Alessandra Coelho - Cursos 2014

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Cursos 2014 Suplementação na Prática Clínica Foco no resultado 23/03/2014


A Suplementação no Pré e Pós Operatório de Cirurgia Bariátrica Ariane Longo Nutricionista Clínica CRN (3) 14801 GastroObesoCenter Membro SBCBM

Formação Celular São necessários 44 nutrientes conhecidos para formação e um bom desenvolvimento celular


Pré-Operatório Objetivos Otimizar status do paciente Promover controle HAS E DMT2 Iniciar tratamento esteatose Otimizar metabolismo, ↓ SM Regular possível disbiose intestinal Iniciar reequilíbrio alimentar

Pré Operatório - Cortisol Stress físico e mental Excesso de açúcar ↑ CORTISOL

Deficiências nutricionais Inflamação crônica

DOWNS, B.W.; et al. Med Hypotheses; 73 (3): 427-34, 2009


Pré Operatório - Cortisol

↑ CORTISOL

Doenças cardiovasculares Doenças auto-imunes Imunossupressão Doenças respiratórias Diabetes Distúrbios digestivos e intestinais Doenças neurológicas Depressão / Ansidade Compulsão Alimentar Obesidade

DOWNS, B.W.; et al. Med Hypotheses; 73 (3): 427-34, 2009

Pré Operatório - Cortisol Inflamação Sistêmica/Endócrina ↑ cortisol circulante ↑ lipase na região abdominal > acúmulo de gordura na região visceral Grandes restrições calóricas = ↑ cortisol circulante (stress) ↑ cortisol = ↑ compulsão alimentar (age em receptores do centro hipotalâmico arqueado responsável pela produção do NPP Y – aumentando os estímulos de fome) Leva à HAS DOWNS, B.W.; et al. Med Hypotheses; 73 (3): 427-34, 2009 VEGIOPOULOS, A.; HERZIG, S. Mol Cell Endocrinol; 275 (1-2): 43-61, 2007.


Pré Operatório - Cortisol ↑ cortisol circulante = ↑ AGL (ác graxos livres) Se depositam no fígado ↓ sensibilidade à insulina Esteatose hepática Resistência insulínica Aumento da produção da proteína C reativa e fibrinogênio

DOWNS, B.W.; et al. Med Hypotheses; 73 (3): 427-34, 2009 VEGIOPOULOS, A.; HERZIG, S. Mol Cell Endocrinol; 275 (1-2): 43-61, 2007.

Pré Operatório - Cortisol

⇓ libido→ →diminui os níveis de testosterona ⇓ metabolismo basal→interfere na produção de T3 ⇑ compulsão por gordura e CHO→ →interage com o NPPY Pode causar depressão e compulsão por →diminui os níveis de serotonina CHO→ Leva a distúrbios do sono→ →interfere na produção de melatonina ⇓ reparação muscular→ →bloqueia a atividade do GH ⇑ gordura abdominal→ →leva a hiperinsulinemia e resistência à insulina

DOWNS, B.W.; et al. Med Hypotheses; 73 (3): 427-34, 2009 VEGIOPOULOS, A.; HERZIG, S. Mol Cell Endocrinol; 275 (1-2): 43-61, 2007.


Pré Operatório - Cortisol Alimentos Moduladores Abacate/oleaginosas (macadâmia e amêndoa - vácuo) = modulação cortisol e contém β-sitosterol e ω-9 (estímula saciedade) Chocolate amargo (70-80% cacau, 30-40 g/dia) Chá verde Flavonóides (“berrys”) MARTIN FP et al, J Proteome Res 8 (12) 5568-79, 2009. WAKE, D.J. & WALKER, B.R. Endocrine, 29 (1): 101–108, 2006MAGUIRE, LS. et al. Inter. J. Food Sci. Nutr., 55(3): 171-178, 2004. SOARES, H. & ITO, M.K. Rev. Cienc. Med. Campinas, 9(2): 47-51, 2000

Pré Operatório - Cortisol Alimentos Moduladores Fosfatidilserina Fosfolipídio encontrado nos peixes, nos vegetais folhosos escuros, na soja e no arroz Fundamental para o funcionamento adequado das células neuronais

HELLHAMMER, J. et al., 2004; TALBOTT, S.; SKOLNIK, H. , 2004


Pré Operatório - Cortisol Alimentos Moduladores L-theanine (aa chá verde/preto) Uma xícara de chá preto contém 20 mg de theanine Aumenta a síntese de dopamina e serotonina Propriedades psicoativas reduzindo o estresse físico e mental por induzir a atividade das ondas alfa no cérebro GOMEZ-RAMIREZ, M. et al., 2007; KIMURA, K. et al., 2007; NATHAN, P. et al., 2006; TALBOTT, S.; SKOLNIK, H. , 2004

