29HORAS - abril 2023 - ed. 159 - RJ

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No Teatro Poeira, a atriz encarna a trágica Antígona, personagem que na Grécia Antiga enfrentou dilemas e situações que continuam atuais

29H SP vire e leia a
ABRIL/2023 distribuição gratuita no aeroporto santos dumont RJ
15/04 15h30 PROMOÇÃO: VENDA DE INGRESSOS: PARCEIROS DE MÍDIA: PARCEIROS: GASTRONOMIA: HOTEL OFICIAL: CUIDADOS E HIGIENE: REALIZAÇÃO: ABRIL CLASSIFICAÇÃO 12 QUEEN EXPERIENCE 12/05 - 21h | 13/05 - 21:30 PAUL CABANNES 11/05 | 20:30 CLASSIFICAÇÃO 16 13/05 - 19h MENTES BLINDADAS CLASSIFICAÇÃO 16 CLASSIFICAÇÃO L AMAZING TENORS 14/05 - 19h CLASSIFICAÇÃO L VEM AÍ 26 e 27/05 - 20h 16

#159 ABRIL 2023

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Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior

redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)

Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Felipe Morais, Georges Henri Foz, Greg Estrada, IMS, Juliana Simões, Luiz Toledo, Marcel Vincenti, Patricia Palumbo, Pro Coletivo

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Foto da capa: Nana Moraes

11 Hora Rio Restaurante Kitchin aterrissa no shopping Leblon

9 Marketing & Marcas A importância de construir uma marca forte no universo
Vozes da cidade 17
FOTO NANA MORAES
FOTO BRETT JORDAN | UNSPLASH FOTO DIVULGAÇÃO FOTO MARINA HERRIGES RIOTUR
digital
Lugares para chegar de bike no Rio de Janeiro
04 Capa Protagonista da tragédia grega "Antígona", em cartaz no Teatro Poeira, a atriz Andrea Beltrão fala sobre seus muitos mergulhos
3 ABRIL 2023
A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.
Sumário

O mergulho que escolhi dar “ ”

A ATRIZ ANDREA BELTRÃO PROTAGONIZA A ENCENAÇÃO DA TRAGÉDIA GREGA “ANTÍGONA” NO TEATRO POEIRA, SOB DIREÇÃO DE AMIR HADDAD, COM QUEM DIVIDE A DRAMATURGIA DESSA PEÇA MILENAR E ABSOLUTAMENTE ATUAL

POR PAULA CALÇADE

MA NARRATIVA de 2.500 anos soa contemporânea na interpretação de Andrea Beltrão, em peça que volta aos palcos do Teatro Poeira, em Botafogo, espaço do qual ela mesma é sócia – ao lado da também gigante Marieta Severo. É a segunda vez que Andrea encarna Antígona, personagem que rendeu a ela o prêmio APCA de melhor atriz em 2017. Dizer com clareza o texto da tragédia grega, escrita por Sófocles e traduzida por Millôr Fernandes, é um desafio por si só, que reflete sua grandeza e seu talento.

Há um paralelo interessante entre personagem e atriz – são duas mulheres questionadoras e insubmissas. Antígona pagou com a própria vida ao contrariar o sistema. Por buscar garantir ao irmão um fim digno, enterrando-o, ela acaba sendo condenada à morte. É um mito grego, uma história que era e é familiar. Nos últimos tempos, Andrea também é porta-voz, mesmo sem muita pretensão em ser, de pautas feministas, necessárias e atuais.

Com uma preocupação natural e espontânea a respeito das questões do presente e do coletivo, ela submerge na própria subjetividade e nas discussões que norteiam as diferentes mídias atualmente – apontando caminhos e reflexões. “Tento dar o melhor mergulho que consigo. Mesmo que seja o mais imperfeito. Mas que faça sentido para mim”, medita. Em entrevista à 29HORAS, Andrea Beltrão discorre sobre o processo de montagem da peça e olha para as inquietações que a atravessam e estão em alta hoje em dia.

