Revista About Shoes #023

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Preview Winter 2014

Homens de estilo

Chega de mimimi

O neo grunge assume a cena

Especial moda masculina

Protagonize sua criatividade






about | editor’s letter

Quatro anos é um tempo curto em uma vida, mas na trajetória da About Shoes o calendário tem outro ritmo e o tempo sempre corre com intensidade. De novembro de 2009 até aqui, foram 33 revistas editadas (juntando nossas publicações de componentes e desfiles), 79 capas criadas, mais de 3500 páginas escritas, muita gente entrevistada e muito sapato selecionado para incríveis editoriais. Surgimos baseados em alguns pilares que seguem até hoje como nossos fundamentos: criatividade, liberdade, valorização humana. Nosso DNA de exploração sensorial nos colocou este ano pela segunda vez entre as melhores revistas brasileiras com acabamentos especiais, segundo o mais importante prêmio da indústria gráfica nacional, o Fernando Pini. E como forma e conteúdo andam juntos, nesta embalagem de design impecável que é a revista About Shoes você já leu matérias e reportagens inesquecíveis, textos exclusivos, abordagens instigantes e pontos de vista surpreendentes. Em quatro anos recém completados, reafirmamos que nosso propósito é fazer para você uma

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publicação relevante. Que faça diferença no seu dia-a-dia, traga inspiração, informação, cultura e diversão. Que agrade profissionais do mercado calçadista e também consumidores e não-iniciados na linguagem técnica do setor. A revista que você tem em mãos traz, em pleno final de 2013, já um editorial de moda com o preview das coleções de inverno 2014, com modelos incríveis de calçados que serão desejos de consumo no ano que vem. Na edição temos ainda um especial infantil, como sempre lindo e caprichado, e um caderno com o melhor da moda masculina da temporada. Quer mais? Claro que sim! Matérias sobre cultura pop, comportamento “mimimi” no trabalho, sobre como criar moda mesmo que sob pressão, entrevistas com designers e artistas, sobre o padrão exibicionista/hedonista dos nossos dias: esses e outros assuntos estão aqui, para seu deleite. Divirta-se, aproveite sua leitura! Cristina Pacheco diretora de redação



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www.aboutshoes.com.br No twitter: @about_shoes No instagram: @aboutshoes facebook.com/AboutShoes

Preview Winter 2014

Arte & Moda

Chega de mimimi

Preview Winter 2014

Homens de estilo

Chega de mimimi

Preview Winter 2014

Crianças na moda

Chega de mimimi

O neo grunge assume a cena

As telas de Marcela Gutierrez

Protagonize sua criatividade

O neo grunge assume a cena

Especial moda masculina

Protagonize sua criatividade

O neo grunge assume a cena

Diversão para a temporada

Protagonize sua criatividade

Capa Winter Preview Foto: Carlos Contreras Tiragem: 4.500 exemplares

Capa Man Foto: Carlos Contreras Tiragem: 4.500 exemplares

Special Kid’s Cover Foto: Juliana de Jesus Tiragem: 1.000 exemplares

Direção CriativA Júlio Rossi Castilho julio@aboutshoes.com.br Direção de redação Cristina Pacheco cristina@aboutshoes.com.br jornalismo Juliana Berwig juliana@aboutshoes.com.br DESIGN Antônio Corrêa antonio@aboutshoes.com.br Gerente comercial Patrícia Ferreira patrícia@aboutshoes.com.br

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Financeiro Sandra Klock sandra@aboutshoes.com.br FOTOS DE DESFILES ©Agência Fotosite Periodicidade: bimestral Colaboradores Krika Martinez, Juliana de Jesus, Jaqueline Sperb, Marina Seibert Cezar, Carlos Contreras, Tiago Heckler, Júlia Isoopo Piccoli e Arno Duarte

A revista About Shoes é marca registrada de About Editora Ltda. About Editora é uma empresa comprometida com a responsabilidade ambiental, por isso a revista é impressa com papéis com certificação de manejo florestal responsável. CTP, impressão e acabamento: Gráfica Editora Pallotti

About Shoes não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome de About Shoes ou retirar qualquer tipo de material para produção de editorial caso não tenham em mãos carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada pela diretoria.

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014 DESIGN 018 ART & CULTURE 019 COMING SOON 021 NEW SHOES 022 FOOD AND DRINKS 024 SHOPPING 026 new BAGS 027 scraps: MARROM NO VERÃO 028 SCRAPS: O PODER DO PRATA 030 INSIGHT: EXPOSIÇÃO HEDONISTA

034 033 SKETCH: BOOT CHANEL 034 POP: O ANTI JUSTIN BIEBER 036 TRENDS: CALÇADOS E BOLSAS DO VERÃO 042 ART: MARCELA GUTIERREZ 044 MODA: PREVIEW INVERNO 2014 054 MOVIES: OS DESENHOS DE HAYAO MIYAZAKI 056 NEW TALENT: A MAFALDA 058 IDEIAS: DE ONDE VEM A CRIAÇÃO

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019 059 ESPECIAL: MODA INFANTIL 060 TRENDS: PARA MENINOS E MENINAS 064 MODA: HOT & FUNNY 072 SCRAPS: CALÇADOS BIJOUX 074 KID’S NEWS 076 MEN’S LIST 077 STYLE: SAVILLE ROW 075 MODA MASCULINA: ALTO VERÃO 088 ICON: BOY GEORGE 089 MEN’S TRENDS 090 MEN’S BEAUTY 092 BRAND: A VOLTA DA DIADORA 094 CREATIVITY: CHEGA DE MIMIMI 096 FORECAST: DESFILES INVERNO 2014 104 BEAUTY 105 DIRECTIONS 106 LAST PAGE



about | guest list

Nascido em Santiago, no Chile, Carlos Contreras atua como fotógrafo de moda no mercado editorial e publicitário desde 2007, trabalhando com as principais marcas e publicações da área. Seus trabalhos têm sido veiculados em revistas e jornais nacionais e internacionais. É colaborador assíduo dos editoriais da About Shoes e nesta edição, assina soberano os ensaio masculino e feminino.

Arno Duarte é jornalista e trabalha com recursos humanos. Adora

o que faz, mas não deixa de se aventurar em peças de teatro, videoclipes, música, fotografia, meditação ou em qualquer coisa que estimule expressão e criatividade. Entre projetos pessoais e profissionais, busca a felicidade autêntica nas 30 horas do seu dia. É coaching e palestrante. Nesta edição, escreveu um artigo sobre o fim do mimimi no trabalho.

Marina Cezar é mestre em Moda, Cultura e Arte, doutoranda em

Krika Martinez é jornalista e vive há anos na Espanha.

Ciências Sociais e coordena o Grupo de Pesquisas e Tendências Comportamentais do Centro de Design da Universidade Feevale. Aqui na About, traz sua análise e visão para inspirar novas ideias na coluna Insight. Nesta edição, Marina fala sobre o exibicionismo a que nos submetemos nos dias de hoje.

Recentemente, ela teve um acidente que a fez ficar com o pé imobilizado por 10 dias. Nesse tempo, aproveitou para rever alguns filmes do diretor japonês Hayao Miyazaki e escrever sobre os motivos de sua aposentadoria ser bastante justa, apesar de querer que ele mude de ideia.

Júlia Isoppo Piccoli tem a moda no sangue. Filha e neta de estilistas, seguiu a carreira acadêmica, fez mestrado em Portugal e hoje dá aulas de moda inspirando jovens universitários, onde gosta de falar sobre processo criativo e ferramentas que exercitem a criatividade. Viajar é sempre sua opção, conhecer o mundo e novas culturas. Busca experiências em tudo que faz e tenta compartilhar com as pessoas próximas a ela. Aqui na About Shoes, ela escreve sobre métodos para criar produtos de moda, ainda que sob pressão. Tiago Heckler trabalha com fotografia publicitária há mais de dez

anos e durante essa jornada ele vem transformando técnica em arte, ideias em imagens. São dele as imagens de produto da revista.

Juliana de Jesus é uma fotógrafa “das antigas”, com formação em

Belas Artes e proprietária do estúdio Fotosyntese. A publicidade é onde exercita a estética da imagem comercial, mas sempre se dedicou ao retrato também: considera esta a parte lúdica do trabalho, onde tem contato com a alma das pessoas e adora ver as transformações. Aqui na About Shoes, Juliana assina o editorial do nosso especial infantil. Jaqueline Sperb é loira e linda, formada em Moda, expansiva e

gosta de cantar quando está feliz. Durante dois anos de sua vida trabalhou na equipe da About Shoes, onde aprendeu com Júlio Rossi tudo sobre produção de editoriais. Saiu em vôo solo e agora volta à casa para assinar o styling do nosso incrível editorial masculino.

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about | Design

Design glacial Sempre surpreendente, a arquiteta iraniana Zaha Hadid inova mais uma vez ao mostrar uma mesa que remete – com muita beleza – à delicadeza da água congelada. A obra, chamada “Liquid Glacial Table”, é produzida em plexiglass, um acrílico transparente maleável e firme, o que possibilitou uma superfície capaz de captar as refrações externas do mundo externo de forma real. A criação conta com apenas 12 edições, incluindo dois protótipos e duas provas da artista. Nas palavras da designer, a intenção era criar um móvel “que parece estar em movimento, como um redemoinho”.

Arte tipográfica Para celebrar a School of Visual Arts, uma das mais inovadoras escolas de design americana, o bureau Sagmeister & Walsh mostra cartazes que vêm chamando a atenção pelas estações de metrô de Nova York. Com o nome de “Take it On”, as obras trazem os próprios designers – Stefan Sagmeister, Jessica Walsh e Santiago Carrasquilla – com intervenções tipográficas sobre seus rostos. “Olhamos ao redor, e percebemos que o estúdio está enraizado na comunidade da SVA, pois o estúdio é formado por professores ex-alunos da instituição”, explicam os criadores. As imagens do projeto foram clicadas pelo fotógrafo Henry Leutwyler.

Luminária de papel Conhecido por seus famosos plissados, o estilista japonês Issey Miyake mostra toda a sua criatividade em uma linha exclusiva de luminárias. Em parceria com a marca Artemide, o designer criou a linha In-Ei, que traz peças inspiradas em delicados origamis de papel. Os artigos são confeccionados em um tecido especial, criado a partir de garrafas PET recicladas, o que permite que sejam dobrados de diferentes maneiras. As criações foram destaque no IF Design Awards e estão à venda nas lojas do costureiro em Tóquio e no MoMa, em Nova York.

