ano 28 | # 268
Peru
roteiro turĂstico gastronĂ´mico
Embalagem
une design e funcionalidade
editorial julho | agosto 2013 Marca Registrada de propriedade de Nutrinews Publicações Técnicas Ltda INPI nº 812.106.105 Diretoria: Adélia Gambaro Chaves Redação: Rua Engenheiro Mac Lean, 315 Santana . CEP 02021-000 São Paulo . SP . Brasil Fone/Fax: 55 11 2973.4057 info@nutrinews.com.br www.nutrinews.com.br
Publicação voltada para o Mercado Foodservice, também chamado de Alimentação Profissional ou Fora do Lar. Distribuído para indústrias, hospitais, hotéis, restaurantes comerciais, fast foods, indústrias de alimentos e empresas de refeições de coletividade. O público-alvo é composto por profissionais que atuam nesses segmentos representados por nutricionistas, chefs de cozinha, técnicos, empresários da área, fornecedores, compradores, profissionais de RH e estudantes. NUTRINEWS não se responsabiliza pelo conteúdo das mensagens publicitárias e artigos assinados veiculados nesta edição e também não aceita matéria paga no espaço redacional.
. índice . .04 .06
Edição Adélia Gambaro Chaves Textos Renata Daher e Adélia Chaves Colaborabores Licínia de Campos José Carlos Ignácio Arte gráfica Alexandra Gambaro Publicidade Gambaro Editoração
José Carlos Ignácio dá dicas sobre aqueles que são (ou desejam se tornar) empreendedores de sucesso.
Receita . Que tal receber convidados com receitas super fáceis de preparar? Confira!
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Fast Food . O sucesso do hambúguer na cidade de Curitiba (PR) incentiva a realização da primeira edição do CWBurguer Fest, evento gastronômico que apresenta opções saborosas do famoso sanduíche.
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Profissional . Conheça a Academia criada pela
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Bunge, totalmente voltada para o Food Service.
Sustentabilidade . Gás natural: Saiba
como é produzido e porque é utilizado nas cozinhas sustentáveis.
Internacional . Conheça o Peru, país cuja
gastronomia conquista apreciadores em todo o mundo.
Produto . Chloe Roussel, expert no assunto, fala o mercadode Chocolate Gourmet no Brasil.
Capa. Se antes a embalagem visava apenas a .24
praticidade, hoje a escolha do design é estratégica e objetiva novas funcionalidades.!
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mercado.
Valor do exemplar: 10 reais
Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização dos editores.
Gestão .
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Lançamentos . Novos produtos chegam ao Tecnologia . Os tipos de fornos mais comuns no mercado e suas adequações.
Saúde . Licinia de Campos
alerta sobre perigos da hipertensão e os cuidados nutricionais ideais para manter a pressão sanguínea dentro dos níveis normais.
Notas.
Capa Reprodução
Assine . para assinar ligue para 11 . 2973.4057 www.nutrinews.com.br
gestão
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dicas para aumentar suas chances de sucesso
É cada vez maior o número de brasileiros que se tornam empreendedores. Isso ocorre tanto pelas oportunidades decorrentes de um país como o nosso, aonde há muito espaço para a economia crescer, quanto pelo fato de os empregos criados não serem suficientes e atraentes para absorver toda a mão de obra, seja ela especializada ou não. Tendo em vista esta realidade, a questão que se coloca é: quais são os passos que devem ser cumpridos antes de montar um negócio? Quais as precauções a análises que devem ser feitas visando redução dos riscos e aumento das chances de sucesso? O tema é realmente importante, pois, na maioria das situações, essa aposta num negócio próprio muitas vezes envolve as economias acumuladas ao longo de vários anos de trabalho. Seguem então 5 dicas importantes para quem está pensando em empreender. Não são as únicas, mas essenciais:
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Mercado: a área de atuação escolhida tem que ser excelente, ou seja, deve ser grande em termos de valores e ter uma perspectiva de crescimento por vários anos. Tais informações são de fácil acesso na internet e em outras publicações, sendo que atualmente vestuário, perfumaria, alimentação, tecnologia e infraestrutura são alguns destaques. Há mais chances de um empresário mediano ter sucesso num ótimo mercado do que um ótimo empresário em um mercado mediano.
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Expertise: Seja através de voo solo ou de franquia, procure aproveitar conhecimento e experiência adquiridos anteriormente. Isto será muito útil na transição de empregado para empresário, tanto em termos de adaptação quanto de resultados econômicos.
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Faça as contas: Veja perspectivas de crescimento do faturamento (seja conservador), custos e despesas prováveis (exagere). E também apure o resultado previsto para curto e longo prazo, de forma a ter uma ideia até onde você pode chegar. Se necessário, procure auxílio de um técnico, contador ou consultor.
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Vislumbre o futuro: Imagine o seu dia a dia, procure visualizar você indo para a sua empresa recém-criada e as atividades que lhe esperam... O conjunto da obra tem que ser potencialmente prazeroso, ou seja, as tarefas e os relacionamentos têm que parecer valer muito a pena.
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Perfil: Faça uma autoanálise e confirme se terá prazer em conviver com a incerteza e o risco, num processo permanente de superação. Seja honesto consigo mesmo!
Os passos acima não são garantia de sucesso, mas certamente ajudarão a diminuir o risco de fracasso. José Carlos Ignácio é sócio-fundador da JCI Acquistion, formado em Administração de Empresas e possui MBA e Pós Graduação. É também palestrante e já participou de processos de Fusão e Aquisição e de Relacionamento de Sócios em diversas organizações nacionais e multinacionais. Autor do livro Todo relacionamento entre sócios pode ser melhorado (Anadarco Editora). Site: www.jciconsultoria.com.br – .4
receita
Associação sugere Finger food de Mozzarella de Búfala O Selo de Pureza 100% búfalo, criado pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) há 11 anos, protege o consumidor e os produtores das adulterações promovidas por laticínios que adicionam leite de vaca no preparo da “mozzarella di bufala”, produto de origem italiana, feito com o leite do animal. Segundo a associação, no Brasil, cerca de 70% das marcas que se passam por mozzarellas de búfala comercializadas no mercado, são adulteradas com leite de vaca, o que as torna mais duras e quebráveis. A criação do selo de cor verde veio para identificar a qualidade das verdadeiras mozzarellas, com todas as características nutritivas e gastronômicas que resultam em pratos de alta qualidade. As bolinhas ou cerejas de mozzarella são ótimas opções como acompanhamento de saladas, recheio de massas e também em aperitivos do tipo finger food, uma maneira de servir que apresenta os petiscos variados de forma contínua, em pequenas porções elaboradas quase que artisticamente. O estilo finger food de servir surpreende a todos em qualquer evento devido a sua apresentação delicada, bonita e claro, por seu paladar. Mas não é só nas festas sociais que o finger food funciona. Você mesmo pode receber convidados em casa sem ligar o fogão. Que tal experimentar essa tendência, convidar amigos e servir mozzarellas nesse estilo? Essa é a sugestão da ABCB. O segredo está praticamente na montagem. De forma elegante, os pequenos potinhos unindo mozzarella a ingredientes que combinam bastante com a leveza desse queijo, podem mudar a apresentação de sua recepção. Confira a seguir :
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Mozzarella 100% de búfala ao Pesto e Tomatinho Grape:
Em um recipiente, coloque uma colher de sopa de molho pesto, uma cereja de mozzarella de búfala e meio tomate grape, unidos por um palitinho. Decore com a erva que preferir.
Mozzarella autêntica com damasco e geléia:
Faça uma caminha para a mozzarella de búfala usando geléia de damasco, una a mozzarella delicadamente ao pedaço de damasco seco.
Mozzarella de Búfala, com Salmão Defumado ao Pesto:
Uma colher de sopa de pesto, sobre ela, coloque a mozzarella de búfala, o salmão, meio tomatinho cereja, decore com hortelã.