FOTO NANA MORAES
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“Antígona” já foi vista por mais de 40 mil pessoas, um número expressivo e potente para o teatro no país. Como uma tragédia grega dialoga com o público brasileiro da atualidade?

Quando Amir e eu pensamos em montar “Antígona”, nosso primeiro impulso foi entender por que esse texto de 2.500 anos é até hoje uma das peças mais montadas pelo mundo. A tragédia grega para os gregos era e é familiar. As personagens são velhas conhecidas do teatro e da história grega. Então resolvemos trazer essa mesma familiaridade para a nossa montagem. Fizemos isso esclarecendo todos os componentes da história. Logo no início da peça, na primeira fala de Antígona, ela se refere a Laio. E quem é Laio? Quem é Cadmo? Quem é Penteu? Construímos uma grande árvore genealógica que fica exposta no cenário, onde todos esses nomes estão presentes e são esclarecidos durante a peça, e vão contribuindo para a nossa compreensão, espectadores dos dias de hoje. Além disso, os dilemas dos quais Sófocles trata na peça ainda são, infelizmente, as nossas maiores questões. Dilemas que ainda não conseguimos resolver.

O movimento cênico do diretor Amir Haddad inverte a lógica da tragédia grega, partindo do teatro para chegar ao mito. Como foi o processo de montagem? Quais foram os principais desafios de interpretar Antígona?

Amir e eu estudamos a origem da história, voltamos para o mito. Levantamos a biografia de todos os antepassados de Antígona que são fundamentais para a jornada da jovem condenada à morte por desafiar o Estado. Tudo nessa peça é um desafio para mim. Dizer com clareza o belo texto de Sófocles na tradução brilhante de Millôr Fernandes já é um trabalho e tanto.

Como é reencarnar uma personagem e viver essa história de novo? Muda

algo em relação à primeira vez que encenou a peça?

Sim, muda! Três anos se passaram, muita coisa aconteceu. Vivemos uma suspensão dolorosa causada pela Covid, uma eleição conturbada, que, ainda bem, teve o melhor desfecho. E, pessoalmente, amadureci. Nesses três anos pude repensar a peça, e o que fazia para contar a história. Portanto, é uma novidade para mim e espero que também para quem venha assisti-la.

Você é sócia do Teatro Poeira, no bairro de Botafogo. Como foi materializar o projeto? Por que dividi-lo com Marieta Severo? Por que em Botafogo? Qual é a sua relação com a região?

O Teatro Poeira existe há 18 anos e no ano passado fizemos uma exposição com curadoria da Bia Lessa para celebrar essa data importante para nós. E essa parceria só seria possível com

Marieta. Com ela, aprendi muito, continuo aprendendo, e temos infinitas afinidades. O Poeira é o nosso maior projeto juntas. É uma vida de aventura e alegria! E foi o diretor Aderbal Freire quem descobriu a casa, e nós fomos conhecê-la. Paixão à primeira vista. Não tínhamos um bairro definido para construir o teatro, mas agora que estamos em Botafogo, parece impossível estar em outro lugar.

Por falar nisso, quais são os seus lugares favoritos no Rio de Janeiro? Em um dia de folga, para onde gosta de ir? E em um dia corrido, por onde passa? Meu lugar favorito é a praia. Adoro ir ao Poeira, ao cinema, andar de bicicleta. E ficar muitas e muitas horas em casa lendo. E assisto aos telejornais, gosto de saber de tudo que está acontecendo. Em um dia cheio, literalmente apenas corro para o trabalho.

FOTO NANA MORAES 6 CAPA

Você também estará no elenco da nova série da Globo, “Histórias impossíveis". O que é uma história impossível? Como é a sua personagem?

Na série, interpreto Meire, uma motorista de aplicativo exausta da rotina massacrante, uma história comum e possível. Mas uma mulher extraordinária, Bex, interpretada pela imensa Zezé Motta, chama o carro de Meire para uma corrida e muitas coisas se transformam na vida dela a partir desse encontro tão potente. Cada capítulo de "Histórias impossíveis" remete a uma data importante do calendário nacional, como o Dia dos Povos Indígenas, ao Dia Nacional das Pessoas Idosas e ao Dia da Consciência Negra. Serão cinco ao longo do ano.

