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EDIÇÃO 113 Fevereiro de 2018
INFLUENCIADORES
DIGITAIS Eles estão por toda parte e trazem diariamente dicas valiosas para o conserto dos mais variados tipos de carros. Mas é preciso cuidado para discernir essas informações, uma vez que é o reparador o responsável pelas tomadas de decisões.
MANUTENÇÃO DO ABS
Reparador relata que sujeira na válvula solenoide pode mascarar problema no sistema
ENTREVISTA SCHAEFFLER CÂMBIO AUTOMÁTICO
Nesta edição, Rubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo
Colunista explica problema na transmissão 09G/TF60-SC com patinação de 3ª para 4ª marcha
JUCÃO AUTO CENTER
Empresa é referência há 30 anos na cidade de Caratinga, Vale do Aço de Minas Gerais
E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES
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SUMÁRIO
EDIÇÃO 113 FEVEREIRO 2018
30
04. ENTREVISTA
Rubens Campos, do Aftermarket Automotivo - Schaeffler South America
08. GESTÃO
Veja o que mudou relacionado à organização de uma oficina mecânica
10. NEGÓCIOS
Saiba como tirar proveito profissionalmente das Redes Sociais
14. CAPA
Os Influenciadores digitais e sua contribuição para os reparadores
22. MESTRES
Empresário é destaque na cidade de Caratinga (MG)
24. TRANSMISSÃO
09G/TF60-SC com patinação de 3ª para 4ª marcha
08
10
32
28. FREIOS
Veja como é realizada a manutenção do freio ABS
30. MOTOR
Motor do Ford KA 1.0 3 cilindros 2016 na retífica
32. ELÉTRICA
Ruídos podem interferir na transmissão de informação
DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) Redatora Karin Fuchs ARTE Designers Jheimisson Sampaio Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Alessandra Costa Richard Faria Wanderley Klinger MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez marketing@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima DEPTO AUDIOVISUAL/ PRODUTORA Coordenador Wanderlei Castro produtora@ibreditora.com.br
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ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@ibreditora.com.br Atendimento ao Leitor Mônica Macedo marketing1@ibreditora.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: redacao@ibreditora.com.br
MÍDIA DADOS 2017
Albarus..........02 Aner...............34 Autop.............11 Aplic Resolit...21 Corteco ........13 Corven .........07 Fortec ...........31 FTE ...............19
IAB.....................12 Motorcraft .........35 NGK...................05 Radnaq..............29 Ranalle ..............26 Spicer ...............36 Urba e Brosol ....17 Zen ................... 27
ENTREVISTA
SCHAEFFLER
FOCO NA CAPACITAÇÃO QUE NÃO SE LIMITA AOS CURSOS, MAS TAMBÉM A INVESTIMENTOS EM TREINAMENTOS TÉCNICOS TENDO EM VISTA A DISSEMINAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS E TECNOLOGIAS
por Silvio Rocha | foto Divulgação
“Para este ano, estamos apostando no aumento do volume de eventos realizados e participantes treinados, em comparação com o ano anterior”, diz Rubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo Schaeffler South America, nosso entrevistado desta edição Reparação Automotiva: Com relação às novas tendências do mercado e às inovações nos veículos, fale a respeito das principais soluções e tecnologias para o reparador. Rubens Campos: O setor automotivo passa por constantes renovações tecnológicas e, consequentemente, o mercado de reposição também deve acompanhar essa evolução. A gradativa adoção de carros híbridos ou apenas movidos por combustíveis de energia limpa, já iniciada de forma considerável em países desenvolvidos, exige a rápida preparação da indústria na criação de novos componentes que atendam os novos padrões de consumo. Com isso, certamente, os profissionais das mecânicas precisarão de atualização técnica para suprir as demandas fu04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
turas. Acreditamos, também, que a crescente tendência na utilização de veículos compartilhados e serviços de transporte por aplicativo poderá gerar novas oportunidades de negócios no setor de reparação. Todas essas tendências vão ao encontro à nossa estratégia, denominada ‘Mobility for Tomorrow’, que busca superar os desafios de mobilidade nos grandes centros urbanos e tem 4 áreas de foco: veículos ecológicos, a mobilidade urbana, a mobilidade interurbana e a cadeia energética. RA: Diante de tantas novidades, o que o Grupo tem feito para manter o reparador atualizado e treinado? RC: Nosso maior foco para a reparação é trabalhar ainda mais o relacionamento com o setor e seus
profissionais. Como a Schaeffler possui um grande portfólio e tradição por seus produtos de alta qualidade, característica presente nas suas marcas LuK, INA, FAG e Ruville, boa parte dessa aproximação será feita por meio da capacitação dos mecânicos. Os aperfeiçoamentos são trabalhados por meio de diversos projetos, principalmente em forma de palestras, workshops e treinamentos nas oficinas, para reparadores de todo o País, além do atendimento pelo 0800 11 10 29 e sac.br@schaeffler.com. Vemos que, com isso, os problemas em relação aos produtos são reduzidos, já que, na maior parte das vezes, ocorrem devido à instalação incorreta. Consequentemente, os acessos à garantia também caem. Isso é suficiente para provar como são importantes
ENTREVISTA
SCHAEFFLER
essas ações, que aumentam muito a qualificação, a produtividade e a competitividade do setor. RA: Sabedores de que o Grupo Schaeffler realiza treinamentos presenciais, quantos foram feitos no ano passado, o número de profissionais treinados e em quais regiões do País; e quais os programas, ações de relacionamento com este público (reparadores), projetos e investimentos da companhia para a reparação automotiva em 2018? RC: Somente em 2017, a Schaeffler capacitou mais de 6,5 mil profissionais do Aftermarket Automotivo brasileiro. Por meio de diversos projetos, a empresa ministrou cerca de 130 cursos, palestras e workshops para reparadores de todo o País, sobretudo nas regiões sul, sudeste, nordeste e centro-oeste. Nós também participamos de diversos programas do segmento, como, por exemplo, o nosso apoio ao Maxxi Training, uma divisão do grupo DPaschoal voltada ao ensino, capacitação e atualização profissional do setor. O relacionamento não se limita aos cursos. Também investimos na realização de treinamentos técnicos, com foco na disseminação de novos produtos e tecnologias, possibilitando a ampliação de conhecimento aos reparadores e demais profissionais do setor. Para este ano, estamos apostando no aumento do volume de eventos realizados e participantes treinados, em comparação com o ano anterior. RA: Como é o processo de garantia? RC: Uma das principais preocupações da Schaeffler é com a qualidade de seus produtos e serviços, preceito que acompanha suas marcas LuK, INA, FAG e Ruville continuamente. Com relação à garantia não 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
é diferente. Nosso maior objetivo é sempre proporcionar soluções mais rápidas para os mecânicos e, por conseguinte, ao consumidor final. Por isso nosso principal foco é o treinamento constante dos mecânicos, com o apoio de materiais didáticos, que indicam a maneira precisa de instalar e lidar com os produtos. A Schaeffler possui um time experiente que atua em campo, e atendentes preparados para atender no 0800. Portanto, muitos problemas são solucionados de imediato, principalmente quando relacionados à instalação ou defeitos em peças periféricas que interferem no desempenho das nossas, o que é bem comum. Essas soluções funcionam, são eficazes e ajudam a reduzir a necessidade de garantia, tanto que as aplicamos em todos os países da América do Sul onde estamos presentes. RA: De que forma o Grupo enxerga o atual cenário brasileiro nos quesitos oportunidades e desafios? RC: Apesar dos desafios que o País ainda tem pela frente, o cenário econômico vem melhorando e, com ele, a expectativa de toda a cadeia do setor automotivo. Por isso, estamos confiantes no mercado e suas possibilidades ao longo deste ano. Além disso, as crescentes exportações, que têm ajudado a aumentar a demanda local, também nos trazem boas perspectivas, já que somos uma empresa global com forte presença na América do Sul. Temos uma fábrica em Sorocaba (SP), escritórios de vendas na Argentina, Chile, Colômbia e Peru, além de centros de distribuição em São Paulo, Buenos Aires, na Argentina, e Cartagena, na Colômbia, a fim de atender e contemplar todo o mercado sul-americano com qualidade e agilidade. Inclusive, estamos intensificando
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reparacaoautomotiva.com.br as operações na Argentina, com a inauguração do novo escritório e a expansão do centro de distribuição. RA: Como foi 2017 para a companhia e quais as expectativas para 2018? RC: Nos últimos anos, a Schaeffler se adaptou às mudanças do mercado e se preparou para a retomada do setor, que agora começa a acontecer. Somado a isso, possui um grande portfólio, repleto de produtos de alta qualidade, garantia e assistência técnica, o que nos deixa ainda mais seguros e otimistas em relação a 2018. Assim, as marcas da Schaeffler, LuK, INA, FAG e Ruville estão mais do que preparadas para o aumento da demanda, que se desenha neste cenário promissor deste ano. RA: Faça suas considerações finais... RC: O principal objetivo da Schaeffler é levar produtos da mais alta qualidade para distribuidores, varejos, oficinas e mecânicos. Precisamente por isso buscamos intensificar o relacionamento com os reparadores, sempre investindo em treinamentos e capacitação. Com a melhoria do cenário econômico como um todo, temos grande expectativa no segmento, que mesmo sob a crise se manteve forte e em destaque. Isso demonstra sua importância e a qualidade dos seus profissionais. Para 2018, esperamos um relacionamento ainda mais intenso com reparadores, varejistas e distribuidores, nossos parceiros de longa data e dos mais estratégicos para o negócio da companhia.