Mozzarella de Búfala 100% pura com Presunto Cru, Pimenta Biquinho e Creme de Ricota:
Pegue uma colher de ricota de búfala para fazer a base, de forma que isso evite que a mozzarella dance no recipiente, prenda o queijo e o presunto, finalize com a pimenta biquinho. Fonte: (crédito fotos: Selo 100% Búfalo/Divulgação)
fast food
Um festival de hambúrguer Entre os dias 17 e 25 de agosto, a cidade de Curitiba vai receber a primeira edição do saboroso CWBurguer Fest, evento gastronômico dedicado ao hambúrguer, uma das iguarias mais consumidas no mundo e que recebeu diversas releituras ao redor do planeta. Durante o evento, 38 hamburguerias, lanchonetes e bistrôs de Curitiba irão oferecer, em seu próprio estabelecimento, uma opção especial do preparo, que será vendido pelo valor único de R$ 21,00. Para Philip Khouri, organizador do evento, o CWBurguer Fest surge em um momento efervescente da gastronomia curitibana e será uma ótima oportunidade para que o público conheça o que a cidade tem de melhor quando o assunto é hambúrguer, uma das iguarias mais tradicionais do mundo. “Esse evento tem a cara de Curitiba, uma cidade onde as pessoas buscam serviços e produtos de qualidade oferecidos em ambientes agradáveis. Nesta primeira edição do CWBurguer Fest, conseguimos agregar todas essas características selecionando empreendimentos com um padrão de excelência elevado. Temos certeza que os curitibanos vão entender a proposta do evento, movimentando a cidade e saboreando os nossos melhores hambúrgueres”, completa Philip. Além de apreciar diferentes modos de preparo da saborosa iguaria, o público será convidado a doar a quantia de R$ 1, valor que será destinado integralmente ao Complexo Pequeno Príncipe, entidade que atua nas áreas de assistência em saúde, ensino, pesquisa e mobilização social. Para mais informações, acesse o site www. cwburguerfest.com.br ou a página do evento no Facebook (www.facebook.com/CwBurguerFest)
QOY CHOCOLATE EXPANDE EM SÃO PAULO Com mais de 20 anos de atuação no mercado de chocolates, a Doce Cacau passou por uma reformulação mercadológica para galgar outros estados, reposicionando-se no mercado com o nome Qoy Chocolate Experience. A rede mineira de Andréia Falci com diversos pontos em Belo Horizonte, e presente também em dois endereços em São Paulo – Shopping Patio Paulista e Park Shopping São Caetano, inaugura no dia 15 de agosto sua terceira unidade de franquia na Vila Leopoldina, bairro paulistano. Mais que um novo nome, Qoy Chocolate Experience, é uma nova proposta que representa o prazer de se entregar ao universo de uma das maiores delícias do mundo, o chocolate. O Blend utilizado proporciona sabor e aroma exclusivos permitindo-se degustar um chocolate diferenciado em versões como as da Linha Clássica ( produtos sem adição de açúcar, de lactose e de glúten), a Linha Enjoy ( composta por pastilhas de sabores exóticos que podem ser harmonizadas com vinho), Linha PDV Cafeteria (bebidas quentes e geladas preparadas na loja), Linha Preparados (composta de tudo o que está relacionado ao PDV cafeteria. Não somente os preparados, mas também a linha de biscoitos que acompanha as bebidas e pode ser consumida na casa do cliente) e finalmente, a Linha Infanti ( composta por produtos) Na nova unidade da Vila Leopoldina o carro chef será o café gourmet. Vale conferir. Endereço: Rua Mergenthaler, 59 – Vila Leopoldina – São Paulo – SP - Fone: (11)2306-0288 .8
Site: www.qoy.com.br
profissional
Renata Daher
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A Bunge, uma das maiores empresas de alimentos e agronegócios do Brasil, que atua desde o campo até a mesa do consumidor final, incrementa o atendimento ao Food Service através da Academia Bunge Pro, um espaço de inovação, capacitação e apoio ao desenvolvimento do setor. A iniciativa, que já se tornou referencia para outras empresas da Industria de alimentos, que visa oferecer aos clientes assessoria para excelência e resultados em seus negócios, independente do tamanho de seus empreendimentos ou volume de compras. ”Cada cliente tem uma necessidade especial, a empresa avalia esta necessidade e oferece uma solução sob medida”, diz o Gerente Nacional de Serviços e Atendimento ao Cliente, Luiz Farias, chef responsável pela criação e implantação do projeto que reúne especialistas em Panificação, Confeitaria e Refeição. A equipe, que trabalha no aprimoramento de técnicas e desenvolvimento de novos conceitos e receitas, é também responsável pela organização e disseminação de informações sobre as aplicações de todos os produtos da empresa no Brasil. Além do foco nos seus produtos, a Academia abre espaço para parceiros afins, que podem usufruir da infraestrutura para cursos, palestras e treinamentos sobre especialidades que não sejam objeto da empresa, caso do café, por exemplo, com treinamento a baristas. O projeto arquitetônico da Academia conta com cozinhas projetadas e guarnecidas com os melhores equipamentos do mercado, sendo uma verdadeira vitrine do que há de mais avançado em termos de tecnologia no preparo de alimentos. Com um espaço de 800m² a Academia Bunge - São Paulo conta com uma estrutura que reúne quatro cozinhas profissionais - uma com foco em panificação, outra em refeição e sobremesa, uma em confeitaria fina e finalização e a última especialmente para desenvolvimento e criação de receitas, treinamentos internos, além de suporte aos cursos modulares. A Academia também oferece espaço de convivência (biblioteca), auditório para 40 pessoas, e abriga o Serviço de Atendimento Bunge Especialistas (SABE), canal de relacionamento com foco no atendimento técnico da divisão de ingredientes, que realiza serviços de pré e pós venda, bem como atendimento ao cliente. Um ponto a ser ressaltado é que, apesar da Bunge ser uma empresa de atuação mundial, a Academia Bunge Pro é uma iniciativa 100% brasileira que graças a seus resultados positivos, vem servindo de modelo para outros países. “Oferecemos muito mais que um atendimento técnico. É um trabalho de valor agregado que oferece soluções ao nosso cliente por meio de conceitos, serviços e produtos de alta qualidade e conveniência, alinhados à estratégia de Marketing, Trade, Comercial e Sustentabilidade”, explica o chef Farias.
História e Estrutura A primeira sede da Academia Bunge no Brasil foi inaugurada em 2011, no Rio de Janeiro (RJ), em um espaço de 300m² que também conta estrutura destinada a cursos de panificação, confeitaria e refeição. Já a unidade localizada na região sul de São Paulo, é considerada por especialistas uma das mais completas do Brasil, sendo considerada hoje modelo. A empresa objetiva levar a Academia Bunge Pro para mais oito capitais até 2015, totalizando dez centros de excelência. Até o final de 2013, deve ser inaugurada a Academia Bunge – Recife, que será um verdadeiro centro de formação e referência em gastronomia, panificação e confeitaria no Nordeste. Nos centros educacionais de São Paulo e do Rio de Janeiro, são oferecidos dez cursos modulares específicos nas áreas de azeite, farinha de trigo, pães crocantes, suaves e doces, confeitaria, massa folhada, massa semifolhada, bolos e tortas decorados, doces especiais, cozinhas, molhos e arroz. Dos 56 chefes de cozinha que atuam na Bunge, em diferentes regiões do País, 18 lideram os cursos na Academia de São Paulo, que dão todo o suporte e acompanhamento aos profissionais. No final de cada curso, os participantes recebem um receituário e um certificado, comprovando sua participação e aptidão para a especialidade escolhida. “Os frutos que esperamos colher são o lucro e a valorização profissional dos clientes e da empresa, bem como o fortalecimento da confiança e a fidelidade à empresa e suas marcas”, resume Farias.
sustentabilidade
Gás natural: Renata Daher
O gás natural (GN) é um combustível limpo que gera baixíssima emissão de poluentes e melhora sensivelmente as condições ambientais, contribuindo para a redução do efeito estufa. Devido à sua composição, produz queima limpa e uniforme, com muito menos fuligem, partículas e outras substâncias que prejudicam o meio ambiente. Esse tipo de gás é utilizado em residências, no comércio, em indústrias, veículos, ar condicionado e para a geração e cogeração de energia. O gás natural é constituído, em sua maior parte, de metano, um hidrocarboneto extraído das profundezas do subsolo. É resultado da transformação de fósseis de animais e plantas, sendo uma fonte de energia totalmente natural. Ele chega até os pontos de consumo de maneira descomplicada, 24 horas por dia. É transportado das plataformas de extração – Campos (RJ), .12
Santos (SP) e Bolívia – e distribuído pela Comgás através de tubulações especialmente projetadas, dentro da mais avançada tecnologia.
Extração e distribuição O gás natural é extraído das profundezas do subsolo, distribuído através de tubulações especialmente projetadas com a mais avançada tecnologia. Ele é extraído e na plataforma marítima é feita a primeira etapa do processamento de separação do gás úmido em 03 componentes (gás, água e óleo). O GN segue para o Terminal de Gás, onde é tratado e medido. Do terminal, o gás tem que ser colocado sob pressão para que tenha “força” para percorrer a viagem desde o local de extração até as casas,
sustentabilidade
escolas, hospitais, restaurantes, entre outros. Após esta etapa, o GN é levado para o city gate, onde acontece a transferência de custódia da rede de transporte , o fornecedor, que é a Petrobrás, para a rede de distribuição, onde é efetuada a odoração “ mercaptana”. Após passar pelo city gate, o gás passa pelas estações redutoras de pressão onde há a redução da pressão para que o gás possa ser utilizado com segurança e assim transportado até o cliente final.
Principais diferenças entre o GLP – Gás de Petróleo Líquido – gás de cozinha e Gás Natural: . O gás natural apresenta muitas vantagens em relação a outras fontes de energia: é limpo, ecologicamente correto e mais seguro do que o gás de botijão. · É canalizado, isto é, não precisa ser armazenado em botijões, cilindros ou centrais de abastecimento, ganhando espaço e trazendo mais segurança para o estabelecimento. · É mais leve que o ar. Em caso de vazamento, o gás dissipa-se rapidamente. · Não acaba. Como tem fornecimento contínuo, nunca falta gás em casas, indústrias, comércios e postos de abastecimento; · Não deixa o fundo da panela preta. · Emite muito menos poluentes do que os demais combustíveis fósseis. A emissão de poluentes é reduzida porque sua queima é mais completa. · Diminui os custos de operação e manutenção nas indústrias em relação a outros energéticos. Segundo a Comgás, quase todos os equipamentos domésticos e profissionais a gás podem ser convertidos para o uso com o Gás Natural, mas, para ter certeza é preciso avaliar os equipamentos por um técnico competente. No que diz respeito ao desempenho, Ricardo Augusto Michelin, Gerente Comercial dos segmentos de Casas e Comércio da Comgás, afirma que após a conversão dos equipamentos ”a performance fica igual ou melhor, já que no momento da conversão o aplicativo é calibrado novamente, não apresentado perdas para o consumidor”.
Evitando acidentes Ao optar pelo gás natural a primeira ação a ser feita é montar as tubulações desde o abrigo do medidor até os aparelhos de utilização. Há uma norma brasileira de projeto e construção de instalações residenciais e comerciais de gás, a NBR 15526, que detalha de maneira eficiente, como deve ser esta instalação. Há também uma norma brasileira sobre instalação de aparelhos a gás, a NBR 13103, que estabelece os requisitos de ventilação e outros mais a serem cumpridos para que se tenha uma instalação segura. O nosso país não exige que os instaladores de sistemas a gás sejam habilitados, mas em função da expansão acentuada dos últimos anos dos sistemas de gás canalizado o próprio mercado se desenvolveu e há empresas e profissionais competentes que realizam essas instalações. Com as instalações corretas, a única exigência é mantê-las íntegras e conforme seu propósito original. As aberturas e ventilações permanentes devem estar sempre livres ou abertas, as coifas e seus dutos devem sempre estar íntegros, sem furos, corrosões de maneira a conduzir o gás queimado (fumos) para o exterior da edificação. Os equipamentos devem estar sempre bem regulados de maneira a não produzir gases prejudiciais à saúde e sempre que os aparelhos não forem utilizados por um período mais longo bloqueie-se s suas válvulas.
Menos perigo! O gás natural é mais leve que o ar isso o torna mais seguro que outros gases combustíveis, pois no eventual vazamento ele sobe e se dissipa saindo pelas aberturas permanentes existentes e pelas janelas. Esse tipo de gás é originalmente inodoro, por isso é adicionado a ele um odor característico facilmente identificado pelas pessoas. Ao se sentir odor há um vazamento na instalação ou nos aparelhos, o que não deve ser negligenciado em hipótese alguma. A orientação da empresa é que se procure a causa e corrija prontamente. As distribuido.14
ras de gás – como a Comgás - possuem também serviços de atendimento e prontamente atenderão a qualquer situação de desconfiança de vazamento de gás, “contamos com uma central de emergência 24 horas, que pode ser acessada pelo 0800 110 197”, informa Ricardo Augusto Michelin.
