Reparação Automotiva 135

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EDIÇÃO 135 Dezembro de 2019

“O CARA” DA

REPARAÇÃO Dos tempos em que o problema do carro era percebido apenas pelo ouvido, aos dias atuais em que a tecnologia verdadeiramente tomou conta dos veículos, o reparador teve que se reinventar e se adaptar a uma nova realidade. Carros mais sofisticados têm exigido profissionais cada vez mais qualificados.

SINDIREPA-SP E NACIONAL Presidente Antonio Fiola afirma que a perspectiva é de melhora na economia para o ano que vem

GESTÃO DE MUDANÇAS

Saiba como promovê-la em sua empresa, engajando a sua equipe e mensurando resultados

MINI COOPER S 1.6 THP

Surge na oficina com o cliente dizendo que a luz do óleo acende com o veículo em marcha lenta

BARRA AXIAL

Conheça a utilidade do item, como detectar um problema e a sua aplicação correta

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS




EDIÇÃO 135 | DEZEMBRO 2019

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06. ENTREVISTA

Antonio Fiola é o presidente dos Sindirepa-SP e Nacional

08. GESTÃO

Gestão de mudanças e a sua importância para as empresas

12. RODIMAR

Alinhando sua equipe para o alcance de resultados – Parte 2

14. NEGÓCIOS

MKT de diferenciação é o que faz a sua oficina ser diferente

16. ARTIGO

Alexandre Costa: “No futuro, as oficinas não terão barreiras”

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18. CAPA

O Reparador está nesse seleto grupo de caras insubstituíveis

32. TRANSMISSÃO

Problemas comuns às transmissões marca Ford 4F27-E / FNR5

36. ELÉTRICA

Para o fechamento de 2019, trazemos a Rede Can Protegida!

40. MOTOR CAPA: Nosso agradecimento à Seiko Automotive, de São Paulo (SP), que gentilmente recebeu nossa equipe para a sessão de fotos.

Mini Cooper S com a luz do óleo acendendo em marcha lenta

42. SUSPENSÃO

Conheça a Barra axial, importante componente desse sistema

44. AUTOMOBILISMO

Nonô parabeniza os profissionais mecânicos pelo seu dia

46. FIQUE POR DENTRO

IMPRESSÃO: GRÁFICA OCEANO

As principais notícias do segmento da reparação automotiva

TIRAGEM: 30 MIL EXEMPLARES 60 MIL EXEMPLARES

ENVIADOS PARA E-MAIL’S CADASTRADOS

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ENTREVISTA / SINDIREPA SP E NACIONAL

“ANO DIFÍCIL PARA A REPARAÇÃO” Com queda do tíquete médio, aumento do movimento e mais serviço para manter o faturamento; consumidor fazendo só o necessário, evitando gastar por Silvio Rocha | fotos Divulgação

No entanto, para este ano, conforme Antonio Fiola, presidente do SindirepaSP e Sindirepa Nacional, “a perspectiva é de melhora na economia para que o consumidor volte a ter poder de compra. Percebemos também que as empresas estão retomando investimentos, isso é fundamental para o crescimento”, diz.

Reparação Automotiva - Em primeiro lugar, gostaria que você contasse um pouco mais de sua história como empresário da reparação e quando passou a ser presidente do Sindirepa-SP e mais tarde Sindirepa Nacional. Antonio Fiola - Comecei desde novo no mundo da reparação, praticamente cresci no meio porque o meu pai tinha uma oficina e eu vivia lá, querendo aprender. Fiz curso no Senai e, aos 17 anos, quando meu pai infelizmente faleceu, comecei a tocar a oficina. Sempre gostei do negócio. Fiz economia e até tive emprego na área, mas decidi seguir como empresário da reparação de veículos e acabei envolvendo na área associativa. Tive o privilégio de conhecer o Geraldo Santo Mauro e aprender com ele a negociar, um grande líder que conseguiu dar voz ao setor de reparação que precisava de reconhecimento no mercado e ele conseguiu fazer isso. Deixou um legado importante do qual tive a honra e o desafio de levar adiante em 2005, quando assumi a presidência do Sindirepa-SP, a qual estou até hoje. Em 2012, foi criado o Sindirepa Nacional, entidade que representa os Sindirepas dos Estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do

Sul e São Paulo e da cidade de Ponta Grossa/PR, e também assumi a presidência. A associação dos Sindirepas nasceu para apoiar os sindicatos estaduais e igualmente para fortalecer a reparação de veículos que agora conta com representatividade nacional. De lá para cá, já tivemos muitas conquistas importantes para fortalecer o setor. RA - Lembrando um pouco mais de sua trajetória, fale a respeito dos principais desafios e oportunidades. AF - A trajetória é repleta de desafios para tornar o setor mais forte e também promover o desenvolvimento das empresas. Sempre buscamos ampliar os serviços oferecidos pelo Sindirepa-SP aos associados, com parcerias com empresas, desconto em cursos do Senai, programa de palestras e treinamento, elaboração de normas de serviço ABNT, criação da lei Alvarenga que regulamenta o setor de reparação. Desenvolvido pela Temos, desde 1998, o Programa de Melhoria da Manutenção de Veículos a Diesel (PMMVD) abrange uma rede de empresas que realizam serviços de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos pela CETESB, visando a minimizar as emissões de poluentes. As empresas estão aptas a emitirem o RMO – Relatório de Medição de Opacidade, e quando comprovados a realização de reparos junto aos veículos, podem obter uma redução de 70% do valor da multa aplicada por poluição. O Sindirepa-SP conta, atualmente, com 102 oficinas no Programa PMMVD para atender os veículos notificados pela Cetesb no município de São Paulo. Igualmente criamos o Prêmio Sindi-


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reparacaoautomotiva.com.br repa-SP para reconhecer as marcas de autopeças, equipamentos e tintas que possuem melhor relacionamento com os reparadores, mediante avaliação de pesquisa que inclui vários quesitos, entre qualidade e atendimento. Outro ponto importante é promover a qualidade nas oficinas, com o PIQ – Programa de Incentivo à Qualidade, em parceria com o IQA foi idealizado justamente para atender às necessidades das oficinas independentes. O nosso trabalho é permanente, visa parcerias com empresas, como acesso a catálogos eletrônicos, por exemplo, entre outros serviços. O programa ganhou mais força este ano com o lançamento do programa Rota 45, referência ao CNAE (Cadastro Nacional de Atividade Econômica) 45, que visa promover capacitação, certificação e qualificação de varejos e oficinas independentes. A iniciativa envolve o Sindirepa-SP, Sincopeças-SP, IQA e Sebrae-SP. A proposta tem como objetivo promover conhecimento aos profissionais das empresas. O Sindirepa –SP tem parceria com Rede Euro Repar Service Brasil e Rede PitStop. Também lançamos uma rede própria de oficinas: GP Auto Service. É um modelo de negócio que se difundiu em outros países e precisa ser adaptado ao Brasil, considerando as características das empresas locais. É uma tendência forte e contribui para a profissionalização, lembrando que a capacitação é fundamental. E, para isso, contamos com o Senai que tem feito um trabalho de excelência na formação de profissionais ao longo dos 50 anos de existência, completados em 2018. RA - Com as novas tendências do mercado e as inovações nos veículos, quais as novidades e tecnologias nos produtos hoje do setor? AF - Mesmo acreditando que, no Brasil, até por causa do etanol, considerado energia limpa, vão predominar os híbridos, inclusive a Toyota já trouxe essa tecnologia com o Novo Corolla. Carros somente elétricos não terão tanta força como nos outros países, justamente por causa das condições diferentes que

o etanol oferece. Contudo, as oficinas estão buscando conhecer essas novas tecnologias e como será o reparo desses veículos, uma verdadeira revolução no setor. O Sindirepa-SP promove vários eventos para discutir o assunto, assim como fez na Automec. Existem muitas coisas relacionadas aos híbridos e elétricos que vão impactar a forma de reparar, não só porque são tecnologias e sistemas diferentes, mas porque o reparador vai precisar ter cuidado para mexer nesses carros que possuem eletricidade e o manuseio exige atenção e equipamentos para isolamento, pois falamos de alta tensão. O Sindirepa-SP também está participando oficialmente do programa do governo brasileiro que trata da construção da base normativa e legal da eletrificação veicular no que tange à segurança no seu manuseio. Embora o parque de veículos puramente elétricos e híbridos ainda seja pequeno, a tendência é que esta frota aumente nos próximos anos e a questão da segurança é vital para a reparação de veículos porque os primeiros depoimentos revelaram que um ser humano pode virar pó devido à energização encontrada neles. RA - Ressalte como é o processo de garantia dos produtos do setor. AF - A garantia é um ponto sensível para a oficina e que também é levado em consideração na escolha da marca do fabricante. Quanto mais ágil é o sistema, melhor para toda a cadeia, inclusive o consumidor. A garantia acontece por procedimento de aplicação e dificuldade de identificar o produto correto para o veículo a ser reparado devido à diversificação dos itens e dos modelos. Hoje temos mais de 2 mil modelos diferentes de veículos de 50 montadoras. Cada fabricante tem a sua política de garantia. O Sindirepa-SP tem como pauta a criação de uma norma de procedimentos para atender a garantia dos produtos. Antes de o aplicador solicitar a garantia, precisa seguir procedimentos, uma recomendação para

que a solicitação seja feita com mais critério. Mas esse assunto ainda evoluiu. Um tema que precisa ser desenvolvido. Hoje o setor de reparação de veículos possui 27 normas de serviços automotivos da ABNT para procedimentos de manutenção. RA - Como foram os três primeiros trimestres para a reparação? AF - Muita oscilação. Há meses melhores, outros piores. Está bastante instável. Acredito que o ano que vem possa ser melhor, é o que esperamos. Foi um ano difícil para a reparação, com queda do tíquete médio e aumento do movimento. Mais serviço para manter o faturamento. Consumidor fazendo só o necessário, evitando gastar. Para este ano, a perspectiva é de melhora na economia para que o consumidor volte a ter poder de compra. Percebemos também que as empresas estão retomando investimentos, isso é fundamental para o crescimento. RA – Para completar, quais os próximos projetos e investimentos do Sindicato para o profissional da reparação? AF - Como o consumidor está cada vez mais conectado, pesquisa e busca informação antes de sair para levar o carro na revisão, as oficinas devem ter site e fazer ações em redes sociais. O Sindirepa-SP, inclusive, criou o aplicativo GP Auto Service para cadastrar as oficinas associadas. Estamos evoluindo com o projeto. Outros tipos de transportes individuais começam a despontar, evolução dos aplicativos e do desinteresse do jovem em ter um carro próprio. As novas tecnologias nos veículos que exigem códigos que as montadoras dificultam em passar para a reparação independente. Enfim, há muitos desafios pela frente, inclusive, o Sindirepa Nacional vai liderar a aliança com as associações de reparação com Argentina e Uruguai entre os temas estão: direito de acesso às informações e fornecimento das peças por conta das oficinas e não pelas seguradoras. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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GESTÃO / GESTÃO DE MUDANÇAS