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GESTÃO
EVOLUÇÃO por Karin Fuchs | fotos Divulgação
ORGANIZAÇÃO DA OFICINA O QUE MUDOU E AS NOVAS NECESSIDADES
Segundo o consultor, entre outros fatores, a partir dos anos 90, as empresas passaram a realizar diagnósticos e não mais avaliações e orçamentos na base da desmontagem reparação automotiva teve momentos distintos de evolução. No início, as empresas eram bem autônomas, o conhecimento era adquirido de forma empírica, por experimentação, e quando o conserto do carro dava certo, o técnico ganhava o rótulo de que era bom. A partir dos anos 90, relembra José Carlos Alquati, consultor Especialista em Reparação Automotiva, as empresas passaram a realizar diagnósticos e não mais avaliações e orçamentos na base da desmontagem.
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“Elas tiveram que investir em equipamentos e muitas horas em treinamentos. 90% do tempo para treinamentos foram direcionados ao aspecto técnico de aprimoramento profissional e praticamente nada de gestão empresarial”, diz. E, ainda, “os recursos foram ficando escassos, havia dificuldade de atualizações e aquisição de equipamentos. A oficina tinha um scanner para dez mecânicos, quando o certo era um para cada. Era preciso esperar o colega terminar um diagnóstico para poder
utilizá-lo e isso dificultava a produtividade, impactando nos resultados da empresa”. NOVOS TEMPOS – “Agora, nós estamos vivendo uma fase em que a oficina não é mais tão autônoma, ela está ligada a conceitos novos, às associações e redes. A ênfase passou a ser a gestão empresarial, de forma que ela conseguiu detectar a necessidade de melhoria de resultados e obtenção de lucratividade. E o Sebrae
deu um bom apoio nesse sentido”. Alquati acrescenta que “também nasceram as redes advindas de associação, e algumas empresas distribuidoras se associaram a conceitos internacionais e trouxeram para o Brasil um modelo de rede de relacionamento comercial com suporte de consultoria, assessoria administrativa”. ESCOLARIDADE – Sobre escolaridade, o consultor comenta: “no passado, muitos empresários tinham um nível médio de escolaridade. Com a vinda dos familiares, isso mudou. E há oficinas que têm funcionários com nível superior, pela necessidade de terem um gerenciamento mais profissional para atender o cliente moderno e mais atualizado”. ORGANIZAÇÃO – E as oficinas mudaram de cara. “Hoje elas têm a recepção com o ambiente para o carro e para o cliente aguardar o atendimento. Elas estão muito mais no padrão das concessionárias que adotaram esse formato de negócio há muitos anos. Há também o que eu chamo de área mista (local de orçamentação e até serviços rápidos) e a área de produção propriamente dita”. ALERTA – “Há muitas empresas que têm boa aparência, mas a organização está ruim, têm poucas ferramentas e nem sempre elas estão no lugar certo. E há muitas que estão organizadas nesse sentido, têm os melhores equipamentos e as melhores ferramentas, porém, elas não têm bons técnicos”.
CAMINHO – Para Alquati, o caminho é a departamentalização. “Os melhores exemplos que eu conheço são de empresas que departamentalizaram a oficina. Elas têm uma administração que cuida do Financeiro, do RH e que está correlacionada a Compras. Um almoxarifado organizado com uma pessoa dedicada a ele, e os itens são requisitados por ordem de serviço. Ferramentas especiais também ficam nesse almoxarifado”. Além disso, “todas as oficinas devem ter um departamento de compras bem estabilizado para terem sempre a peça certa no momento certo, para o carro não ficar parado na oficina por falta de componente. E hoje o estoque é de peças mais universais, devido à grande especificidade”, acrescenta. FERRAMENTAS – Sobre a organização das ferramentas, o consultor diz que cada técnico tem que ter as suas ferramentas
e ser responsável por elas. “Ele precisa fazer um inventário diariamente, o que o obriga a não esquecer nenhuma dentro de um carro. E não emprestar para um colega que deveria ter a mesma ferramenta para uso”. Ele também orienta que todas as ferramentas devem ser limpas antes do final do expediente, bem como a contagem das mesmas. “Assim, no dia seguinte ele pode começar a produzir a partir do primeiro minuto de funcionamento da empresa”. INFORMATIZAÇÃO – Por fim, Alquati comenta que hoje dificilmente há uma oficina que não tenha computador. “Porém, muitas delas não sabem usar o software adequadamente e, por isso, não se aprimoram em termos de controle da empresa. E atualmente há programas simples e bons para oficinas, para a parte de serviços e a parte administrativa, até porque hoje ambas estão coligadas”.
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NEGÓCIOS
REDES SOCIAIS por Karin Fuchs | fotos Divulgação
SUCESSO NAS REDES SOCIAIS APROVEITE AS FERRAMENTAS DE FORMA PROFISSIONAL Consultor entrevistado alerta para alguns cuidados que as pessoas devem ter ao utilizar as mídias para se promover e também o seu negócio
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m um mundo cada vez mais conectado, as redes sociais vieram não apenas para as pessoas se relacionarem e como uma ferramenta para descontração, mas também para aprimorarem o seu lado profissional e promoverem o seu negócio, seja ela mais profissional, como o LinkedIn, ou mesmo o Facebook. Porém, para isso, alguns cuidados devem ser adotados para que exposições desnecessárias sejam evitadas. E quem dá as dicas é Celso Bazzola, consultor em Recursos Humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH.
