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EDIÇÃO 131 Agosto de 2019
É POSSÍVEL TER UMA OFICINA
MODERNA?
Sim, mas com a adoção de algumas práticas que fazem toda a diferença na reparação automotiva. Principalmente porque a percepção do cliente começa quando ele entra na oficina. E essa sensação com o ambiente é a mesma com a marca e também quando ela é posta nas redes sociais. A preocupação deve ser com a experiência do consumidor.
3º WORKSHOP TÉCNICO
Realizado em Vitória (ES); de 25 a 27/07, no Senai-CETEC, com cerca de 2 mil profissionais
POLIA DAMPER
Reparador ensina como fazer a troca do componente no veículo Land Rover Evoque
AUTONOR 2019
Equipamentos da 10ª edição da Feira de Recife (PE), que acontece de 11 a 14/09
CINTA DO AIRBAG
Passo a passo de substituição do item no Hyundai Santa Fé utilizando o método resistor
E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS
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SUMÁRIO EDIÇÃO 131 | AGOSTO 2019
04. ENTREVISTA
06
Nosso bate-papo é com o gerente de Vendas Wander Machado, da Henkel
06. GESTÃO
Saiba detalhadamente o que é APO (Administração por objetivos, de Peter Drucker)
10. NEGÓCIOS
Ampliar serviços e oferta de produtos é oportunidade ao empresário do setor
12. EVENTO
3º Workshop Técnico em Manutenção Automotiva; Vitória (ES), de 25 a 27/07
14. AUTONOR
Equipamentos destaques da 10ª Autonor, de Recife (PE), de 11 a 14/09
Acesse a Banca on-line Anatec e leia a revista Reparação Automotiva, única mídia do mercado de reparação filiada à Anatec e Mídia Dados.
16. ARTIGO
Rodimar; alinhando sua equipe para o alcance de resultados –descrição de cargos
18. CAPA
Oficinas referências ganham cada dia mais destaque na reparação e conquistam espaço
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28. ELÉTRICA
Troca da Cinta do Airbag; do componente do veículo Hyundai Santa Fé
34. MOTOR
Como fazer a troca correta da Polia Damper na Land Rover Evoque
36. SUSPENSÃO
Por que e quando fazer a substituição do pivô da suspensão?
38. ELÉTRICA
DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson edio.nelson@ibreditora.com.br Diretor de Marketing Flavio Guerra Conselheiro Consultivo Carlos de Oliveira REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) redacao@ibreditora.com.br Redatoras Karin Fuchs Letícia Rocha ARTE Designer Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br COMERCIAL Contato comercial@ibreditora.com.br Consultores de Vendas Richard F. Faria comercial3@ibreditora.com.br Fernanda Bononi comercial1@ibreditora.com.br
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Leia na edição deste mês a 5ª parte dos sistemas elétricos automotivos
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42. AUTOMOBILISMO
Nonô fala da evolução constante da Stock Car, que tem 40 anos
FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 245 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677-7773 IMPRESSÃO: GRÁFICA OCEANO
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PRODUTORA AUDIOVISUAL Coordenador Wanderlei Castro produtora@ibreditora.com.br
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A revista Reparação Automotiva é uma publicação da IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.
ENTREVISTA / HENKEL
O DESAFIO DA REPARAÇÃO
É PRECISO QUEBRAR INÚMEROS PARADIGMAS QUANTO À TROCA DE MÉTODOS TRADICIONAIS POR SOLUÇÕES QUÍMICAS por Silvio Rocha | fotos Divulgação
Wander Machado, gerente de Vendas de Adesivos Industriais e Reparação Automotiva para América Latina Sul da Henkel, fala dos planos da empresa para o setor e que 2019 tem sido um ano positivo para a Henkel, quando a empresa deverá alcançar a meta estabelecida para fechar o ano.
04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Reparação Automotiva - Com as novas tendências do mercado e as inovações nos veículos, quais as principais novidades e tecnologias nos produtos da Henkel? Wander Machado - A Henkel acompanha as mudanças do setor e desenvolve tecnologias inovadoras para atender às necessidades do mercado. Possuímos um amplo portfólio para reparação, manutenção e embelezamento automotivo. Entre as novidades, destacamos o adesivo estrutural LOCTITE HY 4070, o selante TEROSON MS 9320 SF, adesivo estrutural TEROSON EP 5055 e o adesivo de alta resistência TEROSON PU 9225 SF. O adesivo estrutural LOCTITE HY 4070 conta com a patenteada tecnologia híbrida e mescla a velocidade de cura e facilidade de aplicação dos adesivos instantâneos (cianoacrilato) com os principais benefícios dos adesivos epóxi, como força, resistência de adesão e flexibilidade. A inovação oferece fixação ultrarrápida com alta força de adesão, excelente capacidade de preenchimento e ótima resistência à temperatura e umidade. Desenvolvido para ser aplicado em uma grande variedade de substratos, incluindo metais, plásticos e borrachas, o produto é peça-chave para diversas aplicações, como reparo de rodas de liga leve, adesão de suportes de câmera de ré e
pequenos reparos em faróis e setas, e está disponível na embalagem de 11g. O selante TEROSON MS 9320 SF reproduz vedações planas e amplas com acabamentos OEM (siga em inglês Original Equipment Manufacturer) para evitar a corrosão produzida por intempéries. O produto é pulverizável, pincelável e aplicável em filete. Além de contar com cura rápida, é livre de isocianato e solvente. Entre as aplicações estão vedações acústicas, revestimento de superfície e texturas pulverizadas nas caixas de roda, filetes nas extremidades das portas, vedações no bagageiro e no chassi. O adesivo estrutural TEROSON EP 5055 é ideal para aplicação em peças de aço, alumínio, carbono ou vidro, como reparo de carroceria do veículo e colagem de teto sem a necessidade de desmontagem interna. Oferece alta resistência a impacto e protege contra corrosão. Pode ser soldado a ponto antes da cura (até 80 minutos após a aplicação da solução). Para agilizar o processo de cura, o profissional pode utilizar luz infravermelha ou almofadas de aquecimento. O adesivo de alta resistência mecânica TEROSON PU 9225 SF possibilita reparos rápidos e eficientes em partes plásticas internas ou externas pintáveis. Pode ser utilizado para reparar qualquer tipo de dano, como buraco, arranhões e fendas. Entre as aplicações estão reparos em para-choque, para-lamas e aerofólio. RA - Discorra a respeito do posiciona-
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reparacaoautomotiva.com.br mento da empresa no aftermarket e quais as ações com o setor de reposição. WM - Nossa atuação no mercado é sempre de instruir e levar ao máximo as informações sobre soluções que possam ajudar a reduzir tempo, dinheiro e riscos com aplicações sendo processadas se foram errôneas. Nós estamos sempre trazendo inovações que possam se enquadrar no segmento de reparação. Colisão tem sido um dos mercados que temos trabalhado e feito ações para consertos de carroceiras, para-brisas, tratamento de superfícies, polimento e vitrificação. RA - Como a Henkel enxerga o atual cenário no quesito oportunidades e desafios? WM - A Henkel, sempre otimista, enxerga este mercado como um desafio por conta de que precisamos quebrar inúmeros paradigmas quanto à troca de métodos tradicionais por soluções químicas. Porém, nosso centro de excelência de expertises tem sempre uma resposta e/ou soluções para satisfação de nossos clientes. RA - Comente sobre o que a empresa tem feito para manter o reparador atualizado e treinado, como o centro de treinamento inaugurado há um ano no Senai Automobilística. WM - A Henkel promove periodicamente treinamentos ao seu time de vendas e também aos profissionais dos parceiros, de forma que todos tenham conhecimento e detalhes das soluções para orientar os diferentes públicos em relação ao produto mais adequado, aplicação, benefícios e igualmente alertar sobre as possíveis consequências em caso de uso inadequado ou da escolha equivocada de um produto. Além disso, temos um Centro de Treinamento no SENAI-SP, no Ipiranga, onde centenas de alunos são capacitados por ano, com aulas teóricas e práticas para aplicação do
portfólio completo da Henkel de soluções químicas para o mercado de reparação, manutenção e embelezamento automotivo. No Centro de Treinamento Henkel/SENAI também são ministrados cursos de curta duração para atualização dos profissionais de clientes e parceiros da Henkel, entre eles, as principais redes de concessionárias, funilarias e mecânicas. RA - E quais as ações para estreitar o relacionamento com este público? WM- A Henkel mantém um relacionamento próximo com seus parceiros e potenciais clientes. Nosso time de vendas realiza visitas em estabelecimentos que já temos parceria e também em lojas e oficinas que ainda não conhecem as nossas soluções e seus diferenciais em comparação a outras opções de mercado. Também oferecemos um canal aberto com nossa internet e ações com equipe do digital, que tem trabalhado excessivamente para disponibilizar meios digitais como agente facilitador. RA - O que o reparador pode esperar de lançamentos ainda neste ano? WM - Neste ano, a Henkel lançou para o mercado automotivo o adesivo estrutural LOCTITE HY 4070 na Automec. O nosso time de Pesquisa e Desenvolvimento avalia novas soluções para lançar nos próximos anos.
