16 minute read
Capítulo Cinco
Capítulo Cinco
Vivian parou o grupo antes de chegarem às portas da ponte. — Assim que chegarmos a essa curva, os Ke'ters poderão nos ver no monitor perto das portas.
— Você tem certeza? — Brassi permaneceu perto dela.
— Eu estive lá dezenas de vezes, então sim, tenho certeza.
— Vivian pensou sobre isso. — Eles podem ver o corredor em uma tela grande. É uma medida de segurança ao mudar de turno. As portas não abrem até alguém dentro aprovar e confirma qualquer visitante. Não há surpresas assim.
— Como os Ke'ters entraram, então?
Ela olhou para Vassi para responder. — Eu gostaria de saber. Suponho que talvez o Comandante tenha ordenado que alguém fizesse um passeio pela ponte e eles atacaram uma vez lá dentro. É praticamente a única vez que quem não trabalha lá ganha acesso oficialmente.
— A menos que subornassem alguém com uma tonelada de dinheiro para nos trair e deixá-los entrar. — Acrescentou Abby.
Vivian não quis mencionar essa opção aos Veslor. Não importava de qualquer maneira, já que todos os membros da tripulação atualmente na ponte foram comidos. Quem os deixou entrar já pagou pelo crime, se fosse esse o caso. — Meu pai mencionou uma vez que existe a opção de voltar para ver o que aconteceu em qualquer lugar onde uma câmera está gravando, mas não tive acesso a isso. Tudo que pude ver foi o feed ao vivo. Os centros de controle têm acesso a duas câmeras dentro da ponte em caso de um evento catastrófico.
— Evento catástrofe? — Brassi questionou.
— Sabe, se uma bomba explodir ou a ponte não responder por qualquer motivo. — Ela fez uma pausa. — Não há som, claro. As câmeras estão posicionadas em lugares que não representam um risco de segurança no caso de hackers. Mas há opções dentro para verificar a condição da tripulação se a merda der errado.
— Apenas um Almirante pode abrir as portas.
— Abby fez uma pausa. — Verificação de DNA. Nós estamos ferrados se os Ke'ters não abrirem, desde que verifiquei o manifesto da tripulação e do passageiro. Não há Almirantes a bordo. O Comandante Alderson não
tem acesso ou sugeriria pegá-lo. Você quer que eu liberte o bloqueio do seu lado?
Vivian olhou para os Veslor, que usavam armaduras. — Abby quer saber se deveria abrir as portas deste lado. Isso significa que eles podem sair se quiserem.
Os homens rosnaram um para o outro, discutindo opções. Pelo menos ela assumiu que era isso que estavam fazendo. Odiava que eles não estivessem falando em inglês e se perguntou por quê. Era da sua natureza às vezes ser suspeita, mas não recebeu nenhuma razão para não confiar neles até agora.
Brassi rosnou ferozmente, aproximando-se e colocando a mão no ombro dela. Parecia irritado com um de seus homens, em
particular.
— O que estão dizendo? — Ela o olhou.
Ele parou de rosnar, respirou fundo e respondeu.
— Kavs sugeriu que usássemos você como isca. Eu disse a ele que não.
Vivian pensou sobre isso. — Não é uma má ideia, na verdade.
Brassi soltou seu ombro e abriu o capacete. Ela estremeceu por como ele gritou com ela. — Não. Você não será colocada em risco, mulher.
Vivian levantou um dedo. — Abby?
— Você não está pensando seriamente nisso, verdade?
— Eu tenho um plano.
— Não. — Brassi insistiu.
— Porra, não! — Abby sibilou em seu ouvido.
— Ouça. Os Ke'ters nos atacaram... o que? Dezoito, dezenove horas atrás? Eles mataram e se alimentaram da tripulação da ponte. Acho que provavelmente adorariam me agarrar. — Ela acenou com a mão pelo corpo dela. — Carne fresca.
— Você está louca?
— O que está pensando, mulher?
Vivian se encolheu ao ouvir os gritos tanto de Abby quanto de Brassi ao mesmo tempo.
