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EDIÇÃO 134 Novembro de 2019
DE OFICINAS MECÂNICAS
Hoje em dia, não basta entender sobre carros e manutenção. É preciso se inteirar de alguns recursos da Administração e também do Marketing. Aprender a evitar esses problemas simples pode ser um grande diferencial para seu negócio!
REDE DPASCHOAL
Uma conversa exclusiva com Victor Dante, gerente de Marketing da DPaschoal
VOLKSWAGEN UP!
Instrutor pede atenção aos dados do scanner na manutenção da direção elétrica desse modelo
EMBREAGEM “E”
Carlos Napoletano aponta falhas repetitivas do sistema, presente no dia a dia das oficinas
LÍDER TRANSFORMADOR
Não basta ter uma liderança competente. É preciso se reciclar e criar um ambiente inspirador
E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS
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EDIÇÃO 134 | NOVEMBRO 2019
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04. ENTREVISTA
Conversa com Victor Dante, gerente de MKT da DPaschoal
06. GESTÃO
Liderança transformadora inspira e motiva as pessoas
08. ARTIGO
Alinhando sua equipe para o alcance de bons resultados
10. NEGÓCIOS
Campanhas certeiras: dicas de como criar ações de MKT
12. ARTIGO
10
42
Costa traz dados, o grande valor das oficinas no futuro
14. CAPA
A sua oficina mecânica com uma gestão muito eficiente
20. PARCEIRO
General Tech é inaugurada em 15/10, em Uberaba (MG)
24. IBR EDITORA
Diretor anuncia novos planos e gestão individualizada CAPA: Nosso agradecimento à Autotoki Service, de São Paulo (SP), que gentilmente recebeu nossa equipe para a sessão de fotos.
28. TRANSMISSÃO
Carlos Napoletano e a falha repetitiva da Embreagem “E”
32. MOTOR
Range Rover Evoque: Motor 2.0 turbo e perda de potência
34. ELÉTRICA
IMPRESSÃO: GRÁFICA OCEANO
Leandro Marco disserta sobre injeção direta e indireta
TIRAGEM: 30 MIL EXEMPLARES 60 MIL EXEMPLARES
ENVIADOS PARA E-MAIL’S CADASTRADOS
38. SUSPENSÃO
Fernando Toledo pede atenção à direção elétrica do UP!
40. FIQUE POR DENTRO
Notícias das principais indústrias de autopeças do País
42. AUTOMOBILISMO Nonô Figueiredo e o impacto das mudanças nas empresas
Acesse a Banca on-line Anatec e leia a revista Reparação Automotiva, única mídia do mercado de reparação filiada à Anatec e Mídia Dados.
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ENTREVISTA / REDE DPASCHOAL
ATENDENDO COM PRODUTOS E SERVIÇOS DE QUALIDADE
A REDE DPASCHOAL TEM O COMPROMISSO COM O CLIENTE DE AJUDÁ-LO A ECONOMIZAR; A SUA PREMISSA É: MEDIR E TESTAR ANTES DE TROCAR por Silvio Rocha | fotos Divulgação
A DPaschoal abriu suas portas em 1949, em Campinas (SP), com uma proposta inovadora no setor automotivo, virou referência na cidade em curto espaço de tempo pelo seu atendimento cordial e limpeza de suas oficinas e, para manter a excelência em serviços e qualificação da mão de obra, desde 1977, passou a capacitar os próprios técnicos por meio de um centro de tecnologia, treinamento e inovação, o CTTi. Para falar um pouco mais da história vencedora da Rede e dos planos para o futuro, entrevistamos Victor Dante, gerente de Marketing da DPaschoal.
04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Reparação Automotiva - Em primeiro lugar, conte sobre a história da Rede DPaschoal, quando foi fundada, quais foram os principais desafios e oportunidades ao longo do caminho. Victor Dante - A DPaschoal abriu suas portas em 1949, em Campinas (SP), com uma proposta inovadora no setor automotivo. A Casa de Pneus, como era chamada na época, virou referência na cidade em curto espaço de tempo pelo seu atendimento cordial e a limpeza de suas oficinas. Ao longo dos anos, a DPaschoal ampliou sua área de atuação, se tornando destino de manutenção completa de veículos de passeio, veículos pesados da cidade, do campo ou industriais, como caminhões, ônibus e tratores. Para manter a excelência em serviços e qualificação da mão de obra, desde 1977, a DPaschoal passou a capacitar os próprios técnicos por meio de um centro de tecnologia, treinamento e inovação, o CTTi. Na década de 80, a DPaschoal criou a Recaltec, hoje RecMaxx DPaschoal, uma indústria de recapagem com 10 unidades pelo Brasil. Ainda nessa década, com quase 100 lojas, a DPaschoal estreitou o relacionamento com o consumidor, oferecendo cursos de mecânica básica para ampliar o conhecimento e autonomia no cuidado com o carro e o SAFF – Serviço de atendimento e formação às frotas – onde consultores dão dicas e
treinamentos aos motoristas e donos de frota para otimizar o consumo de recursos. A DPaschoal inaugurou em 2017 sua Smart Store, em São Paulo (SP), e seu Smart Truck, em Ribeirão Preto (SP). Lojas conceito baseadas em anos de pesquisa com o cliente e desenvolvimento de novas tecnologias, pensadas não somente na jornada de compra, mas também na experiência de vida de motoristas, passageiros e no meio ambiente. Servindo sempre com simplicidade, técnica, paixão e ética, a DPaschoal criou o SER (Sustentabilidade, Educação e Responsabilidade) envolvendo clientes, colaboradores, parceiros, acionistas com boas práticas no negócio, na sociedade e no meio ambiente. Atualmente conta com mais de 141 lojas e 22 truck centers estrategicamente localizados em 8 estados. RA - Com o surgimento a cada instante de novas tecnologias e novos modelos de carros, como as oficinas mantêm seus funcionários atualizados e capacitados? Vocês participam, oferecem e indicam treinamentos aos colaboradores? VD - A DPaschoal pensa na capacitação dos seus colaboradores, não apenas nas suas competências técnicas, mas também comportamentais e analíticas. Para a aprimorar a técnica, a DPaschoal possui desde 1977 o CTTi – Centro de Tecnologia Treinamento e Inovação – onde ferramentas são desenvolvidas e homologadas, tendências e novas tecnologias são analisadas para atualização contínua na prestação de serviços automotivos. Já
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reparacaoautomotiva.com.br a Universidade DPaschoal, criada em 2006, prepara os colaboradores de maneira mais abrangente, com conteúdo atual, interativo e dinâmico para estimular o colaborador a manter-se sempre capacitado. Além disso, os técnicos são incentivados sempre a participarem dos treinamentos oferecidos pelo Maxxi Training, a divisão do grupo que estimula e promove o conhecimento no mercado Automotivo. RA - Além disto, vocês participam de fóruns e grupos para mecânicos? Se sim, comente sobre a importância dessa troca de informações com outros parceiros de trabalho. VD - A DPaschoal possui um blog onde divulga matérias do universo automotivo, trazendo informações técnicas e comportamentais para os consumidores, com temas que vão de destinos de viagem à escolha certa do pneu. O CTTi, possui um canal no Youtube com dicas técnicas para mecânicos, aplicadores e consumidores que gostam de fazer pequenas manutenções e atualizações deste universo. Em ambos os casos os canais oferecem a interação e a troca de informações entre a empresa e os consumidores gerando um feedback constante e apontando direcionamentos e oportunidades de melhorias. Ainda na área de educação e distribuição de conhecimento, o grupo DPaschoal possui o Maxxi Training que promove cursos em diversas cidades do Brasil com conteúdos técnicos e de gestão, relevantes para mecânicos, aplicadores e donos de centros automotivos. Neste caso o contato é direto com o mercado, que também fornece informações relevantes para o negócio. RA - Os clientes têm procurado as oficinas para realizar mais manutenções preventivas ou corretivas? VD - Este é um ponto muito importante. A manutenção corretiva é mais custosa, mas por outro lado a troca preventiva muito antes do tempo pode gerar um consumo desnecessário. Por isso, a DPaschoal tem investido em tecnologia
para ser cada vez mais precisa na recomendação de troca por meio da plataforma AutoCard. Assim o cliente roda com segurança e economiza, pois faz a troca no momento correto. RA - Vocês possuem alguma certificação de qualidade? Se sim, qual? VD - O Sistema de Gestão que a DPaschoal adota em nossas unidades é todo baseado nas normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001. Algumas destas unidades inclusive são auditadas e certificadas com os critérios referentes a cada certificação. RA- Conte quais as ações que a oficina pratica em termos de reciclagem, destinação correta dos materiais, entre outras iniciativas. VD - As lojas DPaschoal possuem uma área de reciclagem, seguindo todas as recomendações de segurança, onde os materiais são separados e preparados para a coleta da Mazola, uma empresa de reciclagem parceira, também certificada pela norma ISO 14001. Eles recolhem os pneus, óleos lubrificantes, baterias, componentes de suspensão e freios, contrapesos e outros materiais descartados em nossas lojas. Nos casos de pneus e baterias, quando o cliente opta por esse descarte, o material recebe uma etiqueta do Eco Control, nosso programa de rastreabilidade de resíduos. Por meio desse código o item é cadastrado em cada etapa do processo enviando um alerta para o cliente acompanhar até o destino final. A Ma-
zola separa e beneficia todo o material em sua sede para dar a destinação correta a cada tipo de material, por exemplo: os pneus passam por um processo de trituração que resulta em um pó utilizado para produzir asfalto, sapatos, chinelos e tapetes ou servem de combustível para fornos de cimenteiras e as baterias voltam para os fabricantes que reutilizam o chumbo e a carcaça para a confecção de novos produtos. RA - Na oficina, os consumidores buscam se informar acerca da destinação dos materiais, existe uma conscientização? VD - Sim. Os consumidores estão sempre em busca de empresas responsáveis, por isso a DPaschoal engaja e comunica todas as suas ações para o cliente, antes, durante e após o seu atendimento. Tudo começa pela revisão de segurança, onde o cliente pode acompanhar, medir e testar junto ao nosso técnico para que ele veja efetivamente o que pode poupar para o seu bolso e para o planeta. A área de reciclagem das lojas é aberta, permitindo a visita do cliente e avaliação das peças trocadas, que receberão o destino ambientalmente correto, por meio do Eco Control. Recentemente fizemos uma campanha reforçando a Economia Verde em nossas lojas e convidando o cliente a preencher um placar com os itens não trocados após a revisão. Essa foi uma ação muito importante para o cliente se sentir parte do processo e ter a dimensão do que podemos fazer para o futuro das próximas gerações.
