Homens no poder
Winter 2013
Bond, James Bond
Moda, varejo e consumo
Os calรงados da nova temporada
50 anos a serviรงo de sua majestade
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Vivemos a época do brilhantismo. Todos devem ser geniais, postar comentários super interessantes nas redes sociais, ter comentários hiper perspicazes e opiniões afiadas sobre tudo. No meio de tanta exposição de capacidade intelectual, você já parou para pensar sobre o quanto disso tudo é autêntico? O que estamos criando, inventando, realmente incubando em nossas cabeças individual ou coletivamente - para somar ao mundo que nos rodeia? Olha só, nem sempre a engrenagem da economia/mercado/compra/venda/ varejo/indústria está no seu melhor momento. Nem sempre o cenário está ideal para o surgimento da roda, para as conquistas mais incríveis ou para os feitos mais aclamados. E o que você vai fazer nesse momento? Paralisar? Imaginar que se não é possível ser genial, então não dá? Pelo contrário! Seja qual for o desafio a ser cumprido, simplesmente faça. A Nike diz isso em seu slogan há tempos, e nunca nos pareceu tão real ou necessário. É com atitude, pró-atividade e trabalho duro que chegam muitas das vitórias do nosso dia-a-dia. Tem inspiração, sim, mas muita transpiração! E já que não poderemos transpirar por você, nossa missão então é inspirar. Esta edição registra no calendário que completamos nosso terceiro ano de vida. Há dezoito edições, com 54 capas e mais de duas mil páginas publicadas, a About Shoes vem cumprindo seu papel de apresentar moda, cultura, lifestyle, fotografia, arte, arquitetura, marketing e mais uma série de temas fundamentais, interessantes, divertidos e relevantes. E o ciclo da criação percorre seu caminho. Para produzir essa revista com o padrão de qualidade de design e conteúdo à altura de nossos leitores, garanto que, de nossa parte, há também inspiração. E muita, muita transpiração. Divirta-se, boa leitura! Cristina Pacheco diretora de redação
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www.aboutshoes.com.br No twitter: @about_shoes No instagram: @aboutshoes facebook.com/AboutShoes Direção CriativA Júlio Rossi Castilho julio@aboutshoes.com.br
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Direção de redação Cristina Pacheco cristina@aboutshoes.com.br
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jornalismo Luciane Bohrer luciane@aboutshoes.com.br C
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DESIGN Antônio Corrêa antonio@aboutshoes.com.br
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Homens no poder
Winter 2013
Bond, James Bond
Homens no poder
Winter 2013
Bond, James Bond
Homens no poder
Winter 2013
Bond, James Bond
Moda, varejo e consumo
Os calçados da nova temporada
50 anos a serviço de sua majestade
Moda, varejo e consumo
Os calçados da nova temporada
50 anos a serviço de sua majestade
Moda, varejo e consumo
Os calçados da nova temporada
50 anos a serviço de sua majestade
Capa Winter Foto: Fabian Gloeden Tiragem: 4.500 exemplares
Capa Man Foto: Carlos Contreras Tiragem: 4.500 exemplares
Special Cover Foto: Fabian Gloeden Tiragem: 1.000 exemplares
PRODUÇÃO DE MODA Jaqueline Sperb jaque@aboutshoes.com.br ASSISTENTE DE ARTE Aline Romero aline@aboutshoes.com.br Gerente comercial Patrícia Ferreira patrícia@aboutshoes.com.br ExecutivAS de Contas Sílvia Santos silvia@aboutshoes.com.br Daniela Freitas daniela@aboutshoes.com.br
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Periodicidade: bimestral A revista About Shoes é marca registrada de About Editora Ltda. Rua João Antônio da Silveira, 504 CEP 93510-300 Novo Hamburgo/RS Brasil Fones 51 3239-0311 / 3239-0313 revista@aboutshoes.com.br About Editora é uma empresa comprometida com a responsabilidade ambiental, por isso a revista é impressa com papéis com certificação de manejo florestal responsável. CTP, impressão e acabamento: Gráfica Editora Pallotti
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Financeiro Márcia Dreher marcia@aboutshoes.com.br CIRCULAÇÃO Sandra Klock sandra@aboutshoes.com.br FOTOS DE DESFILES ©Agência Fotosite Colaboradores Ricardo Lange Hentschel, Krika Martinez, Roger e Fabian Gloeden, Marina Seibert Cezar, Gustavo Guedes, Carlos Contreras, Juliana Berwig, Tiago Heckler, Renata Biglia, Clarissa Londero About Shoes não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome de About Shoes ou retirar qualquer tipo de material para produção de editorial caso não tenham em mãos carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada pela diretoria.
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Imagens: Foto editorial preview inverno 2013: Fabian Gloeden (Estudio ORG) | Foto editorial Pix Foto Movimento | Foto editorial masculino: Carlos Contreras (area coletiva)
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| 012 | colunas de ny e paris | 016 | new bags | 018 | insight: a última coluna antes do fim do mundo | 022 | new shoes | 024 | scraps: open toe | 025 | coming soon | 028 | scraps: squared toe | 030 | trends: os calçados e bolsas do alto verão | 038 | pop: amadas e odiadas boy bands | 040 | moda feminina: preview fall winter 2013 | 052 | design: nova consciência nasce do design | 054 | moda: summer at all | 058 | green: prática pura | 060 | movies: inabalado jubileu | 064 | retail: cor, arte e prazer | 066 | fotografia: hermético preenchimento | 067 | sketch: giuseppe zanotti | 068 | moda infantil: warm and funny | 075 | especial masculino | 076 | moda masculina: high summer time | 090 | scraps: mocassim | 092 | marketing: soberano discurso | 096 | man’s trends | 098 | trends: calçados do verão | 100 | style: john varvatos | 102 | man’s list | 104 | retail: homens exclusivos | 106 | must have: fragrância explosiva | 107 | forecast: desfiles internacionais | 120 | beauty: homens de barba | 121 | directions | 122 | last page
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Juliana Berwig é jornalista e viciada em cultura pop. Nesta edição, ela escreve sobre o retorno das boy bands às paradas de sucesso e sua relação com a moda teen. Apesar de não ser fã do gênero, diz que gostava do Take That e dedica a coluna à nossa repórter Luciane Bohrer, que até hoje gosta de cantarolar musiquinhas do Backstreet Boys. Cinquenta anos de James Bond nas telas do cinema não poderiam passar em branco para a About Shoes. E como a Krika Martinez não precisa de muitas desculpas para fazer maratonas cinematográficas, ela é a encarregada de nos explicar porque em 23 filmes o agente secreto mais famoso do cinema continua sendo referência de estilo e comportamento. Renata Biglia, formada em Publicidade e Propaganda, atua como fotógrafa desde 2000. Tem trabalhos na área artística, onde fez diversas exposições. Entre elas, “O Nu das Palavras”, em parceria com o poeta português João Videira Santos. Em Milão, acompanhou o fotógrafo italiano Alessio Cocchi, em trabalhos para marcas como Gucci e Prada. Clarissa Londero, formada em Jornalismo, é apaixonada por artes visuais. Estudou fotografia em Barcelona, passando pelas áreas artísticas, de moda e publicitária. Juntas, uniram forças e criaram o PIX - fotomovimento, estúdio de foto e vídeo que não só vê, enxerga. Elas assinam o editorial still da edição. Carlos Contreras, meio chileno meio brasileiro, é fotógrafo e acredita ter sorte por trabalhar e transmitir um pouco do que vê pelas lentes de sua câmera. Sua versatilidade fica clara nos trabalhos. Nesta edição, é autor do incrível editorial e as capas de moda masculina. Marina Cezar é mestre em Moda, Cultura e Arte, doutoranda em Ciências Sociais e coordena o Grupo de Pesquisas e Tendências Comportamentais do Centro de Design da Universidade Feevale. Aqui na About, traz sua análise e visão para inspirar novas ideias na coluna Insight. Nesta edição, pondera que pode ser que seja a última de todos nós – antes do tão anunciado fim do mundo. 010 I aboutshoes.com.br
Fabian Gloeden, fotógrafo, é além de tudo um criador de imagens. Nesta edição, ele dedica seu talento ao editorial de moda feminina, folk, luxuoso e sofisticado.. Ricardo Lange Hentschel, o colunista verde da revista, é biólogo com especialização em Gestão Ambiental e mestre em Botânica e em Restauração Ecológica. Sua leitura preferida é sobre evolução e seleção natural. Gosta de filosofar, viajar, de um bom churrasco e do Colorado. Nesta edição, enaltece a beleza das coisas puras. Tiago Heckler trabalha com fotografia publicitária há mais de dez anos e durante essa jornada ele vem transformando técnica em arte, ideias em imagens. São dele as imagens de produto da revista.
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Mercado de pulgas & gastronomia Quem aventura-se nos arredores de Paris até Saint Ouen, uma cidade que abriga o melhor mercado de pulgas da região, tem agora mais um motivo para fazer o passeio. O designer Philippe Starck e sua mulher Jasmine acabam de inaugurar o Ma Cocotte, restaurante que fica na entrada do Marché Serpette, um dos bons mercados de antiguidades do local. O ambiente tem decoração de madeira e tijolos aparentes, com peças garimpadas pessoalmente pelo casal nos brechós vizinhos. A grande cozinha, aberta, é chefiada por Yannick Papin, que propõe um cardápio de preços honestos, que variam de 15 a 20 euros o prato principal. Restaurant Ma Cocotte 116 rue des Rosiers | 93400 Saint Ouen | 01 49 51 70 00
Alto luxo na joalheria São 104 anos de maestria na arte de fazer da joalheria uma lenda e um desejo. O Museu de Artes Decorativas, do complexo do Louvre, abriga até 10 de fevereiro de 2013 a exposição “Van Cleef & Arpels. L’art de la haute joaillerie”. São 400 peças icônicas que fizeram a fama e a história da marca, apresentadas com documentos e desenhos. A arte do ofício joalheiro, sempre mantido em segredo pelas gerações de habilidosos designers e criadores da Van Cleef & Arpels, aparece na mostra como uma combinação de técnica, imaginação e muitas fontes livres de inspiração, abastecendo a formidável produção de formas e modelos. Na foto, a peça “Chrysanthème”, de 1937, de ouro, platina, rubis e brilhantes. Les Arts Décoratifs | 107, Rue de Rivoli | 75001 Paris | 33 (0) 1 44 55 57 50 Ingresso: 13,50 euros (este ingresso dá acesso a todas as galerias do Museu de Artes Decorativas) Foto: © Patrick Gries / Van Cleef & Arpels
Renascimento Foi finalmente lançada a aguardada publicação da editora de moda francesa Carine Roitfeld. A revista CR Fashion Book, semestral, começou a circular com o tema “Renascimento” inspirando o primeiro número. A capa, fotografada por Bruce Weber, tem a modelo Kate Upton como estrela da edição. Na capa alternativa, uma criança vestida de princesa com orelhas de coelho segura um bebê. Segundo Carine, na fase de concepção e produção da revista, sua mente foi tomada pelo tema ao saber da gravidez de sua filha, Julia. A revista está na banca da fashion store Colette, em Paris, e pode ser espiada pelo site www.crfashionbook.com.