Lançamentos podem ser desde um novo produto, embalagem e, até mesmo, o formato de aplicação. A Henkel, além de atuar em soluções químicas, colabora com a forma de se aplicar alguns itens que necessariamente precisam de um equipamento colocado, como o aplicador para o produto TEROSON PU 9092 destinado à reparação de para-brisas, além de vários outros para aplicações de selantes e adesivos estruturais. RA - Como foi esse primeiro semestre de 2019 para a empresa e quais as expectativas para o fechamento deste ano? WM - 2019 tem sido um ano positivo para a Henkel e devemos alcançar a meta estabelecida para fechar o ano. Por questão estratégica, não abrimos dados, mas podemos dizer que alcançaremos nossas metas. RA - Por fim, quais os próximos projetos e investimentos da Henkel para o reparador? WM - A Henkel é uma empresa muito dinâmica e muitos projetos estão sendo trabalhados. Porém, por se tratar de um mercado muito competitivo, nós trabalhamos sempre com o intuito de surpreender nossos clientes. Sendo assim, certamente em breve teremos alguma novidade para ajudar o nosso cliente a ser melhor e mais eficiente no mercado de reparação automotiva.
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NEGÓCIOS GESTÃO / ADMINISTRAÇÃO / SERVIÇO DIFERENCIADO POR OBJETIVOS por Karin Fuchs | fotos Divulgação
MARCUS MARQUES, mentor de pequenas e médias empresas e master coach
SAIBA O QUE É APO
ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS, DE PETER DRUCKER Segundo consultor, com o envolvimento da sua equipe, é necessário definir as metas para alcançar os resultados almejados
T
odo empresário deseja que a sua oficina seja mais lucrativa e mais produtiva. Mas é importante lembrar que toda empresa precisa ter três tipos de resultados: lucro, satisfação do cliente e do colaborador. E um caminho para isso é a administração por objetivos ou APO.
quezas e Ameaças) da empresa e de cada departamento dela. A partir deste levantamento, a equipe pode se reunir em uma imersão para discutirem objetivos e metas para o próximo ano ou para os próximos três anos”. Prazo limite recomendado por ele, pelo mundo estar mais volátil e as mudanças mais aceleradas e intensas.
Simplificando, ela é um processo participativo de planejamento e avaliação, tanto internamente da empresa quanto do mercado externo, como, por exemplo, do momento econômico do País, envolvendo toda a sua equipe para que sejam definidas metas e objetivos para um resultado almejado.
MENSURAÇÃO – Todas as informações levantadas precisam ser mensuradas, com métricas, indicadores, números, como, por exemplo, o ritmo de crescimento da firma, para que os objetivos sejam desdobrados em metas. “É muito comum um empresário de qualquer setor dizer que quer que a sua empresa cresça, isso é muito vago, é um desejo, um sonho. A meta tem que ser racional. O certo é dizer: eu quero que minha empresa cresça 40% no próximo ano e desdobrar este objetivo anual em metas mensais”.
Marcus Marques, mentor de pequenas e médias empresas e master coach, explica que a APO funciona como uma bússola para onde você quer que a sua empresa caminhe. “Por isso, as metas precisam ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e ter um prazo para que os objetivos sejam alcançados”. PLANEJAMENTO – O ponto de partida é desenvolver um planejamento estratégico. “O que eu recomendo é aplicar uma matriz SWOT (que no português se traduz em Forças, Oportunidades, Fra06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
E dentro da realidade. “Se a sua empresa vem crescendo historicamente 10% ao ano e você coloca uma meta de crescer 50% no próximo ano, isso não tem muito sentido. Como quintuplicar este resultado? Fica muito desafiador e se a sua equipe não acredita nos objetivos, ela não dará o melhor que ela tem. É preciso olhar para o ambiente interno e o mercado ex-
terno para que o objetivo seja acessível”. Ele lembra que nas oficinas mecânicas há a questão da sazonalidade, com diferentes resultados ao longo dos meses. E ele dá uma dica: “Olhe para todas as especificidades do seu negócio, desdobre as metas anuais em mensais. E toda a meta tem que ser desafiadora, pois o papel dela é tirar as pessoas da zona de conforto. E junto a isso, ela precisa ser alcançável”. Para exemplificar, ele menciona que se a sua meta é aumentar a capacidade de reparabilidade na sua oficina de 50 para 100 veículos, pense em como poderá concretizá-la. “Qual é o racional para alcançar esta meta? Eu vou investir em equipamento? Vou trazer um gerente de reparação? Vou expandir a área da oficina?” Questões que ele coloca como uma reflexão. RESULTADOS – Como dito no início, as empresas precisam ter três tipos de resultados: lucro, satisfação do cliente e satisfação do colaborador. Marques sugere que você tenha metas para estas três dimensões. “É muito comum o empresário ter meta de lucro, de vendas, de redução de custo, mas é importante ter metas de satisfação do cliente e de satisfação do colaborador”.
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GESTÃO / ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS Para isso, ele ensina uma técnica simples, o NPS ou Net Promoter Score, índice de promotores de marca, mundialmente utilizada para calcular a satisfação do cliente e que também pode servir para calcular a satisfação dos seus colaboradores. “Pergunte ao seu cliente de 0 a 10 qual é a probabilidade de ele recomendar os seus serviços ou a sua empresa para os seus familiares e amigos. Os que darão nota de 9 e 10 são os promotores de marca. 8 e 7 são os neutros e de 1 a 6 são os detratores de marca. Ela precisa ter o máximo de promotores possíveis, para que eles voltem e divulguem a sua empresa”. A sugestão de Marques é aplicar um questionário similar pelo menos uma vez por ano. As questões podem ser: O quanto você está satisfeito em trabalhar na empresa? Recomendaria a empresa para seus amigos e familiares? A métrica é a mesma, em uma escala de 0 a 10. E Marques sugere que a nota seja justificada pelos seus colaboradores.
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Resultados visíveis Praticar a Administração por Objetivos já é há um bom tempo comum na oficina de Silvana Figueiredo (foto), a Suprema Soluções Automotivas, em Botucatu (SP). “Tudo o que nós fazemos é decidido em equipe, pois desta forma aproveitamos mais o potencial humano. No nosso marketing, por exemplo, nós praticamos os processos da oficina com os mecânicos e a área de compra e venda. Também nesses processos, envolvemos a equipe para sugerir melhorias, como no nosso checklist, a possibilidade de ofertar um novo serviço, entre outros”. E também nas campanhas que são frequentemente feitas para os clientes da Só Freios. “Todos nós juntos discutimos que tipo de campanha poderíamos fazer, em qual data, como ela pode ser diferente do que já fizemos, por exemplo. Agora para o Dia dos Pais, além de desconto na oficina, sortearemos um almoço para a família em um restaurante que é nosso parceiro”. Quinzenalmente, a equipe participa de um
treinamento de vendas. “Junto a outra empresa, nós contratamos um consultor para ministrar este treinamento. É um momento de trocas de experiências e ideias, incentivos e colocamos coisas em prática que eles já aplicam e da mesma forma esta empresa que faz o treinamento com a gente também coloca em prática coisas que adotamos”. E ela conta que os resultados são surpreendentes. “Não tem comparação quando você envolve a sua equipe, o comprometimento é outro. O processo é muito mais bacana, pois as pessoas tendem a se desenvolver e a se comprometer mais quando elas sabem o que se espera delas. E quando vem uma ideia boa, o que formos implementar e der resultado, a pessoa que teve a ideia terá uma bonificação. E damos parabéns para quem se expressou, isto cria um clima de participação muito melhor”.