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LANÇAMENTO

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about | Culture & art

Luxo sem limites

Intensidade criativa O incrível trabalho da artista japonesa Yayoi Kusama – conhecida por suas obras carregadas de “polka-dots” coloridas – está sendo revisitado em uma exposição que reúne desenhos, pinturas, esculturas, vídeos, slides e instalações. O famoso acervo da criadora, que recentemente inspirou uma icônica linha de produtos da Louis Vuitton, poderá ser conferido no Rio de Janeiro, onde a mostra “Obsessão Infinita” desembarca depois de passar por Buenos Aires. A curadoria está nas mãos Instituto Tomie Ohtake, que mostrará mais de 100 itens assinados pela designer que, aos 84 anos, vive reclusa em uma instituição psiquiátrica. Obsessão Infinita CCBB Rua Primeiro de Março, 66, Rio de Janeiro De 12 de outubro de 2013 a 12 de janeiro de 2014

Depois de celebrar a excentricidade e a rebeldia da cultura punk, o Metropolitan Museum of Art se rende às criações do couturier Charles James em uma nova retrospectiva fashionista. De origem britânica, o estilista será relembrado, no próximo ano, através da exposição “Charles James: Beyond Fashion”, que reúne 100 peças com a assinatura do criador que, nos anos 50, era conhecido por ser o favorito de socialites como Millicent Rogers e Austine Hearst. Além de relembrar a obra do costureiro, o museu ainda prepara o seu tradicional baile – comandado pela editora da Vogue America, Anna Wintour – com inspirações e referências ao designer. Charles James: Beyond Fashion Metropolitan Museum of Art 1000 5th Avenue Nova York De 8 de maio a 10 de agosto de 2014

Ícone fashionista O fabuloso guarda-roupas da editora de moda Isabella Blow é tema, a partir de novembro, de uma exposição imperdível. O acervo da inglesa – que tirou a própria vida em 2007 – é tema da mostra ”Isaabella Blow: Fashion Galore!”, que integra a programação da galeria londrina Somerset House. Segundo os curadores, mais de uma centena de roupas, calçados e acessórios da musa de Alexander McQueen – e descobridora de talentos como Philip Treacy e Hussein Chalayan – estarão em destaque, evidenciando todo o estilo de uma mulher ousada e que marcou uma geração de criadores dentro da moda birtânica. Isabella Blow: Fashion Galore! Somerset House Strand WC2R 1LA Londres De 20 de novembro de 2012 a 2 de março de 2014 018 I aboutshoes.com.br


about about| |coming COMINGsoon SOON

Uma estética que pode dialogar com a tradição e a vanguarda – em intensidades variáveis –criando vertentes novas, vibrantes e bastante dinâmicas, segundo a interpretação de cada um. Uma ação “evolucionária” (evolucionista e revolucionária) bem típica da moda como movimento.

Diversas técnicas foram resgatadas pelos estilistas para garantir o upgrade à moda do outono-inverno 2014, segundo suas preferências artísticas. O resultado são peças sofisticadas que exibem uma notável dificuldade na execução, altíssimos níveis decorativos, com implicações surpreendentes.

ART ON THE AGENDA Os designers pretendem devolver à moda o CONTEÚDO perdido através dos tempos. O resultado não poderia ser mais ARTÍSTICO.

Variados movimentos artísticos servem de inspiração para avalizar a intenção da temporada. Temas clássicos – como referências bizantinas e medievais – a arte moderna ou contemporânea ganham múltiplas interpretações, menos ou mais fiéis as suas origens, e mixagens valorosas.

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Dolce & Gabbana


Dolce & Gabbana

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Verdadeira OBRA DE ARTE: vertentes e períodos artísticos diferentes COMBINADOS no mesmo look Salvatore Ferragamo

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Salvatore Ferragamo

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Diane Von Furstenberg Anya Hindmarch 020 I aboutshoes.com.br


about | NEW SHOES

Foto: Agência Fotosite/Firstview

sapataria masculina

clarificadas

Uma pequena mas elegante seleção de cores claras confere sofisticação aos looks do outono-inverno 2014.

O uso dos clássicos da sapataria masculina – oxford, derby, slipper, loafer, monk, creeper e a chelsea boot – é uma constante nos looks das mulheres. Alguns modelos seguem a risca as formas, as cores e os detalhes dos tradicionais exemplares feitos para os homens. Já outros contam com a intervenção dos estilistas e muitas peças preservam apenas um mero detalhe dos originais.

conforto

Além do estilo consagrado, os clásicos masculinos trazem o conforto de volta à moda das mulheres – isto para qualquer ocasião.

oxford

Lanvin

original or redesigned

Entre os estilos masculinos clássicos, o oxford – com ou sem furações (brogues) – parece ser o preferido dos designers.

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about | Food & Drink

Rusticidade criativa Com o status de melhor restaurante do mundo, concedido pela revista inglesa Restaurant, o El Celler de Can Roca impressiona em todos os aspectos. A casa – situada na pequena cidade de Girona, na costa da Catalunha, na Espanha – é comandada pelos irmãos Joan, Josep e Jordi, que definem sua gastronomia como “inteligente, divertida e absolutamente deliciosa”. No cardápio do lugar, que oferece uma decoração rústica e muito aconchegante, estão azeitonas caramelizadas recheadas com anchova, sopa fria de cerejas com enguia defumada e sanduíche de pele crocante de porco ibérico e melão. El Celler de Can Roca Calle de Can Sunyer, 48 Girona

Tradição renovada O antigo Café Royal, com seus 150 anos de história na capital inglesa, está de cara nova – e ainda mais luxuosa. Conhecido por abrigar a elite cultural de cidade no passado, o lugar agora reabre suas portas como hotel depois de passar por uma restauração que durou quatro anos. A remodelação visual do espaço ficou a cargo do arquiteto David Chipperfield, responsável pela nova loja da grife Valentino, em Milão, e a renovação do Neues Museum, de Berlim. A casa mistura a atmosfera antiga do lugar com referências modernas, enfatizando o lendário “The Grill Room”, agora transformado em um lounge onde champanhe e caviar não podem faltar. Café Royal 68 Regent Sreet Londres

Sabor com requinte Quem procura uma experiência gastronômica inesquecível precisa conhecer o Noma, restaurante comandado pela badalado chef Rene Redzepi. Desde a localização – em um armazém do século XVIII no cais do porto em Copenhague, na Dinamarca – o lugar chama a atenção dos amantes da boa comida e de lugares requintados. Com apenas 40 cadeiras, a cozinha – uma das mais celebradas da Europa – privilegia sabores intensos e ingredientes únicos. Nas mesas, nada de talheres. Os visitantes são convidados a degustar uma parte do menu com as mãos e saborear até mesmo as flores que adornam o ambiente, que tem um layout impecável e vista privilegiada para o Canal de Nyhavn. Noma Strandgade 93, 1401 Copenhague

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about | Shopping

Expansão de luxo A concet store italiana 10 Corso Como se prepara para expandir ainda mais seus negócios. Depois de abrir as portas na Coreia do Sul e no Japão, a multimarcas comandada por Carla Sozzani chega à Shangai, na China. Pelas mãos do Trendy Group International – conglomerado oriental que lembra as poderosas Zara e Topshop – a loja deve ser inaugurada ainda este ano. Com quase 27 mil metros quadrados, o ponto de venda mostrará uma seleção que inclui artigos de moda, design, arte e cultura. A empresa promete ainda uma oferta constante de peças assinadas por novos criadores locais, além de etiquetas de badaladas grifes internacionais. 10 Corso Como Nanjing West Road Shangai

Acessórios & co. Vitrine americana Pela primeira vez, a estilista Diane von Furstenberg celebra todo o luxo de seus acessórios em uma loja exclusiva. O layout do espaço – que fica em Manhattan, no coração de Nova York – chama a atenção por suas vitrines decoradas com lábios fluorescentes e manequins que vestem os famosos “wrap dresses” criados pela designer. A decoração ainda inclui um incrível carpete rosa e pufes em forma de corações, além de prateleiras de vidro, onde sapatos, bolsas, carteiras e cases para gadgets são expostos de maneira impecável. “Achamos uma ótima maneira para destacar os produtos e ainda celebrar o verão americano”, comentou a criadora. Diane von Furstenberg 874 Washington Sreet Nova York

O reinado de plástico da Melissa segue em expansão pelo mundo com a abertura de uma nova loja nos Estados Unidos. Depois de montar suas vitrines em Nova York, a ensolarada Miami é a escolhida da empresa para abrigar uma pop up store até julho do ano que vem. O espaço fica na badalada Lincoln Road, um dos endereços de compras mais famosos da cidade. Os planos de internacionalização da marca não param por aí, já que a abertura de um espaço em Londres – onde um ponto de venda temporário esteve em funcionamento durante os Jogos Olímpicos – deve ser anunciada para 2014. Melissa 830, Lincoln Road Miami

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about | NEW BAGS

Foto: Agência Fotosite/Firstview

Minimalismo extremo monocromia

Muitas bolsas da temporada fria de 2014 apresentam apenas uma cor e um material. A monocromia é estética corrente nas coleções do período.

inverno colecionável crocodilo

Entre as texturas escamadas, a de crocodilo parece receber especial atenção dos designers. Aquelas em padrão maximizado são ainda mais interessantes.

O minimalismo é um movimento do design, arte e música, que pretende expor a identidade maior de algo através da eliminação de todas as formas não-essenciais, recursos acrescidos ou conceitos extras. Concepção muito bem ilustrada pelo designer Marco Zanini que reduziu as bolsas de sua coleção para a Maison Rochas a um rolo fechado por uma tira. Se o menos é mais, na visão de Zanini é absolutamente tudo.

Algumas peças pretendem fazer um tributo ao inédito. Assim, formas diferentes do comum pretendem ser originais e surpreender pela modernidade.

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Rochas

inovadoras


About scraps

A volta se édidá com ares inuma tos, pois há geração que nem mesmo lembra que esta seleção teve a rele- ve. vância que te adas Foram tempor após tempo- soberania radas de uma l. Outras incontestáve coadcores eram es juvant e tinham uma relevância ocasional.