Cinderela como você nunca viu Terá curta temporada em dezembro a apresentação do balé “Cendrillon” (Cinderela), com coreografia de Maguy Marin para o Ballet de l’Opéra de Lyon, criado em 1985. O espetáculo viajou o mundo da Escandinávia para a Austrália, passando pela América Latina, em mais de 500 apresentações. Com um cenário fabuloso, figurinos extravagantes e máscaras infantis, Maguy Marin desenvolve uma coreografia harmoniosa, frágil e minimalista. É o clássico balé de Prokofiev como você nunca viu. De 13 a 15 de dezembro Cendrillon | Théâtre de Saint-Quentin-en-Yvelines Place Georges Pompidou, Montigny-le-Bretonneux, 78180 | 01 30 96 99 00 Ingresso: 28 euros Foto: © Jaime Roque de la Cruz
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outono inverno
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Flores de Andy Warhol A galeria Eykyn Maclean apresenta, até 8 de dezembro, uma incrível exposição da pinturas “Flores”, de Andy Warhol, produzidas entre 1964 e 1965. A mostra compila cerca de 50 trabalhos, segundo explica a diretora Kristy Brice: “esta apresentação irá trazer exemplos das Flores de Warhol em uma variedade de mídias que explora a série em uma profundidade não vista em público anteriormente”. A produção do artista com esta série começou no verão de 64, e logo ele decidiu que este seria o foco de sua primeira exposição com Leo Castello no outono daquele ano, com telas de 48 e 24 polegadas quadradas. Na sequência, para uma mostra em Paris, Warhol incluiu mais outras telas de outros tamanhos, sempre quadrados, o que permitia completa liberdade de orientação. Pela primeira vez, seus trabalhos não tinham topo definido e a instalação podia ser feita de várias maneiras. Outra particularidade desta série são as técnicas e mídias diferentes exploradas, incluindo silkscreen, lápis, tinta acrílica usada com a mão e tinta fluorescente. Exposição: Andy Warhol Flowers Galeria Eykyn Maclean | 23 East 67th Street, 2nd Floor, New York, NY 10065 | (+1) 212.772.9425 | www.eykynmaclean.com Até 08 de dezembro | De terças-feiras a sábados, das 10:00 às 17:00
O furacão visto pelo artista Maior acontecimento meteorológico dos últimos anos em Nova York, a tempestade Sandy alagou a cidade, desabrigou moradores e apagou a metrópole por várias horas. E a força deste evento foi capturada por um expoente fotógrafo de arte e arquitetura, o holandês Iwan Baan – e sua imagem parou na capa da New York Magazine. A foto com o histórico momento em que a cidade mais poderosa do mundo perdeu força elétrica e ficou metade iluminada, outra metade no escuro, já é considerada uma imagem icônica que resume a potência não só do Sandy, mas do espetáculo midiático em que a tempestade se tornou.
Atrações indoor Está na big apple em pleno inverno norte-americano? Pegou frio e chuva? Que tal fazer um programa indoor e conhecer um lugar que representa um pouco da nova arquitetura da cidade? Este é um dos prédios mais altos do mundo, o complexo Time Warner Center. Além de abrigar a corporação de mídia de mesmo nome, este arranha-céu tem 55 andares, 260 mil metros quadrados, é o endereço de escritórios, apartamentos, hotéis, restaurantes e até um shopping center no térreo, e mais um teatro para 1.200 pessoas. Por sua localização e tamanho, o complexo está no que é considerado o lote de terra mais caro de Nova York, avaliado em pouco mais de 1 bilhão de dólares. 10 Columbus Circle, New York City, New York, U.S.
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ca l ca d osz atz.co m.br aboutshoes.com.br I 015
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Foto: Agência Fotosite/Firstview
hard case simples e chique
Linhas simples e chiques são opção às formas rebuscadas que ganharam visibilidade no início da temporada fria.
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As bolsas de noite estão de volta ao cenário da moda. Seu uso é mais apropriado para jantares, eventos formais e festas.
As hard clutches – carteiras duras – são opção relevante em muitas coleções. Retângulos, triângulos, quadrados, cilindros ou formas capsulares, feitas de metal, plexiglass (acrílico) ou forradas com os mais luxuosos materiais, têm tamanhos diminutos, mas efeito mega chique. A marca símbolo de Roma aposta firmimante na ideia das “carteira duras”, estas com efeito máximo.
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Não será difícil encontrar materiais metalizados no outono-inverno2013. As versões coloridas são mais que modernaS.
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Última
chamada A contagem regressiva pro 21 de dezembro de 2012 se aproxima do final e traz consigo a convergência de referências em morte e futuro nas artes, cinema, televisão e moda. Por Marina Seibert Cezar
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Na página anterior, cenário do desfile Chanel, Fall/Winter 2012. Foto: Agência Fotosite/Firstview
Desastres naturais estão ocorrendo já há muito tempo e essas alterações climáticas servem de pano de fundo para muitas criações. O uso caveiras, zumbis, esqueletos e vampiros pode ser sinal disso. A humanidade está se sentindo tão próxima da morte que quer brincar com esse presságio.
Para fecharmos com chave de ouro esta última edição do ano, nada melhor do que lembrarmos algo que ainda está dando o que falar: a extinção da humanidade. A interpretação apocalíptica do calendário maia virou um bom negócio e rendeu muitas inspirações. Dos lunáticos aos descrentes, astrônomos e físicos, este tema sempre vai despertar interesse, ainda que mínimo, pois ele consegue conectar dois dos assuntos que o homem mais acha intrigante: futuro e morte. Além do mais, é algo que afeta a todos, um denominador comum indiferente de raças, crenças, idades ou nacionalidade. Realmente, indícios bem reais infelizmente não faltam. Desastres naturais estão ocorrendo já há muito tempo e essas alterações climáticas estão servindo de pano de fundo para muitas criações. Dizimar a vida na Terra é um dos temas prediletos de Hollywood, até mesmo alguns com anúncio do fim para esta época, sempre com muita destruição, sofrimento humano e heróis americanos. Ao menos um dos últimos é divertido, o “Procura-se um amigo para o fim do mundo”, com a queridinha Keira Knightley e o impagável Steve Carell. Aqui no Brasil, há a nova série da Globo que também explora isso. “Como Aproveitar o Fim do Mundo” retrata a atriz Alinne Moraes persuadindo Danton Mello para fazer tudo que queria ter feito, porém nunca teve chance ou coragem para realizar. No site do programa, há uma contagem regressiva com os dias e até segundos para o dia 21 de dezembro, conforme a profecia indica. Provocação bem próxima com a pergunta do Livro do Fim do Mundo: “O que você faria se o mundo fosse acabar em 1h?”. Na sua página, há uma grande interação de em média 500 histórias, entre palavras, frases ou narrações, expondo principalmente as pretensões que foram deixadas de lado. Para tal fato, confabulações é que não faltam. Pode ser que esteja aí uma das hipóteses da adoração súbita por caveiras, esqueletos, vampiros, zumbis e afins. Já escrevemos nesta coluna sobre esse gosto morfético considerado bastante atraente para muitos que fidelizam este estilo, mas parece que agora está massivamente diluído, onde aqueles consumidores que menos esperamos estão usando (por tempo determinado) nas ruas. Possivelmente seja então porque a humanidade está se sentindo tão próxima da morte que quer brincar com esse presságio. É bem possível, pois quando se trata de tendências comportamentais, fica arriscado querer responder algo como sendo a única verdade absoluta. Por isso que é bem comum, e importante que isso ocorra, o mesmo acontecimento ser visto em diferentes ângulos. Pois bem, nas passarelas já está algo mais explícito, onde se adotou o presságio do fim da vida nos mais variados âmbitos do mercado de show de moda: desde propostas finais de faculdades até consagrados desfiles internacionais. Chanel como sempre, já havia se antecipado e fez uma proposta pós-apocalíptica, com muito nevoeiro e cinzas vulcânicas ainda ardendo. Um cenário um tanto quanto antagônico ao que estamos acostumados a ver da grife. Foi nesse viés que o site Style.com enfocou no que considera como uma das maiores apostas para o inverno 2013, que chama de “Year of the Dragon” e ressalta o uso em muitas marcas de silhuetas estruturadas e com materiais pesados, lembrando uma concepção Gareth Pugh. Foi o caso dos conjuntos maxi de Michael Kors e Proenza Schouler, das jaquetas rígidas da Versace e Fendi, dos vestidos sufocantes de Alexander Wang, Maison Martin Margela e Givenchy, das
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sobreposições monocromáticas de Ann Demeulemeester, Mugler e Rick Owens, além de muitas outras que apelaram nessa estética mais rígida, sempre sendo o preto como foco principal. As semanas de moda no Brasil não foram diferentes. Vimos em Curitiba, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades, elementos bastante dramáticos na passarela, que denotou muita sobriedade através da paleta de cinzas coloridos. No vestuário houve um excesso de sobreposições, peças com rasgos, manchas e amassados, bolsos utilitários, além de botinas bem reforçadas e cabelos imperfeitos. Muito do uso de uma aparência decadente com aspecto de combate, onde modelos pareciam ter recém-saído de uma guerra ou como se tivessem sobrevivido a um desastre. Inclusive elementos poucos convencionais para um desfile, como máscaras de oxigênio. Os objetos de decoração seguem pela mesma linha, com muitas referências na civilização Maia, além das esculturas e acessórios em geral, especialmente por causa das estampas e formas. Para acompanhar cada mês deste ano com futuro incerto, a lindíssima Mila Jovovich no calendário da Campari foi a representação dos medos que atormentam a sociedade. Assim, ela aparece no meio – ou melhor, é a própria – inundação, erupção de vulcões, invasão de aliens, maremotos, meteoros e afins, e vale tudo, até porque, conforme o tema da campanha sugere, “It´s the end of the world, baby!”. A Axe foi outra que mundialmente lançou sua campanha evocando esse conceito, desejando através do seu desodorante, um feliz final de mundo. Mas como é de praxe, o intuito foi para chamar a atenção de mulheres, só que desta vez, para que sempre em pares, pudessem embarcar na sua construção antes do dilúvio, numa referência da Arca de Noé. Os projetos para o futuro ultimamente levam em conta a questão da sobrevivência. Surgem inúmeros protótipos ou até mesmo invenções já postas à venda, que foram desenvolvidos especialmente para situações de emergência, como portas que viram abrigo, kits socorro, produtos, sempre tudo muito prático e com multitarefas em caso de sobrevivência na selva, por exemplo. Além de ideias mais audaciosas como é o caso de Migrant Skyscraper, um projeto que permite a completa locomoção de prédios por meio de uma roda em caso de colapso, como se fosse um enorme pneu, e no seu centro, estariam os moradores. No Japão (onde mais seria?) está sendo vendida desde o ano passado, uma espécie de cápsula em caso de um novo tsunami ou coisa do gênero. O abrigo móvel da Cosmo Power consegue abrigar até quatro pessoas, é feito de fibra de vidro e flutua na água, além de possuir um nome bem sugestivo: Noah, Noé em português. Aos que acreditam piamente nessa contagem regressiva, líderes e seguidores são o que não faltaram. Harold Camping foi um que incentivou muita gente por ser uma figura pública no seu meio, e que tentou prever quando que seria o dia do juízo final. Âncora de uma rádio americana, esse senhor se desaponta cada vez que erra, tadinho. Se serve de consolo, um dia ele acerta. Quando der indícios disso, ao menos saberei pra onde correr: São Francisco de Paula, cidade a uns 100km da capital gaúcha, já que o prefeito orientou os moradores a estocar mantimentos. Ele está preocupado com as explosões solares e por isso recomendou reservar comida e demais produtos básicos de sobrevivência, e alguns moradores acataram na sua ordem. Bem que as edições deste ano dos eventos de música Rock in Rio e Planeta Atlântida prenunciaram isso e estimulavam a ir, já que poderia ser o último. Possivelmente quando tudo isso passar, depois até role uns manifestos para aproveitar mais a vida. Mas já que ainda faltam alguns dias para a data tão (não) esperada do ano, melhor não comemorarmos antes do tempo, não é mesmo?