163
lojas próprias
3mil
colaboradores
8
estados atendidos
(ES, GO, MG, PR, RJ, RS, SP e SC)
www.dpaschoaltruck.com.br www.dpaschoal.com.br
Dpaschoal DPaschoal Truck
dpaschoal_oficial dpaschoal_truck
Cia DPaschoal /caminhoD
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
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GESTÃO / LIDERANÇA TRANSFORMADORA
por Karin Fuchs | fotos Divulgação
PAULO LIRA, coordenador e supervisor acadêmico da HSM University
LIDERANÇA TRANSFORMADORA É AQUELA QUE INSPIRA E MOTIVA OS COLABORADORES Hoje, não basta ser um bom líder. É preciso acima de tudo se reciclar e criar um ambiente bastante inspirador para os seus funcionários
O
mundo está em constante transformação e o que valia ontem, hoje já não vale mais. E isso cabe também aos líderes empreendedores da reparação automotiva que precisam se reciclar, com uma mudança de postura. É preciso somar as características de gestor, voltadas para questões estratégicas, processos e estruturas com as competências de líder, que têm como foco pessoas, liderança e cultura.
mantém longe deles e que tem dificuldades de comunicação”.
“O primeiro passo é distinguir líder e chefe, pois cada um tem características e modos de exercer essa habilidade de formas diferentes, sendo que o segundo já não é uma figura bem-vista nas organizações”, afirma Paulo Lira, coordenador e supervisor acadêmico da HSM University.
LÍDER TRANSFORMADOR – Um líder é aquele que sabe inspirar e motivar os seus colaboradores. “Ele está sempre próximo e, dessa maneira, conhece o potencial de cada um. Além disso, confia no trabalho da equipe, preza pela comunicação, sabe como dar e receber feedbacks e como ouvir diferentes pontos de vista, tem habilidade para fazer a gestão de conflito aliada à inteligência emocional. E, mais do que isso, sabe reconhecer o desempenho e as conquistas da equipe”.
Ele explica que o principal erro é manter uma postura de impor ordens e centralizar as atividades. “Tornando-se um profissional autoritário que, apesar de exigir muito dos colaboradores, se 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Além disso, apresentar um perfil coercitivo também é um empecilho. “Já que exige resultado sem se preocupar com a melhor maneira de delegar tarefas ou de conhecer o talento de cada um. Outro ponto, é não dar feedbacks aos seus colaboradores e igualmente não aceitar críticas, fazendo com que o clima organizacional fique mais tenso”.
NOVA VISÃO – O mercado corporativo tem sofrido mudanças bruscas e cada vez mais rápidas. “Para acompanhar esse momento, o primeiro passo é uma mudança de mindset (predisposição para certos tipos de pensamento e comportamento), trabalhando na capacidade de se reinventar e adaptar-se a diferentes cenários e situações, e priorizar habilidades como inteligência emocional e cognitiva, por exemplo, conhecidas como soft skills”. CAMINHOS - O primeiro passo, é reconhecer dentro da empresa as principais fraquezas, ameaças, oportunidades e as prioridades digitais. “Também é importante que os profissionais estejam preparados para essas mudanças e entender qual é o seu papel dentro das corporações. Hoje, não basta apenas ser um bom líder, mas um líder transformador”. De acordo com Lira, essa aptidão não está relacionada diretamente ao topo da hierarquia, mas à capacidade
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reparacaoautomotiva.com.br de somar as características de gestor, voltadas para questões estratégicas, processos e estruturas com as competências de líder, que têm como foco pessoas, liderança e cultura. CREDIBILIDADE – Diz respeito à capacidade de gerar valor para os colaboradores. “Um líder é aquele que está sempre de olho nas tendências e aberto a novos aprendizados, realizando cursos para o seu aprimoramento profissional e pessoal. Além de trabalhar junto à sua equipe e ter flexibilidade para saber lidar com diferentes cenários, ideias, equipes e processos. Tudo isso aliado à determinação na tomada de decisões, visão sistêmica do negócio e competência para negociar”. RELACIONAMENTO MOBILIZADOR - Refere-se a desenvolver os funcionários de forma motivacional os inspirando a alcançar os melhores resultados. “De
fato, a gestão eficiente contribui para o aumento da produtividade, além de fidelizar o cliente interno (colaboradores) e fazê-los vestirem a camisa da empresa”. Por isso, Lira frisa que é imprescindível que o líder saiba dar feedbacks;
compartilhar conhecimento, treinar os colaboradores quando necessário, já que esse processo permite que o potencial dos colaboradores seja amplificado, e, principalmente, reconheça o desempenho da equipe, estimulando o colaborador a propor ideias e inovar.
MESMAS METAS E OS MESMOS OBJETIVOS Na oficina Meu Mecânico, em Brasília (DF), a empresária Agda Oliver pratica uma liderança colaborativa e diz que hoje o fundamental é a equipe falar a linguagem do cliente. “Aqui, nós caminhamos juntos, temos as mesmas metas e os mesmos objetivos, sem a imposição de quem manda sou eu. Eu acho que esta igualdade é o que faz com que caminhemos com mais facilidade”. Todas as segundas-feiras, no primeiro horário, a equipe do Meu Mecânico se reúne e conversa sobre o que aconteceu na semana anterior. “Nós esclarecemos dúvidas um do outro, sempre olhando para o que podemos melhorar. Tem muitas empresas que traba-
lham com o modelo antigo, com líderes impositores, mas precisamos entender que o nosso cliente mudou”. Com muito mais acesso à informação em tempo real, Agda comenta que, por conta disso, nós também como clientes esperamos por uma melhor qualidade no atendimento. “Hoje a informação está na ponta, está com o cliente, por isso, a equipe tem que falar a mesma linguagem dele. Antes, a equipe tinha uma linguagem própria, o que não cabe mais aos dias atuais”.
ARTIGO / GESTÃO DE PROCESSOS
por RODIMAR MARCHIORI Diretor da Marchiori Consultoria Foto Divulgação
GESTÃO DE PROCESSOS
ALINHANDO A EQUIPE PARA O ALCANCE DE RESULTADOS
O
lá, pessoal, nesta edição falaremos sobre Gestão de Processos, afinal o que é um processo? Processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que usa recursos para transformar entradas em saídas. Vamos entender na prática o conceito, visualizando o atendimento de um cliente em uma oficina. Como “recursos” podemos considerar os recursos humanos (as pessoas que trabalham na empresa e que de forma direta ou indireta contribuem para a solução do problema do cliente), o conhecimento técnico, as ferramentas, equipamentos, a estrutura física, as peças (quando utilizar) e outros serviços de apoio. Como “atividades” podemos considerar todas ações realizadas para a resolução do problema que trouxe o cliente até a empresa. A “entrada” iremos considerar o relato do cliente (informação) sobre o problema do veículo e a “saída” será o orçamento ou serviço de manutenção realizado. De modo prático, não existe um atendimento sem processos, então a pergunta que você deve se fazer é: os processos de minha empresa estão levando em consideração atividades que superem as expectativas de meus clientes? Os processos estão alinhados aos objetivos de minha empresa, como por exemplo: lucratividade, padrão de qualidade, 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
satisfação da equipe, satisfação de clientes, satisfação de parceiros e impacto positivo para a sociedade e meio ambiente? Se sua reposta for “eu acho que sim!”, acorde antes que seja tarde, não existe mais tempo de achar, pois o mercado está muito competitivo, estude seu negócio e tenha clareza sobre o que está acontecendo. Caso você responda às vezes, posso considerar que já sabe o tamanho do desafio que tem! Isso mesmo, se os processos não estiverem alinhados para o alcance dos objetivos do seu estabelecimento, você terá muita dor de cabeça e dificilmente estará satisfeito com os resultados alcançados. Nas palestras sobre Administração de Oficinas, eu costumo dizer: “Pessoas alinhadas aos objetivos da empresa criam soluções e as desalinhadas criam problemas”, e uma das principais estratégias para alinhamento da sua equipe é a Gestão de Processos. Para fazer a Gestão de Processos na sua empresa, você irá iniciar com o Mapeamento ou Descrição do Processo (listar as atividades sequenciais que devem ser realizadas), depois irá avaliar se esse conjunto de atividades quando realizadas gera resultados positivos que levarão sua empresa ao alcance dos objetivos, caso perce-
ba que alguma atividade não agrega valor ou gera risco, você poderá eliminá-la, assim, após avaliação, você deverá validar como procedimento padrão, sendo compreendido então que todos devem realizar o conjunto de atividades da forma descrita. Existem duas ferramentas bastante utilizadas que auxiliarão você neste trabalho de mapeamento: o POP – Procedimento Operacional Padrão e Fluxogramas – representações gráficas das etapas de um processo. É um processo burocrático sim, mas o ganho que sua empresa terá no final será imenso, facilitará no processo de contratação, treinamento e monitoramento diário de sua equipe, você irá diminuir os erros de processos e índice de insatisfação de clientes. Não perca tempo, inicie com o principal processo: Processo de Atendimento e depois siga para os demais. Para receber um modelo de Fluxograma e POP, envie uma mensagem no WhatsApp abaixo. Na próxima edição, falaremos mais um pouco sobre a formalização dos Processos Internos para melhorar a performance de sua equipe. Para receber Dicas de Gestão, envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.
