUMMEL

EM BUSCA DA

LIDERANÇA APESAR DA INSTABILIDADE ECONÔMICA DO PAÍS EM 2017, A MANN-FILTER SE MANTEVE FOCADA EM ATENDER A REPOSIÇÃO COM NOVOS PRODUTOS E TAMBÉM TRABALHAR NA CAPACITAÇÃO por Silvio Rocha | foto Divulgação

“Temos como objetivo alcançar a liderança de mercado no segmento de linha leve na reposição e, para isto, muitas ações são desenvolvidas no momento para que a MANN-FILTER continue obtendo crescimento acima do mercado como nos últimos anos”, diz Pedro Ortolan, diretor de Vendas, Marketing e Reposição. Reparação Automotiva: Em primeiro lugar, conte mais sobre a história da MANN-FILTER e seu crescimento. E mais recentemente com a Wix complementando seu portfólio de produtos. Pedro Ortolan: A MANN-FILTER, desde sua fundação há 76 anos, tem sido uma empresa inovadora e pioneira no lançamento de novas tecnologias e produtos. Atualmente a MANN-FILTER faz parte do Grupo MANN+HUMMEL, o que nos torna a maior fabricante de sistemas de filtragem para o setor automotivo do mundo, somos aproximadamente 20 mil colaboradores em mais de 70 plantas, dos quais mais de 1.000 atuam diretamente em pesquisas e desenvolvimentos de novas tecnologias; temos também mais de 3 mil patentes regis04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

tradas. A MANN+HUMMEL possui um centro de pesquisa instalado dentro da Universidade da Carolina do Norte – EUA – dedicado a pesquisas de novas tecnologias e inovações que vão além da indústria automotiva, bem como antecipam as necessidades que as montadoras possam ter no desenvolvimento de sistemas de filtragem. O Grupo é o detentor das marcas MANN-FILTER e WIX FILTERS. A aquisição da WIX FILTERS, pelo Grupo MANN+HUMMEL, enriqueceu o nosso portfólio de produtos e clientes, possibilitando que a qualidade dos itens se dissemine a todas as áreas e mercados do setor automotivo. Agregar uma marca já reconhecida à nossa empresa foi fundamental para fortalecer o nosso objetivo em

ser referência em tecnologia e capilaridade de mercado. RA: Fale acerca da linha de itens da empresa, seus principais diferenciais e benefícios para os segmentos leve e pesado. PO: Temos uma vasta experiência e um rico portfólio de filtros para atender mais de 96% do mercado de reposição brasileiro. Sobre as recentes mudanças referentes a filtros, temos a tendência da migração de filtros blindados para elementos filtrantes ecológicos, reduzindo a atualização de componentes metálicos, a necessidade da utilização de uma gama maior de meios filtrantes que atendam maiores exigências devido a novas motorizações e novas regulamentações



ENTREVISTA

MANN+HUMMEL

como o Euro 5 na linha pesada. Novas famílias de produtos, como exemplo filtros de cabine e filtros de ureia. Algumas das principais inovações tecnológicas aplicadas em nossos produtos, tanto para atender os mercados de equipamento original e de reposição, são: Klebie Folie: material plástico utilizado para a substituição de materiais metálicos na produção de elementos filtrantes ecológicos para óleo e combustível; Processo Helix: processo utilizado na fabricação de carcaças e tubos metálicos que não geram sucata, utilizados na fabricação de elementos filtrantes de ar para aplicações em veículos da linha pesada; Glue String: processo utilizado na fabricação de elementos filtrantes radiais de ar em substituição das carcaças metálicas; Multi Filtro: fomos os pioneiros no desenvolvimento da família Multi Filtros, família de cinco produtos que substituem mais de 20 modelos de filtros de óleo e atendem mais de 100 diferentes modelos de veículos (desenvolvimento brasileiro); Filtro desumidificador do ar para sistemas de freio da linha pesada com tecnologia coalescente: que permite maior eficiência na absorção de partículas de água e óleo indesejadas presentes no sistema pneumático de frenagem; Frecious Plus: família de filtros de cabine que, além de filtrar as partículas sólidas e eliminar os odores de gases, também evitam a proliferação de micro organismos, como fungos e bactérias que prejudicam a saúde dos passageiros do veículo (atualmente somente disponível na Europa e Ásia). 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

RA: Conte sobre as iniciativas da MANN-FILTER nas áreas de capacitação e relacionamento com o mercado. PO: A MANN-FILTER tem realizado várias ações, como por exemplo, campanhas de vendas nos PDVs, treinamentos para aplicadores e vendedores de nossos produtos. Trabalhamos com a disponibilização de informações técnicas e de itens por meio dos canais tradicionais de comunicação específicos para este segmento e através da internet. Outro ponto fundamental para o fortalecimento é a disponibilidade de uma vasta gama de produtos para que o varejo possa atender seus clientes e fidelizá-lo, não havendo a necessidade de eles recorrerem a outras fontes alternativas. RA: Quantos treinamentos presenciais foram feitos no ano passado, o número de profissionais treinados e em quais regiões do País; e quais os programas, ações de relacionamento com este público (mecânicos), projetos e investimentos da companhia para a reparação automotiva em 2018? PO: Em 2017 aproximadamente 5 mil pessoas participaram de treinamentos da MANN-FILTER em todo o País. RA: Como é o processo de garantia dos produtos? PO: Temos uma área de qualidade e garantia capacitada para atender o público com todas as informações necessárias sobre os nossos produtos e suas aplicações. Treinamos as nossas equipes para compreender diversas situações. RA: Como foi o desempenho da empresa em 2017 e quais as expectativas para este ano? PO: Apesar da instabilidade

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reparacaoautomotiva.com.br econômica do País em 2017, a MANN-FILTER se manteve positiva no mercado. Focamos em atender o segmento de reposição com novos produtos e também trabalhar na capacitação. A leve recuperação do setor automotivo no final do ano impactou em nossos números positivamente. Para 2018, temos a expectativa de uma melhora no cenário econômico, afetando positivamente o aftermarket. RA: Para finalizar a entrevista, quais os próximos investimentos e projetos da MANN-FILTER? A empresa tem planos de expansão e novas aquisições? PO: Temos como objetivo alcançar a liderança de mercado no segmento de linha leve na reposição e, para isto, muitas ações são desenvolvidas no momento para que a MANN-FILTER continue obtendo crescimento acima do mercado como nos últimos anos. No setor de pesado, continuamos mantendo a liderança e a preferência dos clientes. Sobre os produtos, podemos comentar que a tendência é da utilização da conectividade dos veículos, itens mais ecológicos e veículos voltados para a segurança e bem-estar dos passageiros. Além do “downsizing” dos novos motores, inclusive com aplicação de turbo nos veículos da linha leve, o que exige maior qualidade e eficiência dos equipamentos periféricos, a exemplo dos filtros.

