Edição em português Volume 23, Número 06
PERIÓDICO DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA
Fechamento Autorizado. Pode ser aberto pelos Correios
UMA FERA — A Conversão da Cascade para o PT6A-140AG para o Thrush
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COMEMORANDO 30 ELIMINADORES COMO FAZER UMA ANOS DO AEROCLUBE DE PROJEÇÃO DE SERVIÇOS DE GUARAPUAVA ESTRESSE PARA SUA EMPRESA
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NESTA EDIÇÃO 8
Edição em português Volume 23, Número 06 PERIÓDICO DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA P.O. Box 850 • Perry, GA 31069 USA 475 Myrtle Field Rd. • Perry, GA 31069 USA FONE: 478-987-2250 • FAX: 478-352-0025 aau@marsaylmedia.com • agairupdate.com
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EDITOR: Graham Lavender - graham@marsaylmedia.com CONSULTOR: Bill Lavender - bill@marsaylmedia.com ADMINISTRAÇÃO: Casey L. Armstrong - casey@marsaylmedia.com PUBLICIDADE: Gina Hickmann - gina@agairupdate.com Ivan Parra - ivan@agairupdate.com Ernie Eggler - ernie@marsaylmedia.com Melanie Woodley - melanie@marsaylmedia.com
A Equipe de Conversões de Aeronaves do Meio Continente e Cascade.
Continue Virando… Nesta Edição 14 Comemorando 30 anos do Aeroclube de Guarapuava 16 Eliminadores de Estresse 20 Combatendo incêndios no complexo sucroalcooleiro brasileiro 28 Certificação Aeroagrícola Sustentável-CAS O Programa De Boas Práticas Para A Tecnologia De Aplicação Aérea Do Brasil
SINDAG 22 Lançada a contagem regressiva para o Congresso AvAg 2022
Em Toda Edição 06 Papo de Cabine | Bill Lavender 24 Papo de Gestão | Rafael Correa da Costa 32 De Operador Para Operador | Marcos Antonio Camargo 36 Livre para Voar | Gleice Silva 40 Low and Slow - “Baixo e Devagar” Mabry Anderson
On the cover: A Conversão da Cascade para o PT6A-140AG para o Thrush.
PRODUÇÃO: Daniela Constantino - daniela@marsaylmedia.com CIRCULAÇÃO: Mary Jane Virden - maryjane@marsaylmedia.com subs@agairupdate.com AUTORES CONTRIBUINTES: Rafael Correa da Costa contato@agroflysistemas.com.br Ted Delanghe - ted.delanghe@gmail.com Robert Craymer - robertc@covingtonaircraft.com Gleice Silva - comercial@prev-one.com.br REPRESENTANTES SUL AMERICANOS: Gina Hickmann - gina@agairupdate.com Ernesto Franzen - ernesto@agairupdate.com Marcia Specht - marcia.specht@gmail.com Ivan Parra - ivan@agairupdate.com Noelia Burgeus - noeliburgues@gmail.com Pat Kornegay - pat@svatx.com Direitos Autoriais 2022 AgAir Update mantém todos os direitos para a reprodução de qualquer material apresentado, incluindo, mas não limitado a artigos, fotografias, e-mails e mensagens. Todos os materiais continuam a ter os direitos de autoria para AgAir Update. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, em parte ou na totalidade, sem o consentimento por escrito do editor. O editorial publicado não necessariamente reflete as opiniões do editor. Acredita-se que o conteúdo dentro do AgAir Update seja verdadeiro e preciso e a editora não assume responsabilidade por quaisquer erros ou omissões. Editoriais manuscritos não solicitados e fotos são bem-vindos e incentivados. Nós não somos responsáveis por algum retorno a menos que os registros sejam acompanhados de um envelope selado e auto endereçado. O prazo da publicidade é às 12 horas, no 1 º dia do mês anterior ao da sua publicação.
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PAPO DE CABINE
Bill Lavender bill@agairupdate.com
Pensando com Bom Senso Não tenho certeza de quando a aviação agrícola irá aceitar os VANTs; para algumas empresas, isso nunca acontecerá. É claro, essa seria uma forma estreita de se ver uma tecnologia relativamente nova. A mudança é inevitável e até certo ponto, deve ser adotada. Mas nem toda mudança é boa. E algumas mudanças tem hora e lugar, como é o caso dos drones na aviação agrícola.
A mudança é inevitável e até certo ponto, deve ser adotada.
Eu já disse que um dia os drones serão comuns na aviação agrícola, mas não a ponto de realmente competir com os aviões agrícolas. Deveria ser óbvio para aqueles que conhecem a tecnologia dos drones que não há esperança de que eles substituam os aviões agrícolas. Alguns poderão rir desta afirmação. Porém, quanto mais uma pessoa conhece nossa aviação, tendo realmente sentado dentro de uma cabine, mais ela se dá conta dos desafios que a indústria dos drones tem para entrar na aviação agrícola como uma ferramenta substituta dos aviões. Tendo dito isso, esclareço que não estou afirmando que não há lugar para drones na aviação agrícola, porque há. Também não estou afirmando que os drones não podem substituir os aviões agrícolas. O que estou dizendo é que isto teria um custo proibitivo, sem potencial para lucro. Em outras palavras, ainda há muitos pilotos agrícolas dispostos a voar e uma ampla quantidade de aviões tripulados disponíveis para fazer o serviço.
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Assim, enquanto navegamos pelos sonhos de operadores de drones que acham que podem executar operações aeroagrícola de grande escala, vamos dar um olhada naquilo em que eles deveriam estar focados. Em muitos cenários, um drone poderia ser útil para verificar antecipadamente as condições meteorológicas no local da aplicação. Tenho certeza que eles podem ser usados para análise fotográfica da cultura. E tenho certeza também que há outros usos legítimos para eles, mas a aplicação de defensivos em larga escala não é um deles. Relaxe quando você ler em algum lugar sobre como um drone assumiu o papel de um avião agrícola. Ao invés, pense em como sua empresa pode se beneficiar desta incrível tecnologia. Porque é uma tecnologia incrível, ela só precisa encontrar seu caminho. Isto significa que você pode fazer parte dela, e quando a maré virar a favor de utilizações razoáveis de VANTs na aviação agrícola, talvez todo mundo possa avançar com seu desenvolvimento na direção correta. Até o mês que vem, Keep Turning…
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UMA FERA — A Conversão da Cascade para o PT6A-140AG para o Thrush
por Graham Lavender “Este avião só vai!” Esse é o sentimento expressado pelo veterano piloto de Thrush e operador de um 510 BEAST (“Fera”, em português) Tracy Stokes. Embora o tempo não estivesse cooperando para o planejado voo de avaliação por AgAir Update da BEAST, uma conversão para o motor PT6A-140AG com a comprovada carenagem de pressão positiva da Cascade Aircraft Conversions, Tracy conseguiu fazer um voo de demonstração do avião e depois sentou com as equipes da Mid-Continent Aircraft e da Cascade Aircraft Conversions para contar a história de como esse monstro de avião nasceu. A ideia surgiu há cerca de quatro anos atrás, por conta de uma lacuna reconhecida no mercado entre os Thrush de 500 galões com motor PT6A-34 e os com motor PT6A60. Ao invés de iniciar uma mais complexa Certificação de Tipo para o Thrush, a Pratt & Whitney Canada sugeriu que se fizesse um STC (Certificado de Tipo Suplementar) para um kit de conversão da parede de fogo para a frente para o motor PT6A-140AG para o Thrush 510. A Pratt & Whitney forneceu um motor PT6A-140AG de 867 SHP para o projeto da Cascade Aircraft Conversions, a qual tem uma história de sucesso completando STCs de parede de fogo para a frente. A Pratt & Whitney também previu a vantagem adicional de se fazer a conversão usando o motor -140AG, tanto para o modelo 510P como para o 510G, em conjunto com a extremamente eficiente carenagem de pressão positiva da Cascade Aircraft. A parceria entre a Pratt & Whitney e a Cascade Aircraft Conversions já tinha um histórico de sucessos comprovados com os STCs para as conversões dos Air Tractor AT-502/502B e dos Thrush de 500 galões para os motores PT6A-41/42. As discussões sobre a instalação deste motor PT6A-140AG nos modelos 510P/G resultaram em um encontro com a MidContinent Aircraft. Eles concordaram em fornecer uma célula de 510P e em realizar os necessários voos de teste para completar a certificação para o STC. A Mid-Continent Aircraft entregou o 510P para a Cascade Aircraft Conversions em setembro de 2018. A Cascade construiu o kit da parede de fogo para a frente e em novembro de 2018 testou em voo o avião do projeto. O Thrush motorizado pelo PT6A-140AG de 867 SHP da Cascade Aircraft Conversion fez sua primeira aparição na Ag Aviation Expo em Reno, Nevada, em dezembro de 2018. Após esta exibição da Ag Aviation Expo em Reno, o motor PT6A-34 foi reinstalado no avião para que a Mid-Continent pudesse colocá-lo para trabalhar na safra de 2019. ➤ Volume 23 Número 00 | agairupdate.com | 9
A Equipe de Conversões de Aeronaves do Meio Continente e Cascade.