Daniella Doyle, gerente de Marketing na Siteware

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

GESTÃO DE MUDANÇAS

O QUE É E QUAL A IMPORTÂNCIA PARA SUA EMPRESA Didaticamente, saiba em qual momento você deve promovê-la em sua oficina, engajando a sua equipe e mensurando resultados

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conceito de gerenciamento de mudanças remonta ao início da primeira metade do século XX. Porém, somente na década de 1990 que a gestão de mudança tornou-se bem conhecida no ambiente de negócios, se popularizando de vez a partir dos anos 2000. “Ela é um conjunto de práticas e estratégias que têm como objetivo promover uma transição e uma adaptação mais saudável e menos brusca e traumática em uma empresa. É um processo em que os gestores, junto às equipes, procuram vivenciar as transformações (tangíveis ou não) de modo a extrair delas o máximo de oportunidades possíveis”, explica Daniella Doyle, gerente de Marketing na Siteware, empresa desenvolvedora de softwares.

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Para promover uma gestão de mudança em sua oficina, Daniella Doyle orienta que seis passos devem ser seguidos. O primeiro deles é definir claramente a mudança e alinhá-la aos objetivos de seu negócio. “Pode parecer óbvio, mas muitas organizações perdem esse primeiro passo vital. Uma coisa é articular a mudança necessária e outra completamente diferente é conduzir uma revisão crítica em relação aos objetivos organizacionais e metas de desempenho”. Ele esclarece que desta forma você conseguirá garantir que a mudança leve sua empresa à direção certa do ponto de vista estratégico, financeiro e ético. “Essa etapa também pode ajudá-lo a determinar o valor da mudança, que

quantificará o esforço e o investimento necessários”. IMPACTOS DA MUDANÇA – O segundo passo é determinar os impactos da mudança. “Depois de saber exatamente quais são as mudanças e o que se pretende alcançar com elas, você precisa determinar os impactos que essas transformações podem causar em diferentes níveis organizacionais”. O caminho, diz ela, é revisar o efeito em cada departamento e como ela ocorre em cascata através da estrutura organizacional para os indivíduos. “Assim, essas informações começarão a indicar o esquema de onde o treinamento e o suporte são mais necessários para mitigar os impactos”. Algumas perguntas-cha-


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GESTÃO / GESTÃO DE MUDANÇAS ves podem ser feitas nesta etapa: “Quais são os impactos da mudança? Quem será mais afetado pela mudança? Como a mudança será recebida?”. ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO – O passo seguinte é criar uma comunicação interna para envolver os seus colaboradores no processo de mudança. “Caso contrário, os colaboradores não saberão quais são as mudanças, o porquê de elas estarem acontecendo, quem será afetado, etc. Tudo isso pode gerar uma falta de engajamento e resistência às transformações, dificultando ainda mais o processo de implementação”. Nesta etapa, Daniella Doyle deixa algumas dicas para uma eficaz comunicação interna: crie um cronograma de como a mudança será comunicada, atente-se à linguagem adotada, defina quais serão os canais de comunicação e quais mídias você pretende utilizar para chegar até os seus funcionários. TREINAMENTO EFETIVO – Após comunicar à sua equipe sobre quais mudanças serão implementadas, o passo seguinte é treinamento. “É importante que seus funcionários recebam treinamento. Dessa forma, eles vão adquirir as habilidades e os conhecimentos necessários para operarem com eficiência à medida que a mudança for implementada”. Como dica, Daniella Doyle sugere incluir um conjunto de módulos online de aprendizagem ou uma abordagem presencial, com palestras, minicursos, oficinas, entre outros. “Tudo vai depender do tipo de mudança que está sendo implementada”. ESTRUTURA DE SUPORTE – Para ajudar os seus funcionários a se 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

MUDANÇA DE LINHA Na oficina de Odair Borges de Freitas (foto), a ABF Automecânica, de Jaraguá do Sul (SC), ele percebeu uma oportunidade para atingir um público mais específico. “Com a crise, percebemos que os proprietários de veículos premium deixaram de trocar os seus veículos e passaram a investir na manutenção. Nós já trabalhávamos com estes veículos, mas em uma proporção menor, e passamos a focar nesta linha”. Não foi preciso treinar a equipe, “há um certo tempo o nosso modelo de oficina já é diferenciado”, diz o empresário, e o que ele fez foi investir no engajamento de seus funcionários.

adaptarem à mudança, forneça uma estrutura para que eles desenvolvam comportamentos e habilidades técnicas necessárias para alcançar os resultados de negócios desejados. “Você pode considerar o fornecimento de suporte, como serviços de aconselhamento para ajudar as pessoas a lidar com a situação. Ou uma política de portas abertas com a gerência. Assim, os colaboradores se sentirão mais livres para fazer perguntas e esclarecer dúvidas à medida que elas forem surgindo durante a transição”. MENSURAÇÃO – Durante todo o processo de gerenciamento de mudanças, uma estrutura deve ser implementada para medir o impacto das transformações no negócio. “Assim, se garante que existam oportunidades de reforço contínuo para promover a melhoria constante”.

“Nós trabalhamos com indicadores e neste ano nós implementamos o PPR, Programa de Participação de Resultados, para que eles enxergassem a possibilidade de ganhos maiores”. E os resultados para a oficina já são notórios. “Nós recebemos cerca de 20% de novos clientes por mês na oficina e o nosso ticket médio aumentou, está na casa de R$ 1.100,00. Um aumento de aproximadamente 25% de um ano para o outro”, finaliza.

Nesta etapa, Daniella Doyle sugere alguns questionamentos: A mudança ajudou a atingir as metas de negócios? O processo de gerenciamento de mudanças foi bem-sucedido? O que poderia ter sido feito de forma diferente? “Agora que você já sabe tudo sobre o que é gestão da mudança e o que fazer para implementá-la, que tal colocar isso em prática na sua empresa? Como medir a eficiência das mudanças implementadas em sua empresa? Nós, da Siteware, desenvolvemos um software, o STRATWs One, que possibilita você criar, acompanhar e gerenciar indicadores de desempenho de pessoas, equipes e projetos com total transparência, para avaliar os impactos das mudanças em tempo real”, conclui.



ARTIGO / GESTÃO DE PROCESSOS

GESTÃO DE PROCESSOS

ALINHANDO A EQUIPE PARA O ALCANCE DE RESULTADOS PARTE 2

por RODIMAR MARCHIORI Diretor da Marchiori Consultoria Foto Divulgação

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lá, pessoal, nesta edição continuaremos a conversar sobre Gestão de Processos. No mês passado, falei a respeito de conceitos de processos, como fazer o mapeamento, os impactos positivos na contratação, treinamento e monitoramento diário de sua equipe, a diminuição de erros e maior satisfação dos clientes. Foram apresentadas duas ferramentas muito utilizadas para mapeamento e gestão de processos, o Fluxograma e o POP – Procedimento Operacional Padrão, para complementar hoje falaremos de mais uma ferramenta que irá auxiliar, que é a Instrução Normativa. Instrução Normativa (IN) - é um documento que servirá para complementar os processos existentes, descrevendo mais informações de forma analítica para dar mais parâmetros para tomadas de decisões. No processo de atendimento ao cliente, teremos a etapa negociação do orçamento, como Instrução Normativa você poderá descrever quais as formas e condições de pagamento que a empresa disponibilizará, o que avaliar no cliente para ofertar melhores condições; na política de descontos, qual o parâmetro para definir os percentuais que devem ser trabalhados. 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Após mapear os principais processos, seja com o Fluxograma ou POP, e definir Instruções Normativas, chega a hora de validar com a equipe e padronizar. Apresente para seu grupo o conjunto de processos e INs, explicando a importância da implementação e prazo para padronização. Após validar, inicie os treinamentos, como sugestão crie uma pasta para cada setor (Equipe Técnica, Vendas, Compras, Financeiro, RH, Contabilidade e Gerência) contendo os Processos e INs do setor para consultas do grupo sempre que necessário. Então, você mapeou os processos, criou as INs, validou com a equipe, treinou e disponibilizou material para consulta. Agora, tenha clareza da importância da implementação prática. Se você definiu que é importante, faça acontecer. Entenda, não é tão simples o processo de alinhamento do grupo, não crie expectativas que tudo funcione da noite para o dia, pode demorar, exigirá de você muito foco, persistência, alguns funcionários se adaptarão com facilidade, outros não, talvez você até enxergará coisas que nunca percebeu (pessoas que você considerava

importantes para o processo oferecendo resistência a mudanças importantes para sua empresa), mas avance cada dia, monitore, converse com a equipe sobre os erros, ajuste o que for necessário na conduta do grupo, mas mantenha o foco em fazer acontecer. Para empresas que não possuem o mapeamento e padronização dos processos, muitas vezes fica distante perceber os benefícios e só visualizam a dificuldade de implementar, mas depois de implementado com a equipe alinhada, você irá perceber quantos erros poderiam ser evitados com atitudes tão simples e quanta dor de cabeça sem razão apenas por falta de ferramentas e estratégias. A padronização dos processos serve como um guia de comportamentos, atitudes e tomadas de decisões que levam sua empresa a um nível maior de resultados e maior satisfação de todos envolvidos, você empresário, sua equipe, seus clientes, seus fornecedores e sociedade. Para receber mais dicas de gestão, siga nas redes sociais Instagram, Facebook e no Youtube Rodimar Marchiori, ou participe do Grupo de WhatsApp enviando seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.