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GESTÃO

RELACIONAMENTO por Karin Fuchs | fotos Divulgação

RELAÇÕES INTERPESSOAIS LIDE COM CONFLITOS E MANTENHA O EQUILÍBRIO

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Cresce a cada dia o número de empresas que investem na área. E essas habilidades costumam ser trabalhadas e exigidas

as palavras de Eduardo Shinyashiki, “ao longo da vida nos deparamos com diversas situações difíceis que nascem da convivência com as pessoas, como o estresse no trabalho e a crise no relacionamento. Quem impõe o que pensa tende a criar conflitos e não gera cooperação e integração com as pessoas”. Segundo ele, “o indivíduo utiliza o julgamento e a crítica na sua comunicação ao invés da compreensão e diálogo e acaba reagindo agressivamente na defesa da própria opinião.

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Entrar em uma discussão com atitudes mentais como “eu ganho, você perde”, “eu tenho razão, você está errado” e “eu falo, você fica calado”, claramente não ajuda a desenvolver relações positivas”. CAMINHO – “A base para resolver os conflitos é conseguir se comunicar e criar relações gratificantes e positivas com as pessoas. Para isso, a tolerância, a abertura ao diálogo e a aceitação do outro são fundamentais. É importante entender, ainda, que existe um ponto de equilíbrio para defender opiniões e

fazer com que elas sejam respeitadas”, alerta Shinyashiki. Ele orienta que o primeiro passo é entender que o seu ponto de vista é diferente do outro. “Cada ser humano interpreta a realidade conforme suas crenças, experiências, educação e convicção. Lembre-se: antes de querer ser compreendido, compreenda o outro”. POSTURA CORPORAL – A postura corporal, as expressões do rosto e os gestos são elementos que podem minar a harmonia e alimentar


conflitos entre as pessoas. “A simples atenção a olhar nos olhos do outro, ao sorriso e a acompanhar a postura do interlocutor, já comunica a intenção de criar empatia, respeito e diálogo”, acrescenta. RESPIRAÇÃO – Para controlar as próprias emoções, um recurso simples e eficaz é a respiração. Shinyashiki sugere que “na sua rotina, faça 20 respirações conectadas: respire pelo nariz, de forma mais lenta e profunda que o normal, com expansão torácica e abdominal. Fazer esse exercício uma ou duas vezes ao dia ajuda a desenvolver uma maior consciência corporal”. E também, “saber controlar o ímpeto e o impulso do momento de falar antes de pensar, faz parte

do caminho do autoconhecimento e do equilíbrio emocional, de saber agir ao invés de reagir”. HARMONIA – “O primeiro passo para manter a harmonia e aprender a escutar o outro é compreender que o próprio ponto de vista não é necessariamente o mesmo do outro. Cada um de nós enxerga a realidade do seu próprio jeito, de acordo com a sua história pessoal e as suas experiências”, informa. EQUILÍBRIO EMOCIONAL – “A competência emocional, a maturidade emocional, o conhecimento das próprias emoções, a percepção de como e quando elas acontecem em nossa vida, levam à harmonia com as pessoas, a identificar o que é importante

Eduardo Shinyashiki é presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki, mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Mais informações: www.edushin.com.br

e relevante e a trabalhar em equipe de forma mais flexível e produtiva”, comenta. Para finalizar, Shinyashiki diz que “aprender a olhar e ouvir o outro só pode acontecer quando o indivíduo cultiva o hábito de aprender a olhar e ouvir a si mesmo. Ou seja, para que diminuam os conflitos é fundamental que as pessoas, antes de qualquer coisa, conheçam a si mesmas”.


CAPA

EMPODERAMENTO por Karin Fuchs | fotos Divulgação

Fabiana Guadani, da Oficina Mecânica Alemão O Bom

MULHERES NA REPARAÇÃO ELAS SÃO MUITAS, MAS O PRECONCEITO NÃO DIMINUI Histórias de profissionais de todo o País que fazem a diferença em um universo em que ainda predomina o público masculino

N

a cadeia produtiva do setor automotivo predominam trabalhadores do sexo masculino, representando 83% do total. Quando comparado a 2013, houve uma redução de dois pontos percentuais e, consequentemente, aumentou a participação das mulheres. Os dados são da pesquisa “Presença Feminina no Setor Automotivo”, do portal Automotive Business, que teve a participação de 127 entrevistados da área de Recursos Humanos das organizações.

