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Nesta Edição…
PAPO DE CABINE
Bill Lavender bill@agairupdate.com
A edição deste mês de AgAir Update traz um conhecido profissional da aviação agrícola, o Doutor e Professor Wellington Pereira Alencar de Carvalho. Conheço o Professor Wellington há mais anos do que consigo lembrar. Talvez eu deva dizer décadas, ao invés de anos. Tenho certeza que a maioria dos pilotos agrícolas brasileiros o conhecem, também. O Professor Wellington é muito ativo na aviação agrícola brasileira, como você lerá no artigo sobre suas várias realizações. Juliana Torchetti Coppick, que escreve uma coluna para AgAir Update intitulada “Volo per Veritas”, escreveu o artigo sobre ele como parte de sua série “Lendas Vivas”. Fico muito grato pelo esforço de Juliana em trazer esta história para nossas páginas impressas e digitais também. O Professor Wellington é realmente uma Lenda Viva na aviação agrícola.
Embora o Ag-Cat nunca tenha se tornado um avião muito utilizado no Brasil, ele é considerado um das pilares da frota aeroagrícola mundial, do início de sua produção nos anos 1960 até seu final quase 20 anos atrás. O biplano foi e ainda é o favorito de muitos pilotos agrícolas, por sua capacidade de voar a baixa velocidade, de fazer “balões” apertados, ser fácil de pilotar, decolar e pousar curto, seu histórico de segurança, etc.
Isso foi até a entrada em cena das aeronaves agrícolas de asas fixas turbo-hélice, no final dos anos 1970. Não demorou para que o Ag-Cat não conseguisse mais competir com estas aeronaves, que eram mais rápidas e faziam faixas mais largas com a mesma segurança. Mas, isso não mudou sua importância na história mundial da aviação agrícola. Nesta edição de AgAir Update, você lerá sobre um empresário aeroagrícola da Dakota do Norte, EUA, que encontrou e comprou o Ag-Cat número de série 1, ainda trabalhando no Kansas, com mais de 60 anos! O empresário está desmontando o avião e fazendo uma restauração completa. Na comemoração dos 100 anos da aviação agrícola, no ano que vem, ele será parte das festividades, voando pelo país para que as pessoas possam experimentar um pouco desta história.
Meu caro amigo de muito tempo, Marcos Antônio Camargo, proprietário e operador da Itapororó Aviação Agrícola, Ltda. (Itagro), recentemente iniciou uma campanha de combate a incêndios na região do Alegrete, RS, usando seu Air Tractor AT-402B e seus Ipanemas. A Itagro também foi assunto do SINDAG, por conta de seu combate aéreo a incêndios.
No entanto, pedi a meu amigo Ernesto Franzen (que voou com Camargo quando estava na ativa como piloto agrícola) para procurar Camargo e obter os detalhes das missões de combate ao fogo, falando de piloto para piloto. Tenho certeza que o artigo de Ernesto sobre a Itagro será de grande interesse para vocês.
O negócio do combate aéreo ao fogo cresceu exponencialmente na última década em relação ao que era 30-40 anos atrás, quando aviões foram usados pela primeira vez com sucesso para apagar fogos florestais, na Califórnia. Esta faceta da aviação está começando a crescer de forma similar no Brasil e em outros países sul-americanos. É uma boa diversificação do uso dos aviões agrícolas, para empresários e pilotos agrícolas.
O combate aéreo a incêndios exige treinamento, para que seja feito de forma profissional e segura. Eu realmente sugiro que antes de tentar apagar um incêndio com um avião, que você procure treinamento. Não vá se machucar, nem deixar uma má impressão da aviação devido a um baixo resultado só porque você não teve treinamento. Combate aéreo ao fogo não é aplicação aérea. Sim, é parecida, as missões são a baixa altura e geralmente em aviões agrícolas (SEATs / Single Engine Air Tankers, ou Bombeiros-Aéreos Monomotores), mas as semelhanças terminam aí.
Toda edição de AgAir Update tem algumas de suas páginas dedicadas ao SINDAG. A equipe de AgAir Update tem a honra de trabalhar de mãos dadas com o SINDAG na promoção da aviação agrícola no Brasil. Isto vem sendo uma parceria de longo prazo com benefícios para todos. Não deixe de ler as últimas notícias do SINDAG todo mês em AgAir Update.
O SINDAG é muito ativo na proteção da aviação agrícola do Brasil em muitas frentes: legislação, treinamento, últimas tecnologias, recursos, etc. Se você não é membro do SINDAG, então está perdendo uma oportunidade de aprimorar a você mesmo e a sua empresa. Sem o SINDAG, possivelmente não haveria uma aviação agrícola no Brasil. Há muita gente que gostaria de ver a aviação agrícola parada. O SINDAG é sua barreira contra essa gente e você deveria apoiar a associação. As taxas para se ser um membro são simplesmente parte dos custos do negócio. Ligue para o SINDAG hoje e diga que Bill Lavender, editor de AgAir Update encaminhou você!
Até o mês que vem, Keep Turning…