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AMPLIE SEUS CONTATOS QUALIFICADAMENTE – “Busque amizade online com pessoas que tenha contato e agregue profissionalmente. Preocupe-se mais com a qualidade do que com a quantidade, não precisa ir convidando todo mundo que conhece ou que é ‘amigo do amigo’ para ser seu amigo, isso não soa bem”. VALORIZE SUAS CONQUISTAS – “Mostre ações que realizou e tiveram sucesso, contudo, evite se autopromover demasiadamente, pois isso pode soar arrogante. Busque, com permissão prévia, marcar as pessoas que estavam envolvidas nos trabalhos, pois isso aumenta sua visibilidade”.
PUBLIQUE COM INTELIGÊNCIA – “Busque se diferenciar com publicações pertinentes e condizentes ao seu público. Evite posts irrelevantes que possam atrapalhar a imagem de sua oficina. Busque levantar assuntos relacionados ao seu campo de atuação”. EVITE DEBATES INÚTEIS – “Nas redes sociais existem momentos tensos, de debates políticos, religiosos e outros similares. Não entre nesse tipo de discussão, até porque você não sabe qual é o posicionamento de seus parceiros de negócios, isso pode prejudicar suas relações profissionais”.
NEGÓCIOS
REDES SOCIAIS
CUIDADO COM AS CARACTERÍSTICAS DAS REDES – “Não é porque o LinkedIn tem um lado mais profissional e o Facebook é mais aberto que você deverá tratar a segunda com maior desleixo, saiba que parceiros e recrutadores também entrarão nessa rede. O importante é tomar cuidado em não colocar coisas irrelevantes em cada um deles”. PENSE ANTES DE CURTIR UMA PUBLICAÇÃO OU PÁGINA – “Antes de curtir e compartilhar um texto, leia atentamente para ver se não há nada nas entrelinhas. E se for curtir uma página ou participar de uma comunidade, pesquise antes, evite as que incitem o ódio ou o preconceito”. ANTES DE ESCREVER ALGO, PENSE – “Analise os pontos positi-
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vos e negativos de uma postagem. Sei que parece chato e tira um pouco a graça dessas redes, mas essa é a única forma de garantir que o postado nas redes sociais não interferirá no lado profissional. Preserve sua imagem”. EVITE SITUAÇÕES NÃO PROFISSIONAIS – “Multiplicam-se as fotos de baladas, roupas de banho e bebedeiras nas redes, será que é interessante? Não cabe a ninguém julgar o estilo de vida das pessoas, mas se expor de forma inadequada trará consequências negativas para a imagem de um profissional”. Por fim, Bazzola alerta que todos estão expostos a avaliações. “E pode ter certeza que isso contará na hora que olharem. E não adianta bloquear o acesso das pes-
Celso Bazzola, consultor em Recursos Humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH
soas às suas fotos nas redes sociais e achar que com isso está seguro, ledo engano, pois outras pessoas poderão compartilhar a mesma foto, e assim de nada adiantou essa preocupação”.
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CAPA
INFLUENCIADORES por Karin Fuchs | fotos Divulgação
INFLUENCIADORES DIGITAIS E COMO CONTRIBUEM NO DIA A DIA DOS REPARADORES
As mídias e as ferramentas digitais têm contribuído para disseminar informações e prover a troca de conhecimento. E no setor de reparação automotiva não tem sido diferente
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iretor da Alpha Consultoria, Alexandre Costa, afirma que os recursos digitais não só vão contribuir para a evolução do setor como serão um dos principais pontos de ruptura do segmento. “Isso porque o meio digital permite o compartilhamento de conhecimento em grande velocidade e com grande capilaridade. E isso muda tudo!”, valida.
CONTEÚDO – Costa comenta que atualmente é grande o número de canais e sites que produzem conteúdo técnico. “Tal temática retém o interesse não só do aplicador, mas também do cliente final, usuário do carro. Esse magnetismo se dá pela grande evolução técnica envolvida, principalmente nos últimos anos, onde novos sistemas foram desenvolvidos”.
Segundo ele, “em um passado não tão distante, o conhecimento adquirido era repassado presencialmente ou por recursos de áudio e vídeo, que dependiam de corporações e empresas produtoras do conteúdo. Hoje, qualquer um pode produzir seu próprio conteúdo, e compartilhá-lo”.
Outro ponto, diz ele: “sempre houve muitos mitos nos serviços automotivos que atualmente puderam ser esclarecidos nas redes sociais em todo o País. Mas há outros conteúdos que podem ser explorados. Em nossa empresa de consultoria já temos projetos em andamento para
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explorar melhor outras temáticas nos recursos digitais”. RECOMENDAÇÃO – Para acessar os meios digitais de maior interesse, o diretor recomenda que se faça a ‘a pergunta certa’ à ferramenta de busca. “Lembre-se que hoje todo o conhecimento humano está sendo organizado e disponibilizado na internet. Portanto, terá grande sucesso aquele que souber extrair essas informações da maneira mais eficiente”. ATENÇÃO – Na opinião de Costa, a internet pode tanto contribuir para melhorar a operação quanto pode ser um gargalo produtivo em uma oficina. “O mau uso dessa ferramen-
ta, seja pelo momento indevido, seja pelo conteúdo inapropriado, prejudica a produtividade geral da empresa. Acredito que a conscientização é o melhor caminho”. TENDÊNCIA – Para ele, não há dúvidas de que a tendência é aumentar a oferta de meios digitais. “Isso é reflexo de uma sociedade mais conectada, e esse comportamento apenas é replicado dentro das oficinas, principalmente pelos técnicos mais jovens. Os smartphones e internet de alta velocidade irão mudar a forma como interagimos com nossos clientes, através do uso de aplicativos, e gerimos nosso negócio de serviços automotivos pelo uso de sistemas mais eficientes e uso de conhecimento compartilhado”.
O QUE NOS MOVE – Inclusive, ele mesmo criou uma plataforma para compartilhar conhecimento. “Há muitos canais de vídeos bem-sucedidos que compartilham dicas sobre manutenção com qualidade, então, pensei em algo diferente e foquei em tecnologia e inovação, esse é o mote do meu canal”. O Que Nos Move foi lançado em dezembro do ano passado e atende desde o técnico que pode entender como funciona melhor os novos sistemas automotivos como os donos de veículos para ficar por dentro do que há de mais moderno no setor. “O melhor dessa experiência é que, utilizando esse mesmo conceito, novos projetos são estruturados
Alexandre Costa, diretor da Alpha Consultoria
em nossa empresa, já surgiram novas oportunidades de negócios com os meus clientes, e estamos desenvolvendo novas ferramentas no mundo digital”, conclui Costa.