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Especificamente nas oficinas, as mulheres também têm conquistado mais espaço, seja com a mão na massa e fazendo os reparos nos veículos ou cuidando das áreas administrativa e financeira. Nessa matéria, confira as histórias das que fazem a diferença no dia a dia desse negócio. FABIANA GUADANI OFICINA MECÂNCA ALEMÃO O BOM Fabiana começou a frequentar a oficina de seu pai, em São Paulo

(SP), quando tinha em torno de 12 anos de idade. “Eu saía da escola e ia direto para lá, e fui pegando gosto pela coisa. Depois comecei a participar de cursos para me especializar e com 15 anos já fazia reparos. Agora, como meu pai se aposentou, sou eu quem cuida da oficina ao lado do meu irmão”. ESPECIALIZAÇÃO – “Eu fiz vários cursos de mecânica e somente no início ajudei meu pai na parte administrativa, mas me apaixonei


mesmo foi pela mecânica. Sempre vou a palestras e faço cursos online, e o meu irmão que trabalha comigo está sempre antenado para saber onde haverá cursos, e também estudarmos juntos quando um novo carro é lançado”. PRECONCEITO – “Como a oficina era do meu pai, foi mais fácil superar preconceitos. As pessoas se acostumaram comigo, mas chegou a acontecer de o cliente dizer que iria esperar pelo meu pai ou que voltaria outro dia. Como eu já estou aqui há muito tempo, fui conquistando os clientes com o meu trabalho e hoje em dia acontece o contrário: há clientes que dizem que só vêm aqui porque eu entendo melhor o que é necessário fazer no carro”. RETORNO – “A mulher é mais caprichosa, mais atenciosa, e sabe explicar melhor para o cliente o que é preciso ser feito, qual é o serviço necessário no veículo. Eu tenho esse retorno deles, o que mostra que eles gostam bastante”. AGDA OLIVER DA MEU MECÂNICO

autorizar as suas esposas e filhas a trazerem os carros. O forte da oficina é que eu tenho uma clientela muito fiel”, revela. FIDELIZAÇÃO – Ela conta que o trabalho de fidelização consiste em estar sempre junto aos clientes. “Eu faço de tudo para que o cliente não se esqueça da gente, mando dicas sobre como cuidar do carro, promoções e convido-o para as palestras que realizo na oficina”. E acrescenta: “oficina mecânica não é um negócio como padaria que você vai todos os dias, mas, em média, duas vezes ao ano, a não ser que aconteça algum problema extra. Hoje nós temos uma mecânica mulher e três homens, até por conta do mercado”. ATUALIZAÇÃO – “Nós participamos de pelo menos um curso por ano, assistimos a muitas palestras de fornecedores para saber o que há de inovação no mercado e as novidades sobre peças de aplicação, o que acaba nos aproximando de fornecedores e fabricantes. A internet também facilitou muito o nosso dia a dia”.

DIFERENCIAL – Segundo ela, as mulheres são mais cuidadosas. “Nós temos uma preocupação maior não apenas com a limpeza, mas em não sujar o carro, e em passar um orçamento apresentável junto a todas as especificações do serviço e a forma de pagamento. Essa transparência facilita bastante a aprovação do serviço. Também somos mais cuidadosas com as ferramentas”, compara em relação aos homens. SANDRA HELENA NALLI, DA ESCOLA DO MECÂNICO Como menor aprendiz, Sandra foi trabalhar em oficina aos 14 anos de idade e com 20 anos já consertava carros. Depois ela teve a oportunidade para ser a responsável pela mecânica, cargo que não foi bem visto inicialmente, mas depois aceito. Sempre se especializando, ela chegou ao cargo de chefe de oficina. “Nessa empresa, havia um centro de treinamento tecnológico para capacitação dos mecânicos. Eu par-

Incentivada por ter sido enganada pelo mecânico que consertava seu carro, Agda decidiu aprender sobre mecânica automotiva e decidiu abrir a sua própria oficina, em 2010, em Brasília (DF). “O desafio foi montar uma oficina totalmente voltada para as mulheres e ter a aceitação do mercado, tanto do público feminino como do masculino, além da concorrência desleal que é demais”. Hoje, 70% dos seus clientes são mulheres. “E temos muitos clientes masculinos que vêm até aqui para verificar como é a oficina para depois

Agda Oliver, da Meu Mecânico

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CAPA

EMPODERAMENTO

ticipei de treinamentos e também aprendi na prática com os mais experientes. Quando assumi a gerência da oficina, em 2011, eu precisava contratar mecânicos especializados, o que não conseguia pela indisponibilidade de mão de obra”. À época, Sandra dava aulas na Fundação Casa, em Campinas (SP), e teve a ideia de treinar e formar os meninos residentes para poder contratá-los. “Montei um projeto social e rapidamente começaram a aparecer outras pessoas interessadas em capacitação”. Nascia assim a Escola do Mecânico. PRIMEIROS PASSOS – O primeiro deles foi pesquisar se realmente havia essa lacuna no mercado. “Eu identifiquei que a falta de mão de obra especializada era absurda, o que me impulsionou a montar a Escola do Mecânico. No início, eu mesmo realizava os treinamentos, depois fui contratando gente para me ajudar”, recorda-se. FRANQUIA – O negócio deu tão certo que, em 2014, Sandra partiu para o modelo de franquia. Hoje Sandra Helena Nalli, da Escola do Mecânico

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Maria Izabel de Andrade Scopino, da Auto Mecânica Scopino

são duas unidades próprias, também em Campinas (SP), uma delas é um centro de treinamento para todo o País, e 13 unidades franqueadas. “Muitas mulheres participam dos treinamentos, mas predomina o público masculino”, compara. Mas isso está mudando. “Antes, era uma ou duas meninas que nos procuravam, hoje já conseguimos montar turmas só para elas. Ainda lancei o High Tech Mulheres Também Pode, que eu mesma gravava vídeos chamando-as para fazerem parte deste mundo”, finaliza.

depois RH, dos funcionários e respectivos uniformes, e assim em diante. “Fomos mudando muitas coisas que precisavam na parte administrativa. O (Pedro) Scopino tinha tarefas demais, além da parte técnica, ele dava aulas à noite e não tinha como ele cuidar desta parte”, revela.

MARIA IZABEL DE ANDRADE SCOPINO, DA AUTO MECÂNICA SCOPINO

MAIS MULHERES – Hoje, Maria Izabel está à frente do financeiro, a Nice, do RH, e há também uma mulher mecânica e uma na recepção. “40% da equipe da oficina é feminina. Eu fui a primeira e depois vi a necessidade de ter uma mulher na recepção para atender o público feminino. Percebemos que o número de mulheres que passou a frequentar a oficina aumentou muito”.