Uso profissional Ao longo dos anos a Comgás vem aumentando sua rede de distribuição o que faz com que muitos estabelecimentos comerciais, como restaurantes, padarias, hotéis, hospitais, escolas, que operam no food service passem a utilizar esse tipo de combustível em suas operações. Um exemplo é a Panificadora e Confeitaria Bella Vitória, em Santo André, que faz uso do gás natural desde agosto de 2012, em todos os equipamentos como fornos para pães e salgados, chapeiras e fritadeiras entre outros. Segundo Fortunato Queiroz, proprietário da empresa, o processo de mudança para o gás natural “foi tranquilo, desde a negociação, deixei claro para o pessoal da Comgás que não poderia parar a operação da padaria, pois tenho um movimento muito grande e não aceitaria nenhum impacto negativo para os meus clientes. A equipe foi muito atenciosa, e criamos juntos o melhor plano para a transformação para o gás natural. Tudo aconteceu conforme planejado. Tenho alguns funcionários que nem perceberam a transformação, só ficaram sabendo dias depois. Fiquei muito satisfeito com o serviço!”
Queiroz salienta ainda que “além dos benefícios no dia a dia tive um ganho com relação ao espaço que liberei com a retirada dos cilindros de GLP, e mais ainda em relação à segurança do meu estabelecimento, dos meus funcionários e clientes. Hoje não preciso mais armazenar o gás que vou utilizar durante o mês. Não preciso controlar se o gás esta acabando. Tudo isso é coisa do passado”. Um comentário importante feito pelo empresário é que no caso de novos estabelecimentos fica mais fácil aprovar os projetos junto aos órgãos responsáveis, como os bombeiros, quando se informa que o abastecimento será feito com gás natural.
Parceria de sucesso A Comgás é hoje a maior distribuidora de gás natural canalizado do Brasil, investindo constantemente na ampliação de sua rede de distribuição para levar todos os dias mais conforto, praticidade e segurança a mais 1,2 milhão de consumidores, entre residências, comércios, veículos e industrias, nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, além da Baixada Santista e do Vale do Paraíba. No comércio já são mais de 10 mil clientes conectados, sendo sua maioria no setor da gastronomia paulista. Com toda essa experiência, a Comgás entende como ninguém as necessidades de grandes, médios e pequenos estabelecimentos, oferecendo sempre a melhor e mais moderna solução para o seu negócio.
internacional
Peru: Adélia Chaves
Machu Picchu, Cusco, Valle Sagrados dos Incas, Lago Titicaca, Nazca... lugares que guardam a o passado de um povo cuja história permitiu mesclar suas tradições originais às de outros povos. Desse caldeirão, surgiu uma das vertentes gastronômicas mais pulsantes da atualidade.
Em dezembro de 2012, o Peru foi eleito o melhor destino culinário do mundo, recebendo o prêmio concedido pela renomada World Travel Awards, em Nova Delhi, na Índia. Mas o que levou este país sul-americano a ganhar de outros roteiros tão tradicionais? A gastronomia peruana é sem dúvida uma das mais variadas e ricas do mundo, com raízes que resultam da mistura das tradições nativas indígenas, aos costumes vindos dos imigrantes espanhóis, africanos, chineses, japoneses e italianos que se estabeleceram no país, é impossível enumerar todas as opções que ela oferece. Também a diversidade ecológica e climática, favorece a variedade de ingredientes locais, como os tubérculos, frutas, ervas, cereais, assim também com peixes e frutos do mar com sabor especial, já que as águas do oceano Pacífico proporcionam uma carne de maior consistência e firmeza, e um sabor diferente das espécies do Atlântico, por causa da abundância de plâncton e a presença de correntes frias. E os números impressionam! Encontramos referências que somam 4.000 variedades de batata (número contestado por alguns, mas de qualquer forma quem diz ter menos conta cerca de 2.600 variedades, o que continua sendo muito!), 2.000 tipos de batata doce, 2.000 espécies de peixes e mais de 750 espécies de frutas. O país também reúne com a maior variedade de tipos de milho, são 35 com cores que vão do amarelo que conhecemos, ao branco, vermelho e negro. Apesar de bastante rica, a culinária peruana não era reco.16
nhecida. Até que, nos anos 80, começou o que se desenhar o que hoje conhecemos como “cozinha neoandina”, um movimento local que propiciou a releitura de pratos típicos do país que guardam mais de sete mil anos de história. Ao longo do tempo esse movimento se fortaleceu com o retorno ao pais dos jovens chefs que, após estudarem na Europa, trouxeram na mala conhecimentos de novas técnicas culinárias que propiciaram uma nova feição à pratos tradicionais. Declarada patrimônio cultural do país em 2007, a gastronomia peruana atrai 80 mil turistas ao ano, de acordo com a Câmara Nacional de Turismo do Peru (Canatur), número que deve aumentar com a crescente exposição da comida peruana em todo o mundo . E aqui cabe um parênteses importante: A declaração como Patrimônio Cultural do Pais se deveu a dedicação da chef Gloria Hinostroza, especialista em gastronomia andina cujas pesquisas foram a base para a culinária do pais. Segundo o órgão oficial, 5% dos estrangeiros que visitam o Peru vêm exclusivamente para participar de tours gastronômicos. Além destes, outros, se surpreendem com a culinária local, e retornam aos países de origem encantados e a com o firme propósito de voltar. O Instituto Nacional de Cultura do Peru nomeou a cidade de Lima como a “Capital Gastronômica da América” motivo que tem feito com que sua gastronomia seja promovida mundo afora. Especialistas do mercado gastronômico mundial acreditam que, com esse trabalho, em vinte anos o Peru será a “Terra Prometida” dos gourmets.
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internacional
Culinária que encanta O brasileiro, também está atraído pela culinária peruana e seus sabores, mas sem dúvida, assim como a Feijoada está para o Brasil, o Ceviche é a estrela da mesa daquele país. O prato, em uma versão clássica, é preparado com peixe marinado em limão, coentro, sal, cebola e pimenta. Mas é claro que há outras versões mais incrementadas. O turista poderá começar sua experiência gastronômica no Peru, apreciando um Ceviche, que geralmente é servido sobre folhas de alface, guarnecido por um camote doce amassado (tubérculo similar a nossa batata) e grãos de milho. Lugares para isso não faltarão, caso esteja em Lima, capital do Peru. Dizem que a cidade soma mais de 1.500 Cevicherias, das mais simples, às mais sofisticadas, como as que estão nos bairros de Miraflores e San Isidro. Mas como dissemos, o Ceviche pode ser apenas o início dessa jornada, pois há muitos outros pratos saborosos, como o Tacu-tacu de feijão (prato que mistura feijão peruano com arroz e complementos como frutos do mar até carnes, temperos locais e pimenta); Lomo Saltado (de influência asiática, esse prato é preparado com carne bovina ou de porco, pimenta, shoyo, cebolas e batatas), Aji de Gallina (preparação à base de frango desfiado, com pimenta e molho,guarnecido com arroz, batata e ovo cozido), entre outros. Se estiver em Lima, reserve um tempo para uma visita ao mercado de Surquilho, não há como não se encantar com a profusão de cores, aromas e sabores. Vale o passeio! Para beber não há como deixar de provar o Pisco. O aguardente à base de uvas, que começou a ser produzido após a chegada dos espanhóis, responsáveis por introduzir o cultivo dessa fruta na região, tem sua origem disputada pelo Peru e também pelo Chile. Independente da discussão, peça um Pisco Sour é um drinque que agrada bastante pelo paladar.
Estrelas da Gastronomia Para quem sonha em frequentar a famosa escola de gastronomia francesa, Le Cordon Bleu, Lima pode ser um destino certo. Desde o ano 2000 a instituição mantém naquela cidade, no bairro de Miraflores, uma unidade de capacitação. Não é por acaso que a instituição francesa iniciou suas atividades na América do Sul pelo Peru, ao contrário. A iniciativa demonstra a vocação do país para a valorização da gastronomia. E isso se reflete também em outras ações, como a da revista inglesa Restaurant que depois de premiar os Melhores Restaurantes do Mundo no último mês de abril deste ano, em Londres, volta os olhos para América Latina, realizando o Latin America’s 50 Best Restaurant, premiação que ocorrerá no próximo dia 4 de setembro, em Lima, dois dias antes do Festival Mistura 2013 (entre 6 e 15/09), famoso evento gastronômico também realizado no país andino. Na disputa estão estabelecimentos gastronômicos de quase 30 países, avaliados por um júri de 900 pessoas, entre profissionais da gastronomia, críticos e jornalistas especializados. Vale destacar que alguns restaurantes já integram a lista dos cem e cinquenta Melhores do Mundo, caso do brasileiro DOM (6ª posição dos 50 Best), de São Paulo, comandado por Alex Atala, e também, o restaurante peruano Astrid e Gaston (14ª posição), do chef Gastón Acurio, já há três anos consecutivos no ranking . Gastón Acurio é aclamado como referência no Peru e em toda a comunidade mundial gastronômica, por enfatizar a cozinha simples peruana e mediterrânea, em seus restaurantes, inclusive nos que comanda em outros países, como os da cidade de
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Bogotá, Madrid ou Nova York; com ênfase na reconstrução do elo entre campo e cidade. Ao longo dos mais de 20 anos de carreira Acurio, tornou-se um dos líderes indiscutíveis e um nome reverenciado pela indústria na América Latina, por se posicionar à frente do movimento revolucionário da culinária latino-americana, através de uma organização que reúne 33 restaurantes em 12 países. O chef, que foi um daqueles jovens que após experiência no exterior, retornou ao Peru revisitando suas raízes culturais gastronômicas, já publicou 20 livros quetornaram-se Best Sellers, como o “500 Anos de Fusão”, obra elencada entre os melhores livros de culinária do mundo e representou a América Latina no Prêmio Gourmand World Cookbook 2008. Seu comprometimento social também é bastante louvável, como mantenedor da Escola de Culinária Pachacutec, instituição de ensino localizada em uma das áreas mais pobres de Lima, que oferece a jovens carentes a oportunidade de criar um futuro na indústria de alimentos. Porém, assim como a diversidade de ingredientes, o Peru é rico também em talentos. Este é o caso de Rafael Piqueiras, do restaurante Maras que ano passado ganhou inclusive o prêmio de melhor restaurante do Peru. Há ainda o Rafael Osterling, com o delicioso Mercado, o chef Rodrigo com seu Rodrigo, o Malabar do chef Pedro Schiaffino, do restaurante Lá Gloria, Heitor Solis e sua comida de Chiclayo.... e muitos outros que mesmo não sendo citados, merecem o nosso respeito. E é essa união e compromisso de Governo, profissionais e instituições que faz com que o Peru ganhe notoriedade no cenário gastronômico mundial. Sem dúvida, um exemplo a ser seguido. Colaboração da nutricionista Zita T. Vale Ferreira.
