Reparação Automotiva 143

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EDIÇÃO 143 | Agosto de 2020

DIGITAL EE IMPR IMPRESSA ESSA

ATERRAMENTO

CONHEÇA OS PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO E DIAGNÓSTICO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS

BIOSSEGURANÇA

As empresas de reparação automotiva precisam adotar protocolos para preservar a saúde de clientes e colaboradores

PERFIL TÉCNICO

Renault Duster 2021 muda visual e mantém as boas condições de reparabilidade

SER MAIS PRODUTIVO

Mercado com baixa demanda e crédito restrito exige gerar recursos para manter o negócio

NA OFICINA

A maneira correta para substituir as borrachas de vedação do Gol G5 e G6

LIÇÕES DO CORONAVÍRUS

Isolamento social obriga as oficinas a rever conceitos e mudar a maneira de atender o cliente

E AINDA: DICAS PARA ABRIR UMA OFICINA REPARADORA ° ELÉTRICA: SISTEMAS EMBARCADOS E AS FONTES DE ENERGIA, A MANEIRA CORRETA DE APLICAR UMA BATERIA


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Edição 143 | Agosto 2020

Editorial Editada pela IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. Tiragem 30 mil exemplares. Enviada para 50 mil e-mails cadastrados. Fale com o profissional que decide a compra. Anuncie! comercial@ibreditora.com.br

As exigências do mercado Equipe Revista Reparação Automotiva

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ser humano destaca-se de outros seres por sua inteligência e capacidade de se adaptar em situações adversas.

Neste momento que vivemos, os empresários da reparação automotiva utilizam esta capacidade de se adaptar para manter o negócio vivo e ativo. De todas as partes do País recebemos informações sobre as adaptações promovidas nas oficinas com o intuito de tornar o ambiente seguro, não só para os clientes, mas também para os colaboradores. Ações que eram consideradas luxo, como por exemplo, o serviço de leva e traz, passaram a ser essenciais, pois quanto menos o cliente sair de casa melhor.

Diretoria Flavio Guerra guerra@ibreditora.com.br

Mas se ele não sai de casa, como convencê-lo a fazer a manutenção preventiva ou corretiva do automóvel?

Carlos Oliveira carlos@zmix.com.br

Ações de telemarketing, mala direta, contatos remotos, são estratégias que se tornaram corriqueiras nas oficinas, independente do tamanho e clientela. Este é o principal tema abordado pela nossa colunista Karine Quinjalmo.

Editor Responsável Edison Ragassi (MTB 38.204) redacao@ibreditora.com.br Design Gráfico Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br

E a capacidade de se adaptar, também continua no que diz respeito a área técnica, pois afinal, os novos veículos continuam a ser lançados e cada vez mais com tecnologia embarcada.

Comercial Fernanda Bononi comercial1@ibreditora.com.br

A Revista Reparação Automotiva tem como objetivo, auxiliar o empresário da reparação em todas as áreas do negócio, por isso intensificamos as informações, tanto técnicas como de gestão e administrativa.

Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@zmix.com.br Consultor Técnico Wanderlei Castro consultor@ibreditora.com.br

Nesta edição, temos uma matéria muito bem elaborada pelo nosso colunista Carlos Napoletano, a qual explica como avaliar e corrigir problemas de aterramento.

Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br

Ainda no que diz respeito a eletrônica embarcada, o colunista Leandro Marco explica a aplicação, os cuidados com as baterias automotivas e a utilização correta deste componente.

Produtora Audiovisual Luiz Gabriel produtora1@ibreditora.com.br Impressão PifferPrint Acesse a Banca on-line Anatec e leia a revista Reparação Automotiva, única mídia do mercado de reparação filiada à Anatec e Mídia Dados.

Apoios e Parceiras

SUMÁRIO 06. ARTIGO ALEXANDRE A hora de ser mais produtivo 08. ARTIGO KARINE Horário agendado ameaça ou oportunidade? 09. ARTIGO RODIMAR O que todo dono de oficina deveria saber, antes de abrir o negócio 10. BIOSSEGURANÇA Os cuidados a serem tomados para preservar clientes e colaboradores

Serviços corriqueiros, como trocar as borrachas de vedação, exigem técnicas. Nós mostramos estes detalhes na reportagem feita no Centro técnico do Grupo Universal. A biossegurança também está em destaque. Afinal o mercado se adapta a esta nova maneira de atender clientes com segurança e comprometimento. Amigo reparador continue a acompanhar nossa publicação, não só imprensa, mas também nas redes sociais e as versões digitais disponibilizadas em nosso site. Trabalhamos forte para levar a melhor informação. Boa leitura e até o próximo mês.

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14. NA OFICINA Troca das borrachas de vedação do VW Gol G5/G6

Rua Acarapé, 245, Chácara Inglesa CEP: 04139-090, São Paulo/SP Atendimento ao Leitor: tel. 11 5677-7773 | contato@ibreditora.com.br

Mídia Social TV Reparacao Automotiva reparacaoautomotivaoficial revistareparacao ReparacaoAutomotiva

20. CAPA O bom aterramento: Inspeção e diagnóstico de circuito elétrico 24. ELÉTRICA Sistemas embarcados vs as fontes de energia 27. PERFIL TÉCNICO RENAULT DUSTER muda visual e continua simples para reparar 30. POR DENTRO DA REPOSIÇÃO As principais novidades e lançamentos do mercado

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ARTIGO / O FUTURO DAS OFICINAS

A HORA DE SER MAIS PRODUTIVO

por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo

Foto Divulgação

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m um mercado com baixa demanda, crédito restrito e pouca circulação de dinheiro, as oficinas mecânicas se viram imersas em um ambiente instável e de grandes incertezas nos últimos meses. Agora, mais do que nunca, passamos a viver um jogo de trinta dias determinante para o futuro do negócio. A palavra de ordem daqui por diante é manter o foco e gerar mais receita possível, dentro desse período. Pouco mais além disso pode ser feito nesse momento. Não é hora de ganhar dinheiro, mas sim, de gerar caixa. Ou seja, conseguir converter o máximo de trabalho possível em resultado financeiro, otimizando o fluxo de dinheiro no seu negócio. E a única forma consistente de conseguir isso, não é vendendo mais, como muitos pensam, mas sim sendo produtivo. 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Apenas através da produtividade que você vai conseguir gerar o resultado que sua empresa precisa. Quando somos produtivos temos a certeza de que estamos explorando ao máximo nossos recursos, reduzindo possíveis desperdícios, minimizando perdas e potencializando oportunidades. E isso é o que sua empresa precisa nesse momento! Quando você se torna produtivo você passa operar no campo das certezas e não das incertezas. Ao ser produtivo você garante que cada serviço prestado, que cada atividade realizada estará sendo feita com o máximo de eficiência. E é daí que vem o resultado, afinal quanto mais eficiente é seu trabalho, mais você produz no menor tempo possível, e mais receita gera para seu negócio dentro do mês. Esse é o conceito!