— Abby pode distraí-los, fechando as aberturas do motor. Eles verão os motores voltando. Ela poderia então abri-los imediatamente,
para que eles pudessem mover a nave, mas enquanto estiverem ocupados, posso correr até a porta, pressionar o botão para que saibam que alguém quer acessar a ponte, então sair correndo. Eles me verão, já que há uns bons setenta metros de corredor na visão deles. Aposto que virão atrás de mim. Mais uma vez... carne fresca. — Ela manteve o olhar fixo em Brassi. — Você e seus homens estarão
esperando por eles aqui.
— Não! — Brassi rosnou, ainda parecendo irritado. — Eles se
movem rapidamente, mais rápido do que você.
— Você quer jogar o esconde-esconde com os Ke'ters? Estou com o grande alienígena gostoso nisso. É maluco. — Murmurou Abby. — Também não nos dará acesso à ponte se todos vierem atrás de você. Ainda estaremos trancados.
— Você está certa, mas isso também significa que eles não podem nos levar a lugar nenhum. Podemos trazer os motores de volta e com isso, poder total para o suporte de vida. Teremos muito tempo para o nosso pessoal chegar. Incluindo um Almirante que pode entrar lá com seu precioso DNA.
Abby suspirou. — Porra. Bem, se funcionar, seria ótimo para nós..., mas você poderia morrer. E se um Ke'ter a pegar?
— O que a outra mulher está dizendo? — Brassi perguntou.
— Você pode ver dentro da ponte, Abby. Há um Ke'ter em qualquer lugar perto da porta?
Abby fez uma pausa. — Não. Talvez a dez metros.
— Sobre o que você esta falando com a outra mulher? — Brassi exigiu, agarrando seus ombros.
— Abby pode ver dentro da ponte. Eles não têm ninguém, perto da porta. Ela pode me avisar se isso mudar.
— Vamos invadir as portas e desafiá-los.
—Disse Brassi. — Os Ke'ters nos odeiam tanto quanto os odiamos. Eu disse que eles atacaram nossas colônias. Nós abatemos todos que tentaram. O orgulho deles exigirá que nos combatam. Tiraremos nossa armadura para parecer menos ameaçadores.
Foi a vez de Vivian ficar com raiva.
— Não! Eu o trouxe aqui, pedi sua ajuda e não arriscarei você ou seus homens assim. Todos devem permanecer com a armadura. Eu vi o que as armas deles podem fazer. Atirei em um dos idiotas com sua própria arma. Fez buracos do tamanho de um punho. — Ela balançou a cabeça. — Não. Nós vamos com o meu plano.
— Merda. — Murmurou Abby.
— Não. — Brassi olhou para ela com aqueles olhos dourados.
Apreciava que ele não quisesse que nada acontecesse com ela. Certamente provou que se importava. — É um plano bom e sólido. Você parece saber mais sobre os Ke'ters do que eu. Eles mataram a tripulação da ponte imediatamente. Irão querer carne fresca se acharem que podem me pegar? Seja honesto.
Os olhos de Brassi se estreitaram, mas ele finalmente assentiu
com a cabeça. — Sim. Podem se alimentar de um corpo durante dias, mas quanto mais fresco, melhor saboreá-lo... ou então estimamos pelo comportamento passado.
— Abby, entre nos controles de manutenção aos quais dei acesso. Prepare-se para fechar essas aberturas para inundar os compartimentos do motor com oxigênio. Uma vez que estiverem online, reabra para desligá-los, mas não até você me dizer como os Ke'ters reagem.
— Merda! Estou oficialmente declarando que odeio esse plano. Mas o farei. Levará alguns minutos. Direi quando as aberturas fecharem.
— Mantenha-me informada de qualquer Ke'ters perto da porta de saída também.
— Você nem precisa mencionar essa parte. É insano, Vivian. Espero que essas pernas curtas possam correr mais rápido que as minhas. Foi por isso que nunca me juntei ao nosso exército ou frota. Não podia passar pelos exames físicos.
— Eu não gosto deste plano.
Vivian manteve o olhar fixo em Brassi. — Eu o farei. Prepare seus homens. Quando Abby disser que está na hora, correrei para as portas da ponte, pressionarei o botão para avisá-los que estou lá, em seguida, volto para você e sua equipe.