GRUPO - MUNDO DOS MECÂNICOS Willyan Taufner, administrador do grupo Mundo dos Mecânicos no Facebook, conta que ele surgiu nos Estados Unidos pela necessidade de comunicação entre os colegas da reparação e, posteriormente, no Brasil. “Hoje nós temos 345 mil membros que postam assuntos relevantes da reparabilidade”, diz. E os membros se ajudam quando há dificuldades no conserto de algum veículo, por exemplo. “As pessoas buscam informações técnicas, geralmente quando há um BO (problema) eles colocam as perguntas e as pessoas do grupo interagem. As respostas são praticamente imediatas”. No dia a dia, ele cuida da administração do grupo, das aprovações, e outro grupo se encarrega da entrada e saída de membros. “Não é fácil ad-
ministrar um grupo desse tamanho”, revela, acrescentando que “o público principal são os reparadores. O segundo seriam os anunciantes de ferramentas e peças”. Motivo pelo qual foram criados grupos específicos: O Mundo das Ferramentas e O Mundo das Autopeças. E depois foram unificados o Mecânicas Fantásticas e Mecânicas e Reparadores do Brasil. A ideia foi ter grupos específicos e os dois primeiros pertencem à Bastos Juntas”. As empresas estão procurando por eles para anunciar. “A primeira delas nos deu um equipamento de alinhamento completo em troca de divulgação. “Pois não deixa de ser um grupo de mecânicos que precisa de ferramentas e não deixa de ser uma parceria com os fabricantes”.
Em sua opinião, as ferramentas digitais contribuem muito para a evolução do setor. “É muita informação, muitos lançamentos de veículos novos e de tecnologias, e o mundo digital ajuda muito. Tudo que precisamos saber, sempre tem uma opinião de alguém e até fora do País. A maior dificuldade dos reparadores hoje é não ter informações técnicas dos fabricantes”, finaliza.
CAPA
INFLUENCIADORES
GRUPO - UNIVERSO DOS MECÂNICOS Também no Facebook, o grupo foi adquirido pela Bastos Juntas, em 2016, e é administrado por Edney Maciel Bastos. “Ele foi adquirido devido ao número de participantes com o intuito de chegarmos diretamente, mais facilmente ao reparador. É um marketing de dentro para fora. Uma coisa é colocar uma propaganda na loja de autopeças. Outra é estar no dia a dia do mecânico com a marca de um produto”. Atualmente com 240 mil seguidores, Edney conta que o grupo foi crescendo gradualmente. “Até porque é muito importante a moderação, pois tem muitos que não têm a ver com o ramo de autopeças e querem divulgar seus serviços e produtos. A moderação
TONELLA Em 2008, Marcelo Tonella criou o seu canal no YouTube. “Foi por uma oportunidade em compartilhar experiências, informações técnicas e procedimentos que em minha adolescência eu tive muita dificuldade de encontrar. Como entusiasta em mecânica, sempre senti falta de boa informação técnica, livros ou revistas eram raros nos anos 80 com conteúdo técnico relevante”. Os primeiros vídeos eram relacionados à regulagem básica dos motores Volkswagen refrigerados a ar. “Gravamos os vídeos imaginando que seriam exatamente a forma que eu gostaria de ter encontrado essas informações há dez ou quinze anos, com bom nível técnico, sem ocultar 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
é um filtro para focar apenas em conteúdo do ramo”. No grupo, o assunto abordado é o dia a dia das oficinas. “Como algo engraçado que aconteceu, as engenhocas, as soluções dos reparadores no conserto de veículos e dicas bem complexas que os mecânicos ou sabem resolver e postam, ou, principalmente, postam dúvidas e automaticamente elas são respondidas”. E o universo extrapola o território nacional. “O grupo também tem muita força em Angola, Portugal, países de língua portuguesa. 4% dos membros são de outras nações e, no geral, as principais demandas são por informações técnicas de aplicação”.
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Para ele, o mundo digital chegou para ficar. “Eu acredito bastante que ele contribui para a evolução do setor. É bem comum nas oficinas os grupos de WhatsApp para esclarecimento de dúvidas, como os próprios grupos no Facebook. Acho que o que falta é unificar esses grupos, pois o assunto é eminente a todos da reparação automotiva”.
/marcelotonella
nenhum detalhe, e mantendo sempre a mecânica como tema central dos vídeos”. A partir de três séries, o público passou a interagir, o que direcionou Tonella à geração de conteúdo. “O retorno do público é o principal formatador do nosso conteúdo. E paralelamente à mecânica, eu pude fazer uma série bastante amadora, onde pintava uma peça de lataria de um fusca, explicando o uso dos materiais, a sequência e apresentando o resultado”. Série que rendeu um feedback incrível. “Diversas pessoas relataram que se encorajaram e montaram uma pequena oficina, que passou a ser a
sua fonte de renda. Isso me fez perceber a grande responsabilidade que tínhamos na geração de conteúdo. Mais do que compartilhar uma experiência pessoal ou informação, está-
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vamos disponibilizando um material de grande relevância, confiável, que incentivava as pessoas a acreditarem em seu potencial”. Atualmente, o canal tem 275 mil seguidores. “Um número que nos impressiona, uma vez que o conteúdo dos vídeos é técnico, muitos são longos (mais de uma hora). E o público principal é formado por pessoas que buscam informa-
ções técnicas, seja como hobby ou mesmo profissionalmente. Temos alguns relatos de que nossos vídeos são usados em algumas aulas como complemento da matéria abordada, o que nos deixa lisonjeados”. Segundo ele, as mídias sociais já revolucionaram a forma da informação ser divulgada. “Em um primeiro momento explorada por pessoas comuns, elas passaram a
POR DENTRO DA OFICINA De um canal no YouTube para o modelo de franquia, o empresário Alexandre Dias Generoso conta que o programa Por Dentro da Oficina, no canal High Torque, nasceu como uma forma de mostrar para os seus clientes o que tinha sido feito de reparo no veículo.
te para aprender um pouco mais sobre o que é feito no veículo dele. “A principal demanda dos reparadores é por procedimentos. A maioria deles tem dificuldades de acesso às informações técnicas e tendo tudo mastigado é mais fácil”.
E isso gera uma demanda que mapeia o empresário na criação
REPARAÇÃ0 AUTOMOTIVA A equipe de profissionais da revista Reparação Automotiva trabalha cada vez mais para levar a você, amigo reparador, um conteúdo que o ajude no seu dia a dia. Aliás, você pode ter acesso às informações, além da revista impressa, através do facebook e canal
18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Por outro lado, ele cita que as empresas têm como desafios falar a linguagem do público e saber selecionar a fonte de informação. “Exatamente para que uma informação errada não se torne verdadeira, o que hoje em dia, infelizmente, é comum”, conclui.
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“O modelo caiu nas graças do público e outras pessoas que não eram clientes começaram a acessar os vídeos”, diz. Atualmente, o canal tem, em média, 2 milhões de visualizações por mês e quase 550 mil inscritos. O público é o reparador que busca informações técnicas e o clien-
ser exploradas por empresas, o que eleva a qualidade da informação para outro patamar”.
de novos vídeos. “Até porque onde há deficiência de algo e você tem a oferecer, isso lhe dá um destaque maior”. Para ele, a comunicação online estará cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. “Existe um momento antes e um depois da internet. A dificuldade de acesso à informação era muito maior, hoje ficou mais fácil, os mecânicos compartilham informações entre si, não só Facebook e YouTube, como o próprio WhatsApp tem grupos para esta finalidade. Essa cultura de auxílio mútuo vem ajudando muito o setor e o reparador também tem acesso às peças, graças ao comércio eletrônico”.
Reparação automotiva
no Youtube da publicação. Se ainda não é seguidor da Reparação Automotiva no Facebook, curta a página... já no Youtube, inscreva-se e fique por dentro das últimas novidades do setor e também de procedimentos técnicos e avaliações, respectivamente.