Então, para superar esse período difícil que estamos vivendo, tenha foco apenas nos serviços que sabe que consegue realizar de maneira ágil e precisa, que tenha acesso fácil a peças de reposição, e que o nível de complexidade do trabalho esteja dentro de sua capacidade técnica. Apenas assim, e somente assim, você vai garantir que o trabalho será bem feito da primeira vez, que o veículo será entregue no menor prazo possível e você não sofrerá com um possível retrabalho com o serviço executado. Sou tão consciente do que estou falando, e estou tão convicto de que ser produtivo é o certo a ser feito nesse momento que estou mudando o nome dessa Coluna de “O futuro das oficinas” para “Oficina Produtiva”! Até o próximo artigo!


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ARTIGO / OFICINA MAIS LUCRATIVA

“PREZADO CLIENTE: ESTAMOS ATENDENDO POR HORÁRIO AGENDADO”.

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lá, pessoal! Tudo bem com vocês? Mais uma edição e eu estava muito ansiosa para compartilhar minhas vivências no mercado de reparação automotiva independente, pois logo após o lançamento da edição anterior eu “vivi” um momento em um atendimento que me levou a várias reflexões e desde então, já soube sobre o que escrever aqui pra vocês. Bateu a curiosidade? Então...continue a leitura! Em meus treinamentos e nas minhas orientações em consultoria de custos e processos, eu apresento e embaso os benefícios dos serviços planejados. Muitos consultores técnicos e empresários manifestam a preocupação com o cliente, como: “Meu cliente não agenda, não se planeja, chega aqui já com a hora para sair”. Eu entendo, mas tenho que te afirmar que esta é a cultura que a empresa permitiu ou implantou para o seu público. Como em todos os aspectos, existe e sempre existirá o perfil de cliente da manutenção corretiva, ou seja, ele só entrará na sua oficina quando já está com o defeito no veículo e ele não terá tempo e nem estará planejado financeiramente para aquela eventualidade. Só que isto não pode ser a maioria dos seus atendimentos. Vamos aproveitar o “coronacrise”para iniciar a mudança de cultura? Momento atual: bandeira vermelha, 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

equipe reduzida, atendimento por agendamento, cliente em quarentena. Como plano de ação, as oficinas divulgando-se nas redes sociais, de todas as formas. Lançando novos serviços ou focando nas necessidades do momento. Neste caso, na oxi sanitização. O cliente que há tempo não aparecia, viu a divulgação e se interessou. Ligou para a empresa, a atendente explicou que os atendimentos estavam sendo feitos por hora marcada, mas o veículo também poderia ser buscado pela equipe. “O que você prefere?” O cliente respondeu: “Estou trabalhando de casa, saio pouco, mas já que é assim, eu vou até aí porque aproveito e faço algumas compras no supermercado”. A atendente então deu a cartada final: “Nesta condição eu tenho horário hoje à tarde às 15h ou amanhã pela manhã às 09h. O que você prefere?” Respondeu o cliente: “Amanhã fica bom pra mim”. Eis aqui um singelo exemplo de “venda da empresa” de forma técnica, profissional e muito sutil! Por incrível que pareça, ainda vivemos no nosso segmento um atendimento por telefone, por Whatsapp e até presencialmente, onde só se responde o que o cliente pergunta e se ele não pergunta, o profissional responde aos colegas: “não sei, ele não falou!”. Com todo o caos que estamos vivendo, com os momen-

por KARINE QUINJALMO, mãe do Enzo, mentora de soluções em sistemas para a reparação automotiva, especialista em processos e custos, mentora e consultora empresarial e diretora da Oficina Mais Sistemas de Gestão. www.oficinamais.com.br

tos tristes, de insegurança, aqui é um grande momento para você repensar, orientar, treinar a equipe e ganhar o engajamento do seu cliente! Tornando-se pró-ativo. Querem saber como este atendimento terminou? Chegando na empresa ele sentiu-se exclusivo. Foi chamado pelo nome, informado que o técnico já aguardava pelo veículo e que, com todos os procedimentos sanitários, iria pegar a chave e manobrar até o pátio da oficina. Então, foi dirigido à sala de espera. Após alguns minutos ele levantou-se, foi até a atendente e disse: “Nossa como eu estava precisando deste momento: aqui tem Wi-Fi frigobar com água com gás e sem gás, máquina de café, televisão e ainda me informaram que eu posso escolher a programação, tem um sofá lindo e mais confortável do que o da minha casa. Gente! Um momento só pra mim! Estou me sentindo num SPA!”. Agora, pensa na alegria da equipe com esta manifestação do cliente. Quanto custa? Um pequeno reinvestimento na empresa, atenção aos detalhes e uma dose de gentileza! Isto é superar a expectativa do cliente. Que tal olhar o teu atendimento com os olhos de cliente? Pense nisto! Esta é minha dica para a sua oficina mais lucrativa!


ARTIGO / DICAS PRA NÃO ERRAR

SÉRIE: O QUE TODO “DONO” DE OFICINA DEVERIA SABER, ANTES DE ABRIR SEU NEGÓCIO

por RODIMAR MARCHIORI Diretor da Marchiori Consultoria

Foto Divulgação

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lá Pessoal, seguindo nossa caminhada rumo a uma ampla reflexão sobre conceitos que talvez você tenha sobre o que é ser empresário, e através desta reflexão possa sim estar mudando alguns conceitos para obter melhores resultados. Nossa caminhada está baseada na seguinte premissa: O que todo “dono” de oficina deveria saber antes de abrir seu negócio! Quarta dica: Capacitação em Gestão. Uma das principais características da maioria dos empresários do setor de reparação é o baixo nível de conhecimento da área de gestão, eles compreendem a importância de capacitar-se, porém o foco ainda é muito restrito a capacitação técnica, como consequência disso teremos sempre ótimos técnicos tomando decisões estratégicas que exigem conhecimento de gestão. É preciso compreender que esse movimento é natural, pois vários empresários surgiram da área técnica, então validarão sempre a importância de fazer um serviço bem feito, o cuidado e foco em resolver o problema do cliente,