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JOSÉ CARLOS ALQUATI, consultor Especialista em Reparação Automotiva
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DEVE-SE PENSAR EM UM LEQUE MAIOR DE SERVIÇOS
A
Ampliar serviços e oferta de produtos é uma oportunidade para o empresário do setor, que precisa começar a pensar no formato de loja
exemplo das farmácias que diversificaram a sua oferta de produtos, passando a vender itens de perfumaria, cosméticos e alimentos funcionais, os proprietários de oficinas mecânicas devem pensar em oferecer um leque mais abrangente de serviços aos seus clientes e por que não venderem também produtos? “A oficina precisa começar a pensar no formato de loja”, diz José Carlos Alquati, consultor Especialista em Reparação Automotiva. Mas, antes disso, uma gestão eficiente é fundamental. “Antigamente nas oficinas mecânicas, a venda era uma consequência, hoje ela é mais do que uma necessidade e a consequência é o reparo. Os empresários do setor nunca se preocuparam antes com a gestão e como em qualquer lugar do mundo, uma oficina tem 99% de obrigações e 1% é direito, o lucro que sobra do resultado. A empresa que depende só do reparo tem muita dificuldade em sobreviver”. Principalmente aquelas que aguardam o cliente entrar na oficina e, o que é pior, quando ele já traz um
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problema antes verificado em outras oficinas que não conseguiram identificá-lo. “Ou seja, ela trabalha com problema”, ressalta Alquati. Por isso, ele defende que orçamento é uma consequência de um serviço prestado e que tem que ser cobrado, já que o tempo despendido para esta finalidade é um custo para a empresa. PRIMEIRO PASSO – Antes de pensar em inovar, como bem diz Alquati, é preciso ter gestão, saber que a sua empresa tem que gerar resultados para fazer novos investimentos, ações e expansões. Tudo isso com resultado positivo, pois ela precisa dar lucro. “É preciso ter um senso muito aprofundado do que é o seu negócio”, conta. Segundo o consultor, é preciso ter noção do que é pago e do que se recebe, o índice de satisfação dos seus clientes, se os funcionários entendem o que é a empresa, o que ela faz, o que ela quer e para onde ela quer ir, bem como os erros que são cometidos na empresa. E, principalmente, ter medição, já que só é possível avaliar o que é medido.
INOVAÇÃO – À medida que você tem controle do seu negócio, pode-se pensar em aplicar mudanças que podem chamar de inovadoras na sua empresa. “Parar de pensar somente no que vem com problema, mas ter oferta de serviços”. E um exemplo simples que ele menciona, até porque é obrigatório para o bom funcionamento do veículo, é o controle de quantas trocas de óleo são feitas por mês, por semestre e por ano em sua oficina. “Ao criar um elemento que atraia o cliente para a troca de óleo na sua oficina, ele pode trocar um filtro de óleo, um de ar, um de combustível. E você pode avaliar outros fatores de manutenção preventiva e até indo para a área de acessórios, fazendo uma higienização, uma troca de palhetas e a verificação da iluminação do veículo, por exemplo. Com isso, você agrega valor para o seu negócio com uma margem de resultado favorável, com produtos de custo e benefício importantes para a empresa e às vezes insignificantes no bolso do cliente”. IDENTIFICAÇÃO – Outro formato para impulsionar as vendas com novos
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serviços nas oficinas é aproveitar os períodos sazonais do ano, conforme explica Alquati. “Em regiões muito frias, por exemplo, realizar revisões para a preparação do veículo para esta época e no verão, criar também revisões adequadas para este período quente do ano”. Uma dica que ele também dá é que, a partir de um sistema de gestão bastante aperfeiçoado, é possível identificar o perfil de seus clientes, com qual periodicidade eles trocam de carro, se a quilometragem média aumentou ou diminuiu, entre outros indicativos. E isso também vale para veículos com baixa quilometragem. “Mesmo em uma situação de baixa quilometragem do veículo, vale destacar que também existem oportunidades, pois tem coisas que não dependem dela. Como a higienização e as revisões da parte elétrica e dos freios, pois se o uso do veículo for maior no meio urbano, o consumo do sistema de freios será maior”. Entre outros componentes que também podem sofrer desgastes.
Validação Na Autotoki, Claudio Marinho Guedes (foto) conta que há muito tempo eles oferecem ao cliente um serviço de para-choque a para-choque, procurando atender o cliente em todas as necessidades do seu veículo. “E o que temos feito é ampliar esta oferta de serviços que já fazemos há um bom tempo. É o que tem nos dado resultado. Pois, ou buscamos resultado ou teremos que nos reinventar”. O que extrapola para serviços que não são feitos na oficina, como a aplicação do insulfilm. “Quando o cliente entra na oficina para fazer um serviço de alinhamento e diz que quer colocar insulfilm, nós dizemos que temos um parceiro para isso ou quando ele busca um serviço de funilaria. Diversificamos bastante nesse sentido, o que o cliente precisar com relação ao carro nós temos condições de atendê-lo ou de indicar um profissional de nossa confiança”. E assim como Alquati, Guedes diz que gestão é fundamental antes de pensar em inovação, o que na Autotoki este processo já está bastante adiantado e replicado aos demais reparadores.
“O que temos feito muito de reparador para reparador é um trabalho de gestão. É preciso ter mais cuidado com os números, muitas vezes nos envolvemos com a parte técnica da oficina e nos esquecemos disso”. Pela sua experiência, ele afirma que é perceptível que muitos empresários do setor têm dificuldade na parte de gestão, justamente por serem profissionais técnicos. “Eles têm aversão a números e hoje se não tiver um bom software de gestão, a oficina está fadada ao fracasso”. E ele sempre tem a preocupação de ter os números em mãos para a tomada de decisões, seja para qual for, como, por exemplo, a compra de equipamentos. “Se não tiver estes números, fica difícil. Não adianta pensar em inovação. O que falta na maior parte das oficinas é gestão, elas têm a parte técnica, mas se esquecem dela e muitas vezes nem sabem cobrar pela mão de obra. Não há como inovar se não tiver uma gestão eficiente”, conclui.
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3º WORKSHOP TÉCNICO
EM MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA, DE VITÓRIA (ES) De 25 a 27/07, no Senai-CETEC, cerca de 2 mil profissionais da reparação tomaram conhecimento de novas tecnologias do setor
O
3º Workshop Técnico em Manutenção Automotiva, que aconteceu entre os dias 25 e 27 de julho, no Senai-CETEC, na cidade de Vitória (ES), foi mais uma vez um grande sucesso de crítica e público. Quem nos conta mais detalhes desse importante evento local, em entrevista exclusiva, é o presidente do Sindirepa do referido estado, Eduardo Dalla Mura do Carmo. “Essa foi a 3ª edição que fizemos com o Senai e o Sebrae, um evento que cresce a cada ano. Recebemos cerca de duas mil pessoas, que fizeram os cursos com certificados foram mais de mil. A nossa intenção é levar as novidades do setor, de alguns parceiros, fabricantes, distribuidores, representantes, para que o público local tome conhecimento desse conteúdo”.
12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Sobre o público presente, “a maioria das pessoas que frequentam é de mecânicos formados, de reparadores que estão começando a carreira e de técnicos em mecânica automotiva. Para muitos deles, esse evento representa a oportunidade de terem contato com essas novas tecnologias, adquirir conhecimento. Então, é uma possibilidade de trazer coisas que acontecem nos grandes centros para cá”, diz ele. A próxima edição já está programada para acontecer em julho de 2020. “Com relação ao formato, queremos acrescentar rodadas de negócios com fornecedores, palestras ou pequenas oficinas de gestão com os donos de oficinas. Este ano, isso não foi possível por conta de o Senai passar por uma grande reforma. Em 2020, teremos
salas e auditório modernos”, revela o presidente. AUTOTECH - Diferentemente do Workshop, a Autotech é um evento aberto, com vários atrativos, um espaço que as oficinas têm a possibilidade de expor serviços para um público formado por consumidor final. Este ano, teremos exposições de veículos do exército, de lanchas da marinha, encontros de carros e motos antigos, oficina do futuro (na área interna), entre muitas outras atrações”, conta Eduardo. Confira mais fotos do evento em nosso site. SERVIÇO: AUTOTECH 2019 Feira de Tecnologia Automotiva, Autopeças, Serviços, Equipamentos e Veículos do Espírito Santo / 11, 12 e 13/10 – Praça do Papa
FEIRA / AUTONOR 2019 por Silvio Rocha | fotos Divulgação
EQUIPAMENTOS EM DESTAQUE NA 10ª EDIÇÃO DA AUTONOR, EM RECIFE (PE) Entre os expositores da tradicional Feira, que acontece de 11 a 14/09, alguns de equipamentos automotivos revelam suas novidades BOSCH
EMEB
A Bosch apresentará novidades, tendências e soluções dentro do conceito “Peças, Diagnósticos & Serviços para Oficinas”, voltados para as linhas de veículos leve e pesado. Entre os destaques estão lançamentos de equipamentos de diagnose e reparação, além da nova família de baterias com maior poder de partida e mais energia e o eXtra - programa de fidelidade exclusivo para oficinas. Estande 133.
A Emeb levará a LUX-777: balanceadora motorizada com monitor LED 21,5” e medição automática de distância e diâmetro, para aros de 10” a 24”, 10 funções de balanceamento e frenagem automática. E na linha Cartech o CT970: alinhador computadorizado 3D, com diagnóstico por imagens, mede todos os ângulos necessários, com rapidez e precisão, trazendo credibilidade e confiabilidade aos serviços de alinhamento de direção.