A Cascade Aircraft Conversions aproveitou o tempo sem o avião para refinar a instalação, com um projeto melhorado de duto e filtro de ar, um sistema de motor de partida mais potente, baterias seladas e um berço de motor reprojetado..Quando o Thrush 510P voltou para a Cascade Aircraft Conversions em setembro de 2019, eles instalaram o kit atualizado da parede de fogo para a frente e completaram os testes adicionais. O kit atualizado da parede de fogo para a frente foi levado para a Ag Aviation Expo em 2019, com a conversão “BEAST” sendo exibida lá. Também em 2019, Randy Sandstrom, da Prairie Dusters do Canadá, forneceu um Thrush 510G com motor GE H80 para o projeto deste STC. Isto permitiu que a Cascade Aircraft Conversions fizesse as homologações dos certificados de STC para os modelos 510P e 510G ao mesmo tempo. O kit de conversão da parede de fogo para a frente “BEAST” usa o motor PT6A-140AG, que produz 867 SHP em temperaturas de até 43,8° C, em conjunto com a Carenagem de Pressão Positiva da Cascade Aircraft Conversions, a qual fornece maior volume de ar filtrado para a turbina. Esta potente integração, combinada com o sistema de partida Boost Start System e melhoramentos na aerodinâmica, resulta em uma combinação 10 | agairupdate.com | Português
vitoriosa. A Pratt & Whitney Canada fez testes comparando a Carenagem de Pressão Positiva da Cascade Aircraft Conversions com a carenagem original de fábrica do Thrush 510P. A Carenagem de Pressão Positiva da Cascade Aircraft Conversions gerou uma redução de 32° C na temperatura de ITT, uma redução na NG de 1,7% e um ganho mínimo de potência de 6%. Ao se checar com um manômetro a pressão do ar no sistema de admissão de ar original de fábrica, o instrumento mostra uma redução de cinco a sete polegadas de coluna de água. O mesmo teste de manômetro na Carenagem de Pressão Positiva da Cascade mostra um aumento de pressão de 11-12 polegadas de coluna de água. O aumento na disponibilidade de ar entregue para a turbina e a consequente redução na temperatura de ITT aumenta dramaticamente a longevidade das peças de temperatura crítica na turbina. Tracy Stokes, do Arkansas, relata um aumento de 10-12 nós no traslado típico da lavoura para a pista. Ele opera o avião com cerca de 37 libras de torque, consumindo 60-62 galões por hora. Nas condições quentes e úmidas do verão do Arkansas, cargas completas são normais. ➤
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A história de 20 anos de sucesso da instalação em vários modelos de aviões agrícolas da Carenagem de Pressão Positiva da Cascade Aircraft Conversions, a qual fornece ar filtrado com pressão positiva para seus motores a turbina, prova os benefícios a longo prazo de se acrescentar a Carenagem de Pressão Positiva da Cascade ao kit BEAST para os Thrush modelos 510P e 510G. Seu projeto também oferece fácil acesso para a manutenção dos bicos injetores, do detector de limalha dianteiro e do sistema de filtragem de ar. Depois que se remove a carenagem lateral do avião, o sistema de filtro de ar pode ser removido para limpeza em menos de dois minutos. O elemento filtrante usado no sistema é durável e lavável.
O kit de conversão “BEAST” inclui: •
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Boost Start System – motor de partida mais potente, que combinado com um controlador e as baterias seladas, dá a partida na turbina em menos de 15 segundos e com uma temperatura de ITT bem mais baixa do que a de uma partida normal. Estas partidas rápidas resultam em temperaturas mais baixas, resultando em um benefício adicional ao estender a vida útil das partes com temperaturas críticas do motor. A partida rápida também aciona o motor com muito menos ruído do que a partida normal. Os pilotos não precisam mais gritar para serem ouvidos pelo pessoal de terra durante o procedimento de partida. Um sistema de carregamento de bateria inteligente, que permite ligar o avião em uma tomada padrão de 110v para manter as baterias com carga plena Certificação da aeronave para 10.500 libras (4.763 kg) sob exigências de teste mais exigentes. A combinação do Boost Start System com a Carenagem de Pressão Positiva da Cascade Aircraft Conversions é a melhor dupla para deixar o cavalo de batalha da aviação agrícola com os menores custos de manutenção de longo prazo possíveis e mantendo o melhor desempenho e lucratividade. Uma nova hélice tripá Avia de 108 polegadas fornece maior empuxo juntamente com significativa redução de ruído, sem problemas de ressonância harmônica em seu envelope de operação.
“Este avião só vai!” 12 | agairupdate.com | Português
Randy Sandstrom relatou que, após dois anos de teste intensos em pistas ruins, inclusive algumas com bastante pedra e cascalho, sua hélice Avia continua quase igual a quando era nova – sem mossas nem arranhões na pintura. O projeto da hélice da Avia gera empuxo ao mesmo tempo que evita a sucção de objetos estranhos. Esta hélice durável é fácil de se enviar e instalar, pois as pás e o cubo são enviados em caixas separadas. “A BEAST realmente faz do Thrush 510 um avião de 500 galões o dia inteiro, todos os dias” - Randy Sandstrom.
Ao longo dos testes em voo, várias modificações aerodinâmicas foram desenvolvidas para o avião. Estas incluem aletas ventrais e carenagens para o estabilizador horizontal. Os benefícios destes acréscimos para a segurança e o desempenho do avião incluem um estabilizador horizontal mais efetivo, maior maneabilidade e melhor estabilidade lateral. A FAA certificou o STC para o kit BEAST de conversão da Cascade Aircraft Conversions do motor PT6A140AG para os Thrush modelos 510P e 510G em setembro de 2021. A Cascade Aircraft Conversions diz que agora é a hora de se “soltar a FERA” em sua empresa para aumentar a produção e os lucros.