Pré Operatório - Cortisol Suplementação Moduladora β-sitosterol – 30-300 mg/dia Fosfatidilserina – 50-100 mg/dia L-theanine – 25-250 mg/dia

TGOMEZ-RAMIREZ, M. et al., 2007; KIMURA, K. et al., 2007; NATHAN, P. et al., 2006; TALBOTT, S.; SKOLNIK, H. , 2004ALBOTT, SHAWN, The Cortisol Conecction Diet., 2004


Pré Operatório - Cortisol Panax Ginseng (100-300 mg/dia) propriedades excitatórias e supressoras do SNC (adaptógenos), ⇓ glicemia, melhoram a atividade muscular ⇑ resistência ao stress Melhora os distúrbios do humor, normalizando os níveis de cortisol e controlando a inflamação e o estresse oxidativo Tem sido cada vez mais utilizado nos tratamentos de diabetes, dislipidemia e obesidade

Orientação médica ou especialista fitoterapia CHOI, K.T. Acta Pharmacol Sin; 29 (9): 1109-18, 2008; PARK, J.D. Reviews in Ginseng Research (I), Korean Society of Ginseng; 32-45, 2007; YIN, J.; 116. YIN, J.; ZHANG, H.; YE, J. Disord Drug Targets; 8 (2): 99-111, 2008.

Pré Operatório - Cortisol WITHANIA SOMNIFERA (Ashwagandha ou Ginseng indiano) Tem efeitos similares ao Panax Ginseng As doses usuais variam de 200 a 800 mg/dia de extrato

KULKARNI, S.K.; DHIR, A. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry; 32 (5): 1093-105, 2008


Pré Operatório - RI

Fator genético Cereais refinados Açúcar Deficiência de fibras Refrigerantes, bebidas açucaradas Álcool Gorduras Hidrogenadas Alimentos de ↑ índice glicêmico Medicamentos (Corticosteróides, Diuréticos, Progestinas sintéticas (inclusive anticoncepcionais), Beta-bloqueadores, Bloqueadores dos Canais de cálcio, Antidepressivos, Antipsicóticos e Anti-histamínicos) GEROZISSIS K. European Journal of Pharmacology; 585: 38–49, 2008

Pré Operatório - RI

Obesidade Diabetes Doenças Cardiovasculares Câncer Hipertensão Hipercolesterolemia Fadiga Infertilidade SOP Esteatose hepática não alcoólica Melnik BC. Med Hypotheses.; 73(5):670-81, 2009.


Pré Operatório - RI Cromo Excelente sensibilizador da insulina (ativa receptor) Cereais integrais + suplementar (picolinato de cromo 200 mcg ou cromo (glicina)) se DM = até 400 mcg Administrado juntamente com as refeições Diminui compulsão por doces POTENZA MV et al. Nutr Clin Pract.; 24:560-577, 2009

Pré Operatório - RI Vanádio

Prescrever como aa complexo Aumenta sensibilidade à insulina Até 50 mcg/dia fracionado Fontes alimentares – salsinha e cogumelo

POTENZA MV et al. Nutr Clin Pract.; 24:560-577, 2009


Pré Operatório - RI Zinco constituinte de muitas enzimas (±300) envolvidas em processos metabólicos, contendo a insulinazinco (Melhora sensibilidade à insulina) Prescrever quelado Fontes alimentares – carnes em geral, frutos do mar, semente de abóbora Suplementar – obesos até 30 mg Sinergia com cobre (10:1) Inibe a produção de estrona (mau estrogênio) – diminuindo o acúmulo de gordura corporal GEROZISSIS K. European Journal of Pharmacology; 585: 38–49, 2008

Pré Operatório - RI Magnésio Outro sensibilizador da insulina Hortaliças, grãos e sementes Se suplementar – forma quelada (máx 400 mg/dia fracionado – evitar diarréia osmótica)

Ácido alfa-lipóico Sensibilizador potente da insulina, ↑ glutationa Em peq. Quantidades: espinafre/brócolis, ervilha, couve, carnes 50-200 mg (juntamente às refeições) POTENZA MV et al. Nutr Clin Pract.; 24:560-577, 2009


Pré Operatório - RI Vitamina D Regula o metabolismo da insulina (facilita conversão pró-insulina/promove o gene da insulina e genes do metab. Da glicose) Obesos apresentam deficiência Exame: 25 OHD Leite e derivados, ovos, sol Suplementar – forma em gotas – colecalciferol (D3) rec. 200 - 5000 UI/dia

