MEDICINA FUNCIONAL E INTEGRATIVA - 6ª EDIÇÃO

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6 Edição #06 JANEIRO 2018 Distribuição Gratuita para Profissionais de Saúde

MEDICINA FUNCIONAL E INTEGRATIVA

www.aformulabr.com.br

Homocisteinemia Evidências da suplementação de vitaminas do complexo B Fitoesterois x colesterol Revisão aplicada à prescrição Disfunção sexual feminina Evidências no uso da fitoterapia

Terapia cronobiológica MEDICINA FUNCIONAL E INTEGRATIVA

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EDITORIAL O fechamento de 2017 nos dá motivos importantes para celebrar, tanto no que se refere às metas atingidas, quanto no que tange à excelência do serviço que prestamos aos nossos clientes. Mais uma vez, inovar e aprimorar nossos processos para nos mantermos competitivos e oferecer cada vez mais um serviço de qualidade para a promoção da saúde dos nossos clientes foi e sempre será o nosso foco.

Nesta edição da revista, que marca o início desse ciclo de novas transformações, trazemos textos científicos objetivos e academicamente comprovados, oferecendo informações práticas e pertinentes às necessidades diárias encontradas nos consultórios, sempre sugerindo formulações embasadas cientificamente.

O reflexo desse propósito é o nosso slogan “Especialista em você”, que reforça o nosso compromisso em estarmos sempre alinhados com as novidades do mercado e acompanhando os avanços da saúde. E nossa aposta em melhorias não finaliza por aí: seguimos inaugurando novas lojas, chegando em novas regiões do país, consolidando nosso posicionamento e estreitando relacionamento

Estamos iniciando 2018 de forma confiante e determinada, tendo a certeza que teremos novos e grandes desafios, com garantia de mais oportunidades de crescimento e de melhoria. Sem dúvida, juntos criaremos novos motivos para celebrar o que sabemos fazer de melhor: oferecer mais saúde e qualidade de vida para todos os clientes, que são o ponto chave do nosso trabalho e dedicação.

Equipe A Fórmula

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com especialistas como você, e, acima de tudo, fortalecendo a ideia da responsabilidade e do cuidado com o outro.

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EDIçãO

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ÍNDICE JANEIRO/2018

PALAVRA DO ESPECIALISTA INTERAçõES fARMACOLÓGICAS INTELIGENTES fARMÁCIA MAGISTRAL: POSSIBILIDADES fORMAS fARMACÊUTICAS

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SOBREPESO

HOMOCISTEINEMIA

DISTÚRBIOS DO SONO

22 DISfUNçãO SExUAL fEMININA

18 fITOESTEROIS 27 OUTRAS OPçõES DE fORMULAçõES Projeto Gráfico: Argolo Studio Design Diretor de Arte Edu Argolo [eduargolo@gmail.com]

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PALAVRA DO ESPECIALISTA Estamos em um mundo moderno, que oferece diversas opções de alimentos industrializados e hipercalóricos, cada vez mais convidativos ao consumo. Esse mundo nos trouxe a dificuldade na tarefa da administração do tempo. Tempo livre é artigo de luxo para alguns. Com o desafio de manter atividades físicas e fazer uma dieta adequada, a vida se resume a trabalhar, viver no trânsito, comer mal e dormir pouco. Eis a receita do insucesso: pessoas sedentárias, estressadas, sem tempo de preparar alimentos de qualidade.

Dra Patrícia Belfort de Carvalho Médica especialista em Clínica Médica e EndocrinologiaResidência em Clínica Médica no Hospital Otávio de Freitas SUS PE. Especialização em Endocrinologia no Hospital Agamenom Magalhães SUS PE. Pós Graduada em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor. Pós graduanda em Cuidados Paliativos no Hospital Osvaldo Cruz SUS PE.

"Deve haver seriedade no tratamento, que inclui mudanças no estilo de vida, dieta e medicamentos."

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O mundo está obeso e esta doença é a condição primária de tantas outras como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e articulares. Os pacientes buscam tratamentos rápidos e milagrosos. Muitos “profissionais” se aproveitam da fragilidade desses pacientes e criam receitas mágicas para o sucesso. E, dessa forma, o mercado da obesidade movimenta milhões, mas não tem êxito no seu objetivo final que é emagrecer os pacientes, com saúde. Tratar obesidade vai muito além de um post do Instagram. Obesidade é doença crônica, multifatorial, que tem entre suas causas fatores genéticos e ambientais. Deve haver seriedade no tratamento, que inclui mudanças no estilo de vida, dieta e medicamentos. A mídia tem dado atenção ao assunto, telejornais e programas matinais reservam espaço para essas questões, mas não podemos falar de obesidade como se o problema fosse só estético. A gênese de quase todas as outras patologias está no ganho de peso, na má alimentação, no sedentarismo, no aumento do colesterol e dos triglicerídeos. A tarefa de tratar a obesidade deve incluir profissionais de nutrição, educadores físicos, médicos endocrinologistas, nutrólogos e, inclusive, psicólogos, principalmente na obesidade infantil. Precisa-se, antes de tudo, que o próprio paciente sinta-se motivado. Temos que pensar o quanto vamos agregar em qualidade de vida a todos os anos que virão após o tratamento. Todos nós, médicos, nutricionistas e educadores físicos, nos esforçamos pra fazer dieta e atividade física. E digo a vocês: é bem difícil e chato, mas é a vida. E quem disse que ela é fácil?


ARTIGO

Interações farmacológicas inteligentes Como otimizar os resultados clínicos de forma segura? As interações farmacológicas são definidas como alterações do comportamento farmacodinâmico ou farmacocinético dos princípios ativos (sejam produtos naturais ou sintéticos), por influência de outro componente químico (que pode ser um outro princípio ativo ou até mesmo alimentos), podendo representar em um aumento ou diminuição dos seus efeitos no organismo e com isso conduzir a danos ou benefícios potenciais 1. Existem milhares de possibilidades de interações e estima-se que de 0 a 22% das interações sejam clinicamente significativas, necessitando de alguma intervenção no paciente para recuperação da sua saúde 2, sendo estas classificadas como danosas ao organismo. Porém, existem outras interações que podemos, inclusive, caracterizar como necessárias, para garantirmos os efeitos farmacológicos significativos de muitos medicamentos O conceito de bioenhancers Bioenhancer é um termo recentemente utilizado3 para descrever fitoquímicos que aumentam a biodisponibilidade de outros produtos naturais, seja por aumentar sua absorção ou por retardar sua metabolização e sua eliminação, por mecanismos diversos, como: a) Redução da secreção de HCl e aumento do fluxo sanguíneo no TGI b) Retardo do trânsito GI (esvaziamento gástico e motilidade intestinal) c) Modificações da permeabilidade da membrana de células epiteliais do TGI d) Efeito colagogo e) Propriedades bioenergéticas e termogênicas f) Supressão dos efeitos de primeira passagem hepática, inibição de enzimas de metabolização de fármacos e estimulação da gama-glutamil- transpeptidade (GGT), que aumenta a captação de aminoácidos. Exemplos de associações inteligentes Piperina + coenzima Q10 4

Biodisponibilidade da coenzima Q10 aumentada em 32%

Piperina + curcumina

Biodisponibilidade da curcumina aumentada em 20x

Piperina + resveratrol 6,7

Aumento dos efeitos do resveratrol

Quercetina + EGCG 8

Aumento da biodisponibilidade da epigalocatequina galato em 18 a 37%

Berberina + silimarina 9,10

Aumento dos efeitos da berberina de forma significativa, em parâmetros metabólicos

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O prescritor deve se certificar de que a associação apresenta bom perfil de tolerabilidade pelos pacientes do ensaio clínico. Em todas estas associações acima, foi visto que os pacientes apresentavam melhor resposta clínica, melhor biodisponibilidade de seus produtos naturais, mas com ocorrência de reações adversas considerada não distinta do grupo controle. Referências:

1. Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.42 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2006 2.GRAHAME-SMITH, D.G.; ARONSON, J.K. Oxford textbook of clinical pharmacology and drug therapy. 3 ed. Oxford: Oxford University Press, 2002. p.83-109 3.Fitoterapia 97 (2014) 1–14 4.J. Nutr. Biochem., 2000, vol. 11, February 5.Planta Med. 1998 May;64(4):353-6. 6.Appl Physiol Nutr Metab. 2016 Jan;41(1):2632 7.Metab Brain Dis. 2013 Dec;28(4):585-9 8.Phytother. Res. 24: S48–S55 (2010) 9.J Biol Regul Homeost Agents. 2013 JulSep;27(3):717-28. 10.J Biol Regul Homeost Agents. 2017 Apr-Jun;31(2):495-502.