Na última novela em que você esteve no elenco, “Um Lugar ao Sol”, a sua personagem, Rebeca, fez sucesso por retratar uma mulher que, aos 50 anos, mergulha em sua subjetividade e busca seu próprio prazer. Por que Rebeca foi tão prestigiada pelo público? Na sua opinião, o feminismo está mais assimilado pelas pessoas? Talvez porque Rebeca represente muitas coisas das quais nós, mulheres de 50 ou mais, queremos ver naturalizadas.

Como o direito ao prazer, à liberdade, sem a questão limitante da idade. O feminismo e muitas pautas absolutamente necessárias e vitais para os avanços que precisamos fazer em sociedade estão aí sendo mais mostradas e discutidas por todos nós. Podemos celebrar! Estamos caminhando devagar, mas vejo que estamos saindo do lugar retrógrado e moralista em que vivemos nos últimos quatro anos. É um avanço!

Você tem sido bastante procurada para falar sobre envelhecimento e a autoestima atravessada pelo tempo. Por que você acha que isso tem acontecido? E você diria que é ansiosa, te atrai pensar no amanhã? Ou você busca se fixar no presente? Existe uma curiosidade que é um

Acima, Andrea Beltrão com Marieta Severo, sócias do Teatro Poeira. À esquerda, a atriz em cena com Gabriel Leone, na novela "Um Lugar ao Sol"
FOTO TV
REPRODUÇÃO 7
FOTO MARCOS ARCOVERDE
GLOBO

pouco excessiva sobre as questões do envelhecimento da mulher. Não vejo essas mesmas pautas serem dirigidas aos homens, por exemplo. Já enjoei um pouco desse papo. Acho que, no fundo, são tentativas de suavizar o envelhecimento feminino. Não há como fazer isso de verdade. O tempo passa, isso é um fato. Fico impressionada com a nova estética que está em voga, a da harmonização facial. Não consigo achar bonito, mas cada um faz o que bem entender com seu rosto, com suas marcas. E eu não fico ansiosa pensando no amanhã. Meu dia é bom, começo dentro do mar de Copacabana, nadando e vendo peixes e tartarugas. As tartarugas são muito velhas e nadam muito bem. Espero virar uma bonita tartaruga. Já que não virei jacaré depois das quatro vacinas que tomei com prazer.

Quais são as mulheres que te inspiraram e continuam sendo suas referências hoje?

Muitas mulheres. Marieta Severo, Renata Sorrah, Ana Bayrd, Fernanda Montenegro, Mariana Lima, Yara de Novaes, Bibi Ferreira, Cacilda Becker, Marilena (minha mãe), Rosa (minha filha). Ah, é uma lista interminável! Temos muitas brasileiras inspiradoras.

Como você, Andrea Beltrão, submerge em sua subjetividade e busca os seus desejos?

Tento dar o melhor mergulho que consigo. Mesmo que seja o mais imperfeito, o mais estranho. Mas que faça sentido para mim. Que seja o mergulho que escolhi dar! Aproveitando, vem dar um bom mergulho comigo aqui em Copacabana e depois vem mergulhar em ‘Antígona’, com o velho Sófocles. Que tal?

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Marketing e marcas

Por que construir sua marca no digital?

Empresas nativas online já estão entre as favoritas pelos consumidores brasileiros. Outras pesquisas reforçam um país extremamente conectado e heavy user de redes sociais

São mais de 25 anos que o brasileiro está acostumado com a internet. Nesse tempo, vimos crescer ferramentas que, hoje, nos ajudam em tudo, seja arrumar emprego, nos conectar com amigos distantes, comprar aquele livro interessante ou pedir pizza aos finais de semana. E tem muito mais a ser feito online.