Alvarez JA, Ashraf A. Int J Endocrinol.; 2010: 351385, 2010. BARENGOLTS E. Endocr Pract..,11: 1-28, 2010

Pré Operatório - RI Complexo B Fundamental para metabolismo da glicose Co fatores de enzimas Redução do stress (auxiliando ↓ cortisol) Usar sempre em conjunto

HEAD KA, KELLY GS. Altern Med Rev.; 14(2):114-40, 2009


Pré Operatório - RI Quinoa Controle glicêmico (perfil de aas) Hambúrguer, juntamente com arroz, tabule de quinoa

Romã ↓ inflamação e ↓ produção estrona

Oleaginosas Mg, fibras e antioxidantes CASAS-AGUSTENCH P, BULLO M, SALAS-SALVADO J, Asia Pac J Clin Nutr, 19 (1) 124-30, 2010. Alternative Medicine Review; 13 (2): 128-144, 2008. SPEHAR, C.R.; SANTOS, R.L.B. Embrapa Cerrados, 2003.

Pré Operatório - RI Vinho tinto/suco de uva (resveratrol) Gengibre (Zingerone) Chocolate amargo (60-80%) Canela Auxiliam na ativação do receptor de insulina e aumentam GLP-1 KIN et al, Exp Gerontol, Mar 5, 2010. KANG et al, Biochimie, 15, 1-8, 2010. GRASSI et al, J Nutr, 138, 1671-6, 2008. LING LIU et al,Endocrine, Metabolic & Imune Disorders, 8 , 89-98, 2008. HLEBOWICZ et al, Am J /clin Nutr, 85, 1552-6, 2007.


Pré Operatório - RI Pimenta vermelha (Capsaicina) Inibe a producao de TNF-α e IL-6 no tecido adiposo e nos macrófagos Reduz a infiltração dos macrófagos no tecido adiposo Reduz os níveis de glicose e insulina Reduz conteúdo de Tg hepáticos

HSU, CL;YEN, GC. J. Agric. Food Chem.; 55, 1730-1736, 2007YU R, KIM CS, KANG JH. Forum Nutr.; 61:95-103, 2009 KANG JH et al. Obesity; 18, 780–787, 2010

Pré Operatório - RI Peixes – ômega 3 (DHA, EPA) ↓ RI devido ↓ inflamação

THORSENG et al, Int J Circumpolar Health, 68 (4), 327-36, 2009. FEDOR D.; KELLEY DS. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 12:138–146, 2009


Pré Operatório - RI Aveia

(β-glucanas e Avenatramidas)

Redução na absorção de gorduras e açucares e potente ação antioxidante e antiinflamatória Redução na produção de moléculas de adesão e citocinas proinflamatórias

FLINT, A.J et al. Whole grains and incident hypertension in men. Am J Clin Nutr; 90: 493-98, 2009. Am J Clin Nutr.2008 Jan;87(1):79-90

Pré Operatório - RI Amido Resistente

Ppl fonte – biomassa da banana verde ↓ glicemia pós-prandial resulta em pequena liberação de glicose a maior parte do amido é levado ao intestino grosso para ser utilizado como substrato para a fermentação colônica (AGCC)

Zhang WQ, et al. Zhonghua Yu Fang Yi Xue Za Zhi. ; 41(2):101-4, 2007. Giselli Helena Lima Cardenette. Produtos derivados de banana verde e sua influência na tolerância à glicose e na fermemtação colônica.Tese de Doutorado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, 2006.


Pré Operatório - RI Amido Resistente Estudo demonstrou que a inclusão de 50g de amido resistente no desjejum: ↑ tolerância a glicose ↓ marcadores inflamatórios ↑ saciedade

NILSSON , AC, et al, J Nutr, 138, 7332-9, 2008

Pré Operatório - RI Yacon tubérculo originário dos Andes, produzido na Colômbia, Peru e Equador Foi introduzido no Brasil no inicio dos anos 90 encontrado em mercados e varejões Rico em inulina (preb) → AGCC ↑ tolerância a glicose ↑ sensibilidade periférica dos tecidos à glicose AYBAR MJ et al. J Ethnopharmacol., 74 (2): 125, 2001; VOLPATO G et al., 1997; ROBERFROID MB et al. Crit. Rev. Food Sci Nutr., 33:103, 1993.


Pré Operatório - RI Chá verde (catequinas) ↑ termogênese ↑ entrada de glicose no músculo ↑ oxidação de lípides hepáticos e musculares (↓ esteatose) ↓ emulsificação, digestão e absorção de lípides ↑ até 5% no GET F. Thielecke, M. Boschmann / Phytochemistry 70 (2009) 11–24. Am. J. Clinical Nutrition, Apr 2010; 91: 950 - 957.