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FARMÁCIA MAGISTRAL:

FORMAS FARMACÊUTICAS

Dúvidas sobre fórmulas manipuladas?

As drogas em geral, são administradas em formas farmacêuticas as mais diversas. Nestas formas farmacêuticas, além da droga ativa ou princípio ativo existem os veículos/excipientes. É necessário ressaltar o importante papel que os excipientes podem desempenhar na liberação do princípio ativo.

POSSIBILIDADES

Uma necessidade específica surge no consultório, como a administração de um medicamento em uma forma farmacêutica distinta das que existem no mercado, a um paciente idoso ou infantil. Ou então, a necessidade de uso de um medicamento em que em seu excipiente, haja um componente que possa causar reações adversas no paciente. Ou então, a necessidade de associação de dois ou mais princípios ativos em uma mesma fórmula, com o intuito de facilitar a adesão ao tratamento. Nestes casos, é indispensável o contato com o farmacêutico, para a avaliação da viabilidade técnica das possíveis soluções para as necessidades em questão. O farmacêutico poderá fazer uma análise das compatibilidades farmacêuticas (física e química) e farmacológica (farmacodinâmica e farmacocinética), para julgar se a eventual fórmula, proposta para a necessidade específica, será segura e efetiva. A todo tempo, o farmacêutico magistral está disponível para este tipo de consulta, visando principalmente a promoção da segurança do uso de medicamentos manipulados. É importante que o prescritor tenha um canal direto, seja por e-mail, telefone ou aplicativos de chat (como WhatsApp), para solucionar suas dúvidas e realizar uma prescrição que atenda às demandas inesperadas que surgem no consultório, de forma rápida e eficiente.

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Os veículos/excipientes não têm atividade terapêutica, porém podem modificar a atividade terapêutica do fármaco, influenciando a sua biodisponibilidade, portanto estes se constituem elementos habituais e imprescindíveis nas formulações magistrais. A escolha da forma farmacêutica depende principalmente: - da natureza físico-química do fármaco. - do mecanismo de ação. - do local de ação do medicamento. - da dosagem. As formas farmacêuticas, enfim, facilitam a administração dos medicamentos. A escolha da forma farmacêutica está diretamente relacionada com a via de administração que será utilizada; As Tapiocaps® são as mais novas cápsulas orgânicas, desenvolvidas por uma empresa conceituada, a Capsugel. Derivadas da goma da tapioca, as Tapiocaps® chegam ao mercado magistral brasileiro para atender uma crescente demanda por produtos naturais, além de oferecer a melhor proteção contra a oxidação de ativos e nutrientes magistrais lábeis. Por ser um alimento natural com baixo teor de sódio, livre de gordura, rico em carboidratos de fácil digestão e sem glúten, a tapioca vem ganhando grande destaque nos hábitos alimentares do brasileiro. Largamente recomendada por nutricionistas, a tapioca não possui a gliadina, proteína presente no glúten que colabora para o aumento da inflamação do organismo e aumento da gordura abdominal. Por isso, pode ser consumida também por diabéticos e celíacos.


Quando usar a forma farmacêutica Tapiocaps®?

Consumo consciente. Consumidor exigente

Fabricadas através de um processo natural da fermentação do amido da mandioca, as Tapiocaps® são a nova alternativa 100% natural disponível no mercado. Seu grande diferencial técnico é a característica de baixa permeabilidade do polímero que garante a menor taxa de transmissão de oxigênio dentre todas as cápsulas já desenvolvidas. Se torna então a melhor alternativa no encapsulamento de ativos magistrais sensíveis à oxidação como vitaminas e minerais.

O Brasil está entre as 4 maiores economias para produtos naturais do mundo com uma demanda bem acima da média global. Estudos recentes indicam que para 79% dos brasileiros, saúde e nutrição são prioridade em sua vida.

Principais vantagens das Tapiocaps®: Todos os benefícios de uma cápsula vegetal; A melhor opção como barreira à oxidação; Perfis de desintegração/dissolução semelhantes ao da gelatina; Alta estabilidade; Aparência cristalina. Sugestões de fármacos: Todos produtos e ativos sensíveis ao oxigênio; Minerais quelatos; Vitaminas em geral.

Os consumidores deste estilo de vida estão cada vez mais exigentes. Não se deixam influenciar por belos rótulos, e estão cada vez mais atentos à composição e origem do que estão ingerindo. Eles procuram por ingredientes “reais”- sem conservantes e aditivos químicos, e buscam as certificações e garantias destas propriedades. 45% dos consumidores europeus estão mais propensos a comprar suplementos fabricados com cápsulas vegetarianas orgânicas e estão dispostos a pagar mais por um produto com esses atributos. As Tapiocaps® atendem às exigências deste perfil de consumo, pois possuem certificação NON GMO (livre de ingredientes transgênicos) além de não conter agentes gelificantes, glúten e conservantes.

Qualidade Tapiocaps®: Matéria-prima amplamente utilizada como um aditivo funcional em aplicações farmacêuticas; Fonte natural de fibras solúveis; Produto livre de glúten e conservantes; GMO Free – Livre de elementos geneticamente modificados; Atende todas as necessidades culturais e religiosas. Certificação Orgânica (em breve).

Na dúvida sobre como proceder com a prescrição de uma fórmula em Tapiocaps®, o farmacêutico deve ser consultado para esclarecimentos gerais e ajustes na fórmula, se necessário.

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fORMAS fARMACÊUTICAS

PREPARAçõES fARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS Na atualidade há um número crescente de novas composições e transformações de veículos antigos que são realizadas e utilizadas na área de dermatologia. Nesse minucioso processo de desenvolvimento ou adaptação ao tipo de pele do povo brasileiro deve ter significância ações como baixa irritabilidade, ausência de substâncias tóxicas, cancerígenas e alergênicas mantendo a espalhabilidade e o sensorial, além do veículo adequado.

Solução hidrofílica isenta de álcool e propilenoglicol, contendo minerais que se espalham facilmente pelo couro cabeludo: apresentando compatibilidade única e estabilidade comprovada com ativos farmacêuticos e dermacêuticos lipossolúveis e hidrossolúveis, sendo inclusive, um veículo ideal e estável para aplicação de minoxidil base em até 7%, livre de irritação e ressecamento capilar.

Imagens meramente ilustrativas

O conhecimento do tipo de veículo para uma indicação adequada é de fundamental importância e deve-se considerar, além da característica, mecanismo de ação e dose do fármaco, o tipo de pele e a forma de uso para promover a escolha correta para o tratamento.

TRICHOSOL™

Referências: Brasil. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos, 1ª Edição / Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman/organizadores, Laurence L. Brunton, Bruce A. Chabner, Bjorn C. Knollmann;[tradução: Augusto Langeloh et al.; revisão tecnica: Almir Lourenço da Fonseca]. – 12 ed. – Porto Alegre: AM GH, 2012 cap. 40 pg 1163-1191. Formulário médico farmacêutico/Jose Antônio de Oliveira Batistuzzo, Masayuki Itaya, Yukiko Eto – 5 ed. revista e ampliada–São Paulo: Atheneu Editora São Paulo, pags. 319 -327; 330-331 – 2015. AMARAL, Fernando et al. In Vitro Effects of the Phytocomplex TrichoTechTM on Human Fibroblasts: Proliferative Potential and Effects on Gene Expression of FGF-7 and FGF-10. Journal of Cosmetics, Dermatological Sciences and Applications, v. 7, n. 01, p. 1, 2017. Disponível em:< http://file.scirp.org/pdf/JCDSA_2017011915152013.pdf>. Acesso em: 07/07/2017. PEREIRA, Maria de Fátima Lima. Cosmetologia. 1° Edição. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2013. COSTA, Adilson. Tratado Internacional de Cosmecêutico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. SOUZA, Valéria Maria de. Ativos Dermatológicos: Dermocosméticos e Nutracêuticos – 9 volumes. São Paulo: Daniel Antônio Nunes, 2016.