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NEGÓCIOS / AÇÕES DE MKT por Karin Fuchs | fotos Divulgação
Hugo Rodrigues, diretor Geral da Printi
CAMPANHAS CERTEIRAS DICAS DE COMO CRIAR AÇÕES DE MARKETING Mesmo em plena era digital, pesquisa aponta que Meios offline, como folders, banners e mala direta ainda são a grande pedida
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uitas vezes, quando o empresário da reparação pensa em fazer campanhas impressas, como mala direta e folders com descontos, logo ele pensa que isso é um custo alto. Com toda a tecnologia existente, Hugo Rodrigues, diretor Geral da Printi, desmistifica este pensamento. “Em muitos casos, a empresa que está criando a promoção não consegue separar os materiais comprados, administrar o estoque destes e mandar para diferentes endereços”. Segundo ele, existe tecnologia no mercado capaz de otimizar todo esse processo. “Funciona como uma loja personalizada na qual o anunciante insere os materiais necessários para a campanha, já com a identidade visual alinhada com a estratégia da ação. Essa tecnologia também resolve a dor da distribuição, que tudo é feito pela plataforma que cede o espaço dentro do e-commerce do fornecedor que viabiliza esse sistema”.
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Mesmo em plena era digital, Rodrigues cita que, de acordo com uma pesquisa da Kantar, cerca de 75% dos entrevistados preferem a publicidade offline aos anúncios online. Além disso, 30% da população brasileira não utilizam a internet, segundo o IBGE. “Mesmo na era digital, muitas empresas apostam em estratégias que envolvem materiais impressos na hora de executarem uma campanha de comunicação, incentivo ou até para atração de talentos”.
Também é possível produzir baixa tiragem de materiais para campanhas que surgiram de última hora, a exemplo de algum assunto que você gostaria de comunicar ou de realizar uma promoção esporádica. “Isso é possível pela tecnologia que utilizamos hoje, de termos o melhor aproveitamento das máquinas para a produção de materiais, inclusive, em uma mesma folha conectando todos os pedidos e que depois são separados por clientes”.
PLANEJAMENTO – A dica de Rodrigues é planejar as campanhas que serão feitas anualmente. “Monte um calendário anual com as datas mais significativas, como os períodos de sazonalidade. É possível solicitar materiais com baixa tiragem até para evitar que eles sejam estocados na oficina e evitar desperdícios. A vantagem é solicitá-los conforme a sua necessidade e o calendário estipulado, sem que ele tenha a mesma mensagem o ano inteiro, pois se assim fosse o cliente não seria mais impactado”.
APRESENTAÇÃO – Rodrigues alerta para a importância de uma comunicação bem feita. “Se ninguém faz isso na sua região, mais uma razão para fazer, pois você irá se diferenciar. Uma oficina que tem uma comunicação bem feita, com materiais de qualidade, uma linguagem clara e transparente de como ela funciona, ela passa credibilidade. Para o leigo que está procurando uma prestadora de serviço, ela sai na frente”. E o momento é propício para isso. “Estamos em um momento em que
conseguimos democratizar um material para ser feito com qualidade, desde a criação do designer até a impressão e distribuição. Todo mundo merece divulgar o seu negócio da melhor maneira possível. Pequenas tiragens são uma forma diferente de se trabalhar do que o mundo gráfico faz. O que significa dizer que é acessível aos empresários, que cabe no seu bolso”. RETORNO – Como todo o empresário quer ter o retorno do investimento, meios existem para mensurar no caso de campanhas impressas. “O retorno pode ser mensurado por alguns meios, como pelo voucher de desconto ou alguma ação que possa ser colocada de maneira online ou até offline tendo um controle da campanha, atrelando às vendas. Esse retorno é importante também para o empresário medir se a linguagem que ele está usando está adequada”.
UMA NECESSIDADE
Sem nunca antes ter feito uma campanha para atrair clientes para a oficina, neste ano a mecânica Alemão O Bom, localizada em São Paulo (SP), decidiu que era o momento de fazê-la. “Nunca fizemos campanhas, não precisávamos, mas estamos querendo começar a chamar a atenção dos clientes. O mercado está pedindo isso, quem não faz fica para trás”, explica Fabiana Guadani.
mento à vista, ganha uma lavagem quem faz a revisão conosco e desconto também para o cliente que nos indica para outro”.
Desde outubro, na frente da oficina um banner foi disponibilizado e nas redes sociais, Instagram e Facebook, a mesma linguagem foi utilizada. “É um banner com um material bem bonito para encher os olhos do cliente e ele ver que realmente vale a pena. A campanha consiste em desconto na troca do óleo para paga-
Ela comenta que como o cliente atualmente está procurando mais por preço do que por qualidade, um reforço na campanha precisa ser feito quando ele vai à oficina. “Não se pode perder a qualidade, mas também não podemos perder o cliente. Além da campanha, nós o envolvemos com informações sobre o serviço de qualidade, explicando a importância disso para ele. E o resultado, o retorno com a campanha está sendo grande por conta da propaganda”, conclui.
OFFLINE E ONLINE – Outra dica de Rodrigues é utilizar tanto o meio offline como o digital para as campanhas, ambos com a mesma linguagem. “Supondo que seja criada uma arte para o folder, a mesma deve ser utilizada no Facebook
e/ou no site da sua oficina, no mesmo período de validade da campanha. A mesma grafia e as mesmas cores ajudam a construir a sua marca. O cliente é impactado no online e tem um reforço da mensagem quando chega na oficina”. Veja na versão digital mais um importante tópico
ARTIGO / REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
DADOS, O GRANDE VALOR DAS OFICINAS NO FUTURO
por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo Foto Divulgação
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ando continuidade à nossa série sobre o FUTURO DAS OFICINAS, fiquei imaginando qual seria o ativo mais valioso para uma oficina mecânica nos próximos anos. Bem, se eu levar em consideração que o fundamento dessa coluna é justamente apresentar novos conceitos que farão parte de um cenário futuro para as empresas de reparação, não posso simplesmente posicionar que a riqueza de uma oficina está no seu estoque, ou nos seus equipamentos, muito menos em sua estrutura física. Não mesmo! Afinal, isso faz parte de uma consciência antiga e obsoleta de que o que tem valor é algo tangível, que se pode possuir. Não que produtos, equipamentos e prédio não tenham valor, têm sim, o financeiro, mas no conceito de uma nova economia, baseada no poder da informação e na ausência de posses, há algo de muito mais valor em seu negócio, e se chama dados! Sim, a grande riqueza daqui por diante estará nos dados que são produzidos pela sua oficina a cada
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dia. Não haverá nada mais valioso que isso. E quanto mais dados de qualidade sua empresa produzir, mais valor terá o seu negócio. Não está muito claro? Então, vou explicar melhor. Considere que um dado é a menor fração de uma informação e são computados diariamente no seu negócio, a cada minuto. Sempre que um funcionário abre uma Ordem de Serviço, dá entrada em uma peça, recebe um pagamento ou realiza um orçamento, ele está alimentando um imenso banco onde são armazenados esses dados. Imagine agora o tamanho desse Banco considerando todos os dados que foram inseridos nele desde a abertura de sua empresa. É algo gigantesco e que, ao mesmo tempo, não ocupa um espaço físico em seu negócio, apenas um espaço virtual em seu servidor ou em algum provedor na nuvem. Mas quem afinal teria interesse sobre essas informações? Bem, nas mãos de quem possa organizá-los e tratá-los, esses dados se tornam
informações extremamente relevantes. Pense bem, seu fornecedor, seja ele uma Indústria ou Distribuidor, teria muito interesse em saber qual o produto mais vendido na sua oficina, com que frequência você o aplica, em qual modelo de veículo foi instalado, para qual cliente foi comercializado e sob que condição de pagamento. Ou ainda entender quais produtos estão obsoletos em seu estoque e qual o raio de atuação de sua empresa baseado no endereço de seus clientes. Entenda que uma oficina mecânica é o único elo da cadeia automotiva cuja atividade principal está relacionada à aplicação de um produto para o consumidor final, e por isso os dados gerados dessa interação se tornam extremamente valiosos para os demais elos da cadeia. Então, amigo, cuide bem de seus dados, afinal eles irão valer muito mais do que qualquer tipo de peça ou serviço comercializado na sua empresa daqui pra frente. Até o próximo texto!
CAPA / ERROS DE GESTÃO
por Karin Fuchs | fotos Divulgação
A SUA OFICINA MECÂNICA COM UMA GESTÃO DE TODO DIA MUITO EFICIENTE Alguns erros ainda são comuns, como por exemplo misturar a conta da empresa com a conta pessoal. Mas há como corrigi-los
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ada vez mais, as empresas precisam se profissionalizar para se manter competitivas. Na reparação automotiva ainda é comum erros de gestão que comprometem a sua rentabilidade e até a sua produtividade. Nesta matéria, pontuamos dez deles que podem ser identificados e corrigidos, pela experiência de empresários e com as dicas de André Santos dos Reis, analista técnico do Sebrae, Unidade Regional de Barreiras (BA). A começar pela falta de um plano de negócio. “Para fazer um planejamento mais eficiente, o mais 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
importante é conhecer a situação atual do mercado, entender o ambiente que está inserido e, por consequência, traçar metas, objetivos e estratégias para alcançar e estabelecer prazos para realização”, orienta André Santos dos Reis. Na Mecânica Beto, em Curitiba (PR), Sandro Cruppeizaki conta como isto se dá na prática. “Geralmente no fim de ano, nós verificamos os resultados e fazemos o planejamento das metas a serem atingidas no ano seguinte, inclusive, para a remuneração do pessoal, pois eles também trabalham com metas.