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Comemorando 30 anos do Aeroclube de Guarapuava Por Jeferson Rezende Dia 30 de abril, o AEROCLUBE DE GUARAPUAVA promoveu um evento técnico e de congraçamento em comemoração aos 30 anos da sua fundação, que aconteceu dia 20 de abril passado. Durante a abertura oficial, o diretor presidente do Aeroclube, Cmte Jeferson Rezende, discorreu sobre as ações em curso para a retomada plena das atividades da instituição, que esteve por um período adormecida. Agradeceu algumas autoridades públicas que estão colaborando com o seu ressurgimento, como: o vereador Valdemar dos Santos - que recebeu uma placa em homenagem ao seu trabalho pela Entidade; a deputada federal Leandre Dal Ponte; e o prefeito de Guarapuava, Celso Góes. Também enalteceu o importante apoio que receberam do empresário e piloto, diretor Presidente da Inquima, sr. Santiago Wirsch. Foi apresentado o projeto em 3D, do novo hangar escola, pelo eng. Helton Júnior Silveira Pereira (trabalho doado ao Aeroclube). O Prof. Wellington Carvalho abordou o tema Tecnologia Aeroagrícola, aviões e drones: viabilidade e vantagens econômicas; o Cmte. Diozenei Born - consultor, falou sobre aquisições e escolhas de aeronaves corporativas/ executivas/agrícolas. Logo cedo muitos participantes vindos de Realeza, Palotina, Pato Branco, Campo Mourão, Pitanga e União 14 | agairupdate.com | Português
da Vitória pousaram no aeroporto da Colônia Vitória (SNNM), além de agricultores, agrônomos e entusiastas da região. O prato principal servido foi “cabrito” da raça Boer, de produção do empresário/proprietário de avião e entusiasta, Fausto Araújo (que doou a carne para colaborar com o evento e com o Aeroclube). A retomada das atividades do AEROCLUBE DE GUARAPUAVA e a Festa, repercutiram em várias regiões do Brasil. Muitos pilotos e vários Aeroclubes se manifestaram positivamente.
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Eliminadores de Estresse Eu me estresso com o estresse mesmo antes de haver estresse para se estressar. Qualquer um que esteja no ramo de aviação agrícola, mesmo que por pouco tempo, sabe bastante sobre o estresse. Talvez demais. Enquanto discutimos o estresse e a fadiga do metal sem suar a camiseta, o lado humano da equação do estresse muitas vezes não está na conversa. Barulho. Calor. Vibrações. Ventos. Agricultores fazendo fila na pista. Uma invasão repentina de insetos que estão devastando uma plantação. Os preços dos combustíveis disparando. Um pássaro que errou a hélice, mas tirou a pá do ventilador da bomba. Despertador às 4 da manhã. Voando 16 horas por dia.
Levando um piloto novato a bordo para uma primeira safra. A lista continua, com todos esses itens e muitos outros sendo fatores que contribuem para aumentar os níveis de estresse. É o suficiente para tirar o fôlego, mas é apenas parte integrante do negócio, e algo que você precisa tolerar. Será? Cada vez mais estamos descobrindo que o estresse é um problema pandêmico por si só, não apenas na aviação agrícola, mas na população em geral. O estresse está relacionado à seis principais causas de morte: doenças cardíacas, câncer, doenças pulmonares, acidentes, cirrose hepática e suicídio. Tal como acontece com muitas coisas, há boas e más notícias. Como acabamos de cobrir um pouco das más notícias que acompanham o estresse, é hora de boas notícias. O estresse não é totalmente ruim. De fato, em níveis baixos, é benéfico para nos ajudar a ficar alertas e atentos a possíveis problemas que surjam em nosso caminho. Juntamente com isso está o fato de que podemos gerenciar o estresse com algumas dicas e técnicas. E mais uma boa notícia. Não é preciso tanto tempo para se livrar do estresse quanto para acumulá-lo. Então, o que é esse mal frequentemente mencionado chamado estresse. É fácil saber quando nos sentimos estressados. Dores de cabeça, ombros tensos, dificuldade para dormir à noite, temperamento um pouco curto, ficar chateado com problemas relativamente menores. Estes são os sinais visíveis e muito aparentes de que estamos subindo a escada do estresse. ➤
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Depois, há os sintomas médicos que muitas vezes desconhecemos. A respiração, a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam à medida que seu corpo responde inconscientemente e automaticamente à causa (estressor) de fontes internas e externas. Sua temperatura aumenta, os vasos sanguíneos se contraem, seu metabolismo acelera, tudo cortesia de uma resposta evolutiva ao perigo, real ou percebido. Certa vez ouvi este sistema de resposta automática descrito como um aparelho antigo rodando software desatualizado. Ótimo para ter quando você está vivendo na selva e tem que se preocupar com predadores que podem vê-lo como jantar. Não é tão bom quando você vive no mundo moderno, onde os estressores geralmente são tanto psicológicos quanto físicos. Quantas pessoas que normalmente não se envolvem em falar em público se sentem à vontade para fazer um discurso na frente de um grande público e, em vez disso, ficam estressadas ao máximo pensando no próximo evento, em vez de esperar por uma experiência revigorante e satisfatória? Ok, tudo bem, mas o que diabos tudo isso tem a ver com voar? O desempenho de qualquer tarefa está diretamente relacionado ao nosso nível de estresse. Se estiver muito baixo, estamos propensos a não prestar atenção e, consequentemente, ter um desempenho ruim. À medida que o estresse sobe para um nível aceitável, ficamos mais motivados e focados e tendemos a ter um bom desempenho. Se os níveis de estresse aumentam muito, ficamos preocupados a ponto de nosso desempenho ser degradado. Levar isso para a lavoura significa que, embora nossa capacidade de pilotar fisicamente a aeronave não seja diretamente afetada pelo estresse, nosso julgamento e nossa capacidade de resolver problemas serão bastante comprometidos à medida que o nível de estresse aumentar. Cada indivíduo tem suas próprias respostas específicas ao estresse, com sinais e sintomas concomitantes que destacam o aumento dos níveis de estresse. Os sintomas incluem exaustão e fadiga, ansiedade, problemas digestivos, irritabilidade e negatividade, entre outros. Reconhecer isso é um bom primeiro passo no gerenciamento do estressor associado.
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Outro eliminador de estresse comprovado inclui ter sua operação bem organizada e bem preparada para a safra. Muito pode ser feito durante a entressafra para garantir que você tenha tudo o que precisa, em termos de pessoal, equipamentos e procedimentos operacionais padrão, para realizar o trabalho com segurança e eficácia. Além disso, certifique-se de que todos os membros da sua tripulação sejam totalmente treinados, não apenas em seus trabalhos principais, mas também em como estabelecer e manter um ambiente de trabalho seguro em torno das aeronaves. O gerenciamento eficaz do tempo é outra chave para ajudar a manter o estresse em níveis aceitáveis. Se você está sobrecarregado com coisas para fazer e sente que está correndo o mais rápido possível apenas tentando ficar à frente do tsunami que se aproxima, faça uma pausa na ação e revise o que está fazendo e quais recursos adicionais você pode ter para manter as leituras de temperatura e pressão no verde. O estresse e sua prima mal-educada, a fadiga, são frequentemente citados como fatores causais nas investigações de acidentes. Mas o estresse é muito difícil de quantificar porque não temos um padrão firme de medição do estresse. Não seria ótimo ter um smartwatch que indicasse claramente os níveis de estresse com faixas verdes, amarelas e vermelhas? Dessa forma, não apenas poderíamos nos automonitorar, mas outros membros da tripulação também poderiam ficar de olho em problemas. Outro fator comum quando se trata de investigações de acidentes é o fato de que muitos acidentes não são causados por um único evento, mas sim por uma série de eventos. É um ciclo vicioso em que o estresse de um problema causa uma crise de tempo, e isso, por sua vez, afeta o próximo problema e assim por diante. Como diz o velho ditado, "Quando você está com jacarés até o pescoço, é difícil lembrar que seu objetivo original era drenar o pântano." Preparar-se para o trabalho e ao mesmo tempo tomar um tempo para relaxar quando o medidor de pressão pessoal está no nível de advertência, pagam enormes dividendos. Não é algo fácil de fazer (malditos jacarés), mas vale muito a pena.