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SOBREPESO

Tratamento medicamentoso da Obesidade

Dra. Patrícia Belfort de Carvalho

Médica especialista em Clínica Médica e Endocrinologia- Residência em Clínica Médica no Hospital Otávio de Freitas SUS PE Especialização em Endocrinologia no Hospital Agamenom Magalhães SUS PE Pós Graduada em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor Pós graduanda em Cuidados Paliativos no Hospital Osvaldo Cruz SUS PE

O tratamento da obesidade requer uma abordagem multidisciplinar e obrigatoriamente exige mudanças no estilo de vida e aumento da atividade física. Para muitos pacientes a terapia com medicamentos é necessária, uma vez que facilita a adesão à dieta o que possibilita uma perda de peso maior e mais duradoura. O tratamento farmacológico da obesidade já está bem fundamentado e necessita de avaliação criteriosa para prescrição. Tais medicamentos são recomendados de acordo com o IMC e as comorbidades de cada indivíduo. As recentes diretrizes recomendam a farmacoterapia para indivíduos com IMC >30kg/m2 ou IMC ≥ 27kg/m2 na presença de comorbidades

como diabetes, dislipidemia, e hipertensão ou apneia obstrutiva do sono. Para que o paciente obeso possa ser tratado ou, antes disso, para que a obesidade ou mesmo o sobrepeso possam ser prevenidos, o estado do peso do paciente precisa ser reconhecido. A medida de massa corporal mais tradicional é o peso isolado ou peso ajustado para a altura. A combinação de massa corporal e a distribuição de gordura é, provavelmente, a melhor opção para preencher a necessidade de avaliação clínica. Deve-se notar, a princípio, que não há avaliação perfeita para sobrepeso e obesidade, que pode variar de acordo com fatores étnicos e genéticos.

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SOBREPESO

O IMC (calculado através da divisão do peso em kg pela altura em metros elevada ao quadrado, kg/m2) é o cálculo mais usado para avaliação da adiposidade corporal. O IMC é um bom indicador, mas não totalmente correlacionado com a gordura corporal. O IMC não distingue massa gordurosa de massa magra, podendo ser

menos preciso em indivíduos mais idosos, em decorrência da perda de massa magra e diminuição do peso, e superestimado em indivíduos musculosos. O IMC não reflete a distribuição da gordura corporal. Na tabela abaixo segue a classificaçãoo da obesidade conforme o IMC e o risco de doença (OMS).

IMC (Kg/m2)

Classificação

Grau de Obesidade

Risco de doença

≤18,5

Magro

0

Elevado

18,5 a 24,9

Normal

0

Normal

25,0 a 29,9

Sobrepeso

0

Pouco elevado

30,0 a 34,9

Obesidade

I

Elevado

35,0 a 39,9

Obesidade

II

Muito Elevado

≥40,0

Obesidade grave

III

Elevadíssimo

Considerando-se a fisiopatologia da obesidade, o seu tratamento medicamentoso deve ter como objetivo estimular as vias anorexígenas de sinalização, antagonizar as vias orexígenas, aumentar o gasto energético ou inibir a absorção de nutrientes.

Ao prescrever um fármaco antiobesidade o médico deverá pensar nas seguintes características: eficácia, tolerância, contraindicações e viabilidade econômica para tratamento a longo prazo.

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Bupropiona ........................................................................ 150mg Naltrexona ......................................................................... 16mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 1 a 2 vezes ao dia. Indicação: efeito anorético por ativar os neurônios da POMC. Lorcasserina...................................................................... 10mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 1 a 2 vezes ao dia. Indicação: agonista seletivo do receptor serotoninérgico 5-HT2c.

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Você pronto para o próximo treino

Recuperação

Muscular • Reduz os danos musculares • Favorece a recuperação muscular entre os treinos • Melhora a performance no endurance e exercício de força resistido. • Modula o estresse oxidativo • Contribui para manutenção do anabolismo modulando o cortisol Com os significativos níveis de flavonóides e antocianinas, o favorece a recuperação e o aumento da resistência muscular além de amenizar os danos sobre o tecido muscular. Dosagem Usual: 480 mg a 1500 mg/dia É UM ATIVO EXCLUSIVO PARA A SUPLEMENTAÇÃO NO ESPORTE ENCONTRADO EM FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO PARA CRIAÇÃO DE

Testado em atletas de endurance.

Indicado também para praticantes de atividades de alta performance

FÓRMULAS PERSONALIZADAS.

Certificados: GMO FREE, Gluten Free, 100% vegetarian e vegan.

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SOBREPESO

LORCASSERINA Controle do apetite com menos efeitos colaterais DESCRIÇÃO A Lorcasserina é um sal (cloridrato), agonista do receptor da serotonina 2C, indicado para o controle crônico do peso como adjuvante à dieta e ao exercício. MECANISMO DE AÇÃO A Lorcasserina reduz o apetite por sua ligação seletiva ao receptor central de serotonina 5HT2C em neurônios anorexigênicos pró-opiomelanocortina (POMC) no hipotálamo. Os agonistas serotoninérgicos não seletivos também promovem perda de peso, mas aumentam o risco de doença valvar cardíaca associada à serotonina, potencialmente mediada pelo receptor 5HT-2B, efeito este não apresentado pelo uso da Lorcasserina, devido ao seu agonismo seletivo pelo receptor 2C da serotonina.

INDICAÇÕES: Controle ponderal; Redução do apetite.

DOSE USUAL:

ESTUDOS CLÍNICOS http://aformulabr.com.br/qrcode/ lorcaserinaafv01.pdf

Recomendação oral de 20mg de Lorcasserina ao dia. SUGESTÕES DE FÓRMULAS Lorcasserina.................................................................. 10 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 2 vezes ao dia. Indicação: redução do apetite e controle do peso. Lorcasserina slow release....................................... 20 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: redução do apetite e controle do peso. Referências:

1. CHAN, E. W. et al. Efficacy and safety of lorcaserin in obese adults: a meta-analysis of 1-year randomized controlled trials (RCTs) and narrative review on short-term RCTs. Obes Rev. v. 14, n. 5, p. 383-92. 2013. Disponivel em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23331711>. Acesso em: 22/12/2016, às 16:44. / 2. CHRISTOPHER, R. et al. Single- and Multiple-dose Pharmacokinetics of a Lorcaserin Extended-release Tablet. Clin Ther. v. 38, n. 10, p. 2227-2238. 2016. Disponivel em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27692638>. Acesso em: 22/12/2016, às 16:51. 3. FARR, O. M. et al. Lorcaserin Administration Decreases Activation of Brain Centers in Response to Food Cues and These Emotion- and Salience -Related Changes Correlate With Weight Loss Effects: A 4-Week-Long Randomized, Placebo-Controlled, Double-Blind Clinical Trial. Diabetes. v. 65, n. 10, p. 2943-53. 2016. Disponivel em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27385157>. Acesso em: 23/12/2016, às 11:36. 4. GREENWAY, F. L. et al. Safety and tolerability review of lorcaserin in clinical trials. Clin Obes. v. 6, n. 5, p. 285-95. 2016. Disponivel em:< https:// www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27627785>. Acesso em: 22/12/2016, às 16:54. / 5. KHERA, R. et al. Association of Pharmacological Treatments for Obesity With Weight Loss and Adverse Events: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA. v. 14, n. 315, p. 2424-34. 2016. Disponivel em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27299618>. Acesso em: 22/12/2016, às 16:48. / 6. KUMAR, R. B.; ARONNE, L. J. Efficacy comparison of medications approved for chronic weight management. Obesity (Silver Spring). v. 23, n. 1, 2015. Disponivel em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25900871>. Acesso em: 22/12/2016, às 17:04. / 7. MACDANIELS, J. S.; SCHWARTZ, T. L. Effectiveness, tolerability and practical application of the newer generation anti-obesity medications. Drugs Context. v. 8, n. 5, 2016. Disponivel em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27114740 >. Acesso em: 22/12/2016, às 16:42. / 8. NARAYANASWAMI, V.; DWOSKIN, L. P. Obesity: Current and potential pharmacotherapeutics and targets. Pharmacol Ther. doi: 10.1016/j.pharmthera.2016.10.015. 2016. Disponivel em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27773782>. Acesso em: 22/12/2016, às 16:56.

