17 minute read

Capítulo Quatro

Next Article
Fim

Fim

Capítulo Quatro

Brassi fez sinal para Vivian segui-lo e ela o fez. Ele permanecia em suas costas. O resto da equipe Veslor chegava os alienígenas mortos, removendo suas armas. Ela não protestou quando o faziam. Não era como se pudesse pagar por sua ajuda. Talvez eles pudessem vender as armas mais tarde. Eram comerciantes, afinal.

— Mais alguma coisa nesse nível que precisamos controlar? — Brassi olhou para trás.

— Não. Pegaremos o elevador para o Deck Dois. Há algumas portas seladas entre os Ke'ters presos lá e onde sairemos.

— Nós não entraremos em uma luta imediatamente?

— Não.

Brassi entrou no elevador e ela entrou ao lado dele. Seus homens

seguiram. Com o tamanho deles, se viu apertada contra ele para abrir espaço. Estava lotado quando as portas se fecharam. O elevador desceu lentamente.

— Acho que estou indo muito bem.

— Disse Abby em seu ouvido. — Uma coisa é instalar esses sistemas, mas outra é

administrar uma estação. Sem mencionar que esta tem pelo menos dez anos de idade. Fale sobre estar desatualizado. Lembre-me de

dizer ao Comandante Alderson para atualizar tudo quando isso acabar.

— Você está fazendo um ótimo trabalho.

— Obrigado. — Brassi respondeu.

Ela estava conversando com Abby, mas certamente se aplicava aos Veslor também.

O elevador parou e as portas se abriram. O corredor estava vazio quando eles saíram. Vivian apontou para a direita. — Os Ke'ters estão presos atrás de duas portas.

Brassi olhou para o elevador agora fechado. — Alguém pode usar isso para nos surpreender?

— Nenhum elevador na nave se moverá a menos que Abby permita. Ela está controlando tudo de uma estação de segurança.

— Fique aqui com Vassi, Vivian. Você não está vestindo armadura. Permita-nos lidar com a ameaça.

— Ouça-o. —Insistiu Abby. — Eu tenho os olhos neles. Fique

onde é seguro.

— Ok. — Vivian disse a ele.

Brassi fechou o capacete. — Diga a fêmea para nos permitir

aproximar dos Ke'ters.

— Feito.

— Disse Abby. — Diga a ele para ir até as câmeras quando estiver pronto para eu abrir a última porta. Estou abrindo a mais próximo de você agora. Os seis Ke'ters estão deitados.

Vivian retransmitiu a informação para Brassi, desejando ter um fone de ouvido extra para que ele pudesse ouvir e falar diretamente com Abby. Mas não pensou que eles se separariam. Planejava ficar com o grupo Veslor a cada passo do caminho.

Vassi moveu-a contra parede e colocou seu grande corpo entre ela e as portas que se abriram para revelar mais corredor. — Fique aí.

— Certo. — Ela concordou. — Vocês têm um jeito de conversar quando estão separados?

— Sim. Nossos capacetes nos permitem ficar em contato um com o outro. — Vassi a ajustou até que ficou mais atrás dele e levantou seu rifle, preparado para lutar se qualquer Ke'ter ultrapassasse os outros.

— Não se mova, mulher. Mesmo se houver um tiroteio. Minha

armadura pode levar os golpes.

— Obrigada, Vassi. E você pode me chamar de Vivian.

— Eles estão na segunda porta de emergência. — Disse ele. —

Brassi está fazendo sinal para que abram agora.

Ela instantaneamente ouviu sons de luta à distância. Odiava não

saber o que estava acontecendo. — Abby? Fale comigo.

— Merda está batendo no ventilador! Os Ke'ters reagiram rapidamente. É combate corpo-a-corpo. Nossos alienígenas parecem gostar mais disso, eu acho, já que estão usando as armas nas suas mãos ao invés de apenas atirar neles. — Ela ofegou. — Uau! Um Ke'ter derrubado. Agora outro. Nossos alienígenas os estão abatendo.

Vivian respirou mais fácil. Estes eram os que mataram Mikey e

Big M.

— Acabou.

— Abby suspirou. — Nossos alienígenas parecem bem, mas os Ke'ters estão todos mortos.