o que realmente faz sentido e é a essência de uma oficina mecânica de qualidade, porém deve-se complementar com a visão de negócio, onde existe a busca de retorno sobre o investimento para que haja satisfação mútua, cliente e empresário. A partir do momento que você técnico tem como objetivo empreender, abrir seu próprio negócio, entenda que será preciso ter conhecimento e habilidades específicas de gestão, para tomadas de decisões que são de sua responsabilidade. Não estou afirmando que você deverá fazer na prática todo o processo de gestão da empresa, mas sim saber o que cobrar das pessoas que irão trabalhar no setor administrativo, assim como ocorre com a equipe técnica. A Pandemia exigiu de muitas empresas tomadas de decisões rápidas e assertivas, o fechamento do mercado e a baixa no fluxo de caixa das empresas tornou o mercado um ambiente de guerra na disputa pelo espaço no bolso do cliente, a concorrência deixou de ser segmentada para uma concorrência aberta e agressiva, onde

muitas empresas sem um processo de gestão eficiente acabam tomando decisões de forma precipitada, desenhando estratégias que podem apenas resolver problemas no curto prazo e pioram o cenário para o médio e longo prazo, como por exemplo antecipação de cartão de crédito sem um planejamento de fluxo de caixa projetando possíveis cenários de retomada pós pandemia. Já empresas que são estruturadas no processo de gestão, conseguem administrar de maneira mais eficiente os impactos da crise e também visualizar oportunidades diante de um cenário tão desolador onde muitas empresas irão fechar. Quando falamos em gestão, não estamos falando em algo que seria um diferencial para o seu negócio, mas sim a base sólida que irá garantir um crescimento sustentável. Na próxima edição mais dicas. Para receber mais dicas de gestão, siga nas redes sociais Instagram, Facebook e no YouTube Rodimar Marchiori. Participe do Grupo no Telegram, envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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GESTÃO / BIOSSEGURANÇA

POR: EDISON RAGASSI | FOTOS: DIVULGAÇÃO

PROCESSOS DE BIOSSEGURANÇA A COVID-19 obrigou a rever conceitos, buscar novas maneiras de relações afetivas, comerciais e principalmente, novos hábitos de higiene e segurança

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esde dezembro de 2019, o mundo luta contra os efeitos do coronavírus, o qual provoca a COVID-19, uma doença respiratória aguda, que pode causar a morte do ser humano. Em várias partes do mundo, pesquisadores e infectologistas trabalham no desenvolvimento de uma vacina para combater o vírus e fazer com que as pessoas criem imunidade contra ele. Enquanto a vacina está em fase de estudos e desenvolvimento, uma outra palavra apareceu no dia a dia das pessoas, a biossegurança A biossegurança é definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como: “Condição de segurança alcançada por um con-

10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

junto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”. Sendo assim, toda a sociedade procura seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no sentido de evitar o contágio. No setor automotivo, composto por uma extensa cadeia, a qual começa na fabricante do veículo e termina na oficina de reparação de automóveis, os especialistas traçaram estratégias e criaram diretrizes a serem seguidas para implantar o conceito de biossegurança e com isso poder atender o cliente com o mínimo de risco.

CERTIFICAÇÕES ORIENTAM E VALIDAM AS BOAS PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA. Para auxiliar o setor automotivo o IQA- Instituto da qualida­de Automotiva, em parceria com o programa de Saúde do Hospital Sírio-Libanês, implantou o Programa AutoRetorno. Trata-se de um novo serviço que visa garantir o retorno dos negócios, assegurar a saúde dos colaboradores, fornecedo­ res, clientes e parceiros das empresas do setor automotivo. Ele pode ser utilizado em montadoras, concessionárias, fa­bricantes de autopeças, distribuidores, varejistas e oficinas de reparação automotiva. O programa visa atestar as melho­res práticas implementadas pela organização para o com­bate a Covid-19.


O INCUBATIC- INSTITUTO DE CIÊNCIA BIOSSEGURANÇA TECNOLOGIA INOVAÇÃO E CULTURA, de Recife (PE), desenvolveu um sistema de certificação que leva como base os protocolos de reabertura do comércio em Nova York. Ele utiliza a metodologia PPP (Process, Person and Place), pautados em normas nacionais e internacionais para a implementação de ações focadas em biossegurança, que podem ser utilizadas em oficinas reparadoras de veículos, lojas de autopeças, distribuidoras e fabricantes de autopeças. MOTORISTAS BRASILEIROS DÃO PREFERÊNCIA A AUTO CENTERS QUE OFEREÇAM PROTOCOLOS DE SEGURANÇA. A pesquisa Segurança Sanitária em Oficinas e Concessionárias, feita pela Continental Pneus, mostrou que 72% dos motoristas entrevistados dão preferência a oficinas e centros automotivos que ofereçam protocolos de segurança. A pesquisa foi realizada on-line pela fabricante de pneus, entre os dias 11 e 22 de junho. Das 318 pessoas ouvidas, 60% se preocupam em higienizar as mãos antes de dirigir e 80% se sentiriam mais confortáveis se o seu veículo fosse higienizado antes de ser devolvido após a realização de algum serviço de manutenção em uma oficina ou auto center.

truck centers da rede em todo o país foram orientados a adotar um rígido protocolo de procedimentos preventivos voltados à prevenção da disseminação da COVID-19 . Ele inclui o controle do número de clientes no interior da loja de acordo com a capacidade permitida na região, a observância da distância social mínima de segurança de 1,5 metro em todas as etapas do atendimento, o qual é feito apenas por profissionais utilizando máscara protetora customizada e luvas. Antes de qualquer serviço

ser iniciado, é realizada a higienização das áreas de contato, com especial atenção aos bancos, volante e câmbio que, na sequência, são protegidos com material plástico. O mesmo procedimento é adotado após a conclusão do serviço, que pode ser pago na modalidade sem contato. Outro benefício contemplado é o atendimento com hora marcada em todas as revendas. Algumas lojas disponibilizam também o serviço de Leva e Traz para a retirada e a devolução do veículo.

