Revista Abramus, Ed.42

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Foto: Washington Passato

P

eço que se atentem a cada palavra contida nos versos abaixo, retirados da música “Tudo o que eu tenho” do grande Jorge Vercillo. “ Eu me entreguei de corpo e alma para a dor e alegria, de ter a música como crença, como um Deus. O meu amor, o meu sustento, a minha sabedoria, tudo o que eu tenho, foi a música quem deu.” Quem ousa tentar viver de música, sabe a profundidade desses versos. A começar pela paixão! O músico, a musicista, o(a) autor(a), o(a) artista, de uma maneira geral, é um apaixonado!

A dedicação dada à musica em estudos, noites viradas, tocar e cantar “ nos bailes da vida ou num bar em troca de pão”, incertezas quanto a que tipo de segurança a música vai trazer no futuro, se nossos acordes, melodias e letras vão ou não tocar as pessoas. Tudo, tudo, tudo fica em segundo plano, quando a gente toca e quando a gente canta. A música tem esse poder! Como cantou Milton Nascimento em Nos Bailes Da Vida. Mas eles não conseguem entender... Experimente conversar com um músico, uma musicista, um cantor(a), um compositor(a) que esteja no

início da carreira, ou que ainda não seja conhecido(a). Aposto que você conhece algum! Ele ou ela vai até te falar das dificuldades que enfrenta, mas logo em seguida, seus olhos vão brilhar te contando do melhor show que já fizeram, da música nova que compuseram, de alguém importante que o mencionou... Deixe ele(a) falar, preste atenção, nos olhos dele(a) enquanto te conta! É inspirador! Acredite! Você vai entender... A coisa mais incrível nas artes é que não há fórmula, não há segredo de parte a parte... É genuíno, vem de dentro e vem puro, na batida do coração e aconchego da alma.


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