NEGÓCIOS / PENSE DIFERENTE por Karin Fuchs | fotos Divulgação

MARKETING DE DIFERENCIAÇÃO

É O QUE FAZ A SUA OFICINA SER DIFERENTE

Pedro Superti, especialista em marketing de diferenciação

Conjunto de estratégias que torna uma marca ou empresa reconhecida por suas particularidades diante da concorrência

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arketing de diferenciação é uma estratégia para que o seu negócio seja percebido pelos clientes como diferente dos concorrentes, e isso pode ser em vários aspectos, como por exemplo, na segmentação. Especialista em marketing de diferenciação e criador do Fator X, Pedro Superti, alerta que o maior erro é achar que o diferencial está no preço. “A guerra de preço com a concorrência é um dos principais fatores de falta de diferenciação. Quando seu principal produto é o preço, ele passa a ser aquilo que o cliente procura: produto ou serviço mais barato. Se a concorrência oferece um preço menor que o seu, então é para lá que o cliente 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

vai porque ele não está pensando em qualidade ou na melhor experiência, mas sim em preço baixo”. PROMOÇÕES E DESCONTOS – Segundo ele, trabalhar sempre com descontos e promoções pode ser um caminho sem volta. “E se a empresa decidir cobrar apenas o preço integral? Os clientes vão continuar comprando de você ou só entravam na loja por causa do desconto? Se a empresa não for capaz de se sustentar sem os descontos, é hora de repensar o posicionamento da marca”. MAIS DO QUE QUALIDADE – Na diferenciação, Superti diz que o segredo não é oferecer um serviço de qualidade. “Isso é obrigação da em-

presa e algo que o cliente já espera encontrar. A diferenciação acontece além do serviço. O cliente chega para resolver um problema mecânico e decide esperar na oficina. O local tem sala de espera? Como é esse ambiente?”. Em sua opinião, “muitas oficinas não proporcionam nenhum espaço voltado aos clientes, ainda mantêm aquele aspecto de sujeira e relaxo característico desses locais. Mas não precisa ser assim! Por que não proporcionar um ambiente climatizado, limpo e organizado com direito a cafezinho para o cliente esperar durante a reparação?”. São detalhes que fazem toda a diferença durante o atendimento.


“Se o cliente precisar retornar à oficina, ele vai se lembrar do tratamento que teve e do cuidado da equipe não só com o veículo, mas também com ele”. APLICATIVO – Uma dica de Superti é desenvolver um aplicativo para o cliente acompanhar o reparo, mostrando o passo a passo do serviço para aqueles que não conseguem acompanhá-lo pessoalmente. “Seria bem bacana que esse app disponibilizasse fotos mostrando o antes e o depois para ficar bem claro o trabalho que foi feito no veículo”. PROGRAMAS DE FIDELIDADE – Outra estratégia muito eficaz, destaca ele, é oferecer programas de fidelidade. “Essa é a principal diferença entre o cliente fiel e aquele que aparece só de vez em quando. O cliente fiel sempre vai optar pela sua oficina, então nada melhor do que proporcionar a ele um tratamento diferenciado. Com o programa de fidelidade é possível oferecer uma série de benefícios exclusivos”. “Como por exemplo, troca de óleo grátis após cinco idas à oficina ou desconto no próximo serviço. Aí fica a critério do próprio cliente escolher entre os dois prêmios”. PERSONALIDADE – Uma das principais estratégias do marketing de diferenciação é ter personalidade. “Não adianta nada se a oficina for igual a todas as outras que já existem no mercado. O cliente precisa saber que, além do seu serviço ser melhor do que o da concorrência, você é capaz de oferecer uma experiência melhor do que qualquer outra empresa. E como fazer isso da melhor maneira possível? Conhecendo bem seu cliente e suas necessidades”.

DIFERENCIAÇÃO NA PRÁTICA Na Medcar Serviços Automotivos, de Cascavel (PR), Thiago Dotta (foto) já aplica vários diferenciais que são percebidos pelos clientes, como os aplicativos de atendimento e o de pós-venda. “Quando o cliente chega à oficina, tudo é feito pelo aplicativo, desde a abertura da ordem de serviço, a aprovação do orçamento e todas as etapas do trabalho que estão sendo executadas, ele acompanha pelo aplicativo”. No de pós-venda é configurado o plano de manutenção do carro, as próximas manutenções que estão por vencer, o cliente é avisado quando há a necessidade de recall e também sobre o vencimento da sua CNH. Outro diferencial está na garantia. “Para qualquer serviço que fazemos são seis meses de garantia. Serviços maiores como motor e câmbio, nós damos um ano de garantia. Oferecer

Na opinião do especialista, um ótimo diferencial é oferecer o serviço leva e traz. “O cliente está em busca de comodidade para evitar as consequências de ficar sem carro. A oficina pode levá-lo e buscá-lo do serviço e fazer o mesmo com os filhos na escola ou com os que são diretamente afetados pela falta do carro”. LIMITES – Por mais que o objetivo do marketing de diferenciação seja conquistar clientes fiéis para sua empresa, é preciso respeitar seu espaço. “Uma estratégia de pós-venda utilizada por muitas empresas é o WhatsApp para saber como foi o atendimento, por exemplo. Mas bombardear o cliente com mensagens, além de ser uma invasão de privacidade (já que estamos falando de seu número particular), pode custar muito caro”.

uma garantia diferenciada também mostra a qualidade do serviço, já tivemos casos de clientes que trouxeram o carro, ao invés de levarem para a concessionária, justamente pela garantia que nós praticamos”. E o investimento é constante na equipe. “Além da parte técnica, os consultores se dedicam a fazer cursos na área de vendas e atendimento ao cliente. Nós temos um psicólogo que trabalha com toda a equipe semanalmente, ele faz um desenvolvimento individual, pois por trás do profissional técnico há uma pessoa que precisa se comportar ante o cliente de uma maneira diferente”. Na Medcar são dois profissionais dedicados exclusivamente a atenderem os clientes.

O consumidor pode não gostar desse tipo de abordagem, bloquear o número da sua empresa e não voltar mais na oficina para evitar esse tipo de tratamento. “É preciso conhecer o limite de cada cliente. É um trabalho difícil, mas que prova seu comprometimento em oferecer sempre o melhor atendimento antes, durante e depois que o cliente deixou a oficina”. SATISFAÇÃO – Para quem ainda tem dúvida sobre quais aspectos melhorar no atendimento, Superti orienta que o ideal é realizar uma pesquisa de satisfação com os clientes. “O que eles gostariam que tivesse na oficina? Como otimizar os principais serviços da empresa? As necessidades dos consumidores podem trazer insights preciosos para resolver essas questões”. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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ARTIGO / REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

NO FUTURO, AS OFICINAS NÃO TERÃO BARREIRAS Foto Divulgação

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s oficinas mecânicas surgiram juntamente com a invenção do automóvel. Afinal, se mostrou necessário ter um ambiente onde os veículos pudessem receber os devidos reparos e cuidados de manutenção. Aos poucos, se percebeu que se tratava de um excelente negócio. Passados então mais de 130 anos, o modelo de negócio permanece o mesmo em sua essência, onde a interação entre o proprietário do veículo e o prestador de serviços se dá em um ambiente físico e real. Mas isso está para mudar!

por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo

tarefa em que a participação humana não interferir na decisão do cliente será automatizada. Ou seja, no ambiente físico restará apenas a interação do automóvel com o técnico, ao menos por enquanto.

ciem algum tipo de conveniência.

Sim, no novo contexto de Oficinas do Futuro não haverá mais barreiras que separam o ambiente virtual do real. Não mesmo! Sua oficina será um único negócio baseado em duas plataformas de trabalho: a física e a virtual.

Entenda que não faço aqui previsões “futurísticas”. Não mesmo! O que faço é espelhar no segmento automotivo formatos de serviços que são consumidos pelo seu cliente, em outras esferas da economia. É só olhar de lado e perceber que isso já ocorre em outros segmentos onde o consumidor adquire um produto ou serviço, sem ao menos conhecer onde fica a sede da empresa prestadora dos serviços, e em muitos casos sem nenhuma interação humana. É o caso do Uber, Netflix, iFood e de tantas outras empresas que desafiam o antigo modelo de se fazer negócio.

Então, reflita comigo que nesse contexto o bom atendimento de sua oficina não será mais uma forma de fidelização do seu cliente. As conveniências proporcionadas pelo seu negócio, essas sim serão um fator crucial na decisão de compra. Então, caro empresário, se sua oficina almeja ter um futuro, derrube suas barreiras, invista no mundo virtual. Aproveite que a cada dia a tecnologia se torna mais barata e acessível. Crie um aplicativo onde o cliente possa realizar o agendamento e acompanhar os serviços no seu carro em tempo real, à medida que forem sendo executados. Interaja com ele realizando pesquisas no próprio aplicativo e monitore a condição do seu carro utilizando um positivo conectado à porta OBD do veículo.