Vassi abaixou a arma. — Nós podemos nos mover agora, Vivian. Fique atrás de mim. — Ele a olhou antes de andar para frente.

Ela o seguiu. Eles foram para a cena de batalha e ela evitou olhar para os corpos, preferindo avaliar os Veslor. Eles pareciam exatamente o mesmo em sua armadura. Apenas Vassi era facilmente identificado por causa da mochila que carregava.

Um dos grandes homens veio em sua direção. Ela relaxou quando o capacete de Brassi se abriu mais uma vez. Ela gostava de ver o rosto dele.

— Nenhum de nós foi ferido. Qual é o próximo?

Vivian estava estressada. Havia mais Ke'ters para cuidar... mas precisava saber com certeza. — Eu preciso fazer uma parada primeiro. — Ela se virou e os ouviu seguindo-a até as portas da sala de interrogatório.

— Abra para mim, Abby.

— Por quê? Há corpos lá dentro.

— Por favor? — Vivian abraçou sua cintura. Nenhum Ke'ters

estava lá. Ela viu a sala várias vezes nos monitores de segurança.

Um grande corpo ficou pressionado nas costas dela. Era Brassi. — O que há dentro?

— Muitas pessoas mortas.

— Ela esperava que tivessem ido embora, pelo menos. Ela não viu nenhum deles se movendo ao redor. — Eu preciso ter certeza, no entanto.

— Merda.

— Abby suavemente amaldiçoou. — Sua família está aí dentro, não é?

— Abra a porta, Abby.

— Não. Eu não permitirei que você faça isso a si mesma. Posso ver a sala. Espere até que isso acabe, então poderá ver os corpos depois que forem limpos por qualquer um que lidar com nossos

mortos.

— Abra a porra da porta, Abby! — Vivian gritou.

— O que tem dentro? — Brassi agarrou seus ombros e a puxou para trás, forçando-a a olhá-lo.

— Meu irmão e meu pai foram atacados lá. Eu preciso ter certeza de que eles não estão sofrendo. Não consegui ter uma boa visão de nenhum deles das câmeras de segurança. Os ângulos eram ruins. — Sua voz falhou. — Eu preciso ter certeza de que não estão como aquele homem que tivemos que deixar para trás no Deck Sete.

Brassi apontou para um de seus homens e eles a empurraram para trás. Encontrou a câmera e olhou para ela enquanto apontava a arma para as portas seladas. — Abra, por favor. Nós protegeremos

Vivian.

— Porra.

— Abby amaldiçoou em voz alta em seu ouvido. — Você precisará de muita terapia mais tarde. Não me culpe.

— Obrigada. — Vivian tentou se preparar quando as portas se abriram.

Havia um cheiro ruim, que a fez estremecer e respirar pela boca. Brassi e seus homens entraram primeiro, com as armas desembainhadas. Ela os seguiu, entrando lentamente.

Havia corpos por toda parte. Rasgou-a ver pessoas que ela conhecia espalhadas no chão, algumas delas parcialmente deitadas nas cadeiras onde foram atacadas. Ela se moveu em direção a

plataforma onde Big M estava.

Ela deu um passo ao redor. Ele não foi comido, mas podia dizer que estava morto. Ela o olhou, seu coração se partindo. Pelo menos ele estava em paz agora. Parecia que seu pescoço foi quebrado, baseado no ângulo estranho onde estava e o sangue seco se

acumulava no chão atrás da cabeça. Olhou para a parede onde foi jogado, vendo mais sangue lá também. Ele não teve uma chance.

Ela se virou, lutando contra um soluço e bateu direto em um

grande corpo.

Brassi colocou o braço ao redor dela. — Aquele é seu irmão?

— Pai. —Ela respondeu,

— Ele não está sofrendo nem foi comido. Isso é uma benção. — Sua grande mão enluvada esfregou suas costas de leve. — Você não deveria ver isso.

— Eu preciso verificar o meu irmão.

— Ela se afastou dele e precisou passar ao redor dos corpos caídos, evitando olhar muito de perto. Mikey estava bem atrás, mais alto onde ficava o assento. Ele recuou para lá enquanto lutava.