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DISTÚRBIOS DO SONO

Terapia Cronobiótica A melatonina é um hormônio neuroendócrino sintetizado principalmente pela glândula pineal e tem como principal função a regulação do ciclo do sono.1,3 A síntese e secreção da melatonina são reguladas pela intensidade da luz.2 Estudos revelaram que a melatonina também possui ação antioxidante, anti-inflamatória e regula o metabolismo de lipídeos e glicose.4-6 Pesquisas recentes sugerem que a melatonina desempenha um papel importante em várias doenças cardiovasculares, incluindo lesão de isquemia de reperfusão miocárdica, aterosclerose, hipertensão, insuficiência cardíaca e lesão miocárdica induzida por drogas.7-17 No caso de distúrbios do sono, evidências ao longo dos anos sugerem que mesmo uma pequena disfunção no relógio biológico pode afetar amplamente a fisiologia do corpo, causando

aumentos na latência do início do sono, atrasos de fase ou avanços na iniciação do sono, despertares noturnos frequentes, redução da eficiência do sono, entre outros. Assim, a restauração do padrão circadiano adequado, a exposição direcionada à luz e o uso de drogas cronobióticas, como a melatonina, podem ajudar a recuperar o ciclo sono-vigília. A maioria das preocupações de segurança com o uso de hipnóticos não se aplicam à melatonina, fato reconhecido pela declaração de consenso da British Association for Psychopharmacology sobre o tratamento da insônia, parasomnias e distúrbios do ritmo circadiano, que recomendou a melatonina como terapia de primeira linha em pacientes acima de 55 anos com insônia.18,19 Melatonina: A maioria das pesquisas clínicas mostra que tomar melatonina por via oral de

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DISTÚRBIOS DO SONO

0,3 mg a 5 mg por dia por até 4 semanas reduz o tempo necessário para adormecer e avança o tempo de início do sono em adultos jovens e crianças com síndrome da fase do sono atrasada.20-25 Além de melhorar o sono, a melatonina também melhora as medidas de qualidade de vida, como saúde mental, vitalidade e dor corporal em adultos jovens com síndrome da fase do sono atrasada.20,21,26 Pode ser útil para distúrbios do ciclo do sono em crianças e adolescentes com

deficiência intelectual, autismo e outros distúrbios do sistema nervoso central.27-30 Estudos relatam que a melatonina na dose de 3 mg por dia durante 4 semanas parece aumentar a fase de “movimento rápido dos olhos” (REM) em adultos com REM diminuído.31 Além disso, 6 mg por dia durante 10 dias parece reduzir o tempo de indução ao sono e o número de transições do sono em indivíduos idosos com distúrbios do ciclo do sono e demência.32

Outras formulações com melatonina http://aformulabr.com.br/qrcode/fmmelatoninaafv01.pdf

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Zolpidem (hemitartarato) ........................................................... 5mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia, preferencialmente à noite, ou de acordo com critério médico. Obs.: dose máxima 10mg/dia. Melatonina......................................................................................... 3 mg 5 HTP ................................................................................................... 50 mg L Teanina…......................................................................................... 100 mg Quatrefolic®...................................................................................... 500 mcg Magnésio citrato............................................................................. 300 mg Vitamina B1........................................................................................ 10 mg Vitamina B3....................................................................................... 15 mg Vitamina B6....................................................................................... 20 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: suplemento para bem estar.

Referências:

1.Hardeland R, Pandi-Perumal SR, Cardinali DP. Int J Biochem Cell Biol 2006; 38:313–316. 2.Skene DJ, Arendt J. Ann Clin Biochem 2006; 43:344–353. 3.Arendt J. et al. Ciba Found Symp 1985; 117:266–283. 4.Sun H, Huang FF, Qu S. Lipids Health Dis 2015; 14:75. 5.Agil A. et al. J Pineal Res 2011; 50:207–212. 6.Espino J, Pariente JA, Rodriguez AB. World J Diabetes 2011; 2:82–91. 7.Tan DX. et al. J Pineal Res 1998; 25:184–191. 8.Yang Y. et al. J Pineal Res 2014; 57:357–366. 9.Hu ZP. et al. J Pineal Res 2013; 55:388–398. 10.Favero G. et al. Mol Cell Endocrinol 2014; 382:926–937. 11.Benova T. et al. Can J Physiol Pharmacol 2013; 91:633–639. 12.Hung MW. et al. J Pineal Res 2013; 55:247–256. 13.Sehirli AO. et al. J Pineal Res 2013; 55:138–148. 14.Dominguez-Rodriguez A, Abreu-Gonzalez P, Reiter RJ. Int J Cardiol 2014; 174:415–417. 15.Liu X. et al. Am J Physiol Heart Circ Physiol 2002; 283:254–263. 16.Mukherjee D. et al. J Pineal Res 2012; 53:166–179. 17.Sun H, Gusdon, AM, Qu, S. Curr Opin Lipidol; 27(4): 408-13, 2016. 18.Wilson, SJ. et al. J. Psychopharmacol, 24 (2010), pp. 1577-1601 19.Golombek, DA. et al Eur J Pharmacol;762: 42-8, 2015. 20.Nagtegaal JE. et al. J Psychosom Res 2000;48:45-50. 21.Buscemi N. et al. J Gen Intern Med 2005;20:1151-8. 22.Rahman SA., Kayumov L, Shapiro CM. Sleep Med. 2010;11(2):131-136. 23.Van Geijlswijk IM, Korzilius HP, Smits MG. Sleep 2010;33(12):1605-1614. 24.Nagtegaal JE, Kerkhof GA, Smits MG, Swart AC, Van Der Meer, YG. J Sleep Res 1998;7(2):135-143. 25.Wilhelmsen-Langeland A. et al. J Biol Rhythms. 2013;28(5):306-21. 26.Buscemi N. et al. Melatonin for treatment of sleep disorders. Summary, Evidence Report/Technology Assessment #108. (Prepared by the Univ of Alberta Evidence-based Practice Center, under Contract#290-02-0023.) AHRQ Publ #05-E002-2. Rockville, MD: Agency for Healthcare Research & Quality. November 2004. 27.McArthur AJ, Budden S. Dev Med Child Neurol 1998;40:186-92. 28.Lancioni GE, O'Reilly MF, Basili G. Am J Ment Retard 1999;104:170-86. 29.Jan JE, O'Donnell ME. J Pineal Res 1996;21:193-9. 30.Cortesi F. et al. J Sleep Res. 2012;21(6):700-9. 31.Kunz D. et al. J Clin Endocrinol.Metab 2004;89(1):128-134. 32.Jean-Louis G, von Gizycki H, Zizi F. J Pineal Res 1998;25(3):177-183.