O que quero dizer é que tudo aquilo que é burocrático, e não agrega valor para o seu cliente, será digitalizado. Cada etapa do processo de atendimento que não exigir a interação humana será transportada para o ambiente virtual. Cada

E será que isso vai mudar a forma “centenária” como as Oficinas Mecânicas trabalham? Com certeza, sim, afinal, seu cliente já está habituado às comodidades que a tecnologia proporciona, e cada vez mais decidirá por empresas que propi-

Observe que aquilo que antes pareceria impossível hoje é realidade graças ao avanço da tecnologia e já está disponível para sua empresa. Talvez seja o momento de aplicá-la no seu negócio. Até o próximo texto!

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A gente sabe valorizar quem reconhece, na prรกtica, a qualidade de nossos produtos. 20 de dezembro. Dia do Reparador Automotivo.

www.continental-industry.com | Sac: 0800 0111 572 | contitech-correias@contitech.com.br


CAPA / O CARA DA REPARAÇÃO por Karin Fuchs | fotos Divulgação

PROFISSIONAL INSUBSTITUÍVEL REPARADOR AUTOMOTIVO ESTÁ NESSE SELETO GRUPO De problemas ao pé do ouvido a um nível de conhecimento cada vez mais sofisticado, ele garante a segurança de veículos e pessoas

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os tempos em que o problema do carro era percebido apenas pelo ouvido, aos dias atuais em que a tecnologia tomou conta dos veículos e muito mais está por vir, o profissional mecânico teve que se reinventar e se adaptar a uma nova realidade. Veículos mais sofisticados têm exigido reparadores cada vez mais qualificados que não serão substituídos pela tecnologia, o reinado dos mecânicos não deixará de existir, porém, mudanças estão por vir. “A profissão de mecânico irá mudar, de forma sem precedentes no setor. Creio inclusive que será 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

a função mais impactada dentre as demais profissões dedicadas ao segmento automotivo. A principal responsável por essa mudança é justamente a evolução tecnológica pela qual passa o mercado, não apenas no contexto técnico de novos sistemas automotivos embarcados nos veículos, mas também na mudança de processos e no comportamento do consumidor”, afirma Alexandre Costa, diretor da Alpha Consultoria. Ele considera que essa mudança será tão impactante que na própria denominação “mecânico” estará subentendida não apenas a atividade

técnica de manutenção, mas também a capacidade de solucionar problemas, que serão cada vez mais complexos, e habilidade de atender as necessidades de um cliente muito mais exigente e conectado. “Para tanto, será necessário que esse novo profissional esteja alinhado com o que há de mais moderno em relação à prestação de serviços, como softwares de diagnóstico e realidade auALEXANDRE COSTA, diretor da Alpha Consultoria


mentada, esteja familiarizado com aplicativos e produtos mobile, e tenha conhecimento dos mais atuais sistemas automotivos. O mecânico, como conhecemos, dará lugar a um profissional muito mais completo, preparado para atender as novas demandas impostas pelo mercado”. ESSÊNCIA DO SETOR - Nas palavras do consultor Rodimar Marchiori, da Marchiori Consultoria e Assessoria, a essência do setor de reparação automotiva é o mecânico. “É esse profissional que movimenta o segmento, determina a necessidade de manutenção que gira o estoque da indústria de reposição, da autopeças, é ele quem faz o teste de qualidade das peças de reposição, ele quem descobre falhas da engenharia dos fabricantes de automóveis”. E, ainda, “é ele quem aconselha e orienta o proprietário do veículo sobre a necessidade de manutenção, e é ele quem recebe a difícil missão de falar a respeito dos gastos com manutenção, muitas vezes para

Foi um ano bastante desafiador para nós, como também para todos os outros setores da economia. Notamos um ano muito oscilante, tivemos meses com uma ótima produtividade e outros com um rendimento menor. Apostamos muito no Brasil e o nosso segmento sofrerá uma mudança em breve, só não sabemos ainda quando. As empresas mais organizadas e mais atentas ao mercado irão sobreviver... Roberto Turatti, o Billy, do NEA e da ARVESC

timentos para melhorias em nossas empresas, gerando mais oportunidades”, afirma Keller.

RODIMAR MARCHIORI, da Marchiori Consultoria

um cliente que comprou o veículo que não poderia manter. Aos poucos, o mecânico está reconhecendo seu valor e importância, conquistando o espaço que merece, afinal, é a mola propulsora do setor”. Marchiori ressalta que a base da manutenção é informação de qualidade, por isso, a necessidade de o mecânico se atualizar sempre. “Ao mesmo tempo em que o automóvel avança a passos largos com alta tecnologia para ofertar mais desempenho aos clientes, a informação a respeito da manutenção deve acompanhar. A qualidade de um mecânico está relacionada ao maior nível de solução que ele oferece, os problemas que estão surgindo são muito mais complexos que no passado, sistemas interligados e com alto nível de programação fazem do veículo um computador sobre rodas”. BALANÇO E PERSPECTIVAS - O ano praticamente terminou. Desafiador para alguns e positivos para outros, a esperança está em um 2020 melhor. “Foi um ano muito instável, com muitos altos e baixos, medos e insegurança financeira, os clientes só realizaram a manutenção do carro na extrema necessidade e o mínimo possível, também tivemos muitas novidades com a chegada dos híbridos. Esperamos que em 2020 tudo esteja mais calmo e estável para que possamos ter acesso a mais benefícios e fazer novos inves-

“Acompanhando o cenário da nova política e da economia do Brasil, 2019 não foi 100%, mais foi um ano bom e confiante. Se Deus quiser, em 2020 a economia do País estará em crescimento para todos os segmentos e para todos do nosso Brasil”, deseja Zete. “Não podemos ou conseguimos esquecer que estamos passando por um momento ou tempo onde as coisas têm acontecido muito mais rápido do que aconteciam há uma década. Apesar das dificuldades do ano que está findando, posso dizer que foi muito bom. Acho que depende muito mais de nós reparadores que estamos à frente das nossas oficinas, mais do que do próprio mercado em si”, diz Alencar. “O mercado de reparação e ainda mais a gestão da oficina passam por altos e baixos. Foi muito aprendizado em 2019 que nos deixa enraizado, uma semente foi plantada. Certamente, iniciaremos 2020 molhando nossa semente com uma esperança renovada e, claro, sempre buscando fazer da melhor forma. Aprendi que “A especialização de segmento” é a credibilidade futura. E com a Aesa-SP trazemos um novo conceito para nossos associados em ter a melhor

MICHAEL KELLER, do GRAE

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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CAPA / O CARA DA REPARAÇÃO que eu mais consegui sair da empresa para poder participar de palestras e treinamentos. Também consegui reestruturar melhor a minha equipe e os processos internos da empresa. Na posição que a Seiko Automotive se encontra, eu tenho para mim que 2020 será bem gratificante e igualmente pensando como grupo, estamos bem otimistas para o próximo ano”, afirma Taniguti. MAX FILIPE PAVESI, da AESA

associação de reparadores com um conceito da nova geração “Z”, a busca pela excelência sempre vai prevalecer”, expõe Pavesi. “Se existe um segmento do setor de veículos que sente menos a recessão em nosso País, esse é o da reparação automobilística em geral. Neste ano, as oficinas trabalharam bastante, percebemos um crescimento de cerca de 12% e prospectamos um aumento de 12% a 15% em 2020”, antecipa Sheik. “2019 está sendo um ano bom, atendeu as minhas expectativas do começo, de conseguir ficar estável e não no vermelho. E que 2020 seja bom, é preciso se manter sempre firme e agradecer a Deus por tudo”, diz Chiquinho. “2019 foi bem bacana para nós, de muitos desafios, aprendizados e novos conhecimentos. Foi o ano

DANIEL TANIGUTI, do Comesp

20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

“2019 foi bastante conturbado para a economia como um todo. Mas apesar disso, estamos conseguindo fechar o ano com saldo positivo quanto aos objetivos desenhados no final de 2018. Em 2020, vamos continuar investindo em nossa empresa, buscar a excelência técnica e comercial adequada à nova realidade do mercado. E também, traçarmos metas que sejam possíveis de alcançar, procurar estar sempre atualizado e antenado para as novidades do setor e, antes de tudo, acreditar naquilo que estamos nos propondo a fazer. Acredito que será um ano muito bom para nossas empresas”, prevê Veríssimo. “Foi um ano bastante desafiador para nós, como também para todos os outros setores da economia. Notamos um ano muito oscilante, tivemos meses com uma ótima produtividade e outros com um rendimento menor. Apostamos muito no Brasil e o nosso segmento sofrerá uma mudança em breve, só não sabemos ainda quando. As empresas mais organizadas e mais atentas ao mercado irão sobreviver. 2020 igualmente será desafiador, mas vamos apostar no nosso negócio, pensando não apenas em vender para os clientes, mas em orientá-lo a respeito da manutenção necessária em seu veículo. Mesmo de componentes que você não trabalha, como, por exemplo, pneus”, orienta Billy.

“Quem soube aproveitar as oportunidades desse mercado, pois muitos deixaram de comprar veículos novos e estão fazendo a manutenção, ainda que com dificuldades financeiras, percebemos que várias oficinas cresceram bastante nos últimos quatro anos, inovaram e estão se destacando. Precisamos nos manter atualizados e antenados ao setor, não somente na parte técnica, como também na parte comercial e de inovação. Acredito que 2020 será melhor, o cenário já tem mostrado isso, tanto que este ano foi um pouco melhor que 2018”, compara Natal. Para finalizar, Kiko comenta que 2019 não foi tão bom e nem tão ruim. “Notamos que em alguns meses atingimos e até passamos a nossa meta facilmente, em outros messes empatamos ou ficamos abaixo dela. E assim foi variando. A expectativa para 2020, pelos últimos anos terem diminuído as vendas de veículos zero, é começar a aumentar a procura pela manutenção. Agora, os carros começam a sair do período de garantia e a expectativa que temos para 2020 é que as coisas melhorem para o nosso segmento”.