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Eu sรณ quero Renata Daher .20
Foi-se o tempo que se acreditava que o chocolate fazia mal para a saúde, depois de muitos estudos constatou-se que esse alimento não é só uma delícia. O seu consumo moderado também oferece benefícios. Segundo pesquisa científica realizada pela Universidade de Drexel, nos Estados Unidos e divulgada no Jornal Daily Mail, o prazer que o chocolate pode causar no cérebro gera alterações químicas liberando dopamina, o que faz as pupilas dilatarem. A liberação da substância do prazer tem esse efeito nas pupilas, sendo um sinal comumente associado a sentimentos de amor e luxúria. Na retina dos olhos, a dopamina também é liberada quando o nervo óptico é ativado em resposta à exposição da luz. Como se os prazeres oriundos do chocolate não bastassem, o mercado quer mais: mais sabor, mais qualidade, mais excelência em seus produtos. Visando atender a consumidores cada vez mais educados e exigentes no paladar, o mercado se esmera em oferecer Chocolates Gourmet, produto que vem ganhando espaço no mercado de chocolates, pois respeita a cadeia produtiva desde a amêndoa de cacau ao produto final, integrando a valorização de aromas e notas de cada localidade, respeitando a sustentabilidade e a saúde do consumidor. O Brasil ainda engatinha nesta área, mas já começam a despontar bons produtores de cacau, como é o caso de João Dias Tavares, de Ilhéus, que ganhou o Prêmio de Melhor Amêndoa de Cacau da América do Sul, em 2010 e 2011, do Salon du Chocolat, de Paris. Costa do Marfim, Indonésia, Brasil, Nigéria e Malásia são alguns dos principais países produtores de cacau, mas é a América Central que detém, até então, a reputação de produzir o cacau de melhor qualidade do mundo. São 3,6 milhões de toneladas de cacau produzidas por ano nestes endereços A questão da formação também inicia no Brasil. Em Canela, no Rio Grande do Sul, a Castelli Escola Superior de Hotelaria, lançou a primeira Escola de Chocolataria Gourmet do Brasil, oferecendo cursos de Gestão de Negócios nessa especialidade e extensão em Formação Profissional em Chocolataria, ambos de curta duração. A escola começou agora no mês de agosto a ministrar os cursos em chocolataria gourmet e também visitas à fazendas de cacau, eventos do setor e renomadas chocolatarias. O corpo docente é formado por nomes importantes na área dos chocolates, entre eles, a francesa Chloe Doutre Roussel, consultora internacional e especialisrta no assunto, com intensa dedicação às questões dos seus aromas e qualidades. Confira a seguir a entrevista que Nutrinews fez com Chloe Roussel, conhecida como Madame Chocolat, e saiba mais sobre o universo da Chocolataria Gourmet: NN – Como a senhora percebe o mercado brasileiro de chocolates gourmet? Chloe Roussel – O mercado brasileiro do chocolate ainda está fechado no perfil dos países em desenvolvimento e as poucas marcas que decidem trazer produtos de luxo imitam um belga e francês de 20 anos atrás. NN – Na sua opinião, quais os fatores que mantém a produção nacional nestas condições? Chloe Roussel – Apesar de ter cacau, dinheiro para investimento, máquinas para produzir chocolate e um enorme mercado interno consumidor, há dois grandes problemas: o calor, que exige mais investimentos para a proteção do produto e as altas taxas e impostos, que fazem com que uma mesma barra de chocolate seja mais barata em Nova Iorque do que em Salvador. NN – O que diferencia a produção do cacau brasileiro dos outros países produtores? Chloe Roussel – A força brasileira está no sistema cabruca – sistema conservacionista -, que é a principal ferramenta de marketing internacional do país. O sistema cabruca é um sistema ecológico de cultivo agroflorestal. Baseia-se na substituição de estratos florestais por uma cultura de interesse econômico,
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produto implantada no sub-bosque de forma descontínua e circundada por vegetação natural, não prejudicando as relações com os sistemas remanescentes. A força do cacau brasileiro está justamente em valorizar esse “terroir” típico da Mata Atlântica. NN – Porque a senhora escolheu trabalhar com chocolates? Chloe Roussel – De fato, não escolhi, minha mãe gostava muito de doces, chocolates particularmente, mas para mim é algo irracional, desde muito pequena, o único doce que meu corpo queria e aceitava era o chocolate. Acredito que seja uma paixão do meu corpo. Quanto mais conheço do chocolate, mais quero conhecer. NN – Sua formação profissional tem a ver com o chocolate? Chloe Roussel – Não, sou engenheira agrônoma, tudo que sei sobre chocolate aprendi de maneira autodidata, acabei devotando minha vida àquilo que mais gosto. Essa devoção me fez escutar meu corpo, meus sentidos de uma maneira geral. Gosto de chocolate mais do que de qualquer outra coisa na vida, ele desperta todos os meus sentidos, ativa os meus princípios de prazer. NN – A senhora é uma mulher magra, com aparência saudável, come muito chocolate? Chloe Roussel – Como entre 300 e 400 gramas de chocolate
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todos os dias, prefiro comê-lo sozinho, longe de qualquer outro alimento e ao longo da vida, fui tirando da minha dieta coisas que não me agradam e deixando só o que gosto mesmo. Nado quase todos os dias e acima de tudo sou uma pessoa realizada e feliz! NN – A senhora atribui sua felicidade ao chocolate? Chloe Roussel – Sem dúvida nenhuma, em algum momento da vida eu entendi que minha felicidade está em ser livre e o chocolate me possibilitou esta liberdade. Viajo pelo mundo para conhecer produtores de cacau, de chocolate, faço palestras, seminários, conheço pessoas novas todos os dias. Do meu ponto de vista, vivo em férias permanentes, pois convivo e falo do que mais gosto: chocolate! NN – Na sua opinião, qual o melhor chocolate do mundo hoje? Chloe Roussel – O Fortunato 4 é um chocolate interessantíssimo! Ele é produzido com cacau peruano de origem pura, a fábrica fica na Suécia e a empresa é americana. Atualmente é um dos mais apreciados pelos conhecedores. NN – O chocolate fez a diferença na sua vida, acredita que faça a diferença na vida de outras pessoas dedicadas a ele? Chloe Roussel – Acredito que o que faz a diferença na vida das pessoas é que façam o que realmente queiram e que o façam com paixão e atitude!!!
Curiosidade Cientistas acreditam que o cacau é nativo das florestas da região do Amazonas no Brasil, ou na região do Orinoco, na Venezuela. Cristovão Colombo, que descobriu a América, teve a oportunidade, durante uma de suas viagens, de conhecer os grãos de cacau, mas não lhes deu valor algum. Quem apresentou o cacau para o mundo europeu foi Hernando Cortez, conquistador espanhol. Ao ser recebido pelo Imperador dos astecas, Montezuma, conheceu uma bebida especial – feita de cacau – que o imperador bebia em copos de ouro, que eram jogados fora após o uso, mostrando que valorizavam mais a bebida que o precioso metal. Segundo Cortez a bebida tinha um “sabor forte, agridoce, muito bom!”. Mais tarde, Cortez aprisionou o Imperador e, gradualmente, conquistou o México. De volta à Europa em 1528, o espanhol incluiu os grãos de cacau entre os produtos do Novo Mundo que levava ao Rei da Espanha, apresentando à corte espanhola o chocolate líquido. Cortez levou também mudas da árvore a outras localidades conquistadas, como as ilhas tropicais: Trinidad e Haiti na América Central e a Ilha Fernando-Po, na África Ocidental, daí o cacau se transferiu para o continente africano: Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões – que são líderes do comércio mundial de cacau até hoje. O consumo do chocolate quente como bebida tornou-se apreciado na Espanha, primeiro nos círculos aristocratas, depois de forma geral. Aos poucos a bebida começou a ficar conhecida em outros países da Europa Ocidental.
Em 1700, as casas de chocolate começaram a concorrer com os cafés e a partir de 1765 o produto também caiu na preferência dos norte-americanos. Em 1828, um, Conrad van Houtten, fabricante holandês de chocolate produziu o primeiro chocolate em pó solúvel em água quente e populariza ainda mais o produto. Já comer chocolate em pedaços só se tornou popular bem depois. Em 1847, uma empresa inglesa, J.S.Fry & Sons (que mais tarde se associou à famosa Cadbury) começou a produzir chocolate doce em barras para comer, misturando o cacau moído com manteiga de cacau e açúcar. Em 1875, um fabricante suíço de chocolate criou uma barra de chocolate ao leite, usando leite fresco. Desde então numerosas fábricas de chocolate em diferentes países desenvolveram diversos tipos de chocolate – doce, meiodoce, amargo, com leite ou sem leite, com ou sem nozes, licor e sem licor, e inumeráveis tipos de chocolates para satisfazer a todos os paladares. No Brasil, a primeira fábrica surgiu em 1891, a Neugebauer, fundada por imigrantes alemães no Rio Grande do Sul.
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Embalar alimentos: Renata Daher
Com o crescimento populacional do planeta, a embalagem tornou-se essencial para otimizar o aproveitamento dos alimentos e insumos demandados pela sociedade e para reduzir o desperdício global. Ao longo do tempo, tornou-se ferramenta crucial para atender à sociedade em suas necessidades de alimentação, saúde, conveniência, disponibilizando produtos com segurança e informação para o bem estar das pessoas, possibilitando a acessibilidade a produtos frágeis, perecíveis, de alto ou baixo valor agregado, além de viabilizar o desenvolvimento de novos produtos e formas de preparo ou utilização. Frente ao ambiente de mercado competitivo, a embalagem tornou-se estratégica para a competitividade dos negócios no que diz respeito à eficiência de envase, distribuição e venda. Gabriela Tischer, Diretora de design da Spice Design, ex-
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plica que apesar da embalagem ter sido criada para atender a necessidade preliminar de acondicionar produtos, ao longo do tempo somou requisitos e funções, “com a revolução industrial e cada vez menos vendedores que oferecem e promovem os produtos pessoalmente aos clientes, a embalagem tem que ser um atrativo”. As embalagens expostas nas gôndolas dos supermercados têm a incumbência não só acondicionar ou mesmo dar forma ao produto, mas também de promover , criar conexão com o consumidor e estimular a compra. Se antes as embalagens variavam apenas em formato e material como plástico, (BOPP, PE, PP), papel, vidro ou metal hoje existem inúmeras combinações inclusive entre eles para formar novas embalagens que apresentam verdadeiras soluções para o produto, ”uma lata que ao ser aberta gela ou
esquenta a bebida, uma embalagem que descarta refrigeração e aumenta a vida do produto promovendo assim sua distribuição para lugares mais distantes e sem tanta tecnologia, embalagens compostas com matérias primas ecologicamente corretas ou provenientes de reciclagem dando também ênfase ao aspecto de descarte e reutilização de insumos” – diz Gabriela Tischer.