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About scraps



about | insight

vitrine hedonista 030 I aboutshoes.com.br


A exposição a que hoje nos submetemos se dá por um prazer em saber que outros estão nos vendo. Pensemos: mais interessante do que um evento em si é a ideia de que muitos saberão que estivemos lá. Por Marina Seibert Cézar

Por vezes evoco a internet como promotora fundamental de significativas mudanças comportamentais que ocorrem na nossa atualidade. Nesta edição não será diferente! E levando em conta que uma macrotendência pode se manter anos no mercado, ainda poderei falar muito sobre ela! Pois é fato que desde a sua popularização, ela vem se concretizando sucessivamente como a responsável, ou no mínimo, a propagadora dos novos desejos de movimentos sociais que direcionarão os anseios materiais. Inicio com uma breve retomada para que então consigamos comparar. Na década de 90, houve um indício do gosto pela transparência especialmente nos eletrônicos, época em que podíamos ver o funcionamento por dentro dos aparelhos telefônicos, por exemplo. A abordagem era a mesma, entretanto o viés era outro. Inclinava-se mais para o sentido de mostrar o avanço rumo ao futuro e ganhar confiança dos consumidores. Como ocorreu a cultura do “visite nossa cozinha” para demonstrar que não se precisava temer a higiene ou segurança no estabelecimento. Entretanto, hoje esse mostrar está muito mais pelo hedonismo, por um prazer em saber que outros estão te vendo. Pensemos: mais interessante do que um evento em si é a ideia de que muitos saberão que estivemos lá. Esse imaginário acaba criando todo um universo de exibicionismo, no qual pessoas se especializam no mercado para construir personagens que chamamos de celebridades para idolatrarmos

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Querer se mostrar não é o mesmo que não ter o que esconder. a possibilidade de promoção nunca foi tão latente.

por um curto período de tempo. Os seguidores entram na intimidade de seus ídolos, entretanto na maioria das vezes é por decorrência dos próprios se exporem como disponíveis, numa espécie de permissão antecipada. A imaginação, assim, é extrapolada ao extremo quando este publica uma foto caseira tirada no banheiro de sua casa. O fã o considerará praticamente da família. Ironicamente, pode também ocorrer o efeito contrário e o seguidor (no sentido virtual mesmo) experimentar certa banalidade dessa pessoa que, antes, era inatingível e misteriosa. Seu encanto se perde pela facilidade do acesso. Isso é passível de acontecer com qualquer um. Ao mesmo tempo em que há uma encenação e manutenção deste espetáculo que simula a vida real, há a potencialização através da difusão de se mostrar fazendo o bem ao próximo. Com isso, até nossa solidariedade está mais espetaculosa. Não que seja sempre planejada, mas a possibilidade de promoção nunca foi tão latente. A tentação é grande, até porque, querer se mostrar não é o mesmo que não ter o que esconder. Naturalmente que nossa realidade está muito mais romântica do que os escritos de George Orwell sobre a vida em uma sociedade com valores totalitários. Ou talvez mais velada, pois a repressão imaginada pelo autor, hoje, é dada pelos próprios cidadãos. É a fiscalização mais legítima que um esquema social pode ter. O controle atualmente tem muito mais êxito quando exercido de forma horizontal. Ou seja, entre os iguais, e não sob alguma política punitiva. E isso não significa que a punição não seja eficiente, pelo contrário. Experimente postar nas redes sociais mensagens de intolerância étnica ou crueldade animal e espere algumas horas pela repercussão de revolta. O filósofo Foucault foi outro pensador que já prenunciava a interferência no comportamento das pessoas através da analogia com o panóptico nas prisões, no qual a própria vigilância fazia dos condenados, cidadãos mais conscientes de seus atos. Não muito diferente do que presenciamos nas ruas e estabelecimentos através

das câmeras de vigilância que gravam cenas do cotidiano e que mesmo sem percebermos, podem servir de virais nas redes por algum ato nosso. É a onisciência virtual que nos molda, e isso não precisa ser mal interpretado, pois sempre houve essa observância, o que muda é a sua maneira de se manifestar. A aplicação material dessa forma de pensar pode ser bastante simples. Uma vez que as pessoas querem se expor, mas sem que pareça extensivo, as alternativas se percebem na matéria-prima. As variantes na forma de criar transportam de uma maneira bastante delicada por intermédio da transparência. Calçados em detalhes generosos na construção do cabedal ou mesmo no acrílico dos saltos. Camisas que mostram praticamente só os acabamentos da peça e o top por baixo. Diferente da última vez que apareceu nas ruas, a proposta é longe de ser vulgar, mas pretende, sim, brincar com a ideia de ter outras opções na sequência. O foco não é no excesso de pele, até porque, pela proporção, essa propriedade do material fica longe do corpo e vai revelar através de sobreposições com outras possibilidades. Tudo muito solto e despretensioso, sem produções extravagantes. E já que falamos nesta coluna sobre comportamento, é valido sempre analisar outras esferas além do produto. Mesmo aqueles materiais mais densos estão sendo colocados à prova. Um deles é o concreto transparente, assim chamado, que na realidade trata-se de painéis pré-moldados de concreto que permite a passagem da luz, obtido através de resinas especiais. Apesar de resistente, não perde a leveza. Aliás, possui uma aparência bastante aconchegante e natural. Além do aspecto interessantíssimo que fica no ambiente, se mostra como uma alternativa limpa, uma vez que economiza uma considerável energia. Shanghai já está usando. A arquitetura muito está se apropriando dessa estética, deixando os ambientes mais abertos especialmente pelo uso do vidro. É como se não tivéssemos barreiras, como bem interpretou o artista Tomás Saraceno, que propôs uma instalação para simular como seria se pudéssemos andar nas nuvens. As pessoas que caminham nessas telas gigantes suspensas no Museu de Arte Moderna de Düsseldorf são vistas pelos que estão no chão, da mesma forma aqueles que ficam na terra firme podem observar pessoas caminhando sobre suas cabeças. Mas por enquanto pode relaxar que não tem ninguém te observando. Será?

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about | POP

O anti-Justin Bieber Por Juliana Berwig

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Com cabelo desgrenhado, roupas surradas e cara de quem não leva desaforo pra casa, o novo messias do rock parece meio alheio ao circo montado ao seu redor. Aos 19 anos, Jake Bugg mantém o ar blasé mesmo com a moral de andar com os caras do Rolling Stones, namorar a garota mais quente do momento e ser elogiado por todos os críticos musicais do planeta. E repito: aos 19 anos recémcompletados. Do alto da parada inglesa, o moleque mostra que sabe das coisas, especialmente no que diz respeito a guitarras bucólicas e letras cheias de cinismo.

No meio de uma cena dominada por rappers caricatos, divas exageradas e boy bands irritantes, a presença de um menino magrelo com um violão debaixo do braço parece fora do padrão. A estampa de integrante do One Direction não levanta suspeitas de que se trata de um roqueiro em ascensão, ainda que o nome de Bob Dylan seja citado a cada texto escrito sobre o jovem Jake Bugg. Apesar de encarar o palco do icônico Glastonbury, o mais hypado festival do mundo aos 17 anos, o garoto ainda é cauteloso com a imprensa, mesmo mostrando os “dois dedos”, sinônimo de rebeldia entre a gurizada inglesa no cultuado videoclipe do hit “Two Fingers”. O único álbum com seu nome na capa já ocupa o primeiro lugar em várias partes do planeta, com direito a prêmios importantes e a benção de gente como Elton John e Chris Martin. De Nottingham para o mundo, Jake começou a tocar violão aos 12 anos para, um pouco depois, começar a compor suas primeiras letras. Nesta época, desenhadas na última página de seus cadernos de aula, surgiam músicas adolescentes influenciadas por lendas como Beatles, Johnny Cash, Don McLean, Oasis e Jimi Hendrix. Sim, o menino já sabia das coisas desde cedo e, não por acaso, acabou chamando a atenção de Noel Gallagher, que o convidou para abrir uma parte de sua primeira turnê solo pela Inglaterra no ano passado. Como se não bastasse, ainda encarou uma platéia de 70 mil pessoas ao se apresentar antes dos Rolling Stones em um show no Hyde Park, em Londres. O convite partiu do próprio Mick Jagger, mais um tiozinho do rock encantado com as habilidades do rapaz. Apesar da fama de marrento, Jake tem pinta de menino comportado e jeito de quem não liga muito para a aparência. Com uniforme que inclui calça jeans e camisa xadrez, ele fisgou o coração da top Cara Delevingne, queridinha de Karl Lagerfeld e dona de todas as capas de revistas de moda do momento. O namoro, que ninguém sabe a quantas anda por conta da discrição do casal, tem atiçado a imprensa britânica, famosa pela voracidade em invadir a vida das celebridades. Sempre lacônico, o rapaz disse ao Sunday Times que o namoro com a musa teria sido “uma experiência interessante, mesmo com flashes de câmeras piscando e toda essa baboseira”. A declaração daria a entender que a relação chegou ao fim? “Eu nem sei’’, confessou na mesma entrevista, deixando os fãs sem muitas respostas. Depois de um ano cheio de elogios de gente famosa, shows memoráveis e paparazzis em cima de árvores, o músico se prepara para lançar seu segundo álbum bem longe da Grã-Bretanha. Nas areias fofas de Malibu, em Los Angeles, ele trabalhou com a ajuda de Rick Rubin, lendário produtor dos Beastie Boys. Batizado de “Shangri La”, o disco segue a cartilha indie-folk-rock do trabalho anterior e deixa ainda mais clara a influência do britpop em canções de melodias fáceis e letras cotidianas. A língua afiada – de quem já criticou programas de calouros como X Factor e astros do pop adolescente – deve continuar intacta, provando que as semelhanças com Justin Bieber não vão além da idade e do tempo de carreira. Sim, ainda iremos ouvir falar muito de Jake Bugg. Já sobre o seu oposto americano, não se sabe...

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about | TRENDS

Chain reaction Detalhe tão irreverente quanto moderno... As correntes alinham elos e mais elos em modelos próprios para enfrentar o período mais quente do ano com o máximo de estilo. 1

Solares

1. Izabela Azevedo 2. Dirrossana 3. Seanite 4. Máximo 5. Macadâmia 6. By Filip As cores solares – laranja, amarelo, vermelho e rosa – estão entre as mais celebradas da temporada quente de 2013 | 2014. Além das roupas, também bolsas, calçados e acessórios tomam partido delas.

1. Ana Paula 2. Dakota 3. Bebecê 4. Cecconello 5. Terra & Água 6. Pink Butterfly

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1. Izabela Azevedo 2. Dirrossana 3. Seanite 4. Máximo 5. Macadâmia 6. By Filip As cores solares – laranja, amarelo, vermelho e rosa – estão entre as mais celebradas da temporada quente de 2013 | 2014. Além das roupas, também bolsas, calçados e acessórios tomam partido delas.