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INFLUENCIADORES
DR AUTO MECÂNICA Auto Mecanica DR
Com mais de 100 vídeos postados no YouTube, Ricardo Chiarato conta que tudo começou por iniciativa de seu pai, Décio Chiarato, de 70 anos de idade. “Ele acompanha muito as mídias sociais e percebendo que muitas informações estavam erradas, decidiu tomar uma atitude, tanto que os três primeiros vídeos foram feitos por ele e, depois, eu dei sequência”.
DOUTOR I-E A Doutor-ie surgiu em 1997 para atender a enorme demanda por treinamentos em eletrônica embarcada. “No começo, ministrávamos treinamentos itinerantes, principalmente nos estados de Santa Catariana, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul”, recorda-se Valter Ravagnani, diretor. Para cada treinamento era feita uma pesquisa e desenvolvido um manual técnico específico com ilustrações, diagramas, testes, etc. “Os alunos também contavam com suporte técnico pós-treinamento e após alguns anos nós já tínhamos centenas de manuais técnicos desenvolvidos e prestávamos suporte a milhares de alunos”. Nesse cenário, surgiu a Enciclopédia Doutor-ie. “Inicialmente, era um sistema de assinatura em CD-ROM que englobava todos os manuais desenvolvidos e oferecia suporte técnico aos assinantes. O CD-ROM evoluiu para uma plataforma online com atualizações diárias e suporte técnico ao vivo em horário comercial”.
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DR Auto Mecânica
E experiência não falta. A DR Auto Mecânica tem mais de 50 anos, começou especializada em carburador e Chiarato se especializou em mecânica. “E os vídeos contêm dicas de manutenção, em alguns, os veículos estão com os componentes à mostra, como por exemplo, com o motor sem o cabeçote”, diz.
DoutorIE
Décio e Ricardo Chiarato, pai e filho na condução da oficina
Apesar do pouco tempo no ar, os vídeos começaram a ser postados após a Automec'17. “Os vídeos chamam muitos clientes, e vem gente de longe aqui. Não tínhamos ideia do alcance da internet, e já estamos abrindo outra oficina aqui do lado”, finaliza.
/ DRIEOnline
doutorie.com.br
Hoje essa plataforma abrange mais de 25.000 manuais; a Enciclopédia Doutor-ie Online. “Ela tem 4 versões básicas: Car, Suv, Truck e Motos, que contêm assuntos relacionados a manutenções periódicas e relacionados a diagnóstico de falhas”, especifica.
Segundo Ravagnani, “atualmente, nós atendemos mais de 95% da frota de todas as montadoras comercializadas no País. Quem assina a versão Car, por exemplo, tem acesso a todas as montadoras, veículos, atualizações e assuntos relacionados aos veículos Ciclo Otto e assim por diante”.
A assinatura pode ser feita para trabalhar somente com veículos Ciclo Otto (Car) ou caminhonetes e utilitários a diesel (SUV) ou caminhões e ônibus (Truck) ou motocicletas (Motos). Também pode assinar combinações dessas versões: Car+SUV, SUV+Truck, etc. “A assinatura é anual e todas as versões contam com suporte técnico ao vivo via chat ou telefone e atualizações online diárias”.
Para finalizar, Ravagnani comenta a importância das ferramentas digitais. “Certamente nos próximos cinco anos, os veículos sofrerão mais mudanças do que nos últimos vinte: híbridos, plug-ins, elétricos, autônomos, etc. Ferramentas conectadas à internet e com atualização em tempo real serão fundamentais no dia a dia dos reparadores”.
MESTRES DA REPARAÇÃO
JUCÃO por Silvio Rocha | fotos Divulgação
Juca entre os filhos Junior e Rafael
JUCÃO AUTO CENTER
EMPRESÁRIO SE DESTACA NA CIDADE DE CARATINGA (MG) Há 30 anos, a empresa é referência em atendimento especializado, comprometimento com o cliente e na busca incessante pela excelência
P
ara contarmos a história da Jucão Auto Center, precisamos voltar ao passado. Sr. Juca, natural de Abre Campo, zona da mata do estado de Minas Gerais, trabalhou na atividade agrícola até os 20 anos. Em seguida, já em Coronel Fabriciano (região do Vale do Aço), iniciou no ramo de venda de veículos, em concessionárias Ford e GM e particulares, anos depois mudou-se para Caratinga. Influenciado pelos irmãos, que atuavam no ramo de oficina mecânica na cidade de Matipó (MG), em novembro de 1988 deu início a então empresa J. Dornelas Braga, 22
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inicialmente recebeu o nome de Mecânica São Cristóvão, começando assim uma pequena oficina com apenas dois colaboradores, devido ao apelido conhecido por todos, acabou alterando o nome para Jucão Auto Center. Segundo José, as maiores dificuldades enfrentadas foram pouco conhecimento no setor, tanto com os profissionais como por ser uma empresa nova e pequena tendo concorrentes bem maiores e estruturados na busca por clientes, o que tornava a luta desproporcional, chegando a ser travada até nos fornecedores por pressão dos concorrentes locais.
No entanto, ele conta que Deus nunca o desamparou, pelo contrário, sempre enviou pessoas para ajudá-lo, representantes que o atendiam escondidos depois do horário comercial para não sofrerem represálias dos lojistas (dentre eles, um grande amigo, o ‘Carlinhos’, que representava a 5 de Agosto); colaboradores que vestiam a camisa da empresa, e gradativamente os resultados foram aparecendo, fruto de muito trabalho, ética e qualidade. EMPRESA - A Jucão Auto Center trabalha com reparação automotiva voltada para os setores de mecânica e elétrica, e autopeças. Observando
SAIBA MAIS SOBRE OS MESTRES DE OFICINAS EM
reparacaoautomotiva.com.br as necessidades do mercado, automaticamente novos serviços foram agregados, como baterias, ar-condicionado, pneus, escapamentos e injeção eletrônica, sempre buscando atender o cliente em todas as necessidades em relação ao seu veículo. Hoje a equipe conta com 18 colaboradores entre loja e oficina. A entrada dos filhos aconteceu de uma forma natural, primeiramente do mais velho, Junior, e anos depois do mais novo, Rafael, os dois ainda na adolescência, que acompanhavam o pai no intuito de ajudá-lo, começando assim a pegar gosto e experiência pelo negócio, e que acabou acontecendo uma sucessão gradativa, que hoje já responde por todos os setores da empresa, supervisionados de perto pelo fundador. MUDANÇAS - E para permanecer no mercado, extremamente inovador e exigente, onde as mudanças acontecem em tempo real, tornando quase que uma obrigação a busca por informações, o aperfeiçoamento profissional dos colaboradores da empresa se dá através de treinamentos presenciais e a distância, aquisição de manuais e ferramentas, que são cada vez mais específicas, e melhoria no atendimento ao cliente. Como para quase todo mundo, o ano de 2017 foi de muitas variáveis no mercado nacional e regional, obrigando a empresa a uma busca maior de fornecedores e clientes para superar esse cenário. “Muito trabalho para compensar a baixa de mercado, margens reduzidas, prazos maiores de recebimento, obtendo aumento no faturamento, menor que dos anos anteriores, mas positivo”, afirma o empresário.