De licença maternidade e em casa cuidando do bebê, Maria Izabel começou a frequentar a oficina do seu marido e deixou para trás um emprego na área de vendas. “Eu percebi que a oficina precisava ser organizada, comecei a me envolver, a gostar, e estou aqui até hoje. Isso faz 15 anos. Acho que já vem da mulher essa parte de organização”. Em primeiro lugar, ela se dedicou à parte do cadastro,

PRODUTIVIDADE – Outro ganho mencionado por Maria Izabel é o de produtividade. “A oficina ficou muito mais organizada e limpa, o que também incentivou os colaboradores a seguirem o mesmo exemplo. Nós estamos sempre melhorando e digo que 80% já melhorou muito. Eu ainda participo de cursos no Sebrae, pois é preciso estar sempre atualizada”, conclui.



CAPA SILVANA FIGUEIREDO, DA SÓ FREIOS Técnica em contabilidade, Silvana trabalhava no Grupo Fenícia, em Jundiaí (SP), e o seu marido tinha muita experiência ao trabalhar na oficina mecânica do seu tio. Eles perceberam que um novo conceito de mecânicas era implementado na cidade, o de oficinas especializadas, e decidiram levar esse mesmo conceito para Botucatu (SP), o que lá seria uma novidade. Assim nascia, em 1988, a Só Freios. “Alugamos um prédio comercial e a nossa residência. Nós tínhamos um aporte de capital para seis meses, prazo para que o negócio fosse viabilizado”. Silvana cuidava da parte administrativa, de compras, arquivo, estoque e vendas. O marido, da parte técnica. CONQUISTA – Para atrair a clientela, a tática foi a divulgação em várias partes da cidade, por meio de panfletos e jornais. “Ao mesmo tempo, nós fazíamos pesquisa de opinião para saber das pessoas se o nosso negócio era bom para a cidade. No primeiro mês, atendemos 50 carros, depois o negócio foi progredindo e fomos fidelizando os clientes”. ATUALIZAÇÃO – Além de participar de cursos, Silvana é a presidente, reeleita recentemente, do NAC, Núcleo de Auto Mecânicas da Cuesta. E tem uma atuação bastante ativa na cidade e na região, incluindo junto ao Sebrae e à prefeitura local. “O que nós queremos nesse momento é implementar a aplicação da lei na ocasião de concessão do alvará. Muitas oficinas foram abertas na região, o que está desnivelando o setor”. 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Silvana Figueiredo, da Só Freios

Um dos pilares do NAC é ajudar as empresas do setor de reparação automotiva na formalização, capacitação, segurança no trabalho, descarte correto dos resíduos e gestão empresarial. JANAÍNA WALZBURGER, DE JOINVILLE (SC) Especializada em mecânica de motos, Janaína começou nessa área ajudando o seu irmão. E com um namorado que teve, comprou uma moto e a diversão era fazer a revisão dela. “Foi assim que eu descobri que essa era a minha paixão. Pesquisei muito sobre mecânica de motos e fui me especializando”. OPORTUNIDADE – “Cada vez mais procurei saber, desmontando moto, estudando e pesquisando sobre os seus componentes, até que surgiu a oportunidade de traJanaína Walzburger, de Joinville (SC)

balhar com um colega, na parte de customização e revisão de motor, desde a revisão básica até transformação, como a pintura”. ATUALIZAÇÃO – “Assim como os veículos, as primeiras motos não eram dotadas de tanta tecnologia. Elas eram puramente mecânicas. Isso mudou, hoje elas têm injeção eletrônica e controles de estabilidade e velocidade, por exemplo. Cada marca tem as suas características, é preciso estar sempre atualizado. E diferentemente do carro, moto não tem a proteção da lataria, a sua manutenção tem que ser muito criteriosa, pois pode causar um acidente grave”. OFERTA – “Atualmente há bastante cursos de atualização, até mesmo online, e eu procuro ler os manuais técnicos e acompanhar os canais online. Neles, há muito compartilhamento de informações



CAPA

EMPODERAMENTO

e experiências com os colegas de profissão, o que ajuda bastante”.

RACHEL JAQUELINE, DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)

DESAFIOS – “Mesmo sabendo que cada vez mais as mulheres estão presentes em todos os setores, inclusive nas oficinas mecânicas, as pessoas, principalmente os homens, ainda olham para nós como incapazes e desconfiam da qualidade do nosso serviço”.

A partir dos 7 anos de idade, Rachel sempre fazia algo na oficina do seu pai, como por exemplo, lavar peças. Com 15 anos, começou a ter seus próprios clientes. “Foi assim que iniciei a minha oficina, com o conhecimento adquirido do meu pai, que era mecânico de caminhões e de carros pequenos”.

Segundo ela, “há muita falta de respeito, mas a gente não desiste, já pensei em largar essa área, mas ela é a minha paixão. Eu pretendo me especializar cada vez mais e continuar a faculdade de Engenharia Mecânica. Quando nos tratamos com consideração, as pessoas entendem que também devem nos respeitar”, finaliza.

Ela se especializou em automóvel e nunca pensou em ter outra profissão. “Estou sempre buscando novos conhecimentos e a internet facilitou bastante. Eu participo de muitos cursos online”. E Rachel também realiza um trabalho voluntário em uma escola local, dando aulas gratuitas de revisão preventiva.

Rachel Jaqueline, de São José dos Campos (SP)

KIT DE EMERGÊNCIA LANÇAMENTO O KIT de Emergência HELLA tem como proposta garantir o conforto e a segurança dos motoristas no que se refere à reposição instantânea das lâmpadas queimadas, sejam elas halógenas ou miniaturas. O KIT de Emergência HELLA é composto por uma lâmpada halógena, lâmpadas miniatura e fusíveis para auxiliar na reposição. O portfolio de lâmpadas (12V e 24V) mais populares do mercado.