Em relação aos protocolos de segurança mais importantes, 65% indicaram a higienização e a esterilização do veículo no recebimento e na entrega, outros 57% valorizam os funcionários que utilizam máscara e luvas todo o tempo e 41% preferem agendamento de serviços para evitar o excesso de pessoas na oficina. Tendo como base as informações obtidas nesta mostra, a Continental Pneus implantou o Atendimento Seguro. Os mais de 450 auto centers e REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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GESTÃO / BIOSSEGURANÇA

POR: ALEXANDRE COSTA-ALPHA CONSULTORIA | FOTOS: DIVULGAÇÃO

POR QUE PRECISAMOS DE BIOSSEGURANÇA NAS OFICINAS? Desde o início das primeiras ações de controle de disseminação da doença, que vários Estados, uns de forma mais imediata, outros de forma mais tardia, reconheceram o setor de reparação automotiva como essencial para o andamento das atividades públicas e civis. O que por um lado trouxe alívio para muitos empresários que viram seus negócios ainda em funcionamento, mesmo em que em um regime de baixa demanda por serviços e queda da receita, por outro lado expôs colaboradores e clientes em um ambiente ainda não regularizado, onde pouco se sabia como proceder diante da pandemia, com orientações ape12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

nas genéricas sobre os cuidados básicos com a higiene pessoal. É importante compreender que nos últimos quatro meses muitos profissionais colocaram em risco a própria saúde e a de seus familiares para manter a capacidade de mobilidade urbana em nosso País, muitos dos quais trabalhando em condições de baixa ou nenhuma proteção, o que só coloca o segmento como um potencial vetor futuro da doença se nada for feito. E é aí que entra o conceito de Biossegurança. A Biossegurança pode ser entendida como um conjunto de orientações que tem como objetivo preservar o bem estar de profissio-

nais e consumidores, ao garantir a continuidade dos trabalhos da forma mais adequada em um ambiente de potencial transmissão do vírus. Sem essas orientações é pouco provável que a oficina mecânica possa prover um espaço de convívio seguro entre funcionários e clientes, o que expõe a todos ao risco biológico. Nós, enquanto empresa de consultoria, entendemos que a implementação dos requisitos de Biossegurança são prioritários nesse momento por ter relação direta com a questão de saúde pública, além do quê é a forma mais correta de proporcionar a segurança que o consumidor precisa para interagir com seu negócio.



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NA OFICINA / VEDAÇÃO

TROCA DA BORRACHA DE VEDAÇÃO DAS PORTAS DO VW GOL G5 E G6

SUBSTITUIR O ITEM É UM PROCESSO RÁPIDO E NÃO EXIGE FERRAMENTAS COMPLEXAS POR: MÁRIO SÉRGIO VENDITTI/ FOTOS: SAULO MAZZONI

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em sempre as borrachas de vedação das portas de um automóvel recebem a atenção merecida do proprietário. O item não tem exatamente um tempo de vida útil determinado e sua substituição depende muito da manutenção feita no veículo. Se não for adequada a cada tipo de carro, a borracha pode ressecar, provocando infiltrações ou acúmulo de sujeira. Na hora da reposição, é preciso escolher a borracha certa. A do Volkswagen Gol G5 e G6, por exemplo, nem sempre é compatível com a de outros veículos. A instalação de uma borracha com especificações diferentes não dará a aderência necessária e, fatalmente, vai durar menos tempo do que o normal. “Embora seja um processo simples, a instalação correta é fundamental”, revela Felipe Ferrari, gerente de produto do Grupo Universal Automotive Systems. “Um dos erros comuns é não deixar o ar escoar totalmente de dentro da borracha para aliviar a pressão. Quando isso acontece, a porta fica dura ou pode ir na direção do instalador com força.” 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

A seguir, os profissionais do Grupo Universal mostram o passo a passo da colocação das borrachas. A TROCA

É preciso escolher a borracha certa para a vedação. O diferencial da borracha é o lado do acabamento, que vai bloquear a entrada de ar ou a infiltração de água. A borracha é composta por três partes: o bulbo (que absorve o impacto do movimento de abrir e fechar as portas), a aba (responsável pelo acabamento interno) e a alma de aço, uma camada de aço presente por dentro de toda a tira de borracha.

A fixação da borracha de vedação nas portas e na tampa do porta-malas do Gol não requer nenhuma ferramenta complexa. Bastam a borracha nova, um pano para tirar sujeira acumulada na moldura das portas, um martelo de borracha para o trabalho de instalação e uma tesoura para cortar o excedente da borracha. A retirada da borracha velha é simples e não exige cuidado especial. É só arrancá-la aos poucos com as mãos. Depois, com as mãos devidamente calçadas por luvas,


é preciso passar um pano limpo para remover a poeira acumulada na superfície onde será colocada a nova borracha de vedação.

Colocar a borracha é uma operação rápida, que leva de cinco a dez minutos. Mas há um detalhe muito importante: segundo Luís Mazuca, comprador técnico do Grupo Universal Automotive Systems, “a instalação deve ser feita exclusivamente com martelinho de borracha, que não agride a estrutura da borracha no momento das batidas – o que poderia acontecer com um martelo convencional”.

A emenda da borracha deve fica na parte de baixo e no meio do trilho, na região do assoalho. “Em caso de infiltração, a água vai escoar com facilidade, o que não aconteceria se a emenda estivesse na parte de cima”, afirma Mazuca. Portanto, deixe a emenda no lugar certo e faça a fixação com o martelinho. O que deixará a borracha bem presa na porta são as pequenas garras da alma de aço.

Na medida em que a borracha é instalada, verifique sempre se ela está bem encaixada, principalmente nos cantos arredondados da moldura da porta. Se sair um pouco do trilho, ela corre o risco de se esgarçar rapidamente, perdendo a função de vedação.

A borracha mede quatro metros de comprimento e, por isso, nem toda a tira será usada para vedar a porta. Assim, corte o excedente com uma tesoura na parte da emenda e faça o arremate com o martelinho.

Se houver pontos de ferrugem na moldura ou se ela estiver desalinhada por causa de alguma batida, a borracha não ficará totalmente fixada. Se for esse o caso, antes da troca será preciso realizar um pequeno reparo de funilaria para corrigir o defeito. Se o ponto de ferrugem é mínimo, o certo é removê-lo com uma lixa fina. O método mais eficaz para conservar a borracha é aplicar um pano úmido ou com xampu neutro.

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA / VEDAÇÃO Terminada a substituição, aproveite para verificar o batente da porta. “É possível fazer regulagem dela para aumentar ou tirar a pressão do movimento das portas”, explica Felipe Ferrari.

O procedimento da troca de borracha de vedação é o mesmo na tampa do porta-malas do Gol. O item é idêntico e a emenda deve ficar posicionada na parte de baixo em frente ao batente. Da mesma forma que nas portas, o ba-

tente também pode ser regulado para melhorar a abertura e o fechamento do compartimento de bagagem. Mais informações: Grupo Universal Automotive Systems SAC - WhatsApp: (11) 99457-8423

À esquerda, Felipe Ferrari, gerente de produto, e Luís Manduca, comprador técnico do Grupo Universal Automotive Systems



CAPA / TRANSMISSÃO

O BOM ATERRAMENTO! INSPEÇÃO E DIAGNÓSTICO DE CIRCUITO ELÉTRICO

por Carlos Napoletano | fotos Divulgação

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á muitos anos, quando iniciamos em nossa profissão, a eletricidade e a eletrônica eram áreas em que muitas oficinas, técnicos automotivos e mesmo engenheiros evitavam o tanto quanto possível. Os veículos de hoje estão mudando a uma taxa nunca antes vista na história da indústria automotiva. Com o advento de transmissões com um grande número de marchas, mais eletrônica embarcada foi adicionada aos veículos, inclusive com os fabricantes anunciando para breve a fabricação de veículos populares totalmente elétricos, inclusive picapes e SUVs, a eletrônica e a eletricidade são assuntos que não podemos mais evitar se quisermos trabalhar neste ramo.

nossas mãos, assim como fazemos com sistemas mecânicos. Isto causa apreensão ao técnico reparador. Muitos técnicos estão cientes de que o sistema elétrico/eletrônico consiste tipicamente de 6 partes: • Uma fonte de alimentação (lado alimentado do circuito). • Uma massa ou linha de retorno para a corrente fluir de volta para sua fonte ou bateria. • Uma carga (componente) tal como uma lâmpada, solenoide, relé ou motor. • Fios para conectar os componentes do circuito. • Um interruptor ou dispositivo de controle tal como um computador. • Um protetor de circuitos tal como um fusível ou disjuntor.