Equipe motivada é um dos segredos do sucesso da empresa
Oficina recebe um grande número de clientes
Juca supervisiona os serviços no pátio
METAS - Com relação aos planos para este ano, o fundador do centro automotivo, Sr. José, diz que a meta é seguir a linha de trabalho do ano anterior e ficar atento aos movimentos do mercado. “Percebemos que temos condições de aumentar o nosso faturamento com mais investimentos, adquirindo novos equipamentos (mais 2 elevadores pantográficos) e uma gama de ferramentas novas”.
regional, pois o principal produto regional ‘café’ esteve em baixa produção em 2017, prejudicando muito a economia local, espera-se que em 2018 seja o oposto com uma grande safra impulsionando o mercado interno”, declara.
Agora, sobre o panorama político, isso gera sempre uma expectativa com relação à mudança política. “Sinceramente, não acredito que a Copa do Mundo vá trazer grandes novidades, mas a nossa maior expectativa é em relação à economia
Temente a Deus, a J. Dornelas Braga e Filhos Ltda., primeiramente agradece a Ele pela graça da vida, da família e do trabalho, reconhece também a oportunidade de contar um pouco da sua história, que em 2018 completa 30 anos. "Agradecemos ainda a todos os colegas de trabalho e clientes que muito nos ajudaram nessa caminhada”, finaliza o patriarca da família Jucão Auto Center. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
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NA OFICINA
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
09G/TF60-SC COM PATINAÇÃO DE 3ª PARA 4ª MARCHA por Silvio Rocha | fotos Divulgação
A importância de se realizar um bom diagnóstico antes de abrir a transmissão automática empresa japonesa AISIN AW CO. LTD. é o fabricante e desenvolvedor da transmissão TF60-SN (nomenclatura do fabricante), que é uma transmissão de 6 velocidades, totalmente automática e controlada eletronicamente. BEETLE BORA GOLF JETTA PASSAT JETTA GOLF TIGUAN AUDI A3 Sedan
O 09G/09M é usado em uma
ampla variedade de aplicações e tamanhos de motores, como resultado, o número de placas de fricção, proporções planetárias, relações intermediárias e de transmissão final variam dependendo da carga de torque requisitada pelo veículo específico.
ALGUNS VEÍCULOS QUE UTILIZAM ESSA TRANSMISSÃO NO BRASIL 2008-14 6 MARCHAS FWD 2008-12 6 MARCHAS FWD 2007-16 6 MARCHAS FWD 2007-16 6 MARCHAS FWD 2006-10 6 MARCHAS FWD 2017 6 MARCHAS FWD 2017 6 MARCHAS FWD 2009-16 6 MARCHAS AWD 2017 6 MARCHAS FWD
Há uma variedade de diferentes configurações de peças, algumas dessas unidades possuem o trocador de calor ligado à transmissão, enquanto outros usam um permutador de calor remoto, isso altera o casco, a capa e o corpo da válvula e, se forem usadas peças incorretas, ocorrerão falhas graves. Realizar um bom diagnóstico é muito importante em qualquer manutenção, e em se tratando de transmissão automática é ainda mais necessário, pois um diagnóstico errado irá ocasionar uma grande 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Os engenheiros da Volkswagen foram também envolvidos, em conjunto com Aisin, no processo de desenvolvimento de seus veículos e eles deram a designação 09G/09M.
perda de tempo, e nem sempre a manutenção irá ter sucesso. Vamos usar como exemplo a transmissão 09G, que é muito famosa pelos seus defeitos no corpo de válvulas e solenoides, fazendo com que os reparadores acabem substituindo no caso de não encontrar nenhum desgaste na parte interna da transmissão, e mesmo após a substituição do corpo, não se tem sucesso com o reparo. Utilizando o exemplo de um
L4 1.8L/2.0L L4 2.0L L4 1.6L / 2.0L L5 2.5L / L4 2.0L L4 2.0L FSI L4 1.4T L4 1.4T L4 2.0L TSI 1.4 TFSI
Jetta 2.5 com a transmissão 09G, que apresenta uma patinação na troca de marcha de 3ª para 4ª, a patinação é somente até aplicar o conjunto, após empregada a 4ª marcha não sofre mais patinação. O mais interessante é que na redução de 5ª para 4ª marcha não temos patinação alguma, o veículo funciona perfeitamente, então vamos tentar entender um pouco mais o funcionamento com a tabela de aplicação de marcha Figura 1.
FIG.1
PRIMEIRO PASSO PARA REALIZAR DIAGNÓSTICO
EMB. K1 R 1 2 3 4 5 6
EMB. K2 EMB. K3 FREIO B1 FREIO B2 APLICADO
APLICADO APLICADO APLICADO APLICADO
colaborou Everton Luchtenberg Instrutor da Touver Treinamentos
APLICADO APLICADO APLICADO APLICADO APLICADO
Com isso já temos o primeiro diagnóstico: defeito na embreagem K2, pois de 3ª para 4ª é ela que está aplicando e sofrendo a patinação. Após conhecer qual é a embreagem que temos problemas, vamos abrir e substituí-la? Ou vamos continuar os diagnósticos? Sim!! Vamos continuar os diagnósticos. Antes de abrir a transmissão, vamos realizar inspeções simples como identificação de DTC no TCM e nível do fluido, também
OSS
FREIO
APLICADO
Verificando na tabela, vimos que na 3ª marcha são utilizados os elementos de aplicação embreagem K1 e embreagem K3, quando vai aplicar a 4ª marcha a embreagem K3 desaplica e aplica a embreagem K2, mantendo a embreagem K1 aplicada.
FIG.3
APLICADO .
RODA LIVRE
B1
K1
K3
65-90 PSI; se a pressão não aumentar, procure o problema no corpo da válvula, como uma válvula de aderência ou um solenoide defeituoso.
APLICADO verificar a pressão de trabalho da transmissão. Mas, cuidado: a transmissão 09G não possui sensor eletrônico de leitura para a pressão de linha, ao realizar essa leitura é necessário um manômetro. Sabendo que o nosso defeito é uma patinação de 3ª para 4ª marcha, já identificamos que a embreagem K2 está apresentando problemas, podemos realizar a leitura da pressão de trabalho dela com um manômetro e, com auxílio de material didático, identificamos o parafuso de leitura da pressão da embreagem K2 na parte traseira da transmissão, conforme a Figura 2. Instale o manômetro no parafuso indicado e faça um teste de rodagem, quando a transmissão mudar de 3ª para 4ª marcha, a pressão no circuito de embreagem K2 deve subir para
FIG.2 B2 K2
Se a pressão sobe normalmente, mas a transmissão patina na entrada da 4ª marcha, temos um problema interno no conjunto de aplicação. Após esse segundo teste e diagnóstico, vamos realizar o 3° diagnóstico. O 3° teste que vamos realizar é o de estanqueidade do pistão da embreagem K2, aplicando ar comprimido controlado pelo duto indicado na Figura 3. No caso do Jetta, não foi identificado nenhum vazamento no teste de aplicação, restando somente as embreagens internas.
FIG.5
B2
TSS
K2
FIG.4
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NA OFICINA
TRANSMISSÃO
Após toda desmontagem da transmissão, não foi encontrado nenhum desgaste em qualquer um dos elementos de aplicação. Na Figura 4 temos uma imagem do conjunto de embreagens da K2 em perfeitas condições e olhando no fundo da carcaça da transmissão 09G Figura 5, vimos uma luva de metal onde é montado o conjunto da K2. Na Figura 6, vimos o canal de alimentação da embreagem K2. Ela tem uma área calibrada para o fluxo de vazão correto na aplicação da embreagem K2. Como a luva é somente prensada, com o tempo de uso ela pode se soltar e girar, o que diminui a área de vazão (Figura 7), que com o auxílio de um espelho, foi feita a inspeção do duto interno. Como a vazão do fluido é menor, o tempo da aplicação tam-
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CANAL DE ALIMENTACÃO DA EMBREAGEM K2 LUVA
FIG.6
bém será, atrasando a aplicação da embreagem K2 e gerando patinação. Nesse defeito, a embreagem K2 somente patinava na hora da sua aplicação, de 3ª para 4ª marcha, já na redução de 5ª para 4ª marcha, elas se mantinham sem apresentar patinações.