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Technology with Vision



CAPA

EMPODERAMENTO

VOLUNTÁRIO – “Há 14 anos eu faço esse trabalho voluntário, em média, para uma turma de 15 alunos. Também há a presença de mulheres nesses treinamentos que querem conhecer sobre mecânica, principalmente com receio de o carro quebrar na rua e elas não saberem o que fazer”. RETORNO – Iniciativa que lhe trouxe retorno para a sua oficina. “Foi com esse trabalho voluntário que eu consegui ampliar o número de clientes, levo o meu conhecimento para a sala de aula e conquisto a confiança das pessoas. Também já sofri preconceito por ser uma mecânica mulher, mas nunca liguei para isso, até porque eu fui criada no meio de homens”. EM CASA – Depois de alugar um ponto comercial por vinte anos, com a crise do País, Rachel decidiu montar a sua oficina em casa. “Eu tenho um bom espaço para sete carros, todos os equipamentos e ferramentas necessários, e sempre tenho clientes, alguns vieram do meu pai, que já faleceu, e também muitas mulheres me procuram. É um ramo que a gente não fica sem trabalho. Sempre tem uma manutenção ou uma revisão a ser feita no carro”. DHAYANNA BATISTA, DE JOINVILLE (SC) “Quando criança, meu sonho era ser cardiologista, por conta da minha família ter histórico de problemas cardíacos. Quando completei 9 anos, meu pai comprou uma moto, e como na época eu era filha única, sempre que ele saia de casa, ia com ele. Meu pai tinha o sonho de ser mecânico, mas não teve oportunidade. 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Então, cada carro, moto ou caminhão que passava por nós na rua ele dizia: olha filha, tal carro, tal caminhão, etc.”, lembra. Ela diz que quando se deu conta estava colecionando cards dos velozes e furiosos, cortando fotosde carros de revistas e colando na parede do quarto. “No momento em que fui para o ensino médio, tive a oportunidade de fazer pelo Senai o curso de Aprendizagem Industrial em Mecânica de Automóveis e Caminhões. Quando terminei o 3° ano, cursei Engenharia Mecânica. Hoje eu realizo e vivo o sonho do meu pai, que acabou por se tornar o meu também”. PRECONCEITO - Dhayanna conta que com 17 anos entrou como auxiliar de mecânica em uma oficina, que na época era muito conhecida em Joinville (SC), mas que passou pela experiência de ser preterida profissionalmente. “Cheguei a trabalhar durante 30 dias em uma oficina que o dono me dispensou dizendo que o movimento estava fraco e que precisava cortar custos. Quando fui receber já tinha outro rapaz no meu lugar. Ainda hoje, mesmo depois de alguns anos na área, sofro bastante preconceito”. No entanto, para superar o preconceito que impera em algumas pessoas e mais forte em certas regiões do País, a reparadora teve apoio dos seus pais e marido, que nunca a deixaram desistir. “Meu 1° patrão foi que me ensinou tudo o que sei, vou levá-lo sempre na minha memória e todos os outros que me deram uma oportunidade, em especial, o pessoal da VS Mecatrônica, que além de patrões foram como meus pais”, afirma.

CONSELHO - Como dica, “não desista nunca, apesar das dificuldades, siga teu coração, porque tudo é um processo, o que você plantar hoje irá colher amanhã, seja humilde, aceite críticas construtivas, tenha foco, seja honesta, acima de tudo. Espero sinceramente que um dia possamos ser mais reconhecidas pelo o que fazemos, que esse tabu seja definitivamente quebrado, porque somos todas muito capazes”. Dhayanna Batista, de Joinville (SC)



NA OFICINA

FREIOS

ABS EXIGE CUIDADO EXTRA

NA TROCA DAS PASTILHAS DA VOLKSWAGEN TIGUAN por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

esponda rápido: você sabe como deve ser o procedimento correto para a troca das pastilhas de freio de um veículo com ABS? Alguns vão dizer que sim, outros que não, mas a verdade é que não é tão simples. Quem vai nos ajudar nessa tarefa é Ricardo Tatiyama, proprietário da ABC Freios, de São Caetano do Sul (SP). Bem, o Ricardo nesse passo a passo abordará a troca de pastilhas e disco do freio de estacionamento elétrico de uma Tiguan 2011. Ele fará a substituição da pastilha de freio de um Volkswagen 2.0, onde no mesmo se encontra o freio traseiro elétrico. Vamos ao procedimento.

SUBSTITUIÇÃO ATRAVÉS DO SCANNER, MODO CORRETO. INÍCIO DO PROCESSO. 1- UTILIZAÇÃO DO SCANNER Estamos com scanner específico para substituição de pastilhas de freio elétricas. Vamos escolher Volkswagen, travão de estacionamento eletrônico, algumas recomendações, damos ok. São: função de liberar a pinça de freio, depois a troca de pastilha, aplicar a pinça de freio e por último fazer um teste de montagem do sistema de freio traseiro. Ele faz o ajuste do freio traseiro.

2- DESMONTAGEM DO SISTEMA TRASEIRO

Agora iniciaremos o processo de desmontagem do sistema traseiro. Removemos a pinça. Vocês podem notar que o êmbolo não se movimentou. Vamos remover as pastilhas de freio e tiraremos também o cavalete. Iniciaremos nesse momento a retirada do disco de freio.

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Vamos liberar o freio traseiro. Aguardar a comunicação. Daremos início. Nesse momento, os motores funcionam fazendo o retorno do fuso, não do êmbolo. Foi feito o retorno com êxito, a luz no painel de freio de estacionamento fica ligada. Ao darmos o comando no scanner, ouve-se o barulho dos motores, o êmbolo permanece no lugar, só trabalha o fuso internamente.


3- PROCESSO LIMPEZA

Começaremos o processo de limpeza de todo o sistema, limpeza de pinça, cavalete, inspeção de peças, notando que, em primeira análise, vimos aqui que o tapa pó está torcido. Como já foi feita uma substituição de pastilha, foi deixado o tapa pó torcido, podendo provocar um rompimento do mesmo.

PARCEIRO

Ricardo Tatiyama , prorietário da ABC Freios e Serviços

4- CUIDADO COM O FLEXÍVEL

Muito importante a fixação da pinça de freio, não deixando o flexível esticado, sempre apoiando com um suporte, em algum outro local.