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New way
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Foto: Agência Fotosite | Firstview
the crystal sole O scarpin volta como referência de modernidade para o período. Sua formatação mais clássica parece ser, também, a mais atual.
iridescente
O uso do iridescente cetim é ponto pacífico nas peças do outonoinverno 2013. Sofisticado, elegante, luxuoso...
Para esta temporada os designers buscam novas saídas, soluções inovadoras e usos diferentes para o que já é conhecido, renovando os votos de criatividade com a moda. As proposições surpreendem, encantam e seduzem os espectadores, estimulando os desejos, os quereres. A sola da lanvin dá uma boa ideia das possibilidades criadas pelos designers para a temporada ouotonoinverno 2013.
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As meias-patas permanecem como referência de estilo na moda. As variações retraídas ganham destaque frente a outras opções
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CARTELA SAZONAL Cores em versões tipicamente INVERNAIS compõem a principal SELEÇÃO do outono-inverno.
Vale a pena prestar atenção nos tecidos com brilho intenso. Eles são opção sofisticada para compor os looks da estação. Os mais surpreendentes do período misturam superfícies com acabamentos diferentes – opacas, lisas, rugosas...
O bordeau também faz parte da cartela da temporada e com bastante destaque. Em total look ou em composição com outros pigmentos, promete estar entre as cores mais usadas, tanto em roupas, calçados e bolsas, como nos acessórios.
A proporção é outro fator que deve ser acompanhado de perto na estética do outono-inverno 2013. Peças com diferentes comprimentos usadas em um mesmo look criam efeito arrebatador. Neste sentido, a costumeira lógica das bainhas não precisa ser levada em consideração.
Haider Ackermann aboutshoes.com.br I 025
legenda
Emilio Pucci
Schumacher
Pollini
No. 21
Akris Steffen Schraut Ash
the look Escolha certeira Verdes, azuis, bordôs e ocres, criam o CLIMA perfeito para a ESTAÇÃO FRIA de 2013. Steffen Schraut
Hoss Intropia
DKNY
Veronique Leroy
Sergio Rossi Giuseppe Zanotti
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La Silla
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calcadosdivalentini.com.br aboutshoes.com.br I 029
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azuis Uma seleção de tonalidades azuis é opção refrescante para enfrentar as temperaturas elevadas do alto verão 2013 para peças dos mais diferentes estilos 1 1. Wirth 2. Crysalis 3. Di Marjam 4. Ipanema 5. Carrano 6. Biondini
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O final de ano de 2012 terá uma nova opção em termos de metalizados. O cobre é a boa nova para compor os tradicionais looks brancos do réveillon brasileiro. O resultado é mega chique! 1. Cecconello 2. Werner 3. Top Vision 4. By Filip 5. Século XXX 6. Bárbara Krás
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1. Malu Super Comfort 2. Crysalis 3. Suzana Santos 4.Firezzi 5. Carolina Martori 6. Hetane
Cores neutras em composição com a cartela de pigmentos quentes equilibram as peças do alto verão, criando uma estética versátil e acima de tudo possível.
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cap toe As biqueiras são detalhes indispensáveis nas peças do alto verão. Um elemento decorativo que deverá ganhar ainda mais destaque nas peças do próximo outono-inverno.
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1. Anzetutto 2. Azaleia 3. Carrano 4. Ramarim 5. Zeket 036 I aboutshoes.com.br
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Por Juliana Berwig
A fórmula é a mais antiga possível: juntar uns meninos bonitinhos, que saibam fazer cara de apaixonados e atléticos o suficiente para ensaiar estranhas coreografias. Desde os anos 60 tem sido assim, com as “boy bands” escalando as paradas musicais e deixando um rastro de fãs histéricas pelo caminho. 038 I aboutshoes.com.br
Dentro do contexto, saber cantar, tocar um instrumento e ter alguma noção de show business é mero detalhe. Com charme suficiente para atravessar gerações, o estilo ganha nova roupagem - um pouco mais colorida e não menos irritante - com grupos como One Direction, The Wanted e Big Time Rush. Se você nunca ouviu “What Makes You Beautiful” - nem que seja a bizarra versão do Nissim Ourfali devia estar passando férias em Marte. Apesar dos novos fenômenos do mundo pop terem prazo de validade já definido, eles seguem inspirando a moda, o comportamento teen e a programação da MTV. Há quem diga que os Beatles com suas caras de bons moços e seus penteados moptop inauguraram a era das boy bands - por mais que dormir com prostitutas, tocar (de verdade) em inferninhos na Alemanha e consumir todo tipo de droga ilícita não sejam uma postura digna desses grupos. Na verdade, o que John, Paul, George e Ringo - antes de mudarem a história da cultura popular no Ocidente - deixaram de legado para os garotos que hoje cantam em falsete foi o fato de suas personalidades distintas formarem uma banda única, onde cada integrante tem um papel fundamental e um lugar cativo no coração das groupies. Desde que o mundo é mundo, os conjuntos formados por meninos seguem um esquema simples, com espaço para o bad boy, o tímido, o engraçadinho e o feio charmoso. Nos últimos anos, algumas mudanças nestes estereótipos chamaram a atenção, com espaço para latinos e até mesmo homossexuais. Sinal dos tempos? Por falar nos “fab four”, a Inglaterra - apesar de toda a sua postura rocker - tem sido o lugar que mais produz boy bands. Mesmo nos períodos onde o estilo andava em baixa, os britânicos sempre tinham um grupo de garotos para agitar as coisas. Boyzone, Westlife, Five e Take That foram as maiores contribuições do país ao gênero, sendo que esta última ajudou a alavancar a carreira de Robbie Willians, o astro excêntrico - e brigão que todos os ingleses amam odiar. Apesar de ser um terreno fértil para os meninos despontarem, a Europa sempre perdeu lugar - pelo menos nas paradas - para os guris americanos. Para ter certeza, basta lembrar de ícones do gênero como New Kids On The Block, Backstreet Boys e ‘Nsync. O ritmo contagiante - e o talento - do Jackson 5 talvez tenha algo a ver com isso. Um dos fenômenos mais recentes foi o trio de irmãos Jonas Brothers que, com cara de príncipes e postura de músicos de verdade, defendiam a castidade e transformaram em febre chamados “anéis da pureza”. Mas o que as boy bands representam no cenário musical atual? A reposta é a mesma de sempre: nada. O fato que é que com o sucesso de Glee - seriado musical que se passa em uma escola onde todos cantam e dançam o tempo todo - os grupos estão de novo no centro das atenções. Desde o anos 90, quando o estilo viveu seu auge, as rádios e os canais de televisão nunca tocaram tanto hits melosos de meninos bonitos. Com isto, toda uma indústria voltada para o público infato-juvenil foi novamente alavancada, com roupas, calçados e acessórios que remetem aos ídolos teen vendendo que nem água. No Brasil, o gênero já foi mais forte e teve como representante máximo recente o rock colorido do Restart, que com suas calças e tênis coloridos caíram no gosto das meninas. Daqui pra frente, provavelmente tudo continuará igual, afinal adolescentes se comportam da mesma maneira em qualquer época e lugar. De certeza mesmo, só fica o fato de que essas bandas continuarão a fazer sucesso, afinal envergonhar toda uma nova geração de meninas no futuro é preciso.