Pré-Operatório RI

Weil, Andrew 2009


Pré Operatório - Nutrigenômica A suscetibilidade, isoladamente, não é suficiente para determinar a manifestação da obesidade É certo que o início e a progressão da doença podem ocorrer mais cedo e mais rápido em pessoas geneticamente suscetíveis

KORNMAN, K.S. Am J Clin Nutr; 83 (Suppl): 475S, 2006.

Pré Operatório - Nutrigenômica A interação entre o ambiente e os genes suscetíveis pode variar entre os indivíduos, inclusive dentro de uma mesma família Essa interação pode contribuir para a variabilidade fenotípica, desencadeando um simples sobrepeso ou até obesidade mórbida HETHERINGTON MM, CECIL JE. Forum Nutr.; 63:195-203, 2010.


Pré Operatório Nutrigenômica Nutrientes que modulam a expressão gênica para amenizar o início e a trajetória da progressão da doença em indivíduos suscetíveis

HETHERINGTON MM, CECIL JE. Forum Nutr.; 63:195-203, 2010.

Pré Operatório Nutrigenômica Nutrientes que possuem o grupamento metil ajudam a modular os genes para obesidade (“silenciar”) Alimentos fonte de ácido fólico, B6, B12, metionina, zinco, colina Pode-se usar a forma suplementar

HETHERINGTON MM, CECIL JE. Forum Nutr.; 63:195-203, 2010.


Pré Operatório - ↓ Serotonina

Deficiência de Vitamina B6 Deficiência de Magnésio Anti-depressivos Stress Resistência a insulina

KESZTHELYI D. et al. Neurogastroenterol Motil.; 21: 1239–1249, 2009

Pré Operatório - ↓ Serotonina

Alteração de humor Distúrbio do sono (↓ melatonina) Ganho de peso / Obesidade TPM Ansiedade (⇑ consumo de cho’s) ↓ saciedade Desordens Gastrointestinais - SII Depressão ↑ RI ↑ Inflamação (↑ tnf-α) Shelton RC, Miller AH. Prog Neurobiol. 2010. PLoS Biol.; 7(10), 2009. YU, B., et al. J. Pharmacol. Exp. Ther. 327, 316–323(2008).TURNER EH, LOFTIS JM, BLACKWELL AD. Pharmacol Ther.; 109(3):325-38, 2006


Pré Operatório - Serotonina AÇÃO SINÉRGICA Zn + Ca + Mg + B6 + B9 + B12

TRIPTOFANO HIDROXILASE TRIPTOFANO

SEROTONINA

FILIP M; BADER M. Pharmacological Reports; 61: 761-777, 2009. DEL-BEN, CM. Rev. Psiq. Clín. 32 (1); 27-36, 2005

Pré Operatório Estimular produção Serotonina dependente de triptofano, magnésio, ácido fólico e B6 ovos, carnes, soja, batata, brócolis, couve-flor, berinjela, quinoa, amaranto, gergelim, kiwi, ameixa, banana, oleaginosas, peixes, leite,tomate L-triptofano recomendação: 5 mg/kg/dia – adulto de 60 kg = 300 mg/dia KESZTHELYI D. et al. Neurogastroenterol Motil.; 21: 1239–1249, 2009 M.C. MORALES DE LEON, Josefina, BOURGES, Héctor y Q.F.B. CAMACHO, Ma. Elena. 55 (2): 172-186, 2005 SPEHAR, C.R.; SANTOS, R.L.B. Embrapa Cerrados, 2003.


Pré Operatório - Serotonina 5-HTP Extraído a partir da planta Griffonia simplicifolia Suplementação mais efetiva na produção de Serotonina já que atravessa a barreira hipotalâmica e e bem absorvido via oral A maioria dos estudos utilizam doses de 200 a 300 mg/dia (eficaz dividido 3x/dia) Dose inicial recomendada e de 50 mg/dia 5-HTP -PRESCRIÇÃO MÉDICA Nutricionistas - Griffonia simplicifolia TURNER EH, LOFTIS JM, BLACKWELL AD. Pharmacol Ther.; 109(3):325-38, 2006

Pré Operatório Esteatose hepática Incidência de esteatose hepática: 60 a 90% dos obesos (Suplicy – 2002)

