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Implantação de Cultivos de Cobertura

CONVERSAS DE HANGAR

Dr. Diego Martin Oliva diegomartinoliva@gmail.com Agrônomo

Começa a safra na Argentina de implantação de culturas de cobertura, sistemas essenciais para contribuir e promover a sustentabilidade das empresas agrícolas.

A semeadura aérea é uma ferramenta estratégica que deve ser fortemente promovida devido à sua eficiência e capacidade operacional. Mas, todas as semeaduras aéreas são iguais? Os resultados são sempre estáveis e previsíveis? Coeficientes de realização (sementes nascidas) são sempre iguais? Para essas e outras perguntas, o grupo de empresas que eu aconselho (Gidag) decidiu tomar uma atitude e começamos a procurar algumas respostas.

O primeiro problema que encontramos foi a necessidade de padronizar a avaliação dos resultados obtidos. Após as discussões relevantes, entendemos e decidimos que a melhor maneira era em diferentes alturas de voo (50, 70, 100, 200 pés) sempre com o vetor de vento 0-180°. O método mais apropriado para definir um plano de comparação entre todos os sistemas escolhidos foi por meio do coeficiente de variação de uma série (desvio padrão/média da série) em uma escala percentual. Ao mesmo tempo, tivemos que levar em consideração os diferentes sistemas de dispersão de sólidos (hopper com comporta pequena, comporta grande ou os sistemas de alta aceleração de sólidos, tipo Swathmasters), além de entender o funcionamento de todos os sistemas, considerando as características dos sólidos a serem aplicados (PH: peso hectolitro das sementes ou peso das sementes contidas em um volume de 100 litros, homogeneidade e limpeza delas, fertilizantes, etc.)

Tínhamos um grande desafio técnico pela frente, já que o número de variáveis ​​estava aumentando e o nosso tempo não era tão longo. Portanto, no momento, iriamos trabalhar com apenas uma ou duas de todas as variáveis ​​em jogo para definir uma distribuição correta.

Como primeira linha de testes, trabalhamos na distribuição de uma semente de bom peso hectolitro, como o trigo, com um PH de 82, que foi distribuída em uma faixa de análise de 30 metros com vento de cauda (vetor 0-180°), usando um AT-502 e com o sistema de dispersão de alta aceleração a uma altura de voo de 200 pés.

Oito bandejas foram distribuídas a uma distância constante de 4 metros entre cada uma, cada bandeja com uma grade de área equivalente a 0,3416 m2.

Os resultados obtidos foram os seguintes:

Média Geral 8,83 88 kg/ha

Média da Faixa 9,15 91 kg/ha

CV Geral 20,36%

CV Faixa 21,145

Os resultados obtidos nos permitem garantir que, a uma certa altura de voo (200 pés), com uma largura de faixa efetiva superior a 28 metros, é altamente provável obter distribuição de sólidos com um baixo CV (coeficiente de variabilidade na ordem de 21,44%), tornando essa tecnologia tão ou mais eficiente que qualquer outro sistema.

Dr. Diego Martín Oliva, Agrônomo, especialista em pulverização agrícola extensiva, Especialista em MBA em produção agrícola sustentável (Harvard University), Assessor técnico da FeArCA (Federação Argentina de Câmaras Agro-Aéreas), Consultor técnico externo da Bayer - Monsanto em tecnologia de aplicação aérea, Consultor técnico externo da Syngenta em tecnologia de aplicação aérea, Assessor técnico de empresas de pulverização aérea na Argentina e no Uruguai, Membro do comitê técnico da Rede Nacional de Boas Práticas, Membro do comitê técnico do IRAM, pela norma 14.130, Professor de pós-graduação na Universidade Nacional de Lomas de Zamora, com diplomação em proteção vegetal. Palestrante em tecnologias de aplicação aérea.

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