sobre meninos e bandas aboutshoes.com.br I 039
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Concepção criativa: CLAM | www.nucleoclam.com.br | Fotografia: Studio Org | Assistente de fotografia: Alexandre Pinto | Modelo: Laís Scheffler (Ford Model Sul) Beauty: Eric Maekawa | Assistente de beleza: José Chies Style: Júlio Rossi | Produção de moda: Jaqueline Sperb | Agradecimentos: Estile - Novo Hamburgo)
Vestido e cinto BORDA BARROCA, tricô NARA LISBOA e open toe WERNER
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|design
nova consciĂŞncia nasce do design
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Há milhões de anos, o homem iniciou uma caminhada rumo ao que chamamos de civilização. O primeiro passo nessa direção foi dado no continente africano, onde os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados. Hoje, o mundo encara novos desafios de crenças e de comportamentos sociológicos, econômicos, políticos e filosóficos. Nada mais justo do que o berço da humanidade exercer novamente seu papel transformador. É na África que Ravi Naidoo começa a sugerir profundas mudanças de atitude através do que sabe fazer de melhor. Desenhar ideias! Por Luciane Bohrer
O mesmo design que dita as peças fantásticas de arquitetura e decoração, as peças do seu guarda-roupa e os incríveis sapatos - que tanto provocam desejo - pode ajudar a construir novos cenários sociais e a perspectiva de novas regras antropológicas. É o que acredita um visionário sul-africano chamado Ravi Naidoo. Cientista por formação que aproveitou a nova fase do seu país para se reinventar. Na década de 90, durante a final queda do apartheid, ele trocou um laboratório de fisiologia por projetos de marketing e propaganda. Em dois anos e meio, formou-se em business e abriu uma empresa. Nascia a Interactive Africa, uma agência criativa que tem por lema o ativismo comercial. Isso significa que todos os funcionários, sócios e colaboradores têm uma consciência social e querem gerar impactos econômicos no seu país através do trabalho que promovem. Assim, usam ferramentas como criatividade, comunicação, logística, planejamento e produção. “Queremos produzir coisas e entregá-las para o mundo. Abraçamos projetos que mostrem aos governos e à iniciativa privada que é preciso oferecer mais serviços à sua nação e que diga ao povo, demande mais, peça mais, temos o direito de ter acesso a coisas funcionais e inventivas”, explica Ravi. Para democratizar as facilidades criadas pelo homem moderno e cumprir o papel social que tanto preza, em 1994 a equipe da Interactive Africa organizou um evento com o nome de Design
Indaba. A palavra indaba em língua Zulu tem dois significados: novidade e reunião de pessoas. E é exatamente isso que a feira propõe. Hoje, Design Indaba é uma instituição respeitada no cenário criativo e um dos poucos eventos globais que celebra todos os setores criativos – design gráfico, publicidade, cinema, música, design, moda, desenho industrial, arquitetura, artesanato, artes visuais, novas mídias, edição, transmissão e execução setor das artes. Através de uma iniciativa dessas é possível questionar o papel reformador do design. “Tudo à nossa volta precisa de uma revisão. O mundo está cada vez mais obcecado com as formas e funções. Eu não aguento mais ver cadeiras ou moedores de sal e pimenta. Estou mais preocupado com o processo que está por trás deles, como é que eles chegaram até nós. Trata-se de dar uma segunda vida ao objeto, de mudar o seu valor e estender a sua utilidade”, reforça Ravi. Para ele, estamos acostumados a desenhar para um mundo hiper-abundante. “Se tivéssemos começado a desenhar para um mundo de recursos mais escassos, seríamos muito mais conscientes em relação a esses mesmos recursos”, aponta. Em 2012, Design Indaba bateu alguns recordes, como o de contribuição para o PIB da África do Sul. Neste ano, em quatro dias, as vendas somaram 20 milhões de dólares. Além do impacto positivo na economia do ambiente ao seu redor, a feira apresenta soluções para grandes problemas do continente africano, como habitação, desemprego e até a disseminação do HIV, que é uma questão crítica na África. “Temos nos esforçado bastante para espalhar os produtos com a marca “Made in Africa” por todo o mundo. Parte da nossa missão vai muito além da celebração do design. Não posso não estar envolvido nas crises do planeta. Se eu quiser ser relevante, mesmo como um jogador isolado no espaço criativo, tenho de ter em mente os problemas que estão à minha volta”, sentencia. A lição de Ravi Naidoo é que para que haja uma transformação no mundo é preciso que ela comece por algum lugar. Mesmo que não seja um lugar físico, mas um conceito, uma definição. A High Tech, a High Art e o High Design são caminhos para soluções. E elas podem estar escondidas ou evidentes em qualquer novo modelo de qualquer nova coisa inventada. Basta reconhecer a mudança e tirá-la do armário de vez em quando para enriquecer o meio que vivemos. Como um lindo par de sapatos!
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Por PIX | FOTOMOVIMENTO
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prática pura Acompanhar o nascimento de qualquer ser vivo é um misto de milagre com encantamento. Certamente uma emoção do bem! Ver imagens da germinação de uma planta, brincar com uma ninhada de cachorros, admirar uma criança dormindo, são cenas no mínimo pacificadoras. Por Ricardo Lange Hentschel
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Cenários de nascimento da terra, como o raiar do dia que vai traz tons de verde alaranjado ao preto, e depois passam para um amarelo com azul, também são contagiantes. E as nascentes, de onde brotam água limpa e cristalina, de onde vem? Não cessa? Estes momentos cativam, não só a mim, mas a maior parte da população e os motivos vão desde a celebração da vida, passando pelos instintos paternais, chegando à encantadora simplicidade da pureza. Viajando pelo mundo é comum vermos imagens de animais junto aos túmulos, pois também na outra ponta do ciclo da vida nos aproximamos da pureza, e segundo contam, os animais seriam os melhores ícones. No entanto, acredito que para a maioria da população, a pureza esteja um pouco mais perto da ingenuidade do que da integridade. Já diria o Ligeiro: a malícia e a esperteza derrubam a pureza rapidinho... E também fato que, no mundo natural também existe dissimulação, estratégia de ataque, morte por emboscada, vencendo em boa parte das vezes, os mais sorrateiros. No mundo dos homens, ainda estamos dependendo de julgamentos, em que uma das partes é descaradamente falsa, temos na política o rumo da federação traçado de acordo com interesses de algum grupo, liderado por alguém articulado, melindroso. E assim caminha a humanidade. Da mesma forma que o mundo se renova a cada dia, algumas forças se mantêm constantes, sem que elas sejam ruins ou boazinhas, e sim formas de sobrevivência. Agora também é fato que a pureza está voltando a ser saudada, em especial pelos que desejam um mundo mais natural, menos sujo, mais puro. Mas somos minoria e muitos ainda se refugiam em ilhas naturais, distantes do centro. Escutar a chuva, beber água da nascente, são prazeres fantásticos, mas não garantem a preservação da teia de vida na qual nos apoiamos. Devemos parar de nos esconder, temos de sair da zona de conforto, questionar os tomadores de decisão e sempre, sempre, lembrando do poder e da integridade do puro. Tá ai a receita, agora é só praticar!
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|movies
Inabalado Jubileu
Podemos prender as mulheres no gênero do romance e os homens no gênero de ação. Mas alguns filmes ultrapassam as barreiras de estilo e viram unanimidade. Filmes que agradam tanto quanto os 23 protagonizados pelo agente secreto 007 Por Martinez, Krika Martinez
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Apesar de ser o agente secreto mais machista do mundo, os diretores e roteiristas conseguem atrair para as salas do cinema milhares de homens e mulheres com uma fórmula que funciona há 50 anos. Isso aconteceu desde que o agente com licença para matar saiu das páginas dos livros para entrar nas telas do cinema e no imaginário de todos. Ele nasceu graças ao escritor inglês Ian Fleming e é basicamente um cara que trabalha para o governo britânico na MI6, ou o que seria na realidade a agência de inteligência britânica. No seu contrato de trabalho está a dura atuação em casos de espionagem que colocam em risco o mundo todo. A licença de matar cedida pela própria rainha fortalece essa imagem de homen duro, porém de trato suave com as mulheres e de um bom gosto inconfundível. Sim, porque os livros são muito descritivos na maneira de ser James Bond, mas depois de ver Sean Connery dizer pela primeira vez: “Bond, James Bond”, é que se entende o magnetismo que desprende este personagem odiado pelos vilões e amado pelos fãs. Porque, literalmente, Bond é o único personagem do cinema que, apesar dos anos e de seus seis atores diferentes, pode matar com um soriso ou com uma arma. A verdade é que Fleming não criou do nada este personagem. Durante a década de 50, ele estava de férias na ensolarada Jamaica e, inspirado pelas belas paisagens e seu antigo trabalho em uma organizaçao das forças armadas da Inglaterra, esboçou esta história. Um agente secreto que viaja pelo mundo, seguido por mulheres espetaculares, visitando os melhores e mais exclusivos cassinos, bebendo todos os Martinis sem, sequer, se preocupar com o fígado. O sonho de qualquer um. Mas o sucesso que começou numa época em que se entendia a existência de um homem com licença para matar, foi mudando. Os europeus e os norte-americanos viviam o pânico da guerra fria com os soviéticos entre possíveis botões vermelhos capazes de detonar a próxima bomba atômica. Junte a este sentimento vilões malvados, muito malvados, que não só eram impedosos com o futuro da humanidade como adoravam torturar as suas vítimas. E aí vem o mocinho. Um jovem e sedutor agente secreto que acabava salvando o mundo no último segundo. A maneira como todas as histórias chegam a este clímax é que é a fórmula do sucesso. Aí vocês vão dizer que o tempo passou e que a guerra fria congelou. E essa é a hora do segredo da metamorfose cinematográfica. James Bond deixou de lutar contra a possibilidade de soltar bombas automáticas, mas acabou encontrando novos perigos para a humanidade, como o derretimento dos pólos ou a liberação de informações absolutamente secretas. Apesar dessas mudanças, algumas coisas foram mantidas na evolução da narrativa.