Quando falamos de plano de negócio, isso inclui meta e valor”. E isto se aplica de forma individual para cada um dos três segmentos de negócios que eles têm: oficina mecânica, adaptação de veículos e GNV. “O que fazemos de forma simples e nada sofisticado é pelo conhecimento que temos, levamos sempre em consideração o faturamento líquido. Para isso, nós temos um software de gestão com os nossos custos e sempre teANDRÉ SANTOS DOS REIS, analista técnico do Sebrae (BA)
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reparacaoautomotiva.com.br mos uma meta de faturamento para o mês seguinte, pois nem sempre o faturamento em si representa muito do faturamento líquido”, diz Clóvis Marinho Guedes, Autotoki Service, em São Paulo (SP). Na Invest Auto, de Roberto Turatti, o “Billy”, em Balneário Camboriú (SC), o planejamento começa no atendimento, na primeira abordagem com o cliente. “Eu tenho um fluxograma, uma diretriz de tudo o que acontece na empresa, que é seguido para eliminar qualquer hipótese de um possível retorno”. O que começa no check list e termina no check out, o momento de entrega do veículo para a verificação dos serviços executados e se teve a satisfação do cliente. CONTAS SEPARADAS - Na opinião de Santos, misturar a conta pessoa jurídica com a conta pessoa física é um dos problemas que sempre acontece com as empresas, independentemente do setor. “O empresário deve se organizar para sua retirada, seu prolabore, e com isso separar suas despesas pessoais das despesas do empreendimento. A retirada sem controle pode prejudicar a saúde financeira da empresa”. “Quem faz isso está dando um passo para a empresa se profissionalizar cada vez menos. A empresa tem o CNPJ, ou seja, ela vive de cifrão, e nós temos o CPF, o nosso coração. Não podemos misturar as coisas, tem que ter um caixa exclusivo para a firma e um prolabore de retirada mensal”, afirma Billy. “Nós temos o nosso programa de gestão. A oficina que não cuidar da gestão está fadada a fechar suas portas”, alerta Guedes. “Existe a separação total aqui na empresa e o
prolabore é definido para os sócios. Dizer que nunca acontece seria mentira, mas esta é a linha que seguimos”, comenta Cruppeizaki. CAPITAL DE GIRO - O terceiro ponto refere-se ao controle do capital de giro. “Controlar o capital de giro é de suma importância, pois principal-
O empresário deve se organizar para sua retirada, seu prolabore, e com isso separar suas despesas pessoais das despesas do empreendimento. A retirada sem controle pode prejudicar a saúde financeira da empresa. André Santos dos Reis, do Sebrae (BA)
mente as empresas que trabalham com peças/estoque de mercadoria, imobilizam muito seu capital, e com isso o giro dessas mercadorias deve ser rápido para que não acumule prejuízos e assim ter maior liquidez”, afirma o analista técnico do Sebrae.
como a compra de um equipamento ou para o pagamento da rescisão de um funcionário”. E Billy deixa um alerta. “É preciso analisar o quanto se está investindo, o quanto quer investir e o quanto quer ganhar no seu negócio. O que muito tira o capital de giro da empresa é o estoque, algo que hoje é imobilizado”. Para um melhor capital de giro, além de não manter estoque de peças, Billy orienta a fazer uma reserva para uma possível rescisão de funcionários e comprar de seus fornecedores com o maior número possível de parcelas e vender à vista ou no menor número de parcelas. “Às vezes, o empresário queima mercadoria para fazer o estoque girar para cobrir furos deixados. Negocie prazo de entrega com o fornecedor”. PARCERIAS - A seleção dos seus fornecedores requer critérios e revisões periódicas. “Eles devem ser selecionados de forma mais criteriosa, pois isso entra na relação de confiança, além do preço e qualidade dos produtos. A relação de confiança é de extrema importância, à medida que se estreita essa relação, ambas as partes sentem-se mais confiantes, porém, deve-se ter mais de um fornecedor do produto para atender os clientes”, pontua Santos.
“Consideramos sempre um valor como fundo de caixa para compra de equipamentos, atualizações e até para obras na oficina. Também ao longo do ano, fazemos uma poupança para o pagamento do 13º dos funcionários”, revela Guedes. Linha similar segue Cruppeizaki. “Nós temos uma conta separada para determinados tipos de situações,
ROBERTO TURATTI, o “Billy” da Invest Auto, de Balneário Camboriú (SC)
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CAPA / ERROS DE GESTÃO “Recentemente, nós fizemos uma revisão de nossos fornecedores e encontramos diferenças de valores bem relevantes. Tem que fazer uma revisão dos fornecedores e cotar com mais de um até para poder negociar”, sugere Sandro Cruppeizaki. O mesmo que faz o Billy, “uma dica que funciona muito bem é tratar os seus fornecedores com profissionalismo, se não tiver legal, chamar para conversar e não ficar somente nas mãos de um único, mas ter outros e fazer comparativos. Negocie prazo com o fornecedor e condições de pagamento e, principalmente, trabalhe sempre na formalidade”. Na Autotoki, as compras, tirando itens pequenos e peças de giro comuns, são feitas diretamente com os distribuidores. “Sempre trabalhamos com dois ou três para checarmos os preços. O grosso comparamos dos distribuidores, o que já nos gera um ganho”, informa Guedes. SISTEMA DE GERENCIAMENTO - Ainda há os que não perceberam a importância de ter um sistema de gestão. “É necessário ter um sistema de gerenciamento, para conseguir ter o melhor controle de sua empresa, mesmo sendo até controles básicos, o importante é documentar, controlar,
SANDRO CRUPPEIZAKI, da Mecânica Beto, de Curitiba (PR)
ter indicadores de gestão para que com isso possa utilizar para tomar decisões e assim saber o caminho para onde a empresa irá”, orienta Santos. “Com um sistema de gerenciamento, o empresário consegue ter o histórico do veículo e também verificar se determinado serviço já foi feito. Por menor que seja a oficina, ela tem um giro grande de veículos, pois os carros quebram cada vez menos, por isso, tem que ter rotatividade, fazer o melhor aproveitamento. O histórico serve para orientar o cliente quando ele retornar à oficina ”, diz Billy. “O ERP (software de gestão) é fundamental. Como nós temos três negócios, mecânica, adaptação de veículos e GNV, é preciso apurar os resultados de cada um deles. Sem o sistema de gestão, eu não consigo fazer as apurações ou mesmo ter históricos de fornecedores, de compras e dos clientes. Sem o sistema é inviável ter tudo isso”, expõe Cruppeizaki. ATUALIZAÇÃO - Nas palavras de Santos, os empresários sempre têm que estar investigando as tendências, participando de palestras, feiras, que tragam a ideia de como eles devem se posicionar no mercado e assim serem mais competitivos. “E também trocar experiências com outros empresários do segmento e não encará-los como concorrentes”. “Às vezes, acabamos caindo em uma zona de conforto, principalmente quando se tem um movimento grande na oficina. O empresário só não tem acesso às tendências de mercado se ele não quiser. A própria revista Reparação Automotiva fornece reportagens todos os meses”, afirma Billy.
O pior que pode acontecer é quando você não qualifica e ele fica na sua equipe. Qualificação é sem dúvida fundamental. Procuramos incentivar as pessoas a participarem de cursos e treinamentos, no entanto, mais difícil hoje não é eu pagar por isso, mas o funcionário se dispor a ir. Sandro Cruppeizaki, da Mecânica Beto
Sandro Cruppeizaki, lembra que no passado a oficina não tinha esta prática. “Inclusive aconteceu isso aqui na empresa, meu pai, o Beto, era um profissional mecânico, o negócio dele era consertar o carro, ele não fazia gestão do negócio, e isso é um problema frequente no nosso setor”. Na Autotoki, Guedes diz que sempre participa de palestras e seminários, por exemplo, e que também a atualização foi um dos focos com a parceria com a Euro Repar. “Tudo isso com o objetivo de ficarmos cientes com o que está acontecendo no mercado”. DIFERENCIAIS - Buscar serviços diferenciados também é um ponto de atenção que nem todos praticam. “É preciso estar atento ao mercado e aos clientes, pois são eles que darão a direção da sua empresa. Estar atento às mudanças do mercado, às inovações como os carros híbridos, elétricos, inovações que pensávamos estar longe da nossa realidade e já estão nas ruas”, afirma Santos.
Confira no portal: https://www.reparacaoautomotiva.com.br, importantes dicas sobre gestão do consultor Especialista em Reparação Automotiva, José Carlos Alquati.
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CAPA / ERROS DE GESTÃO inovações automotivas, com os novos modelos, máquinas, equipamentos e tecnologias, Santos recomenda que “as oficinas tentem se profissionalizar mais, serem ainda mais especialistas e, para isso, a equipe deve ser constantemente qualificada”.
CLÓVIS MARINHO GUEDES, Autotoki Service, em (SP)
“Nos seminários, encontros, e junto aos grupos de mecânicos, eu busco muitas informações do que cada um está fazendo. Esta troca de experiência ajuda muito até para a precificação de determinados serviços, ela é constante e também tem que ler o tempo todo sobre o que está acontecendo no nosso mercado, manter-se informado e isso não para nunca”, revela Guedes. “São nas pequenas coisas que você se diferencia nos seus serviços. Primeiro, é preciso saber qual é o foco do seu cliente? O que ele veio buscar na sua empresa? Isso é o mínimo para você orientá-lo. Mostre o que preciso ser feito no carro e de maneira formalizada com o orçamento. Se não trabalhar com o determinado item, como pneu, faça parcerias. Tem vários diferenciais que não custam muito e que agregam valor no seu trabalho”, diz Billy. No caso de Cruppeizaki, estar envolvido com entidades do setor ajuda muito. “Uma coisa que as pessoas acham que é uma bobagem, mas não é, é ter a visão e a missão da sua empresa. Também estar envolvido com o Sindirepa-PR e com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná abriram muito a minha visão e as possibilidades”. QUALIFICAÇÃO - Da mesma forma que é preciso estar atento às 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Na visão de Billy, o funcionário é a fotocópia do proprietário da empresa. “Investir na equipe requer requisitos mínimos do que você quer de um funcionário, desde o momento de contratá-lo, e também investir na sua capacitação até para justificar um aumento. O aumento tem que ser proativo, fazer mais para ganhar mais, como em qualquer empresa”. “O pior que pode acontecer é quando você não qualifica e ele fica na sua equipe. Qualificação é sem dúvida fundamental. Procuramos incentivar as pessoas a participarem de cursos e treinamentos, no entanto, mais difícil hoje não é eu pagar por isso, mas o funcionário se dispor a ir”, lamenta Cruppeizaki. O mesmo acontece na Autotoki. “Nós damos o curso, mas o funcionário não quer ir. Ou por compromisso, ou por desinteresse, ele não quer usar a sua hora no fim de semana para se atualizar. Temos uma dificuldade grande em qualificar nossos profissionais”, comenta Guedes. MARKETING - Hoje em dia, as mídias sociais estão sendo cada vez mais utilizadas amplamente, segundo Santos, não com o intuito somente de venda, mas de informar ao cliente sobre seu veículo, dando informações que chamem a atenção e que façam cada vez mais com que o cliente tenha mais confiança em seus serviços. “A dica é não ser maçante nas divulgações, mas atender à necessidade do cliente”.
