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Aventura para os fortes......... P.22 a

PARAPENTE é um dos esportes mais populares do litoral do Estado do Rio

RAFTING: descida de bote nas corredeiras é atrativo de Três Rios e Sapucaia INTEGRAÇÃO REGIONAL O Rio de Janeiro tem 86 dos seus 92 municípios no Mapa Turístico do estado, mas conta com apenas 12 Instâncias de Governança Regional (IGRs). Os colegiados reúnem representantes do poder público e da iniciativa privada, como prefeituras e associações comerciais, e estão na essência da nova política pública do setor (Lei 9.811/22), com a responsabilidade de coordenar as ações regionais. A legislação, de autoria do Governo Estado, foi amplamente discutida em audiências públicas promovidas pela Comissão de Turismo da Alerj. “Se implementada, a Lei da Política Estadual de Turismo será um marco no crescimento econômico do setor, aumentando o fluxo turístico e gerando emprego e renda para a população fluminense. Ela serve de base para o melhor planejamento dos programas voltados para o turismo de todos os municípios, pois também trata da descentralização das ações no estado, já que cada região tem suas peculiaridades”, comenta a presidente da Comissão de Turismo da Alerj, deputada Alana Passos (PTB). A formação das IGRs é fundamental para a promoção do setor, inclusive, na obtenção de recursos para o financiamento de projetos, como explica o presidente do Conselho Regional de Turismo da Costa do Sol (Condetur), Marco Navega. “Minas, São Paulo, Paraná e Santa Catarina já fizeram leis estaduais e agora o Rio foi colocado definitivamente nesse circuito. Cada município deverá elaborar sua própria legislação, que oriente a atividade turística. Assim, a gente teria um tripé para nortear os investimentos e a proteção devida em relação às cidades e ao meio ambiente”, esclarece.

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Durante audiência na Alerj, o dirigente empresarial destacou que Minas Gerais tem 222 IGRs e, até o momento, apenas os municípios da Costa do Sol e a Serra Verde Imperial conseguiram estruturar suas instâncias. A Costa do Sol concentra três dos 57 municípios brasileiros classificados como categoria A do turismo - Armação de Búzios, Cabo Frio e Macaé. Apesar de o estado ter recebido 40% dos turistas internacionais do país, em 2019, ainda conta com poucas IGRs, o que revela o tamanho do desafio a ser enfrentado. “A formalização das IGRs garante também acesso das empresas do setor a mais recursos para investimento. Somente R$ 27 milhões do Fungetur (linha de crédito de capital de giro destinada às empresas do setor) vieram para o Estado do Rio, enquanto Minas recebeu mais de R$ 600 milhões. Nosso estado recebe menos recursos porque ainda não temos 100% das IGRS formalizadas, como o Ministério do Turismo preconiza”, explica Navega.

A criação de um Fundo Estadual de Desenvolvimento do Turismo para financiar projetos na área - medida aprovada pelos parlamentares em 17 emendas - foi vetada no texto da Lei 9.811/22.O Governo argumentou que a vinculação de receita fere o Regime de Recuperação Fiscal.

Prioridade no combate à

QUENTINHAS peparadas por voluntários do MTST são distribuídas, diariamente, à população em ação social na Lapa

Alerj destina recurso à Fiocruz para apoiar ações assistenciais aos mais pobres

TEXTO MANUELA CHAVES E PETRA SOBRAL FOTOS JULIA PASSOS

Quando o dia amanhece no agitado bairro da Lapa, o som no casarão de 1937 tem um ritmo intenso: ecos de panelas, facas picando cebolas e batatas e o frigir dos temperos. Localizado no epicentro da boemia carioca, o prédio já abrigou o Cabaré Casanova, palco do lendário Madame Satã. Hoje a fila na porta não é mais de jovens em busca de diversão. A atração principal é a marmita servida pelos voluntários da Cozinha Solidária.

A ação é promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Rio de Janeiro (MTST-RJ), organização que nasceu em 2021 e integra a rede de entidades empenhadas em minimizar a fome, que atinge mais de dois milhões de fluminenses incluídos na linha da pobreza ou da miséria extrema, segundo levantamento do CadÚnico.

A iniciativa está entre os projetos financiados pelo Plano de Enfrentamento à Covid nas Favelas, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que recebeu repasse de R$ 20 milhões do Fundo da Alerj (Lei 8.972/20).

INSEGURANÇA ALIMENTAR São duas mil pessoas atendidas por mês pela ação solidária que tem parceria do Movimento Unidos do Camelô (Muca) para dar assistência a que vive em situação de rua, além de trabalhadores da economia informal.

Morador de Ramos, na Zona Norte do Rio, o camelô Gilberto Alves Júnior vende quentinha de mini-refeições no Centro do Rio, há cerca de um ano e meio. Mesmo vendendo alimentos, ele está entre os que disputam uma marmita em meio ao Mercado Popular da Rua Uruguaiana.

“É uma salvação essa quentinha. Alguns dias, tanto eu como também os outros colegas, sofremos com vendas complicadas. Não posso comer o que eu faço, porque preciso levar o dinheiro que ganho para casa, para minha família”, explica.

As ONGs chegam a distribuir até 250 por dia para entregadores de aplicativo na região central da capital do estado.

“Ganhamos pouco e, se tirarmos um pouco do nosso próprio dinheiro para

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