— Tem certeza que quer fazer isso? Corra o mais rápido que puder.
— Não se preocupe. Estou motivada para ser mais rápida que os Ke'ters.
Ele rosnou, virando-se para seus homens, emitindo rosnados. Eles começaram a levantar seus rifles, tomando posições ao longo das paredes, fazendo um caminho entre eles para ela atravessar. Ela fez
uma nota mental para tentar evitar bater em seus grandes corpos quando virou o corredor no caminho de volta.
— Você continua correndo. — Brassi ordenou. — Além de nós,
até aquele ponto.
— Ele se virou, apontando para a outra curva no corredor. — Vassi irá protegê-la no caso de algum passar por nós.
— Entendi. — Ela se sentiu aliviada por ele não discutir mais
ainda.
— Por que há tantas voltas?
Ela olhou de volta para Vassi. — Nos corredores?
— Sim.
— Eu não tenho idéia.
— Eles são projetados para dar à tripulação uma sensação de que a nave é menor do que realmente é e mais aconchegante. —Disse Abby em seu ouvido. — Imagine um corredor de corredeiras com poucos campos de jogo e como isso seria intimidante. Eles projetam os corredores para evitar que as pessoas percebam o quão longe precisam andar para chegar a várias seções.
— É bom saber. — Resmungou Vivian.
— O que? — Brassi perguntou.
Ela sorriu. — Apenas Abby me mantendo atualizada. Ela está quase pronta para fechar as aberturas. A ponte receberá uma notificação através do computador quando os motores começarem a ficar on-line, o que os Ke'ters poderão ver ou ouvir.
— Sim. — Abby confirmou.
Vivian começou a esticar seu corpo, preparando-se para correr. Todos os Veslor pareciam observar, a julgar pela maneira como seus capacetes se voltaram para ela. Ela os ignorou. Provavelmente achavam que humanos eram bem estranhos, se Veslor não tivessem que se aquecer antes de correr. Tudo bem se a achassem confusa. Apenas queria ter certeza de não ter uma cãibra muscular. Isso seria ruim enquanto corresse por sua vida.
— Tudo bem.
— Abby limpou a garganta. — Está pronta? Apenas tenho que apertar mais uma tecla e as aberturas serão fechadas. O inimigo deve perceber isso em segundos quando o fizer.
— Diga-me tudo o que está acontecendo dentro da ponte. Cada detalhe. Vivian fez um sinal para os Veslor. — Hora do jogo.
Brassi rosnou. — E se alguma coisa der errado, finja de morta. Nós cuidaremos de você.
Fingir de morta. Ela assentiu. — Faça isso, Abby.
— Fechando as aberturas agora. — Abby fez uma pausa. — Eles estão respondendo e fechando. — Ela fez uma pausa novamente. — Há ação na ponte. Os Ke'ters estão recebendo algum tipo de alarme. Estão todos indo em direção ao painel frontal. Eu não sei que sistema é, mas suponho que seja algo a ver com os motores. O da porta também. Está a uns bons nove metros daqui agora.
Vivian se lançou, correndo o mais depressa que pode pelo corredor, depois de contornar a curva. Duas enormes portas duplas estavam lá embaixo, mas seu foco estava no painel de acesso.
Ela chegou e apertou o botão, ofegante.
— Eles estão virando! — Abby gritou em seu ouvido. — Corra!
Vivian não precisava de mais insistência. Girou e correu por sua vida. Ouviu as portas se abrirem um segundo depois, mas não olhou para trás. O corredor não parecia tão longo até aquele segundo. Ouviu barulhos atrás dela e adivinhou que os Ke'ters estavam bem perto.
Uma explosão atingiu a parede, ela quase tropeçou, mas os Ke'ters não perderam o passo.
— Pare! — Gritou uma voz computadorizada.
Ela ignorou, fez a curva e se manteve no centro do corredor, evitando com sucesso os volumosos corpos blindados dos Veslor quando passou correndo. Armas de fogo ecoaram atrás dela novamente, mas ela continuou até a próxima curva.
Vassi a agarrou e ela bateu em uma parede, presa ali por sua grande e dura armadura. Vivian ofegou, seu coração batendo forte. Gritos soaram, junto com estrondos.