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Orange, naranja, arancia, laranja

1. Suzana Santos 2. Priscila Torres 3. Zatz 4. Ramarim 5. Werner 6. Tches

Cartela quente e, acima de tudo, moderna! Diferentes tonalidades da cor disputam os mais diferentes calçados e ficam perfeitas em modelos dos mais diferentes estilos.

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Só no salto 1

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Eles são a alma de muitas peças da temporada alto-verão 2014. Os saltos diferenciados garantem máxima sofisticação com banhos metálicos, efeitos laser, incrustações e formas surpreendentes.

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1. Dijean 2. Século XXX 3. Zeket 4. Via Marte 5. Vicenza 6. Luxfor

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Ankle strap As alças no tornozelo acrescentam dose de sensualidade aos modelos de sandálias mais femininos da temporada. Aliadas ao estilo sem plataforma, são o desejo do verão. 3

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1. Parô Brasil 2. Bebecê 3. Stéphanie Classic 4. Via Marte 5. Ferrucci

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No mix and match A brincadeira acabou?! Parece que os designers estão cansados do lúdico jogo de pigmentos. As bolsas de cores únicas são referência no alto-verão 2014. 4

1. Kowro Bags 2. Zarki 3. Mondaine 4. Di Rossana 5. Rafitthy 6. I Love Flats

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HALL4

18 - 20 FEV. 2013 - PARIS-NORD VILLEPINTE FEIRA INTERNACIONAL DE ENFEITES E COMPONENTES PARA MODA E DESIGN modamont.com


about | art

Por Juliana Berwig

SOBRE ARTE & MODA Em um universo dominado por imagens vazias onde a sutileza ainda é artigo raro, uma simples comunicação feita a partir de uma série de riscos e tintas em perfeita harmonia tem um poder transformador. Ao elevar produtos a categoria de arte, Marcela Gutierrez impressiona por fazer com que algumas das marcas mais importantes do mundo se tornem bem mais do que produtores de artigos de luxo. De origem americana, mas com alma globetrotter, a designer tem em seu currículo trabalhos para a poderosa Prada, que transformou seus desenhos em imponentes paineis em suas lojas, além de ilustrações para campanhas publicitárias de Carolina Herrera e capas de revistas como Vogue e Bazaar.

A paixão pela moda levou Marcela a trocar o curso de arquitetura - influência de seu pai, um homem apaixonado pelo concreto e pelo Brasil – pelos bancos do tradicional Central Saint Martins, em Londres. Na capital inglesa, a garota de origem latina que sonhava rodar o mundo estudou design e marketing para em seguida integrar a equipe de criação de ícones como Alexander McQueen e John Galliano. O período ao lado dos estilistas fez com que percebesse que o desenho era mesmo - e sem dúvidas - o seu destino. Com um portifólio e tanto em mãos, passou a retratar o universo a partir de seu melhor instrumento: o olhar apaixonado e o talento para o desenho.

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Com a sensibilidade de quem cresceu observando desenhos sobre o papel e imersa em um universo próprio de cores e texturas, uma jovem designer traduz com perfeição a vontade da indústria da moda em incitar novos desejos. Os traços delicados de Marcela Gutierrez são um convite à sensibilidade, expressa em aquarelas intensas e desenhos que transpiram emoção.

Quando você começou a se interessar por ilustrações? O fato de você ter estudado arquitetura teve alguma influência? Desde que me lembro, sempre estive interessada por ilustrações. Eu era uma criança tímida com um mundo próprio e desenhar era uma atividade solitária que me deixava feliz. Sempre fui muito desatenta e, quando desenhava, percebia que era o único momento em que conseguia me focar por horas e horas. Estudei arquitetura por influência do meu pai, que é arquiteto, e porque sabia que era uma área que tinha uma relação forte com o desenho. Acabei cursando apenas por dois anos, pois depois percebi que era preciso transformar todos aqueles rabiscos em realidade! Como é seu processo criativo? Uma fotografia, uma peça de roupa, um par de sapatos... Qual é o seu ponto de partida no momento da criação? Eu sou muito ligada em cores e, por isso mesmo, adoro observar as coisas ao meu redor. A natureza nos proporciona uma combinação de tons tão perfeita! Eu me inspiro nas pessoas que eu vejo nas ruas e em suas misturas incomuns, assim como na obra de meus artistas favoritos. Na verdade, eu gostaria de desenhar mais a partir da vida real, mas com os prazos loucos com os quais tenho que lidar, muitas vezes é mais fácil trabalhar a partir de fotografias. Mesmo assim, gosto muito dos dois processos. Eu começo procurando imagens em um arquivo com inspirações de vários estilos. Em algumas delas, aprecio algo diferente e, a partir daí, faço uma colagem visual e começo a desenhar. As grandes marcas, recentemente, começaram a apostar no poder das ilustrações para criar ainda mais desejo em torno de seus produtos. Ao trabalhar com grifes importantes, como acontece o processo de criação e até que ponto eles interferem em seus desenhos? Cada marca tem a sua visão de como gostaria de representar seus produtos. As empresas costumam me fazer entender este conceito, mas também me dão liberdade para representá-los a partir de meu próprio estilo. Eu tento ser

muito compreensiva para de fato entender o que estamos destinados a retratar juntos. Você trabalhou com grandes nomes da moda, como Alexander McQueen e John Galliano. Como foi essa experiência? É sempre muito fascinante trabalhar com designers tão inspiradores! De fato, foram estas duas experiências foram decisivas na hora de pensar em seguir uma carreira de verdade como ilustradora. Inicialmente, fui trabalhar para eles por conta da minha vontade de atuar como designer de moda. Assim que eu comecei a desenhar não consegui pensar em outra coisa e, quando me dei conta, já uma tinha um vasto portifólio que me fez pensar em escolher outra carreira. Eu sempre serei grata por esses momentos, porque agora eu faço o que realmente mais amo. Você é uma pessoa global, que viveu em vários lugares do mundo. Como esta experiência influencia seu trabalho? Você se considera como uma cidadão do mundo? Eu acho que mudar de cidade e de país algumas vezes durante a vida sempre abre a sua mente para coisas novas. O impacto que todas essas andanças tiveram em mim foi o fato de que, talvez, eu entenda melhor culturas diferentes da minha. Eu definitivamente me considero uma cidadã do mundo: nasci na América, fui criada na Guatemala por pais nicaraguenses e vivi metade da minha vida em lugares como México, Londres, Barcelona, Paris e, agora, em Nova York. Não tenho sentimento de apego a nenhum país em particular, posso me sentir em casa onde eu quiser. Quem são seus ícones de estilo? Definitivamente, Diana Vreeland. Eu também adoro Caroline d’Maigret, que sempre parece elegante sem muito esforço. Adoro o fato de ela não seguir as tendências religiosamente, mantendo um estilo atemporal. O que inspira você atualmente? Diana Vreeland e sua imaginação selvagem e excêntrica!

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Regata CORPOREUM, tricô AMBICIONE, saia CANAL e scarpin STÉPHANIE

Por CARLOS CONTRERAS


Vestido ANIMALE, bermuda FARROW, cardigã JULIO TRICÔ e boot WERNER


Jaqueta NEXY, tric么 SACADA, colar MARY DESIGN, cal莽a e vestido ANIMALE. Bootie Ana Paula


Look ANIMALE e sandรกlia CECCONELLO


Vestido FARROW, tric么 ZARA, luvas H&M e open boot VIA MARTE


Calรงa ANIMALE, luvas H&M, top e blazer CANAL. Peep toe VICENZA


Vestido SACADA, camisa CHOLET, calรงa ANIMALE, coat BORDA BARROCA e scarpin BEBECร .


Casaco BORDA BARROCA, camisa e calรงa ANIMALE. Open scarpin ZEKET


Fotografia: Carlos Contreras | Fot贸grafo Assistente: Lucas Martins de Mello | Modelo: Gabriela Nemitz (Joy Model Management) | Beleza: Ana Ferrary | Moda: Julio Rossi | Tratamento de Imagem: Tales Teixeira | Agradecimentos: Stile e Borda Barroca

Vestido LE CLOS, cal莽a ANIMALE, casaco CORI peep toe LEVINE


Conjunto ESSE, vestido ANIMALE, tric么 AMBICIONE e boot ANZETUTTO


about | Movies

Um gênio sai de cena O cineasta japonês Hayao Miyazaki, fundador do Estúdio Ghibli, já foi reconhecido como “o novo Disney”. Mas o título sempre foi esnobado pelo diretor, que nunca gostou de ser comparado. Por Krika Martinez

Quando falo de um diretor que adoro, fico dizendo que estou à espera do seu próximo filme. No caso de Hayao Miyazaki não posso falar o mesmo, mas apenas desejar que ele aproveite sua aposentadoria (e que todas as pessoas vejam seus incríveis trabalhos em animação). Ele nasceu em Tóquio, no Japão, no ano de 1941 e, desde jovem, sabia que seguiria o trabalho de seu pai. Apesar de estudar ciências econômicas para trabalhar em uma fábrica que construía aviões, arrumou um emprego de “intervalador” de desenhos animados. A função era criar os movimentos dos personagens entre uma cena e outra e serviu para descobrir algo que ele não sabia que tinha dentro de si: a paixão por contar histórias. Depois de anos atuando nas animações de outros diretores, Miyazaki pensou em produzir seus próprios desenhos. Foi em 1982, com “Nausicaä do Vale do Vento”, que ele viria a ser conhecido pelo seu primeiro trabalho. A produção foi criada com uma turma de jovens colaboradores que, como ele, buscava crescer no universo da animação japonesa. O filme não foi exatamente um estouro nas telas de cinema, mas permitiu que Miyazaki criasse o seu próprio estúdio e conquistasse a liberdade de desenvolver seus roteiros. Neste primeiro longa, a trama girava em torno de um mundo pós-apocalíptico onde um homem quer viver em um pla-

neta devastado. Apesar de não devolver à produtora todo o dinheiro investido, o filme foi considerado como o “ar novo” que faltava na animação mundial, o que abriu espaço para mais e mais projetos de seu criador. Depois da estreia elogiada, o trabalho do diretor cresceu até que, em 1986, chegou o longa-metragem “Meu Vizinho Totoro”, cujo roteiro se baseia em uma família que se muda para uma região rural do Japão. No filme, o meu predileto de Miyazaki, vemos como ele trabalha o sentido da natureza, que ajuda os personagens através de seres especiais que só podem ser vistos pelas crianças. Com o filme, o criador afirma que somente pela inocência dos mais jovens é que os homens conseguirão esquecer antigas rixas e voltarão a viver em um planeta sem poluição. Enfim, o estilo da animação japonesa entrou na moda e o Estúdio Ghibli – fundado por Miyazaki – foi reconhecido como “a nova Disney”. O título foi esnobado pelo diretor, que nunca gostou de ser comparado. Nesta época, ele viajou pelo mundo e a influência de outros lugares surgiu em toques ocidentais no universo oriental, como típicas casas italianas, campos e montanhas da Áustria. Entre 1989 e 1992, o diretor lançou outros dois filmes: “Serviço de Entrega de Kiki” e “Porco Rosso”, ambos com histórias incríveis e muita magia.