14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
CHIPTRONIC A Chiptronic trará todas as soluções desenvolvidas para as áreas de imobilizadores, reparação de ECUs e diagnóstico de motos e veículos diesel. Em seu estande, demonstrações práticas do equipamento para imobilizadores, o OBDMAP, e dos simuladores automotivos leves e pesados: Ecu Test Infinity e Ecu Test Diesel Pro. Também: o Dieseldiag, scanner para diagnóstico de veículos pesados, além do Motodiag, scanner de motocicletas multimarcas.
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RAVEN
POTENTE A POTENTE, dentro do processo de consolidação da marca e expansão nacional da comercialização dos seus Equipamentos “undercar”, estará, pela primeira vez, na Autonor. A sua expectativa é repetir o sucesso da última Automec, com os equipamentos que foram apresentados, com destaque para o Alinhador Tridimensional - “3D”. Irá expor também sua já consolidada linha de ferramentas pneumáticas e seus mais recentes lançamentos. Estande 146/149.
A Raven apresentará seu o Injetor de Fumaça, código 109100, um equipamento que auxilia na localização de vazamentos diversos e entradas “falsas” de ar, ferramentas de sincronismo para VW 1.6 16V e Amarok, para motores TSI e TFSI, instaladores de retentores traseiros e dianteiros, etc. Também será exposto o conceito do Scanner 3, um equipamento de diagnose para eletrônica embarcada para ciclos Otto e Diesel. Estande 93.
TECNOMOTOR A Tecnomotor do Brasil trará muitas novidades ao Mercado de Reparação Automotiva. Com foco principal em dar mais praticidade com resultados altamente precisos, as soluções chegam atendendo aos nichos de Undercar, Diesel e Diagnóstico. E para os reparadores especialistas em pesados, uma ótima notícia: a Tecnomotor agrega em seu catálogo produtos especiais para o segmento Undertruck. Todas estas novidades estarão na Autonor.
ARTIGO / RESULTADOS
por RODIMAR MARCHIORI Diretor da Marchiori Consultoria Foto Divulgação
ALINHANDO SUA EQUIPE
PARA O ALCANCE DE RESULTADOS
DESCRIÇÃO DE CARGOS
O
lá, pessoal, nesta edição falaremos respeito da Descrição de Cargos, “Cachorro com mais de um dono morre de Fome”. Talvez você já tenha ouvido essa frase, se não ouviu é importante refletir, pois ela expressa, na prática, o impacto da falta de uma Descrição de Cargos detalhada na empresa. Muitas pessoas fazem a atividade, porém a responsabilidade sobre ela acaba sendo apenas do Empresário que assume o prejuízo quando ocorre, exemplo clássico em oficina é a venda de um orçamento, quem pode fazer? O Mecânico, o Empresário, o Estoquista e o Vendedor. Neste exemplo vamos considerar que o Mecânico vendeu o orçamento para o cliente e o mesmo aprovou. Na sequência, executou o serviço e quando finalizado o processo de manutenção o vendedor foi encerrar a venda e acaba descobrindo que não houve a negociação prévia sobre a forma de pagamento, e assim sabe que será mais difícil condicionar uma negociação que preze os objetivos e metas da empresa, e também um problema, pois o serviço já foi realizado e terá que aceitar a condição que o cliente quiser. Neste momento o Empresário chega à empresa, percebe a situação e reconhece que o cliente, devido ao histórico de atrasos e inadimplência, somente poderá fazer pagamento 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
em cartão de crédito. Preocupado, exige do vendedor que resolva o problema, pois a oficina não pode perder dinheiro. O mesmo se revolta e afirma não ter a responsabilidade sobre esta venda. O empresário rebate preocupado e diz: você é o vendedor da empresa por que deixou o mecânico vender? E o vendedor rebate, “o Senhor acostumou todos a não respeitarem os processos para ter mais agilidade no atendimento e muitas vezes impediu que eu fizesse vendas, não posso assumir a responsabilidade de um processo que não foi feito somente por mim”. Então, talvez você já tenha passado por isso, ou outros casos semelhantes referentes a outros setores da empresa onde as pessoas se recusam a assumir a responsabilidade devido à má organização dos cargos. Portanto, dê um basta nisso, faça a Descrição de Cargos e apresente para sua equipe. A Descrição de Cargos de forma bem objetiva tem como principal foco orientar seu funcionário sobre quais atividades deverá cumprir durante seu tempo na empresa, compreendendo assim que será sua responsabilidade a realização delas. Existem vários modelos de Descrição de Cargos, dos mais simples que se resumem a Título do Cargo e Descrição das atividades, aos mais complexos com informações estratégicas que auxiliam em análise de contratação, desenvol-
vimento profissional desejado e evolução no plano de carreira da empresa. A decisão de utilizar um modelo mais simples ou modelo mais complexo vai depender do planejamento do setor administrativo em relação ao alinhamento de sua equipe aos objetivos da empresa, ou seja, ela está organizada e agora estará focando no desenvolvimento do potencial do seu grupo, conduzindo um processo de crescimento profissional orientado para resultados, aí sugere-se o modelo mais complexo. Agora que a minha empresa está se estruturando quero que as pessoas assumam a responsabilidade sobre seus atos e façam o processo fluir de maneira eficiente, o que evita perdas e gargalos, então opte por um modelo simples onde você determina o Nome do Cargo, as Atividades que deverá executar e conhecimento que deverá ter ou desenvolver. É importante respeitar o tempo de sua empresa, existem várias ferramentas fantásticas que podem auxiliar, porém às vezes é importante iniciar com o básico e aplicar de forma eficiente e, no decorrer do caminho, ir aprimorando, pois ter uma Ferrari e não saber dirigir não fará você chegar mais rápido. Na próxima edição falaremos sobre Plano de Carreira. Para receber dicas de gestão, envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.
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por Karin Fuchs | fotos Divulgação
OFICINAS REFERÊNCIAS GANHAM DESTAQUE E CONQUISTAM ESPAÇO Desde a ambientação até o atendimento, a adoção de algumas práticas faz toda a diferença no setor de reparação automotiva
A
percepção do cliente começa quando ele entra na sua oficina, podendo ela ser positiva ou não. “Hoje, a principal preocupação é com a experiência do consumidor, de como será o seu atendimento e o ambiente que ele estará. Os empresários da reparação se atentam muito em oferecer serviços, mas nem tanto com a aparência de sua oficina. E dependendo da sua estrutura, ele não passa confiança e o possível cliente nem chega a entrar”, afirma a arquiteta Marília Garrido, do Estúdio Gama, responsável pelo projeto Oficina Verde em 3D, apresentado na última Autop, em Fortaleza (CE). 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Ela explica que a percepção do cliente com o ambiente é a mesma com a sua marca, para que ele se torne fiel, e também é basicamente a mesma quando a sua marca é colocada nas redes sociais. “No campo da arquitetura, com revestimentos, materiais e imagens, a gente consegue passar este sentimento para o cliente. E existem várias formas de fazer isso, como, por exemplo, mostrando que a sua oficina está há anos no mercado”. Também é importante a eficiência do trabalho. “A oficina tem que ter produtividade, para isso, defina de que forma será posicio-
nado cada setor para que os seus colaboradores deem menos passos possíveis para executarem o serviço, com menos perda de tempo. Para exemplificar, tendo as peças que o carro precisa, ganha-se quase 1 hora por dia do funcionário, evitando o deslocamento dele para buscar a peça, pois várias coisas podem acontecer neste percurso que irão tirar o seu foco do trabalho”. Na parte de atendimento, ela diz que a opção por ter uma sala fechada para o cliente ou não é uma decisão de acordo com o perfil da oficina. “Cada dia mais, o consumidor quer
CAPA / OFICINAS MODERNAS rente de Marketing da A.M. Marcelo. E os diferenciais começaram na década de 1990, quando foi montado internamente um laboratório de colorimetria e foram adquiridas a estufa e uma cabine importada de alta tecnologia.