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Homocisteinemia

Evidências da suplementação de vitaminas do Complexo B no tratamento A hiperhomocisteinemia pode ter como causa fatores genéticos e fatores relacionados com o estilo de vida, incluindo baixa ingestão de vitaminas B6, B9 e B12.3 Três décadas atrás, a doença arterial obstrutiva periférica foi identificada em pacientes com distúrbios metabólicos congênitos associados à homocisteinúria, levando à hipótese de que níveis elevados de homocisteína no sangue podem causar doenças cardíacas.1,2 A hiperhomocisteinemia é um fator de risco para aterosclerose coronária, cerebral e periférica; tromboembolismo recorrente; trombose venosa profunda; infarto do miocárdio; e acidente vascular cerebral isquêmico.14-21 Um aumento de 5 micromoles na homocisteína plasmática au-

menta em 50% o risco de doença cerebrovascular e o risco de doença coronariana em 60% em homens e 80% em mulheres.22-23 Estudos sugerem que a suplementação acima das doses diárias recomendadas de vitamina B9 isolada, ou em combinação com vitamina B6 e vitamina B12, reduz os níveis de homocisteína, podendo ser importantes na prevenção primária de doenças coronarianas.3-9 Evidências epidemiológicas sugerem que as populações com níveis plasmáticos mais elevados de folato e da forma ativa de vitamina B6 têm menor risco de desenvolver estenose da artéria carótida e doenças coronarianas.10-13

Vitamina B6: No corpo, a vitamina B6 (piridoxina) é necessária para o metabolismo dos aminoácidos. Também está envolvida no metabolismo de carboidratos e lipídios.12 Quando utilizada diariamente, a suplementação de vitamina B6 por via oral, a 50-200 mg reduz os níveis de homocisteína pós-prandial em 32% a 35%.24-25

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HOMOCISTEINEMIA

Vitamina B9: Folato e ácido fólico são formas da vitamina B9 solúveis em água. O folato ocorre naturalmente nos alimentos. O ácido fólico é a forma sintética desta vitamina e é mais biodisponível.26 O ácido fólico 400 mcg a 5 mg diariamente, em jejum, diminui os níveis de homocisteína em uma média de 25% em pessoas com níveis de homocisteína normais a moderadamente elevados.16,19-21,25,27 No entanto, 800 mcg a 1 mg por dia parece proporcionar uma redução máxima dos níveis de homocisteína.20,28,29 Vitamina B12: A cianocobalamina (vitamina B12) faz parte de coenzimas envolvidas com a síntese dos ácidos nucleicos e em outras vias metabólicas. A adição de vitamina B12 0,5 mg por dia produz uma diminuição adicional nos níveis de homocisteína de cerca de 7% em média, embora este efeito seja provavelmente observado em apenas pessoas com deficiência de vitamina B12.15,19,21,30 A vitamina B12 em combinação com ácido fólico e outras vitaminas também parece reduzir significativamente os níveis de homocisteína em pacientes com doença renal terminal, bem como reduzir risco de eventos cardiovasculares e risco de mortalidade.30,31,32,33

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Vitamina B6 ....................................................................................... 200mg Vitamina B9 ....................................................................................... 2mg Vitamina B12 ..................................................................................... 3mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia, preferencialmente à refeição, ou a critério do prescritor. Acetil-L-Carnitina ............................................................................ 200mg Magnésio (quelado) ........................................................................ 200mg Resveratrol trans ............................................................................. 100mg Piperina ............................................................................................... 20mg Modo de uso: 2 doses (cápsula) ao dia, preferencialmente à refeição, ou a critério do prescritor.

Referências:

1.McCully KS. Am J Pathol.1969;56:111-128. 2.Mudd SH, Finkelstein JD, Irreverre F, Laster L. Science.1964;143:1443-1445. 3.Boushey CJ, Beresford SAA, Omenn GS, Motulsky AG. JAMA.1995;274:1049-1057. 4.Brattstrom LE. et al. Scand J Clin Lab Invest.1988;48:215-221. 5.Brattstrom L. et al. Atherosclerosis.1990;81:51-60. 6.Jacob RA, Wu M, Henning SM, Swendseid ME. J Nutr.1994;124:1072-1080. 7.Naurath HJ, Joosten E, Riezler R, Stabler SP, Allen RH, Lindenbaum J. Lancet.1995;346:85-89. 8.O'Keefe CA. et al. J Nutr.1995;125:2717-2725. 9.Ubbink JB. et al. J Nutr.1994;124:19271933. 10.Selhub J. et al. N Engl J Med.1995;332:286-291. 11.Morrison HI. et al. JAMA.1996;275:1893-1896. 12.Verhoef P. et al. Am J Epidemiol.1996;143:845-859. 13.Chasan-Taber L. et al. J Am Coll Nutr.1996;15:136-143. 14.Christensen B. et al. Atherosclerosis 1999;147:317-26. 15.Landgren F. et al. J Intern Med 1995;237:381-8. 16.Mayer EL, Jacobsen DW, Robinson K. J Am Coll Cardiol 1996;27:517-27 17.Voutilainen S. et al. Eur J Clin Nutr. 2000;54:424-8. 18.Ueland PM. et al. Am J Clin Nutr 2000;72:324-32. 19.Clarke R, Armitage J. Semin Thromb Hemost 2000;26:341-8. 20.Keebler ME, De Souza C, Fonesca V. Curr Atheroscler Rep 2001;3:54-63. 21.Sunder-Plassmann G, Winkelmayer WC, Fodinger M. Expert Opin Investig Drugs 2000;9:2637-51. 22.Selhub J. et al. Publ Health Rev 2000;28:117-45. 23.Boushey CJ, Beresford SA, Omenn GS, Motulsky AG. JAMA 1995;274:1049-57. 24.Van der Griend R. et al. J Int Med 2000;248:223-9. 25.Van der Griend R. et al. Atherosclerosis 1999;143:177-83. 26.Sharpley AL. et al. J Affect Disord. 2014;167:306-11. 27.Kauwell GP. et al. J Nutr 2000;130:1584-90. 28.Wald DS. et al. Arch Intern Med 2001;161:695-700. 29.Clarke R. et al. Am.J Clin.Nutr 2005;82(4):806-812. 30.Booth GL, Wang EE. CMAJ 2000;163:21-9. 31.Bostom AG. et al. Ann Intern Med 1997;127:1089-92. 32.Tremblay R. et al. Kidney Int 2000;58:851-8. 33.Heinz, J. et al. Am J Kidney Dis. 2009;54(3):478-489.

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VITAMINA B2 Vitamina multifuncional no tratamento da migrânea e na arriboflavinose DESCRIÇÃO A Vitamina B2, também conhecida como riboflavina, é uma vitamina hidrossolúvel, de coloração amarela, fluorescente, encontrada no leite, carne, peixes e principalmente em vegetais folhosos de cor escura. MECANISMO DE AÇÃO A Vitamina B2 é precursora de diversas coenzimas essenciais que participam da cadeia transportadora de elétrons, originando as flavinas que atuam na catálise de importantes reações, como as relacionadas ao reparo do DNA, fazem o transporte e liberação controlada de fármacos, diminuindo os impactos causados pelo uso de medicamentos, participa do metabolismo de lipídios e outras vitaminas do complexo B, além de regular o relógio biológico, estando presente em diversas reações metabólicas. Estudos relatam a importância da riboflavina como fator de proteção contra doenças cardiovasculares, neoplásicas, e na profilaxia da migrânea, onde doses elevadas de Vitamina B2 reduz a dor e a frequência das crises. Como componente das lentes oculares apresenta atividade fotossensibilizadora no qual os fotorreceptores dependentes de riboflavina desempenham função na adaptação ao escuro e, logo, sua deficiência influenciaria nessa função orgânica, além de acarretar no aparecimento da arriboflavinose e outros distúrbios do metabolismo.

INDICAÇÕES: Migrânea; Profilaxia da arriboflavinose. Estomatite angular; Quilose; dermatite seborreica.

ESTUDOS CLÍNICOS http://aformulabr.com.br/qrcode/ vitaminab2afv01.pdf

DOSE USUAL:

Recomendação oral de 2 a 30 mg de Vitamina B2 ao dia. No tratamento de migrânea recomenda-se dose oral de 400 mg ao dia. SUGESTÕES DE FÓRMULAS Vitamina B2....................................................................... 400 mg Magnésio............................................................................ 600 mg Coenzima Q10................................................................... 150 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: migrânea. Vitamina B1........................................................................ 30 mg Vitamina B2....................................................................... 30 mg Vitamina B3....................................................................... 20 mg Vitamina B5....................................................................... 30 mg Vitamina B6....................................................................... 80 mg Vitamina B7........................................................................ 500 mcg Vitamina B9....................................................................... 1 mg Metilcobalamina.............................................................. 200 mcg Vitamina C revestida...................................................... 200 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) 2 vezes ao dia longe das refeições. Indicação: suplementação vitamínica; suplementação para o 1° trimestre gestacional.