Tratar hipercortisolemia e hiperinsulinemia Promover destoxificação


Pré Operatório Esteatose hepática Mantenha o intestino saudável Potencialize o consumo de alimentos que impulsionar o sistema de destoxificação: Vegetais crucíferos, alho, chá verde, romã, limão, alcachofra, cardomariano, própolis, cúrcuma, alecrim, dente de leão, coentro, gengibre Nutrientes antioxidantes (vitamina C, ácido lipóico e glutationa) Metionina, MSM, N-acetil-cisteína, taurina, glicina Minerais essenciais (magnésio, cobre, manganês, zinco, molibdênio e selênio) HYMAN M. Altern Ther Health Med;13(2):S134-9, 2007

Pré Operatório - Disbiose Desequilíbrio microbiota intestinal

Obstipação Irregularidade Flatulência ITU de repetição candidíase de repetição compulsão por doces

Tsukumo DM, Carvalho BM, CarvalhoFilho MA, Saad MJ. Arq Bras Endocrinol Metabol.; 53(2):139-44, 2009Ley RE, et al. Nature.; 444(7122):1022-3, 2006


Pré Operatório - Disbiose L-glutamina - 5-20 g/dia Probióticos mix lactobacilos e bifidobactérias

Prebióticos – 2,5 – 10g/dia

Kelly G. Altern Med Rev.; 14(1):36-55, 2009

Pré Operatório - Disbiose L-glutamina Energia – renovação enterócitos Função imunológica Estudos

- A suplementação de glutamina (30g) ↑ níveis circulantes de GLP-1, GIP e insulina e melhora o controle glicêmico em pacientes obesos e diabéticos tipo 2, representando uma possibilidade de aplicação nesses pacientes GREENFIELD et al, Am J Clin Nutr, 89, 106-13, 2009.


Pré Operatório - Disbiose Probióticos - L. rhamnosus • Equilíbrio do pH do TGI • Proteção contra bactérias patogênicas (streptococcos e clostridium) • ⇑ tolerância a lactose • > aderência a mucosa intestinal • ⇓ processos inflamatórios • > resistência aos sais biliares • ⇓ risco infecções do trato genito-urinário • Age sinergicamente com as bifidobacterias Sanz Y, et al. Interdiscip Perspect Infect Dis.; 2008:829101, 2008

Pré Operatório - Disbiose Probióticos - L. acidophilus: • ↑↑ funções IMUNES (IgAs, IL-10, IFN-gama) • ↓↓ PUTREFAÇÃO intestinal • ↓↓ produção de subst. Pró-carcinogênicas • Auxilia na manutencao do pH (TGI) • ↓↓ CO total e LDL-Co • Ação antimicrobiana contra: Staphilococcus aureus; Candida a.; Eschericia c; Clostridium; Salmonella • Produz antibióticos naturais: acidofilina, lactocidina Sanz Y, et al. Interdiscip Perspect Infect Dis.; 2008:829101, 2008


Pré Operatório - Disbiose Probióticos - L. casei: • Resistente ao pH ácido do estômago • Age sinergicamente com L. acidophillus • Funções imuno-reguladoras (IgA) • Aumenta IL-10 e IFN-gama ↑↑ imunidade ↓↓ processos inflamatórios

Sanz Y, et al. Interdiscip Perspect Infect Dis.; 2008:829101, 2008

Pré Operatório - Disbiose Probióticos - B. bifidum • Encontrado ao longo do TGI, * Intestino Grosso e trato vaginal • ↑↑ absorção de NUTRIENTES (Ca; Fe: Mg, Complexo B, Vit K) • Competição com bacteróides, fungos e patógenos – boa fixação Indicado para constipação; desequilíbrio da microbiota após ATB; candidíase

Sanz Y, et al. Interdiscip Perspect Infect Dis.; 2008:829101, 2008


Pré Operatório - Disbiose Probióticos - B. Longum: • encontrado no IG • ↓↓ colonização por patógenos • ↑↑ digestibilidade de lactose • Efeitos anticarcinogênicos • Produz AGCC (lactico e acetico) Anticolesterolêmico • Melhora quadros de diarréia • Melhora digestibilidade, auxilia nas DII

Sanz Y, et al. Interdiscip Perspect Infect Dis.; 2008:829101, 2008

Pré Operatório - Disbiose Prebióticos (módulos fibras + vegetais em abundância) São seletivamente fermentados pela microbiota intestinal Crescimento dos probióticos Supressão de organismos patogênicos como: Clostridium perfringens, Salmonella, Staphylococcus, etc Estimulam a produção de AG cadeia curta (acetato, butirato e propionato) que interagem regulando diversos caminhos metabólicos Sabater-Molina M, Larqué E, Torrella F, Zamora S. J Physiol Biochem.; 65(3):315-28, 2009Kelly G. Altern Med Rev.; 14(1):36-55, 2009CALDER PC et al. Br. J. Nutr. ; 101 Suppl 1:S1-45, 2009