O que não pode faltar em um filme 007 Bond, James Bond: a frase mítica de apresentação do agente secreto. Por mais filmes, livros, propagandas ou paródias que se tenham feito, sempre que alguém pergunta o seu nome, a resposta é a frase que todos, em algum momento da vida, repetimos com nosso nome de referência. Carros: sim, porque ele não pode andar de Corsinha por aí. Não me julguem, não tenho nada contra carros populares e Bond até já usou alguns nos seus filmes, mas sempre foi por total falta de opção. Seu carro oficial é o Aston Martin. Algumas vezes ele varia com um BMW básico. Depende de quem está investindo no filme. A verdade é que a segunda marca, além de investir suas fichas – e muito dinheiro – para ter um carro no filme, trabalha junto com a produção. Eles dão toda a assistência para que a equipe de efeitos especiais possa fazer essa fantasia crível, onde as perseguições de carro são espetaculares e o automóvel sempre acaba inteiro, ou quase. Mas, oficialmente, o primeiro e único carro Bond é o Aston Martin. Tanto que em Skyfall há um momento (e prometo que estou segurando muitos spoilers aqui) onde o James Bond, de Daniel Craig, mostra na sua garagem o Aston Martin DB5 Vantage usado no filme Goldfinger de 1965 e deixa claro que todos os seus apretechos especiais continuam ali. Mas detalhe, o automóvel mostrado não só é o do primeiro filme da série como é também a cobaia que passou por uma bateria de estudos para saber quais seriam as consequências de uma chuva de balas na sua carroceria. Mas deu tudo certo. M: o chefe da MI6. No início da saga, foi um homem com atributos quase paternos para o agente que não gostava muito dessa autoridade. Mas no fundo, é o único que entende o resultado das ações de Bond mesmo que precisasse censurar o agente quando fazia o que não devia. Era o único nos filmes que o animava a continuar com o bom trabalho ou simplesmente o defendia quando as coisas saíam das suas mãos. O cara era bom, porque só alguém muito especial como ele poderia explicar ao primeiro ministro inglês que, para salvar o mundo de uma catástrofe nuclear, Bond havia explodido um aeroporto sem querer. Nos últimos filmes da série, M é interpretada pela fantástica Judi Dench. Aí um papel antes paterno se transforma em uma clara definição materna e conhecemos uma nova cara deste agente secreto que no fundo não passa de um menino assustado. Q: sim, só os agentes da MI6 têm nomes, as pessoas que trabalhan na central são chamados pelas suas “letras”, que são as mesmas desde a primeira página do primeiro livro. Com os vários anos dos filmes em cartaz no cinema, tivemos a sorte de ver grandes atores interpretando esse personagem. Agora, foi a vez do ator Ben Whishaw, revelação que recomendo. Mas atenção, antes dele tivemos John Cleese, que viria
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substituir depois de 16 anos Desmond Llewelyn, numa bela homenagem por ser um dos atores que mais participou em filmes Bond. Q, em todos os filmes, é o reponsável pelos artefatos incríveis que ajudam Bond em suas missões. A caneta bomba, o carro com armas ou o relógio laser, só para dar alguns exemplos. O bacana deste personagem é que mesmo sendo apresentado quase como um cientista louco, na verdade, é um dos poucos agentes da MI6 que James Bond escuta e presta atenção. Bond Girls: Elas são lindas, mortais e com nomes de duplo sentido como: Honey Ryder, Pussy Galore, Tiffany Case, Plenty O’Toole, Mary Goodnight , May Day, ou Miranda Frost. Mas o que pode parecer uma piada com nomes de duplo sentido é, na verdade, uma briga de vaidades entre as atrizes de Hollywood que querem ser uma Bond Girl. E entre os nomes mais conhecidos temos: Ursula Andrews, Kim Basinger, Jane Seymour, Grace Jones, Halle Berry, Eva Green e Olga Kurylenko. O vilão: sempre alguém tão ambicioso. Dominar o mundo é o seu único plano. Seja através das drogas, da água do planeta, de supercomputadores ou de um laser mortal, eles acham que poderão derrotar o agente secreto. Mas o mais bacana destes personagens malvados é que, desde o início da saga, eles são retrados como homens com disfunções sexuais, ou seja, o contrário de James Bond. O que fazia com que eles ficassem com mais raiva ainda do mocinho rodeado de garotas. Paisagens: O mundo não é suficiente, além de ser o título de um dos filmes de Bond, também é parte da sua realidade. James já esteve em todos os continentes nos seus filmes. Incluindo os pólos. Mas, sempre que o vemos, ficamos deslumbrados com a beleza, inclusive das favelas do Marrocos ou mesmo da imensidão das montanhas suíças. Luxo: cassinos elegantes, ternos impecáveis, esportes como o golf e o hipismo, além de objetos que estão fora do alcance de qualquer salário mínimo. O grafismo: a visão dentro da arma do agente atirando em nossa direção e a tela que se enche de sangue. Os créditos de abertura ou encerramento dos filmes sempre rodeados de todos os elementos anteriores são tão marcantes na história do cinema que são uma das referências mais copiadas. Mas o apelo feminino da saga Bond está tanto nas cenas de ação, que são de tirar o fôlego, como no charme deste homem que, apesar de ser um macho man, sabe como fazer uma mulher se sentir especial mesmo que seja só para conseguir informações nas suas missões. Sua maneira de vestir seria o ideal de qualquer namorado e marido. Seja no cassino, no campo ou em uma praia. E qualquer mortal já teve o sonho de ser uma Bond Girl mesmo que fosse por cinco segundos, saindo do mar e caminando pela praia sob o olhar do seu pretendente. Se elas já eram fabulosas na visão e nos desejos de Bond, crédito também para a maneira como os diretores as faziam mil vezes mais lindas nas telas do cinema. Mas não bastava beleza. Para este posto, você precisa seguir algumas regras: 1. Ok, precisa ser linda; 2. Na maioria das vezes, precisa saber morrer com estilo. 3. Tem que ficar divina num vestido de gala e também num biquíni, ou ainda numa camisa do agente secreto. 4. Ter atitude. Nada de mocinha em perigo. Antes da manha, tem que saber chutar, socar ou morder. No final dessas ações, vale fazer cara de coitadinha, mas não esqueça: faça isso em cima de um salto stiletto.
Bond além dos filmes e livros E o apelo deste personagem fica só nos livros e filmes? Não! E não estou falando só de objetos derivados do flme. Como coleções de memorabilia. Estou falando de mais de vinte jogos para os todos diferentes tipos de videogames lançados nos últimos trinta anos. Estou falando da importância dos músicos convidados para cantar o tema do filme. Durante a saga do agente, Madonna, Tina Tunner e, mais recentemente, Adele fizeram trilhas especiais para suas aventuras. O que gera essa participação especial? Rios de dinheiro em venda de trilhas sonoras, claro. Ainda temos jogos de tabuleiro, adaptações para teatro ou mesmo para outros gêneros do cinema, como a comédia ou séries de tv. Mas o que vem ganhando mais e mais espaço nos filmes Bond, e chateando alguns fãs, é o product placement. Essa modalidade de publicidade onde o personagem do filme está usando um produto específico e o director tem que mostrá-lo em detalhe. A marca de relógios Omega aprendeu a regra desde que Pierce
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A FÁBRICA
OUT.INV.2013
Brosnan foi o Bond das telas nos anos 90. No filme mais recente vemos, pela primeira vez, o agente bebendo uma cerveja – Heineken – o que levou os puristas à loucura, mas que, no fundo, só humanizou este homem que no final do dia quer relaxar com uma bebida estupidamente gelada (e só para ficar claro, a Brahma não está pagando esta frase). Mas o marketing dentro do cinema não é novo e a participação de Daniel Craig na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, por exemplo, não foi acidental. Dentro dos festejos deste cinquentão enxuto e imortal, a participação conjunta da rainha da Inglaterra potencializou o alcance da estreia. Digamos que foi o teaser mais importante dos filmes Bond. O agente secreto e a rainha, pela primeira, vez juntos. Neste ano temos, por todo o mundo, diferentes exposições de arte, memorabilia, shows comemorativos, sessões de cinema especiais para comemorar estes 50 anos de história. Tudo que começou com a rainha, desculpe a frase clichê, é encerrado com chave de ouro pelo filme Skyfall. Que não só usa do sarcasmo do personagem para rir da sua idade e dos seus mais conhecidos detalhes, como abre caminho para mais e mais filmes e para um James Bond mais maduro e mais próximo do público. Um James Bond que começamos a entender como um órfão que não aceita as perdas do passado. Um homem que, com o passar do tempo, aprende que pode ser um pouco mais políticamente correto. Bond deixa de fumar para poder melhorar seus sprints para salvar o mundo. Suas Bond Girls deixaram de ser vítimas para serem agente especiais ou mulheres de armas em punho. Ou um agente secreto que, no final do dia, a única coisa que quer é ser lembrado e confortado por aqueles que trabalharam com ele. No fundo, o sentimento depois de ver toda a série Bond (sim, eu assisti novamente a todos os filmes) é que o personagem demorou, mas mudou. Amadureceu com suas perdas e desamores. Mas continua sabendo aproveitar bem os luxos e os prazeres da vida e segue sendo um exemplo da classe e da atitude britânica. God save the Queen! God save James Bond!
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|pop-up A United Colors of Benetton sempre usou de suas cores para falar das coisas que acredita. A grife gosta de se posicionar em diversos assuntos e, desde os anos 80, tem tradição em apontar as diferenças sociais, estéticas e culturais e fazer dessa disparidade um discurso de igualdade. Essas coerentes contradições basearam o conceito de uma pop up store arrojada que a marca manterá aberta até dezembro deste ano. O lugar escolhido para a instalação foi o bairro do Soho, em Nova York, num espaço de mais de dois mil metros quadrados que antes abrigava uma garagem e um posto de gasolina. Os lançamentos de outono e inverno 2012/2013 dividem as vitrines com peças de arte tricotadas por artistas residentes da Fábrica, um centro do Grupo Benetton para a pesquisa de comunicação, onde artistas de todo o mundo desenvolvem livremente a arte inovadora e projetos de mídia. O artista cubano Erik Ravelo é o responsável pela criação de algumas
esculturas que são destaque no espaço. A obra é composta por casais figurativos – em tamanhos reais e poses do Kama Sutra – embrulhados em coloridos fios de lã. As esculturas têm a intenção de envolver os sentidos dos observadores através da visão e do tato, comunicando o calor da lã, num abraço humano de amor, emoção e prazer. Vestidos de outono com gráficos coloridos e golas V, um dos xodós da coleção, estão no contexto de objetos de arte – de muitas formas, tamanhos e funções que cruzam a linha entre a arte contemporânea, design e moda usável. O diretor criativo You Nguyen, responsável pelos produtos da temporada fria no hemisfério norte, está orgulhoso da nova boutique e acredita que ela cumpre o seu papel junto à marca. “A iniciativa comemora o compromisso da United Colors of Benetton de criatividade através de artesanato, arte, o uso da cor e suas raízes como uma marca de malhas”, celebra.
United Colors of Benetton 135 Crosby Street New York, NY
No coração do Soho, a Benetton abre uma pop up store que mescla cultura, moda e tendência. Lá, é possível encontrar, em forma de conceitos artísticos, o DNA da marca expressado através de suas malhas coloridas: moda que une pessoas e pontos de vista diferentes e sensibiliza a humanidade.
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Por CARLOS CONTRERAS
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|fotografia
Controle de luz, escolha de ângulo, delicadeza, poesia e infinitas possibilidades de interpretação. Esses são os ingredientes do trabalho da japonesa Maiko Haruki que expõe até janeiro na Galleria Carla Sozzani, em Milão.
hermético preenchimento A fotógrafa oriental Maiko Haruki abusa das sombras, do mistério e da abstração nas películas que eterniza através das suas lentes nuas e cruas. Ela não utiliza filtros de cores, nem tratamentos especiais depois da captura da foto. Além da sua própria percepção, que ela deixa evidente no resultado do seu trabalho, Maiko usa um rígido controle de tempo de exposição de luminosidade para brincar com os efeitos que essa dosagem de claridade pode causar na imagem. Por conta de todo esse cuidado, os detalhes da obra precisam ser observados com muita atenção, concentração
To fill with By Maiko Haruki 25th November to 6th January 2013 Galleria Carla Sozzani Corso Como 10 – 20154 Milano, Italia
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e alguma reflexão para serem entendidos. A intenção da artista é provocar os sentidos dos observadores até que eles se acostumem com a diferença entre luz e escuridão e passem a interpretar as paisagens e as pessoas retratadas com vários tons de preto e azul escuro, dando novas profundidades e espessuras. A exposição de Maiko trilha por um caminho oposto aos conceitos de medo e tensão que, normalmente, as cores frias agregam. Para isso, é preciso despertar a criatividade dos visitantes e o livre entendimento do olhar da fotógrafa. Será que é possível? E você? O que você vê?
