PRIMEIROS PASSOS
OS HOMENS MISTERIOSOS QUE PROTEGERAM A LANCHA MISSIONÁRIA WILONA KARIMABADI
L
eo Halliwell dirigia a lancha Luzeiro ao longo do rio. As árvores da floresta formavam um toldo verde sobre ele. Jack, o filho de Halliwell, de 15 anos de idade, fixava seus olhos dentro da floresta na esperança de ver uma onçapintada, o “leopardo da selva”. Acima deles voou uma arara colorida de vermelho vivo, azul, verde e amarelo, fazendo muito barulho. Ao longe ouvia-se o grito de um macaco peludo. O motor do barco desacelerou, e Jack percebeu três homens bem vestidos, em uma canoa, acenando para eles. “Olá!”, gritou um homem. “Vocês podem nos rebocar rio acima?” Halliwell, missionário por muitos anos, sabia que era perigoso rebocar estranhos, mas alguma coisa o impressionou a parar. “Jack, joga a corda”, pediu ele ao filho. Jack jogou e o homem a prendeu em sua canoa. Dois homens subiram na lancha e o outro permaneceu na canoa. Os dois homens ficaram ao lado de Halliwell, que conduzia a lancha rio acima. De repente, um dos homens agarrou o timão e girou. A lancha sacudiu e, de repente, afastou-se da margem em direção ao meio do rio. O movimento brusco quase jogou Jack na água. Halliwell olhou para o lugar em que teriam passado. Nem sete metros à frente, havia centenas de
Esta história foi publicada originalmente na revista KidsView de janeiro de 2013. WILONA KARIMABADI é editora-assistente da Adventist Review
“Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos” (Salmo 91:11, NVI)
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R e v i s t a A d ve n t i s t a // A d ve n t i s t Wo r l d // Setembro 2019
Ilustração: Xuan Le
ANJOS NA SELVA
pontas de pedras espalhadas logo abaixo da superfície da água. Se a lancha tivesse batido naquelas pedras, seria destruída. Os missionários poderiam ter perdido a vida. “Ufa!”, Halliwell exclamou. “Muito obrigado! Você salvou nossa lancha e provavelmente nossa vida.” O homem sorriu, mas não disse nada e continuou conduzindo a lancha pelas águas cheias de pedras. “Muito obrigado pela carona”, disse ele. “Se puder parar, já podemos sair agora.” Halliwell achou que aquele era um lugar estranho para parar porque não havia nem sinal de algum vilarejo próximo. No entanto, ele parou o barco, e os dois homens voltaram para a canoa e se distanciaram pela correnteza. “Presta atenção para onde eles estão indo”, Halliwell gritou para Jack. “Papai, eles desapareceram”, gritou Jack de volta. Halliwell tirou o olho do timão. O rio estava vazio. Não havia nenhuma curva no rio e nenhuma ondulação na água. Os três homens e sua canoa desapareceram. Será que eram anjos? Halliwell achava que sim. Que outra explicação haveria? Ele e Jack agradeceram a Deus Sua maravilhosa proteção naquele dia. ]