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Base operacional da Produtiva Aeroagricola. A empresa está há dez anos prestando serviços de aplicação aérea no principal polo sucroalcooleiro do mundo.
Combatendo incêndios no complexo sucroalcooleiro brasileiro Por Lucas Zanoni 20 | agairupdate.com | Português
Thrush 510G da Produtiva durante operação de combate aérea a incêndio. A empresa tem prestado serviços a associações de produtores locais e a prefeituras.
A Produtiva Aeroagrícola é uma empresa de aplicação aérea localizada em São Joaquim da Barra, no norte do Estado de São Paulo, maior polo produtor de etanol e açúcar do mundo. Incorporada há 10 anos por Marino de Andrade Neto, piloto agrícola desde 1991, a empresa possui uma frota
de seis aeronaves: três Ipanemas 202A, um Cessna Agtruck, um AirTractor 402A e um Thrush 510G. Marino começou a atuar no combate a incêndios com seus aviões turbo principalmente na lavoura de cana-deaçúcar, operando caixas de alijamento convencionais. ➤ Volume 23 Número 00 | agairupdate.com | 21
Thrush 510G com uma comporta hidráulica 13". Marino destaca que a versatilidade do equipamento é uma característica crucial para os operadores do estado de São Paulo, que muitas vezes intercalam o trabalho de aplicação de pesticidas com o de combate a incêndio
Ele nos contou um pouco sobre a evolução de seu trabalho: “Trabalhamos no desenvolvimento do mercado, pois percebemos que poderia haver demanda e isso está se consolidando agora. Também divulgamos bastante a atividade de combate a incêndios, diretamente aos clientes, bem como nas redes sociais. Atendemos produtores rurais individuais, associações de produtores, usinas de cana-de-açúcar e prefeituras. Ainda não implantamos plantões com jornada diária ou com um mínimo de horas, mas estamos tentando conscientizar os clientes dessa necessidade. Por enquanto, estamos trabalhando sob demanda”. Um dos serviços prestados no ano passado na região de Morro Agudo (a 30 km de sua base), onde a empresa foi contratada por dois dias pelo sindicato de agricultores locais. Além de produtores rurais, a operação contou com o apoio de empresas do 22 | agairupdate.com | Português
agronegócio da região, corpo de bombeiros e da defesa civil municipal e estadual. Como havia áreas de difícil acesso, o trabalho da aeronave foi fundamental para o sucesso. Em 2021, Marino instalou sua primeira comporta para incêndio, em seu Thrush 510G. A aeronave foi a segunda dessa marca no país a ter instalado o equipamento hidráulico da fabricante brasileira. A empresa ajudou a Zanoni a desenvolver a tecnologia: “O Sergio e o Lucas Zanoni ficaram dois dias aqui, fazendo os ajustes necessários para instalar a comporta na nossa aeronave. Foi um novo desenvolvimento e está nos atendendo bem. Além de melhorar bastante o descarga em relação a uma caixa de alijamento comum, o equipamento fica na aeronave para o trabalho de pulverização. Esse é um elemento fundamental para empresas de aplicação aérea, pois trabalhamos quase o ano todo também com operação agrícola”.
Marino Neto, piloto agrícola há três décadas, destaca o papel fundamental da publicidade realizada por empresas de aplicação aérea, ajudando assim o desenvolvimento do mercado de combate aéreo a incêndios no Brasil.
Thrush 510G da Produtiva durante operação de combate aérea a
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incêndio. A empresa tem prestado serviços a associações de produtores locais e a prefeituras.
A exemplo de outros operadores da região, a Produtiva foi incentivada a trabalhar com combate a incêndios pelo setor da cana-de-açúcar. Os agricultores e as usinas estão começando a investir na contratação desse tipo de serviço para proteger seu patrimônio. O resultado tem sido não apenas a redução das perdas financeiras, mas ganhos para a sociedade como um todo. Além de reduzir a emissão de gases poluentes na produção dessas commodities, as aeronaves agrícolas também passaram a auxiliar no combate a incêndios em reservas florestais (privadas e públicas), tornando-se uma ferramenta fundamental para a defesa natural e para uma agricultura sustentável.
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“Que não haja incêndios, mas se houver, daremos nosso melhor para contribuir no combate e com isso minimizar as perdas”. O lema da empresa é uma ótima representação do que o setor da aviação agrícola vem fazendo no Brasil. Volume 23 Número 00 | agairupdate.com | 23
SINDAG
ATUALIZAÇÕES DO SINDAG
Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola
Lançada a contagem regressiva para o Congresso AvAg 2022 Cerimônia em Sertãozinho reuniu diversas autoridades do município paulista e foi marcada por agradecimentos e expectativas para o evento que ocorre em julho O Sindag e a Prefeitura de Sertãozinho, no interior paulista, lançaram no dia 20 de abril a contagem regressiva oficial para o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg) 2022. A solenidade ocorreu no Centro Empresarial Zanini, parte sul da cidade – ao lado do pavilhão de 12 mil metros quadrados que sediará o encontro aeroagrícola de 19 a 21 de julho. Este ano, o evento festeja ainda os 75 anos da aviação agrícola brasileira (em um setor que já é centenário no mundo) e assinala o retorno de sua programação presencial, depois de duas edições virtuais devido à pandemia da Covid-19. A lista de autoridades presentes teve o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, e o prefeito Wilson Fernandes Pires Filho (Dr Wilsinho). Junto com eles estavam o vice-prefeito Ricardo Almussa e os secretários de Desenvolvimento Econômico, Henrique Gomes, e de Cultura e Turismo, Marcelo Pelegrini. Além do vereador Antônio Marcolino, que representou a Câmara Municipal, e do representante da empresa CSA Aero Engines, Luciano Cruz (patrocinadora do Congresso AvAg). A movimentação contou ainda com representantes do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceisbe BR), Conselho Municipal de Turismo (Comtur), da Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho (Acis), além do Sebrae/SP e do Senai, bem como entidades de ensinos superior e técnico do município e outras instituições parceiras. 24 | agairupdate.com | Português
DISCURSOS O presidente Thiago Silva agradeceu a acolhida de Sertãozinho mais uma vez a evento do Sindag e destacou que dois dos hotéis oficiais do Congresso AvAg já estão com reservas esgotadas para julho. “E logo o terceiro hotel também terá lotação esgotada”, completou. O dirigente aeroagrícola destacou ainda a boa acolhida que o Sindag teve nos dois dias anteriores, em uma rodada de conversas com órgãos de imprensa na capital paulista, onde também divulgou o evento. “O mundo está de olho na aviação agrícola brasileira. A Air Tractor (fabricante norte-americana de aviões agrícolas) produz anualmente 190 aviões, dos quais cerca de 70 vêm para o Brasil. Ela já está com as vendas completas para o ano que vem e, quem quiser uma aeronave nova, agora precisa esperar até 2024”, ressaltou Silva. “Só com base na expectativa de crescimento do agro nos próximos anos no Brasil, já teríamos uma demanda de pelo menos mais 1 mil aeronaves agrícolas em campo”, ponderou, sobre importância da vitrine do Congresso AvAg. “Obrigado a sertãozinho por acolher a aviação agrícola”, arrematou Silva. O representante da CSA seguiu na mesma linha, reforçando a importância do trabalho de fomento à melhoria contínua promovido pelo Sindag no setor aeroagrícola. E, daí, a importância do Congresso AvAg para a troca de informações e para as empresas fornecedoras poderem auxiliar nesse fomento, fortalecendo todo o agro. “Se o Brasil não plantar, a China não come”, resumiu Luciano Cruz, sobre o protagonismo do campo brasileiro para o mundo.