Japão encontra Hollywood Em 1997 ele ganhou seu lugar na história do cinema com “Princesa Mononoke”, com a trajetória de uma jovem que foi criada por lobos e vivia dividida entre o mundo humano e sua relação com os animais. A produção fez tanto sucesso que suas dublagens, nos Estados Unidos, tiveram as vozes de atores em alta na época, como Billy Bob Thornton, Claire Danes, Jada

Pinkett Smith e Gillian Anderson. O filme ganhou mais atenção ainda porque, neste mesmo no ano, as estrelas de Hollywood começavam a fazer campanhas em prol do meio ambiente e era bacana ser uma espécie de voz que lutava pela natureza. O mais importante é que “Princesa Mononoke” tornou-se referência do que se espera de uma produção que agrada adultos, jovens e crianças. O filme ainda fez com que o cinema

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de animação mudasse seus conceitos de gênero, afinal nas histórias de Miyazaki as mulheres eram tão fortes quanto os homens. Quer saber o que mudou? Bem, pensem que em 1997 a Disney – mais importante estúdio de animação do mundo – estava lançando “Hércules” e, no ano seguinte, já tinha engatilhado “Mulan”, filme com a primeira princesa Disney que viria a lutar, numa guerra de verdade, pelo seu Japão livre e por sua família. Coincidência?

Depois de o filme ganhar as telas de todo o mundo e conquistar um público que não conhecia o poder da animação japonesa, Miyazaki quis se aposentar pela primeira vez, mas não era a hora certa. A decisão não teve nada a ver com dinheiro, mas pelo fato de suas produções estarem fazendo exatamente o que ele queria: inspirando crianças, jovens e adultos a pensar na natureza como parte importante da vida cotidiana.

Oscar e consagração Em 2001, chegaria “A Viagem de Chihiro”, onde vemos uma menina mimada que fica infeliz quando seus pais anunciam a mudança para uma cidade do interior. No meio da viagem, a família se perde e vai parar em outro mundo, um lugar misterioso onde a garota tem que amadurecer sozinha e salvar o pai e a mãe que foram transformados em porcos. Uma história simples, mas de uma beleza tão incomum que parece realmente estarmos em outra dimensão. O filme bateu recordes de bilheterias em todo o planeta e ainda ganhou todos os prêmios, entre eles o Oscar de melhor animação. O sucesso havia chegado com força total e, em 2010, depois de lançar “O Castelo Animado”, o Estúdio Ghibli mostrou ao mundo o longa-metragem “Ponyo”, um verdadeiro e grande “tapa na cara” da Disney. Afinal, a americana se resignou a apenas distribuir o longa-metragem sem conseguir uma parceria criativa. Em “Ponyo”, o diretor pega a clássica história da “Pequena Sereia”, de Hans Christian Andersen, e a joga no Japão para falar sobre a tradição de respeitar as pessoas mais velhas. A trama é tão boa que eu tenho vontade de ter filhos só pra mostrar esse filme pra eles! Depois do lançamento, veio uma inquietude e, em 2013,

saiu “Kaze Tachinu” e, logo depois, a decisão de que este era o momento definitivo da sua aposentadoria. Neste filme ele conta a vida de Jiro Horikoshi, um designer de aviões, personagem real que foi fundamental durante a Segunda Guerra Mundial. A produção seria ainda uma homenagem ao seu pai, que trabalhava na indústria aeronáutica. Engana-se quem pensa que este senhor que nos reensinou a ver a animação se aposentou para ficar em casa mofando. Quando anunciou sua parada, Miyazaki declarou: “quero ser livre e fazer algo diferente”. Ele revelou que tem planos de trabalhar com os animadores do Estúdio Ghibli para que os profissionais possam aperfeiçoar seus traços e seus projetos. Do alto de seus 72 anos de idade, o cineasta nos faz pensar que exposições e outras formas de arte podem estar a caminho. Se como em todos os seus longas-metragens, Miyazaki admite que há um fim para tudo, o dele é agora. E que imagem ficamos do gênio japonês? De um homem que quis fazer filmes para dar esperança para crianças e adultos. Um homem de apenas um processo: pensar, pensar e pensar. Um homem que se define como artesão antes de diretor de cinema. Um homem humilde que nos ensina, em cada fotograma, que viver é ter balanço entre natureza e modernidade.

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about | New talent

INTIMIDADE PARA CRIAR 056 I aboutshoes.com.br


A combinação entre matérias-primas selecionadas e design cada vez mais autoral tem sido uma receita utilizada pelas jovens marcas de calçados brasileiras. Atenta aos anseios de consumidores que primam por exclusividade e não abrem mão de produtos diferenciados, A Mafalda segue a formula à risca, criando sapatos de inspiração vintage. Por Juliana Berwig

ntre a charmosa atmosfera dos anos 20 e a modernidade de construções pensadas sob o ponto de vista da ergonomia encontram-se as referências de Maria Fernanda Sodré, a estilista a frente de A Mafalda. Desde 2008 no mercado, a marca vem se destacando ao mostrar artigos em sintonia com os desejos do momento, mas mantendo a originalidade em forma de pequenos e surpreendentes detalhes. Com um trabalho quase artesanal, as peças refletem o universo de sua criadora, uma apaixonada pela arte calçadista. “Desenhar um sapato é algo muito minucioso. Faço e refaço o projeto muitas vezes, é quase um quebra-cabeça onde tudo tem que se encaixar no lugar certo”, destaca. O que começou sem pretensões através do trabalho de conclusão de Maria Fernanda, acabou tornando-se um negócio com potencial para agradar um perfil específico de mulheres – com informação de moda, em busca de bem estar e adeptas da versatilidade de usar o mesmo produto para trabalhar, ir ao shopping ou jantar na sexta-feira à noite. A designer acredita que o fato de não seguir tendências específicas e apostar em design sofisticado é o que tem feito a diferença na hora de chegar ao público-alvo. “Sempre procurei fazer o que acho bonito. No começo tinha até medo de ver outras referências, já que sempre quis fazer um trabalho realmente autoral”, explica a estilista. Apesar de marcar presença em um nicho de mercado menor, mas ainda assim bem explorado por diversas marcas, a receita de A Mafalda tem sido simples: apostar no mood vintage sem exageros e caprichar nos acabamentos artesanais. “O Brasil tem poucas e ótimas marcas de sapatos com design e qualidade nos produtos. A concorrência é difícil, mas tenho um objetivo desde que comecei, que é fazer artigos diferentes e confortáveis sem ter preços exorbitantes”, enfatiza a criadora. Os calçados com a etiqueta paulista são 100% feitos à mão e conciliam design sofisticado com aparência handmade, onde cada pesponto tem sua importância. Com distribuição pequena e muito bem dirigida, A Mafalda tem planos de crescer no futuro. Além de marcar presença em lojas selecionadas – especialmente de São Paulo – a empresa se prepara para manter um ponto de venda próprio. Apesar da evolução, Maria Fernanda faz questão que grife mantenha intactas suas referências, uma mistura entre os elaborados anos 20 e 60 com a modernidade das grandes cidades. “Adoro a estética destes períodos, simples e sofisticados. Ao mesmo tempo, sou muito urbana, moro no Edifício Copan [projetado por Oscar Niemeyer na década de 60], no centro de São Paulo”, conta a designer. E assim, em busca do equilíbrio perfeito entre o retrô e o futurista, a marca segue em busca de liberdade.

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about | ideas

De onde vEm a criação Em uma realidade de mercado onde criação e “inspiração/releitura” andam próximas – até demais – saiba como buscar a criatividade com método, profissionalismo e pesquisa. Por Júlia Isoppo Piccoli

Sabe quando as ideais não fluem e você não se considera criativo? É a hora de trabalhar a sua criatividade, desenvolver novos projetos e mudar a forma de pensar o processo criativo. Muitos acreditam que a criatividade é um dom que poucas pessoas possuem. Mas na verdade a criatividade pode ser estimulada e desenvolvida. Hoje o mercado de moda exige dos designers uma agilidade na criação de produtos. As ideias precisam surgir de um dia para o outro. Existem ferramentas que podem ser usadas para estimular criatividade e que devem ser incorporadas no trabalho diário para que o criador consiga desenvolver trabalhos diferenciados e inovadores. O uso de ferramentas auxilia no desenvolvimento de produtos coerentes com o mercado, a marca e o perfil do consumidor, possibilita a visão de diversas alternativas e a escolha da mais adequada, através de pesquisa. A criatividade deve ser sempre instigada para que as ideias possam cada vez mais ser originais e inovadoras – e consigamos criar produtos autorias. O processo criativo deve ser pensado e devemos descobrir qual o processo que melhor se adapta ao nosso contexto. Por incrível que pareça, um grande aliado da criação é o emprego de um método. A prática de métodos de desenvolvimento de projetos através da utilização de técnicas, ferramentas criativas e muita pesquisa são formas de ordenar o trabalho subjetivo e criativo. Então, o que devo fazer? Metodologia nada mais é do que a organização do projeto em etapas, e dentro destas etapas podemos incluir essas ferramentas criativas. Pode parecer clichê, mas a decisão e organização destas etapas faz com que consigamos desenvolver o trabalho mais rápido e com mais criatividade. A escolha de uma temática juntamente com as tendências

da estação é fundamental para o desenvolvimento de produtos de moda, mas junto a isso podemos incluir o mapa mental, ferramenta utilizada para fazer associações relativas à temática em questão e com isso conseguimos ideias diferentes e consequentemente, aplicamos isso aos produtos. Quando mais conhecemos a nossa temática (baseado em pesquisa), mais conexões e interpretações são possíveis, isso confere autoralidade aos produtos. E o que é o mapa mental? Simples, colocamos um conceito no centro de uma folha e dele fazemos

Os problemas encontrados para o desenvolvimento de um produto estão tornando-se cada vez mais complexos, de maneira que é inadequado resolvê-los de forma intuitiva. associações primárias e secundárias a partir do tema central. Um exemplo: se meu conceito é “Anos 60”, minha primeira associação é “roupas inspiradas em astronautas”, que logo eu associo a uso de diferentes materiais e assim por diante. A cada associação eu me distancio do conceito central e com isso tenho um leque de possibilidades para desenvolver produtos e ideias. O cenário de projeto é cada vez mais adotado pelos profissionais que precisam apresentar resultados criativos, em contextos de inovação e respeitando as características peculiares dos produtos da moda, que por natureza têm o ciclo de vida curto e efêmero.