— Porra! — Abby gritou em seu ouvido.
— O que?
Abby não respondeu.
Vivian tentou recuperar o fôlego, ouvindo a luta. Mais armas soaram, junto com gritos estridentes que agora identificou como os dos Ke'ters.
Abby gritou em seu ouvido: — Todos os Ke'ters deixaram a ponte, mas um deles deve ter percebido que as portas fechavam
automaticamente, porque girou e tentou entrar. Mas foi muito lento. Está parcialmente preso na porta, mas vivo. Ele está lutando, tentando se mover para dentro. Estão lutando lado a lado, mas ninguém o vê desde que estão no corredor entre onde você está e a ponte.
— Não há dispositivos de segurança? — Isso surpreendeu Vivian. A maioria das portas da nave se recusava a fechar se um corpo as bloqueasse. Era um recurso de segurança automático para evitar lesões.
— Não com as portas da ponte. Elas fecham. Merda! Aquele bastardo vai se soltar, Vivian.
— Vassi! — Ela empurrou contra ele. — Há um Ke'ter preso nas portas da ponte. Atire nele antes que volte para dentro!
O grande macho fez uma pausa e rosnou. — Não se mova. — Ele correu pelo corredor, onde a luta estava ocorrendo.
Vivian pegou a faca tática do pai e recuou. Bem, se alguém que não usasse armadura aparecesse naquele canto, teria que lutar. Ela tomou uma postura defensiva, usando as duas mãos para segurar o cabo. Não se tornaria comida Ke'ter de forma alguma. Um tremor percorreu sua espinha.
— Deus.
— Abby suspirou. — O homem que deixou você está abrindo caminho através da luta e... — Ela fez uma pausa. — Ele conseguiu. Está correndo em direção ao Ke’ter preso. Atirando agora... sim! Ele acertou o bastardo, mas ainda está se movendo. Ele ainda vai entrar!
— Não. — Vivian sabia que nunca conseguiriam que o alienígena saísse novamente, agora que estava claro que prepararam uma armadilha. Ainda teriam que se preocupar se ele sabia ou não pilotar o Gorison Traveler quando colocassem os motores on-line, depois que o poder de backup se esgotasse.
— Ele atirou nele novamente... porra! O Ke'ter está dentro. Espere...
— Esperar pelo que?
— Isso machuca. Ele cambaleou, agora está de joelhos. Foi preciso dois tiros. Uma para as costas e uma para o lado da garganta.
Vivian esperava que fosse o suficiente para matar o Ke'ter. O tempo parecia se estender para sempre naqueles segundos enquanto esperava por outra atualização de Abby.
Um grande corpo repentinamente se moveu pela curva no corredor. Não estava coberto de armadura preta.
Vivian ofegou, momentaneamente congelada com a visão do Ke'ter correndo em direção a ela. Então ela reagiu. Aqueles bastardos mataram seu pai e irmão. Em vez de fugir, ela se lançou para frente.
O alienígena era alto demais para ela facilmente atacar sua garganta. Em vez disso, apontou para baixo. A anatomia básica em muitos alienígenas era a mesma. Caiu de joelhos para fazer um alvo menor quando passou a mão para ela com aquelas garras afiadas e ela levou a lâmina da faca para cima, prendendo-a em sua virilha.
O alienígena gritou.
Algo de repente bateu forte de cima, ela rolou para o lado, batendo no chão e na parede. O Ke'ter estava caído, com um corpo blindado em cima. Um dos Veslor atacou por trás. O Veslor não tinha mais seu rifle, em vez disso, ela o viu usar as mãos no pescoço do Ke'ter.
Sangue verde voou, salpicando-a. Ela afastou a cabeça e levantou as mãos, tentando proteger os olhos. Um rosnado alto soou quando o grito cortou e ela finalmente abaixou as mãos, virando a cabeça.
O corpo blindado permaneceu, mas o Ke'ter permaneceu no chão, imóvel.
— Você está ferida?
Ela olhou para o Veslor blindado e assentiu. — Estou bem, Brassi. Obrigada.