Visitando oficinas independentes e concessionárias em base semanal, encontro mais e mais reparos que necessitam de entendimento de conceitos elétricos bem como processos de diagnóstico para reparar corretamente um veículo. Temos observado que o pessoal em geral solicita muito mais informação sobre problemas elétricos do que de problemas mecânicos ultimamente. Durante nossos fóruns, temos discutido continuamente e estudado a respeito de questões de elétrica e eletrônica numa frequência muito maior do que assuntos de mecânica das transmissões. Isto se dá em outras áreas do veículo também.

Uma área que exige constantemente um procedimento de diagnóstico por parte do técnico é o circuito de massa ou aterramento. A massa é a outra metade do circulo que fecha o circuito elétrico. Uma massa ou aterramento simplesmente completa o caminho para que a corrente ou amperagem flua de volta ao seu ponto de partida ou fonte. Na sua forma mais simples, é a porção de voltagem mais baixa do circuito (utilizando a teoria convencional da eletricidade que diz que a corrente flui do positivo para o negativo).

O problema com a eletrônica e a eletricidade é que não podemos vê-las com nossos olhos ou tocá-las com 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Contrário à crença popular, a corrente ou amperagem (volume de elétrons) não é consumida pelo circuito ou componente, mas ao invés ele realiza o serviço, quando é utili-

zado para operar o componente. A voltagem (pressão elétrica) é utilizada para forçar a corrente/amperagem através dos circuitos e componentes. A voltagem é o item que é consumido no circuito elétrico e deve ser consumida pelo componente e não pela resistência do condutor ou suas conexões. Se houver um problema com a conexão, a voltagem será utilizada para conduzir a corrente através da resistência na conexão com mau contato fazendo com que a voltagem seja consumida quando passa pela conexão ao invés de pelo componente. Isto fará com que o componente não seja alimentado corretamente, o que acarretará mau funcionamento do componente tal como um atenuador de luz, um solenoide ou relé que não está completamente energizado, ou um motor elétrico girando mais lento ou não girando de forma alguma. Muitas vezes, nas nossas consultas, perguntamos como está o sistema de aterramento ou massa no circuito, visto que ele é responsável por muitas causas de falhas em sistemas elétricos. A resposta na maioria dos casos é: “ele parece muito bom”. Conforme mencionamos antes, não podemos ver a eletricidade, e assim podemos afirmar que o sistema de aterramento não pode estar bem quando temos várias falhas simultâneas de componentes em um circuito. Sim, algumas vezes é bastante óbvio que existe resistência no circuito quando podemos ver corrosão em uma conexão, mas na maioria das vezes a corrosão não é claramente visível embora continue sendo a fonte de seu problema. Podemos imaginar porque o circuito de massa é a fonte mais comum de problemas nas conexões em um veículo? A resposta é porque tipicamente porque as conexões estão expostas aos elementos, tais como neve, gelo, água, poeira e


produtos químicos no tratamento das estradas, tais como sal e cloreto de magnésio. Adicionalmente, os fabricantes estão fazendo de tudo que podem para diminuir o peso e cortar custos nos veículos modernos. Isto inclui tornar a fiação e seus terminais menores e eliminar as arruelas de aterramento. Isto tornou os problemas com chicotes elétricos muito mais difíceis de se lidar. Enquanto a inspeção visual continua sendo uma ferramenta importante quando lidamos com problemas ligados à fiação, testar o circuito e seus pontos de aterramento são métodos mais confiáveis para determinar se existe algum problema lá. Não existe somente um método de testar todo o tipo de aterramento presente nos veículos modernos. Técnicos diferentes possuem preferências diferentes quando executam testes de aterramento, os quais incluem: • Teste do multímetro (Ohms) • Teste de carga • Teste de by-pass (ou desvio) • Teste de queda de voltagem TESTE DO MULTÍMETRO (OHMS) Seu multímetro atua como um voltímetro ultrassensível quando ele tem sua chave posicionada na posição Ohms. Ele fornece uma pequena quantidade de corrente e voltagem para uma das pontas de prova. Quando ligado a um componente ou circuito, ele mede a tensão consumida através das pontas de prova (queda de voltagem ou tensão) e mostra uma leitura de resistência em ohms em sua tela. O teste do multímetro (ohms) é muito limitado em seus resultados, pois ele não aplica uma “Carga” ao circuito. Isto significa que um condutor com somente um filamento (filete) inteiro vai mostrar no multímetro ou ohmimetro zero (0) ohms (figura 1). Se o fio danificado estiver conectado ao componente, ele não funcionará, pois a

corrente fornecida ao componente por este único filamento é muito baixa devido ao fio danificado. Muitos técnicos são enganados por este fato frustrando o trabalho e fazendo com que um monte de componentes em perfeito estado seja substituído sem necessidade, visto que presumem que o teste do multímetro mostrou que o fio está bom (conduzindo).