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fITOESTEROIS

FITOESTEROIS E COLESTEROL: UMA REVISãO Como a redução do colesterol é um dos principais objetivos para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, as intervenções dietéticas para reduzir os níveis de LDL (low density lipoprotein) plasmáticos em indivíduos com dislipidemia limítrofe e obesidade sem risco cardiovascular geral estão se tornando cada vez mais necessárias.26 As concentrações sanguíneas de colesterol são produtos de entrada da absorção intestinal e síntese endógena em relação à depuração através de caminhos do tecido hepático e extra-hepático.27 Assim, os indivíduos com excesso de peso e dislipidemia leve geralmente são aconselhados a limitar a ingestão de gordura saturada e colesterol na dieta, em particular, os obtidos a partir de produtos lácteos, a fim de reduzir a concentração plasmática de LDL e, portanto, reduzir o risco de complicações cardiovasculares.28,30 Evidências clínicas mostram que alguns compostos bioativos de alimentos podem transformar significativamente o perfil de lipídios

no sangue para um padrão mais antiaterogênico.29. Uma dessas abordagens tem sido o uso natural de esterois vegetais, os fitosterois, como adjuvantes para reduzir as concentrações séricas de colesterol total e LDL.1-6,17,28,30 Fitoesterois totais: Diminuições de 5-15% nas concentrações de colesterol total e LDL foram observadas em estudos com duração de até 12 meses.6-16 Considera-se que os fitoesterois, como o beta-sitosterol, campesterol e o estigmasterol, reduzem as concentrações plasmáticas de colesterol extrinsecamente, bloqueando competitivamente a absorção de colesterol do lúmen intestinal, deslocando o colesterol das micelas biliares, aumentando a excreção de sal biliar ou dificultando a taxa de esterificação do colesterol na mucosa intestinal.18-23 Outras ações intrínsecas de fitoesterois podem incluir modificação de atividades de enzimas hepáticas de acetil-CoA carboxilase e colesterol 7-hidroxilase em animais e humanos.24,25

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Advasterol® 90 ................................................................................ 800mg Shake sem lactose qsp.................................................................. 1 dose Modo de uso: 1 dose, 1h antes das principais refeições, diluído em 200ml de água gelada. Indicação: tratamento do colesterol em intolerantes à lactose. * Obs: concentração referendada até 1,8 g/ refeição. Altilix™ (Cynara cardunculus L. var. altilis- mín 10% de ácido clorogênico e 2 % de luteolina-7-glucosídeo) ................................................................ 100mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs) duas vezes ao dia, às refeições. Obs.: podendo ser usado com alho.

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Assim, os indivíduos com excesso de peso e dislipidemia leve geralmente são aconselhados a limitar a ingestão de gordura saturada e colesterol na dieta, em particular, os obtidos a partir de produtos lácteos, a fim de reduzir a concentração plasmática de LDL e, portanto, reduzir o risco de complicações cardiovasculares

Referências:

1.Farquhar JW, Smith RE, Dempsey ME. Circulation 1956;14:77–82. 2.Lees AM. et al. Atherosclerosis 1977;28:325–38. 3.Schlierf G. et al. Atherosclerosis 1978;30:245–8. 4.Pollak OJ. et al. Monographs on atherosclerosis. 10th ed. Basal, Switzerland: Karger, 1981. 5.Pelletier X. et al. Ann Nutr Metab 1995;39:291–5. 6.Becker M, Staab D, von Bergmann K. Pediatrics 1992;89:138–42. 7.Vanhanen HT, Miettinen TA. Clin Chim Acta 1992;205:97–107. 8.Heinemann T. et al. Eur J Clin Phar- macol 1991;40:S59–63. 9.Becker M, Staab D, von Bergmann K. J Pediatr 1993;122:292–6. 10.Miettinen TA. et al. N Engl J Med 1995;333:1308–12. 11.Gylling H, Siimes MA, Miettinen TA. J Lipid Res 1995;36:1807–12. 12.Vanhanen HT. et al. Clin Sci 1994;87:61–7. 13.Gylling H, Miettinen TA. Diabetologia 1994;37:773–80. 14.Miettinen TA, Vanhanen HT. Atherosclerosis 1994;105:217–26. 15.Weststrate JA, Meijer GW. Eur J Clin Nutr 1998;52:334–43. 16.Jones PJH. et al. Metabolism 1998;47:751–6. 17.Jones PJ. et al. Am J Clin Nutr. 1999;69:1144-1150. 18.Heinemann T, Axtmann G, von Bergmann K. Eur J Clin Invest 1993;23:827–31. 19.Heinemann T, Leiss O, von Bergmann K. Atherosclerosis 1986;61:219–23. 20.Child P, Kuksis A. Biochem Cell Biol 1986;64:847–53. 21.Salen G, Ahrens EH Jr, Grundy SM. J Clin Invest 1970;49:952–67. 22.Child P, Kuksis A. J Lipid Res 1983;24:1196–209. 23.Ikeda I, Sugano M. Biochim Biophys Acta. 1983;732:651–8. 24.Laraki L. et al. Ann Nutr Metab, 1993;37:129–33. 25.Shefer S. et al. Hepatology 1994;20:213–9. 26.Baigent C. et al. Lancet. 2010;376: 1670–1681. 27.Matthan N. R., Lichtenstein A. H. Atherosclerosis.2004; 174: 197–205. 28.Demonty I. et al. J. Nutr. 2009;139: 271–284. 29.Badimon L., Vilahur G., Padro T. Cardiovasc. Ther. 2010;28: 202–215. 30.Padro T. et al. J Lipid Res. 2015;56(5): 1043-56.

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Fitoesterois

ALTILIXTM Depuração orgânica DESCRIÇÃO AltilixTM é um extrato obtido da folha de uma subespécie da alcachofra (Cynara cardunculus L. var. altilis) padronizado em no mínimo 10% de ácido clorogênico e 2 % de luteolina-7-glucosídeo, além de seus outros derivados. MECANISMO DE AÇÃO A luteína presente no AltilixTM atenua a atividade da HMG-Coa redutase diminuindo a biossíntese de colesterol, elevando a produção dos fatores NRF-1 e NRF-2, aumentando o metabolismo oxidativo mitocondrial além de possuir efeito hepatoprotetor. O outro fitoquímico luteolina7-glucosídeo presente no AltilixTM reforça sua ação detoxificante, antioxidante, colerética e anticolestática, ampliando a produção e o fluxo da bile ao duodeno resultando na melhora da motilidade intestinal.

INDICAÇÕES: Diurético; detoxificante; Hepatoprotetor; Colerético; anticolestático.

ESTUDOS CLÍNICOS http://aformulabr.com.br/qrcode/ altilixmaceioafv01.pdf

DOSE USUAL:

Recomendação oral de 100 a 200mg de AltilixTM (Cynara cardunculus L. var. altilis- mín 10% de ácido clorogênico e 2 % de luteolina-7-glucosídeo) ao dia. SUGESTÕES DE FÓRMULAS Altilix™ (Cynara cardunculus L. var. altilis- mín 10% de ácido clorogênico e 2 % de luteolina-7-glucosídeo).................................................. 150 mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs) ao dia. Indicação: hepatoprotetor. Altilix™ (Cynara cardunculus L. var. altilis- mín 10% de ácido clorogênico e 2 % de luteolina-7-glucosídeo)................................................... 100 mg Cacti-NeaTM (Opuntia ficus-indica).............................. 1 g Modo de uso: 1 dose (VCAPs) ao dia. Indicação: depuração orgânica. Referências:

1.BATISTUZZO, J. A O; ITAYA, M.; ETO, Y. Formulário Médico-Farmacêutico. 5 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2015. 2.GEBHARDT, R. Inhibition of cholesterol biosynthesis in primary cultured rat hepatocytes by artichoke (Cynara scolymus L.) extracts. J Pharmacol Exp Ther. v. 286, n. 3, p. 11221128. 1998. Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9732368>. Acesso em: 22/09/2016, às 12:05. 3.GIACOSA, A. et al. The Effect of Ginger (Zingiber officinalis) and Artichoke (Cynara cardunculus) Extract Supplementation on Functional Dyspepsia: A Randomised, DoubleBlind, and Placebo-Controlled Clinical Trial. Evid Based Complement Alternat Med. doi: 10.1155/2015/915087. 2015. Disponível em:< https://www. ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25954317>. Acesso em: 22/09/2016, às 10:36. 4.MIADOKOVA, E. et al. Antigenotoxic effect of extract from Cynara cardunculus L. Phytother Res. v. 22, n. 1, p. 77-81. 2008. Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17724772>. Acesso em: 22/09/2016, às 10:54. 5.QIUSHENG, Z. et al. Protective effects of luteolin-7-glucoside against liver injury caused by carbon tetrachloride in rats. Pharmazie. v. 59, n. 4, p. 286-289. 2004. Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15125574 >. Acesso em: 22/09/2016, às 10:31.