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Estilo e atitude

Mais que rosa

Sapatos-bijoux

Moda infantil com personalidade

Opçþes coloridas para as meninas

Capricho para pequenas divas


about | TRENDS

Além do rosa Verde, lilás, azul, offwhite... A seleção de cores para as meninas vai muito além das infinitas variações de rosa. Um alento para as pequenas que tem personalidade a mais.

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1. Perky 2. Klin 3. Ortopé 4. Pampili 5. Backyardigans 6. Mielino 7. Contramão 6

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about | TRENDS

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1. Kea 2. Ötzi 3. Cartago 4. Amoreco 5. Le Fantimy 6. Pé com Pé 7. Samello

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tudo azul A cartela de azuis serve de base para os modelos dos meninos. As tonalidades e os estilos variam bastante, mas a cor símbolo do gênero pode ser vista em detalhes ou na totalidade das peças. 6

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P贸lo LACOSTE, bermuda TOMMY HILFIGER, cinto ACCERVO e casual BIBI

Por JULIANA DE JESUS

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VESTIDO LE LIS PETIT e sandรกlia KLIN

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Ela veste conjunto ANIMÊ, quepe 3 E JÁ e sandalinha D&L. Ele usa: t-shirt PUC, bermuda 3 E JÁ e tênis Kidy

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Vestido CALVIN KLEIN, lenรงo ZARA e sandalinha BIBI

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T-shirt ANIMร , short CALVIN KLEIN e sandรกlia MOLEKINHA

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T-shirt LE LIS PETIT, short PITUCHINHU’S e sapatilha DIVERSÃO

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Fotografia: Juliana de Jesus e Ivan von Groll |Tratamento de imagens: Alessandra Franzeck Barbosa | Modelos: Otávio Ferreira e Giovanna Isoppo (SMManagement) | Moda: Júlio Rossi | Beauty: Antônio de Luccia | Agradecimentos: Grupo Moda Viva, Daniela Isoppo e Scheid

Ele: T-shirt 3 E JÁ, calça LEVI’S e casual ORTOPÉ. Ela: Vestido PUC e chinelinho KLASSIPÉ

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about | Kids’ news

Universo em expansão Se você tem filhos maiores ou convive com crianças acima de sete ou oito anos, já deve ter ouvido falar de Minecraft. O jogo virtual já vendeu mais de vinte milhões de cópias e os seus criadores foram listados no ranking das 100 pessoas mais influentes do mundo segundo a revista Time. Neste jogo, não existe objetivo específico, enredo ou vencedores e perdedores. Basicamente, a ideia é construir um mundo a partir de blocos de terra, água, madeira, tijolo, com algumas ferramentas e elementos. No modo survival, surgem criaturas depois que anoitece. No modo creative o jogo é mais inofensivo. Há quem relacione o Minecraft com um Lego virtual, e a comparação é pertinente pela construção da realidade.

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Viajantes mirins

Ícones do design O carrinho de bebê Bugaboo já ultrapassou a categoria de produto há muito tempo. Ícone de design e desejada por todos os pais descolados do planeta, a marca lançou este ano duas linhas de acessórios inspiradas na obra do pai da pop art Andy Warhol. Nas coleções que serão lançadas até o ano que vem, a empresa pretende liberar a autenticidade, estilo e originalidade do legado do artista. Nos primeiros produtos apresentados ao público, as estampas das capotas e sombrinhas dos carrinhos são inspiradas na série Flores e Carros, de Warhol.

Na Lonely Planet, editora dos guias de viagens mais cultuados do mundo, eles sempre pensam em inspirar e incentivar as pessoas a sair de onde estão e explorar o globo, não importa quem sejam ou de onde venham. Então, eles se deram conta que mesmo sem intenção, haviam deixado de fora um grupo importante de viajantes: as crianças. Agora existe a série “Proibido para Adultos”, versão que mostra de maneira lúdica e divertida o que mais legal as cidades têm para oferecer. Aviso para os pais: nestes livros vocês não encontrarão as mesmas dicas - super interessantes - (leia-se chatas) que você gosta - onde tomar café, quantas estrelas tem o hotel e outras coisas que entediam seus filhos. No lugar, dicas realmente legais e informações intrigantes sobre história dos lugares. Londres, Nova York, Paris e Roma – Proibido Para Adultos (Editora Globo Livros) Autor: Klay Lamprell Quanto: R$ 34,90 (cada livro)

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Summer style

Saville Row

Boy George

Moda masculina para o alto verão

O berço da alfaiataria em Londres

Polêmico ícone de estilo


about | MEN’S LIST 1.

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TUDO AZUL A cartela de azuis é definitivamente uma pauta em questão na moda masculina do alto-verão 2014. Para criar um look mais que moderno basta combinar peças de diferentes matizes, texturas e padrões. 1. Paul Smith 2. Zara 3. Iro 4. Tom Ford 5. PS by Paul Smith 6. Ferracini 7. Mundy 8. Vilebrequin 9. Baldessarini 10. Samello 11. Hispanitas 12. Ferracini 13. Prada 14. Boden 15. Brioni 16. Brioni 17. Kildare 18. Olympikus

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about | style

Saville Row

O berço da elegância masculina Existem artigos que têm sua qualidade reconhecida por seu certificado de procedência. Algo como “diga-me de onde vens que eu te direi se és digno”. Assim funciona quando relacionamos a alta moda masculina com os produtos saídos de Saville Row, uma estreita rua no coração de Londres, no bairro de Mayfair. Aqui é o berço da tradicional alfaiataria britânica desde que, no final do século 18, a sociedade europeia rejeitou os excessos da deposta monarquia francesa. Na França pós revolução, os homens passaram a copiar o estilo livre que vinha da Inglaterra, especialmente os figurinos típicos das caçadas. Os dandys representaram os fashionistas deste tempo, estimulando e por vezes inclusive organizando as casas de moda e costura para que prosperassem ao passo que a indústria têxtil avançava rumo à produção em larga escala. No compasso deste avanço, os alfaiates de Saville Row uniram-se em uma associação, hoje secular, que mantém vivos os objetivos de qualidade, exclusividade e a tradição da mais impecável manufatura em prol

das vestes para homens distintos. Com o hype invadindo algumas zonas da cidade, Mayfair e a região dos alfaiates começou a ser alvo de lojas menos fiéis aos princípios de Saville Row. Quando a Abercrombie & Fitch instalou seu endereço na vizinhança, os preocupados associados foram às ruas protestar, com faixas escritas “Give three-piece a chance”, um trocadilho que brincava com o bordão da paz e o traje tradicional de calça, paletó e colete. De astros da música inglesa a membros da casa real, os clientes de Saville Row buscam a atmosfera de luxo destas lojas que passam de geração em geração, sempre com atendimento primoroso. São estabelecimentos que não vivem cheios e valorizam seus produtos com preços salgados para a maioria das pessoas (ao contrário do seu rival A&F, que atrai multidões com preços em conta, vendedores-modelos sem camisa e música de DJ). Saville Row é um oásis de qualidade, exclusividade e bom gosto, perdurando há séculos como o bastião da alfaiataria masculina.

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Blazer HUNTER, t-shirt, bermuda e cinto CALVIN KLEIN JEANS. Chinelo CARTAGO


Por CARLOS CONTRERAS


Look TRITON e abotinado FERRACINI


Camisa MANDI, bermuda G-STAR, cinto HUNTER e casual KILDARE


Look COLCCI, cinto CARMIM e casual abotinado KILDARE


Camisa CALVIN KLEIN JEANS, bermuda ACOSTAMENTO, blazer VR e cinto HUNTER. Abotinado WEST COAST



Camisa BASE, calรงa Sร RGIO K, blazer e cinto HUNTER. Casual FERRACINI


Fotografia: Carlos Contreras | Fotógrafo Assistente: Lucas Martins de Mello | Modelo: Rodrigo Müller (Ford Models Sul) | Beleza: Thiago Costa | Moda: Jaqueline Sperb e Julio Rossi | Tratamento de Imagem: Tales Teixeira | Agradecimento: Grupo Moda Viva

Look CALVIN KLEIN JEANS, chapéu ACCERVO e casual PEGADA


Pólo GANT, calça ELLUS e blazer SPIRITO SANTO e casual SÂNDALO


about | ICON

Romântico original, pioneiro na androginia, montado em chapéus ecléticos, casacos acinturados e camisas brancas bufantes. Esse é George Alan O’Dowd, que mudou o curso da cultura pop apresentando-se ao mundo como Boy George, um sujeito cujo visual oscilava entre um pirata e uma boneca de porcelana.

Pioneiro & revolucionário Auto-declarado fã número 1 de David Bowie, o inglês (Boy) George Alan O’Dowd era um clubber da cena londrina quando ainda nem existia essa palavra. Sempre com visual muito montado, babados e cores, seu estilo chamava atenção e ele ficou amigo de Malcolm McLaren, empresário dos Sex Pistols. Assim como fez com a banda punk, McLaren foi o incentivador do Culture Club, divertida banda que tinha à frente o performático Boy George. Com hits como Miss Me Blind, Karma Chameleon e Do You Really Want to Hurt Me?, a banda estourou nos anos 80 e difundiu o visual do vocalista. Fitas nos longos cabelos, o inseparável chapéu Fedora e muita, muita maquiagem eram símbolos desta estética. A moda colorida da época ganhava ainda mais vitrine com as apresentações do Culture Club. Mas, seguindo o clichê de qualquer pop star, Boy George envolveu-se com abuso de drogas e escândalos, sua banda acabou e ele passou um tempo no xadrez por conta de seus excessos.