FIGURA 1 – 1 FILAMENTO AINDA INDICA ZERO OHMS

Para medir resistência, o circuito deve ser desenergizado ou desligado da fonte. Isto é a principal desvantagem de se usar um ohmimetro para se testar aterramentos, pois o circuito não está operando quando o testamos. Assim, em termos positivos, um ohmimetro NUNCA deve ser usado para testar um circuito de alta corrente ou aterramento. Então, quando podemos usar um ohmimetro para se testar um circuito de aterramento? Massas de sensores são provavelmente o melhor exemplo de quando podemos utilizar um multímetro (na função ohmimetro). O fluxo de alimentação de um sensor drena uma corrente muito baixa do circuito, por isso a utilização de um ohmimetro é uma boa escolha para se encontrar um aterramento deficiente de um sensor. TESTE DE CARGA Vários técnicos utilizam o processo de teste de carga para testar

CONSULTOR

Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com

um aterramento que eles suspeitam estar deficiente. Muitos técnicos que aplicam diagnósticos utilizam lâmpadas de muitos valores de corrente diferentes em sua caixa de ferramenta. A experiência irá te dizer qual lâmpada é mais apropriada para cada teste. Conecte a lâmpada ao ponto de massa sob suspeita de falha e ligue a outra extremidade ao terminal positivo (+) da bateria. A lâmpada deverá se iluminar totalmente. Se ela acender com luminosidade reduzida ou não acender o aterramento está defeituoso. Devemos ser cuidadosos com uma série de coisas quando utilizamos este tipo de teste: . Certifique-se que a corrente total consumida pela lâmpada não ultrapasse a corrente total suportada pelo circuito de aterramento. Este é um dos motivos pelo qual os fabricantes não incentivam este tipo de teste; . Não utilize lâmpadas de LED como dispositivo de teste de carga. As luzes LED são dispositivos de baixa corrente e assim podem te enganar quando iluminam completamente, porém o ponto de aterramento não está OK, alimentando a lâmpada; contudo, se não alimentado corretamente o circuito consome maior corrente. Algumas ferramentas especializadas também estão disponíveis para ajudá-lo a testar circuitos de massa. A “sonda de potência” é um bom exemplo deste tipo de equipamento de teste. (figura 2)

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REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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CAPA / TRANSMISSÃO

FIGURA 3 – TESTE DE QUEDA DE TENSÃO

FIGURA 2 – TESTE QUE APLICA CARGA AO CIRCUITO

TESTE DE BYPASS (DESVIO) Às vezes, o ponto de aterramento pode ter um acesso muito difícil para fins de teste. Alguns técnicos escolhem desviar do ponto de aterramento sob teste com fios ponte para ver se o problema desaparece. Se realmente a falha desaparecer, o ponto de massa ou seu fio de ligação está ruim. TESTE DE QUEDA DE VOLTAGEM O teste de queda de voltagem (tensão) é o método de teste predileto para inspeção da maioria dos aterramentos, com a exceção sendo o teste de aterramento de sensores. Muitos fabricantes indicam este teste, pois o circuito está em operação quando o teste é executado. Conforme mostrado anteriormente, o que é consumida é a tensão (voltagem) num circuito elétrico e a maior quantidade de tensão deve ser consumida pelo COMPONENTE e não pelas conexões ou pelo circuito. O teste de queda de tensão permite ao técnico visualizar ONDE a tensão está sendo consumida. Para testar um ponto de massa sob suspeita, simplesmente ligue uma das pontas de seu voltímetro (multímetro na posição de voltagem) ao ponto de massa. Conecte 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

a outra ponta de prova ao terminal NEGATIVO (-) da bateria. Energize o circuito/componentes e leia o valor presente no voltímetro (figura 3). Se for mostrada uma excessiva queda de voltagem, existe resistência no ponto de massa e isto precisa ser corrigido. Alguns fabricantes fornecem especificações para o máximo valor de queda de voltagem por conexão ou ponto de massa, mas uma boa regra geral seria de .1 a .2 volts por conexão (entre 100 a 200 miliamperes máximos). A exceção corre por conta de se medir um aterramento de alto fluxo de corrente ou conexão, como o circuito do motor de arranque, por exemplo, que deverá ser mais alto, é claro. REPARO O pessoal técnico, que é provavelmente mais experiente em termos de problemas e testes de aterramento, é o da Marinha. Os problemas de mau contato em conexões são enormes em navios e se gastaram muitas horas e dinheiro estudando estes problemas. As regras de teste e correção de problemas foram desenvolvidas baseadas em estudos de como as conexões são afetadas pelo torque, preparação e limpeza de superfícies, a utilização de arruelas especiais de aterramento e correta isolação dos pontos de aterramento de fatores externos. O que pode ser recomendado é o seguinte: • As conexões devem ser limpas quimicamente e fisicamente para re-

mover qualquer corrosão existente. • O torque dos parafusos e porcas de aterramento é crítico, pois a integridade do ponto de massa se baseia integralmente no contato físico de suas conexões. • Arruelas de aterramento são recomendadas para muitos pontos de massa, pois elas asseguram o bom contato com o chassi no ponto onde o ponto de massa está conectado (figura 4).

FIGURA 4 – ARRUELAS PARA PROMOVER BOM CONTATO ENTRE OS TERMINAIS E O CHASSI

• Isolação e pintura após a instalação do ponto de massa são críticas para evitar que a corrosão apareça novamente, visto que a corrosão é resultado da exposição com o oxigênio. Sem a presença de oxigênio a corrosão não se desenvolve. Assim, da próxima vez que enfrentar algum problema elétrico para lidar, não durma no ponto! Execute um destes testes! Veremos que os testes elétricos são um pouco intimidantes no começo, porém à medida que pegamos experiência com eles, vemos que não são tão difíceis de executar. Até o nosso próximo encontro e lembre-se: “Há uma razão para que o para-brisa seja maior que o retrovisor!” - Não olhe para trás, olhe para a frente e o futuro será melhor para todos! Até mais!



ELÉTRICA / SISTEMAS EMBARCADOS VS AS FONTES DE ENERGIA

SISTEMAS EMBARCADOS VS AS FONTES DE ENERGIA por Leandro Marco | fotos Divulgação

A

migo reparador, seja bem vindo a mais uma edição da Revista Reparação Automotiva. Na publicação passada apresentamos as baterias automotivas e suas diferenças e iniciamos algumas informações de aplicações conforme as tecnologias embarcadas nos veículos. Nesta edição, trazemos dois casos relevantes, sobre a aplicação correta e os cuidados com as baterias automotivas e a devida utilização. Vamos mostrar o caso da Fiat Toro e os problemas com a direção elétrica assistida, e o BMW 320 i, com a Unidade FRM.

ELETRÔNICA EMBARCADA No passado, a maior preocupação do reparador, quando falávamos em sistemas elétricos, era não inverter os conectores dos polos da bateria, para evitar a queima da placa retificadora do alternador. Mas, hoje os veículos têm vários módulos de controle ele24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

trônico. Um carro popular, ou de entrada, que não vinha provido de nenhum conforto, hoje possui, direção elétrica, sistemas de freios ABS, Injeção Eletrônica, airbag, entre outros. E não só mais o reparador precisa se preocupar com a inversão dos polos das baterias, bem como, sua capacidade de corrente de partida CCA, e a tecnologia nela empregada para controle de carga, armazenamento e temperatura. VAMOS AOS CASOS OCORRIDOS CONSTANTEMENTE NAS OFICINAS: 1º FIAT TORO Tem sido comum relatos da Fiat Toro como, apresentar falhas e defeitos em seu sistema de direção assistido eletricamente, o EPS. Mas então, seria um erro de projeto? Certamente que não!