5- SEQUÊNCIA DA LIMPEZA

Iniciaremos o processo de limpeza, onde utilizo sabão em pó e detergente. Sabão em pó e detergente são componentes que não agridem as peças de borracha do sistema de freio e fazem uma perfeita limpeza, tirando todos os resíduos do sistema. Essa limpeza é muito importante para verificar as peças do sistema de freio porque a sujeira pode encobrir alguma coisa que passe despercebido. Verificação dos pinos, integridade do tapa pó, dessa forma nós temos como fazer uma análise das peças, lembrando que todo resíduo gerado por esta lavagem é descartado num lugar apropriado. Limparemos os guias de pastilha.

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FREIOS

6- CAUSA DE BARULHO NO SISTEMA DE FREIO Um outro ponto são os pinos deslizantes, onde encontra-se folga. Em muitos casos, o cliente reclama que a pinça está solta ou o freio tem algum problema, fica fazendo barulho devido à folga dos pinos. É muito comum você encontrar guia com um método errado de fazer o embuchamento do pino.

Aqui nós utilizamos uma graxa à base de silicone, onde ele faz a lubrificação e também forma um calço hidráulico, não deixando o pino se mover muito. É importante salientar que esse processo só funciona se o tapa pó estiver bom, íntegro, não tiver furo, não tiver dilatado.

DILATADO

PERFEITO ESTADO

DILATADO

PERFEITO ESTADO

7- LUBRIFICACÃO

Vamos iniciar o processo, sempre verificando a integridade das borrachas. Pegamos uma graxa à base de silicone, aplicamos no cavalete. Essa graxa não agride a borracha e aguenta a temperatura. A folga é praticamente mínima.

8- TROCA DO DISCO

Na troca de disco é muito importante a face de apoio do mesmo estar limpa para aplicação de um novo disco. Essa limpeza nós fazemos com a lixa. Lixamos as partes de encosto do disco para não ficar nenhum resíduo que possa fazer interferência no novo disco.

9- LIMPEZA DO ÊMBOLO Agora vamos fazer a limpeza de êmbolo e encosto de pastilha de freio, para tirar resíduos da pastilha antiga.

10- VERIFICACÃO DO TAPA PÓ

Vamos fazer a correção do tapa pó, com cuidado para não rasgar.

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11- RECOLHIMENTO

Iniciaremos agora o recolhimento do êmbolo, lembrando que não há necessidade de girar esse êmbolo, apenas empurrar. Importante, muito importante, a abertura do sangrador na hora do recolhimento, tanto de freios ABS quanto de freios convencionais.

12- SANGRIA

O retorno do fluido é feito pelo sangrador, não levando sujeira para o módulo ABS e cilindro mestre.

13- CORRETO POSICIONAMENTO

Podemos verificar agora o posicionamento correto do tapa pó.

14- REMOVENDO A LUBRIFICAÇÃO

Retiramos o excesso de lubrificantes do disco de freio com um pano.

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FREIOS

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15- MONTAGEM

Iniciaremos o processo de montagem. Colocaremos o cavalete. Vamos aplicar a pastilha de freio.

17- ATIVAÇÃO DO SISTEMA DE FREIO

Escolhemos a função aplique o travão de freio e a luz do painel apaga-se ao fazer esse procedimento. Damos o início, concluído com êxito. Depois de aplicado o freio de estacionamento, é feito um outro procedimento de teste de montagem, onde o módulo vê a montagem do sistema, se está tudo correto.

18-PROCEDIMENTO INCORRETO

Damos início. Ok. Procedimento com êxito. Um processo errado que eu vejo em muitos lugares para retornar esse êmbolo é retirar o motor elétrico da pinça e fazer o retorno do fuso com uma chave torque, fazer o êmbolo retornar. Outra forma que eu vejo, que é incorreta, é a aplicação de 12 volts no motor elétrico do sistema de freio elétrico, freio de mão elétrico. Você corre o risco de sofrer um curto. Pode estar, em risco, danificando o motor elétrico e, consequentemente, prejudicando o seu trabalho.

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16-FREIO DE ESTACIONAMENTO

Essa limpeza nos guias de pastilha é importante para o livre trabalho da pastilha de freio. Nesse momento, vamos aplicar o freio de estacionamento, onde o êmbolo vai encostar na pastilha de freio, vai voltar à sua posição de trabalho.

19-SANGRIA

Após o procedimento de troca de pastilha de freio e disco, finalizamos com a sangria do sistema.


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CÓD. MWM: 9.612.0.731.005.6 / 7005440R91 / 7003662C91 CÓD. VOLVO: 21828721 VOLVO: VM220 / VM270 / VM330 - 2012/... VOLARE: W8 e W9 - 2012/... MOTOR: MWM MAXXFORCE 4.8/7.2 EURO 5 - 2012/...

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TRANSMISSÃO

SUPER AQUECIMENTO

O MAIOR INIMIGO DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA Uma coisa que todos os sistemas compartilham. Aliás, nada danifica mais uma transmissão automática, nem mais depressa. E isto pode ser evitado por Silvio Rocha | fotos Divulgação

s transmissões automáticas são projetadas para trabalhar a uma temperatura ideal de 95 graus Celsius ou menos. Para cada 10 graus Celsius que a temperatura da transmissão aumenta, a vida útil dela é cortada por um fator de dois. Ou seja, se ela trabalhar com uma temperatura média de 105 graus Celsius, se espera que sua transmissão dure somente a metade do tempo que ela foi projetada para durar. A 115 graus Celsius ela durará somente 1/4 do tempo originalmente projetado para sua vida útil. A 125 graus Celsius de temperatura de trabalho, ela durará somente 1/8 do tempo e a 140 graus Celsius ela somente terá duração de 1/16 avos do tempo original de sua vida útil. Como podemos ver, não é necessário muita coisa para destruir uma transmissão automática. Muitas oficinas, em seu certificado de garantia, não cobrem superaquecimento, portanto tenha isto em mente da próxima vez que ignorar sinais de aquecimento do conjunto motor/ transmissão, tais como fluido fervendo e vazando para fora da transmissão, ou cheiro de superaquecimento do fluido (cheiro de queimado).