ALESSANDRO SOUZA, o Kiko, da Mecânica Premium

Confira, a seguir, os depoimentos de quem está no dia a dia da profissão, à frente das oficinas, liderando equipes e fazendo parte de grupos em prol de um setor melhor.


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Parabéns, amigo reparador! O nosso muito obrigado a todos os parceiros que se dedicam a cada dia para fazer com que os veículos sejam reparados da melhor forma possível e que continuem rodando como se fossem novos. A Delphi Technologies se empenha para que você tenha sempre acesso aos melhores produtos e tecnologia e, por isso, o seu sucesso nos enche de orgulho.


CAPA / O CARA DA REPARAÇÃO “A reparação automotiva é uma classe que movimenta muito o Brasil, não só na prestação de serviço, mas no comércio de peças. Os desafios são grandes no nosso dia a dia, nenhuma manutenção é igual a outra, existe um padrão de análise e procedimentos, porém, a condutividade do veículo é diferente. Uma grande dificuldade que vejo hoje é o incentivo ao treinamento ou à formação de mão de obra, a nossa classe tem uma faixa etária média de 35 anos, ela está envelhecendo, e o nosso desafio é dar a oportunidade para os jovens ingressarem na nossa profissão e igualmente entender por que eles não têm interesse por esta carreira. Nós temos que apostar na nossa profissão, temos que levantar a nossa bandeira, participar de associações e encontros. Somos donos no nosso próprio negócio e temos que defender nossa classe”, Roberto Turatti, o Billy, presidente do Conselho do NEA/ARVESC, e vice-presidente da AMPB, Associação das Mecânicas Premium do Brasil

“A profissão de mecânico é muito importante em nossa sociedade, pois mantém a frota circulante em condições de rodar com segurança para os usuários e agredindo o mínimo possível o meio ambiente. Os desafios para os profissionais reparadores serão o avanço da tecnologia e a mudança das relações comerciais. Além da atualização técnica para dominar os novos sistemas embarcados nos veículos, os mecânicos precisarão saber como interagir com uma relação comercial mais preditiva. No novo modelo, muitos clientes chegarão direcionados por aplicativos com orçamentos já fixados, prazos e forma de pagamento definidos. E os pontos gratificantes da carreira são a superação do desafio técnico e a certeza de estar contribuindo para a melhoria das condições de vida das pessoas”, José Antonio R. Veríssimo, da Rede Bosch Car Service e do Grupo dos 11 “Estou no mercado há 15 anos e reconheço que devemos evoluir muito para mostrar nossa força, com tanta tecnologia presente nos veículos, como ser diferente entre muitos. Nosso ciclo de carros sempre vai gerar uma demanda, assim nossa classe tem que prestar sempre o melhor serviço aos clientes. Um dos desafios é por onde começarmos a nos atualizar. A atualização ocorre na aceitação da necessidade de si mesmo, no setor estamos com essa dificuldade, é preciso uma atualização constante. As grandes marcas, os fabricantes, devem olhar com mais carinho para o segmento e acompanhar de perto as necessidades e dificuldades no nosso dia a dia. E como não ficar satisfeito ou mesmo feliz, quando um elogio vem de um cliente, ou quando é solucionado um defeito que lhe tirou o sono? ”, Max Filipe Pavesi, da AESA, e seu pai, Alcides Pavesi “Ao longo dos meus 63 anos e com pelo menos 50 anos de profissão, eu venho acompanhando todas as evoluções do mundo. Eu sempre digo que o mecânico é tão importante para o carro como é o médico para a família. Tudo o que o homem movimenta como meio de transporte é por veículos, e até chegarmos à tão sofisticada tecnologia que já se pratica, os híbridos e elétricos, e tantas outras coisas que virão, como os drones, o reparador tem a responsabilidade de fazer algo que fique em perfeitas condições. Entendo que hoje a informação está ao alcance de todos nós, em qualquer área que seja. Nós temos a informação nas palmas das mãos pelo celular, não vejo nada que impeça o profissional de se atualizar diariamente”, José Luiz Guimarães, da ABC da Mecânica 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA



CAPA / O CARA DA REPARAÇÃO “A importância de nossos mecânicos na reparação automotiva é eles estarem sempre preparados para os veículos que deixarem as concessionárias em garantia. Por isso, nós temos que estar sempre atualizados para atender a demanda. Os desafios são grandes nesse mercado bastante competitivo, temos que manter o foco em gestão, qualidade e no bom atendimento. A dificuldade que eu vejo nesta profissão é o desinteresse, e o ponto mais gratificante é manter a empresa em ordem, quando eu fecho as planilhas mensais e vejo que o meu fluxo de caixa está bom, no azul ”, Francisco Severiano Alves, o Chiquinho, do Romat “Os mecânicos são de extrema importância para o mercado, pois exercem um trabalho fundamental para que o sistema funcione perfeitamente. Imagine o que seria sem os mecânicos de ônibus, caminhões, máquinas, motos e o próprio automóvel? Com certeza a economia teria uma perda significativa. Considero como o principal desafio a falta de mão de obra capacitada e atualizada para entendemos com mais agilidade e rapidez as mudanças que vêm acontecendo na reparação automotiva. E uma das principais dificuldades é a falta de informação para diagnóstico de problemas, principalmente, nos veículos mais novos. Já o ponto mais gratificante da nossa profissão é, sem sombra de dúvidas, o feedback que recebemos todos os dias dos nossos clientes e amigos pelos serviços prestados com o máximo de excelência e profissionalismo”, Claudio José de Alencar, da ABRA

“Desde os primórdios é o mecânico quem cuida dos veículos após o período de garantia, para nós que somos reparadores multimarcas, nós temos que conhecer tudo, precisamos resolver o problema do veículo do cliente, tem que ter competência e capacidade para isso. E as dificuldades ainda estão na falta de informações por parte das montadoras, elas deveriam fazer cursos e palestras para os mecânicos independentes. A evolução automotiva tem vindo a uma grande velocidade. O desafio é aprendermos coisas novas todos os dias. O mais gratificante é que o que plantamos lá atrás, hoje estamos colhendo. A categoria tem mudado muito, depois que começaram a surgir os grupos de oficinas mecânicas. Antes, ser reparador era uma opção para quem não tinha emprego, atualmente ser mecânico é muito mais do que isso”, Daniel Taniguti, do Comesp

“O mecânico tem um papel fundamental no setor automotivo. É o profissional especializado responsável pela manutenção preventiva e reparação dos veículos, assegurando o bom funcionamento do automóvel, contribuindo para a segurança nas ruas e estradas e, principalmente, à do condutor e todos à sua volta. É indispensável que ele esteja sempre atualizado e utilize produtos de confiança e qualidade. Os seus principais desafios são: ter bons conhecimentos técnicos, oferecer um atendimento de qualidade, manter o ambiente limpo e organizado, realizar uma boa gestão financeira sendo ela eficiente, saber como atrair e manter clientes e utilizar tecnologia no trabalho. O mais gratificante da profissão são os elogios e indicações, isso demonstra o quanto seu trabalho foi bom”, Michael Keller, do GRAE 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA



20 DE DEZEMBRO | DIA DO M

A Revista Reparação Automotiva e seus parceiros em 2019 todos mecânicos que têm orgulho de exercer essa profissã


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CAPA / O CARA DA REPARAÇÃO “Infelizmente, todo mundo vê o mecânico como o cara que você levará o seu carro para gastar dinheiro, temos que mudar isso. O mecânico é peça fundamental para a segurança da sociedade, um serviço bem executado é um veículo com menos risco de quebra e acidente. O principal desafio da profissão é a parte de atualização, a busca por informações técnicas de qualidade, vemos muitos profissionais que infelizmente estão parando de estudar e se atualizar, focando em ver vídeos no YouTube, por exemplo. Acho que a classe está ficando refém da internet. Para nós, o mais importante é o retorno do cliente. Eu tive um caso que ele não queria fazer o sistema de freio traseiro e questionou a troca da pastilha dianteira pela de cerâmica. Convencido, fizemos o serviço. Depois, ele retornou nos agradecendo. Um feedback muito gratificante”, Alessandro Souza, o Kiko, da Mecânica Premium “Dá para pensar como seria se não houvesse este profissional? Quando empresário, ele é um grande contribuinte de impostos. Quando é colaborador, é transferida toda a confiança da empresa sobre ele, a qual vai executar um serviço de excelência. Para refletir, quanto custa seu veículo? É um patrimônio elevado. Os desafios da profissão são vários. O que alavanca a economia é uma linha de crédito com taxas e juros mais baixos. O desafio é trabalhar quase sem recursos financeiros e cumprir com suas obrigações, além das dificuldades para adquirir máquinas e ferramentas. Mas se organizando, tudo dá certo. E o mais gratificante desta carreira é a propaganda, a indicação do seu cliente. ‘Eu só levo o meu carro lá, eles vão resolver porque são muito transparentes no que fazem’. Isso é muito gratificante”, Antonio Donizete dos Santos, o Zete, da ARVAR