MARÍLIA GARRIDO, do Estúdio Gama, responsável pelo projeto Oficina Verde em 3D
estar perto do mecânico, estar ao lado do seu carro para entender o que está acontecendo com ele, isto dá mais credibilidade. Não acho que a sala fechada seja uma necessidade de todos, primeiramente, você tem que conhecer o seu público. O cliente premium é diferente do que tem um carro popular e se o atendimento a ele for muito informal, ele não sentirá segurança”. SERVIÇOS DE A A Z A A.M. Marcelo, na zona Oeste de São Paulo (SP), foi fundada oficialmente na década de 1970 pelo italiano Matteo Petriccione e por um bom tempo foi uma credenciada Mercedes-Benz, de 1976 a junho de 2018. Especializada em veículos premium, desde o início ela já se mostrava ser bastante diferenciada, seguindo padrões internacionais da montadora, com uma equipe altamente especializada. Hoje ela é multimarcas. E ao longo dos anos, a oficina foi sendo ampliada com a aquisição de terrenos ao redor, hoje ela ocupa um espaço de 5.000 m² e tem uma equipe de 27 funcionários, sendo uma referência em restauração automotiva. “Ela é conhecida pela capacidade de recriar a originalidade de qualquer automóvel, desde um seminovo até um colecionável”, diz Deborah Madureira, ge20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Na parte de mecânica, antes alguns serviços eram terceirizados e agora estão dentro de casa. “Antigamente, nós terceirizávamos muitos serviços, como, por exemplo, a parte de alinhamento e balanceamento, perdíamos tempo e dinheiro. Pois se temos os equipamentos, o carro do cliente não tem que sair daqui. E quando ele chega, o consultor já faz um checkup completo, independentemente do problema do veículo que ele relatou”. Tornando-se multimarcas, em 2018, a A.M Marcelo adquiriu vários equipamentos, entre eles, uma prancha de alinhamento 3D, máquina de montagem de pneu, balanceadora, três novos equipamentos de higienização de ar-condicionado e outros para diversos tipos de manutenções. “Neste ano, nós firmamos uma parceria com Continental
A.M. MARCELO, da zona Oeste, de São Paulo (SP)
Pneus, nós somos uma revendedora oficial deles”, acrescenta. Com esta oferta completa de serviços, Deborah Madureira comenta que o padrão de qualidade de atendimento continua sendo o mesmo de quando eram uma credenciada Mercedes-Benz. Atualmente, 80% dos serviços são agendados, excluindo os que chegam das seguradoras. Também para um maior conforto dos clientes, o layout da oficina foi alterado. “Hoje nós temos um showroom com sala de espera e do outro lado, onde era a parte de atendimento de peças, virou a nossa recepção. É um espaço muito mais confortável e agradável para o cliente aguardar a entrega do seu carro”. Outro diferencial é que a A.M. Marcelo tem um departamento de marketing, assessoria de imprensa e, recentemente, contratou uma agência para cuidar da parte de redes sociais. “Antes, o retorno na mídia era feito pela montadora, a Mercedes-
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CAPA / OFICINAS MODERNAS -Benz. Como mudamos para multimarcas, nós contratamos uma agência para a produção das artes e uma nova empresa para o site. Nós teremos um site com a nossa cara e não com o padrão da montadora”, conclui. INVESTIR PARA CRESCER Desde que abriu a sua oficina em 2006, a Power Class, em São Bernardo do Campo (SP), Nilson Patrone sempre teve o pensamento de que é preciso investir para crescer e foi assim que ele foi promovendo melhorias. “Desde que ela foi fundada, já mudamos praticamente tudo e renovamos os equipamentos, o que é uma busca contínua para termos os mais modernos na oficina. Com a tecnologia, nós ganhamos tempo e desenvolvemos um trabalho melhor”.
mento de revisão sem desmontar o veículo. E se chegar um novo cliente na oficina, começamos do zero”.
Nesta linha, ele diz que criaram uma hashtag, a Reparadores Imparáveis. “E como o próprio nome diz, nós não pararemos nunca”. E na ambientação da oficina, todo cuidado é pouco. “Somos focados em limpeza e organização, todas as ferramentas têm o seu lugar, trabalhamos com uma logística muito grande, pois todo mundo compartilha as mesmas ferramentas. E isto é ambientado para qualquer um guardá-las no local certo”.
E o seu público é muito eclético. “A oficina nasceu atendendo todos os tipos de veículos, mas tem alguns que não mexemos por uma questão de falta de peças. Trabalhamos fortemente com a linha premium, mas também recebemos carros populares”. E assim como Marília Garrido destacou a importância de hoje em dia o empresário da reparação voltar-se para a experiência do cliente, Patrone já faz isso há alguns anos.
Equipe treinada e qualificada também faz parte da Power Class. Na oficina ele tem dois funcionários, além da sua esposa que cuida da parte administrativa e mais um parceiro. “Nós fazemos vários treinamentos independentes, como, por exemplo, de injeção direta e câmbio automatizado”. Na parte de atendimento ao cliente foi adotado um programa de gestão que tem todos os dados dos veículos. “Por este programa, muitas vezes conseguimos realizar um orça-
“Falar de qualidade seria um absurdo, pois hoje qualquer um que tenha uma porta aberta tem que ter qualidade. Eu vendo uma experiência boa para o cliente, ele tem um belo tratamento, não pagará o melhor preço, mas o justo dentro do que ele está buscando. A ideia é vender uma experiência boa para o consumidor, pois todo mundo sempre terá uma história ruim para contar de oficina”. O resultado é a fidelização: o índice de retorno de clientes na Power Class
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POWER CLASS, de São Bernardo do Campo (SP)
é de 95% para novos serviços. Também desde que foi fundada, Patrone fez questão de divulgar a sua marca. “Inicialmente em outdoors, mas sem o telefone da oficina, pois eu queria atingir os clientes curiosos com a marca. Depois fomos para a internet, para as redes sociais, principalmente o Instagram que somos muito fortes, no YouTube, colocando algumas coisas, e no Facebook, que é a principal”, finaliza. REUNIÕES PRECIOSAS Marcos Paulo Scalvin, da EletroMarcos Bosch Car Service, em Tijucas (SC), começou muito jovem na profissão, sempre procurando se aperfeiçoar. Chegou a ter uma sociedade que foi desfeita, ele comprou a parte de seu sócio, em 2006, e de lá para cá tocou sozinho a oficina, tendo em mente que deveria ter uma sede própria, o que com muito esforço se concretizou sete anos depois e com a mudança de endereço, da rodovia BR 101 para o centro da cidade.
CAPA / OFICINAS MODERNAS Como empresário e por experiência anterior, ele sabia que era preciso conhecer sobre gestão. “O meu antigo patrão me ensinou desde o começo os passos certos para isso. Quando eu registrei a empresa me faltava muito conhecimento da parte administrativa. Em 1998, comecei a participar do Núcleo de Automecânicas da região de Tijucas, ainda buscando a parte técnica, depois fomos migrando pela necessidade, apanhando para aprender a ser empresários e até hoje aprendemos”. Com 15 funcionários, Scalvin tem um foco muito grande no atendimento ao cliente. A começar pela organização e limpeza da oficina, e no modelo adotado. “Mudamos o nome de checklist (que contempla cerca de 150 itens) para procedimento de análise técnica. Examinamos todo o veículo e, com isso, as falhas e o retorno diminuem em até 90%”. Na prática, quando o cliente chega à oficina informando sobre alguma anomalia no veículo, o orçamento é feito a partir da identificação dela e é apresentado ao consumidor. Mas, por fazerem o procedimento de análise técnica, outros problemas podem ser identificados. “Mostramos aos clientes o que precisa ser feito para o carro ficar em ordem. Isto é feito de forma orientativa, pois a decisão é deles. Às vezes, eles não fazem na hora, mas a grande maioria volta. É importante fazer a aplicação do checklist e a orientação com honestidade, e buscamos treinar a nossa equipe para todos estarem alinhados neste sentido”. Outra iniciativa para melhorar o desempenho são as reuniões diárias, antes da oficina abrir, que duram cerca de 15 minutos. “Todos os dias, nós falamos sobre um caso que deu 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ELETROMARCOS BOSCH CAR SERVICE, em Tijucas (SC)
certo e outro que deu errado no dia anterior. Trocamos ideias e conhecimento. Para muitos, isto pode parecer perda de tempo, mas quando comecei a colocar isto em prática percebi que aumentou o comprometimento da equipe com a empresa. Problemas nunca deixarão de existir, mas conseguimos administrá-los e ter uma qualidade de vida melhor”. FOCO NA QUALIDADE Eduardo de Oliveira Neves, diretor Técnico da Nipo Brasileiro, de São Paulo (SP), conta que há mais de 15 anos a oficina passa por constantes evoluções, sempre voltadas ao melhor atendimento ao cliente. “O nosso foco não é preço, mas qualidade. Não que com isso a gente elimine 100% o retorno de serviço, por mais que tentemos evitá-lo, às vezes acontece, seja pela qualidade da peça ou pela aplicação incorreta na hora da montagem”.
O ruim, diz ele, é o cliente não aceitar o orçamento na primeira vez que ele vai à oficina. Para contornar este percalço, Neves é o mais transparente possível. “Eu explico de forma orientativa o que está acontecendo no veículo, não dou um orçamento, mas sim uma previsão. No caso de troca de peças que não sejam itens de segurança, eu dou as duas opções: peça original e a do paralelo, mas sempre informando que a do paralelo não terá a mesma durabilidade. Eu explico tudo com muita transparência”. Transparência que repercute em novos clientes por indicação. “Eu ganho o consumidor sem ele nunca ter vindo aqui”. E ele lembra de um deles que entrou em contato e Neves descobriu pela concessionária que se tratava de um serviço de recall. “Ele
CAPA / OFICINAS MODERNAS não acreditou na minha honestidade e logo me disse que eu tinha ganhado um consumidor. Com a verdade ganhamos clientes e isso deveria ser uma prática de todos. É se colocar no lugar deles e prestarmos um ótimo atendimento como gostaríamos que fosse conosco”. Isso também vale para os retornos. “Acontece de o cliente chegar bravo pelo veículo ter quebrado após o conserto. A primeira coisa que faço é não argumentar, ouvi-lo, pedir desculpas pelo que ele passou e verificar o ocorrido. Se ele teve algum custo, eu pago, mesmo se for por erro nosso. Mas quando não é, ele acaba pagando”. Isto é uma forma de tranquilizar o cliente e, principalmente, conquistar a sua confiança.