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Disfunção Sexual Feminina

Evidências do tratamento com fitoterápicos O funcionamento sexual envolve um conjunto complexo de interações entre hormônios sexuais, como o estradiol e testosterona, o sistema nervoso autônomo e os fatores ambientais.9 Os estrogênios e os andrógenos desempenham um papel importante no estímulo do desejo sexual.2,10 Trinta e nove por cento das mulheres pré-menopáusicas relatam baixo desejo sexual.11 A menopausa está associada a sintomas vasomotores, físicos e psicossociais, bem como alterações na função sexual. Tanto a natureza como a gravidade dos sintomas variam substancialmente entre as mulheres e geralmente ocorrem entre as idades de 40 e 58 anos, persistindo por uma duração de 5 a 8 anos.1

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Disfunção Sexual Feminina

Trigonella foenum-graecum: é um fitoterápico que vem sendo utilizado desde a antiguidade por muitas culturas por seus efeitos farmacêuticos, incluindo atividades antimicrobianas, antilipidêmicas, hipocolesterolêmicas, anti-inflamatórias, hepatoprotetoras, hipoglicemiantes e gastroestimulantes.3,4,5,6 Pesquisas anteriores relataram que a sementes de T. foenum-graecum, ricas em saponinas esteroidais, exibem atividade estrogênica, estimulando a lubrificação vaginal e o fluxo sanguíneo, aumentando a capacidade de desejo sexual e de orgasmo.2,7 Pesquisas clínicas relatam que a utilização do extrato da semente de T. foenum-graecum padronizado em 50% de trigofenosídeos totais, na dose de 300 mg, duas vezes ao dia para dois ciclos menstruais melhora a função sexual em mulheres pré-menopáusicas saudáveis com baixo desejo sexual. Em um ensaio clínico, a melhora global baseada em um composto de sintomas foi de 26% em comparação com 2% no grupo placebo com melhora nos escores individuais para cognição sexual, excitação, comportamento, mo-

vimentação e orgasmo. Os pacientes que fizeram o tratamento com T. foenum-graecum também tiveram uma frequência significativamente maior de atividade sexual de 1-2 vezes por mês a uma vez por semana sem alteração no grupo placebo.8 Lepidium meyenii (maca): A maca é obtida das raízes de Lepidium meyenii e contém esteroides, alcaloides, flavonoides, glicosídeos, saponinas, taninos e antocianinas, além de vitaminas e minerais.18 A disfunção sexual induzida por antidepressivos é uma complicação significativa no tratamento de pacientes com distúrbios de humor e ansiedade.14 Resultados relatam que Lepidium meyenii (3,5 g/d, na forma de pó) reduz os sintomas psicológicos, incluindo ansiedade e depressão, e diminui as medidas de disfunção sexual em mulheres pós-menopáusicas, independentemente da atividade estrogênica e androgênica.12 A raiz da maca pode aliviar a disfunção sexual induzida por inibidores seletivos da recaptação de serotonina, podendo haver um efeito proporcional à dose. Maca também pode ter um efeito benéfico sobre a libido.13-17

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Testosterona micronizada .......................................... 300 mcg/ml Propilenoglicol ................................................................ 3% Gel transdérmico PLO qsp ........................................... 1ml Modo de uso: aplicar 1 ml ao dia, alternando os locais de aplicação na pele. Lepidium meyenii (pó) ................................................... 1g Trigonella foenum-graecum (50% de trigofenosídeos).. 300mg L Arginina cloridrato ...................................................... 500mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs) ao dia, preferencialmente à refeição, ou a critério do prescritor.

Referências: 1.Roberts H, Hickey M. Maturitas, 2016, 86:53–58. 2.Simon JA. J WomensHealth, 2011, 20:1453–1465. 3.Yadav UC, Baquer NZ. Pharm Biol, 2014, 52:243–254. 4.Khosla P, Gupta DD, Nagpal RK. Indian J Physiol Pharmacol, 1995, 39: 173–174. 5.Sharma RD, Raghuram TC, Rao NS. Eur J Clin Nutr, 1990, 44: 301–306. 6.Pandian RS, Anuradha CV, Viswanathan P. J Ethnopharmacol, 2002, 81:393–397. 7.Aradhana A, Rao AR, Kale RK. IndianJ Exp Biol, 1992, 30: 367–370. 8.Rao A, et al. Phytother Res. 2015, 29(8):1123-30. 9.Basson R. N.EJM, 2006, 354;1497-506. 10.Riley A, Riley E. J Sex MaritalTher, 2000, 26: 269–283. 11.West SL, et al. Arch Intern Med, 2008, 168: 1441–1449. 12.Brooks NA, et al. Menopause, 2008 Nov-Dec, 15(6):115762. 13.Dording CM, et al. CNS Neurosci Ther, 2008 Fall; 14(3):182-91. 14.Williams VSL, et al. Journal of Psychopharmacology, 2010, 24(4):489–496. 15.Brooks NA, et al. Menopause, 2008, 15(6):1157–1162. 16.Gonzales GF, et al. Andrologia, 2002, 34, (6):367–372. 17.Zenico T, et al. Andrologia, 2009, 41(2):95–99. 18.Batistuzzo JAO, Itaya M, Eto Y. São Paulo: Tecnopress, 4 ed. 2000. p.219-220.

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Disfunção Sexual Feminina

TESTOSTERONA BASE Hormônio bioidêntico com variedade de forma e indicação DESCRIÇÃO Hormônio esteroide do grupo dos andrógenos, com propriedade anabolizante e bioidêntica. MECANISMO DE AÇÃO A testosterona é metabolizada em dois outros esteroides ativos, a di-hidrotestosterona e o estradiol, sendo de importância vital por suas atividades anabólicas, incluindo manutenção dos níveis adequados de densidade óssea, atividade androgênica, de colesterol, síntese proteica e de massa muscular, apresenta função sexual no aumento da libido e na capacidade de ereção. Possui também benefícios em relação a falta de energia, vigor físico, redução da ansiedade, depressão e distúrbios cognitivos.

INDICAÇÕES: Libido na menopausa e pós-menopausa; andropausa; disfunção erétil; Reduz a disfunção sexual e controle glicêmico em pacientes com Diabetes tipo 2; Hipogonadismo; pacientes com síndrome metabólica; Melhora do perfil lipídico; redução do IMC; Otimiza função física e percepção geral da saúde.

DOSE USUAL:

Recomendação de Testosterona Base em mulheres: de 0,3 a 10mg ao dia para uso transdérmico, vulvar e sublingual. Recomendação de Testosterona Base em homens: de 5 a 50mg ao dia para uso sublingual e transdérmico.