“A primeira divulgação é trabalhar da melhor forma no serviço contratado pelo seu cliente”, ressalta Billy. Em sua oficina, eles trabalham muito com mala direta e pós-venda. “Faço pouco marketing, mas quando faço é bem feito. Porém, o mais importante é consertar o veículo da melhor forma possível pelo valor contratado. Saber vender o seu trabalho, negociar e formalizar, é o que te mantém no mercado”. A Mecânica Beto tem uma profissional dedicada ao marketing digital. “Inclusive, com canal de vídeos em função das nossas especialidades, o que é fundamental para que possamos ser localizados. Isso nos traz retorno, ficou indispensável essa divulgação, pois atendemos clientes em todo o Brasil, principalmente na parte de equipamentos para deficientes físicos a qual somos fornecedores e buscamos empresas parceiras para a instalação em outras cidades do País”. Na Autotoki, Guedes conta que eles estão prestes a iniciar um trabalho de divulgação. “Estamos em vias de contratar uma empresa para cuidar somente da nossa área digital”.
Procuramos sempre ouvir bem o cliente que chega com uma receita pré-formada do que tem que ser feito no veículo. É preciso trabalhar em cima das normas da ABNT, e com elas se consegue dar um ótimo treinamento para os funcionários. Isso dá muito mais credibilidade para os seus clientes e embasamento para orientá-los. “Billy”, da Invest Auto
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GENERAL TECH É OFICIALMENTE ABERTA AO PÚBLICO
L
Centro de Treinamento e Oficina para capacitação de profissionais e reparos em veículos premium. Planos envolvem franquear a marca
eandro Marco iniciou na Reparação Automotiva na cidade de Ipatinga (MG), trabalhando com o Tio (Jota Mendes), em 1986, aos 14 anos. Voltando à sua cidade natal, Caratinga (MG), foi trabalhar em uma grande auto elétrica, uma das primeiras oficinas da época a se tornar Posto de Serviços BOSCH, em 1987. Em 1989, a oficina precisava enviar um funcionário para treinamentos na BOSCH, e era exigido o 2º grau, e dentre 15 funcionários da empresa ele era o único que tinha escolaridade, mas era menor, com 17 anos. “Após alguns documentos autorizados, fui enviado a Campinas (SP), e então descobri que o Reparador Automotivo precisava estudar e buscar qualificação sempre, algo que hoje aos 47 anos ainda faço, constantemente, inclusive estou cursando minha 2ª pós-graduação focada na Área Automotiva”, conta o sócio-diretor. Leandro diz que em toda a sua vida teve apenas quatro empregos, três em oficinas e um no Sistema SE-
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NAI, por onde atuou nos últimos cinco anos. Ele viu que com um centro de treinamento próprio, conseguiria oferecer algo a mais. Já havia empreendido anteriormente com oficina em Ipatinga por 13 anos, quando decidiu apenas se dedicar ao ensino profissional no SENAI. “Em 2019, vimos que empreender no setor automotivo, acreditar em nosso Brasil, é mais motivador, assim, reunimos a família e decidimos voltar ao mercado não só com a oficina, mas com centro de treinamento, tendo como sócio meu filho mais velho, Samuel Mendes, que cuida das áreas Administrativa e Marketing”, afirma ele. NOVO NEGÓCIO - A General Tech surgiu quando seu filho Samuel Mendes (diretor Administrativo) desenvolveu um projeto de uma oficina premium e um centro de treinamento profissional, na proposta de oferecer cursos para capacitação de especialistas da área de reparação automotiva, ao tempo que atendesse a demanda por mão de obra qualificada para
trabalhar com veículos importados e superesportivos em Uberaba e região. "Assim feito, começaremos a franquear a marca e atender as demais localidades onde há a necessidade de atendimento para esses veículos”, diz ele. No Brasil, os consumidores têm receio de comprar um veículo premium (BMW, MERCEDES, VOLVO, LAND ROVER...) por falta de assistência técnica qualificada e preços bem maiores do que os realizados na manutenção de um automóvel nacional. “Aliado a um preço justo dentro do mercado de veículos premium, a General Tech se propõe também a ser referência no treinamento e capacitação de profissionais para o setor automotivo, e assistência técnica às oficinas em diagnósticos e reparos automotivos”. ABERTURA MOVIMENTADA - A inauguração oficial aconteceu no dia 15/10 com a realização de uma palestra junto à MTE-THOMSON e sua equipe, com o tema “Novos Sensores e Atuadores na Injeção Direta”.
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MUITO MAIS QUE UMA REVISTA, CONECTANDO FABRICANTES E REPARADORES Destaque há 11 anos, publicação ratifica seu compromisso de unir indústrias de autopeças e equipamentos aos profissionais da reparação
Reparação Automotiva - Gostaria que você falasse um pouco da sua formação e experiência como empresário e como estão sendo esses anos à frente da Revista Reparação Automotiva, quais foram os maiores desafios, as principais conquistas, etc. Flávio Guerra - Sou formado em Administração de Empresas e tenho mais de 25 anos de experiência no mercado de reposição de autopeças em empresas de grande porte, como Cofap, Dana e General Motors. Abri a Zmix Marketing Estratégico há cerca de 15 anos para atender a uma necessidade do setor relacionada à contratação de promotores, e há quatro anos tornei-me gestor da Revista Reparação Automotiva. Sob a nossa 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
gestão, a revista já se transformou algumas vezes, isso para atender a um mercado que também muda constantemente. RA - Pediria que você fizesse um breve relato da história da publicação, como se deu a sua consolidação e quais foram os diferenciais que fizeram a revista se destacar. FG - A meu ver, o grande diferencial da revista é o conteúdo alinhado à realidade do setor, baseado no tripé: mercado, gestão e técnica. Nestas seções, mensalmente, trazemos novidades de indústrias de autopeças (1), dicas que auxiliem o reparador na gestão da sua oficina (2) e informação técnica que abrange cinco importantes
seções (3): Motor, Freio, Suspensão, Elétrica e Transmissão, compreendendo o carro como um todo. Além disso, estamos sempre de olho no que está por vir no mercado. RA - Aproveitando esse tema, gostaria que você realizasse um balanço de como está posicionada a publicação hoje, haja vista o número e qualidade de concorrentes, e o que o mercado editorial ainda pode esperar. FG - Sem dúvida, a Revista Reparação Automotiva está entre as melhores mídias direcionadas, os nossos números são expressivos e temos dados que comprovam esse crescimento. Além disso, temos os números digitais que vali-
dam a nossa mídia. Nós tivemos um crescimento do digital, então, essa parceria entre impresso e digital nos credencia a estar entre as melhores do setor. E nós temos inputs de reparadores querendo receber a revista impressa, parceiros bastante satisfeitos, leitores que dão feedback sobre os temas, etc. RA - Com a facilidade de acesso à informação instantânea, você acredita na manutenção dos veículos impressos? Se sim, o que será preciso para agregar valor a eles? FG - Não vendendo o peixe, mas já vendendo: o impresso é muito importante para o nosso mercado. A Revista Reparação Automotiva tem uma enorme credibilidade, IVC, Anatec, Mídia Dados, etc. E pelas características do leitor, o impresso ainda tem vida longa no setor. Isso se dá pelas características do nosso leitor e por sermos uma mídia segmentada, temos vida longa. Quem sofreu muito no impresso foram as mídias de massa que foram absorvidas pelos grandes veículos digitais. RA - Recentemente, a IBR Editora decidiu-se pela gestão única e exclusiva da Revista Reparação Automotiva. Gostaria que você comentasse sobre essa estratégia e como está constituída a sua área comercial. FG - Há pouco meses, nos tornamos gestores únicos da revista e junto a essa mudança apresentamos uma nova filosofia de trabalho no intuito de promover eventos com reparadores, fazer a conexão das fábricas com o mercado, buscar investir nas áreas digital e na produtora IBR. A gestão segmentada permite focar no reparador, em termos pessoas envolvidas na criação, no marketing, em vendas, que en-
tendam da reposição e que estejam ligadas ao reparador. São especialistas que conhecem do mercado, da reparação, de oficinas. RA - Na sua opinião, com base no conhecimento adquirido da vivência no mercado em centros automotivos e oficinas mecânicas, quais foram as principais mudanças ao longo desses anos? FG - Como os veículos mudaram muito, eu vejo como uma das principais mudanças o fato de os mecânicos terem saído em busca de aperfeiçoamento. Outra coisa que mudou muito foi o perfil do consumidor: muito mais mulheres na oficina, muito mais exigentes. E o próprio mecânico mudou a sua percepção como profissional e gestor, é algo que vem mudando para acompanhar o mercado. E também temos um setor que corre em volta das oficinas que é o de frotas, um mercado diferente que o reparador precisa estar pronto para atender. RA - Para tornar o segmento ainda mais profissional, o que você entende que seria o papel da indústria de autopeças dentro desse contexto, quais são as ações em médio e longo prazos que poderiam trazer resultados satisfatórios? FG - Até mesmo por conta da minha formação em Administração de Empresas, eu digo que invistam em gestão, em capacitar os donos de oficinas para se tornarem gestores e caminharmos no processo de sucessão. Para mim, o foco deve estar na continuidade. Eu, se fosse fabricante, estaria buscando capacitar e auxiliar as ofi-
cinas em gestão, seja ela administrativa, de clientes, de marketing. Falo com a propriedade de quem fez parte de um projeto durante seis anos com o objetivo de capacitar donos de distribuidoras. RA - Junto à revista, a IBR Editora criou um programa de ações que visa conectar fabricantes de autopeças a reparadores. Fale dessas ações e como o segmento pode usufruir delas. FG - O Programa Reparação foi desenvolvido e pautado pela experiência de mercado e, principalmente, pelo fato de os fabricantes buscarem, cada vez mais, o contato com o reparador. Mesmo nesse mundo digital, eles buscam estar próximos desse profissional. Então, esse programa foi desenvolvido para que tenhamos ações no impresso, digital, vídeo e presencial para dar um “boom” nas ações de marketing e comunicação, e que o fabricante esteja sempre presente na mente do reparador.