FIG.7
No mercado de reposição de peças você encontra facilmente o kit de reparo para esse defeito, substituindo a luva por uma nova. Um defeito não muito comum, que pode trazer muita dor de cabeça ao reparador, no caso de não realizar um bom diagnóstico.
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NA OFICINA
FREIOS
MANUTENÇÃO NO FREIO ABS
SUJEIRA NA VÁLVULA SOLENOIDE PODE MASCARAR UM PROBLEMA NO SISTEMA por Silvio Rocha | colaborou Wanderlei Castro | fotos Divulgação
O
anda e para das grandes metrópoles não é ruim apenas para o consumo excessivo de combustível. É bom que se diga que alguns sistemas dos veículos sofrem com essa situação, como o de freio ABS. Quem nos conta é o reparador Ricardo Tatiyama, da ABC Freios e Serviços, da cidade de São Caetano do Sul, grande São Paulo. Ele diz que não são raros os casos em que o cliente chega à sua oficina reclamando do pedal baixando e, em outros, que uma roda não freia. “Eu tenho pego alguns casos de freio ABS que fica um tempo sem uso. O que temos notado são os carros que têm freio ABS praticamente não tem uso durante a sua vida útil, não entra em funcionamento. O que ocorre é que existe na unidade hidráulica um solenoide de isolamento e um de descarga para cada roda. Como fica parada, ela trava, fica sem acionar o ABS, daí forma uma sujeira na válvula. E aí quando a pessoa vai usar o sistema a válvula trava e não volta para posição original”. O reparador explica que acontece de o freio, fluido, em alguns casos, não ir para uma roda, em outros tem-se a sensação de que é cilindro mestre com problema, que o freio baixa. “Eu mesmo peguei alguns
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casos dos mais variados, como Ford, Renault e Peugeot com esse problema. Um dos fatores é que o pessoal não troca fluido de freio, não sei se é por falta de esclarecimento, informação, o pessoal não costuma trocar, e isso corrobora, também a falta de acionamento do sistema”. TESTES NECESSÁRIOS – “A gente costuma fazer alguns testes, como isolar o cilindro de freio, coloca alguns tampões nos caninhos de freio e deixa só os pedais com o cilindro (imagem 1). Se o cilindro não baixar o pedal (imagem 2), vamos para outra etapa, que é quando a gente liga os caninhos de freio novamente e vai no módulo ABS, tira os caninhos que vão para a roda e isola o pedal (imagens 3 e 4). Se tudo estiver isolado (imagem 5) e baixar o pedal, sabemos que é módulo hidráulico com problema”. Um outro teste, sugerido por Ricardo, é quando o fluido não vai para as rodas. “Podemos fazer de duas formas: 1º abrir o sangrador da IMAGEM.1
roda e pisar no freio para verificar se o fluido sai (imagem 6); o 2º é retirarmos o cano de freio da unidade e pisar no freio e verificar se sai fluido (imagem 4). Esses testes levam no máximo uma hora e meia, tempo necessário para não passar um diagnóstico errado para o cliente, porque um cilindro mestre de um veículo com ABS também tem valor alto”. Ainda conforme o experiente profissional, “em removendo a unidade conseguimos destravar o solenoide, mas em alguns casos a gente tem que trocar a unidade de ABS, por exemplo como aconteceu aqui na minha oficina com um Ford Fusion. Eu também vi um caso em que o mecânico trocou o cilindro mestre e não resolveu. E isso pode acontecer com qualquer modelo de carro, o mais novo que peguei foi um 2015”, conta. OUVIR O CLIENTE - Para agilizar o diagnóstico, ele explica que é muito importante ouvir o que o cliente tem a dizer. “Se usa muito esse sistema, porque muitos falam que o seu IMAGEM.2
IMAGEM.3
IMAGEM.5
PARCEIRO
Ricardo Tatiyama , prorietário da ABC Freios e Serviços
IMAGEM.4
IMAGEM.6
carro está com algum problema no freio quando faz um certo ruído, mas muitas vezes a pessoa nem conhece o funcionamento do sistema. É importantíssimo perguntar se o sistema já entrou em funcionamento, quando foi feita a última troca do fluido de freio, entre outras questões”. ATENÇÃO - O reparador salienta a importância da troca de fluido como preventivo e que esse procedimento agrega para a oficina. “Também seria importante orientar o cliente a acionar o sistema ABS, tendo em vista que é uma peça de valor alto”.
RADNAQ
NA OFICINA
MOTOR
RETÍFICA DE MOTOR DO FORD KA 1.0 3 CIL. CASO DE UM MODELO 2016 EM QUE FOI NECESSÁRIO REPARO DE CABEÇOTE E PISTÕES por Silvio Rocha | colaborou Wanderlei Castro | fotos Divulgação
icardo Chiarato, da DR Auto Mecânica, do bairro paulistano da Vila Alpina, conta uma história que se passou na oficina de um amigo, e que ele ajudou no diagnóstico. “O carro batia, parecia cabeçote com problema em alguma válvula, era um Ford Ka 1.0 3 cilindros 2016 com 29 mil km. Como ele não tinha o equipamento de teste de vazão e compressão de cilindros, me chamou. Colocamos o equipamento e vimos que estava vazando por um dos cilindros, o ar comprimido estava vazando direto para o cárter, pela tampa do óleo... daí tiramos o cabeçote”. (imagem 1)
que já tinha pego o mesmo defeito desse em outros carros do mesmo motor, mas como esse fazia um barulho diferente do que ele já tinha ouvido, achou que era batida de válvula do cabeçote, mas no fim não era... como tinha estragado o anel, o pistão do meio estava balançando”. (imagem 2) IMAGEM.2
IMAGEM.1
O reparador ratifica que “um dos pistões estava balançando em sua camisa... o meu amigo tinha me falado
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Ele completa que “estava vazando pelo cárter e vi que o anel estava gasto, por isso acabou riscando toda a camisa. Na conversa com o cliente o mesmo relatou que não houve aumento de temperatura, o óleo estava com viscosidade certa... escutávamos o barulho, mas como esse é
um motor que vibra muito, ficamos em dúvida. Uma coisa é um carro quatro cilindros, outra é de três! Pois o motor três cilindros já é um motor que vibra, por isso é mais difícil saber qual cilindro não está funcionando e, consequentemente, mais difícil para diagnosticar”. (imagem 3 - ao lado) REPARADOR ANTENADO - “Se você entrar nos fóruns de internet, vai ver que com pouca quilometragem já aparece o problema. Me lembrei que tinha lido em um desses grupos de profissionais da reparação e que isso é um problema recorrente. Para falar a verdade, não lembro o fórum, mas li sobre um caso que com apenas 15 mil km esse problema já tinha aparecido, mas como o carro estava na garantia a concessionaria pagou pelo motor”. PREJUÍZO NO BOLSO - Segundo o reparador, “o motor em questão precisou passar por retífica, numa conta de quase R$ 5 mil, foi preciso trocar bloco e pistões... isso já faz um bom tempo, mas continua ocorrendo, pois é um problema crônico. Aqui na minha oficina nós atendemos mais problemas de injeção eletrônica, mas também faço cabeçote e sempre ajudo os colegas que não tem o ferramental”, diz.