Marketing em caixinhas A diretora da Spice Design explica que no âmbito do marketing as embalagens retratam o sonho e o benefício do consumidor ao escolher e adquirir um ou outro produto, voltado a um público específico são considerados dados como cores, letras, imagens entre outros elementos que posicionam o produto gerando assim o resultado esperado. Por exemplo, uma embalagem de alimento de rápido prepa-
ro com seu público em pessoas solteiras entre 18 e 26 anos apresentará um prato pronto ou até mesmo o alimento em um garfo, evidenciando o pronto consumo. Se quente, uma leve fumaça pode ser inserida na foto para que a imagem mostre rapidamente a informação de como deve ser consumido. “Um splash que diga: pronto em 3 minutos tira qualquer dúvida da praticidade do produto além de vender a informação de rapidez que o consumidor procura. Ou seja, todos os aspectos sobre público alvo e posicionamento de um produto são importantes para o profissional de embalagem direcionar e criar um projeto de sucesso” – salienta Gabriela. Não existe uma fórmula visto que cada produto tem sua particularidade e públicos alvos muitas vezes mistos e heterogêneos. O design de embalagem não é somente estético, mas funcional, é uma ciência que se baseia em diversos aspectos e conhecimentos e que é cada vez mais importante para as indústrias e usuários.
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Feito de quê? No aspecto de matéria-prima não existe um tipo só de material para determinado produto. A gama de opções só cresce com a demanda cada vez maior de embalagens que atendam requisitos técnicos de acordo com o posicionamento e valores das empresas em questão, este quesito pode ser tecnologia, sustentabilidade e praticidade entre outros. Por exemplo: o vinho sempre foi vendido em garrafas com rolhas. Hoje é encontrado com tampa de rosca, em embalagens Tetrapak com gargalo ou até mesmo torneira para o caso de embalagens em grande quantidade e facilidade no momento de servir. Atualmente, quando as questões ligadas à preservação do meio ambiente tornam-se cada vez mais presentes na vida das pessoas, existe uma preocupação em se ter embalagens que continuem resolvendo os problemas da armazenagem, venda, etc e que também não prejudiquem o meio ambiente. Entre os biopolímeros renováveis existem a celulose e o amido, extraídos de plantas superiores, e os biopolímeros extraídos de algas e microrganismos, que podem e estão sendo utilizados para a fabricação de diversos tipos de embalagens.
A embalagem e o food service Falando em grande quantidade entramos no mercado de food service. “Há cerca de 20 anos atrás produtos voltados para o Food Service tinham apenas o pré-requisito de embalar e de forma simples informar de que se tratava o produto. Uma embalagem plástica com o produto congelado e uma etiqueta impressa em uma cor apenas informando produto, variação, peso e se necessário selo de autorização de algum departamento do governo” - afirma Gabriela. Ao longo do tempo estas embalagens passaram também a levar em conta aumento na durabilidade, melhor paletização para facilitar a logística no transporte, rotulagem e orientação técnicas voltadas ao consumidor, que na grande maioria é de restaurantes, bares, supermercados e padarias e que nem sempre tem um profissional bem qualificado utilizando o produto, entre outros requisitos. Outro ponto crucial para as embalagens direcionadas para o food service é a questão da estocagem, além de prolongarem a vida dos produtos, estas embalagens precisam ser compactas, a fim de ocuparem estoques cada vez menores, permitindo que os estabelecimentos priorizem suas áreas voltadas ao público, o que demanda uma preocupação a mais no processo criativo. “Hoje é possível encontrar nestas embalagens inclusive o QR code que pode mostrar ao cliente tudo a respeito do produto, todo percurso desde sua origem à entrega assim como segurança de qualidade” – destaca. “Hoje uma embalagem de Food Service chega a ter tanto destaque como uma feita para o consumidor final, embalagens assim estão na venda por atacado e traz informação como aquela de 3 minutos no prato para solteiros porem voltadas para as necessidades deste público, profissionais de cozinha” – acrescenta a Diretora da Spice Design. Por sua vez, o mercado foodservice também comercializa produtos e portanto também necessita de soluções para apresentar os seus produtos, como nos deliverys ou empórios de grife.Mas essa é uma outra história, que merece um capítulo à parte!
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capa Para problemas antigos, novas soluções! Dispenser - Um exemplo interessante é o da embalagem para catchup ou mostarda, feito em papel cartonado munido de bomba dispenser. Pet - O refrigerante é a bebida mais consumida no mundo, entretanto exige consumo imediato depois de aberto já que o gás vai se perdendo, principalmente nos casos de grandes embalagens de dois e até 3 litros. A perda de gás implica na mudança do gosto da bebida, que perde sua característica inicial. Principalmente se, depois de aberto, for mantido na geladeira por 01 ou 02 dias; em muitas vezes com a perda total do gás, tornando impossível o seu consumo e com consequente descarte. Por isso o inventor Paulo Torres desenvolveu a “Garrafa Pet especial”, que se trata de uma garrafa com uma divisória horizontal e uma válvula interna que divide pela metade a embalagem e o líquido. A ideia é que, após aberta a tampa superior da garrafa seja possível consumir o refrigerante, da parte de cima da embalagem, de modo que o conteúdo de baixo fique intacto e lacrado. Após o consumo total do refrigerante da parte superior, basta o usuário abrir a válvula interna que divide a embalagem e então consumir a bebida que estava conservada na parte inferior. Ou seja, com a Garrafa Pet especial o gás da bebida não será liberado de uma única vez. O inventor já possui proteção legal do projeto e agora procura .28
por parceiros e empresas que queiram investir na ideia e colocá-la em escala no mercado. Protetor de copo quente - A Starbucks Coffee Company, a LBP Manufacturing e a Henkel Corporation desenvolveram em conjunto o EarthSleeve, um novo protetor de copo quente que inclui uma tecnologia patenteada que permite redução no uso total de material e ao mesmo tempo, diminui o conteúdo PCR. Fabricado nos EUA, o novo produto utiliza 34% menos material de fibra bruta e 25% mais de conteúdo reciclado, sem sacrificar desempenho ou função, diz a Starbucks. Com quase três bilhões de protetores de copos quentes produzidos nos EUA em 2011 e ela mesma representando quase metade do mercado, a Starbucks observa que essa evolução de material terá um impacto substancial na indústria de embalagens. “Na Starbucks, estamos constantemente procurando inovar de modo a tornar nosso mundo um melhor lugar,” diz Cliff Burrows, presidente da empresa nas Américas. “Esse produto representa como a integração de nossos valores ambientais e a colaboração com organizações de mesma opinião podem criar um impacto significativo.” O novo protetor está sendo introduzido atualmente em unidades da Starbucks nos EUA e Canadá e está sendo avaliado para uso global. O protetor permite uma melhora de 15% no rendimento de espaço de caixa e carga de caminhão, otimizando seu armazenamento e foi considerado totalmente compostável por entidades norte americanas do setor.
lançamentos Queijo tipo snacks Pensando na correria do dia a dia e praticidade para os consumidores, a famosa marca francesa, A Vaca que ri, apresenta um grande diferencial em seus produtos Map’tite Vache que ri, Cubitos e Palitos. Graças a presente tecnologia UHT, não há necessidade de refrigeração, podendo ser facilmente transportados de um lugar para outro sem preocupação de conservação. Além disso, sua consistência cremosa e sabor suave e único permite que possa ser consumido puro. Conheça cada um deles. O primeiro, Ma p’tite Vache qui rit, é um creme de queijo fundido foi especialmente desenvolvido para as crianças, que podem comê-lo de colher ou ainda passar no pão. Este queijo é uma deliciosa fonte de cálcio para
Certificação orgânica
todas as horas. O segundo, Cubitos pode ser degustado a qualquer hora e lugar, envolvido em uma embalagem protetora que contém 24 cubitos que podem ser servidos como petiscos, aperitivos e saladas, temperados com azeite e/ou ervas.Também não precisam de refrigeração. Por último, o Palitos, um queijo processado cremoso acompanhado de crocantes grissinis. Muito bom para o lanche das crianças. Os queijinhos do Grupo Bel são distribuídos pela Calimp e podem ser encontrados em padarias, rotisserias e nas grandes redes supermercadistas. Outras informações pelo SAC: 4152-6161 ou acesse: www.calimp.com.br
Depois de passar por rigorosos testes, o mel da marca Homemade ganhou o selo IBD Orgânico, comprovando que o produto atende a todas as certificações orgânicas feitas pelo IBD Certificações - empresa 100% brasileira que desenvolve atividades de inspeção e certificação agropecuária, de processamento e de produtos extrativistas, orgânicos, biodinâmicos e de mercado justo. É também a única certificadora do país com atuação internacional e credenciamento IFOAM (mercado internacional), ISO Guide 65 (mercado europeu - regulamento CE 834/2007), Deneter (mercado internacional), USDA/NOP (mercado norte-americano) e INMETRO/MAPA (mercado brasileiro), o que torna seu certificado aceito globalmente. Para os apreciadores do puro mel de abelhas, o mel da Homemade está disponível em embalagem de 330g e é mais uma garantia do comprometimento que a empresa tem com seu público. Informações: www.homemade.com.br