Flávio Guerra, gestor da Revista Reparação Automotiva, nessa entrevista fala entre muitas outras coisas do mercado de reparação e dos planos da IBR Editora para 2020
PROGRAMA REPARAÇÃO
to do
PROGRAMA REPARAÇÃO
Conjunto de ações de marketing e comunicação que visa integrar fabricantes e reparadores
Conexão entre Fabricantes e Reparadores
Ações Presenciais • Relacionamento direto com reparadores por meio de blitz, fóruns e encontros
Mídia Digital
• Site com 10 Mil visitas por mês Facebook com 93 mil seguidores
• Mais de 10 mil pontos automotivos visitados e cadastrados
O seu material e a sua marca na mão e na mente de quem decide!
Instagram e Linked in
• Disparo de e-mail marketing para 60 mil e-mails
revistareparacao reparacaoautomotiva
Produtora de Vídeos
• Fotografia, captação e edição de vídeos técnicos e institucionais • Equipes de Produção, Arte e Edição
Canal no Youtube • 2,5 Milhões de visualizações • 70 Mil visualizações por mês
Reparação Automotiva
Blitz em oficinas e varejos de autopeças
60
ES P LA R EX EM E-MAILS PARA S RADO CADAST
• Mídia Impressa Direcionada a Reparadores: Informações técnicas e de gestão
2º Fórum de Reparadores em São Paulo
RA – Faça suas considerações finais... FG - Sinceramente, espero manter nossos parceiros de longa data conosco e com essas mudanças atingir cada vez mais um número maior de 26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Divulgação na TV Reparação Automotiva
Procedimentos técnicos Análise de veículos Problemas pontuais Dicas úteis para o dia a dia
• 18 mil inscritos • 500 novos inscritos por mês
Nossas mídias são filiadas /auditadas por:
Revista
ES P LA R E X E M MERCADO PARA O SIÇÃO DE REPO
• Divulgação na TV Reparação Automotiva • Produção de Fotos de Produtos (Still) Mais de 200 vídeos produzidos
impresso e digital • Revistas Digitalizadas enviadas para 60 mil e-mails de mecânicos cadastrados
Vídeo Técnico TV Reparação Automotiva Presença nas principais feiras do setor
empresas que desejem falar diretamente com o reparador, haja vista o nosso expertise em ações de grande relevância para esse mercado. Eu, a Fernanda Bononi e o Wanderlei
1º Encontro de Grupos de Reparadores
Castro (área Comercial) estaremos sempre a postos para entender as necessidades de clientes e oferecer soluções viáveis e específicas para as mais diversas carências.
NA OFICINA / TRANSMISSÃO
FALHA REPETITIVA
DA EMBREAGEM “E”
A transmissão ZF 6HP21 está nas oficinas há algum tempo. Se ainda não topou com alguma, com certeza a encontrá no futuro próximo por Carlos Napoletano | fotos Divulgação
A
transmissão ZF 6HP21 tem estado presente já nas oficinas por algum tempo. Se ainda não topamos com alguma em nossa oficina, com certeza encontraremos alguma no futuro próximo. Esta transmissão utiliza outros nomes, tais como 6R60, bem como outras variações. Qualquer que seja o nome usado, todas trabalham da mesma maneira e possuem um ponto de falha em comum; a embreagem “E”, que controla a 5ª marcha. Alguns pontos de falha já são conhecidos de nossos reparadores, tais como a bucha que alimenta a embreagem “E” e que, devido ao desgaste, gera código de falha de patinação após certo tempo de uso na estrada. Neste boletim tratamos de áreas problemáticas no corpo de válvulas.
Para isto, vamos mapear o corpo de válvulas, seguindo o caminho do fluido e que envolve o circuito de aplicação da embreagem. Fazemos isto de maneira a examinar todas as áreas que possam gerar vazamentos e causar uma falha. O lixamento de certas áreas do corpo fundido pode ajudar a indicar pontos baixos que podem ser a causa da falha. Assim, vamos inspecionar cada caminho do fluido de maneira que a falha não se repita. A figura 1 mostra o solenoide 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
FIGURA 1
EDS4, que alimenta e controla circuitos e também a válvula da embreagem “E”, que controla a embreagem. A figura 2 mostra a válvula de redução de pressão, que alimenta TODOS os solenoides. Vamos começar com esta válvula, porém é muito importante reconhecer que se tivermos um problema aqui, poderemos ter outras falhas também. Como estamos tratando somente da embreagem “E”, vamos em frente. A pressão proveniente do solenoide se encaminha para três válvulas, e para o acumulador do solenoide. A pressão é aplicada entre a válvula da embreagem “E” e o tampão e luva (figura 1), e então
FIGURA 2
entre as válvulas de seleção na extremidade da válvula de manutenção de pressão “E” (figura 3). Os alojamentos e válvulas devem ser inspecionados quanto a danos e molas quebradas. Temos de gastar algum tempo também testando estas válvulas com o equipamento de vácuo, pois muitas vezes seu desgaste não é notado somente com a inspeção visual. Seguindo o fluxo de fluido desde a pressão principal (linha) até a porta “E” na carcaça, a válvula de seleção ‘3’ abre um caminho desde a pressão de linha principal até a válvula de manutenção de pressão ‘E’ (figura 4) e a válvula da embreagem ‘E’ (figura 5). Em algumas aplicações da ZF, a válvula de seleção em sua posição de descanso permite que o fluido passe por ela, e o solenoide não movimenta a válvula. Ao seguir o caminho de alimentação do solenoide,
isto nos leva a descobrir algo que talvez não tenhamos percebido ainda quando se olha para o diagrama hidráulico.
da embreagem ‘E’, enquanto que a válvula de manutenção ‘E’ bloqueia a pressão de fluido para a exaustão, impedindo que ela escoe.
A válvula da embreagem ‘E’ abre o caminho desde a válvula de seleção até o circuito de aplicação
As válvulas da transmissão ZF são conhecidas por perder a camada de anodização (figura 6), por-
FIGURA 4
FIGURA 3
FIGURA 5
NA OFICINA / TRANSMISSÃO tanto é uma boa ideia desmontar todo o corpo de válvulas para inspeção, mesmo que não tenhamos problemas adicionais com esta transmissão.
FIGURA 7
FIGURA 6
FIGURA 8
CONSULTOR
Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com
Continuando, queremos testar na bancada o solenoide EDS4 (figura 7). Utilizando um pequeno pedaço de mangueira de borracha, para bloquear a área de alimentação do solenoide, e a seguir aplicar uma pressão de 30 psi (2 bars) de ar comprimido através da extremidade do solenoide que alimenta as válvulas. O ar deverá passar através do solenoide livremente. Agora, aplique uma tensão no solenoide e verifique se ele veda a área de escoamento.
Se o solenoide passar no teste e tudo mais estiver OK, podemos concluir que está havendo um problema de comando do módulo da mecatrônica, contudo, é muito mais provável encontrar vazamentos nas áreas que foram detalhadas neste artigo, ou nos componentes internos da transmissão, tais como buchas, anéis de vedação, etc. Todos estes procedimentos podem parecer tediosos e que gastam tempo, porém encontramos várias oficinas que têm lutado com
estas falhas, mesmo após a reforma da caixa, e após várias remoções e colocações da caixa, perceber que as falhas apresentadas e repetitivas eram provenientes destas áreas que foram negligenciadas. Não se faz necessário testar desta maneira cada transmissão que aparecer em nossa oficina, porém sempre que tivermos uma falha da embreagem ‘E’, vale a pena gastar tempo nesta avaliação mais profundamente. O mapeamento do corpo de válvulas toma tempo, mas ficará mais fácil à medida que formos pegando prática nesta tarefa. Ficaremos surpresos de ver o quanto melhoramos em nosso trabalho e na satisfação de nosso cliente quando nos atentamos aos detalhes.
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NA OFICINA / MOTOR
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MOTOR 2.0 TURBO COM PERDA DE POTÊNCIA Evoque com motor 2.0 turbo e perda potência; giro não sobe, não troca de marcha e, consequentemente, não passa de 60 km/h Por Guilherme Guimarães / Fotos Divulgação Colaborou Wanderlei Castro
G
uilherme Guimarães, proprietário da HAWKS REPAIR, oficina mecânica situada na Mooca, Zona Leste de São Paulo, conta o caso de uma Evoque que chegou com relato de que, na estrada, o carro teve perda de potência, parou de trocar de marcha, giro não subiu e, consequentemente, não passava acima de 60 quilômetros por hora. “E agora acompanhem conosco aqui como nós desenvolvemos o diagnóstico”. PROCEDIMENTO Após recebermos o veículo, mediante o uso de scanner, nós fomos fazer um diagnóstico, uma varredura eletrônica do veículo para ver quais erros estavam registrados na memória. Com isso, encontramos alguns erros no módulo do câmbio, que comentaremos um pouco mais tarde, e o erro P0299 está correlacionado com o turbo compressor.
essa falha é a válvula de abertura da West Gate. Como fizemos o diagnóstico desse componente?
A memória de falha foi apagada e o veículo foi colocado em teste de rodagem para tentar reproduzir esta falha com mecânico para ter uma sensação melhor com o momento em que essa falha acontece e como desenvolver um diagnóstico. Durante o teste de rodagem, o carro apresentou as mesmas falhas relatadas pelo cliente que são: a perda de potência, o veículo não desenvolve velocidade e não troca de marcha. Aqui ele já está no elevador novamente, fizemos o escaneamento eletrônico e o erro persiste. Então, o erro que a gente comentou no começo desta reportagem voltou a ocorrer e agora faremos uma análise no cofre do motor para identificar se é uma falha mecânica ou uma falha eletrônica. Pessoal, antes de fazer uma desmontagem do componente completo, vamos mostrar o passo a passo que nós fizemos para ter certeza do diagnóstico que estávamos realizando nesse momento. Então, o componente que poderia gerar
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Utilizando recursos como simulador de sinal e osciloscópio, entendemos qual o sinal que chega nessa válvula e com isso embarcado conseguimos decifrar esse sinal e comprovar que o componente estava ok. Passando para uma avaliação do conjunto turbocompressor, sem tirar ele do veículo. Ainda com o conjunto montado no carro, nós realizamos a desmontagem da mangueira de alimentação de ar, da parte fria da turbina e utilizando um boroscópio, nós conseguimos analisar o estado geral do eixo da turbina e das palhetas. Foram identificadas algumas barcas não características deste componente e aí percebemos que o defeito estava no conjunto turbocompressor. E, assim, decidimos fazer a desmontagem já sabendo que seria necessário algum tipo de manutenção deste componente. Ou a revisão dele ou a troca completa. Agora, nós temos aqui na ban-
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PARCEIRO
cada o componente – que já foi retirado do veículo, a parte quente do turbo e a parte fria.