Desde que os veículos, começaram a receber Sistemas Eletrônicos Embarcados, as montadoras, inseriam avisos, como o de não lavar o motor,

assim, cuidado ao jogar água sobre este item. Mas, um fator que tem se levantado, é a falta de informação ou busca pela mesma. Eletroeletrônica, não aceita erros. Água e fonte de energia aplicada erroneamente significam morte certa para os componentes aplicados. Recebemos na oficina, uma Fiat Toro que, após um serviço de lavagem do veículo, a direção elétrica apresentou defeito. Durante o diagnóstico, foi identificado que a central de comando da coluna de direção elétrica havia queimado. Isso ocorreu devido a uma transferência de carga para a bateria do veículo que apresentava baixa capacidade e vida útil reduzida.


AQUI VALE UM ALERTA: A linha FCA, a partir de 2017 mudou as Redes de Comunicação CAN, de seus veículos. Acrescentaram a Unidade de proteção SGW (Security Gateway), onde os scanners comuns, não têm mais acesso para realizar o alinhamento de PROXY. Para tal serviço em nossa oficina, a GENERALTECH, utilizamos os Equipamentos AUTEL.

Para a troca da Coluna Elétrica, não pode ser utilizada uma unidade de segunda mão, ou seja, usada, pois o sistema não aceita, e após a troca da mesma deve ser feito o alinhamento de PROXY. O alinhamento de Proxy consiste em fazer o que chamamos popularmente de casamento entre os sistemas. Na linha PSA Peugeot Citroën, é chamado de telecarregamento, apresentação de unidade, etc.

CONSULTOR Leandro Marco Busque qualificação profissional na General TECH, de Uberaba (MG)

üRetire a parte superior da coluna com o volante e chaves direcionais

ESTE MÓDULO PROTEGE A REDE DE COMUNICAÇÃO DO VEÍCULO, A REDE CAN

üRetire a parte central da coluna, composta por motor elétrico, unidade eletrônica e eixo.

PROCESSO PARA REALIZAÇÃO DA TROCA DA COLUNA ELÉTRICA DA FIAT TORO: ü Desligue a bateria do veículo, ü Retire os acabamentos em torno do volante,

CONECTOR 12+8 DA AUTEL

Feito os procedimentos, veículo reparado.

Após a troca, religue a bateria, ligue a ignição, e faça o alinhamento de PROXY, e ajuste do sensor de ângulo de direção. Para fazer estes procedimentos seu scanner precisará possuir acesso ao sistema SGW, e cabo de conexão para esta unidade. A unidade SGW, está instalada em 3 posições diferentes nos veículos FCA, atrás do porta luvas.

2º CASO: BMW 320 I No veículo foi substituída a bateria em uma revenda, por uma bateria convencional, o que provocou sérios problemas.

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ELÉTRICA / SISTEMAS EMBARCADOS VS AS FONTES DE ENERGIA

Este teste aponta uma bateria com baixa capacidade, uma vez que a bateria correta seria uma AGM

tricos e luzes de setas. O custo de troca desta unidade tem um valor alto. Lembrando da edição anterior (142),onde foi exposto as diferenças entre as baterias, e ainda assim, temos casos recorrentes nas oficinas diariamente, pois existe uma grande barreira a ser quebrada: “Realizar o serviço técnico corretamente a aceitar as imposições do mercado conturbado por falta de profissionalismo, e concorrência baseada no menor preço!”

Esta troca acabou por danificar a Unidade FRM, que é a unidade eletrônica do controle de sistemas auxiliares. Esta Unidade apresenta falhas em comandos dos faróis, vidros elé-

Esteja em busca constante de aperfeiçoamento profissional. Mantenha atualizado os equipamentos, e obedeça as normas técnicas de manutenção automotiva!


PERFIL TÉCNICO / RENAULT DUSTER

POR: EDISON RAGASSI/ FOTOS: IBR EDITORA

O RENAULT DUSTER EVOLUIU SUV COMPACTO RECEBEU MUDANÇAS VISUAIS E DE CONTEÚDO Passa a utilizar direção com assistência elétrica e continua simples para reparar

N

a época em que foi lançado em 2011, o SUV compacto Renault Duster, chegou para rivalizar com o então líder do segmento, o Ford EcoSport. O SUV conquistou o público brasileiro e até chegou a liderar em número de emplacamentos. Passado o tempo, a maior modificação foi feita em 2017, quando a fabricante trocou o motor 1.6L 16V Hi-Flex pelo moderno 1.6L 16V SCe. Depois disso a versão com este motor recebeu, em 2018 o câmbio X-TRONIC CVT. Este ano, a Renault alinhou seu SUV com o modelo europeu, vale lembrar que o Duster é um projeto da subsidiária romena Dacia, mas antes de chegar às concessionárias, passou pelo Renault Design Center São Paulo. Neste Perfil Técnico, a Revista Reparação Automotiva, levou o

Novo Renault Duster Iconic 2021, ou seja, a versão topo de linha, para a High Tech Oficina, localizada no bairro da Lapa (SP), ela é dirigida pelo reparador Roberto Montibeller.

O SUV da Renault utiliza o motor 1.6 SCe Flex com 120 cv (E)/ 118 cv (G) e torque de 16,2 kgfm (E/G). “Para checar ou realizar a troca das bobinas, velas, bicos injetores e até

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PERFIL TÉCNICO / RENAULT DUSTER o alternador é necessário retirar o coletor, assim facilita o acesso, pois só há duas bobinas que não estão cobertas pelo coletor”, avalia.

Porém, a retirada do coletor não exige ferramentas especiais. “O coletor é retirado com ferramentas que o reparador tem na oficina, já as velas necessitam de uma ferramenta longa com diâmetro especifico”, comenta Roberto.