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NOVIDADE DA RATIONAL Prepare-se para conhecer o Rational VarioSmoker, a novidade da marca alemã. “Com o VarioSmoker, os chefs podem cozinhar e defumar ao mesmo tempo. Isso gera economia de tempo, espaço e dinheiro, pois não há mais a necessidade de adquirir um defumador adicional,” diz Katrin Lauterbach, Gerente de Produto da empresa. O VarioSmoker pode ser usado como um acessório em todos os equipamentos Rational produzidos desde 1997. Como ele só tem que ser colocado dentro da câmara de cocção, todos os proprietários de equipamentos da marca podem adquirir e usar de imediato, tanto em modo manual, quanto no SelfCookingCenter®. Sem dúvida, com o novo equipamento será possível dar um novo sabor aos cardápios. Vale conhecer! Informações: www.rational-online.com.br
Na onda dos grãos integrais
A quinoa e a aveia estão entre os grãos mais importantes da agricultura mundial pelo alto potencial nutritivo. A quinoa é rica em proteínas e apresenta todos os aminoácidos necessários para o funcionamento do organismo. Apresenta também ômegas 3 e 6, auxiliando no controle do colesterol, os minerais cálcio e ferro e uma quantidade significativa de vitaminas do complexo B. A qualidade nutricional do grão é reconhecida especialmente pelos povos andinos, que tradicionalmente cultivam o grão e o consideram como um dos mais importantes alimentos da região. Já a aveia, ela destaca-se por possuir fibras solúveis, capazes de reter água e formar uma estrutura gelatinosa, atuando no controle do colesterol. A aveia também é rica em cálcio, ferro, proteínas, vitaminas e carboidratos. Investindo nas linhas de alimentos saudáveis, a Josapar inclui em seu mix de produtos o arroz Meu Biju 8 Grãos Integrais em duas versões, que contam com os grãos em sua composição. A Meu Biju 8 Grãos com Quinoa é composta de arroz cateto, arroz integral, linhaça, lentilha, trigo, gergelim, arroz vermelho e quinoa. Já a Aveia é composto por triticale, arroz integral, linhaça, arroz cateto, trigo, cevada, arroz vermelho e aveia. Informações: www.josapar.com.br
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Renata Daher
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Hoje a tecnologia oferece uma gama de produtos de ponta para cozinhas profissionais, entre eles fornos de última geração. Mas nem sempre foi assim. Para chegarmos a esse nível, foi necessário muito tempo e nos leva a uma viagem no tempo. Ao que tudo indica a descoberta do fogo aconteceu por acaso, quando os humanos juntaram com força duas pedras e delas, saíram faíscas. Claro está que o homem já conhecia o fogo produzido pela natureza, mas demorou milhares de anos para controla-lo e produzi-lo. A partir da descoberta de como produzi-lo, surgem os desejos de avanços! Os homens primitivos utilizaram o fogo para dar calor, afugentar feras selvagens e cozinhar alguns alimentos. Ao longo dos tempos o homem busca formas de fazer as coisas com menos esforço e gastando menos tempo, sempre tendo como foco uma melhor qualidade de vida. O dia em que o homem por fim capturou o fogo, e o submeteu à prisão do forno para cozer o pão, se deu um dos maiores passos para satisfazer a cada humano que habita a Terra. O pão e o forno nascem praticamente juntos, primeiro a massa, que era colocada sobre pedras planas quentes e se transformava em aromática bolacha e mais para frente, os fornos, que teriam a forma de um cone truncado construído com ladrilhos grossos para que se conservasse o calor, e uma vez quente o forno as brasas eram retiradas e o pão colocado por uma aber-
tura situada na parte superior. Foi assim até o século VIII a.C, quando algum engenhoso artesão construiu uma porta frontal. Hoje, comer pão e fazê-lo todo dia é fácil, se compararmos com outras épocas. Contamos com boa tecnologia e o processo ainda que lento, não é tão rigoroso como em épocas passadas. Assim, como o pão que a princípio foi uma mescla de grãos, apenas moídos e envolvidos em água, os fornos tem evoluído e passado por pedra, barro e outros materiais, até os mais sofisticados fornos elétricos de capacidade industrial, com vapor e tempo controlados. Sua utilização também sofreu transformações, e há muito não é mais utilizado apenas para o preparo do pão, mas tem seu uso bastante difundido tanto nas cozinhas domésticas como profissionais. Por definição um forno é uma construção ou aparelho que se pode fechar e conservar calor em altas temperaturas, para assar ou cozer pão, bolos ou outro tipo de alimento, para secar peixe ou carne - neste caso, em temperaturas mais baixas. Há relatos de que em 181 a.C os povos que se sedentarizavam começavam a construir fornos diante das necessidades. No começo usavam argila retirada do fundo dos rios para isolar lateralmente o fogo para que não se apagasse. O alimento era precariamente posto entre a lenha para assar por não saberem como suspender o mesmo. Com o tempo foram aprendendo a esculpir e manipular pedras usadas nos fornos que se modernizavam.
Segundo o arquiteto Eric Zompeiro os fornos mais importantes nas cozinhas industriais são: forno combinado, forno de convecção forçada, forno convencional, microondas, vapor (incluso nos fornos combinados), infravermelhos ou salamandras que também são considerados fornos, já que possuem uma câmara aquecida. Depois temos os específicos, como o de pizza, e os de panificação e confeitaria, inclusive os de lastro. Quanto às fontes de energia: elétrico e gás, válido para a maioria dos acima citados. “Numa cozinha profissional aconselha-se o uso de fornos combinados, pois possuem maior capacidade de preparos, podendo executar diversas cocções num mesmo equipamento”, afirma Zompeiro. Ao longo do tempo, para atender às necessidades que foram surgindo, os fornos foram se modernizando e as cozinhas profissionais contam com uma variedade de equipamentos específicos para preparos diferentes. Confira a seguir alguns tipos e usos para estes equipamentos: Forno convencional Fornos convencionais são usados para executar uma grande variedade de tarefas de arte culinária. Eles podem grelhar ou assar carne, bem como assar pães, bolos e pastelaria. Além disso, pode ser usados para aquecer alimentos já cozinhados. Forno à lenha Forno utilizado para assar coisas, atualmente mais utilizados em pizzarias, pelo calor característico que confere ao alimento e que usa como combustível o carvão vegetal. Muita gente questiona sua utilização por causa dos danos causados à natureza, tanto no que diz respeito ao combustível quanto à queima da lenha.
Fornos Combinados Nesse equipamento é possível assar, cozinhar, fritar, regenerar, grelhar, gratinar, descongelar. A convecção forçada faz com que os tempos de preparo sejam muito reduzidos e a injeção de vapor permite cozinhar legumes e reduzir a perda de peso nas carnes, aumentando o rendimento e tornando os alimentos mais nutritivos e saborosos. Resumindo: os Fornos Combinados funcionam combinam (daí o nome) ar quente seco com vapor. A combinação é controlada por um computador que recebe informações de sensores distribuídos dentro da câmara de cocção. Eles surgiram na Alemanha, no início da década de 1970, como uma evolução dos Fornos de Convecção e dos Steamers. Fornos de Convecção Um forno de convecção melhora o forno tradicional ao fazer circular ar aquecido por meio de um ventilador. Os alimentos aquecem-se mais rápido em um forno de convecção, pois o ar em movimento remove a fina camada de ar que, caso contrário estaria cercando e isolando termicamente o alimento. Os fornos de convecção podem operar em uma temperatura inferior a um forno convencional e ainda cozinhar o alimento mais rapidamente. A circulação de ar, ou convecção, tende a eliminar os “pontos quentes” e, portanto, o alimento pode cozer mais uniformemente. São utilizados, por exemplo, para aquecer refeições nos aviões das linhas comerciais. Forno de esteira Equipamento para cozinhas profissionais que tem um túnel e esteira, por onde vão passando os alimentos a serem assados.
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A máquina proporciona alta qualidade no cozimento dos produtos dando acabamento final e temperatura interna adequados. Forno de microondas O forno microondas é um aparelho que permite preparação rápida de alimentos para o consumo humano ou de animais, além do aquecimento de toalhas. Não se devem colocar utensílios de cozinha de metal, nem organismos vivos. Neste tipo de equipamento os alimentos são aquecidos ou cozidos por meio de ondas eletromagnéticas. O aquecimento ocorre em razão de uma radiação eletromagnética de 2.450 MHz, radiação essa que aumenta a agitação das moléculas de água dos alimentos, aquecendo-os de forma quase uniforme, sem prejudicar a saúde humana.de dentro para fora.
Forno de lastro O forno de lastro tem a propriedade de aquecer de baixo para cima, criando o chamado ”efeito lastro”. Ele pode ser em pedra ou em inox. Além do material, ele também pode ser a gás ou elétrico. É mais comumente utilizado em padarias e confeitarias.
Que forno utilizar??
Segundo o arquiteto Eric Zompeiro, “Cada situação ou cliente demandará um tipo de forno, de acordo com o mix de produtos que deseja oferecer. Por isso não podemos afirmar que uma tipologia de empreendimento deve utilizar tal forno, pois há necessidade de conhecer todos os tópicos que serão explorados na futura loja. Cada caso é um caso”.