Resgatado por Mark Ronson em 2010, produtor por trás de sucessos como Amy Winehouse e Bruno Mars, Boy gravou uma faixa especial - e começaram então boatos sobre a volta do Culture Club. Enquanto isso, Boy George seguiu trabalhando e lançou em outubro deste ano seu primeiro álbum em 18 anos “This is what I do”, através de sua própria gravadora. Nesta volta, o visual veio compatível com os mais de 50 anos que o cantor traz na bagagem, em paletós discretos e roupas mais escuras. Mas a personalidade extravagante permanece na maquiagem incrível, sobrancelhas delineadas, o chapéu e, agora, uma barba charmosa. Sempre reverberando estilo, o cantor foi um dos homenageados de Jean Paul Gaultier em sua coleção verão 2013, que trouxe para a passarela de Paris os ícones da moda e da música dos anos 80. Boy George deu um dia em entrevista um conselho: “sempre invista em calçados confortáveis e uma cama confortável, porque ser não estiver em um, você estará no outro”.

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about | men’s trends

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Os solados e as viras coloridos são a bossa masculina do alto verão 2014. Detalhe casual cheio de estilo e perfeito para garantir o upgrade a qualquer look. 1 e 2.Ferracini 3.Kildare 4.Pipper 5.Samello Dirk Bikkembergs| Iceberg| Moschino | Lanvin | Salvatore Ferragamo

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about | Men’s beauty

Undercut: o corte de cabelo que todo o homem deve ter! Por Júlio Rossi

Undercut é um short cut unissex em que a parte superior do cabelo é mantida, enquanto as seções laterais e as costas são reduzidas ao mínimo – isto quando não são totalmente raspadas. É uma evolução extremada do “curtained hair” que tem origem na Era Eduardiana. Nesta época sua versão era mais curta, com franja repartida ao meio e estruturada por uma poderosa pomada capaz de manter o penteado intacto mesmo com a prática de esportes como o rugby(!). Foi popular na era jazz – anos 1920 e 30 – também, na Alemanha nazista. No final da década de 80 fez um retorno com a estética New Wave e nos anos 90 celebridades como Tom Cruise exibiam

com orgulho versões ocasionais. O estilo saiu de moda no início dos anos 2000, mas passou por um renascimento a partir de 2010: estruturado com pomada na parte de cima raspado ou cortado muito baixo nas laterais. Hoje é mainstream em cidades como Londres e Berlin, onde conta com variações estilísticas como, duck’s ass, crew cut, quiff, podendo ser usado slicked-back (lambido) ou solto ao vento. Independentemente de suas variações o undercut, além de prático e camaleônico – é possível fazer às vezes de bom moço ou rebelde, extravagante ou básico – é sinônimo de modernidade absoluta para a estética masculina.

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KauĂŞ Borges Martins

Filho de Thalita Andrade Borges – Auxiliar Financeiro - Unidade Franca


about | Brand

Italiana volta às pistas Revigorada em produtos e posicionamento mercadológico, retorna ao Brasil a italiana mais querida pelos amantes do esporte. A volta da Diadora marca também o retorno da família Dilly ao setor calçadista, por meio da Dilly Sports, empresa especializada em gestão de marcas esportivas. Durante a feira Zero Grau (de 18 a 20 de novembro, em Gramado/RS) acontece o lançamento oficial da marca Diadora para lojistas e os produtos chegam aos consumidores em março de 2014. Inicialmente serão colocados no mercado oito modelos de calçados esportivos importados de alta performance, doze fabricados no Brasil e com a incorporação de inovadoras tecnologias, seis modelos de meias e nove de mochilas. De acordo com Milton de Souza, gestor de Vendas e Marketing da Diadora no Brasil, há uma grande expectativa do mercado brasileiro para com a marca. “Em nosso planejamento, o Brasil é visto como o segundo maior mercado nos próximos cinco anos, ficando atrás apenas da Itália, país de origem da Diadora”, ressalta. Segundo o executivo, a Diadora estará presente em todo o solo brasileiro, com a projeção de conquistar mais de três mil clientes lojistas até 2015. Atualmente, a Diadora pertence a GEOX, um dos maiores grupos calçadistas do mundo, com faturamento de mais de €1 bilhão e já conquistou clientes como Paul McCartney, Angelina Jolie e o príncipe Albert II de Mônaco. Para a produção da marca, estimada em um milhão de pares em 2016, a Dilly Sports conta com uma unidade fabril no Ceará, para onde foram investidos R$ 80 milhões, com capacidade instalada de até 3 milhões pares/ano de calçados esportivos, gerando mais de 2500 empregos diretos. O grupo também mantém uma sede administrativa e de pesquisa e desenvolvimento no Rio Grande do Sul, na cidade de Novo Hamburgo. A responsável pelo planejamento e execução das ações de comunicação e marketing

é a agência gaúcha BMA Comunicação e Marketing. O panorama do setor calçadista no Brasil é visto como um momento de oportunidades. “Pretendemos nos posicionar entre as cinco principais marcas internacionais, com presença muito forte em running e tennis. A linha heritage/lifestyle, que tem grande destaque na Diadora Internacional, com certeza também será nosso foco no Brasil”, prevê Souza. Ícone de moda, tecnologia e adorada por consumidores, a Diadora já esteve ao lado de nomes importantes do esporte brasileiro, como Ayrton Senna, Gustavo Kuerten e Zico, além de ter patrocinado clubes como Palmeiras, Coritiba, Ponte Preta, Atlético Mineiro e Bahia.

Tênis que respira Com produção nacional e tecnologia importada, a Diadora traz para o Brasil um conceito inovador de conforto. O Net Breathing System, sistema único no segmento de calçados, possibilita que o pé transpire. Presente em modelos para prática de running, a tecnologia tem um solado composto por uma tela de proteção supertranspirante, fabricada em fibra sintética, e uma membrana especial transpirante e impermeável. O sistema aumenta a capacidade de transpiração da sola impedindo que a umidade, a lama e outros detritos externos penetrem para o interior do calçado, mantendo o pé sempre seco com a saída do suor.

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Vitor Machry Moreira

Filho de Vilmar Moreira – Inspetor de Cargas – Matriz


about | creativity

Chega de mimimi. Seja o protagonista da sua criatividade Por Arno Duarte

Uma epidemia de insatisfeitos se forma nas linhas de produção da vida moderna. O fenômeno não é novo, mas parece que somente agora os profissionais começam a se questionar sobre o que os motiva para o trabalho, e a resposta pode estar mais perto do que imaginam. Como profissional de recursos humanos e coach, as pessoas geralmente me procuram reclamando da falta de tesão por suas profissões, da vontade de fazer coisas novas, de encontrar satisfação no trabalho. Muitas delas apontam as empresas como maiores culpadas pela falta de motivação. Tudo seria melhor se a empresa fizesse isto ou aquilo. Colocam a responsabilidade da motivação para fora de si. Particularmente, acredito que a criatividade pode ser um combustível poderoso para uma vida profissional satisfatória. Sem criatividade, o trabalho, no qual passamos um terço do nosso dia, vira tarefa, fica chato, pesado. Deixa a sensação de faltar algo. Até mesmo os relacionamentos amorosos viram rotina quando deixam de ter aquela “criatividade” do início do namoro, porque com o trabalho seria diferente? Sem criatividade a vida é morna.

Mas não se culpe se você também está passando por este período “mimimi”. Talvez tenha chegado o momento de mudar o seu posicionamento e se perguntar: como exploro meu lado criativo no trabalho? Um mês atrás palestrei para um grupo de jovens entre 17 e 19 anos e, já pensando na preparação deste artigo, perguntei a eles sobre satisfação em estudar e sobre as possibilidades de exercitar a criatividade na escola. Resposta geral: nenhuma satisfação e pouca criatividade. Minha curiosidade surgiu ao assistir a palestra do (Sir) Ken Robinson, no TED.com, sobre como as escolas matam a criatividade. Eu quis tirar a prova real, talvez por ter esperança de que o caso só ocorresse na Inglaterra, mas meu teste comprovou a tese do Sir. O fenômeno é global e vai desde o Reino Unido até Santa Rosa, no RS.

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Se trouxermos a discussão para o mundo dos adultos, podemos perceber que também as empresas fazem parte deste sistema que pouco valoriza os processos criativos. É lógico, já que as empresas se utilizam da mão-de-obra preparada pelas escolas, de profissionais com o modelo mental que não prioriza a criatividade. Fomos criados em uma linha de produção para atendermos a uma linha de produção. Certamente você já assistiu “The Wall” e “Tempos Modernos”. Isto transforma o trabalho em tarefa, chato, pesado. Entramos num circulo vicioso da não criatividade, onde todos se acomodam e adormecem nos lençóis da mediocridade. O pior é que nem percebemos. Quando crescemos, nos tornamos adultos com medo de errar e conduzimos as empresas assim, criticando os erros e não permitindo a inovação. E o que a criatividade tem a ver com motivação no trabalho,

você deve estar se perguntando. A criação vem da experiência, das trocas, de vivências. Quando nossos sentidos estão aguçados e nosso coração e mente andam em sintonia, a sensação de criar algo é quase a mesma de quando estamos apaixonados. Sem criatividade somos robôs tarefeiros respondendo a comandos externos. Como seria se voltássemos a nos sentir crianças livres nestes momentos, sem medo de julgamentos ou críticas com nossas criações? O convite que faço é para que você busque formas de assumir o protagonismo da sua vida e reflita sobre as oportunidades que surgem quando você se posiciona como um agente de criatividade no seu trabalho. Em tempos de protestos por tudo e qualquer coisa, proteste por um movimento interno que estimule a criatividade. Rebele-se contra o sistema e acabe com o “mimimi”. A mudança começa por você.

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about | forecast

A intrincada relação entre materiais, proporções e cores determina a estética vigente no outono-inverno 2014. Entre os materiais, o sutil e luxuoso mohair é uma unanimidade entre designers das mais variadas orientações. Já o látex parece ser uma escolha exótica – incomun – que, amenizada pelas formatações clássicas das propostas, mostra-se bastante possível. As proporções contam e contam muito... As botas femininas ganham canos elevadíssimos, talvez os maiores das últimas temporadas. Conceito estendido para as golas dos tricôs masculinos. As turtlenecks estão em destaque no guarda roupa dos homens e, também, as sofisticadas capas que migraram da moda feminina. Buscar novas saídas para a moda parece ser uma das intenções do momento. Neste sentido, as decorações têm papel determinante, alternando novas técnicas, adaptando manufaturas tradicionais e fazendo uso de tecnologias de ponta. Por Júlio Rossi


Céline

Louis Vuitton

névoa chique Calças, saias, casacos, vestidos, toucas, bolsas... Com visual e toque luxuosos, o levíssimo mohair é uma das fibras que conduz o próximo outonoinverno. Confere certa serenidade para a silhueta, suavizando os contornos e ao redor do corpo em uma névoa mega chique. Alexander Wang

Emilio Pucci

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Marc Jacobs


Chado Ralph Rucci

Emilio Pucci

Chanel

Reed Krakoff

Céline

pernas de couro Tendência essencial para o outono-inverno 2014, as botas com canos extra altos são um luxo a mais nos look da temporada. Alguns modelos chegam à metade das coxas, intensificando esta proposta mais que sofisticada.