SINDAG
Aponte a câmera do smartphone para conferir as fotos da solenidade em Sertãozinho
Já o prefeito Dr Wilsinho ressaltou que o desenvolvimento de tecnologias e a inteligência no campo também têm uma importância social muito forte para o Município e região. “Além de produzir alimentos, representa, entre outras coisas, oportunidade de trabalho para os jovens.” Wilsinho também lembrou o pioneirismo da paulista Ada Rogatto e da uruguaia Mirta Vani – respectivamente, as primeiras mulheres pilotos agrícolas no Brasil e no mundo. “E agradecemos por estarmos nos tornando uma referência nacional no setor”, concluiu.
THIAGO MAGALHÃES: presidente do Sindag agradeceu a acolhida de Sertãozinho e destacou lotação antecipada de parte dos hotéis para o evento, além da boa acolhida que a entidade teve em uma rodada de dois dias conversas com a imprensa na capital paulista
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Como Fazer Uma Projeção De Serviços Para Sua Empresa
As projeções de mercado são ideais para empresas que estão em fase inicial, em busca de consolidação no segmento.
Projeção de serviços e previsão de serviços. São muitos os nomes já conhecidos que definem o que é a previsibilidade da receita. Trabalhar sem ter uma dimensão exata desse critério é bastante desafiador, pois impede o gestor de identificar onde estão os possíveis gargalos e de mensurar com precisão os resultados alcançados. Nesse sentido, podemos dizer que a projeção de serviços é o grande pilar do planejamento de todo um negócio. É esse critério que vai indicar, por exemplo, se é necessário contratar mais funcionário, se o momento é mesmo o ideal para
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uma expansão, quais áreas precisam estar melhor alinhadas, entre outros insights valiosos. Mas vale lembrar que a previsão de serviços é uma grandeza que varia conforme a empresa aero agrícola. Primeiramente porque isso dependerá das metas e perspectivas de cada uma. E, em segundo lugar, porque nem todas as empresas contam com os mesmos recursos para avaliar a projeção. O aparato tecnológico que possibilita trabalhar com a inteligência de dados é um fator decisivo nesse processo, pois otimiza a análise dos indicadores-chave para fazer um diagnóstico da empresa. ➤
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As projeções de mercado são ideais para empresas que estão em fase inicial, em busca de consolidação no segmento. Nesse tipo de análise, é possível compreender melhor o potencial do mercado e a probabilidade de o seu público-alvo nesse caso, a análise de concorrência também é fundamental.
Um funil bem desenhado e ajustado é um dos dispositivos que mais ajudam a entender a projeção de serviço. Isso porque, quando o funil está devidamente estruturado, é possível prever as conversões por etapa e ter uma visão mais realista de todo o processo comercial.
Projeções baseadas em recursos baseiase na capacidade de produção de uma empresa em determinado período de tempo. Trata-se de uma análise muito comum no segmento industrial. No entanto, há riscos associados, como gerar produção excedente caso haja queda na demanda devido ao contexto do mercado naquele momento. Uma previsão de vendas eficiente e realista precisa, antes de tudo, contar com um rigoroso trabalho de dados. Afinal, como vimos, o tratamento das informações comerciais é que permitirá ter uma visão mais exata da previsibilidade dos serviços. Isso impede que os gestores trabalhem sem essa base de dados ou que desconheçam as perspectivas de seu próprio negócio. Especialmente se a sua empresa já atua no mercado há bastante tempo, não deixe de olhar para o histórico dos serviços na intenção de compreender o que aqueles resultados estão dizendo. Aspectos como a performance do coordenador de área, o impacto de alguma ação de Marketing ou algum tipo de sazonalidade geram insights valiosos para pensar o planejamento estratégico e redirecionar os esforços do seu time sempre que necessário. Saber qual é a sua participação no mercado também é algo importantíssimo do ponto de vista das projeções de serviços. Afinal, se você focar seu olhar apenas dentro da sua empresa, isso pode acabar gerando uma projeção distorcida. É preciso avaliar o mercado de forma mais ampla, com atenção especial às empresas do mesmo segmento, de modo a evidenciar tendências e replicar padrões de sucesso.
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A análise dos concorrentes tem tudo a ver com o que falamos acima. Procure entender o que eles estão planejando e como você pode acompanhar as tendências do setor com os recursos que a sua empresa dispõe. Fatores como novos investimentos, ampliação de quadro de funcionários e expansão de base operacionais são indicativos importantes sobre o concorrente e o potencial dessa empresa no mercado. Um funil bem desenhado e ajustado é um dos dispositivos que mais ajudam a entender a projeção de serviço. Isso porque, quando o funil está devidamente estruturado, é possível prever as conversões por etapa e ter uma visão mais realista de todo o processo comercial. Sobretudo em serviços complexos, nas quais o ciclo é mais longo, entender essa previsibilidade é fundamental para traçar estratégias de conversão compatíveis. Os avanços trazidos pela transformação digital encontram terreno fértil no universo dos serviços B2B, potencializando a análise de dados que vão levar a projeções mais eficientes. O desafio da previsibilidade para muitas empresas é, justamente, a baixa acurácia dos dados presentes em seus CRMs ou planilhas descentralizadas. Nesse sentido, uma ferramenta inteligente integrada ao CRM representa o que há de mais inovador para uma projeção realista. Trabalhando com a confiabilidade das estatísticas, fica fácil fazer uma projeção de serviços eficiente e estruturar o funil conforme a jornada que seu smart lead percorre até o fechamento do negócio. A identificação dos smart leads, inclusive, também se dá pelo software, por meio de uma qualificação aprofundada que identifica o grau de maturidade de cada lead que chega ao funil. Assim, as equipes ganham tempo priorizando as oportunidades que realmente têm, o que acelera as conversões e mantém sempre atualizada a projeção de serviços.
Certificação Aeroagrícola Sustentável – CAS: O Programa de Boas Práticas para a Tecnologia de Aplicação Aérea do Brasil A aviação agrícola possui um papel fundamental no aumento de produtividade das lavouras. O Programa CAS (Certificação Aeroagrícola Sustentável) teve início no Brasil em 2013 como uma certificação voluntária para operadores aeroagrícolas com o foco na tecnologia de aplicação aérea. O objetivo central do programa é incentivar a capacitação e a qualificação das empresas de aviação agrícola e de operadores aeroagrícolas privados, dentro do conceito de boas práticas agrícolas, reduzindo os riscos de danos ao meio ambiente. O CAS é realizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF) sob a supervisão de professores e pesquisadores de universidades, especialistas em tecnologia de aplicação aérea e boas práticas agrícolas. O programa conta com o patrocínio da CropLife Brasil e apoio de inúmeras instituições ligadas ao agronegócio que valorizam as empresas portadoras da certificação CAS.