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Licinia de Campos
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A capacidade em manter a pressão sanguínea é vital para a vida. Hipertensão crônica é um dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares. A hipertensão contribui com meio milhão de AVCs e acima de 1 milhão de ataques cardíacos por ano. Quanto maior a pressão, acima dos normais 120/80 mmHg, maiores os riscos de doenças cardíacas. Esta condição é algumas vezes referenciada como o assassino silencioso, pois as pessoas não sentem os efeitos físicos da pressão alta. A predominância do sexo feminino já foi observada em alguns estudos, assim como a prevalência da faixa etária de 60 a 79 anos. Há 2 tipos de hipertensão: a hipertensão sem causa identificável ou hipertensão primária e a hipertensão com causas específicas como nos casos de doenças renais, considerada como hipertensão secundária. O que significa pressão sanguínea? Pode-se defini-la pela ação de bombear efetuada pelo coração, gerando força suficiente para empurrar o sangue através das principais artérias, depois nas artérias menores e finalmente nos capilares frágeis, onde as paredes porosas permitem a troca de fluidos entre o sangue e os tecidos. Vários fatores comuns influenciam a pressão alta. O sistema nervoso tenta manter a pressão normal pelo ajuste do tamanho das veias sanguíneas, e pela influência exercida na ação de bombear do coração. Os rins dão suporte na regulação da pressão pelo ajuste do mecanismo de mudança do
volume sanguíneo. Por exemplo, quando o sangue fluente nos rins diminui, como no caso da aterosclerose, estes estabelecem ações para o aumento da pressão expandindo o volume sanguíneo e promovendo a constrição das veias . Outro motivo pode estar baseado nos milhares de capilares através dos quais o sangue é bombeado. A resistência insulínica, geralmente associada à obesidade, desencadeia o pâncreas a produzir mais insulina a fim de mover a glicose para o interior das células. Altos teores de insulina podem sinalizar aos rins a retenção de sódio, e podem precipitar o desenvolvimento da hipertensão. E isto explica porque a hipertensão tem maior tendência a ocorrer em pessoas com Diabetes Mellitus não dependentes da insulina, característica da resistência insulínica. O tratamento da hipertensão quase sempre se foca na perda de peso, mudanças dietéticas, exercícios e terapia medicamentosa. Em conjunto com a terapia medicamentosa, mudanças devem ser implementadas pelos indivíduos como parte do protocolo terapêutico. Entre as medidas não medicamentosas estão a redução do consumo de álcool, o controle da obesidade, dieta equilibrada, prática regular de atividade física e a cessação de tabaco. No entanto, estima-se que somente 1/3 das pessoas aderem a estas determinações. Modificar hábitos alimentares não é uma tarefa fácil, pois se trata de hábitos presentes desde a infância, geralmente relacionados com origens étnicas e condições
saúde socioeconômicas dos indivíduos. O consumo excessivo de sal é um dos grandes vilões na vida dos hipertensos. De acordo com recomendações nutricionais, nosso organismo necessita de pouco mais de 1g de sal por dia para manter suas necessidades básicas. A Organização Mundial de Saúde preconiza o uso de até 6g de sal de cozinha por dia, ou seja 1 colher de chá. Os estudos demonstram que o consumo de sal pelo brasileiro ultrapassa 10g diários. Ao falar em sal, já pensamos imediatamente no sal da preparação dos alimentos. Será que só aí ele é encontrado? Ao contrário do que a maioria pensa, nem sempre o sódio tem gosto salgado e para exemplificar podemos citar o ketchup, a mostarda e o refrigerante. A alta ingestão de potássio está associada à redução da hipertensão. Como a implementação do potássio pode ser obtida pela dieta ao invés de pílulas, e como o potássio derivado dos alimentos está acompanhado por vários outros tipos de nutrientes, a estratégia preferida é aumentar o consumo de potássio através de alimentos como frutas e hortaliças, fontes ricas em potássio. Assim, é sabido que intervenções comportamentais tiveram efeitos positivos nas mudanças dietéticas na maioria dos casos reportados. Os estudos referenciais demonstraram que as mudanças de comportamento a curto prazo, geralmente 6 meses, são plenos de sucesso e a recidiva a longo termo menos propensa a ocorrer. O sucesso a longo termo dos programas intensivos de intervenção comportamental, evidenciam a importância das mudanças ambientais, facilitando a adoção de mudanças desejáveis no estilo de vida nas pessoas acometidas. Na verdade, mesmo os indivíduos motivados encontram dificuldades em sustentar as mudanças comportamentais dadas as forças culturais poderosas, normas da sociedade, e
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interesses comerciais que encorajam vida sedentária, dietas sub-otimizadas e super consumo calórico. Mas mesmo com estes impedimentos, as evidências disponíveis da eficácia da educação nutricional são suficientemente robustas e persuasivas para advogar mudanças dietéticas como forma de diminuir a pressão alta e portanto prevenir as doenças relacionadas a ela. Atualmente se sabe que os níveis de pressão alta começam antes da idade adulta, durante as 2 primeiras décadas de vida e talvez até mesmo mais cedo, no útero. Assim, esforços para reduzir a pressão e evitar o aumento relativo ao avanço da idade em crianças são prudentes. A importância destes esforços fica evidenciada nos níveis de pressão e na prevalência de obesidade infantil e de adolescentes de 8 a 17 anos, com aumento exponencial nos últimos anos. Através de treinamentos e exemplos, os profissionais em saúde possuem poderosa influência na boa vontade de seus pacientes, suficiente para motivá-los a fazer mudanças no estilo de vida. Evidências substanciais dão suporte ao conceito de que múltiplos fatores dietéticos afetam a pressão. As modificações dietéticas efetivas podem ser sumarizadas em perda de peso, redução da ingestão de sal, aumento da ingestão em potássio, moderação no consumo de bebidas alcóolicas e consumo de padrões dietéticos saudáveis, como na dieta DASH. Outros fatores dietéticos também podem afetar a pressào, mas os efeitos são pequenos e/ou as evidências ainda são incertas. O desafio atual aos profissionais de saúde, pesquisadores, oficiais do governo e o público em geral está em desenvolver e implementar estratégias clínicas e públicas que conduzam às mudanças dietéticas sustentáveis entre os indivíduos acometidos e mais amplamente, na população.
DUNKIN’ DONUTS ANUNCIA PLANOS DE crescimento A rede americana Dunkin´ Donuts, anunciou planos de desenvolver restaurantes nas maiores metrópoles do Brasil. O esforço faz parte da estratégia da rede para aumentar a sua presença na América Latina, uma região de grande importância para a marca, que continua a crescer globalmente. Para tanto está à procura de candidatos qualificados para serem franqueados de múltiplas unidades, de forma a desenvolver a marca no Brasil, com foco inicial em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Os franqueados ideais precisam ter histórico financeiro sólido, profundo conhecimento da sua clientela local, experiência comprovada de sucesso no setor de restaurantes e um desejo de desenvolver, no mínimo, de 20 a 25 unidades Dunkin´ Donuts no seu mercado nos próximos anos. “Com uma das maiores economias do mundo e uma classe média em franco crescimento, o Brasil representa uma oportunidade de expansão tremenda para a Dunkin´ Donuts”, contou Jeremy Vitaro, Vice-Presidente de Desenvolvimento Internacional de Marcas Dunkin´. “No momento, estamos em busca de multifranqueados com uma paixão pela marca, experiência no setor de restaurantes e histórico financeiro sólido para desenvolver a franquia nas maiores cidades do Brasil. Sentimos que a nossa proposta – comida e bebida de alta qualidade, servidas com rapidez em um ambiente amigável, com ótimo valor – terá uma boa resposta do público brasileiro.” A rede possui atualmente mais de 300 restaurantes na região, incluindo mais de 200 no Chile, Colômbia e Peru, além de outros pontos do continente como Aruba, Bahamas, Equador, Guatemala, Honduras, Panamá e Porto Rico. Mais informações: www.dunkinfranchising.com.
Mais competitividade para a alimentação fora do lar Os desafios do setor de bares e restaurantes foram debatidos durante a abertura do 25º Congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Temas controversos como a flexibilização das leis trabalhistas, a lei seca e a taxa de serviços foram analisados com o objetivo de aumentar a competitividade do setor. Para discutir os assuntos de interesse do segmento no Congresso Nacional, foi criada oficialmente a Frente Parlamentar de Bares e Restaurantes. “A construção de um Brasil melhor se dará por meio do diálogo com os nossos representantes”, comentou o presidente executivo da Abrasel, Paulo Solmucci. O ministro do Turismo, Gastão Vieira, ressaltou a importância da alimentação fora do lar para o turismo. “Ela corresponde a 20% dos gastos dos turistas no Brasil. Está na linha de frente da recepção de viajantes e tem a difícil tarefa de causar a boa primeira impressão neles”, comentou. O ministro completou afirmando que gostaria de anunciar a desoneração dos bares e restaurantes. “Infelizmente não posso, mas quero garantir que continuaremos empenhados”. O setor de gastronomia é responsável pela maior parte dos quase três milhões de pessoas que o turismo emprega no Brasil. Ela é avaliada como boa ou muito boa por 97% dos turistas estrangeiros e por 89% dos brasileiros de acordo com um estudo do Ministério do Turismo. “Os nossos bares e restaurantes são a uma só vez embaixadores e guardiões desse patrimônio, razão pela qual merecem toda a consideração dos formuladores de políticas públicas de turismo no país”, disse o ministro. Fonte: ASCOM/MTur .42
seis décadas de serviços A Risotolândia, empresa especializada em refeições coletivas que faz parte da Holding Campodoro, está em clima de festa no mês de agosto , quando completa 60 anos de mercado, com uma trajetória marcada por tradição e muitas conquistas. Presidida por Carlos Antonio Gusso - empresário que há poucos dias recebeu a honraria máxima da Fecomércio (PR) com o título de Comendador do Comércio Paranaense - a Risotolândia é considerada líder do segmento no estado e está entre as maiores e mais importantes do país. Segundo Gusso, desde 1953 até agora, muitos acontecimentos entraram para a história da empresa, que juntamente com as outras duas marcas da Holding, emprega aproximadamente 4,2 mil colaboradores. De lá para cá, muitos clientes foram conquistados, a empresa mudou de endereço, ampliou e modernizou a estrutura, investiu na qualificação de profissionais, lançou projetos sociais e ambientais e também ajudou a comunidade com oportunidade de emprego e conhecimento. Atualmente a produção é de meio milhão de refeições diárias, supervisionadas em tempo integral por nutricionistas altamente capacitadas e engajadas a oferecer aos clientes cardápios saudáveis, nutritivos e saborosos. “Tenho muito orgulho de estar à frente da Risotolândia neste importante momento que é nosso aniversário de 60 anos. Essa data tem sim um gosto muito especial na minha carreira. Devemos isso à confiança dos clientes e a nossa brilhante equipe, que trabalha todos os dias em busca dos melhores resultados para proporcionar saúde, bem estar e qualidade de vida”, afirma o empresário. A empresa é responsável pela alimentação de milhares de crianças e segue rigorosamente os critérios nutricionais recomendados pelo FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. “Nós não trabalhamos apenas com cardápios, nosso maior objetivo é promover a saúde e a felicidade das pessoas que acreditam no nosso negócio”, ressalta Gusso. Site: www.risotolandia.com.br
ÍDOLO BRASILEIRO É Embaixador Global ® DA SUBWAY A importante marca de fast-food, apresentou Pelé, um ícone do futebol internacional, em Milford, Connecticut, EUA, como o mais recente Famous Fan da marca e seu embaixador global. Reconhecido como o maior jogador de futebol da história e uma lenda do esporte mundial, Pelé aparecerá em publicidades da marca e em campanhas promocionais dos restaurantes. “Futebol é um esporte mundial, e o Pelé é o jogador preeminente de todos os tempos. É ótimo contar com ele como parte da família Subway® em todo o mundo”, disse Tony Pace, chefe de Marketing global da rede. Com o contrato, Pelé se junta a outros fãs famosos da rede, como Michael Phelps (natação), Apolo Ohno (patinação de velocidade), Nastia Liukin (ginástica artística), Ryan Howard (beisebol) e Justin Tuck (futebol americano). “Ao longo de toda a minha carreira, eu sempre fiz questão de cuidar do meu corpo com uma nutrição adequada, treinamento e descanso”, disse Pelé, que tem como sanduíche favorito o de atum no pão italiano com alface, sal e pimenta. “Estou ansioso para trabalhar ao lado de outros fãs famosos para incentivar as famílias ao redor do mundo a comerem bem e levarem uma vida ativa, com a abordagem dos restaurantes Subway® de opções frescas.”