E, nessa análise para cá, nós chegamos a constatar o que havíamos visto pelo boroscópio: que o eixo está danificado, travado e suas palhetas também estão danificadas.
Durante o teste de rodagem, sentimos um odor de gases dentro do carro e precisávamos descobrir de onde ele vinha. Para isso, analisamos o coletor de escape e vimos aqui uma trinca na região da solda, por onde ocorria o escape dos gases. Diante desse cenário, e como já tínhamos uma aprovação prévia das peças e da mão de obra, solicitamos o novo componente e assim que chegar faremos a montagem
Guilherme Guimarães, proprietário da HAWKS REPAIR, situada na Mooca, em São Paulo
seguindo os padrões do fabricante, torques de aperto e sequências de montagem, apagaremos os erros e faremos a volta do teste de rodagem e aí voltaremos para contar como o veículo ficou. Dando sequência à fase final do vídeo, estamos aqui com a Evoque e foi feito o processo de montagem, trocado o óleo do motor e, também, todo o líquido de arrefecimento – já que se perde muito líquido durante a desmontagem. No primeiro momento, fizemos a varredura do carro, apagamos os códigos de falha e antes da volta de teste, foram monitorados e todos os parâmetros estavam funcionando. Agora a gente chegou a dar volta de teste, o veículo se comportou bem, a potência voltou, não tivemos mais nenhuma luz no painel e logo, antes da entrega para o proprietário, vamos fazer a última varredura para ver se tem algum erro temporário ou permanente registrado. Não tendo nenhum erro, é só fazer a entrega. Vamos dar sequência aqui, o carro já está pré-selecionado, opção
de motor – está acessando neste lugar – e a adoção de códigos aparece
perfeita: Land Rover > Nenhum código presente.
Com isso, damos fim à matéria de troca da turbina da evoque. Se você gostou desse procedimento, deixe seus comentários abaixo e nos siga nas redes sociais. Obrigado e até o próximo! REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
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NA OFICINA / ELÉTRICA
INJEÇÃO DIRETA E INDIRETA “VOLTANDO À POLÊMICA LIMPEZA DE BICOS INJETORES!” por Leandro Marco | fotos Divulgação
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Injeção Eletrônica de Combustíveis chegava ao Brasil em 1988 com o Gol GTI.
Terror dos reparadores, principalmente no interior, onde o acesso às informações era muito escasso. Apelidada de Injeção Burra, pelos mecânicos, pois a mesma não tinha comunicação com equipamentos de diagnóstico (SCANNER). Após vieram as Injeções Eletrônicas com Diagnóstico via Scanner, e assim de Injeção Eletrônica passamos a chamá-la de Gerenciamento Eletrônico do Motor. GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DO MOTOR O que fez diferenciar e mudar a classificação de Injeção eletrônica para Gerenciamento Eletrônico do motor foram as funções agregadas ao Módulo de Controle Eletrônico, conhecido como Central, UCE, ECU, etc. Antes, o sistema controlava apenas a injeção de combustível, conforme temperatura do motor, ar admitido, sincronismo e ponto de ignição. Com a necessidade e busca de melhorias em autonomia e redução de poluentes, a UCE passa a 34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
controlar sistema de carga e partida, monitorar sinais de climatização, transmissão, frenagem, por comunicação via REDE CAN com as demais unidades do Veículo. INJEÇÃO INDIRETA A injeção indireta é a mais comum nos automóveis, e não a mais antiga, pois a injeção direta já era aplicada em veículos diesel. Chamada de Indireta, pois ela injeta o combustível por trás das válvulas de admissão, para ser admitido juntamente com o Ar externo que é puxado pelo motor. INJEÇÃO DIRETA Já a Injeção Direta, ela injeta diretamente na câmara de combustão, a ponta do Injetor fica na câmara igual à vela de ignição, porém em ângulos diferentes. O que muda a grosso modo na injeção direta: ü Pressão de Combustível passa a contar com 2 Bombas, a Elétrica e a Mecânica de Alta Pressão, que atingem em alguns modelos 200 bars; ü Injetores de Baixa Impedância, e de spray mais pulverizado. E outros sensores e atuadores acrescidos ao sistema. Mas, então, os Bicos Injetores de Injeção Direta testam ou não as máquinas de limpeza injetores? Sempre surge, em torno dos serviços de manutenção automotiva, se limpa ou não injetores. Na edição 124 da Revista Reparação Automotiva, trouxemos uma matéria sobre a limpeza dos injeto-
CONSULTOR Leandro Marco Busque qualificação profissional na General TECH, de Uberaba, Minas Gerais
res de injeção Indireta, onde, caro leitor, você poderá acessar na versão online, caso não tenha a revista física, e ver toda a análise. BOM, AÍ VOLTAMOS À POLÊMICA, LIMPA OU NÃO BICOS INJETORES? Então, surgem reportagens, entrevistas, opiniões, mas a realidade é outra! Quando chegam à oficina, com falhas e vários diagnósticos, inclusive virou FEBRE NACIONAL: “eu vi no youtube” “o fulano falou que, no programa de ciclano, o mecânico de um amigo disse, e a lista fica extensa”. As pessoas que gravam as dicas, ou participam por meio da mídia, seja impressa, web ou TV, não estão afirmando que todo o caso é o mesmo, mas apresenta situações que podem ocorrer, uma forma de estarmos atentos. Mas infelizmente interpretam de forma errada, tomam decisões e realizam ações que resultam em prejuízos financeiros e muitas vezes levam pessoas a formarem opiniões que denigrem a imagem de oficinas, montadoras, etc. Diagnósticos e dicas mal interpretadas, trazendo conflitos entre clientes e reparadores, pois o cliente assistiu, ou leu em algum lugar, ouviu, e já acha que o diagnóstico é uma produção em Série, tudo igual. Alguns, não compreendem o assunto, entendem de forma errônea, e jogam o diagnóstico como se fosse receita de Chá da Vovó. “limpeza de bicos não é reparo dos mesmos, é uma manutenção preventiva!”
A REALIDADE NAS OFICINAS Nos últimos dois meses, recebemos veículos com diagnósticos prontos, fabricados e, por muitas vezes, levaram os clientes a realizarem manutenções erradas e caras, e o defeito era tão somente os INJETORES GDI (Injeção Direta), com problemas. Um dos casos, um UP TSI, acusando falhas de combustão, e já tinham trocado velas de ignição, até o aditivo do radiador, conforme o proprietário, alguém na internet, no canal X, disse que o problema do UP era “Y”. Até que o veículo nos foi encaminhado, e ao analisar encontramos a falha dos injetores, nos testes em equipamento apropriado. A máquina de Limpeza de Bicos Injetores para Injeção Direta traz em seu nome a designação GDI. Aqui na GENERAL TECH, utilizamos a MULTIJET PRO GDI, da Alfatest,
vale salientar que a máquina é parecida com as demais, porém ela tem interface eletrônica diferente, para receber o injetor de baixa impedância, onde você seleciona se é GDI ou Convencional, chamado de Stand. E possui uma pressão de linha maior que a máquina para injeção indireta.
Os Bicos do UP! TSI apresentaram gotejamento a 6 bars de Pressão. Outro caso foi o FORD FOCUS TITANIUM, onde o veículo
apresentava falhas para funcionar, e ficava tremendo (vibrando) até a antena do teto.
O cliente chegou com diagnósticos diversos: I. Que era sua embreagem; II. Outro que era a bomba de alta; III. Problemas no sistema elétrico. Ao realizar o diagnóstico por scanner automotivo, via-se a informação de falha de pressão de combustível, mas analisando as pressões baixa e alta, podemos verificar que estavam dentro dos padrões. Ao retirar os injetores levados à máquina, identificamos a falha dos mesmos:
NA OFICINA / ELÉTRICA Scanner Automotivo Atualizado e liberado para montadora: AUTEL, para veículos Importados.
Após a retirada dos injetores, são visíveis os danos causados como carbonização das válvulas de admissão:
RAVEN 3, para veículos Nacionais e Diesel
ü Leques deficientes; ü Equalização desigual; ü Estanqueidade danificada. Veja no detalhe o bico gotejando a 8,5 bars de pressão: Máquina de Limpeza de Bicos GDI, Multijet PRO GDI
Por motivos de segurança, não temos a máquina de limpeza de Injetores GDI com a pressão real de trabalho, pois há riscos ao trabalhador. A desmontagem dos bicos GDI também não é uma tarefa simples, acompanhe nosso colaborador Ailton Jr. desmontando o sistema:
Estas e outras falhas são amenizadas e muitas vezes evitadas, com manutenção preventiva. Resumindo, existe sim limpeza de bicos injetores tanto da Injeção Direta ou da Indireta, em caráter preventivo. A máquina deve ter uma placa eletrônica apropriada, para não danificar os injetores. Para realizar a manutenção de veículos com injeção direta, o profissional precisará dos seguintes equipamentos, além das ferramentas manuais:
Treinamentos na área de manutenção automotiva, como Curso de Injeção Eletrônica
Tranquilidade Tranquilidade na Oficina? Com certeza! Nós somos apaixonados por carros e sabemos que a qualidade é muito importante para o sucesso do seu negócio. Por isso, produzimos componentes em que você pode confiar e que são testados nas condições mais severas, para garantir que seu cliente fique satisfeito e que seu veículo continue funcionando tão bem quanto no dia em que foi comprado. Então, utilize peças da Delphi para o reparo correto do veículo do seu cliente e aproveite a tranquilidade por ter escolhido um produto de qualidade. Nós somos Delphi Technologies, seu especialista em aftermarket focado no futuro.