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CAPA / O CARA DA REPARAÇÃO “Aquele que presta o seu serviço de uma forma eficaz, honesta e é um mecânico idôneo tem uma importância fundamental. Na parte de segurança, a importância do reparador é enorme. O nosso desafio é quebrar o estigma de que o mecânico é aquele que não ia para escola, por isso escolheu esta profissão, até porque cada vez mais a tecnologia empregada nos carros é muito grande, o reparador precisa ter conhecimento técnico, precisa ter boa leitura e até conhecer um pouco outra língua. A nossa dificuldade é o acesso às informações técnicas das montadoras. O mais legal da nossa carreira é que ela não tem monotonia e o mais gratificante é quando conseguimos surpreender o cliente, isso é a maior satisfação”, José Natal da Silva, do GOE

“A nossa frota circulante é de 47 milhões de veículos (leves, comerciais e pesados), com idade média de 8 a 9 anos, e mesmo quando há crise, o setor não para de crescer. O maior desafio é o conhecimento técnico, a evolução dos automóveis fez com que o mecânico precisasse se atualizar diariamente, principalmente os que trabalham com multimarcas. São muitas informações e percebemos falta de gestão de pessoas. As fábricas de autopeças têm oferecido treinamentos pelo Senai e para os grupos de oficinas direcionarem os seus treinamentos. O mais gratificante é que já estivemos em uma situação na qual o reparador não gostava de estudar, isso mudou. Hoje, quando desmontamos um propulsor, por exemplo, trocamos o que é necessário, fazemos ajustes e montamos o propulsor. Quando damos a partida e ele entra em funcionamento, isso é sensacional”, Edson Benavides, o Sheik, do Grupo RAE

DIA DO MECÂNICO

ATENDENDO SISTEMISTAS E MONTADORAS



NA OFICINA / TRANSMISSÃO

PROBLEMAS COMUNS

ÀS TRANSMISSÕES MARCA FORD 4F27-E / FNR5 Nosso experiente colunista ensina neste artigo como o reparador deve agir para solucionar mais essas dificuldades

A

Um dos problemas mais comuns com estas transmissões são os trancos nos engates 3-4 ou marcha presa durante os engates. Este problema pode ser causado por algumas poucas coisas de diferentes origens. Controle da embreagem à frente, ajuste da cinta, desgaste do alojamento do pino do servo da cinta, desgaste no corpo de válvulas, solenoides, e a embreagem do conversor de torque travada aplicada durante as mudanças. Como a maioria das coisas na vida, entender como as coisas funcionam é a chave para consertá-las. Vamos ver o que acontece durante a mudança 3-4. Como podemos observar na tabela de aplicação dos componentes desta transmissão (figuras 1a e 1b), os solenoides de mudança A e D estão ligados, a embreagem de marchas à frente é desaplicada e a cinta 2-4 é aplicada também. Em 3ª marcha, o pistão do servo aplicou fluido em um lado, com o fluido de liberação e 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com

por Carlos Napoletano | fotos Divulgação

lgumas vezes, as coisas mais simples do mundo podem levar ao maior dos problemas. Conhecemos muitos técnicos, eu inclusive, que reparam transmissões ZF, Mercedes, Honda e várias outras transmissões durante nosso trabalho na oficina, e uma que nos dá muitos problemas, por exemplo, é uma transmissão TH125, ou uma 4L60-E. Assim como estas transmissões, a transmissão FNR5 não possui muitas peças móveis, porém pode ainda criar problemas maiores do que a maioria das transmissões mais modernas.

CONSULTOR

FIGURA 1

a mola do lado oposto. A pressão de fluido é a mesma dos dois lados, assim a mola é o fator para manter o pistão desaplicado. Durante a mudança 3-4, o fluido de liberação é cortado pela válvula de mudança 3-4, e o fluido de aplicação sobrepuja a força da mola,

move o pistão e aplica a cinta. Quando existe vazamento ao redor do pino do servo, a pressão do lado da liberação baixa, e quando o fluido é cortado, o servo é aplicado mais rapidamente do que deveria,

FIGURA 2

FIGURA 3

o que resulta em uma mudança 3-4 dura (com tranco) ou com aplicação travada durante a mudança (parecendo que duas marchas estão engatadas ao mesmo tempo). Este problema pode ser verificado facilmente aplicando-se ar comprimido no lado de liberação do servo (figura 2) e vendo se existem vazamentos ao redor do pino, na carcaça.


A embreagem de marchas à frente é desaplicada durante a mudança 3-4, e observando-se o circuito hidráulico, pode parecer um tanto confuso. Embora muitos fabricantes possam simplesmente cortar o fluido para liberação do servo e o fluido que aplica a embreagem à frente através da válvula de mudanças 3-4 (Figuras 3a e 3b), a MAZDA tornou isto um pouco mais complicado. A embreagem à frente possui dois locais de alimentação: a fonte principal é através do solenoide A, que é direcionado através da válvula de controle da embreagem do conversor de torque, até o acumulador de controle NEUTRO/DRIVE e até a embreagem à frente. Enquanto a válvula de controle da embreagem do conversor de torque está na posição desaplicada (OFF).

Durante a mudança 3-4, o solenoide de mudança A está controlando a liberação da embreagem à frente (figura 4), enquanto a válvula de mudança 3-4 está sendo controlada pelo solenoide de mudança D ao fluido de corte ao lado de liberação do servo. E qualquer problema com o comando do solenoide de mudança A ou problemas mecânicos relacionados a ele podem retardar a liberação da embreagem à frente, também resultando em engates com trancos (duros) ou mudanças travadas. A maneira mais barata e eficiente de testar um mau funcionamento mecânico do solenoide é trocar o solenoide A de lugar com o solenoide B ou C. Se o problema mudar de lugar, você saberá que o solenoide tem defeito. FIGURA 5

Quando a válvula de controle da embreagem do conversor de torque estiver aplicada (acionada), o fluido procedente da válvula manual vai para a válvula de mudança 3-4, de volta para a válvula de controle da embreagem do conversor de torque, e então ao acumulador DRIVE/ NEUTRO e embreagem à frente.

se o conversor de torque continuar acionado durante as mudanças de marcha, isto resultará em uma troca de marcha 3-4 muito dura. Algumas das possíveis causas para isto podem ser o software do computador (TCM) ou problemas de hardware, fazendo com que o solenoide permaneça ligado ou acionado durante a mudança, uma falha mecânica do solenoide ou o emperramento da válvula de controle do conversor de torque no corpo de válvulas. Se o programa da transmissão não permitir que o scanner acione o solenoide, porém notarmos que existe patinação da embreagem do conversor durante as mudanças de marcha, instale um alicate amperimétrico no fio de comando do solenoide e verifique se o solenoide está sendo comandado ou não. FIGURA 6

FIGURA 4

Se não estiver sendo comandado, o problema tanto pode ser a válvula de mudança quanto o solenoide. A embreagem do conversor de torque pode ser aplicada em 2ª, 3ª, 4ª e 5ª marchas nesta transmissão. É importante observar a patinação da embreagem do conversor de torque durante as mudanças de marcha. Assim como em qualquer outra transmissão, se não houver patinação, todo o torque proveniente do motor vai diretamente para a transmissão, e

Assim como quaisquer outras transmissões no mercado, vários problemas podem conduzir ao mesmo resultado. Por estudar todas as informações disponíveis, e alguns testes no veículo, podemos evitar que estas transmissões voltem repetidas vezes à nossa oficina. Pense nisso e até a próxima! REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA / ELÉTRICA

REDE DE COMUNICAÇÃO

DE DADOS VEICULAR

CONSULTOR

por Leandro Marco | fotos Divulgação

Leandro Marco Busque qualificação profissional na General TECH, de Uberaba, Minas Gerais

O

lá, amigos reparadores, para o fechamento deste ano de 2019 trazemos uma novidade: REDE CAN PROTEGIDA! HISTÓRICO No final dos anos 90 e início de 2000, chegavam ao mercado brasileiro os carros com eletrônica embarcada, em níveis maiores, pois não era mais apenas um módulo de controle da injeção eletrônica, mas agora controle dos Freios ABS, Controle de Estabilidade ESP, AIR BAG, Tração e tudo interligado, ou seja, os módulos se comunicam. Em uma linha mais popular chegavam o Peugeot 206, Citroën C3, Renault Clio, depois Fiat Palio Fire, todos trazendo a Multiplexagem em seus sistemas.

a imagem da marca, pois não estavam preparados para a tecnologia, então, a melhor saída era seu cliente voltar a marcas comuns, com baixa tecnologia aplicada, e menor sofrimento na oficina. ENTENDENDO AS REDES: REDE CAN, em 1980, lançada para atender a Peugeot e Citroën pela BOSCH, realiza comunicação entre os módulos de funcionamento do veículo, tais como: ü Motor ü Transmissão ü Freios Através do sistema mestre e escravo, ela transmitia a cada módulo a informação necessária para seu funcionamento, exemplo: A velocidade das rodas, a rotação do eixo primário da transmissão ao módulo do motor, para realizar ajustes automáticos em seu regime de funcionamento, bem como marcha lenta, mudança de marchas, no caso da transmissão.

dades se desliga do varal, os sistemas perdem a comunicação, e em sua programação, conforme o fabricante, ele procede de formas diferentes, acusando anomalia, por exemplo, com luz espiã no painel de um dos sistemas afetados pela falha.

Hoje já estamos em níveis mais avançados de comunicação, em que todos os sistemas do veículo estão ligados à REDE CAN. E não é mais um carro de linha Premium, ou Luxo, que traz estes controles, os populares também são dotados destas arquiteturas eletroeletrônicas.