O Preparo Nutricional PréOperatório Suplementação (individualizada): Pré e probióticos (goma guar, inulina, pectina, lactobacilos, Bifidus, etc) Nutrientes relacionados à saúde da mucosa intestinal, sistema imune e anti-oxidação: zinco, ácido fólico, vitamina A, C e E, selênio manganês, cobre e L-glutamina Nutrientes precursores de neurotransmissores e essenciais para o metabolismo: Mg, complexo B e cromo COPPINI In WAITZBERG; Nutrição oral, enteral e parenteral na Prática Clínica, 1995 MURRAY, MT. Encyclopedia of Nutritional Suplements, 1996

PÓS-OPERATÓRIO


Complicações Nutricionais - Capella

Diminuição da ingestão

Estômago: retardo do encontro do bolo alimentar c/ HCl e enzimas digestivas; diminuição do FI, cobre, ferro ( ↓ acidificaçao)

Duodeno: ferro, cálcio, B1, zinco, vit.D, proteínas, magnésio

Jejuno proximal: vit.D, complexo B, ácido fólico, zinco, proteínas

MAHAN; ESCOTT-STUMP, 1998; HAMBIDGE, 1998, FORSE; O’BRIEN, 2000; REPETTO et al, 2003.

Pós-Op: Causas ↓ Nutricionais ingestão Suco gástrico solubilização e quelação de minerais (ferro) da absorção - desvio intestinal esteatorréia vitaminas lipossolúveis comprometimento da microbiota intestinal absorção dos nutrientes FAIRBANKS VF. manole 2003, OSÓRIO, MM. J. Pediatr; 78(4): 269-278, 2002 ; QUADRO, BRANCO FILHO E ZACARIAS; Rev Nutr em Pauta (13) 2005


Pós-op. – principais deficiências

Vit D x cálcio Ferro Zinco Proteínas Magnésio Vits do complexo B Antioxidantes Disabsortivas (lipossolúveis) Woterman J., J Clin. Endocrinol. Metab., 2005 Bottera-Carreturo Jl. E cols, Clin Nutr, 2007

Ingestão de vitaminas e minerais Níveis aumentados acima das recomendações diárias permitidas Forse RA et al, 2000

complexos de vitaminas e minerais e proteínas devem ser introduzidos logo no 1º mês de cirurgia suplementação de prebióticos


Pós Operatório – Suplementação Polivitamínicos

Pós Operatório – Suplementação Proteínas


Pós Operatório – Suplementação Prebióticos

Tiamina B1 Hidrossolúvel, absorvida em maior proporção no jejuno e íleo Dieta ineficiente + baixa absorção + vômitos frequentes ⇒ esgotamento da tiamina Ações – propagação impulso nervoso e metab. Chos (converte piruvato em acetil coA) Juhasz-Pocne K., Rudnicki AS., Archer RL., Harik, SL, Neurology, 2007


Deficiência de tiamina

Alterações neurológicas, sensitivas e motoras

Acúmulo de piruvato = acidose metabólica

Beribéri seco Síndrome de WernickeKorsakoff

Juhasz-Pocne K., Rudnicki AS., Archer RL., Harik, SL, Neurology, 2007

Deficiência de tiamina Dx Sintomatológico Tiamina sérica – menos sensível se possível dosar eritrocitária

Reposição Tiamina EV 100 mg (presc. Médica) – 7-14 dias Após 20-30 mg VO – até recuperação Neuropatia avançada ou emeses frequentes – 50-100 mg ao dia EV ou IM Síndrome Wernicke-Korsakoff - > 100mg ao dia


Deficiência de tiamina Dx Sintomatológico Tiamina sérica – menos sensível se possível dosar eritrocitária

Reposição Tiamina EV 100 mg (presc. Médica) – 7-14 dias Após 20-30 mg VO – até recuperação Neuropatia avançada ou emeses frequentes – 50-100 mg ao dia EV ou IM Síndrome Wernicke-Korsakoff - > 100mg ao dia

Anemias ↓ ingestão e absorção de ferro ↑ fluxo menstrual

↓ absorção de B12 e ácido fólico

↓ ferritina Déficit do estoque de ferro

↓ fator intrínseco acloridria

ANEMIA FERROPRIVA (microcítica)

ANEMIA MEGALOBLÁSTICA (macrocítica)


Anemias - Tratamento Ferropriva Fe quelato VO (100-300 mg 1-3x ao dia) ↓↓ ferritina – adm EV (médico) Após - manutençao