PARCEIRO
Ricardo Chiarato, prorietário da DR Auto Mecânica
IMAGEM.3
PROBLEMA CRÔNICO - Ricardo conta que tem cliente que compra carro três cilindros 0 km e começa a apresentar uma vibração, ou melhor, o carro treme todo. “Tem cliente que compra o veículo e passa na oficina dizendo que tre-
me muito, que inclusive já chegou a reclamar na concessionária, mas sem solução, pois a concessionaria diz que é assim mesmo, chega a tremer o volante. Isso não ocorre apenas no Ford Ka, acontece em todos os motores 3 cilindros”.
NA OFICINA
ELÉTRICA
INTERFERÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS
RUÍDOS PODEM INTERFERIR NA TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO por Silvio Rocha | fotos Divulgação
Quem já dirigiu Fusca, Brasília, Corcel, Fiat 147 e a maioria dos veículos antigos, de alguma forma, viu, ou melhor, ouviu uma trilha sonora de grande sucesso: A interferência eletromagnética! Aquele ruído que ao acelerar o carro, não importava a qualidade de seu aparelho de rádio ou a gravação da fita cassete, ela estava lá, predominando em seu som. Pois bem, este inconveniente não acabou nos carros antigos, pelo contrário ele acompanhou a tecnologia atual. Nos carros atuais temos visto sua presença não mais nos ruídos do sistema de áudio, mas no funcionamento do veículo, atrapalhando sua ignição, aceleração, funções de itens de segurança e conforto
MAS O QUE É E COMO SE DÁ A INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA? É um termo genérico comumente aplicado em eletrônica para expressar ruídos que interferem na transmissão de informação ou no funcionamento de um circuito. A sua origem pode ser oriunda de um circuito externo, pelo fenômeno da indutância ou até mesmo pela geometria dos condutores do circuito planejado. COMO IMPEDI-LA NOS SISTEMAS? Primeiro vamos conhecer Faraday, Gauss e Vangraaf Em 1843, o físico e químico Inglês, Michael Farady, em um experimento, pôde demonstrar que uma superfície condutora eletrizada possui campo elétrico nulo em seu interior, dado que as cargas se distribuem de forma homogênea na parte mais externa da superfície condutora, que foi chamada de Gaiola ou escudo de Faraday. Podendo ser comprovada pela lei de Gauss. O Matemático alemão Carl Friedrich Gauss estabeleceu a relação entre o fluxo do campo elétrico através de uma superfície fechada com a carga elétrica que existe dentro do volume limitado por esta superfície, como exemplo utilizamos um Gerador de Vangraaf, que consiste em uma máquina eletrostática que foi inventada pelo engenheiro estado-unidense e descendente de holandeses, Robert Jemison van de Graaff, por volta de 1929. Estes feitos trouxeram para aplicação veicular de malhas em cabos elétricos que transmitem sinais, onde não podem sofrer interferências, pois os mesmos quando têm seus sinais alterados o funcionamento do veículo fica defeituoso.
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SENSOR DE ROTAÇÃO: Geralmente seu cabo de comunicação com a ECU (Unidade de Controle Eletrônico) passa perto das Bobinas de Ignição, Alternador e Motor de Partida em alguns veículos, que geram tais interferências Magnéticas. SENSOR DE DETONAÇÃO: Preso ao bloco do motor, seu cabo fica próximo ao motor de partida e alternador, e falhas dos mesmos podem interferir em seu funcionamento.
CENTRAL DE INJEÇÃO ELETRÔNICA: Alguns modelos tinham internamente um revestimento por uma lâmina de alumínio, que fazia a função da Gaiola de Faraday, nos atuais a própria carcaça em alumínio tem esta função. Para evitar as interferências, estes componentes possuem em seus cabos elétricos uma malha, que é aterrada, como os aterramentos em instalações residenciais para prevenir uma descarga elétrica. Esta malha reveste todo o cabo, mas não tem contato com elemento sensor, apenas o cobre, e recebe uma ligação ao terra direto, assim protegendo das interferências eletromagnéticas. 1º) VEÍCULO DÁ PARTIDA E NÃO ENTRA EM FUNCIONAMENTO. Falha interna do motor de partida
colaborou Leandro Marco Instrutor Senai Uberaba / MG
ATENÇÃO
A malha é calculada para impedir as interferências de um funcionamento normal. Quando possuímos uma falha de algum componente cujos ruídos eletromagnéticos elevamse, elas não conseguem impedir sua interferência no sistema causando falhas no funcionamento do veículo.
CAUSA 2 Falhas no porta escovas, com molas fracas, pois seu contato irá causar centelhamento, CAUSA 1 Imã trincado ou deslocado da carcaça polar do motor de partida;
CAUSA 3 Limpeza da mica do coletor do induzido.
NÃOA! PEG
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NA OFICINA
ELÉTRICA
É COMUM A LIMPEZA DA MICA com utilização de uma lâmina de serra, o que deve ser observado é que os dentes da lâmina possuem inclinação para as extremidades, e isto causa uma falha, abrindo ou deixando ranhuras no lábio das aberturas do suco da mica. A lâmina deve ser acertada em um esmeril, deixando sua lateral lisa, mantendo os dentes bem alinhados. Outro cuidado é não utilizar lixa no coletor, deve ser utilizada uma esponja como as de lavar vasilhas ou palha de aço. As lixas causam ranhuras, ainda que finas, podendo causar centelhamento nas escovas de partida. 2º) VEÍCULO NÃO SOBE ROTAÇÃO, FALHA NA ACELERAÇÃO Esta falha está ligada por interferência do alternador. Pegamos vários casos deste onde ao realizar diagnóstico com scanner apresenta código referente ao sensor de detonação.
Uma falha no isolamento dos enrolamentos do Estator, desalinhamento da carcaça polar do Rotor, irá gerar ruídos magnéticos. O melhor meio de conferir na oficina estas falhas é com a utilização do osciloscópio automotivo, pois com ele você conseguirá ver as formas das ondas geradas e as imperfeições que surgem pelas interferências magnéticas.
DICA DO CONSULTOR Lembre-se que qualquer diagnóstico deve ser feito cautelosamente e bem analisado. Não tome por base apenas dicas, pois nem sempre o defeito que está na sua oficina é o mesmo. Por isto, é necessário ter conhecimento técnico e ferramental apropriado. Procure a unidade SENAI mais próxima e qualifique-se, busque a cada dia aperfeiçoar seu trabalho! Bons serviços a todos!
IS A M A
A D I R QUE l i s a r do b
Luis do Carmo
Proprietário da Auto Mecânica Eliana São Paulo | SP
“
Trabalho com mecânica desde 1977. Aprendi a profissão "na raça" e sempre me informei por meio de revistas do setor. A cada hora, a cada dia e a cada ano que se passa, fico mais entusiasmado com a minha oficina, pois comecei da estaca zero e tenho orgulho de onde cheguei. Para alcançar este resultado, sempre usei produtos de qualidade, pois eles valorizam e garantem o alto nível do meu serviço. E é por isso que eu escolho a marca Spicer há 35 anos.
”
anos
1947
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