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Quando uma transmissão ou o motor superaquece, devido ao fato de eles compartilharem o mesmo sistema de arrefecimento, isto faz com que o fluido orgânico da transmissão tenha quebra de moléculas. O fluido perde sua capacidade de lubrificar as partes móveis de maneira apropriada dentro da transmissão. Eventualmente, o fluido, devido ao aquecimento, se transforma vagarosamente em verniz, mas então o dano já está feito e a transmissão sofreu os efeitos danosos disto, e uma reação em cadeia autodestrutiva já se iniciou, levando à destruição da transmissão em curto espaço de tempo.

ALGUMAS CAUSAS DO SUPERAQUECIMENTO A maior causa de superaquecimento é de longe rebocar cargas maiores do que a capacidade da transmissão, especificada pela fábrica, bem como carregar o veículo acima de sua capacidade. Passando de certo ponto, as cintas e discos começam a patinar. Isto gera muito aquecimento! Adicione a isto o fato de que alguns proprietários puxam cargas acima do limite, com o pedal do acelerador no fundo!

Quando ignoramos as especificações de fábrica, vamos ao menos pisar menos no acelerador. Ao subir ladeiras partindo da parada total, utilizemos a posição “1” ou “L” de nossa transmissão. O sistema de arrefecimento do veículo, também, quando não recebe os cuidados necessários, pode se tornar uma fonte de superaquecimento, causando destruição total da transmissão.

ACESSÓRIOS PARA PREVENIR O SUPERAQUECIMENTO: 1. RADIADORES: Uma boa maneira de compensar o calor excessivo é adquirir um radiador sobressalente de boa qualidade para a transmissão. O que precisamos saber é que nem todos os radiadores são os mesmos. Os radiadores mais eficientes e duráveis são os laminares. São mais duráveis devido à espessura de seus tubos, ou neste caso, das placas laminares. As placas possuem mais superfície exposta ao ar e os torna mais eficientes. Pode-se também adquirir radiadores com um ventilador embutido, para proteção adicional. Isto garante um fluxo maior de ar através do radiador. (Figura 2)


FIG.2

FIG.3

2. CÁRTER MAIOR: A aquisição de um cárter com maior capacidade para a transmissão pode trazer vários benefícios. Primeiro a quantidade extra de fluido no cárter maior ajuda a manter a temperatura da transmissão mais baixa. Em segundo lugar, se adquirirmos um cárter de alumínio, pode-se confiar nas propriedades do alumínio para dissipar melhor o calor do que o aço, o que também auxilia no arrefecimento. Em terceiro, adquira um cárter que possua aletas externas. As aletas fornecem uma superfície adicional para troca de calor, o que faz o cárter funcionar como um radiador adicional. (Figura 3)

colaborou Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com

LEMBRE-SE

A substituição regular do fluido da transmissão, com intervalos de no máximo 50.000 Km, e a utilização do veículo dentro dos limites especificados pelo fabricante em muito ajudarão a prolongar a vida útil de sua transmissão, expulsando este inimigo número 1 dela: O CALOR!

Comemoração em dose dupla! ZAP 1045

Suporte dianteiro do motor lado direito APLICAÇÃO: NOVO PALIO 1.0/1.4 - 01/12 À 12/14 GRAND SIENA 1.4 01/12 À 12/1.4 NOVO UNO 1.4 01/11 À ...

ZAP 1046

Suporte dianteiro do motor lado direito APLICAÇÃO: PALIO 1.6/1.8 (TODOS) 01/11 À ... PALIO WEEKEND 1.6/1.8 (TODOS) 01/11 À ... SIENA 1.6/1.8 (TODOS) 01/11 À ... GRAND SIENA 1.6 (TODOS) 01/13 À ... IDEA 1.6/1.8 (TODOS) 01/11 À ... STRADA 1.6/1.8 (TODOS) 01/11 À ...

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MOTOR

PROBLEMA NO COMANDO DE VÁLVULAS DO CHEVROLET ONIX

por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

história desta edição aconteceu na SR Motors, de Jundiaí (SP), de propriedade de Sérgio Santos, com um veículo Chevrolet Onix 1.4 2015, que chegou à empresa com o cliente reclamando de luz de injeção acendendo, intermitente, com falha constante. Num motor quatro cilindros, para vocês terem uma ideia, o veículo funcionava como se fosse um de três, e a partir daí começaram os procedimentos de avaliação do carro. Esse automóvel veio de uma outra oficina, onde foram trocados a correia dentada, jogos de velas e cabos, e feita a limpeza de bico.

1-TESTE DE VAZÃO

Um dos primeiros testes realizados foi medir a vazão do cilindro. Pegamos o primeiro, segundo, terceiro e quarto cilindros e vimos que ela estava aceitável, dentro da margem dos 25%. Concluímos que as válvulas estavam vedando, tanto a de admissão quanto a de escapamento, e os anéis também.

2- VERIFICAR SINCRONISMO

A partir daí fomos para o segundo teste, para verificar o sincronismo do motor. Depois do teste de vazão do cilindro, medimos o sincronismo do motor. Sincronizamos a parte debaixo, virabrequim, a parte de cima, e o motor estava sincronizado. Depois de conferido o sincronismo da correia, invertemos a bobina de ignição para ver se a falha invertia de lugar.

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PARCEIRO colaborou Sérgio Santos Diretor SR Motors www.srmotors.com.br

3- TESTE DE VELAS/ CILINDROS

O próximo teste foi inverter as velas do segundo com a do terceiro cilindro para ver se a falha invertia de lugar, que é aquele teste que todo mundo está acostumado a fazer.

4- TESTE COM CABOS DE VELA

Pegamos os cabos de vela e invertemos do segundo para o terceiro cilindro, para fazermos aquele teste mecânico para ver se a falha muda de lugar. E mais um teste que comprovou que tudo estava em ordem. Demos partida no motor e ele continuou falhando. Estando tudo OK com a parte mecânica, começamos os testes eletrônicos.