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NIPO BRASILEIRO, da zona Sul, de São Paulo (SP)
Com uma equipe de 20 pessoas, treinamentos e qualificação são feitos por ele próprio. “Tem muitas coisas que ainda não estão disponíveis, os treinamentos estão meio parados no tempo, como de Rede CAN, gestão, módulos, entre
outros. Desta forma sou em quem forma a equipe e também tenho um funcionário que fez engenharia e que tem uma habilidade avançada para sistemas que dependem muito de eletrônica. Ele me ajuda muito nisso”, conclui.
NA OFICINA / ELÉTRICA
CINTA DO AIRBAG
TROCA DO COMPONENTE DO HYUNDAI SANTA FÉ
CONSULTOR
Neste procedimento, a ideia é passar algumas dicas importantes de como substituir a cinta do airbag usando um resistor
Alex Tadeu, instrutor da ARB Treinamentos Automotivos e reparador automotivo
por Alex Tadeu | fotos Divulgação colaborou Wanderlei Castro
N
osso convidado deste mês é Alex Tadeu, instrutor da ARB Treinamentos Automotivos e reparador automotivo, que desta feita está na Porsche Veículos, da cidade de São Caetano do Sul (SP), com o Santa Fé, da Hyundai, para a troca da cinta do AirBag. “Nós iremos usar o método do resistor, para que se possa ganhar tempo na oficina. Bora ver o procedimento?”
Neste caso, quando se a acionar a ignição, a luz do AirBag ficará acesa e, no caso de colisão frontal, o AirBag não será acionado. “Então, o primeiro procedimento é conectar o aparelho de diagnóstico, vamos levantar a avaria deste ponto e teremos um caminho. Neste acesso, nós começamos a desmontar o sistema de AirBag para poder chegar onde fazer e conectar o resistor que havíamos comentado.
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PROCEDIMENTO PASSO 1 - Primeiro, faremos o diagnóstico eletrônico. Nós vamos conectar o aparelho aqui no conector OBD2 para realizar diagnósticos do sistema. Já com o scanner conectado, faremos uma varredura do sistema de airbag. Então, vamos entrar com o equipamento para saber de onde partirá o defeito do carro. Vou ligar a chave dele, vou entrar em “diagnosticar” > Asia > Hyundai > Santa Fé 2008 2.7.
É importante sempre seguir esses passos porque você pode acabar entrando em outro sistema num carro diferente e obter um diagnóstico errado. Por isso é importante estar atento a esse passo. Depois, selecionamos Controle do AirBag e ele informa o código de falha: “AirBag do motorista com resistência muito alta”.
Quando a resistência está alta, isso quer dizer que o fio está quebrado, que houve uma ruptura. Caso apareça “AirBag do motorista com resistência muito baixa”, quer dizer que os dois fios, do pré tensionador ou da bolsa, estão juntos em curto circuito. Então essa é uma dica para saber se tem algum fio quebrado ou algum fio juntando com outro, só pelo código de falha, você já consegue ter uma ideia do que está acontecendo com o sistema. Nesse caso, o fio está rompido, provavelmente no assento do Airbag. Agora nós vamos usar o resistor para poder diminuir o tempo, sem precisar desmontar muitas coisas.
E qual é o uso do resistor? Ele apaga essa memória de avarias e testa o sistema. E, assim, podemos identificar se o sistema está funcio-
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
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NA OFICINA / ELÉTRICA nando e chegaremos à central de AirBag de maneira mais rápida. Vamos lá conectar? PASSO 2- Agora, vamos conectar o fio relacionado à bolsa do Airbag e tenho uma dica: todo conector que você ver em amarelo significa que ele pertence ao dispositivo do AirBag.
Pode ser bolsa ou pré tensionadores, no caso é bolsa. No caso, no momento vou desconectá-lo. Esse é o lado que vai para o carrro, lado da cinta está aqui, pode ser um resistor de 2,2 ohms de 5 Watts, que seria mais robusta para que façamos o teste e iremos colocar nos dois fios que são contato da mola espiral, ou seja, da cinta do airbag.
Voltaremos no diagnóstico no scanner e perceber que com esse resistor, formulador, ele tem que apagar a memória de avarias se não tiver defeito na parte interna do carro. E se tiver defeito na parte interna do carro não é a cinta. Se conseguirmos apagar a memória utilizando esse resistor de 2 ohms, quer dizer que a cinta está quebrada, ou seja, só desmontamos a parte de baixo da chave de seta. Essa é uma maneira rápida e simples de se fazer um diagnóstico. Vamos voltar ao scanner para ver se apaga a memória de avarias? PASSO 3 - Vamos entrar de novo com 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
o aparelho de diagnóstico e ver se apagou a memória com o simulador utilizado - o resistor de 5 Watts e 2,2R. Pelo modo manual, identificaremos o carro no scanner e aguardamos a inicialização do sistema. Olha que interessante: o defeito continua, porém, agora, ele está em histórico.
O histórico, para quem está acostumado a utilizar aparelhos de diagnóstico, quer dizer que o defeito está no modo passado e já solucionou. Então, quase certeza que quando apagarmos os dados de avaria, ele ficará congelado. Vamos lá?
Apaguei a memória de avarias e agora farei a leitura novamente. Se tirarmos o aparelho de diagnósticos aqui da frente, você verá que a luz do airbag está apagada. Então vamos sair do sistema e ver se apagou a luz: olha lá, no caso a luz já apagou.
Isso quer dizer o seguinte: o sistema do carro está ok. Com o auxílio do aparelho de diagnóstico e o si-
mulado/resistor, conseguimos identificar se o carro está funcionando. E se o carro está funcionando, meu problema ou é a cinta do airbag ou é a bolsa. Entraremos, agora, no procedimento de desmontar essa bolsa com segurança, de maneira correta, para que não leve nenhum problema e que não ocorra nenhum acidente. Porque, como havia dito, nós estamos lidando com explosivo. Para tal, nós vamos desligar a bateria. Como mexeremos num dispositivo explosivo, se tiver uma tensão residual no sistema, tem perigo de isso estourar. Ou seja, de estourar enquanto manuseio. Por isso, vamos desligar a bateria do carro, esperar uma média de 30 minutos para que possa descarregar toda a carga residual do comando nos seus capacitores e, depois disso, podemos fazer o manuseio da bolsa.
Pessoal, agora que a bateria foi desligada, esperamos o tempo indicado, soltaremos os parafusos das laterais, já que o volante e as bolsas de AirBag são presas com esses parafusos laterais. Tem carros que a bolsa do Airbag está encaixada e possui travas específicas, atrás do volante ou por baixo dele, vai depender do modelo do carro.
PASSO 4 - Pegamos a bolsa e retiramos ela do lugar, sempre a
NA OFICINA / ELÉTRICA
parte onde tem o perigo de estourar para cima. Porque caso coloque a bolsa no banco, no chão do carro ou outro apoio, se tiver o perigo da eletricidade estática, pode ter o acionamento acidental e isso pode causar ferimentos graves. Então, o que a gente faz? Bolsa para cima, pegaremos a bolsa e colocaremos no porta-mala, virada para cima e fechar o porta-mala. Se acontecer alguma coisa, alguma energia estática ativada, a bolsa estará no porta-mala e não machucará ninguém. Vamos colocar lá?
não consegue ter o acionamento dela se tentar roubá-la, ou seja, se pegarmos, conseguimos rodar. O que acontece se descentralizarmos ela é que no momento que formos montá-la no lugar podemos acabar rompendo. E isso acontece muito quando precisamos fazer algum reparo na coluna de direção, no eixo de cruzetas ou até na própria caixa de direção que isso fique fora de direção. Então, se ficar fora, pode romper acidentalmente. E vamos destravá-la com auxílio de uma chave de fenda e retirar a cinta.
Aqui, temos acoplado um sensor junto à cinta - esse sensor se chama sensor do ângulo de direção. Em outro momento, falaremos sobre o ajuste básico desse sensor.
ATENÇÃO: quando você for colocar a cinta no lugar, só vai retirar essa trava quando ela estiver no local.