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As marcas falam, consumidores escutam
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Fotografia: Carlos Contreras (area coletiva) | Modelo: Thailan Reginatto (Super Agency) Beleza: Tiago Costa | Estilo: Júlio Rossi | Assistente de estilo: Jaqueline Sperb | Produção Executiva: Vanessa Fernandes (area coletiva) | Assistente de Fotografia: Lucas Martins de Mello | Tratamento de Imagem: Tales Teixeira | Arte Final: Carlos Contreras | Agradecimentos: Grupo Moda Viva - Caxias do Sul
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Desfiles: D&G e DSquared | Spring Summer 2013
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|marketing
Soberano discurso 092 I aboutshoes.com.br
Um manifesto, uma expressão, uma exposição, uma apresentação. Essas palavras simbolizam o desafio cotidiano de marqueteiros de todo mundo. E podem ser facilmente transformadas em verbos que sugerem ação imediata e muito trabalho. Como manifestar as melhores ideias? Como expressar de forma clara o que se quer dizer? Como expor um produto? Como apresentar uma campanha? E se o foco de toda essa comunicação for um indivíduo que também é alvo do constante protesto feminino quanto à falta de atenção aos muitos discursos proferidos por elas? Os homens são bons ouvintes? Falar para os homens é mais difícil? Para descobrir essas questões, procuramos alguns profissionais do marketing que desempenham extraordinariamente a função de encontrar a melhor maneira de contar uma história. Tudo isso sem blá, blá, blá, nem mi, mi, mi. Racional, assertivo e prático!
Grande desafio é distribuir a tendência Cada vez mais, a tarefa de levar qualquer produto ao mercado é missão de uma equipe multidisciplinar formada por designers, profissionais de marketing e de vendas. É o consenso deles que decide o que desenvolver e como distribuir. Uma coleção de calçados não é formada apenas de novidades na forma do calçado. Boa parte é composta de variantes daquilo que já é vigente e, para esta, o caldo que necessitamos é mais simples, misturando transpiração da força de vendas e um bom plano de comunicação da campanha da marca. O grande desafio, no entanto, é distribuir aquilo que não é vigente ainda, aquela tendência, aquela novidade na forma do calçado que cada marca prepara hoje para um futuro desejo de uso por parte do consumidor. Neste caso, a receita é mais complexa, passando por temperos especiais resultantes de minicampanhas de comunicação específicas para cada lançamento, boas doses de participação do lojista, principalmente da sapataria multimarca, de entender que a introdução daquela tendência é importante para ele e para a fila do segmento calçadista andar, e o obstinado envolvimento da equipe de vendas em apresentar todo o pacote composto por conceito, produto e suporte de comunicação, tudo para chegar de forma adequada ao consumidor. Sem esquecer que estas etapas devem acompanhar a velocidade e dinâmica que todos os segmentos de mercado estão exigindo, especialmente o nosso.
Fernando Alano – Diretor Comercial e Marketing Kildare
Emoção e tecnologia
Visão maximizada
Para traduzir as criações dos designers é importante buscar as aspirações do nosso público do ponto de vista emocional. Encantar pessoas tem a ver com contar histórias, com a essência da campanha, tem a ver com poesia, arte e imaginação. Os recursos tecnológicos, sabendo ser usados, contam bastante a favor da fotografia, por exemplo, e podem contribuir com uma boa narrativa. É preciso saber misturar moda e universo masculino e, pra gente, isso acontece o tempo todo naturalmente. Esse processo se repetiu tantas vezes que impregnou no DNA da Pipper. Com esse norte vamos planejando novas ações. Afinal, a escolha do rumo de uma marca deve corresponder ao que ela é e onde ela quer chegar. Nem sempre esses objetivos são facilmente definidos, pois prever reações do consumidor é um talento que precisa ser exercitado. Todos os dias, precisamos ver as coisas como elas devem ser antes de acontecerem e isso é realmente difícil e estimulante ao mesmo tempo. Muitos desafios norteiam a criação das campanhas de cada coleção. Primeiro porque é preciso sempre superar a anterior e segundo porque há a necessidade de atingir um grande número de pessoas de costumes tão diferentes.
Sabemos que os calçados revelam muito sobre o estilo e a personalidade dos consumidores e a figura masculina sempre esteve inserida no contexto da moda. Embora ainda haja uma resistência na incorporação de novos hábitos, o homem moderno tem como uma das características mais predominantes o bom gosto, ou seja, o fato de fazer escolhas baseadas em diversos fatores de influência. O homem é visto como referência de beleza e estilo, e o maior desafio das empresas está em unir conforto, tecnologia, estilo e beleza ao visual dos produtos e, desta forma, conquistar os consumidores mais exigentes. Todo processo de pesquisa e desenvolvimento dos produtos é feito a partir do estudo de tendências do universo no qual o produto está inserido. Nossos calçados, além de oferecer qualidade e estilo aos consumidores, vêm acompanhados do sentimento de liberdade, força e segurança, ou seja, temos a ferramenta que poderá levar nossos consumidores a vencerem seus desafios e alcançarem seus objetivos. A visão maximizada de mercado, comportamento e tendência favorecem a antecipação na oferta de novos produtos e, consequentemente, a atenção às novas demandas fortifica os canais e a construção da comunicação para divulgações da marca.
Rodrigo Carrera – Design Thinker Calçados Pipper
Fernanda Martins – Marketing Braddock
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Harmonia estética e comercial
Identidade e zelo
Para transformar uma coleção masculina em peças de marketing que sejam atrativas para os homens, é preciso um processo criativo bem complexo. Desde o princípio do desenvolvimento do sapato, já pensamos em como ele será exposto, direcionado e apresentado. Planejar o tipo de expositor ou como apresentar um lançamento é uma tarefa muito arriscada. Como o público da Jota Pe é o público masculino, que geralmente gosta de peças mais claras, precisas e diretas – mas com informação – é necessário dosar todos os ingredientes de comunicação. Trazendo sempre para o foco um produto com tendências de moda, cores, texturas e materiais. Para que isso aconteça naturalmente, as coleções são feitas, estudas e minuciosamente planejadas após pesquisas, busca de inspirações e testes de componentes que são usados para a próxima etapa, que é o inicio do sapato propriamente dito. Outra busca constante é a harmonia entre os pontos de vista estético e comercial. Para isso, é muito importante que haja comunicação entre os setores de desenvolvimento, criação, comercial e marketing a fim de concluir uma coleção assegurando o estilo e a linguagem da marca. Para promover o encantamento do nosso cliente, a apresentação da coleção nos consome muito tempo de planejamento e mesmo de execução, mas, ao mesmo tempo, é gratificante realizar cada detalhe, cada etapa, cada descoberta. Buscamos inspirações em outros continentes, mas sem perder nossas origens na criação, mantendo assim um padrão nas nossas exigências e desejos criativos. O marketing entra, então, finalizando o processo criativo, levando para o grande público o que planejamos com muita dedicação. No mundo contemporâneo em que vivemos e muito dinâmico, onde a troca de informações é muito rápida, é preciso usar meios tecnológicos, como redes sociais, email marketing e outras ferramentas similares importantes para fidelizar clientes e conquistar novos mercados. Nesses canais, é possível mostrar ao cliente uma pequena amostra dos lançamentos, do que esperar da fábrica. Acreditamos muito ainda também na parceria com o lojista, que deve ter um cuidado com o design do seu ambiente, com a apresentação dos calçados, com o visual merchandising e com a abordagem do vendedor.
O público masculino está muito mais exigente, antenado com a moda e em busca de qualidade. Perceber esta mudança e fazer de tudo para chamar a atenção deste novo consumidor: esta é a regra. A marca deve evoluir, criar uma nova perspectiva e implementar novos conceitos, com base nos hábitos de consumo de seus clientes. E para isso é preciso investimento, pesquisa e planejamento na estratégia de marketing. Apresentar ao público masculino um sapato e torná-lo objeto de desejo é uma tarefa que exige zelo. Isto mesmo. São cuidados especiais, tanto quanto fazer um sapato à mão. É necessário que a campanha de marketing dê continuidade à história que se iniciou com a inspiração dos designers. Demonstrar ao consumidor que aquele produto faz parte de seu universo, de sua própria história. Para ser atraente, é preciso a genialidade de capturar e destacar os melhores atributos do sapato. Em tempos de tecnologia, as menores imperfeições poderão tornar-se visíveis. O que também é possível ocultar, mas não nas mãos do consumidor. É preciso ter qualidade de verdade! O equilíbrio acontece ao integrar a marca como parte da rotina deste homem. Colocar à disposição dele a variedade de produtos e ajudá-lo a escolher cada modelo para cada circunstância de sua vida. O desafio é segmentar este universo e concentrar na identidade da marca. O objetivo é mostrar o conceito das novas tendências, destacar o produto e visualizar um trabalho a longo prazo, pois a moda é passageira, mas a marca é permanente.
Antonio Alves – Diretor Comercial Calçados Jotapê
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Gilvana Soares – Gerente de Marketing Samello
Bom gosto, talento e esforço
Objetividade e confiança
Nossas coleções sempre nascem de um conjunto de fatores. O principal são as mudanças de comportamento e costumes do homem, que tentamos captar, entender e traduzir em produtos. Sempre atentos aos novos rumos do mercado, consideramos também a identidade da nossa marca perante o público já cativo e os caminhos que deram certo nas coleções anteriores. A inspiração pode vir de pesquisas de tendências de moda dos setores que a envolvem – tecidos, desfiles, feiras – e do próprio mercado, das informações que recebemos dos consumidores e clientes. As cores e formatos são, muitas vezes, importados de outros setores, como da arquitetura, ou de qualquer coisa do cotidiano. Mas o segredo para design e comunicação cumprirem seu papel passa pelo bom gosto, pelo talento da nossa equipe de criação, esforço e amor depositado por todos que se envolvem no processo criativo e comercial. Assim, as coleções já nascem atendendo às estratégias de marketing que foram definidas. Elas são, então, contextualizadas em peças atrativas para o público. A intenção é surpreender sempre com diferenciais nos produtos e fazer com que as informações cheguem ao mercado muito atrativas. E é preciso buscar sempre um design autêntico. Para isso, trabalhar um estilo definido, traços, combinações de materiais e cores que brilhem ao primeiro olhar, que possam realmente se identificar com seu público. Buscamos surpreender e estimular o consumidor a sempre esperar alguma coisa nova que acompanhe suas mudanças de comportamento. O marketing deve fazer com que a proposta do produto chegue ao consumidor de maneira clara, de forma que lhe desperte curiosidade e vontade. A campanha é o passo final, é a forma de apresentação de todo o trabalho. Por isso é tão importante e definitiva para o retorno dos altos investimentos. O desafio é triar com assertividade as várias possibilidades e veículos de comunicação, é investir certo. É acertar na identificação do seu público e promover-se pelos caminhos por ele trilhados.