Um dos primeiros veículos com Rede Veicular a chegar popularmente às oficinas brasileiras

Era uma enorme dor de cabeça, pois o reparador não tinha informação técnica, conhecimento e perdia muito tempo em busca de solução para problemas elétricos, e acarretava ao cliente despesas altas, pois chegavam a trocar componentes como módulos de comandos, pois não tinham parâmetros de testes a seu dispor e conhecimento do mesmo. E muitos acabavam denegrindo 36 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Os veículos desta foto, todos com reparos a serem feitos, acusaram falha de REDE CAN

Observe a estrutura inicial da Rede CAN, o que chamamos de “VARAL”, ela possui pontos terminadores, onde a sua resistência (120ohms), criando um circuito paralelo, e assim quando uma das uni-

No exemplo acima, temos o IMF- Interruptor de Múltiplas Funções do Fiat MOBI, observe que o conector do mesmo tem apenas 12 pinos de ligação. Um sistema de controle modulado, reduzindo a quantidade de fios em torno da coluna de direção.


A manutenção destes sistemas requer do reparador preparo profissional, que o mesmo adquire em treinamentos profissionais, tais como os que ofertamos na General Tech.

abordam outros veículos, quase todas as linhas a partir de 2018 estão trazendo esta novidade.

E A REDE PROTEGIDA? Em 2017, após uma ação de Hacker’s nos Estados Unidos, por uma decisão judicial a pedido de seguradoras, a Jeep, ou melhor dizendo o Grupo FCA, introduziu nos veículos o Módulo SGW ou SGM.

Márcio Rodrigo, INFINITY AUTO SERVICE, POUSO ALEGRE-MG

Este módulo protege a Rede de Comunicação do Veículo, a rede CAN

Antes deste sistema, acessávamos toda rede pelo conector OBD2, a tomada de Diagnose do veículo, hoje conseguimos acessar e ler, porém, o módulo de proteção impede funções de programação e alinhamento de PROXIS, por exemplo.

Conector OBD2 do Jeep Renegade

Quando substituímos um módulo de ABS, por exemplo, é necessário escrever o VIN (chassis) do veículo no novo módulo, e alinhá-lo com o sistema para que funcione. Com o SGW ou SGM, não é possível sem a ferramenta apropriada. Em conjunto com um amigo de Pouso Alegre (MG), da INFINITY Auto Service, Márcio Rodrigo, analisamos as redes protegidas, que hoje

Temos um Grupo de estudos automotivos composto por 23 membros, onde debatemos as novidades do mercado e auxiliamos outros grupos pelo Brasil, levando informações técnicas, tanto em treinamentos específicos, quanto passando dicas. O Grupo DIAGNÓSTICO por IMAGEM (GDI), com 5 anos de fundação. No GDI, todos participam trazendo as dúvidas e novidades do mercado, buscando a solução, e junto a fabricantes parceiros, analisamos e buscamos as soluções. BOM, O QUE ACONTECE NO SISTEMA SGW No SGW, ele permite você entrar com scanner automotivo e lê todos os parâmetros, códigos de falhas, etc. Porém você não consegue apagar as falhas e nem fazer nenhum ajuste no veículo, como citado anteriormente, um alinhamento de proxis e nem a troca de unidade de comando. Nos últimos dias, pegamos 3 jeeps para reparação, um deles 2019/2020 com luz de airbag acesa. E acusava erro de montagem de unidade do AirBag. Mas não havia sido feito serviço algum no sistema do air-

bag. O único trabalho feito foi a instalação de um kit multimídia, a partir daí a luz de airbag não apagou mais.

O outro veículo com problemas no ABS, após a uma descarga da bateria, e uma transferência de carga, queimou a unidade do ABS. E o último que atendemos: problemas no sistema de transmissão automática.

São defeitos passíveis de qualquer marca, não é uma falha da Jeep, e na verdade todos defeitos provocados por mau uso do veículo, ou melhor dizendo, má atuação na manutenção. COMO PROCEDER PARA ACESSAR AO SGW? Para acessar ao SGW, é necessário possuir scanner apropriado. Nos casos acima, utilizamos o AUTEL, com cabo apropriado para SGW, que é vendido separadamente.

SCANNER AUTEL PROFISSIONAL

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA / ELÉTRICA ATENÇÃO EM REPAROS ELÉTRICOS EM VEÍCULOS ATUAIS:

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Instalação de acessórios inapropriados, nada de tentar adaptar, compre o modelo compatível, de preferência consulte uma autorizada da marca Evite transferências de carga, utilize carregadores de baterias inteligentes durante a manutenção do veículo

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Rede desativada

Para medir a resistência é necessário utilizar o acesso a SGW, com o cabo AUTEL. Cabo SGW AUTEL

Quando você liga o scanner ao cabo SGW, o equipamento reconhece o mesmo e já emite uma mensagem sobre a função que irá acessar, e até apresenta a opção de um vídeo, mostrando a função e a localização do módulo SGW.

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O sinal de Osciloscópio é mais preciso, e um exemplo abaixo para ilustração dos testes a serem realizados.

Em testes de redes normais, conseguimos medir a resistência e até pegar imagem da Rede CAN, pelos pinos 6 e 14 do conector OBD2, já na SGW, este sinal fica morto, assim que você tenta medi-lo ele desativa em 1 minuto, exato.

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Tenha uma assinatura de biblioteca técnica, como exemplo a SIMPLO, além do acesso à informação do programa, você tem suporte técnico da mesma, para veículos que não estejam ainda na sua versão de assinante

Veículos com redes protegidas são novidades, não tentem de forma alguma burlar o sistema, poderá causar danos irreparáveis, e se for veículo em garantia, perderá a mesma junto ao fabricante.

Mantenha-se atualizado. Para estes sistemas e outros serviços, o reparador deve buscar estar se qualificando e aperfeiçoando profissionalmente Entre em contato conosco da General Tech Automotive Diagnostic, temos estes e outros treinamentos para que sua equipe esteja apta a reparar os sistemas elétricos automotivos com segurança. A cada edição da Revista Reparação Automotiva, em suas páginas, inúmeras informações que devemos estar atentos, estudando e buscando conhecimento para melhor desenvolvermos nosso trabalho. Aguardamos você na próxima edição. Um forte abraço!


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CÓD. 10

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NA OFICINA / MOTOR

MINI COOPER S 1.6 TURBO THP

COM A LUZ DO ÓLEO ACENDENDO EM MARCHA LENTA E aí: será que é o motor? Ou é a turbina? Já sabe o que é? Veja a dica do nosso experiente parceiro da reparação automotiva Por Bruno Rodrigo Costa / Fotos Divulgação Colaborou Wanderlei Castro

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runo Rodrigo Costa, da Juca Bala Racing, oficina situada na Zona Norte de São Paulo, traz para nós uma dica do Mini Cooper S, motor 1.6 turbo THP, também conhecido como Motor Prince, da família BMW, que chegou à oficina com o cliente dizendo que a luz do óleo acende com o carro em marcha lenta. “Então, iniciemos o diagnóstico para resolver o problema”, diz. PROCEDIMENTO Primeiro serviço realizado: retiramos o interruptor de pressão do óleo do carro e instalamos o manômetro no motor para aferir a sua pressão real.

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De fato, ela estava baixa. Então, logo após, retiramos a parte de filtro para ter acesso ao filtro de lubrificante do propulsor. Como os amigos mecânicos e reparadores sabem, esse carro utiliza um filtro de óleo refil e como este estava bem sujo, substituímos o filtro e o lubrificante do motor. Colocamos o propulsor em funcionamento e mesmo assim a pressão se manteve baixa. Para isso, o que nós fizemos: tiramos a parte do cárter do motor para analisar se existia algum entupimento em peneira ou bomba de óleo. Tudo estava íntegro. Mesmo sabendo dessa dica, depois de todo o serviço realizado no propulsor e troca, lembramos da válvula de retenção que vai no cabeçote. Por que damos essa dica? Temos prazer em compartilhar informações. Já tive amigos que entraram em contato que tinham mexido no motor, fazendo cabeçote, mexendo na parte de baixo, turbina por esse defeito. E é um detalhe que por vezes passa batido, que pode gerar todo o esforço para o nosso amigo.

Então, qual é a dica?

A válvula é esta aqui. Esta é a válvula de retenção de pressão do óleo do cabeçote. Em seu desenvolvimento, ela tem uma mola interna, o lubrificante passa por esse orifício


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PARCEIRO Para chegar nessa válvula, somos obrigados a tirar toda a parte do ar e o coletor de admissão, é bem tranquilo.

e, na ponta, tem essa esfera. O trabalho dela é reter a pressão de óleo e controlar ela no cabeçote. Quando essa válvula não tem seu funcionamento correto, a pressão acaba baixando. Por isso, o interruptor acende a luz no painel indicando que ela está baixa. Ou seja, uma válvula de retenção que vai no cabeçote gera todo esse transtorno.

Essa válvula vai estar localizada abaixo da válvula solenoide que vai no cabeçote e faz o controle de pressão de óleo das válvulas VVT. Ela estará bem embaixo, é um parafusinho de torques. Você retira ela, substitui e elimina a dificuldade do carro. E esse problema de acender a luz do óleo em marcha lenta vai sanar. Beleza? Essa é a dica que deixamos para os amigos. Um abraço!

Bruno Rodrigo Costa, proprietário da oficina Juca Bala Racing


NA OFICINA / SUSPENSÃO

O QUE É BARRA AXIAL? PARA QUE SERVE; COMO DETECTAR UM PROBLEMA E A APLICAÇÃO CORRETA Por Denilson Roberto Oliveira / fotos Divulgação Colaborou Wanderlei Castro

Componente da suspensão, sua função é, primordialmente, transmitir às rodas os movimentos realizados pelo motorista no volante

A

barra axial é um componente da suspensão que liga a caixa e direção aos terminais da roda, permitindo assim o seu movimento de um lado para o outro.

Tem uma lubrificação feita por graxa e internamente existe uma bucha de policetal de alta resistência – para garantir maior durabilidade e uma proteção contra impurezas através de coifas e borrachas. Bom, agora que você já sabe o que é, que tal aprender como funciona o terminal axial?