Para fazer a substituição, encaixamos a mesma no lugar certo. PASSO 7 - Primeiro, posicionamos o sensor do ângulo, que nesse carro fica acoplado à cinta do airbag. Por isso a gente não mudou ela de posição.
PASSO 5 - Já sem a bolsa do airbag, soltamos a porca central do volante, retiraremos o volante para ter acesso à cinta do AirBag, a qual vamos retirá-la para fazer a substituição. Agora, pessoal, vamos pegar uma nova para fazer a substituição e tenho uma dica importante quanto a isso. Quando você retirar a cinta da caixa, ela vem com uma trava: significa que Nesse caso, essa cinta é encaixada, mas em alguns veículos ela pode estar acoplada ao conjunto da chave de seta ou ao acionamento das alavancas. Em alguns, a cinta pode estar aparafusada, vai depender do caso e você pode ter dificuldade de retirá-la do lugar. Por ela estar encaixada, nesse caso é mais fácil. PASSO 6 - Então, nós soltaremos o conector secundário. 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Depois, as conexões devidas. Colocamos o conector da cinta e o conector do ângulo, já posso retirar o resistor e encaixar o conector do airbag.
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PASSO 8 - Leitura de código ok! Como apagamos a memória com o resistor, nós desligamos a bateria. E quando desconectamos a bateria ficou a memória limpa. Conforme montamos tudo com a bateria desligada, ele reconheceu que a cinta está conectada com a bolsa e a resistência da bolsa está ok e mostrou um sistema sem memória de defeitos. A luz do AirBag já apagou. Defeito resolvido!
Como a bateria está desligada, não existe perigo.
Com a cinta fixada, agora podemos montar o acabamento do volante, colocar o volante e a bolsa. Antes de tudo isso, posso no momento retirar a trava, porque a posição que a cinta se encontra é de roda reta frente. Não tem perigo de ruptura pois já vem pronta justamente na posição de linha reta. E continuamos com a montagem.
Depois da cinta trocada, depois de tudo montado, bolsa e volante no lugar. E o último passo é conectar o aparelho de diagnóstico para apagar a memória de avarias.
Gostaria de deixá-los atentos ao resistor: ele serve para ajudar no diagnóstico, não é a venda de um serviço. Ou seja, se você pegar um carro com defeito no pré-tensionador, na bolsa do AirBag, pode-se utilizar essa ferramenta para que possa diminuir o tempo e você ganhe tempo pelo serviço. Além disso, nem todo o carro usa a mesma voltagem, pode ser de 10, pode ser de 30. Vai depender do sistema.
NA OFICINA / MOTOR
POLIA DAMPER
COMO FAZER A TROCA DO ITEM NA LAND ROVER EVOQUE Essa polia estava com a sua borracha danificada. Apesar de muitos reparadores conhecerem esse sistema de polia, o profissional vai passar informações importantes para a sua substituição por Bruno Costa | fotos Divulgação colaborou Wanderlei Castro
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arceiro da revista de longa data, quem volta a nos passar uma importante informação nesta edição é profissional da reparação Bruno Rodrigo Costa, da Juca Bala Racing, oficina situada na Zona Norte de São Paulo. “Hoje, eu vou passar a dica para vocês dessa Land Rover Evoque e sua polia do motor. Para essa polia, o sistema utilizado é o Damper, uma polia emborrachada”. “O cliente trouxe esse carro para nós, uma Land Rover Evoque, em que quando o motor estava em funcionamento, a luz da bateria permanecia acesa. Isso chamou a atenção dele. Quando o carro chegou aqui na oficina, para o primeiro diagnóstico, abrimos o capô e fomos verificar a correia auxiliar – toca no alternador, isto é, gerador de energia da bateria do veículo. Ao observarmos, percebemos que a correia estava folgada”, completa. Ainda segundo ele, “como o motor dele é bem tampado, soltamos a roda do lado do passageiro e todos os acabamentos para que pudéssemos ter uma visualização completa. E, assim, achamos o defeito: a polia do motor. Essa polia, do modelo Damper, é emborrachada e a sua borracha estava danificada. Muitos reparadores conhecem esse sistema de polia e hoje vamos deixar uma dica muito interessante”, conclui.
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PROCEDIMENTO A dica que deixaremos para esse tipo de motor, que é o 2.0 turbo Ecoboost, é o mesmo que equipa a família Land Rover, Ford, Jaguar e Volvo. Esses motores não possuem chaveta, virabrequim. Então, não se arrisquem em mexer em sincronismo e polia de motor sem conferir todo o sincronismo e vazar o motor. Nesse caso, o carro chegou funcionando perfeitamente, visualmente era um motor que não havia sido mexido, iniciamos o procedimento. PASSO 1: Para isso, nós tiramos a tampa de válvula, bomba de vácuo auxiliar, do freio, além da bomba de alta pressão de combustível e instalamos o relógio comparador PMS.
Ao abrir todas essas partes e deixá-las no ponto morto superior, já identificamos que os dois comandos estavam no sincronismo certo. Então, nós vamos partir para baixo com a ferramenta que trava o volante (no qual se faz necessário tirar o motor de arranque) e o bujão – que
fica na lateral do bloco do motor e indica também quando o virabrequim está na posição de PMS no primeiro cilindro. PASSO 2: Dando sequência à montagem do motor da Evoque, o próximo passo foi remover o semi-eixo da transmissão para tirar o suporte e instalar a ferramenta do PMS.
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PARCEIRO Bruno Rodrigo Costa, proprietário da oficina Juca Bala Racing
Como você pode acompanhar na imagem, a ferramenta para travar o volante, quando for instalada, é
bem em cima do vigésimo dente da polia. Então, nós temos o sincronismo mecânico – aferido – e aqui, com essas duas ferramentas, o sincronismo eletrônico. Que também está 100% aferido. obrigatório tirar o motor de arranque para que seja feito o posicionamento correto. Com todas essas ferramentas instaladas, o sincronismo está legal. Mas ainda temos mais duas ferramentas. Após a instalação da polia nova, substituída, as duas outras ferramentas são essas: posicionar a polia nova quanto aos dentes do setor de rotação e a outra ferramenta, posicione o sensor de rotação para cair
Como vocês acompanharam todo o serviço realizado, para evitar qualquer tipo de prejuízo, tem que ter a ferramenta correta. Sincronismo, tudo bonitinho. E vamos agora para o que gerou todo esse transtorno e trouxe prejuízo para o cliente: a polia do motor. Essa polia, conhecida como modelo Damper – que trabalha com amortecedor de borracha. E no caso desse veículo, motor 2.0 turbo Ecoboost, a polia dela é duplo Damper.
Ela tem o Dumper que faz o amortecedor, onde tira a vibração do eixo virabrequim e todos os contatos da correia auxiliar. Ou seja, danificou aqui o amortecedor das borrachas
do Dumper da polia da correia auxiliar. O amortecedor da borracha do Damper do virabrequim está intacto. Porém, se esse amortecedor estivesse danificado, o veículo teria chegado para nós de guincho, porque ele perde o sincronismo dos dentes do sensor de rotação.
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NA OFICINA / SUSPENSÃO
PIVÔ DA SUSPENSÃO
POR QUE E QUANDO FAZER A SUA SUBSTITUIÇÃO?
Dica de profissional da reparação referente ao pivô de suspensão; como fazer o diagnóstico correto em qualquer modelo de veículo por Denilson Roberto | fotos Divulgação colaborou Wanderlei Castro
O
profissional da reparação Denilson Roberto nos traz nesta edição uma dica de suspensão, especificamente de pivô: um item muito importante em todo o sistema. “O pivô é responsável pela articulação, ou seja, o movimento livre da suspensão e está presente na maioria delas existentes, já que suporta o peso do veículo na frenagem e arrancada. Para se ter uma ideia, é ele quem vai segurar o peso da carroceria quando você freia, quem puxa a carroceria quando você acelera, etc”. Segundo ele, o cliente chegou se queixando de ruídos na suspensão do veículo, estalos e até rangidos. “Com apenas um teste de rodagem, o mecânico experiente vai entender que aquele ruído vem do pivô – rangido e estalo. Deve-se levantar o veículo e começar uma inspeção visual. A coifa do pivô é o primeiro item que deve ser visto, já que a coifa rasgada permite a entrada de água, minério e qualquer coisa que interfira diretamente na lubrificação do pivô”, diz. PROCEDIMENTO PASSO 1- Aqui, com o veículo no elevador, eu já faço a inspeção visual da coifa. Se ela estiver rasgada ou danificada, é um motivo para fazer
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a troca. Uma outra coisa que ajuda bastante é, com o veículo no chão e o auxílio de um outro mecânico para ajudar, fazer o balanço do carro, que produzirá o sobe e desce da bandeja, aí percebemos se tem um rangido ou não na peça. Não havendo um rangido e a coifa estando em dia, faremos o diagnóstico de folga: o movimento em relação à bandeja e manga de eixo. PASSO 2: Agora, vou verificar se existe folga na peça. Com auxílio de mais uma pessoa e a roda apertada, eu peço que faça o movimento lateral da roda.