Um dos principais desafios em produzir uma campanha de marketing voltada ao segmento masculino é a exigência do público alvo. O homem, hoje em dia, é sim exigente com o que consome, principalmente com o que calça. Porém, na hora de escolher em uma loja qual o calçado que quer, o homem é mais rápido e objetivo que a mulher, muitas vezes já chegando à loja decidido de qual marca e modelo vai comprar. Então, é de extrema importância que as campanhas de coleções masculinas sejam intrigantes, que prendam a atenção do público masculino no sentido de que ele reconheça logo de cara as características que procura em um produto, exaltando a elegância, a beleza, o conforto e principalmente a qualidade. A fidelidade que os homens criam com marcas é outro ponto forte a ser explorado, pois a partir do momento que a grife cativa o cliente masculino com um produto confortável, bonito e de alta qualidade, sempre que for às compras ele vai procurar primeiro a marca que já confia e reconhece a qualidade. A confiança do mercado masculino em sua marca é um fato que deve ser levado em consideração na criação de uma nova campanha. Fazer com que o homem escolha sua marca antes mesmo de entrar na loja é essencial.
Karolina Latuf – Supervisora de Marketing da Sapatoterapia
Téti M. Brigagão – Diretor de Marketing Sândalo
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chinelos
Os chinelos da estação são robustos e cheios de detalhes. Mistura de matérias, de cores, combinação de tiras e palmilhas estampadas, contribuem para o máximo de estilo.
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1. Freeway 2. Democrata 3. Ferracini 4. Kildare 5. Stefanelo 6. Pegada
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abotinado Típicos de estações frias os abotinados ganham a moda do alto verão 2013. Assim o casual masculino ganha mais uma opção de estilo para enfrentar a temporada mais quente do ano. 1.Kildare 2. Bull Terrier 3. Braddock 4. Freeway 5. Democrata 6. Sândalo
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As cores intensas conquistaram de vez o tradicional público masculino. Uma moda que vai muito além dos calçados, roupas, bolsas e acessórios, exibem uma cartela de tirar o fôlego. 1.Cotton 2.Samello 3.Ferracini 4.Bull Terrier 5. Cotton Roberto Cavalli | Arnys| Daniele Alessandrini | John Galliano | Lanvin
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Simplesmente cosmopolita
Com uma história profissional influenciada por discreta atitude rock’n’roll, mesclada com modelagens contemporâneas e cores vintage, o estilista John Varvatos vem conquistando fiéis clientes no mundo todo. A receita: dedicação exclusiva à moda masculina. 100 I aboutshoes.com.br
Um americano com ascendência grega tem suas criações em lugar de destaque nas vitrines de luxuosos lojas multimarcas ou nos armários de muitos homens modernos e cheios de estilo. John Varvatos começou sua carreira como designer de Polo Ralph Lauren em 1983. Sete anos depois, ele passou a desenvolver um trabalho na Calvin Klein, onde foi nomeado chefe do departamento de moda masculina e supervisionou o lançamento das coleções e a criação da marca CK. Mas, em 1995, Varvatos retornou à Ralph Lauren como chefe de Design de moda masculina para todo grupo Polo Ralph Lauren e cria a Polo Jeans com peças que são básicas, mas que estão bem longe de serem chamadas de simplistas. Quatro anos mais tarde, ele resolveu criar uma marca própria focada somente em produtos para o mercado masculino, sua especialidade. Já com sua primeira coleção, recebeu os primeiros elogios da crítica e os primeiros prêmios, como o Perry Ellis por parte do Council of Fashion Designers of America. Poucos meses depois da sua estreia nas passarelas, o estilista inaugurou uma boutique no bairro do Soho, em Nova York. Suas criações se caracterizam pela qualidade das matériasprimas, pela sofisticação dos cortes e pela forte referência urbana, que sempre abusa da cor preta, tons escuros em geral, e da atmosfera mais nebulosa e introspectiva. Os anos foram passando e Varvatos consolidou ainda mais seu nome, sua marca e sua identidade. Fechou parcerias importantes e duradouras como a que fez com a Converse, na fabricação de modelos exclusivos de tênis com seu nome e recebeu mais prêmios, como o de Designer do ano em 2007. Vieram os perfumes, uma completa linha de produtos masculinos para o cuidado da pele, as outras oito lojas espalhadas pelos Estados Unidos e a consolidação no nome de John. Em 2012, uma nova parceria com fundo de investimento Lion Capital, detentor de marcas como La Senza, All Saints e American Apparel promete levar a grife masculina para a Europa e para o Oriente Médio. Segundo os investidores, há um potencial de mercado que pode quintuplicar o faturamento do negócio de Varvatos. Para aqueles que não acreditam que os homens têm se importado mais com aparência e estilo, o estilista tem um recado: “É preciso trabalhar com a criação, a venda, o sucesso, às vezes, com o fracasso, e permanecer lutando para continuar fiel ao que você quer fazer!”
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Posição neutra As cores neutras deveriam ser uma constante no guarda-roupa de qualquer homem. Variar tons de beges, marrons e caqui, num look é uma boa maneira para obter um resultado interessante para algo que poderia ser bastante sem graça. 1. Samello 2. Ralph Lauren 3. Fossil 4. Democrata 5. Burberry 6. D&G Dolce & Gabbana 7. Sândalo 8. Maharishi 9. Guess 10. Marc Jacobs 11. Marc by Marc Jacobs 12. Kildare 13. Smith Accessories 14. Save Khaki 15. Pegada
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Homens exclusivos 104 I aboutshoes.com.br
Christian Louboutin nasceu em 1964, sob o signo de Capricórnio, num bairro operário de Paris, conhecido como 12° Arrondisement. Foi criado por sua mãe e três irmãs e credita a essas mulheres sua inspiração profissional. Mas em 2011, ele resolveu fomentar novas possibilidades de mercado e inaugurou, na cidade luz, sua primeira loja exclusiva de calçados masculinos. Deu tão certo que Louboutin acaba de abrir mais uma filial, desta vez, em Nova York.
Christian Louboutin Men’s Washington St 808 Washington Street 10014 – New york United States
Uma forte memória da infância de Christian Louboutin é a de uma visita ao Museu de Arte Africana, onde encarou um desenho de uma mulher num sapato de salto agulha vermelho vivo. A delicadeza e o refinamento daquela imagem datada dos anos 50 marcou o primeiro encontro do sapateiro com seu objeto de criação. Vinte anos se passaram desde a abertura da primeira flagship store da marca e a grife conquistou também um ponto do lado oposto da rua Jean Jacques Rousseau, com sua boutique exclusivamente masculina. A loja foi inaugurada em Paris, em setembro de 2011, para atender à crescente demanda e a popularidade do design masculino de Louboutin. Apesar de sua primeira coleção de sneakers e loafers com spikes ter sido lançada inicialmente na Primavera de 2010, Louboutin tem confeccionado sapatos masculinos para amigos e feito participações especiais na maior parte de sua carreira. A loja foi concebida com um conceito que mistura o histórico e o contemporâneo, produzindo uma estética que reflete a personalidade do designer. Os displays de acrílico colorido, reminiscentes dos estilizados e divertidos interiores dos anos 70, são acompanhadas pelo grande giroscópio central, no qual os sapatos ficam expostos e são admirados por todos que passam pela vitrine principal. O fantástico e o urbano se misturam na reprodução do espaço, num clima “Jornada das Estrelas”, tornando-o ainda mais masculino. No centro da loja, um tapete vermelho convida a desfrutar de um novo conceito de butique masculina. Ali estão os os clássicos brogues e alguns modelos de chinelos de dormir. Esse serviço único e exclusivo exige criatividade do cliente, que pode personalizar seus modelos favoritos reaplicando suas próprias tatuagens ou escolhendo desenhos de Louboutin para bordar. Em Nova York, a loja exclusiva para os homens fica a poucos passos de distância da loja feminina. Com aproximadamente 140 metros quadrados, ela ocupa um espaço único numa parte do parque Highline. O design inovador combinado à construção industrial harmoniza-se com a essência eclética do bairro. Assim como na boutique de Paris, a loja da Washington Street tem uma parede bordada. Os painéis de couro são habilmente produzidos pelo Atelier de JeanPhilippe Lesage, na Índia, com os padrões de vários sapatos Louboutin masculinos. O arquiteto Eric Clough, responsável pelo projeto, decidiu incluir o mundo do sapato na concepção da loja. “Nós realmente tentamos usar todos os processos do couro que um sapateiro, um arquiteto e um designer usariam - couro com relevo, bordados, e lisos, com texturas variadas desde pele de cordeiro até couro cru”, explica Clough. Ao entrar no espaço, que remete a um loft nova-iorquino, os clientes são recebidos numa estrutura de pé direito altíssimo, ligada ao Highline. O salão da frente se diferencia pelas claraboias resgatadas do Park Armory New York, que foram reformadas com espelhos e suspensas no teto. Painéis de couro encomendados da Cidade do México, produzidos especialmente por artesãos locais, complementam a pavimentação. Além disso, um luminoso de publicidade das ruas de Paris foi reutilizado como um dispositivo de luz que fica acima de um monitor no chão. O histórico e o moderno, novamente se unem nos elementos que traduzem o estilo da marca. Todo esse cuidado, esse zelo com os produtos masculinos demonstra uma mudança no comportamento do consumidor e um movimento no mercado para atender essas novas demandas do homem contemporâneo. Eles querem mais, querem o melhor e querem o exclusivo. E se depender de Louboutin, é que eles já têm!
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|must have
Spicebomb, da dupla de designers holandeses Viktor & Rolf, é sem dúvida um dos melhores perfumes masculinos já lançados em todos os tempos. O perfumista Olivier Polge – filho de Jacques Polge que criou inúmeras fragrâncias para Chanel – criou um blend forte, que se posiciona na fronteira de uma fragrância com atributos femininos, isto para satisfazer aqueles que estão à procura de originalidade. Em uma composição com características diametralmente opostas – ora abrasadora como fogo, ora refrescante como gelo – as especiarias misturadas têm
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tons sensuais, num contexto oriental amadeirado. Atributo que permite usar a fragrância em qualquer estação do ano. Notas de açafrão, couro, tabaco e vetiver compõem seus acordes quentes, enquanto bergamota, grapefruit e elemis, sua porção fresca. Mas, são o chilli e a pimenta rosa que detonam todo este composto. O frasco – desenhado por Fabien Baron – traz linhas que lembram uma granada de mão, em que o lacre exibe o “V&R”, o elegante logotipo dos designers. Entretanto, todo cuidado é pouco... Os fabricantes alertam: “esta essência é altamente viciante!”