5- TESTE DE BOBINA

Fizemos o teste de sinal de bobina de ignição para ver se tinha alguma bobina chegando com uma tensão menor do que a outra por causa do segundo cilindro, mas também estava tudo em ordem. Finalizando os testes eletrônicos, fizemos o das válvulas injetoras para ver se estavam recebendo o mesmo sinal ou se tinha algum tipo de sujeira que o osciloscópio consegue transmitir. Estava tudo OK.

6- TESTE DE BICO INJETOR

Um outro teste mecânico que fizemos também, apesar de já termos colocado os bicos desse carro na máquina, foi o de pressão, vazão e estanqueidade. Pegamos quatro bicos com vazão semelhante, colocamos no lugar e verificamos que não são os bicos e injetores. Com isso, entramos em contato com o cliente e dissemos: Vamos ter que tirar o cabeçote para ver o que de fato aconteceu.

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MOTOR

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7- ANÁLISE VISUAL

Tiramos o cabeçote, fizemos o teste de bancada, aquele teste que está todo mundo acostumado a fazer, colocamos a vela num lugar, botamos combustível para ver se tem algum tipo de vazamento, e não tinha. Mandamos o cabeçote para a retífica e a mesma verificou as medidas e plainou o cabeçote, que estava tudo ok. Depois disso, pegamos o comando de válvulas, fizemos uma análise visual no componente, mas vocês sabem que análise visual em comando de válvulas não é um diagnóstico muito preciso.

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Pegamos e resolvemos trocar o comando de válvulas. Instalamos, trocamos as juntas de cabeçote, o jogo de juntas e todos os componentes que está todo mundo acostumado a substituir, e colocamos o comando de válvulas. Botamos no lugar, demos partida, funcionou como um relógio. Apagou a luz de injeção na hora e o motor ficou redondo Tivemos uma informação de uma concessionária Chevrolet, que é bem parceira nossa aqui de Jundiaí, e eles nos disseram que já pegaram alguns Onix com esse tipo de problema.


8- COMPARANDO O CAMES

A diferença entre um cames e outro, apesar de bem pequena, se alinharmos de uma forma mais paralela à posição do segundo cames, do segundo cilindro, conseguimos perceber uma ondulação diferente do comando velho para o novo.

9- DESLOCAMENTO DO CAMES

Houve um deslocamento de angulação, mas um deslocamento de uma forma lateral do cames, onde percebe-se que ele se moveu, possivelmente para não ter problema com a válvula, não quebrar ela e isso gerou toda a falha.

ATENÇÃO Se chegar um carro falhando na oficina com essas características, façam todos os testes, tanto mecânicos quanto eletrônicos, mas fiquem ligados no comando de válvulas, que é bastante interessante.


INDICADORES

ESTATÍSTICAS por Sérgio Duque | fotos Divulgação

OS 10 VEÍCULOS MAIS VENDIDOS NO BRASIL EM 2017

Com a melhora dos níveis de emprego no País, o governo garante que já passou o ciclo recessivo da economia e que iniciamos a retomada do crescimento s expectativas para o ano da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos) e da Anfavea (Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores) continuam a apontar para evolução no número total de emplacamentos, e já se percebe moderada confiança por parte dos dirigentes dessas entidades, quando são chamados a comentar sobre o que esperam para os meses futuros. Em 2017, já comentado em outras edições, os agregados que influenciaram o desempenho do setor foram: a demanda de crédito, a redução da taxa de juros e a expectativa de demanda do consumidor que cresceu acompanhando outros fatores.

um volume de 3,1 milhões de novas unidades, incluindo motos, número praticamente o mesmo que o realizado em 2016. Cabe agora avaliar a questão de quais modelos de veículos foram os mais vendidos e emplacados, informação preciosa para que aplicadores e lojas do varejo automotivo possam organizar estoques e adequação de mão de obra para reparação que demandará serviços e peças em curto espaço de tempo.

EMPLACAMENTOS Vimos ainda que o emplacamento de veículos em 2017 atingiu

Com exceção do HB20, da Hyundai, e o Strada, da Fiat, todos os veículos que fizeram parte da estatística de

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A TABELA DOS 10 VEÍCULOS NOVOS MAIS VENDIDOS EM 2017, COMPARANDO O VOLUME EM RELAÇÃO A 2016 , VOCÊ PODE VER NA PÁGINA 34

mais vendidos em 2016 tiveram aumento substancial de vendas em 2017. O destaque fica por conta do Mobi, da Fiat, que com a missão de substituir o Fiat Uno fechou o ano com crescimento de 88,85% a mais de desempenho de um ano para outro. O campeão de vendas continua sendo o Onix, da GM, com a impressionante marca de quase 190 mil veículos comercializados, 80% mais que o segundo colocado, o HB20, da Hyundai, que começa a perder terreno para o Ford Ka. Nos dois primeiros meses de 2018 o veículo da Ford praticamente já se igualou em emplacamento ao carro-chefe de vendas da Hyundai, com 14 mil unidades comercializadas. O Toyota Corolla foi o único sedan médio a aparecer na lista dos 10 mais, pouco abaixo do sedan pequeno da GM, o Prisma.


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ESTATÍSTICAS

SURPRESAS Mas haverá surpresas nas estatísticas de vendas das montadoras nos próximos meses, pois três modelos começam a se destacar e ocupar as posições entre os 10 mais em 2018. São eles: o Jeep Compass (que supera facilmente os volumes de vendas de seu rival Honda HR-V), o Fiat Argo e o Polo, que supera até aqui as vendas do campeoníssimo Gol, ambos da Volkswagen. Ainda em 2018 as atenções serão também para o Creta, da Hyundai, que só não teve melhor desempenho em 2017 por conta das estratégias da montadora em manter foco de produção para o HB20, produzido na mesma fábrica de Piracicaba (SP). A Anfavea anuncia que as montadoras estão acelerando a produção e já acenam com a possiblidade de atingir a venda e emplacamento de mais de 2,5 milhões de novos em 2018; a Abraciclo trabalha com a previsão de 1 milhão de motos.

10 MODELOS DE VEÍCULOS MAIS VENDIDOS EM 2017


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