Megaloblástica B12 – IM (1000-5000UI) ou VO sublingual (500-1000 mcg) Ácido fólico – 500-1000 mcg ao dia – após manutenção Mahama F, Davis, M, Southern Med J, 2009 Mac Lean LD, Rhode BM, Shizgal HM, Ann Surg, 1963

Deficiências – Ácido Fólico e B12 Importantes funções neurológicas ↑ homocisteína - ↑↑ estresse oxidativo e DCV Agem em sinergia – observar equilíbrio

Shikora SA, Kim JJ, Nutr Clin Pratc, 2009


PÓS-OP. – Massa Óssea Composto por uma matriz proteica e uma mineral A massa óssea atinge sua maior taxa entre 17-35 anos (reserva) Tecido sofre constante remodelagem Nutrientes envolvidos: cálcio, vitamina D, fósforo, magnésio, zinco, flúor, manganês, cobre, vit. C, K, proteínas A vitamina D - absorção do cálcio Adultos: 1200g Ca no esqueleto

OSTEOPOROSE Relacionada com genética e idade, a ⇓ massa óssea tem início por volta dos 40 anos Pacientes a partir dos 35 anos – realizar densitometria óssea se pós bariátrico Mulheres podem perder de 0,3 – 0,5% de massa óssea/ano, nos homens a perda é menor (Na menopausa, com a alteração hormonal, essa perda é mais rápida) O déficit de massa óssea pode chegar até 50% com a idade avançada (fase que pode ocorrer fraturas)


OSTEOPOROSE

OSTEOPOROSE


OSTEOPOROSE

OSTEOPOROSE


OSTEOPOROSE De acordo com estudos: 1 em cada 4 mulheres após os 65 anos têm fraturas relacionadas à doença (ou seja 30 – 50% das mulheres pósmenopausa) Os homens também devem estar atentos (principalmente os operados bariátricos) Atinge quase a metade das mulheres com idade superior a 75 anos

OSTEOPOROSE De acordo com estudos: Suplementos de Ca - eficazes para reduzir a perda óssea em mulheres no final da menopausa (>5 anos pós-menopausa), principalmente para aquelas com baixa ingestão (<400mg/dia) Meta-análise - 15 estudos indicou que a suplementação entre 200 – 500 mg/dia reduz a perda óssea pós-menopausa (Shea et al, 2004)


OSTEOPOROSE De acordo com estudos: A subnutrição protéico-energética é um fator de risco para perda óssea, osteoporose e fratura (Bonjour et al, 2005) Estudo de Pereira 2004, com 16 pacientes do sexo feminino que realizaram cirurgia comprovou uma ↓↓ da massa óssea em 10 meses (falta de suplementação e alimentação inadequada) Prevalência de ↓ vit.D após o BPYR – 50-80% Coates OS et al, J Clin Endocrinol Metab, 2004 Sakhaee K et al, Am J Ther, 1999

CAUSAS Deficiência do hormônio estrógeno (mulheres) Base genética Estilo de vida = ↓ ingestão de alimentos fontes de cálcio e vit. D,abuso de álcool, nicotina e cafeína, sedentarismo Pele clara e constituição frágil (estudos)


Fatores de risco

História familiar de osteoporose Brancos ↓ estrógeno Sedentários, tabagistas Intolerantes à lactose ↓ ingestão alimentar Má absorção Insuficiência renal Uso de corticoesteróides e/ou anticonvulsionantes

Dx Densitometria óssea: principal exame para determinar o diagnóstico da osteoporose Diferencia a osteopenia (perda óssea em grau inferior ao da osteoporose) Previne as fraturas Bom para controle

Bioquímicos (controle) Cálcio, cálcio ionico, 25 OHD, PTH intacto, CTX


TRATAMENTO- ↓ massa óssea Drogas (médicos): TRH, calcitoninas, bisfosfonatos, fluoretos, esteróides anabólicos

Suplementar: Cálcio (citrato) (200-1000 mg) – se possível quelado – 500-1000 mg ao dia Vit D (até 10000UI se deficiência grave) ao dia – individual Magnésio (quelado) Vit K2 (European Prospective Investigation into Câncer and Nutrition) (EPIC)2012

FONTES 1 copo de leite ou 1 fatia grossa de queijo ± 250 mg de Cálcio Lácteos enriquecidos com Ca Peixes, verduras de folhas escuras (brócolis, espinafre, couve) e frutos-do-mar Vit. D = exposição ao sol adequada (principal, fonte endógena – pele) e fontes exógenas (dieta – cremes vegetais fortificados, peixes, ovos, cereais enriquecidos)