ESTUDOS CLÍNICOS

http://aformulabr.com.br/qrcode/ testostebaseafv01.pdf

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Testosterona base .......................................................... 1 mg Tablete sublingual qsp .................................................. 1 un Modo de uso: 1 unidade, embaixo da língua ao dia. Indicação: aumentar a libido feminina. Testosterona base .......................................................... 50mg/ml Gel trandérmico qsp ...................................................... 30ml Modo de uso: 1 pump nas áreas sem pelo, 1 vez ao dia. Massagear até completa absorção. Indicação: disfunção erétil associada ao Diabetes tipo 2. Referências: 1.SHIFREN, J.L. et. al. Transdermal testosterone treatment in women with impaired sexual function after oophorectomy. N Engl J Med. V. 343, n.10, p. 682-688, Sep 2000. Dispomível em:< http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10974131>. Acesso em: 14 de Setembro de 2015, às 17:49. 2.NATHORST-BÖÖS, J. et. al. Treatment with percutanous testosterone gel in postmenopausal women with decreased libido--effects on sexuality and psychological general well-being. Maturitas. V. 53, n.1, p. 11-18, Jan 2006. Disponível em:< http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16183220>. Acesso em: 14 de Setembro de 2015, às 17:58. 3.WANG, C. et. al. Transdermal testosterone gel improves sexual function, mood, muscle strength, and body composition parameters in hypogonadal men. J Clin Endocrinol Metab. V. 85, n. 8, p.2839-2853, aug 2000. Disponível em:< http://www. ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10946892>. Acesso em: 15 de Setembro de 2015, às 12:12. 4.MITKOV, M.D.; ALEKSANDROVA, I.Y.; ORBETZOVA, M.M. Effect of transdermal testosterone or alpha-lipoic acid on erectile dysfunction and quality of life in patients with type 2 diabetes mellitus.Folia Med (Plovdiv). V. 55, n. 1, p.55-63, Jan-Mar 2013. Disponível em:< http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23905488>. Acesso em: 15 de Setembro de 2015, às 12:31. 5.WANG, C. et. al. Sublingual testosterone replacement improves muscle mass and strength, decreases bone resorption, and increases bone formation markers in hypogonadal men--a clinical research center study. J Clin Endocrinol Metab. V. 81, n.10, p. 3654-3662, Oct 1996. Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8855818>. Acesso em: 15 de Setembro de 2015, às 13:18.

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OUTRAS OPÇÕES DE FORMULAÇÕES

OUTRAS OPçõES DE fORMULAçõES

A associação de ativos farmacêuticos ocasiona a sinergia de ações entre os mesmos, torna mais prática a administração do composto, além de outros benefícios como a melhoria na adesão ao tratamento descritos nos artigos anteriores.

SObREPESO-VISãO MÉDICA Fluoxetina .......................................................................... 40mg Topiramato ........................................................................ 50 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Sertralina ........................................................................... 25mg Orlistat ................................................................................ 120mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) antes do almoço e do jantar. Orlistat ................................................................................ 120mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) antes das refeições. Indicação: inibidor da lipase do trato gastrointestinal. Sibutramina cloridrato ................................................. 10mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: inibidor da receptação da serotonina e norepinefrina. Obs: a depender da resposta clínica até 15mg/dia. Fluoxetina........................................................................... 20mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: inibidor da recaptação da serotonina. Obs: a depender da resposta clínica até 40mg/dia. Opção: Sertralina 50mg -1 dose (cápsula) ao dia.

DISTÚRbIOS DO SONO Valeriana officinalis (ES 0,8% ácidos valerênicos) ............ 50mg Modo de uso: 1 a 2 doses (VCAPs) ao dia de acordo com critério médico.

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Outras opções de formulações

Melatonina......................................................................................... 1mg L Triptofano........................................................................................ 200mg Griffonia simplicifolia (99% de 5-HTP) ................................... 100mg Mellissa officinalis (8% ácido rosmarínico) ......................... 200mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: melhora do sono, ansiedade e bem estar geral. Matricaria recutita (ES 2% de flavonoides) .......................... 200mg Passiflora alata (ES 2% de flavonoides) ................................ 100mg Modo de uso: 1 a 2 doses (VCAPs) ao dia de acordo com critério médico. Seditol® (Magnolia officinalis e Ziziphus spinosa).............. 365mg + MB12 (Metilcobalamina ).............................................................. 2mg Zembrin® (Sceletium tortuosum).............................................. 8mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) de cada ao dia, uma hora antes de deitar. Indicação: melhora da qualidade do sono. ProSleep™.......................................................................................... 130 mg Vitamina B1 ........................................................................................ 1,1 mg Vitamina B6 ....................................................................................... 1,4 mg Vitamina B12 ...................................................................................... 2,5 mcg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: anti-estresse e redutor de insônia.

HOMOCISTEINEMIA Coenzima Q10 ................................................................................... 150mg Vitamina E .......................................................................................... 400UI Modo de uso: 2 doses (Tapiocaps®) ao dia, preferencialmente à refeição, ou a critério do prescritor. Quercetina ......................................................................................... 350mg Camellia sinensis (ES-50% polifenois totais) ...................... 210mg Modo de uso: 2 doses (VCAPs) ao dia, preferencialmente à refeição, ou a critério do prescritor.

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FITOESTEROIS

Glucomannan (Amorphophallus konjac-pó) ........................ 1000mg Plantago ovata (pó) ........................................................................ 2000mg Sachê qsp ........................................................................................... 1 dose Modo de uso: 1 dose, em meio copo com água, 2 vezes ao dia, após as refeições. Ácido nicotínico................................................................................. 200mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 3 vezes ao dia.

DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA Metiltestosterona ............................................................................ 2,5mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia, durante 20 dias. Lepidium meyenii (pó) ................................................................... 1g Modo de uso: 1 dose (VCAPs) ao dia, preferencialmente durante a refeição, ou a critério do prescritor. Opção veículo: sachê, na dose até 3g/dia. Tribulus terrestris (40% de saponinas totais) ....................... 200mg L Citrulina ............................................................................................. 200mg L Arginina ............................................................................................. 500mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs) ao dia, preferencialmente à refeição, ou a critério do prescritor. Opção: sachê. Tribulus terrestris (45% de saponinas totais) ...................... 200mg Magnésio (quelado) ........................................................................ 200mg Vitamina B6 ........................................................................................ 50mg L Optizinc® .......................................................................................... 15mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs) ao dia, preferencialmente à refeição, ou a critério do prescritor.

Referências: Roberts H, Hickey M. Maturitas, 2016, 86:53–58. / Simon JA. J WomensHealth, 2011, 20:1453–1465. / McCully KS. Am J Pathol.1969;56:111-128. Yadav UC, Baquer NZ. Pharm Biol, 2014, 52:243–254. / Rao A, et al. Phytother Res. 2015, 29(8):1123-30. / Hardeland R, Pandi-Perumal SR, Cardinali DP. Int J Biochem Cell Biol 2006; 38:313–316. / Skene DJ, Arendt J. Ann Clin Biochem 2006; 43:344–353. / Zenico T, et al. Andrologia, 2009, 41(2):95–99. / Batistuzzo JAO, Itaya M, Eto Y. São Paulo: Tecnopress, 4 ed. 2000. p.219-220. / Farquhar JW, Smith RE, Dempsey ME. Circulation 1956;14:77–82. / Lees AM. et al. Atherosclerosis 1977;28:325–38. / Boushey CJ, Beresford SAA, Omenn GS, Motulsky AG. JAMA.1995;274:1049-1057. Brattstrom LE. et al. Scand J Clin Lab Invest.1988;48:215-221. / Clarke R, Armitage J. Semin Thromb Hemost 2000;26:341-8. / Keebler ME, De Souza C, Fonesca V. Curr Atheroscler Rep 2001;3:54-63. / Rahman SA., Kayumov L, Shapiro CM. Sleep Med. 2010;11(2):131-136. / Buscemi N. et al. Melatonin for treatment of sleep disorders. Summary, Evidence Report/Technology Assessment #108. (Prepared by the Univ of Alberta Evidence-based Practice Center, under Contract#290-02-0023.) AHRQ Publ #05-E002-2. Rockville, MD: Agency for Healthcare Research & Quality. November 2004. / Schlierf G. et al. Atherosclerosis 1978;30:245–8. / Pollak OJ. et al. Monographs on atherosclerosis. 10th ed. Basal, Switzerland: Karger, 1981. / Pelletier X. et al. Ann Nutr Metab 1995;39:291–5. / McArthur AJ, Budden S. Dev Med Child Neurol 1998;40:186-92. / Lancioni GE, O'Reilly MF, Basili G. Am J Ment Retard 1999;104:170-86. / Cortesi F. et al. J Sleep Res. 2012;21(6):700-9. / Brattstrom L. et al. Atherosclerosis.1990;81:51-60. Jacob RA, Wu M, Henning SM, Swendseid ME. J Nutr.1994;124:1072-1080. / Naurath HJ, Joosten E, Riezler R, Stabler SP, Allen RH, Lindenbaum J.

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