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“TERRA DE FOGOS: MINHA COZINHA IRREVERENTE” NO BRASIL
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O prestigiado chef de cozinha da Argentina, Francis Mallmann, famoso por seus programas na televisão (incluindo a série “Los Fuegos”, que inspirou o premiado livro “Sete Fogos”), lança no Brasil a obra “Terra de Fogos: minha cozinha irrevente”. Publicado pela V&R Editoras. O livro é resultado de uma viagem culinária pela terra dos fogos, no extremo sul do continente americano. Três destinos, percorridos durante um ano, servem de cenário e inspiração para a preparação das mais de 120 receitas: a praia de José Ignácio (Uruguai); o Lago La Plata, na província de Chubut, na Patagônia, e uma fazenda próxima à pitoresca cidade de Cachi, no altiplano saltenho (Argentina). Cozinhando quase sempre ao ar livre, Mallmann prepara carnes na grelha, na chapa ou guisadas em grandes caçarolas de barro. Pizzas e pães são sovados com delicadeza e assados com precisão. Trutas, preparadas de cinco maneiras diferentes, remetem à memória de um aprendiz de pescador. Pratos clássicos argentinos, como o choripán, além de uma homenagem à batata, grande especialidade do chef, ganham surpreendentes combinações. “Este livro é marcado por recordações da minha infância e adolescência, fases da minha vida que reconheço como pilares da minha formação, de onde vem a minha capacidade de sonhar e de encontrar caminhos alternativos, fora dos limites estabelecidos”, define. As massas também ganham destaque. Pennes, raviólis, panquecas e nhóquis remetem à juventude de Mallmann, aos tempos de ofício no San Domenino, em Ímola, e na Enoteca Pinchiorri, em Florença (Itália). Apresentados em cocções simples, assados ou na chapa, num verdadeiro retorno às origens, os legumes e vegetais caramelizam no próprio açúcar. São ora coadjuvantes, ora protagonistas. O capítulo dedicado às sobremesas é um deleite aos olhos e começa com uma definição inconfundível: “Quando escolhemos uma sobremesa, que ela seja sanguinária, criada e preparada com luxúrias, longe das balanças. Devemos ter direito à liberdade”, profetiza Mallmann. Com esse espírito, o argentino prepara enormes profiteroles de chocolate, um delicioso Napoleão de doce de leite e outro de framboesa, além de panquecas de banana suflê e uma torta invertida de ameixas, servida com queijo mascarpone ou creme de leite. De dar água na boca... As mais de 200 fotografias capturam as cenas de cozinha, os diferentes aromas dos ingredientes utilizados, e transportam o leitor para as paisagens percorridas pela equipe. A publicação inclui, ainda, um detalhado manual de instruções para construir um fogão de ferro portátil, como o utilizado durante toda a viagem. Francis Mallmann, estagiou com grandes cozinheiros da França, como Roger Vergé e Alain Senderens, especializandose na nouvelle cuisine. A identidade culinária, porém, veio aos 40 anos, quando cozinhou para a Academia Internacional de Gastronomia de Paris um menu temático sul-americano. Já teve restaurantes nos Hamptons (EUA); em Trancoso, no litoral sul da Bahia, e atualmente comanda quatro restaurantes de sucesso: os argentinos Patagonia Sur (Buenos Aires); 1884 e o recém inaugurado Siete Fuegos (Mendoza), além do uruguaio Garzón, no balneário José Ignácio (Punta del Este). O chef também é bastante conhecido em terras brasileiras. Em 2001, passou uma temporada em São Paulo para inaugurar o restaurante A Figueira Rubaiyat. Seu livro anterior, Sete Fogos: Churrasco ao estilo argentino foi premiado como o “Melhor Livro de Churrasco do Mundo” pelo célebre Gourmand World Cookbook Awards. Publicado em espanhol, inglês e em português, é um best-seller desde 2010, quando foi lançado.
PÃO DE QUEIJO NOS QUATRO CANTOS DO MUNDO 110 mil caixas de pão de queijo mineiro devem chegar aos mercados dos Estados Unidos, Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Uruguai a aos Emirados Árabes em 2013. Este cenário se faz presente na Forno de Minas, tradicional indústria de alimentos congelados e líder de mercado na comercialização de pães de queijo no Brasil, que estima chegar em 2016 exportando 25% de sua produção de pão de queijo para vários países do mundo. “Fechamos importantes parcerias com a Inglaterra e com o Chile e estamos em fase final de negociação para envio do primeiro contêiner para os Emirados Árabes. Até o final deste ano, nosso objetivo é conquistar os mercados da Holanda, Suíça, Escandinávia, França, Angola e Colômbia”, afirma Ricardo Machado, Diretor de Marketing e Desenvolvimento de Negócios. Participar de feiras e eventos nacionais e internacionais direcionados para o segmento de alimentos e varejo, apresentando a empresa e os produtos da marca, tem sido uma das principais estratégias para abertura de novos mercados. Além disso, a Forno de Minas busca constantemente novos contatos entre importadores e distribuidores potenciais. “Acreditamos que o pão de queijo tem tudo para ser um produto global”, destaca Ricardo. Em cada país, a empresa adota uma estratégia para se adaptar ao mercado local e aos hábitos de compra e consumo da população. Em Portugal, por exemplo, em parceria com uma grande rede de supermercados, a empresa oferece o pão
de queijo pronto para consumo dentro das padarias de suas lojas. Além de atingir a população brasileira que vive naquele país, o produto já tem uma ótima aceitação dos consumidores portugueses. Nos Estados Unidos, a Forno de Minas já está presente há 13 anos e tem uma forte penetração no segmento étnico. O desafio agora é conquistar o consumidor americano e, com esse intuito, a empresa está colocando em prática um plano de desenvolvimento de mercado, com a expectativa de triplicar o volume embarcado até 2016. O grande desafio, de acordo com o Diretor, é criar novos hábitos de consumo. Para isso, várias ações promocionais e de divulgação do produto estão sendo planejadas, além da realização de degustações nos estabelecimentos. “Não é fácil criar um novo hábito de consumo. Porém, quando quebramos a barreira e o consumidor experimenta o pão de queijo, a conquista é imediata», diz. Outro ponto positivo tem sido o aspecto da saudabilidade. “Além de saboroso, o pão de queijo possui glúten free, não contém aditivos e é consumido assado”, completa. Acreditando na boa perspectiva de globalização do pão de queijo, a Forno de Minas reestruturou recentemente sua área de exportação de forma a viabilizar os vários projetos que esta conduzindo simultaneamente. “Estamos trabalhando para levar a iguaria mineira para os quatro cantos do mundo”, diz Ricardo
notas
“SEJA A PESSOA CERTA NO LUGAR CERTO “ O livro do consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz, “Seja a pessoa certa no lugar certo”, da Editora Gente, figura na lista dos mais vendidos em negócios e é líder de vendas nas principais livrarias do país. Destinada às pessoas que gostariam de encontrar seu posicionamento profissional ideal, a obra apresenta embasamento teórico consistente, casos reais, um roteiro prático e, principalmente, seis testes que ajudarão as pessoas a se conhecerem melhor para, então, escolher o trabalho ou a profissão mais compatível com seu jeito de ser. Muita gente está insatisfeita ou frustrada com sua vida profissional por não ter certeza de estar no lugar mais adequado e isso acontece com indivíduos em todos os estágios da carreira. Pesquisa realizada, em junho, pela Pactive Consultoria com mais de 1.000 pessoas, de 22 estados brasileiros, confirma que a maioria (65%) gostaria de trabalhar em algo mais relacionado à sua personalidade, porém, o medo de arriscar (31%), a incerteza do que gosta (16%) e a falta de qualificação (16%), estão entre os motivos apontados que os impedem de mudar. “Toda pessoa é única, pois dos 7 bilhões de habitantes não existem duas pessoas física e mentalmente idênticas. Profissionalmente, entretanto, essa raridade vale pouco se a pessoa não sabe o que fazer com ela. O objetivo do livro é mostrar como alguém aparentemente comum, que parece não possuir um super talento, pode aprender a usar melhor aquilo que já tem, incorporar novas habilidades, se posicionar onde renderia o máximo e se tornar um profissional mais valioso e realizado do que é atualmente”, explica Eduardo Ferraz. Segundo o consultor, a principal causa da insatisfação profissional é que as pessoas se autoconhecem pouco. Por não conhecerem sua personalidade a fundo, muita gente se sente tateando no escuro quanto à carreira. “Quase todos os indivíduos têm filtros mentais que distorcem suas percepções, fazendo com que cometam erros de julgamento. São os chamados vieses cognitivos. Assim, fica difícil poder aprimorar o que é bom e corrigir o que é necessário”, diz o autor. O segredo para “ser a pessoa certa no lugar certo” é aumentar muito seu autoconhecimento, para, com isso, ter o discernimento de escolher profissões, cargos ou atividades compatíveis com sua personalidade.
“Degustação” resumida dos 10 capítulos do livro:
1
Conheça sua personalidade É fundamental estudar sua personalidade a fundo, pois o autoconhecimento lhe dará o poder de decidir o que fazer de sua vida.
2
Controle seus filtros Criamos filtros mentais que distorcem nossa visão da realidade para que nos sintamos mais protegidos. Quanto mais você prestar atenção em seus filtros, menos decisões equivocadas você tomará.
3
Aproveite seu perfil Como você costuma ser? Mandão ou obediente? Calmo ou agitado? Rígido ou flexível? Para se posicionar no lugar mais adequado é fundamental que você conheça seu perfil comportamental e utilize suas características mais marcantes pelo maior tempo possível.
4
Satisfaça suas motivações Para ser produtivo é fundamental que você saiba os fatores que o motivam mais intensamente. Dinheiro, segurança, fama ou autonomia não funcionam igualmente para todos.
5
Use seus talentos Será essencial que você descubra as atividades em que se destaca naturalmente. Quanto mais você conseguir usar seus talentos e habilidades, mais rápido sua carreira deslancha.
6
Intensifique suas atitudes positivas Suas atitudes positivas funcionam como o pedal do acelerador para você se posicionar onde almeja. Quando suas atitudes positivas são utilizadas e reconhecidas, sua carreira toma um impulso muito maior.
7
Reduza seus pontos fracos Pontos fracos só são limitantes se estiverem prejudicando seu desempenho. É essencial identificá-los e ajustá-los para que você não fique estacionado. Fique atento para que diminuam a cada dia.
8
Invista no que vale a pena Entender o que é possível mudar em seu comportamento e o que deveria ser aceito será fundamental, pois você poderá usar sua energia para obter o melhor de si, sem desperdiçá-la com o que não vale a pena.
9
Faça prática deliberada Prática deliberada é todo preparo, esforço e treinamento que você faz especificamente para melhorar seu desempenho.
10
Mostre-se Seja explícito ao divulgar as principais características de sua personalidade, inclusive no currículo.Os recrutadores adoram, pois conseguem extrair muito mais informações de quem tem um bom autoconhecimento. Seguindo este roteiro, o leitor terá grandes chances de encontrar o posicionamento profissional que mais se aproxima de sua personalidade e que lhe dará chances de ser muito bem-sucedido não só em sua profissão, mas também em sua vida.
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