Uma pesquisa mostrou que uma pessoa no Brasil olha, em média, 150 vezes para o seu celular por dia; outros estudos revelam que estamos entre os três países que mais acessam as principais plataformas digitais do mundo, sendo em alguns casos o primeiro. O que isso significa? Acessamos Facebook, Instagram, Pinterest, Twitter,

YouTube, WhatsApp e Google mais do que a esmagadora maioria de outros países.

Desde 2007, somos o povo que mais horas fica online em todo o planeta. Somos mais de 140 milhões que acessam a internet, sendo que quase 50% fazem compras em lojas virtuais. E 90% estão nas redes sociais. Ou seja, o Brasil é digital!

Anualmente, ocorre o National Retail Federation (NRF) – considerado o maior evento de varejo do mundo, que recebe mais de 40 mil pessoas. Em uma das palestras, foi apresentado o seguinte estudo da Wunderman Thompson: “62% dos consumidores afirmam que as marcas com forte

presença no digital são as suas preferidas, visto que a tecnologia é parte essencial da vida de 76% dos entrevistados. Os números mostram ainda a relevância da estratégia omnichannel, que conecta o ambiente físico ao digital”.

Vamos a mais uma provocação?

Pesquisas sobre as dez marcas mais amadas do Brasil destacam iFood (1º), WhatsApp (2º), Netflix (6º) e YouTube (7º), que são empresas nativas digitais.

Questione os grandes varejistas sobre o quanto o digital, com ações de conteúdo, mídia e relacionamento, impactam no ponteiro do financeiro no fim do mês. Independentemente do tamanho, ter um site ativo, rede social com um bom posicionamento e relevante ao público, loja virtual com uma boa plataforma, meio de pagamento e antifraude, presença em todas as frentes do Google e um bom blog, é o básico no digital.

Se você se sentiu provocado nesta coluna, cumpri meu objetivo com essas palavras. Se não se sentiu, releia e acredite: tem muito dinheiro passando pela sua frente, mas a sua rede está furada!

COLUNA POR Felipe Morais felipe@felipemorais.com 9
FELIPE MORAIS é publicitário, sócio da FM CONSULTORIA e autor de livros de marketing digital e futebol (www.felipemorais.com).
FOTO ALEX PHOTO STOCK | SHUTTERSTOCK

Um hub de soluções exclusivas em Santos Dumont

10 milhões de passageiros

29horasmidia.com.br

conectando
decolando marcas,
pessoas
Fonte: InfraeroNúmero de passageiros no Aeroporto Santos Dumont no ano de 2022.

Evento de inovação, teatro, drinques, comidinhas e passeios de bike

hora

O MELHOR DA CIDADE MARAVILHOSA

No carvão é mais gostoso

LEBLON No Clan BBQ, as carnes, os pescados e até os legumes são preparados com um tempero especial: o carvão. Mais de 80% das criações do cardápio – assinado pelos jovens chefs Newton Rique e Pepo Figueiredo – passam pela brasa. Exemplos disso são a couve-flor grelhada e servida com fonduta de queijo de cabra e pistache tostado, os espetinhos de coração com aioli de ervas, o french rack de cordeiro com chimichurri defumado de hortelã e o Denver steak, extremamente marmorizado (foto). Outra boa pedida é o saboroso e suculento Hambúrguer BBQ. Até algumas sobremesas são finalizadas na grelha, como a Mimosa – uma bavaroise de leite reduzido na brasa e defumado, com creme de leite queimado, especiarias e tuille de café.

CLAN BBQ: Rua Dias Ferreira, 233, Leblon, tel. 21 99673-7973.