PREMISSAS São premissas para um operador aeroagrícola ser certificado pelo CAS: Possuir certificado de conclusão do Curso CAS de “Boas Práticas na Aplicação Aérea de Produtos Fitossanitários”; Obter desempenho satisfatório na auditoria de boas práticas (Checklist CAS); Operar com procedimentos dentro dos requerimentos de Boas Práticas do CAS. O curso de “Boas Práticas na Aplicação Aérea de Produtos Fitossanitários” objetiva incentivar a qualidade técnica das aplicações aéreas e a responsabilidade ambiental. O programa prevê que o curso seja oferecido em dois módulos (“Qualidade da tecnologia de aplicação” e “Planejamento e responsabilidade ambiental”), com uma carga horária total de 16 horas. 30 | agairupdate.com | Português
A conformidade de equipamentos e instalações é a segunda etapa do processo. A empresa ou operador deverá comprovar a conformidade, a funcionalidade e a qualidade dos equipamentos de pulverização e das instalações utilizadas, a partir de uma inspeção realizada a campo.
POR QUE SE CERTIFICAR? A aviação agrícola tem sido alvo de muitas tentativas de restrição e proibição, e este processo prejudica o setor. Muitos municípios no Brasil, ou mesmo estados, passaram a propor leis de restrição à aplicação aérea num processo nem sempre embasado em dados técnicos, mas por motivações mais políticas do que agronômicas. Esse movimento é reforçado por publicações de opiniões de leigos sobre a atividade, o que reforça mitos e traz desinformação à agricultura. Nesse contexto, a certificação foi uma das ferramentas idealizadas pela Academia (universidades e pesquisadores) para auxiliar o setor aeroagrícola a se estruturar, se qualificar e se capacitar para oferecer serviços com segurança, responsabilidade e sustentabilidade.
O processo de certificação aumenta a qualidade nas aplicações aéreas de produtos fitossanitários e resulta na manutenção da qualidade dos alimentos e redução dos impactos ambientais, o que demonstra que há um ganho importante para a sociedade em geral. Com isso, toda a cadeia se beneficia, tanto aplicadores como produtores. No caso dos aplicadores: a certificação dos operadores vai melhorar a qualidade dos serviços prestados e a segurança ambiental, gerando credibilidade na sociedade em relação à pulverização aérea. Do lado do produtor, ele garante uma propriedade sustentável que não terá problemas de contaminação e custos elevados com produtos já que a aviação aeroagrícola promove precisão na aplicação. Durante a escolha de uma empresa prestadora de serviço aeroagrícola, fatores importantes devem ser observados como: qualidade do serviço prestado, legalidade e segurança ambiental. Neste quesito, o CAS tem auxiliado as empresas e produtores, fornecendo subsídios para uma escolha técnica e não somente financeira. Em outras palavras, é um grande diferencial de mercado e uma resposta à sociedade quanto à qualidade e segurança ambiental dos serviços prestados.
O CAS EM 2022 O CAS iniciou o ano de 2022 com força total. Após quase dois anos com algumas restrições estabelecidas pela pandemia de Covid-19, as atividades voltaram a normalidade. O programa conta atualmente com 61 empresas certificadas, sendo 18 no estado de SP, 11 no estado de GO, 9 no MS e no MT, 7 no RS, 3 em MG e 1 no PR, TO BA e AL.
Nos primeiros meses de 2022, um total de 18 empresas já foram visitadas para aplicação de questionários sobre as ações de boas práticas nas aplicações, sendo 12 empresas em SP, 5 em GO e 1 em MG. Estas visitas representam 30% da base certificada pelo CAS, sendo que muitas dessas empresas estão neste momento em processo de renovação de sua certificação. Nos meses de abril e maio, as empresas dos estados de MT (7) e RS (6) também receberão as visitas da equipe técnica do CAS. Além da renovação da certificação, essa retomada das visitas tem se caracterizado também pela abertura de oportunidades de reaproximação com as empresas certificadas, reforçando os conceitos de boas práticas e coletando sugestões para o avanço e aprimoramento do programa. Em março deste ano o CAS também foi destaque no cenário da tecnologia de aplicação com a participação de toda a sua equipe profissional com um stand em exposição no X Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação (X SINTAG), em Porto Alegre/RS. A meta do CAS para 2022 é visitar todas as empresas certificadas, realizando a renovação da certificação e coletando informações sobro o processo de boas práticas nas aplicações. Além disso, serão ministrados novos cursos de boas práticas para o atendimento de uma demanda cada vez maior, incluindo um atendimento especial aos operadores privados. Outro ponto de relevância tem sido as articulações com o setor produtivo objetivando valorizar ainda mais as empresas que buscam se qualificar no quesito de boas práticas, gerando maior valor no seu reconhecimento frente ao mercado consumidor das aplicações. ➤ Volume 23 Número 00 | agairupdate.com | 31
COMO SE CERTIFICAR
CAS DRONES
O processo de certificação CAS pode ser solicitado a qualquer momento pelos operadores aeroagrícolas que já participaram e foram aprovadas no “Curso de boas práticas em aplicação aéreas do CAS”. Após a solicitação e o pagamento da taxa de certificação, a equipe CAS realiza a auditoria de boas práticas (Checklist CAS), com avaliação detalhada dos processos de boas práticas nas operações aeroagrícolas.
Operadores privados e prestadores de serviços de aplicação com drones também podem participar do CAS. Assim como nas demais ações realizadas pelo CAS, o Programa CAS Drones tem como fundamento a capacitação e a qualificação de operadores de drones dentro dos conceitos de boas práticas na aplicação dos produtos fitossanitários.
Os cursos da Certificação CAS são realizados com agenda prévia definida e divulgada pela equipe do CAS, de acordo com a demanda do mercado (em caso de interesse, entre em contato). Podem participar do curso o sócio/proprietário da empresa, um de seus pilotos, o engenheiro agrônomo ou o técnico agrícola responsável. 32 | agairupdate.com | Português
CONTATO Para participar e conhecer melhor as ações do CAS e as empresas certificadas, acesse: https://www.cas-online.org.br Em caso de dúvidas, entre em contato com a equipe do CAS por e-mail (danielle@fepaf.org.br) ou pelo WhatsApp (14) 997111434.
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DE OPERADOR PARA OPERADOR
Marcos Antonio Camargo Sócio Diretor da ITAGRO e ItagroAgro
Quando o cliente pede a pior aplicação possível?
Quando meu piloto chefe ouviu que precisávamos fazer a pior aplicação aérea possível, abriu um sorriso pálido, ajeitou-se na cadeira e de pronto ponderou que na nossa empresa isso não seria possível pois sempre trabalhamos buscando a excelência, praticamos as boas práticas com responsabilidade técnica e tudo mais. Calma, eu explico, disse-lhe. Vamos ter que fazer uma péssima aplicação em parte da nossa lavoura de soja, num talhão de aproximadamente 100 ha, pois a coisa está realmente complicada, a cultura está totalmente desuniforme e as invasoras estão acima do dossel, precisamos aplicar ao mesmo tempo proteger as plantinhas de azevém e aveia que já germinaram, estamos numa verdadeira “sinuca de bico” e precisamos resolver o problema.