NA OFICINA / SUSPENSÃO
DIREÇÃO ELÉTRICA DO UP! ATENÇÃO AOS DADOS DO SCANNER
Na suspensão e alinhamento ou desmontagem de componente, o estado da direção em relação à roda deve ser levado em conta Por Fernando Toledo | fotos Divulgação Colaborou Wanderlei Castro
O
instrutor Fernando Toledo, da Gardi Treinamentos, traz para nós dados técnicos de um mesmo modelo, VW UP!, mas com anos diferentes. Um deles é de 2016/17 e o outro é de 2015/16. “Vou falar um pouco sobre a direção elétrica, dos dados que obtemos no scanner e o porquê da necessidade de se atentar a isso na hora da manutenção – seja ela na parte de suspensão e alinhamento ou na desmontagem de algum componente. Deve existir uma conferência para saber como é que está o estado da direção em relação à roda do carro”, enfatiza. PROCEDIMENTO Então, estamos com os dois carros com as rodas alinhadas e nós vamos ver os dados da direção pelo scanner. Primeiro, veremos os dados do veículo de ano 2017 e seguiremos para verificar os dados do carro de 2015/16. Vamos ver o que acontece e quais são os cuidados que a pessoa deve ter ao desmontar e saber como é que deve ser o procedimento da desmontagem para não existir nenhum problema ao montar o veículo novamente. No nosso treinamento, nós ensinamos todas a técnicas voltadas a ABS, Airbag e à Direção Elétrica: os
itens de segurança ativos e passivos do automóvel. Mas voltemos ao carro para olhar os dados. Bom, dentro do carro – no caso, do modelo 2016/17 – e colocando a posição linear do volante, com entorno da posição que está aqui agora, vou levá-lo à posição zero do volante. E podemos observar algo diferente quanto
à condição do volante do carro: o volante está levemente caído para o lado direito, não está alinhado. Ao colocarmos o volante na posição alinhada, como deve ser, temos uma diferença de 9,7 graus para o lado esquerdo.
Então, o volante está defasado para o lado direito, em relação ao ponto 0. O cliente reclamou que o carro não está legal de dirigir, que ele sente o volante um pouco pesado na condição de linha reta e percebe que está estranha a forma de dirigir como veículo. Agora, vamos olhar o carro 2015/16 e verificar os dados da direção elétrica. Lógico, o automóvel está parado, mas já temos uma referência inicial via scanner caso tenhamos que desmontar o carro ou levá-lo para a rampa de alinhamento. Dessa forma, podemos ter uma melhor dimensão no momento de tomar decisões quanto ao reparo mecânico ou de alinhamento neste veículo que está fora. Então, vamos ao próximo carro, de ano 2015/16. Pelo interior dele, podemos notar diferenças em rela-
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veículo passa por uma manutenção mecânica, seja ela em direção, colu-
CONSULTOR Fernando Toledo, instrutor da Gardi Treinamentos
ção ao modelo mais novo. Mas vamos focar no ângulo de volante do carro, que não apresenta falha nenhuma, o ângulo do volante, em graus, tem medidas 0,4 na posição centralizada em relação ao painel e o cliente não tinha reclamações. Nós também dirigimos o carro e constatamos a diferença em comparação ao outro. Por essa razão, é importante que você confira isso, pois muitas vezes o
na, axial, terminal, mas hoje existe uma engenharia eletrônica que enxerga tudo o que está acontecendo com a manutenção do automóvel. Aquele carro está fora do ângulo de volante e esse está correto. Nós devemos fazer uma correção naquele outro veículo que é a correção eletrônica em relação às rodas do carro. O carro está alinhado, com pneus em ordem – isto é, não está comendo em torto – só que a posição angular do volante está errada e
o motorista percebe isso ao dirigir o veículo. Percebendo, assim, que não está como se encontrava antes, o volante está desalinhado e a instabilidade interfere em tudo isso. Nós sabemos que tudo isso tem a ver. Então, é importante que vocês saibam disso. Preparem suas oficinas: elas não sobrevivem só de injeção eletrônica. Hoje, para se ter uma ideia, existem vários sistemas de eletrônica embarcada no carro, onde compõem vários modos de diagnóstico. Esse é um deles que queríamos passar para vocês. Esperamos poder ter ajudado. Valeu e até a próxima!
www.reparacaoautomotiva.com.br por Redação | fotos Divulgação
UFI FILTERS INTENSIFICA AS OPERAÇÕES DE REPOSIÇÃO NO MERCADO BRASILEIRO A multinacional italiana UFI Filters, com operações em mais de 70 países e vasta experiência e tecnologia de ponta em sistema de filtragem, vem imprimindo um ritmo de lançamentos bem intenso para atender a frota de veículos do Brasil e da América Latina. A previsão é oferecer cobertura de 98% para a frota de veículos até meados de 2020 que, segundo o Sindipeças, reúne 44,8 milhões de unidades, entre veículos leves e pesados.
MONROE LANÇA 21 AMORTECEDORES PARA LINHA LEVE Uma das líderes mundiais em amortecedores, a Monroe lançou recentemente 21 novos produtos voltados para o mercado de reposição. As novidades, para se ter uma ideia, já estão disponíveis e atendem modelos da linha leve e utilitários de seis montadoras. Entre os lançamentos estão amortecedores dianteiros e traseiros para aplicação em Chery, Ford, Chevrolet, Honda, Hyundai e Kia.
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA MARCA PRESENÇA EM EVENTO DA PARCEIRA HIPPER FREIOS Marcando presença nos principais acontecimentos do segmento, a Revista Reparação Automotiva esteve em 29/10 na cidade de Bauru (SP) fazendo a cobertura de um evento promovido por sua parceira Hipper Freios, que mobilizou cerca de 200 profissionais da reparação. Em pauta, toda a tecnologia de ponta que a indústria brasileira utiliza na fabricação de seus produtos.
CENTROPARTS LEVA CENTENAS DE PESSOAS AO CENTRO DE CONVENÇÕES GOIÂNIA (GO) De 17 a 19 de outubro, a CENTROPARTS reuniu os principais segmentos da indústria automotiva no Centro de Convenções de Goiânia (GO), uma grande oportunidade de avaliar fornecedores e produtos, já que os expositores apresentaram ampla gama de itens e serviços, abrangendo todas as necessidades do varejo e reparação; e ampliar a lista de parceiros e realizar networking, bem como concretizar negócios.
MARELLI COFAP LANÇA NOVOS CÓDIGOS PARA JUNTAS HOMOCINÉTICAS, SEMIEIXOS E TRIZETAS A Marelli Cofap do Brasil, uma das maiores empresas do mercado de reposição do País, amplia a sua linha de juntas homocinéticas, semieixos e trizetas com o lançamento de 17 códigos. Os novos produtos atendem às principais montadoras do Brasil como Chevrolet, Citroën, Fiat, Ford, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen. A empresa, com isso, disponibiliza o portfólio com cerca de 60 linhas de itens. 40 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ARTIGO / NONÔ FIGUEIREDO por NONÔ FIGUEIREDO Piloto de competição
fotos Arquivo Pesssoal
O IMPACTO DAS MUDANÇAS NAS EMPRESAS E OS DESAFIOS QUE PODEM TRAZER
N
Temos a opção de mudarmos o nosso negócio por iniciativa própria (programada) ou mudarmos por necessidade (não programada)
ão é fácil mudar! Porém temos a opção de mudarmos o nosso negócio por iniciativa própria, com um cronograma definido, com planejamento e, principalmente, tomando a frente e inovando nos processos. A outra opção, com muitos riscos envolvidos, é a mudança por necessidade, aquela mudança urgente que não programamos, pois não estávamos atentos às diversas variáveis ao nosso redor.
vimos recentemente na principal categoria do mundo várias mudanças, nos motores. Dos famosos e barulhentos V12, V10 e V8 para o atual e muito mais silencioso V6 turbo de 1.600 cilindradas. De 2018 para 2019, várias mudanças aerodinâmicas foram introduzidas para tentar aumentar a quantidade de ultrapassagens, ou seja, melhorar o espetáculo. Para 2021, uma série de mudanças técnicas será implementada.
No automobilismo, costumo dizer que o modelo de negócio das principais categorias do mundo é cíclico, a duração desses ciclos é determinada principalmente pela tendência do mercado automotivo e também pela necessidade de gerar um interesse pela competição. Usando a Fórmula 1 e a Stock Car como exemplos,
A Stock Car, principal categoria do automobilismo brasileiro, passará nos próximos anos por mudanças grandes, em que o objetivo é se adaptar às necessidades e realidades da atualidade, bem diferentes de quando o modelo atual de negócio da categoria nasceu, em 2009. Tais mudanças irão gerar
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dificuldades para os que não se prepararam para essas horas, seja do ponto de vista financeiro, mudanças requerem muitas vezes investimentos, ou do ponto de vista de conhecimento, as equipes que ficaram acomodadas durante todo esse tempo terão mais dificuldade em se adaptar às novas regras. Como no início dessa coluna, escrevi que mudar não é uma tarefa fácil. Nem sempre os processos, sistemas e profissionais da empresa estão preparados para enfrentar os desafios que a ação pode trazer. Por isso, a gestão da mudança, a transparência nas informações, é tão importante, visto que a mesma tem como foco oferecer um conjunto de práticas e ações capazes de dar suporte para que todos se adaptem à nova realidade.
JUNTOS
DER E VIER
JUNTOS
Nossa parceria de confiança e amizade não para de crescer.
DER E VIER
mais por aí. Albarus. Qualidade que transmite segurança.
Trânsito seguro: eu faço a diferença. No trânsito, a vida vem primeiro.
Uma família que não para PARA O QUE de crescer.
Estamos juntos de novo, juntos na estrada, parceira de confiança e amizade que Tem cruzetas, juntas homocinéticas, cubos de roda, coroa você pode contar quando precisa. Muitas histórias já foram escritas e muitas ainda e pinhão, componentes de cardan e bandejas. E ainda vem iremos contar. Albarus. Qualidade que transmite segurança.
PARA O QUE
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