FOTO DIVULGAÇÃO

Sushis com sotaque paulistano

Com unidades no Itaim e no shopping JK, o restaurante Kitchin acaba de inaugurar uma filial carioca, com o propósito de repetir no Rio o sucesso que faz entre os paulistas

O Kitchin, dos mesmos donos dos paulistanos Su, Aima, Gioia e La Serena – acaba de pegar a Ponte-Aérea e aterrissar no Shopping Leblon. A proposta do restaurante é repetir no Rio a fórmula que vem dando certo em São Paulo desde 2016. O cardápio passeia por todas as vertentes da cozinha japonesa, entre receitas quentes e frias, clássicas e contemporâneas. Para dar início aos trabalhos, peça o carpaccio de barriga de salmão ou o tartare de atum levemente apimentado e salpicado com ovas de massagô. Depois se jogue nos caprichados sushis, feitos com precisão e delicadeza – não deixe de provar os de centolla, de yellowtail, de ouriço e unagui (enguia). Para finalizar, como você ainda tem créditos por ter feito uma refeição leve e saudável, se atole no bolo de chocolate lowcarb da casa.

Um gato para chamar de seu

No Gato Café, os clientes têm a oportunidade de interagir com os fofos felinos que habitam o espaço enquanto saboreiam bebidas quentes ou geladas e deliciosas comidinhas

O Gato Café, da empresária e cat lover Giovanna Molinaro, acaba de renovar todo seu menu. Além de interagir e se divertir com os gatinhos da casa – muitos deles disponíveis para adoção, a propósito – os clientes podem provar as novidades do cardápio da casa. Entre elas, waffles em formato de cara de gato (que podem ser servidos com manteiga e mel, com banana, doce de leite e caramelo ou com chocolate, morangos e sorvete de creme), quiches, sandubas (como o Ron Ron, que traz queijo bola, salame, alface e molho especial na baguete de fermentação natural), bolos e cookies. Para beber, o espaço oferece o Rodízio de Filtrado (cafezinho coado para tomar à vontade), o Chocomew quente (chocolate quente cor-de-rosa com marshmallows) e tentadores milkshakes em sabores como Morango e Baunilha (acompanhados de confeitos coloridos). Quem quiser oferecer um petisco para os gatinhos pode comprar um Patolito, snack preparado com ingredientes apropriados para as restrições e necessidades alimentares dos fofos felinos.

Gato Café

Rua das Palmeiras, 26, Botafogo, tel. 21 99068-3036.

BOTAFOGO
LEBLON
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@MATHEUSRAMOSKC
Kitchin
FOTO DIVULGAÇÃO 12 HORA RIO POR KIKE MARTINS DA COSTA
Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 (Shopping Leblon, 1° piso), tel. 21 3190-7166.

Neopatalogias contemporâneas

Na comédia “O Caso”, Otávio Muller e Letícia Isnard abordam a falta de interesse do homem moderno pelo outro, pela coletividade e por tudo mais ao seu redor

Otávio Muller e Letícia

Isnard são os protagonistas da comédia “O Caso”, em cartaz até o dia 30 de abril no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. A peça, com texto do francês Jacques Mougenot e direção de Fernando Philbert, conta a história de um homem que busca na terapia a solução para um problema um tanto excêntrico: vive tomado por uma sensação de desinteresse absoluto por tudo e todos ao redor. Acha tudo muito chato e não consegue prestar atenção em nada que as pessoas dizem. Sua psiquiatra, intrigada, tenta

de todas as maneiras decifrar a patologia. Quando crê que começa entender o que se passa, o caso toma um novo rumo.

Num texto ágil, repleto de humor e diálogos rápidos, a peça aborda questões contemporâneas como a dificuldade de concentração em meio à avalanche de informações e os estímulos que chegam sem parar, além da falta de interesse pelo outro e pelo coletivo.

Teatro das Artes

Rua Marquês de São Vicente, 52, piso 2, Gávea, tel. 21 2540-6004.

Ingressos de R$ 50 a R$ 120.