IMPORTANTE Ter alimentos fontes de cálcio em pelo menos 3 refeições/dia A última refeição próxima ao horário de dormir também é importante, pois estudos comprovam haver maior fixação do cálcio durante o sono (suplementar ‘a noite)

Vitaminas Lipossolúveis A e E Deficiências mais raras, exceto em cirurgia desabsortivas (↓ canal comum)

Acompanhar ingestão alimentar e exames séricos


ZINCO Além das funções metabólicas, atua nas atividades neuronais e memória Defesa imunológica e cicatrização ↓ 70 mcg⁄dL – suplementar (quelado) Sinergia cobre 10 ˸ 1 WAITZBERG, 1995, PRASAD, 1991

Omega 3 – Prevenção e Tratamento Avaliar conforme ingestão alimentar Deficiência escondida - sintomas Sintese de hormônios androgênicos (DHEA) libido, reabsorção óssea, déficit de memória, alteração perfil lipídico, alopécia, cabelos ressecados/opacos, descamação cutânea, síndrome do olho seco..

Recomendado óleo de peixe e linhaça: 1 – 3 g/dia – conforme ingestão e sintomas Faintuch et al, Obes Surg, 2007


Alopecia Relacionada com brusca perda ponderal ↓ ingestão proteica ↓ consumo de zinco, complexo B ↓ ferritina ↓ ác graxos essenciais

Disbiose Intestinal Comum no pré e PO Incidência varia conforme hábito alimentar Mais prevalente em cir. Mistas e disabsortivas Tratamento Reequilíbrio na dieta L-Glutamina (5 – 15 g/d) Probióticos (ao menos 3 cepas diferentes e total UFC 3 -4 bilhões/dia) + prebióticos MATSUZAKI et al, The Journal of Nut, 2007


Disbiose Intestinal

Pós Operatório Reganho de peso ↓ de nutrientes pode levar à compulsão alimentar (↓ serotonina, ↑RI e cortisol) Investigar registro alimentar Exame sérico não é referência, apenas exame de apoio


Pós Operatório Compulsão por doces

Avaliar disbiose intestinal Cromo Inositol Serotonina (magnésio, triptofano, B6, Grifonia)

Pós Operatório Hipoglicemias de repetição Exclusão dos cho’s simples Uso de cho’s integrais associados à ingestão proteica Refeições fracionadas 2-3 hrs Avaliar suplementação do complexo B Promover reposição de cromo, vanádio e molibdênio (até 2x DRI’s)


MONITORAMENTO Consultas Evolução antropométrica Sintomas gastrintestinais Padrão alimentar adotado Verificar sinais de carências

Sinais/sintomas x Nutrientes Queixas

Deficiência nutricional

Alopecia

Proteínas, zinco, ferro, complexo B, omega 3

Unhas fracas

Zn, selênio, Ca, Fe, Mg

Cansaço/indisposição

Complexo B, C, A, Zn, Fe, Cr, E

Déficit memória

Colina, Ω3, B1, B3, B9, Ca, Mg, Zn, omega 3

libido

Ω3, Ω6, E, zinco, ferro

Irritabilidade

B1, B3, B6, B12, C, Ca, Mg, Zn, Fe

Insônia

B1,B3, B9, A, Ca, Mg

Obstipação/ gases

fibras, alteração da microbiota intestinal, B12, B3,B9

Náuseas

B3, B6, Mg, Mn, Zn

Perda apetite

B1, B3, B6, B9, B12, C, A, Mg, Zn, Fe

Cãimbras

B1, B2, B6, B12, Ca, Mg


Deficiências x patologias Patologia

Deficiência nutricional

Anemia

fe, B9, B12, Zn, Cu, vit C, A

Osteopenia

Ca, Mg, Vit D, vit K

Hipoglicemia

Cr, Mg, Va, Mo, Complexo B, carboidrato refinado

PREVENÇÃO- Monitoramento Exames Bioquímicos

Hemograma completo + glicemia jj Co total e frações + Tg Ptns totais e frações, pré albumina Ferro, ferritina e sat. Transferrina Vit B1, B12 e ácido fólico Zinco, Ca, Ca ionico, Mg Ceruloplasmina, cobre, vit A, C e E PTH intacto, 25 hidroxi vit D, CTX


PREVENÇÃO Acompanhamento adequado às consultas de rotina com cirurgião/clínico e nutricionista Suplementação (macro e micronutrientes, probióticos) Exames bioquímicos periódicos 1° - 3 a 4 m P.O Semestral nos 2 primeiros anos P.O. Semestral ou anual de acordo com evolução paciente nos anos seguintes

OBRIGADA

arianelongo1@yahoo.com.br


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