O que aconteceu? Após um período prolongado de seca e temperaturas altas em todo o sul do Brasil, as lavouras não cresceram suficientemente e não fecharam as linhas, 34 | agairupdate.com | Português
o que mais a frente foi determinante para que as lavouras, de um modo geral, ficassem sujas após as capinas químicas iniciais. As lavouras que foram “premiadas” com chuvas ocasionais, normalmente pela formação de cumulonimbus, voltaram ao seu estágio vegetativo, ocasionando o que na gíria agronômica se chama “soja louca” tendo o seu ciclo alongado por uma alteração fisiológica e tendo sua maturação totalmente desequilibrada, enfim seu ciclo ficou alterado, ocasionando alguns problemas pontuais. Como usamos a técnica de sobre-semeadura de aveia e azevém com a soja na sua fase final, no estágio de maturação, na senescência ao cair das folhas, ganhamos com isso tempo substancial na implantação das pastagens de inverno. Ocorre que, após fevereiro, as chuvas voltaram de forma abundante fazendo as sementes dessas gramíneas germinarem de forma muito satisfatória, porém as invasoras também tiveram sua germinação ativada em virtude da insolação e umidade neste período, tornando as lavouras extremamente sujas em sua fase terminal. ➤
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Se fizéssemos uma dessecação normal através de glufosinato iríamos prejudicar as plantas de azevém e aveia, comprometendo também a pastagem já implantada, que estavam apresentado um ótimo desenvolvimento. Após consulta à área técnica decidiu-se aplicar um maturador fisiológico que iria controlar as folhas largas e causar injurias severas às folhas estreitas, porém se fosse aplicado nas plantinhas semeadas também iria causar problemas e comprometer todo o trabalho já realizado. Não podíamos aplicar e “pegar” a pastagem lá embaixo, ao nível do solo. Realmente uma situação difícil de ser resolvida com uma aplicação normalmente usada.
O que fazer? Vamos fazer uma péssima aplicação!!! Após definirmos dosagens e técnica de aplicação chegamos a conclusão que iriamos precisar de um vento moderado do quadrante sul, para evitar deriva em áreas vizinhas, usaríamos baixa taxa de aplicação, gotas extremamente grossas, voaríamos mais alto que o habitual para uma aplicação aérea, buscando com isso um ângulo de 45º na faixa de deposição efetiva, contando com o efeito “guarda-chuva” que a própria cultura da soja e as invasoras mais altas iriam propiciar, protegendo as plantinhas de azevém e aveia rente ao chão. Voaríamos com aeronave Air Tractor para fazermos o mais rapidamente possível observando os parâmetros previamente definidos. Esperamos por 3 dias para que as condições metereológicas fossem adequadas quanto ao vento. As 11 horas da manhã ele soprou na intensidade adequada para aquela aplicação. Após fazermos fumaça no centro da área, munidos de rádio de comunicação autorizamos a decolagem, e logo nas primeiras passadas brincamos com o piloto que sairia 36 | agairupdate.com | Português
da área pois a “chuva” de gota grossa iria quebrar o parabrisa da camioneta. Isso nos leva a reafirmar uma máxima aprendida durante muitos anos como aplicador “Sempre tem o jeito certo de fazer as coisas, as vezes é não fazer”, ou seja, muitas vezes precisamos esperar a condição ideal para uma péssima (nesse caso específico) ou para uma ótima aplicação (o que visamos sempre). É preferível em condições que não sejam as ideais não aplicar do que correr riscos com uma aplicação deficiente. Já perdemos cliente no afã de atendê-lo, pois o resultado não foi o esperado. Com a postura de não aplicarmos em algumas situações, preservamos a integridade da empresa e a confiança do cliente em nosso trabalho fica reforçada a sua confiança. Conhecimento técnico também é fazer a coisa certa na hora certa.
Resultado Conseguimos fazer a “péssima aplicação” de que precisávamos, emparelhamos a soja para colheita que, mesmo com as adversidades do tempo foi ótima, exterminamos as folhas largas como buva, picão, caruru e outras tantas invasoras, e de quebra estamos com as pastagens implantadas prontas para o uso, é só concluirmos a colheita e o gado seguirá utilizando a área. Dessa forma conseguimos ganhar 40 dias de pastejo. Como dizia o Tio Patinhas, tempo é dinheiro.
Conclusão Em muitas ocasiões os aviões são acionados para resolver problemas onde a situação já está praticamente fora de controle e a produção seriamente comprometida, mesmo quando acionados como bombeiros para literalmente “apagar o fogo”, a aplicação aérea quando bem planejada e executada é fator determinante para uma boa produtividade, é uma ferramenta fundamental para incrementos à produtividade e salvaguardarmos dos nossos cultivos.
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O que é um transtorno de somatização e como tratá-lo? Já ouviu o termo: O corpo fala? Pois é, nosso corpo responde o que a boca não pode dizer! O transtorno de somatização, ou também conhecido como doenças psicossomáticas, são alguns distúrbios que podem nos atingir muito mais do que imaginamos. Tratam-se de sintomas físicos relacionados a doenças que começam na nossa mente; isto é, dores emocionais que se traduzem no nosso corpo. Segundo Feijó (1998), "somos nossos próprios corpos", pois ele é o local das percepções e o equipamento físico que utilizamos para expressar e comunicar nossas sensações. Nosso corpo responde continuamente a alterações emocionais tanto positivas quanto negativas, porém, quando uma emoção negativa, ocorre em episódios repetidos ou durante longos períodos, como por exemplo, estresse emocional e ansiedade crônica. O corpo pode se sentir estagnado, perdendo sua capacidade de adaptação a diferentes estímulos e com isso o surgimento de doenças psicossomáticas torna-se muito mais propícias (Lederman, E. (2001). Doenças de fundo emocional são estudadas há muito tempo pela psicologia. A psicossomática é um tema fascinante e trata da intercomunicação mente x corpo, os problemas de somatização, por sua vez, normalmente envolvem a clínica médica. Os sintomas envolvem os diversos órgãos 38 | agairupdate.com | Português
e sistemas, como por exemplo, dores no peito (sistema cardiovascular), falta de ar (sistema respiratório), cólicas abdominais (sistema gastroenterológico ou ginecológico), e assim por diante. Todos esses sintomas psicorreativos são reversíveis e não obedecem à realidade orgânica ou à fisiologia médica conhecida. Eles obedecem sim, à representação emocional que o sujeito tem de seus conflitos, de seu corpo e de seu funcionamento. Através dessa representação sintomática nada fisiológica podemos observar uma perda total da visão sem que o reflexo fotomotor se encontre alterado, ou uma lombalgia com exames neurológicos normais, tonturas com exames otoneurológicos normais e assim por diante. Vale acrescentar que nenhum desses sintomas tem algo a ver com a simulação, tratando-se, pois, da comunicação corporal de um conflito ou mobilização emocional. É a expressão de uma necessidade psicológica onde os sintomas não são voluntariamente produzidos e não podem ser explicados, após investigação apropriada, por qualquer mecanismo clínico conhecido.
O que provoca uma doença psicossomática? Inabilidade social, dificuldade em expressar seus sentimentos e necessidades, angústia, medos, raiva, depressão, ansiedade, fobias, enfim, todo sofrimento emocional debilita a pessoa como um todo. Há casos de pessoas que se trataram por
anos com remédios para hipotiroidismo. Até que em psicoterapia descobre-se que esta pessoa se entregava muito mais do que recebia nos relacionamentos. Uma troca desigual. Se a pessoa mantiver essa “doação de si mesma” exagerada com o marido, família, amigos, todo mundo fará seu corpo adoecer. Em pesquisa pessoal recente e aleatória, encontrei duas teses da Fiocruz sobre o tema: “Ciência pós-normal, muitos pilotos apresentam sintomas fisiológicos e psicossociais, sintomas psicológicos, tais como: estresse, ansiedade, impaciência, problemas de concentração, sensação de cansaço, dificuldade para dormir. Também podem trazer consigo sintomas físicos, como: dores de cabeça, baixa imunidade, queda de cabelo, insônia, falta de ar, problemas no estômago, tonturas.