E neste momento verifico se existe o movimento para dentro e para fora da manga de eixo. Se este movimento existir, eu sei que tem a folga aqui dentro. Se ele estiver duro, parado no lugar dele, sei que está ok, funcionando bem. Este é um dos testes a ser feito. PASSO 3: A outra forma de notar a folga entre a bandeja e a manga de eixo é usando uma espátula, uma ferramenta que possibilita forçar para baixo os componentes e verificar se existe o problema por ali.
Existe, também, a possibilidade de forçar para cima com a ferramenta, onde é provável entender se existe a folga ou não.
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O furo de fixação pode ser maior do que o parafuso que é preso à bandeja,
PARCEIRO Denilson Roberto, consultor técnico
PASSO 4: Com o pivô na mão, o reparador deve se atentar às seguintes coisas: se o pino é liso com parafuso passante, se é cônico com rosca na ponta e ao furo de fixação.
onde eu consigo fazer regulagem de cambagem e do cáster. Isso é importantíssimo e vai mudar todo o alinhamento do veículo. É importante também, depois da troca do pivô, sempre fazer o alinhamento do veículo, mesmo que você coloque a peça no mesmo lugar, ele vai alterar a geometria pela construção do próprio. Gostaria de agradecer ao Paulo, da Express Car, que me cedeu o espaço. Sou Denilson Roberto, consultor
técnico, e esta é mais uma dica da TV Reparação Automotiva. Até a nossa próxima!
NA OFICINA / ELÉTRICA
SISTEMAS ELÉTRICOS AUTOMOTIVOS 5 ª
CONSULTOR Leandro Marco Busque qualificação profissional na General TECH, de Uberaba, Minas Gerais
PARTE
por Leandro Marco | fotos Divulgação
A
migos, reparadores, iremos nesta edição dar continuidade à análise dos Sistemas Elétricos Automotivos, como nas outras edições, em uma nós apresentaremos a teoria e, na sequência, a prática do serviço a ser realizado. Para analisarmos os Sensores de Pressão do Ar Admitido, o MAP, iremos utilizar os seguintes equipamentos e ferramentas:
1º - Scanner Automotivo Kaptor Pad,
2º - Multímetro Automotivo,
DIAGNÓSTICO NO VEÍCULO Veículo, Renault Duster, apresenta luz de anomalia no painel de instrumentos acesa. Aqui vale ressaltar que a luz para defeitos de injeção, sistemas de exaustão e ignição do Renault é diferente dos demais veículos, Observe:
P0106 – FALHA DO SENSOR MAP Após apurar o Código de defeitos, passamos para a análise do sinal apresentado na tela do Scanner, em Leituras dos Parâmetros, recurso este em que observarmos o funcionamento dos sensores do Sistema de Injeção V42 da Renault.
Luz Indicadora de Falha Eletrônica do Motor
Luz Indicadora de Controle de Gases de Escape do Motor
O Renault Duster do teste, realizado para esta matéria, apresentava a luz de falha eletrônica do motor:
Com motor desligado, apresentava o sinal de 1030 mbar, fora de faixa,
3º - Diagrama Elétrico,
4º - Seringa para gerar vácuo manual (aqui demonstraremos como realizar o teste quando você não tem na oficina uma bomba de vácuo manual)
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Conectando o Scanner Kaptor Pad 2, para apurar os códigos de defeitos, encontramos o seguinte resultado:
Motor em funcionamento, o resultado passava para 321mbar, quando deveria estar entre 400 a 600 mbar de pressão.
Fique atento aos nossos estudos com toda a informação escrita e colecionável, e videoaulas no canal
Faz-se necessário estarmos atentos a outros parâmetros durante um diagnóstico, pois nenhum parâmetro deve ser deixado de lado, ainda que não haja Código de Falhas relacionado a ele.
E outra seringa maior irá fazer a sucção, gerando vácuo no sensor MAP:
Neste caso, a rotação em marcha lenta estava alterada. Após as leituras feitas, códigos obtidos, passa-se para os testes do Sensor MAP, para averiguar seu funcionamento. De posse das informações do manual de serviços, diagrama elétrico, analisaremos o Sensor com um Multímetro e conjunto com seringas para monitorar o funcionamento do mesmo:
Neste teste, o Multímetro na escala de Tensão Contínua, DC, será observada uma alimentação próxima de 5 volts, no terminal de saída de sinal para UCE
Com Scanner Kaptor Pad 2, na tela de parâmetros, também pode-se observar a variação de resposta do sinal à medida que se puxa a seringa criando vácuo:
Tensão de 0,9 volt em repouso
Aqui uma tensão de 4,513 volts
À medida que se puxa a seringa lentamente, o sinal de tensão irá mudar na tela do multímetro Com a chave de ignição ligada, motor desligado, retiramos o Sensor MAP de seu alojamento, plugamos a seringa como se fosse o coletor de admissão:
Tensão de 0,3 volt ao puxar a seringa criando o vácuo no circuito
Após realizar os testes dinâmicos de funcionamento do Sensor MAP, acompanhando o Circuito Elétrico conforme diagrama e tabela de testes SIMPLO,
Tensão de 1,946 volt com ½ seringa puxada
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NA OFICINA / ELÉTRICA Podemos concluir que a falha não era do Sensor MAP, e nem do Circuito Elétrico, é apenas uma falha de vedação do anel oring do tubo do sensor: A luz de anomalia apagada, funcionamento correto
NUNCA SE ESQUEÇA QUE:
Com Sensor MAP, fixado em seu alojamento no coletor de admissão, apagado o Código de falhas na memória da UCE V42 do veículo, repetem-se os testes para verificar o funcionamento:
Em marcha lenta, observe que os sinais ficaram na tela em cor verde, indicando estarem dentro dos parâmetros ideais de funcionamento
Observe que a pressão em marcha lenta fica em 415 mbar
Falha Apagada
E o sinal de rotação do motor também se establizou em 767 RPM
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“Apagar os códigos de falhas é a solução de um problema do veículo, pois o mesmo apagará a luz de anomalia, mas o cliente retornará com a mesma falha, pois ela não foi solucionada”.
Para trabalhar com diagnóstico automotivo, a oficina deve estar atenta a (à): • Colaboradores com treinamentos atualizados; • Equipamentos de diagnósticos atualizados e de confiança; • Biblioteca Técnica atualizada; • Manter procedimentos técnicos padronizados entre a equipe.
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ARTIGO / NONÔ FIGUEIREDO por NONÔ FIGUEIREDO Piloto de competição fotos Arquivo Pesssoal
EVOLUÇÃO CONSTANTE
NA STOCK CAR HOJE A CARENAGEM É DO CRUZE
A
Desde a estreia foram usadas carrocerias como a do Vectra, Astra, Sonic, Mitsubishi Lancer, Volkswagen Bora e Peugeot 307
Stock Car é a principal categoria do automobilismo brasileiro de todos os tempos. Para se ter uma ideia, em 2018, ela completou 40 anos de existência. Durante muito tempo, o modelo usado nas pistas foi o famoso Opala, era praticamente o carro de rua com algumas adaptações para a pista. Em 1994, o carro que passou a ser usado foi Omega, novamente um carro de rua adaptado para as pistas. Exatamente nesse ano fiz minha estreia na categoria, lembro muito bem que um bom tempo no autódromo de Interlagos era em torno de 1 minuto e 47 segundos, nesse ano fui campeão brasileiro da categoria B.
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Naquela época usávamos muitos componentes de suspensão, freios, sistemas de transmissão, entre outros, de carros de rua. O Omega ficou até 1999, quando em 2000, ano em que retornei à categoria, houve uma revolução na parte técnica. Um carro totalmente voltado para as pistas foi desenvolvido – chassi, carenagem, freios, suspensão, motor, câmbio, entre outros – a segurança nesse novo projeto foi um tema importante. Até a temporada atual o conceito técnico usado é o mesmo, porém estamos na 3ª versão desse carro, melhor, mais rápido, mais seguro e com mais tecnologia daquele veículo que nasceu em 2000. Desde a sua estreia foram
usadas em cima dessa estrutura tubular algumas carrocerias, começou com a do Vectra, depois a do Astra, também teve os modelos Sonic, Mitsubishi Lancer, Volkswagen Bora, Peugeot 307, atualmente todos os carros têm a carenagem do modelo Cruze. Por fim, lembra do tempo que contei há pouco que era considerado muito bom em Interlagos na década de 90? Pois bem, ano passado, em minha última corrida de Stock Car, em Interlagos, o meu tempo na classificação foi de 1 minuto e 37 segundos, exatamente 10 segundos mais rápido. Espero que tenham gostado de mais esse artigo. Até nosso próximo encontro!
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