BOTAFOGO

Gastrobar tem menu que atira para todo lado

Bottega apresenta comidinhas e petiscos típicos das gastronomias peruana, japonesa, espanhola, argentina, francesa e até mesmo alemã

No Bottega Gastrobar, a cozinha é comandada pelo jovem chef Rapha Melo – um dos pupilos do mestre do sabor Claude Troisgros. No eclético menu, delícias como o ceviche feito com a pesca do dia e lulas empanadas na semolina, katsu sando (sanduba de barriga de porco empanada com kimchi e molho tonkatsu), croquetas de pato, polvo grelhado com tortillas de quinoa e tartar de abacaxi, bife de chorizo ao molho chimichurri, schnitzel de porco preto com cogumelos e tomates confitados, entrecôte ao molho béarnaise e muito mais. Para beber, aposte em uma das opções da carta de drinques do gastrobar, como o Negroni do Serrado (feito com gim de seriguela, vermute tinto, Campari e manga). E, se der aquela vontade de atacar uma sobremesa, se jogue na aerada mousse de chocolate, finalizada com morangos flambados no Cointreau, ou na banoffee reinterpretada da casa, feita com doce de leite e missô.

FOTO LIPE BORGES
GÁVEA
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Bottega Gastrobar Rua Visconde de Caravelas, 121, Botafogo, tel. 21 97662-5691.
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Dinossauros no shopping

Exposição com fósseis, esqueletos e um impressionante conjunto de tesouros palentológicos fica em cartaz até dia 16 no BarraShopping

Recuerdos de Peru

Chef Marco Espinoza celebra o décimo aniversário de seu primeiro restaurante carioca, o Lima Cocina Peruana, e aproveita para incluir novas delícias no cardápio da casa

Referência em gastronomia peruana no Rio de Janeiro, o chef limenho Marco Espinoza acaba de introduzir novidades no cardápio do Lima Cozinha Peruana. Para celebrar os 10 anos de seu primeiro restaurante na cidade, agora de volta a Botafogo, acabam de ser incluídos no cardápio petiscos como as Yuquitas (croquetes de mandioca recheados com 4 queijos, molho de camarão e alcaparras), os sandubinhas de manjubinha (foto) e os Bocados de Atum – massa crocante recheada de tartar de atum, maionese de abacate e ovas de salmão. Para quem aprecia um bom ceviche, vale provar o Tropical (que mistura cubos de salmão, leite de tigre de caju e crocante de batata baroa) ou o Criollo (feito com peixe branco, camarão, lula,

Em cartaz até o dia 16 de abril no BarraShopping, a exposição “Expodinos – O Maior Dinossauro do Mundo” desvenda um mundo fascinante, apresentando 16 réplicas de esqueletos de dinossauros completos e fósseis originais, incluindo o maior de todos, o titanossauro Patagotitan, e o gigante carnívoro Tyrannotitan. Também está exposto o crânio do Giganotossauro, um dinossauro que se tornou popular depois de derrotar o Tyranossaurus rex no último filme da franquia “Jurassic Park”. Além do maior de todos, a Expodinos também inclui a réplica do esqueleto em tamanho natural do dinossauro mais antigo do mundo, o “brasileiro” Buriolestes schultzi, que viveu há 233 milhões de anos! O acervo paleontológico exposto é um conjunto impressionante, com fósseis originais dos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. Antes de chegar ao Rio, a exposição teve uma temporada em São Paulo, na Oca do Parque Ibirapuera, onde foi visitada por mais de 100.000 pessoas.

BarraShopping

Avenida das Américas, 4.666, portaria J, Barra da Tijuca. Ingressos de R$ 20 a R$ 50.

polvo, leite de tigre de coentro e grãos de milho andino). Entre os pratos principais, destaque para o arroz marinho, para os raviólis de camarão e palmito e para o canelone de pato, servido com molho de cogumelos.

BARRA
FOTO DIVULGAÇÃO BOTAFOGO
FOTO CAIO GALLUCCI
Lima Cocina Peruana Rua Visconde de Caravelas, 113, Botafogo, tel. 21 3647-3411.
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HORA RIO POR KIKE MARTINS DA COSTA

GLÓRIA

Barulhinho bom à beira do mar

Edição 2023 do Festival Queremos! tem programação com artistas brasileiros e convidados internacionais, numa celebração com muito funk, rap, soul e beats caribenhos