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Burberry Felder Felder

látex Material não convencional, o látex entra para a moda ares de novidade, garantindo alta personalidade a modelos clássicos. Com inegável sensualidade – principalmente quando na forma translúcida – seu uso já está programado também para a primavera-verão 2014 | 2015.

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extreme décor Entre formatações tradicionais e inovações técnicas, as decorações do outono-inverno 2014 surpreendem! De um lado a tecnologia transforma em realidade os delírios mais impossíveis. De outro, a habilidosa ação humana prova sua aplicação na roupa contemporânea com efeitos nunca antes vistos. Burberry

Louis Vuitton

Dries van Noten

Proenza Schouler

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Canali

Alexander Mcqueen

claret Um vermelho escuro chama atenção nos desfiles masculinos do outono-inverno 2014. O claret – vinho – cor símbolo de reis e rainhas e hierárquica no clero, tinge de nobreza casacos, calças, paletós, gilês, gravatas, suéteres e tudo mais. Gucci

Louis Vuitton

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Valentino


Alexander McQueen

Hermès

turtleneck Detalhe essencial nos tricôs da temporada, as golas roulê são tão quentes quanto estilosas. Marca registrada de homens de bom gosto como Steve McQueen e Sean Connery, apesar do acento retrô, elas conferem ar contemporâneo aos looks da ocasião.

Jil Sander

Raf Simons

Viktor and Rolf


Valentino

modernidade máxima Muitas tendências das mulheres tendem a vazar para a moda masculina e esta é uma delas. Se você espera ser fotografado por aqueles que perseguem fashionistas pelas ruas para registrar seu lifestyle, esta é a tendência certa para tanto.


about | beauty

O cabelo do verão 2015 Dolce & Gabbana aposta em visual ultra romântico Guido Palau, consultor criativo da Redken, apresentou - como se poderia esperar - um cabelo classicamente belo para Dolce & Gabbana no desfile verão 2014 durante a Milan Fashion Week. O estilo era ultra feminino, com um penteado suave de tranças presas com moedas de ouro, flores e outros acessórios para cabelo, igualmente ornamentados, especialmente selecionados pelos designers. Embora o cabelo não estivesse adornado de maneira uniforme, o aspecto geral românico era requintado. “As meninas sempre parecem mais bonitas para Dolce & Gabanna. Em linha com a herança italiana da marca, encontrei-me buscando inspiração dos filmes italianos clássicos. A obra de Fellini foi definitivamente uma inspiração para esta temporada. A trança macia e os acessórios delicados para o cabelo são muito estilo velho mundo e romântico. No geral, o estilo é suave, atraente e classicamente belo”, explicou o hair stylist. Crie o Visual: 1. Aplicar body full leave in direcionada à raiz no cabelo úmido 2. Secar com um difusor usando os dedos para dar um pouco de volume aos fios 3. Usar um ferro de ondulação de ½ polegada e ondular toda a raiz para dar movimento e volume ao cabelo 4. Aplicar Quick Dry 18 5. Separar os cachos com os dedos 6. Fazer um centro natural nos primeiros 5 cm puxando o resto relaxadamente para a nuca 7. Prender no osso da nuca para manter no lugar 8. Reunir o restante do cabelo e fazer uma trança solta 9. Torcer em coque plano e prender 10. Amaciar o couro cabeludo, soltando um pouco com os dedos 11. Adicionar joias para a cabeça


about | directions

A

Amazonas (16) 3111-1600 www.amazonas.com.br Amoreco (51) 3067-4636 www.amorecokids.blogspot.com.br Ana Paula (48) 3265-4370 www.calcadosanapaula.com.br Anna Gouveia (51) 3587-8797 www.annagouveia.com.br

B

Ballasox (51) 3038-3333 www.lojaballasox.com.br Bebecê (51) 3546-8000 www.bebece.com.br Bee Happy (18) 3649-5000 www.beehappy.com.br Bibi (51) 3512-3344 www.bibi.com.br Bottero (51) 3543-5400 www.bottero.net Bull Terrier (16) 3720-0211 www.bullterrier.com.br By Filip Bags and Shoes (21) 2270-6012 www.byfilip.com.br

C

Carolina Martori (16) 3707-5600 www.carolinamartori.com Carrano (51) 2125-1555 www.carrano.com.br Cavalera (51) 3582-2329 www.cavalera.com.br Cecconello (51) 3546-8100 www.ceconello.com.br Contramão (48) 3265-0112 www.contramao.com.br Corso Como (51) 3038-3333 www.corsocomo.com.br Crysalis (51) 3546-8400 www.crysalis.com.br

D

Democrata 0800 34 15 00 www.democrata.com.br Di Rossana Bolsas e Acessórios (51) 3207-3644 www.dirossana.com.br Di Valentini (48) 3265-7900 www.calcadosdivalentini.com.br Diversão (54) 3285-2030 www.calcadosdiversao.com.br

E

M

Esdra (51) 3551-0203 www.esdradesign.com.br Everlast (11) 5851-7821 www.everlast.com Extravasa (48) 3265-6100

Macadâmia Bolsas (11) 3019-0950 www.macadamiabolsas.com.br Malarrara (51) 3587-2557 www.malarrara.com.br Malu (51) 3552-2500 www.malusupercomfort.com.br Máximo Bags (81) 3338-9639 www.maximobags.com.br Melissa 0800-9798898 www.melissa.com.br Mississipi (54) 3281-8080 www.mississipi.com.br Miucha (51) 3546-7000 www.miucha.com.br Molekinha (51) 3584-2200 www.molekinha.com.br Morena Rosa (44) 3351-5000 www.morenarosa.com.br

F

Ferracini (16) 3711-0555 www.ferracini.com.br Ferrucci (14) 2104-3000 www.ferrucci.com.br Fora D’Água 51 3035 7660 www.foradagua.com.br Freeway (16) 3711-7000 www.freewayshoes.com.br

G

Gloss Bolsas (51) 3561-2304 Griffo (51) 8538-1222 / (51) 8538-9900 www.griffoacessorios.com

I

I LOVE FLATS (51) 3097-0059 www.iloveflats.com.br Isabel Azevedo Bolsas (51) 8147-3148

N

Nain Nain Kids (51) 3097-0059 New Comfort (16) 3713-5500 www.newcomfort.com.br Novopé (51) 3524-3615 www.novope.com.br

O

K

Ortopé (51) 3065-9900 www.ortope.com.br

P

Kidy (18) 3643-2500 www.kidy.com.br Kildare (51) 3593-7833 www.kildare.com.br Klin (18) 3643-7000 www.klin.com.br

Pampili (18) 3643-2300 www.pampili.com.br Para Raio (51) 3067-7500 www.pararaio.com Peace (51)3545-6270 Pé com Pé (18) 3643-5500 www.pecompe.com.br Pegada (51) 3393-2700 www.pegada.com.br Pelli Brasil (51) 3541-3837 www.pellibrasil.com.br Piccadilly (51) 3549-9600 www.piccadilly.com.br Pipper (16) 3712-6100 www.pipper.com.br

L

Legaspi Leather Design 51 3561 2445 www.legaspi.com.br Lina Lie (51) 8433-1369 www.linalie.com.br Linea Bella (51) 3583-2028 www.lineabella.com.br Levine (51) 3546-3086 www.levine.com.br Loucos e Santos (51) 3549-9300 www.loucosesantos.com.br Luxfor (51) 3565-2223 www.luxfor.com.br Luz da Lua (51) 3303-5000 www.luzdalua.ind.br

R

Ramarim (51) 3565-8100 www.ramarim.com.br Renata Della Vechia (48) 3533-0800 www.italianinho.com

Fotógrafos Carlos Contreras (51) 3012.1777 - www.carloscontreras.com.br Tiago Heckler (51) 3527.5682 - www.tiagoheckler.com.br | Juliana de Jesus (51) 3593.4683 www.julianadejesus.com.br aboutshoes.com.br I 105

S

Sândalo (16) 3725-6278 www.sandalo.com.br Samello (16) 3711-2400 www.samello.com.br Seanite (21) 31220900 www.seanite.com Século XXX (48) 3265-6100 www.seculoxxx.com.br Stephanie Classic (51) 3546-1200 www.stephanie-classic.com.br Sorelle Bolsas www.sorellebolsas.com.br Suzana Santos (48) 3265-6800 www.suzanasantos.com.br

T

Tassia Ely (51) 9699-0689 www.tassiaely.com Tches (51) 3273-8512 www.tchesbrazil.com Tchocco (51) 3595-4239 www.tchocco.com.br Terra e Água (54) 2109-8400 www.terraeagua.net Tip Toey Joey 0800 942 333 www.tiptoeyjoey.com.br Top Vision (51) 3549-7700 www.topvisioncalcados.com.br

V

Verazzi (51) 3565-1559 www.verazzi.com Via Marte (51) 3565-8000 www.viamarte.com.br Vizzano (51) 3584-2200 www.vizzano.com.br

W

Werner (51) 3546-7123 www.wernercalcados.com.br West Coast (51) 2101-0700 www.westcoast.com.br Whoop (51) 3565-8100 Wirth (51) 3564-8000 www.wirth.com.br

Z

Zatz (48) 3265-1999 www.calcadoszatz.com.br Zeket (51) 3549-9000 www.zeket.com.br


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1.

Hot, hot, hot fix

3.

Eles chegaram para ficar! Os ultra decorativos hot fix est達o por tudo, misturando formatos, tamanhos e acabamentos numa profus達o decorativa que parece n達o ter limites.

4.

6.

1. Firezzi | 2. Anzettuto | 3. Miucha | 4. Azaleia | 5. Corso Como | 6. Piccadilly 106 I aboutshoes.com.br

2.

5.


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