Essa peça, por muitas vezes, é chamada de braço da direção ou barra axial e sua estrutura é composta por uma haste de aço forjado com uma articulação laminada que permite o deslocamento em diversos ângulos.

Quando o volante é girado, o movimento de rotação chega à caixa de direção por meio de uma barra articulada chamada de coluna de direção. Para que as rodas sejam viradas corretamente, é preciso converter a rotação do volante em um movimento horizontal, ou seja, de um lado para o outro. Esse é o papel da caixa de direção. Todo veículo possui duas axiais na dianteira, uma para cada roda. Uma de suas pontas é conectada a um lado da cremalheira da caixa de direção e a outra aos terminais da roda por ser uma barra com articulações, além de permitir que a roda vire para ambos os lados, ela também garante o seu movimento

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de subida e descida, causada pelas imperfeições do asfalto. Sem essas articulações, andar de carro não seria muito agradável, afinal, o sistema de amortecimento de impactos não funcionaria. O terminal axial da direção é um componente durável do veículo e não exige muita manutenção. Porém, podem acontecer desgastes prematuros, principalmente devido a problemas em outras peças. É aconselhável fazer uma inspeção no terminal axial e nos demais componentes da suspensão e direção a cada 10 mil quilômetros rodados ou seis meses. E alguns sinais podem indicar que o axial da direção está danificado: ao manobrar, um barulho estranho está vindo da parte debaixo do carro, além de algumas batidas ao andar com o veículo e aumento na folga da direção – isso pode indicar um desgaste no terminal axial. Um problema comum é sentir o volante vibrar na mão do motorista. Com o veículo no macaco ou


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É importante lembrar que a mesma coifa que protege a caixa também protege a barra de direção, portanto é sempre bom observar seu estado. Na hora de substituir, devem ser tomados alguns cuidados, tais como: ü Não apertar em excesso para evitar a quebra da barra ou até mesmo danificar a caixa de direção, é comum caixas de direção criarem folga caso tenha uma torção forte na cremalheira.

no elevador, solta-se a coifa da caixa de direção, peça auxílio de mais uma pessoa para forçar a roda de um lado para o outro, nesse momento podemos pôr o dedo na rótula “articulação” da barra e perceber o movimento falso no componente, a folga da barra pode ser confundida também com folga na caixa de direção, ainda fazendo força de um lado para o outro percebe-se que a cremalheira faz movimentos de sobe e desce ou lateral.

ü Em alguns modelos de caixas de direção, usa-se barras com furos centrais ou cortes por onde passa o ar da coifa, evitando assim o estouro ou desencaixe da coifa. ü Outra observação é quanto à forma e comprimento da barra, o alinhamento do veículo é feito pelas barras, portanto deve-se observar a correta aplicação da peça. ü Evitando excessos no comprimento que podem impossibilitar o alinhamento ou a peça mais curta, criando risco de soltura.

CONSULTOR Denilson Roberto Consultor Técnico

Após a substituição do axial, é necessário fazer o alinhamento das rodas. Se isso não for feito corretamente, ocorrerá desgaste em outras partes do veículo, como os pneus. Trazendo, assim, novos problemas e gastos. Use sempre peças novas de origem conhecida e nunca recondicionadas. São sinônimos de qualidade, durabilidade e eficiência – o que garante a segurança de quem usa o veículo. Até a próxima e feliz dia do mecânco!

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ARTIGO / NONÔ FIGUEIREDO por NONÔ FIGUEIREDO Piloto de competição

fotos Arquivo Pesssoal

FELIZ DIA DO MECÂNICO

PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELOS NOSSOS CARROS Porque itens fundamentais como freio, pneus, suspensão e motor não podem falhar tanto no nosso dia a dia quanto nas pistas

C

omo nos aproximamos do Dia do Mecânico, começo esta coluna dando os parabéns a todos eles. Durante toda a minha carreira, estive cercado por mecânicos tão apaixonados por carros quanto eu, sempre atentos aos detalhes e, principalmente, cuidando da minha segurança. São eles os nossos verdadeiros anjos da guarda. O piloto desenvolve uma relação muito maior que simplesmente a profissional, juntos dividem momentos de alegria e tristeza. Levando isso para o dia a dia de todos nós, os mecânicos são os responsáveis por cuidar da segurança enquanto dirigimos, evidenciando principalmente

a manutenção preventiva dos carros, uma vez que itens fundamentais como freio, pneus, suspensão, motor, entre todos os demais, não podem falhar. Como no caso dos pilotos, muitas pessoas também têm seus mecânicos de preferência para cuidar de seus carros. Muitas vezes lembramos deles apenas quando temos algum problema no carro, mas temos que lembrar principalmente deles quando não temos problemas, isso significa que seu mecânico fez o seu trabalho. É importante que a cada dia seja difundido mais e mais o conceito da manutenção preventiva que, além de fomentar os negócios das oficinas, pode trazer ainda mais confiança a esse professional,

claro que existem exceções. No País existem por volta de 120 mil oficinas mecânicas e certamente mais que o dobro de reparadores. É importante que cuidemos da base desse profissional, que para exercer sua carreira carece de conhecimento. Por essa razão e também pelo fato de concorrer com outras pofissões do momento, não vemos mais jovens no exercício dessa profissão. Uma pena, afinal falamos de uma das mais importantes carreiras. A todos os mecânicos e demais profissionais da reparação, DIAS FELIZES!



www.reparacaoautomotiva.com.br por Redação | fotos Divulgação

GOE

Um dos principais grupos de reparadores automotivos do País, o GOE (Grupo de Oficinas Especializadas), se reuniu e promoveu em 05/11, nas dependências da Sabó Indústria e Comércio de Autopeças, na capital paulista, um workshop para os colaboradores dos membros e representantes do setor abordando temas como demandas do mercado, unidades de negócios e desafios do reparador, além de uma palestra motivacional.

EXPOMOTOR Terminou em 10/11 a ExpoMotor Paraíba (tecnologia e inovação em movimento). Numa iniciativa do Sebrae, e mentoria do nosso colunista Alexandre Costa (foto), da Alpha Consultoria, a pretensão é que em curto espaço de tempo o evento se torne o maior motor show com imersão tecnológica do Nordeste, voltado para carros, motos, bikes e caminhões. À ocasião, algumas das principais empresas do aftermarket automotivo.

RAE Para contribuir com o aprimoramento de colaboradores dos membros do grupo e também profissionais da região, foi realizado em 9/11 o 1º Encontro de Reparadores Automotivos Especializados, promovido pelo RAE, na Escola Senai Almirante Tamandaré, em SBC, com as presenças de diversos profissionais e instrutores da reparação automotiva. Vale destacar que o RAE realiza mensalmente palestras com essa finalidade.

MECÂNICOS PREMIUM Aproveitando a estada deles na cidade, aconteceu na noite de 11 de novembro, na cidade de Campinas (SP), um evento deveras importante com integrantes do grupo de mecânicos premium promovido pela Revista Reparação Automotiva. Em pauta, apresentações de algumas das principais empresas de autopeças do Brasil para um público seleto de 25 profissionais de todo o País. Ao final, um jantar com os presentes.

APTTA BRASIL

Aconteceu nos dias 15 e 16/11, o 5º Fórum Aptta de Câmbio Automático. Segundo Carlos Napoletano, da Aptta, “esse evento é sempre um momento de confraternização, de trocar experiências, de adquirir novas informações sobre quais são os problemas mais comuns nas transmissões modernas e como resolvê-los”, diz. Desta feita, como instrutores, profissionais locais, como o nosso consultor Jeison C. Lima, e também de países como México e Canadá.

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ESCOLA DO MECÂNICO Foi inaugurada em 21/11, em Interlagos, zona sul da capital paulista, a 32ª unidade da Escola do Mecânico. Aos presentes, Sandra Nalli, fundadora da Escola, falou sobre mais essa nova conquista e também fez um breve resumo do histórico da escola, que não para de crescer pelo País. Vale destacar que especificamente essa unidade recém-inaugurada é de propriedade do empresário Celso Kunioshi.

REPARASUL A 2ª edição da Reparasul (Feira de Autopeças e Reparação Automotiva), realizada na Fenac, em Novo Hamburgo (RS), reuniu milhares de profissionais, 200 marcas e 70 expositores, que apresentaram novidades do setor de reposição e equipamentos. A Revista Reparação Automotiva marcou presença com um estande próprio e palestra do seu consultor, Jeison C. Lima. Por fim, a edição 2020 acontecerá entre os dias 18 e 21 de novembro.


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MONROE LANÇA 21 AMORTECEDORES PARA LINHA LEVE Uma das líderes mundiais em amortecedores, a Monroe lançou recentemente 21 novos produtos voltados para o mercado de reposição. As novidades, para se ter uma ideia, já estão disponíveis e atendem modelos da linha leve e utilitários de seis montadoras. Entre os lançamentos estão amortecedores dianteiros e traseiros para aplicação em Chery, Ford, Chevrolet, Honda, Hyundai e Kia.

MARELLI COFAP LANÇA NOVOS CÓDIGOS PARA JUNTAS HOMOCINÉTICAS, SEMIEIXOS E TRIZETAS A Marelli Cofap do Brasil, uma das maiores empresas do mercado de reposição do País, amplia a sua linha de juntas homocinéticas, semieixos e trizetas com o lançamento de 17 códigos. Os novos produtos atendem às principais montadoras do Brasil como Chevrolet, Citroën, Fiat, Ford, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen. A empresa, com isso, disponibiliza o portfólio com cerca de 60 linhas de itens.

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Nossos parabéns aos amigos e amigas por mais este 20 de Dezembro.

No trânsito, a vida vem primeiro.

Muito obrigado aos mecânicos e mecânicas que nos ajudam a ir e vir com segurança.

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