A quarta edição do Queremos! Festival acontece no dia 15 de abril, em dois palcos armados na Marina da Glória. O line-up recheado de atrações tem como headliner Marisa Monte, e tem também apresentações do funkeiro MC Poze do Rodo, da cantora Liniker, do baiano Russo Passapusso com a dupla Antônio Carlos & Jocafi, da rapper Flora Matos, do cantor e pianista Zé Ibarra, do coletivo Batekoo, da DJ de black music Tamy, da pagodeira baiana Rachel Reis e do rapper Rico Dalasam, que já haviam sido confirmados. Os britânicos Cymande e Yazmin Lacey são as presenças internacionais na programação da edição 2023 do festival. Destaque na cena musical negra de Londres desde os anos 70, Cymande é uma das bandas mais reverenciadas e sampleadas da história do hip hop, house e dance, fundindo reggae, percussão afro, toques psicodélicos e funk norte-americano. Já a inglesa Yasmin Lacey, filha de imigrantes caribenhos, passeia pelo jazz e pelo soul.

Deus tupi do amor inspira menu afetivo

No Rudä, o cardápio traz releituras de receitas bem brasileiras, mas em versões mais sofisticadas e com toques contemporâneos

O Rudä é mais um restaurante do Grupo Trëma, que engloba o Mäska, o Ízär e a Brasserie Mimolette. Neste empreendimento, o cardápio foca numa cozinha contemporânea com toques brasileiros. Na mitologia tupi, Rudä é o Deus do Amor, e isso se expressa nas receitas carregadas de memória afetiva. A cozinha é comandada pelo chef Danilo Parah, que já trabalhou para Claude Troisgros e para Mauro Colagreco, do estrelado Mirazur, no sul da França. Entre as apostas do chef, entradinhas para compartilhar, como a porção de pastéis de feira, recheados com pastrami, compota de cebola e folhas de mostarda ou as ostras com vinagrete de caju e picles de maçã verde. Na seção de pratos principais, destaque para o camarão com agarradinho de palmito, para a carne de sol com aipim cozido na manteiga de garrafa e emulsão de limão galego, para o peixe com purê de cará e vinagrete de feijão de corda ou ainda para o polvo com molho de moqueca e folhas de jambu. De sobremesa, vale provar o Doce de São Cosme (compotas de abóbora, caqui, figo e laranja com Cointreau, acompanhadas de queijos artesanais brasileiros) e a releitura do Romeu e Julieta feita com creme de queijo assado, goiaba, sorvete de leite cru e flor de sal.

Rudä

Rua Garcia D’Ávila, 118, Ipanema, tel. 21 98385-7051.

IPANEMA
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Queremos! Festival na Marina da Glória Avenida Infante Dom Henrique, s/ n°, Flamengo. Ingressos a partir de R$ 220, à venda pela plataforma Eventim.

Onde a criatividade e a visibilidade se encontram

Rio2C volta à Cidade das Artes com palestras e encontros sobre inovação no mercado criativo e audiovisual, com convidados influentes do Brasil e do mundo

POR PAULA CALÇADE

O maior encontro de criatividade da América Latina retorna à Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, de 11 a 16 de abril, com palestras, espaços para networking e conexões em áreas como cinema, televisão, música, games e economia criativa. Neste ano, o conceito de “soft power” – que se traduz em uma influência indireta capaz de moldar desejos e preferências através da cultura, valores políticos e políticas externas –, é o tema norteador dos mais de 500 painéis previstos.

“Vivemos na era da influência e o Brasil é um celeiro infinito de ativos para o uso dessa estratégia. A floresta amazônica, por exemplo, é um símbolo com enorme potencial para a construção da imagem do país, assim como a cultura e a diversidade do nosso povo”, afirma Rafael Lazarini, idealizador, fundador e CEO do Rio2C – que no ano passado

recebeu mais de 37 mil pessoas ao longo dos seis dias de evento. “O tema desta edição é bastante pertinente, já que vivemos em um mundo cada vez mais conectado e interdependente, em que o soft power pode ser um diferencial importante para o sucesso de projetos criativos.”