— Eu vou bater em Vassi por deixá-la! — Ele se aproximou e ofereceu-lhe uma mão. Ela notou que havia sangue verde nas pontas da luva. Não importava muito, já que ela foi pulverizada com isso. Agarrou sua mão e o deixou levá-la facilmente.
— Eu pedi para ele. Por favor, não fique irritado.
— O Ke'ter caiu. — Atualizou Abby. — Acho que ainda está vivo, mas está muito machucado. Posso ver a gosma verde se espalhando no chão ao redor dele.
Brassi puxou-a para trás, colocando-se entre ela e o corredor seguinte. Então caminhou para frente. Ela hesitou, mas seguiu.
A visão quando virou o corredor deixou-a atordoada.
Os Ke'ters estavam caídos, os Veslor estavam de pé, mas o dano no corredor era épico. Marcas de queimaduras marcavam as paredes
e o chão, juntamente com muito sangue verde. Alguns dos Ke'ters estavam em pedaços. Partes do teto pendiam, devido a danos causados por explosões. Ela notou que as luvas de alguns dos outros Veslor estavam rasgadas na ponta dos dedos, como se algo as tivesse rasgado. Ele e seus homens devem ter usado suas garras durante a luta para matar os Ke'ters.
— Não está se movendo.
— Disse Abby. — Ampliei o mais perto que pude. Está respirando, no entanto.
— Merda.
Brassi se virou para ela e abriu o capacete. — O que há de errado?
— Um dos Ke'ters voltou para dentro. Vassi atirou duas vezes, ele caiu, mas não está morto. Eles têm boas habilidades de cura?
— Eu não sei. — O olhar de Brassi se fixou no dela. — Nós os
matamos nas lutas.
— Ficarei de olho no bastardo. — Prometeu Abby.
— Feche as aberturas enquanto estiver caído e coloque os motores online. Uma vez que voltarem, devem reabastecer as baterias, certo? — Vivian esperava que sim, de qualquer maneira.
— Eu não sei. Engenharia não é minha coisa. Ligarei para seu amigo Donny para perguntar. Volto logo. Ficarei em silêncio, mas poderei ouvi-la.
— Obrigada, Abby.
Brassi tocou seu ombro. — Quantos mais Ke'ters?
Os três desaparecidos e presos nos corredores da nave quase lhe escaparam durante a luta. — Não muitos. Algum dos seus homens está ferido?
— Estamos todos bem.
Ela se sentiu grata por isso. — Precisam descansar?
Ele bufou. — Estávamos entediados até pegarmos seu sinal de socorro. — Ele abaixou a voz e algo quente brilhou em seu olhar dourado. — Veslor têm excelente resistência.
Ele estava flertando com ela? Sentiu o calor subir por suas bochechas quando decidiu que estava. Ela deu-lhe um pequeno sorriso. — Bom saber.
Sua expressão ficou sombria. — Você tem certeza de que não está ferida?
— Estou bem. Juro. Com um pouco de falta de ar, mas voltando ao normal. Não corro muito.
— Você foi rápida, mulher. Impressionante com um corpo tão
pequeno.
Era tentador salientar que qualquer mulher humana seria pequena comparada a ele. Veslor eram maiores que a média humana... por muito.
Ele a deixou para falar com seus homens, voltando mais uma vez aos grunhidos. Ela queria poder entender o que estava sendo dito. Até onde sabia, o idioma deles ainda não foi adicionado ao banco de
dados para tradutores padrão. Então novamente, não estava usando um fone de ouvido que tinha essa capacidade.
— Os motores estão de volta, Donny confirmou. E é melhor que nada. O Ke'ter parece inconsciente e seriamente ferido, a julgar pela poça ao redor do que parece ser seu sangue. Isso me lembra o lodo dos motores solares quando estão velhos. É essa cor verde gosma. — Abby parecia mais calma.
— Eu não sei o que parece. Morei em naves a maior parte da minha vida. Nunca vi um veículo terrestre solar de perto. — Vivian admitiu. — Morei em um dormitório na faculdade e ficava no terreno.
Mas aceitarei sua palavra para isso. Preciso de outro banho. Ok, você observa a ponte, mas precisamos ir atrás do próximo Ke'ter. Mostrenos um caminho através das portas de emergência.
— Já estou nisso.