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As Certezas da Vida e a Atual Crise Mundial

FERNÃO CAPELO

Dr. Rogério Ribeiro Cardozo Técnico em Manutenção de Aeronaves

Desde sempre ouvimos algumas frases que acabam servindo de guias para as nossas atividades e por que não dizer que as mesmas guiam a nossa vida. São frases proferidas pelos antigos que tinham o hábito de contar histórias para os seus, coisa que nos tempos modernos estão se perdendo e que em algum momento irão desaparecer por completo.

Dentre as várias ouvidas desde a infância, uma que me faz pensar é a que “Temos somente três certezas na vida... Os impostos, a morte e as mudanças”... Vamos pensar juntos só por um instante... É a mais pura verdade...

Os impostos: Desde que o mundo vive em sociedade, os impostos são infalíveis. Todos conhecem as histórias de Robin Wood na Inglaterra; Tiradentes aqui no Brasil se rebelou contra a Coroa por conta dos impostos e acabou traído e morto.... Os impostos continuaram a ser cobrados. Pagamos para nascer, pagamos para viver e pagamos para morrer.

A morte: Certeza mais do que concreta para todos nós... Alguns se vão muito cedo outros nem tanto... Alguns até como meu bom e velho Pai que se diz estar nas “Horas extras” na altura dos seus 83 anos. Nunca a desejamos, pelo menos a maioria de nós não, mas ela virá... com certeza virá. Pessoas comuns e pessoas extraordinárias como os poetas a cantam e declamam na certeza de ir ao seu encontro em algum momento.

E finalmente.... As mudanças: A cada fração de segundos tudo muda e nada mais será como antes. A percepção tem que estar apurada para corrigir a rota a todo momento e esse estar “antenado com o mundo” em constante evolução pode significar a permanência e evolução no mercado ou a sua completa extinção. Tudo isso que foi explanado até agora é para embasar o que acontece atualmente no agronegócio mundial e especificamente no nosso caso com os serviços aeroagrícolas.

Quem imaginaria há poucos meses atrás o cenário atual mundial?

Quem poderia sequer pensar na quantidade de mudanças que teriam que ser desenvolvidas nos “processos” de produção para que a produção do agronegócio não terminasse em tragédia? As vertentes ensandecidas apregoam que se o “negócio” não pode parar é por que você é desumano e não pensa nas pessoas. O outro lado parece um pouco mais sensato e prega que as atividades devam continuar com as medidas de segurança cabíveis, isolando realmente os grupos de risco....

Na minha humilde opinião de observador das partes que tenta manter a sanidade e a coerência, observo que se a população de baixa renda e que muitas vezes não possuem a mínima condição de praticar o “isolamento” requerido pelas autoridades se veem em uma situação crítica pois se não saírem para a rua para ganhar o seu “pão” não terão o que comer a noite (E essa é uma realidade para muitos), essas pessoas que não se alimentam adequadamente podem desenvolver uma baixa imunidade por conta da subnutrição e consequente engrossar os números dos nossos “abutres políticos” que na reclusão de suas mansões e palacetes não se importam a mínima pelos que realmente necessitam de ajuda nesse momento crítico.

O agronegócio não pode parar e digo mais; tem que continuar buscando soluções inteligentes e coerentes para permanecer produzindo, pois ninguém vai deixar de comer nem aqui no Brasil nem em qualquer outra parte do mundo, com crise ou sem crise. Parafraseando uma outra frase de impacto: “Enquanto uns choram, outros vendem lenços”...

Temos que aproveitar esses momentos de crise para investir ainda mais no agronegócio otimizando a agricultura, a pecuária e também o negócio aeroagrícola do nosso País. Sei que é difícil mas temos que vender os nossos lenços da melhor maneira possível fortalecendo e otimizando a nossa produção pois como já falado anteriormente, ninguém vai deixar de se alimentar nos dias futuros. Pelo menos é o que se espera

Prof. Mestre Rogerio Ribeiro Cardozo é Técnico em Manutenção de Aeronaves, especialista em helicópteros, Administrador de Empresas e Professor Universitário; Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental. Desde 2012 escreve sobre a área ambiental e sustentabilidade tendo trabalhos acadêmicos e artigos publicados envolvendo a Administração e a Sustentabilidade, incluindo alguns trabalhos sobre os serviços aero-agrícolas orientados pelo mesmo. Na área da pesquisa desenvolveu um novo tipo de plástico totalmente produzido com resíduos de PVC e resíduo de óleo de motor aeronáutico o que lhe rendeu uma indicação para um possível Doutorado na Universidade de São Paulo na área de desenvolvimento de materiais para a construção civil (Arquitetura e Urbanismo). É também Elemento Certificado pelo Seripa V na área de Segurança na Aviação Agrícola.

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