Entre os convidados do evento estão os criadores da série “Dark”, o cineasta Fernando Meirelles, o escritor futurista Brett King e Pam Kaufman, CEO e presidente para mercados internacionais da Paramount. “Buscamos trazer profissionais renomados e influentes em suas áreas de atuação, que possam contribuir com insights relevantes para o público. Exercemos também uma escuta ativa do mercado para que possamos abordar os assuntos mais relevantes para cada setor”, explica.

do Rio2C, na Cidade das Artes; Rafael Lazarini, CEO do evento; e o Global Stage, que reúne os principais convidados

Neste ano, o Rio2C conta com dois novos palcos – o “Arts & Crafts”, dedicado a design, moda e arquitetura, e o “Games+”, destinado ao universo dos jogos eletrônicos – se somam aos nove espaços multidisciplinares e transversais que já ocuparam a Cidade das Artes em 2022. “Destaco o Global Stage, que é o palco onde acontecem as palestras, debates e painéis com os principais convidados. Esse é o coração do Rio2C e é onde se concentram as principais discussões e reflexões sobre a indústria e o mercado audiovisual.”

Além das palestras e dos painéis, o evento disponibiliza as Rodadas de Negócios, que conectam os players em reuniões individuais com proponentes de projetos de diferentes setores. O Rio2C também gera oportunidades nos pitchings e oferece ao público mentorias com especialistas do mercado criativo.

Rio2C

De 11 a 16 de abril. Cidade das Artes: Av. das Américas, 5300, Barra da Tijuca. Ingressos: www.rio2c.com/tickets/

BARRA DA TIJUCA Acima, vista aérea FOTOS DIVULGAÇÃO
16 HORA RIO

Vozes da cidade

Rolê de bicicleta

É de bike que o padeiro explora o Rio de Janeiro. Veja sua lista de lugares para chegar pedalando na Cidade Maravilhosa

Museu de Arte Moderna

“Passei a adolescência nos pilotis dessa joia arquitetônica projetada por Affonso Reidy. O MAM tem um acervo riquíssimo e recebe exposições de arte contemporânea, além de sediar algumas feiras da Junta Local, coletivo de pequenos produtores. E o caminho até lá é uma delícia, pela ciclovia do Aterro.”

Avenida Infante Dom Henrique, 85, Glória, tel. 21 3883-5600.

Sud - O Pássaro Verde

“Adoro sair à noite de bicicleta para comer bem e tomar umas... Principalmente se for para ver a mestra Roberta Sudbrack em ação. De seu forno a lenha, que fica no meio do salão, saem panelas de ferro fumegando frutos do mar, porco com vegetais orgânicos, ovos com botarga e outras gostosuras."

Rua Visconde de Carandaí, 35, Jardim Botânico, tel. 21 3114-0464.

The Slow Bakery

“Esta é a caçula da rede, e tem uma área externa perfeita para quem vai de bike e quer fazer uma pausa para um café ou uma taça de vinho. Vale provar o Croque Madame (feito com pão sourdough e queijo artesanal) ou comprar um croissant no empório, pra depois comer ali pertinho, na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, apreciando a vista maravilhosa...”

Rua Conde de Bernardote, 26, loja M, Leblon.

Bracarense

“Poucos bares são unanimidade entre os cariocas há tanto tempo quanto o Braca. Para quem vai de bicicleta, é só prender a magrela na grade do canteiro do outro lado da rua para curtir os melhores chopes do mundo e arredores. O pernil está sempre suculento, o torresmo de barriga é um espetáculo e as empadas são incríveis – especialmente as de camarão.”

BRACARENSE
MUSEU DE ARTE MODERNA THE SLOW BAKERY SUD - O PÁSSARO VERDE Rua José Linhares, 85, Leblon, tel. 21 2294-3549. POR *RAFA BRITO PEREIRA *RAFA BRITO PEREIRA tem 52 anos, é padeiro e fundador da The Slow Bakery, padaria carioca especializada em pães de fermentação longa e natural.
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As dicas de quem adora o Rio
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