O motor 1.6 SCe Flex utiliza o reservatório de gasolina para auxilio na partida a frio. “Este é um item que precisa das revisões periódicas, principalmente antes da entrada do inverno. Durante o período mais quente, a gasolina no reservatório não é utilizada e a cada três meses perde as propriedades. Quando chega o período do inverno, esta gasolina vai ser injetada no sistema de alimentação e pode comprometer vários componentes. O recomendado é utilizar gasolina Premium no reservatório, pois ela mantém as propriedades pelo período de um ano”, alerta. O diretor da High Tech Oficina, considera que o motor 1.6L SCe é fácil de reparar. “É um motor que utiliza corrente de comando, ou seja, se o proprietário seguir as recomendações, trocar o óleo e utilizar o especifico recomendado pela montadora não terá problemas. O filtro de ar é muito fácil para substituir e ainda a bateria traz pontos de entrada, para instalar acessórios. O que dá um pouco mais de trabalho é tirar o coletor, para acessar as velas”. UNDERCAR SEM MODIFICAÇÕES O SUV Renault Duster 2021 passou por modificações estéticas e de conteúdo, porém, manteve a plataforma. Utiliza freios

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a disco com ABS na dianteira e tambor na traseira. A suspensão dianteira é do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais. Na traseira o eixo é rígido, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais. Para Roberto da High Tech, o reparador não tem dificuldades nestes sistemas. “Uma das qualidades do Duster desde o lançamento é o undercar de fácil manutenção. Não há necessidade de ferramentas especiais para trocar discos, pastilhas, lonas, amortecedores e molas. O que notei de diferente são os parafusos na cor preta, o correto se for necessário substituir, é utilizar os da



PERFIL TÉCNICO / RENAULT DUSTER mesma procedência, pois a tinta é uma proteção contra a ferrugem. E também é preciso ficar atento ao trocar o rolamento da roda. Neste caso é necessário montá-lo na posição correta para não deixar o ABS inoperante. E nos amortecedores traseiros o reparador tem um pouco mais de trabalho, pois vai ter que desmontar a forração do porta-malas para acessar”, fala ele.

Ainda nos itens que para ter acesso é necessário levantar o carro, os filtros de combustível e óleo são fáceis para retirar e colocar, o sistema de exaustão também não tem necessidade de ferramentas especiais ao fazer as trocas. Uma novidade da linha 2021 do Renault Duster é que ele passa a utilizar auxilio elétrico no sistema de direção. “A caixa é mecânica, de fácil acesso. Ela trabalha com um motor elétrico e neste caso a análise é feita com equipamento específico”, avalia Montibeller.

ROBERTO MONTIBELLER High Tech Oficina, localizada no bairro da Lapa (SP)

FICHA

TÉCNICA Outra diferença apontada por Roberto está na suspensão do novo Renault Duster é a barra estabilizadora. “Ela está voltada para a parte frontal do carro. Normalmente ela está próxima a parte traseira do eixo. Nesta posição ela ficou mais fácil para substituir”. Ele também tem uma mangueira ramificada. “Esta mangueira faz a função de quatro, não é um item barato, o qual necessita ser verificado periodicamente e exige cuidado ao realizar reparos em peças próximas para não danificá-la”. Durante as revisões, em qualquer tipo de veículo, é recomendado verificar o sistema de iluminação. O Duster recebeu uma nova lanterna traseira. “Ela é bem simples, o acesso é pelo porta-malas, basta soltar duas presilhas para retirá-la e trocar as lâmpadas”, fala Roberto. O Renault Duster versão Iconic avaliado nesta reportagem tem preço sugerido de R$ 94.290, é a opção topo de linha da marca.

NOVO DUSTER

ICONIC 2021 - 1.6 16V SCE

MOTOR

Disposição: Dianteiro transversal Número de cilindros: 4 em linha Número de válvulas: 16 Cilindrada: 1.597 cm³ Potência: 118 cv (G) /120 cv (E) a 5.750 rpm Torque: 16,2 (G) / (E) a 4.000 rpm Câmbio: X-TRONIC CVT com simulação de 6 marchas Tração: Dianteira Direção: Assistência elétrica

SUSPENSÃO

Dianteira: McPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais. Traseira: Eixo rígido, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais

FREIOS

Dianteiro: Disco ventilado Traseiro: Tambor Pneus: 215/60 R17 Rodas: Liga leve 17”

DIMENSÕES / CAPACIDADES:

Comprimento: 4.376 mm Largura:1.832 mm Altura: 1.693 mm Entre-eixos: 2.673 mm Tanque de combustível: 50 litros Porta-malas: 475 litros 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


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CUMMINS FILTROS LANÇA LINHA DE FILTROS FLEETGUARD E-TOP Fabricado no Brasil, os novos cartuchos para filtros de combustível foram desenvolvidos em três versões pelo time de engenharia brasileiro da Cummins para os segmentos de caminhões médios e pesados. Segundo a empresa, o novo cartucho traz alta performance na separação da água no Diesel, impedindo a contaminação e, consequentemente, problemas de corrosão mesmo com as piores condições do combustível.

AUTOPAR É ADIADA PARA 2022 A Diretriz Feiras e Eventos, responsável pela organização da Autopar- Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva, adiou a mostra para o período de 11 a 14 de maio de 2022. A decisão foi tomada por causa das incertezas geradas pela pandemia da COVID-19. Os organizadores do evento esperam preservar a saúde e resguardar os apoiadores, colaboradores e o público em geral. A empresa de eventos trabalha para aprimorar a mostra e ampliar o espaço de exposição.

APLICATIVO FORD AUTO BUSCA COMPLETA UM ANO E CHEGA AO NORDESTE

ZF AFTERMARKET EXPANDE ATUAÇÃO NO E-COMMERCE

Com mais de 32 mil anúncios na plataforma do Mercado Livre, a ZF Aftermarket dá suporte para a atuação dos varejistas. Os produtos das marcas TRW, SACHS e ZF já podem ser encontrados no Mercado Livre, maior plataforma de e-commerce da América Latina. Esta ação iniciou em setembro do ano passado, quando a empresa disponibilizou a linha de suspensão, direção e freios. Em janeiro deste ano, foi lançada a loja oficial SACHS e inseridos kits de embreagens, e no mês de julho, itens de transmissão e componentes para área agrícola foram também incorporados à loja oficial da marca. 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

O Auto Busca, aplicativo de venda de peças da Ford, completa um ano e expande o catálogo de peças, que agora possibilita a compra de itens para veículos de ano/modelo 2002 a 2020. Também lança uma área dedicada aos cupons de desconto e chega ao Rio Grande do Norte. O atendimento é feito pela concessionária Divepe e inclui, além da capital, Natal, as cidades de Parnamirim, Canguaretama, Caico, Currais Novos, Mossoró, Macaíba, Ceará Mirim e São Gonçalo do Amarante.

NGK COMEMORA ANIVERSÁRIO Em 2020, a NGK completa 61 anos de história no Brasil, onde iniciou suas operações em 1959. A empresa é detentora das marcas NGK (Componentes Automotivos), NTK (Sensores e Ferramentas de Corte) e Super NGK (Pastilhas de Porcelana), além da marca Belamari, apresentada na Expo Revestir 2019. Sua fábrica, localizada em Mogi das Cruzes (SP), é a primeira unidade produtiva do grupo fora do Japão e conta com área total de mais de 625 mil m², sendo mais de 66,5 mil m² de área construída.


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