McQ
Christopher Kane
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As definições que temos para o termo moda parecem pequenas frente à magnificência, do ela que representa hoje. No fundo, no fundo, a moda sempre foi – e certamente sempre será – um grande exercício... Um exercício emocionante! Um exercício tão amplo e tão abrangente que realmente impede qualquer tentativa de uma significação simples – e pura. Um exercício full time que além de reposicionar o gosto e a estética a cada temporada, rompe paradigmas, propõe novos padrões de comportamento – quebrando preconceitos e sendo inclusivo – o que muitas vezes deixa marcas profundas, profundas e irreversíveis... Marcas sociais, marcas históricas, marcas humanas... A moda é evolucionária. Esta certamente é a ação que movimenta todos os aspectos deste universo que até pode ser efêmero, mas que muda positivamente e de maneira otimista. Por Júlio Rossi
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Nem só de padrões geométricos faz-se a temporada. Os motivos florais ganham versões elaboradas no outono-inverno 2013 em estampas, bordados e aplicações. Estilos variados têm efeitos diversos, entretanto, sempre encantadores e indiscutivelmente mega chiques.
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Chloé
Nina Ricci
Gucci
Alexander McQueen
Tory Burch
Erdem
Libertine
Leonard
Balmain
Preen
Christopher Kane
Full Floral
Marios Schwab
Haider Ackermann
Louis Vuitton
Temperley
Dior
Glove and Hats
Roberto Cavalli
Uma abundância incomum de luvas tem lugar nas passarelas do outono-inverno 2013. Designers dos mais variados estilos aderiram ao acessório que varia em tamanho – das extra longas, estas parecem estar em destaque, às super-curtas – nas cores e nos materiais. Quanto aos chapéus, há um para cada gosto: enormes forrados de pele, fedora clássico, clochê, western e ainda pill box, floppy, bowler, boater... John Galliano
Dsquared
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Osman
Kenzo
Versus
Chloé
Oscar de la Renta
Helmut Lang
Miu Miu
Cropped pant Nestas últimas temporadas, a visibilidade das calças não é uma novidade propriamente dita no guarda roupas das mulheres. Entretanto, elas vêm sofrendo modificações a cada estação. As peças da vez são as calças sequinhas e curtas – slim cropped pants. A proposta é usá-las com calçados flats para um look casual ou com peças sensuais para criar uma proposta mais glamourosa. Prada
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Haider Ackermann
Clements Ribeiro Paul Smith
McQ
Frilly Ruffles Camadas, camadas e mais camadas de babados vistosos, viram elemento ornamental – chamativo – para as peças da estação. Seu efeito festonado é recurso estético altamente decorativo que deverá marcar definitivamente a temporada primaveraverão 2013 | 2014.
Daks
Burberry
Vivienne Westwood
Lanvin
Scottish Designers britânicos resgatam sua herança estética enfatizando o legado dos campos escoceses. Xadrezes tradicionais e outros com personalidades modernizadas – com dimensões e cores atualizadas – são frequentes em sofisticados casacos, lenços, saias, calças e jaquetas. Uma tendência que pretende retomar a mesma força que teve na década de 1990.
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Y3
Marc Jacobs
Stella McCartney
Yohji Yamamoto
Sonia Rykiel
Temperley
Total knit Há uma abundância de tricôs sobre as passarelas: blusas, vestidos, saias, calças e casacos. Segundo os designers, a proposta mais quente da temporada parece mesmo ser o total look. As produções mais modernas arranjam diferentes cores, pontos e fios com texturas diversas. Vanessa Bruno
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Moschino Cheap and Chic
Mary Katrantzou
Rouland Mouret
Lanvin
Bottega Veneta
Francesco Scognamiglio
David Koma
Peplum plus Relançada há algumas temporadas, a silhueta peplum – amplamente popularizada na Era Vitoriana e depois novamente a partir da década de 1940, 1950 e começo dos anos 60 – tem seu uso intensificado nos looks deste outono-inverno 2013. Elegantes e femininas, as propostas variam em volume e também na atitude. Nesta estação, aumentam as propostas de mais peças casuais – dia-a-dia – com este detalhe sofisticado.
Burberry
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Costume National
Bottega Veneta
John Richmond
Bottega Veneta
Efeitos especiais Sublimações, total screen, plastificações, serigrafias localizadas, fusões a quente... A roupa masculina ganha efeitos especiais neste outono-inverno 2013. Estes extras têm finalidade decorativa em peças com formatação bastante básica e dos mais variados estilos. Apesar do resultado atraente, esta ação não chega à roupa formal. Simon Spurr
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Bill Tornade
N Hoolywood
Frames Levando em consideração as necessidades de cada gênero, a roupa masculina mostra-se tão decorativa quanta a das mulheres. Molduras contrastantes – de cores e ou materiais – são uma forma de embelezar as peças bem ao gosto dos homens. Um detalhe discreto, mas bastante significante. Vivienne Westwood
Tommy Hilfiger
Louis Vuitton
Alexis Mabille
Rick Owens
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Simon Spurr
3.1 Phillip Lim
Vivienne Westwood
Burberry
Les Hommes
Geometria A tendência geométrica também tem espaço na roupa dos homens. Os tricôs buscam como principais motivos triângulos, quadrados, hexágonos, trapézios, retângulos... O contraste entre as cores é outra característica relevante nas peças do momento.
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Z by Zegna
Michael Bastian
Pringle of Scotland
John Richmond
Gucci
Dirk Bikkembergs
Iceberg
Valentino
Roberto Cavalli
Iceberg
Z by Zegna Costume National
Daniele Alessandrini
Calvin Klein
Acne
Roberto Cavalli
Leather for men Nesta estação, os homens parecem ter vantagem frente às mulheres, pelo menos com relação à cartela de cores dos couros. A feminina conta principalmente com o preto. Já a masculina dispõe de inúmeras alternativas. Entre as opções, variantes bastante invernais de azul, verde, bordô, laranja entre outras. Nesta temporada, as peles lisas parecem ter conquistado os designers.
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Jil Sander
Michael Bastian
Mascotes
Vivienne Westwood
Burberry
Eles estão presentes em algumas coleções. Muito conhecidos no mundo dos esportes, as mascotes – corujas, águias, baleias, cachorros, felinos e muitas outras – foram adotadas pelos designers como referência para criar uma moda mais que simpática.
Philipp Plein
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Christian Lacroix Siviglia
Victor and Rolf
Marc by Marc Jacobs
N Hoolywood
Givenchy by Riccardo Tisci
Men in red Nem só de cores neutras e aquelas muito próximas do preto se faz a temporada fria de 2013. O vermelho – vivo, intenso, sinalizador – é pigmento marcante na moda masculina. Suéteres, calças, casacos, camisas e até saias ganham vida e garantem visibilidade extra ao gênero. Malan Breton
Prada
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Foto: Anton Oparin / Shutterstock.com
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Por Jaqueline Sperb
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O estilo rústico vem invadindo as passarelas internacionais tanto nas coleções femininas quanto masculinas. Nesta temporada de inverno 2013, algumas marcas como Lanvin, Yohji Yamamoto e Dries Van Noten buscaram trazer um homem com uma masculinidade a mais, optando por alguns modelos barbudos. O uso da barba nos anos 70 estava super em alta, mas sua popularidade não chegou a durar até o fim na década. Com o passar dos anos, vários formatos de barba ganharam o gosto dos homens, como bigode para os mais velhos e cavanhaque para os mais novos. Mas foi somente na mudança de século nos anos 2000 que a barba volta à cena caindo no gosto dos novaiorquinos e dos homens de Paris. A barba voltou para ficar e pode ser usada por homens de todas as idades, estilos, culturas e religiões. Resta escolher qual estilo de barba cai melhor para cada indivíduo, alguns são mais ousados ostentando bigodes e barbas maiores, enquanto outros são mais clássicos. Com essa nova mania, até as tradicionais barbearias voltaram à moda e são procuradas no mundo todo pela nova geração que quer cuidar bem de sua barba e bigode.
|directions
A
Di Valentini (48) 3265-1511
Kildare (51) 3593-7833
Sândalo (16) 3712-5000
www.calcadosdivalentini.com.br
www.kildare.com.br
www.sandalo.com.br
Di Marjam (14) 3411-3500
Klin (18) 3643-7000
www.dimarjam.com.br
www.klin.com.br
Satryani (51) 3599-3166
www.azaleia.com.br
E
Esdra (51) 3551-0203
L
www.satryani.com.br
Legaspi (51) 3561-2445
www.stefanello-cal.com.br
Art’s (48) 3265-6800
www.esdradesign.com.br
www.legaspi.com.br
Stéphanie Classic (51) 3546-1200
B
www.stephanie-classic.com.br
www.lineabella.com.br
Suzana Santos (48) 3265-6800
Love (16) 3021-4673
www.suzanasantos.com.br
Bárbara Krás (48) 3265-6900
F
Linea Bella (51) 3583-2028
www.barbarakras.com.br
www.ferracini.com
Bebecê (51) 3546-8000
Ferrucci (14) 2104-3000
www.bebece.com.br
www.ferrucci.com.br
Bibi (51) 3512-3344
Firezzi (51) 3568-3888
M
Malu (51) 3552-2500
www.topvisioncalcados.com.br
www.bibi.com.br
www.firezzi.com.br
www.calcadosmalu.com.br
Biondini (51) 3546-6800
Freeway (16) 3711-7000
Masiero (51) 3546-8700
www.biondini.com.br
www.freewayshoes.com.br
www.calcadosmasiero.com.br
V
Bull Terrier (16) 3720-0211
H
Menina Rio (48) 3265-1100
www.bullterrier.com.br
www.hetane.com.br
Amazonas (16) 3111-1600 www.amazonas.com.br Anzetutto (51) 3587-2491 www.anzetutto.com.br Azaleia (51) 3543-1000
Bottero (51) 3543-5400 www.bottero.com.br Braddok (16) 3713-3100 www.braddock.com.br
Burana (51) 3559-3600 www.burana.com.br By Filipi (21) 2270-6012 www.byfilip.com.br
Ferracini (16) 3711-0555
Hetane (51) 3552-2500
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Por Júlio Rossi
Trabalhar com moda exige bem mais do que cliques noturnos das vitrines europeias ou de qualquer outro destino. Requer bem mais destreza do que distrair o vendedor do corner para capturar imagens de mercadorias com valores inacessíveis. Bem mais do que arrecadar catálogos de endereço em endereço. É preciso estar atento para que os negócios tenham longevidade... Faz-se necessário acompanhar – e se possível procurar entender – toda a movimentação deste mercado. As recentes substituições e reposicionamentos de estilistas feitos pelas grandes marcas dão a direção do que está por vir. E para aqueles que acreditam ser este um universo muito distante, ter cautela, é um conselho e tanto. Estas empresas não dão “ponto sem nó”. Há um posicionamento emergente que deverá mudar grande parte da estética estabelecida. Uma pequena revolução dos costumes está sendo estruturada. Entendido o processo é preciso, então, planejar...
Dior | Summer 2013
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