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Como obter ajuda diante da somatização? A terapia resolve, isso é fato. Mas ela não é suficiente. Para que isso não ocorra, para evitar que mais e mais funcionários sejam afastados, para que eles estejam sempre motivados, para que
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possam trazer o resultado esperado, é necessário que sejam feitas campanhas motivacionais na empresa. Uma pessoa pode se beneficiar muito com tratamento psicoterápico individual, grupal ou familiar. Espera-se melhora na qualidade de vida através de comportamentos mais adaptados, pensamentos mais racionais e uma melhora na inteligência emocional como um todo. Um piloto pode realizar psicoterapia... é um investimento, um valor que você “aplica” em você mesmo e recebe retorno, normalmente muito maior do que o investido, em forma de atitudes mais sensatas e adaptadas. *Lederman, E. (2001). Fundamentos da Terapia Manual - Fisiologia, Neurologia e Psicologia. São Paulo: Manole Feijó, O. G. (1998). Psicologia para o Esporte - Corpo e movimento. 2ª ed. Rio de Janeiro: Shape. Volume 23 Número 00 | agairupdate.com | 39
Falconer Mantenimiento Realiza Evento de Combate a Incêndios A Falconer Mantenimiento promoveu o primeiro e maior evento relacionado ao Combate Aéreo a Incêndios já visto na região.
“Estamos muito orgulhosos de promover um evento assim, compartilhando-o com tantos amigos e colegas” - Roberto Tomassoni.
Eram 100 convidados reunidos. Cerca de 30 deles eram pilotos que fizeram o curso teórico para obter suas respectivas licenças e habilitações técnicas. Do outro lado, estavam alguns outros expositores em seus estandes, exibindo dispositivos, equipamentos e ferramentas usadas na atividade.
Houve uma demonstração aérea, com um AT-502B executando alguns lançamentos, nos quais foi mostrado o uso de retardantes químicos e espuma. A empresa encarregada do desenvolvimento destes produtos é a Laboratorios NOVA S.A.
Empresas de países vizinhos como o Chile, Uruguai e Paraguai se encontraram aqui. Inspetores da ANAC (da Argentina) também participaram do evento.
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Quatro tanques tipo “cebola” - “onion tanks” - foram desenvolvidos e trazidos pela empresa Rappachiani Lonas, os quais podem armazenar 30, 20, 15 ou 12 mil litros, para carregamento nas aeronaves.
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LOW AND SLOW - “BAIXO E DEVAGAR”
Mabry I. Anderson | Uma História da Aviação Agrícola por Quem a Viveu
A Migração para o Oeste — Capítulo 3 – Parte 2
O piloto Brown, de pé na carenagem de um Standard equipado com rotores ICD, Califórnia, 1934.
Durante os anos de pioneirismo no Texas, equipamento ruim e inseticidas inferiores eram os problemas. Em uma entrevista concedida em 1955, Holland Porter, um grande plantador da cidade de Bryan, falou daqueles dias. “Lá por 1926”, ele recordou, “meu pai e alguns de seus vizinhos contrataram uma empresa de aviação para vir combater as lagartas-militares que estavam comendo o algodão. Tínhamos intoxicado todas as mulas e cavalos da fazenda e quebrado todas as correntes das antigas máquinas de aplicar veneno. As lagartas estavam acabando conosco e estávamos tentando usar arseniato de cálcio e verde-paris, misturando os dois juntos em uma betoneira. Só que não conseguíamos aplicá-los nas plantas de forma rápida. 44 | agairupdate.com | Português
Problemas com casas “Quando os aviões chegaram, achamos que estava tudo resolvido, mas não! Nós não estávamos prontos para a aplicação aérea. Usávamos umas plantações de alfafa como pistas, mas havia casas em volta das lavouras, além de cercas, linhas telefônicas e um monte de árvores de noz pecan, o que tornava a aplicação difícil e perigosa, especialmente quando os pilotos tentavam trabalhar na volta daquelas casas. Os pilotos daquela época eram bem malucos, tanto no ar como no chão, mas eles conseguiam fazer algumas coisas incríveis com aqueles aviões, e considerando o quão ruim o terreno era, e o quão ineficiente o veneno era, acho que eles se saíram muito bem. Quando eles não estavam voando, eles ficavam trabalhando nos aviões ou iam beber um pouco na cidade.
Este monoplano da Hawke Crop Dusters pulverizava óleo em árvores frutíferas dormentes em 1933. O piloto Bob Streif está em pé sobre a asa enquanto Al Polk ajuda no carregamento. Foto cortesia de George Sanders.
"Porém, à medida que os anos passavam, os pilotos e os aviões melhoraram um monte, mas o veneno não. Continuávamos usando arseniato de cálcio e verde-paris. Matamos algumas vacas, alguns cavalos e talvez até algumas lagartas, e seguimos nessa luta até lá por 1934, sem nada melhor para aplicar. Nós conseguíamos controlar as lagartas das folhas, segurávamos o bicudo um pouco, mas quando a lagarta rosada aparecia, a gente geralmente desistia e deixava elas comerem o que tinha sobrado. "Aí um novo veneno chamado flourine apareceu, ele era para controlar o bicudo e aí o nosso programa de aplicações aumentou tremendamente. Dizia-se que o flourine não era tóxico para o gado nem para as pessoas, e aplicamos um monte dele. Francamente, eu acho que ele também não era tóxico para as lagartas, mas era caro e difícil de conseguir, então é claro que nós o usamos! "Também descobrimos as aplicações de enxofre por essa época. Isso começou quando o Dr. J.C. Gaines, do Departamento de Agricultura, descobriu que os gafanhotos do algodão estavam fazendo tanto estrago quanto as lagartas e os bicudos. O enxofre puro fazia um controle razoável deles, e alguns pilotos começaram a aplicá-lo, apesar dele poder explodir no avião em um dia muito quente! Nunca vimos isso acontecer em nossa fazenda, mas houve casos na vizinhança.
“Fizemos o que podíamos com estes produtos por um bom tempo e finalmente acabamos trabalhando com Gaines e o Dr. B.R. Coad da Delta Air Service, e fazendo um bom serviço apesar dos inseticidas de segunda classe. De qualquer jeito, tínhamos avançado muito em relação aos dias dos polvilhadores em carroças puxadas por mulas, como era antes de 1926”. O vale do Rio Grande e a região da curva costeira do Texas forneceram ampla oportunidade para a expansão da aviação agrícola no Texas. A terra em si é linda de se ver, bem distribuída e dividida como um tabuleiro, parecendo um jardim. As cidades espalhadas pela área são pitorescas, muitas delas com nomes espanhóis que claramente mostram seus laços culturais com o México, que fica logo ali na outra margem do rio. Cidades como San Benito, McAllen, Harlingen, Mercedes, Edinburg, Pharr, Rio Hondo, e Mission são ligadas à aviação agrícola e aqueles pilotos pioneiros amavam aquela terra assim como amam os pilotos de hoje. O povo era amigo, a comida era ótima, a cerveja vinha lá da fronteira do México e a cultura mais descontraída e as mulheres morenas eram atrações irresistíveis para os pilotos. O povo de lá comia huevos del diablo (ovos mexidos com pimenta forte) no café da manhã e os pilotos agrícolas daquela época diziam que eram bons para a digestão! Talvez sim, talvez não, mas o certo é que era uma região boa para a aviação agrícola desde o seu início, e continua sendo. (Continua no mês que vem) Volume 23 Número 00 | agairupdate.com | 45
índice ABA.........................................39 AeroGlobo/Lane Aviation............35 Aero Innovations........................13
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