Ela o viu ao redor de algumas cadeiras e congelou. Não podia ver muito dele ainda e não estava certa de que poderia aguentar. A visão da câmera já era ruim o suficiente, mas a realidade era muito pior que uma tela.

Brassi se moveu para o lado dela. — É ele?

— Sim.

— Eu o verificarei. Não faça isso, Vivian.

— Eu preciso ter certeza de que ele não está sofrendo.

Brassi suspirou. — Eu faria o mesmo.

— Ele deu um passo à frente, se moveu ao redor de uma cadeira e se agachou. Um rosnado baixo veio dele, ergueu a cabeça, encontrando o olhar dela.

Seus olhos dourados pareciam tristes. — Deixe-me acabar com isso por ele... por você.

Ela correu para frente, entendendo o que ele queria dizer. Mikey

não estava morto.

Ela empurrou uma cadeira para fora do caminho, quase tropeçou e depois estava ao lado do irmão. Seus olhos estavam fechados e sangue manchava seu rosto. O dano em seu uniforme revelava que ele foi rasgado da caixa torácica até a pélvis, o mesmo que alguns outros. Ela ofegou, mas ignorou a dor, agarrando sua mão e se aproximando, olhando em seu rosto.

Mikey respirou superficialmente.

— Vassi, venha agora. — Brassi rosnou. — O irmão de Vivian

está vivo.

— Oh merda.

— Abby murmurou em seu ouvido. — Ele ainda está vivo? Posso ver o suficiente para saber que ele está em má forma.

— Ele está. — Vivian admitiu.

O médico correu para o lado deles. Brassi saiu do caminho e esperou que Vassi passasse o scanner pelo irmão. Ela olhou para o rosto dele, esperando até que terminasse.

Ele abaixou o scanner. — Eu não posso ajudá-lo.

—Ele rosnou, tão baixo que ela mal o ouviu. — A saliva está presente em quantidades abundantes.

Vivian sentiu seu coração se despedaçar e uma dor penetrante perfurou seu peito. Ela se inclinou para perto do rosto de Mikey. — Estou aqui. — Ela sussurrou. — Sinto muito. — Ela acariciou o cabelo dele com a mão trêmula.

Ele a assustou quando gemeu baixinho. Vivian se endireitou, meio horrorizada por ele poder ouvi-la. Então seus olhos se abriram e ela ofegou. — Mikey!

Levou segundos para se concentrar nela. Soube no instante em que ele a reconheceu. A mão que ela segurava a apertou.

— Vivian.

— Estou aqui, Mikey.

— Corra. —Ele resmungou. — Vá para o Controle Um.

— Eu o fiz. A ajuda chegou.

Ele virou a cabeça, olhando para Vassi, ainda agachado ao lado dele. Mikey pareceu confuso, depois alarmado.

— Eles são amigos. Tudo bem. — Ela acariciou o cabelo de Mikey.

Seu irmão olhou para ela. — Nave segura?

— Sim. Você nos salvou. Eu cheguei ao Controle Um, assim como me disse, iniciei o bloqueio e fui capaz de cortar os Ke'ters e prendê-los. — Ela o informou. — Aqueles que o atacaram estão mortos. Nós os pegamos, Mikey.

Ele gemeu, agonia torcendo suas feições. — Dói muito.

Lágrimas escorriam por suas bochechas. — Eu sei. Sinto muito!

Ele a olhou nos olhos e mais dor torceu suas feições. Ele gemeu novamente e sua mão se apertou um pouco, mas ainda se sentia fraca. — Cansado.

— Eu sei. Descanse. Você salvou a nave, Mikey. Eu te amo. — Ela lutou contra um soluço. — Você é o melhor irmão de todos os

tempos.

Lágrimas encheram seus olhos. — Estou morrendo. Tudo bem, Vivian. Você não precisa mentir.

Ela normalmente teria rido, mas ao invés disso, se aproximou mais. — Você é o melhor. Estou bem aqui com você. Eu te amo.

— Também te amo, pirralha. — Seus olhos se fecharam e ele

gemeu de dor mais uma vez.

Vassi rosnou baixinho e alguém se agachou nas costas dela, apertando-a.

— Deixe-me ajudar.

— Brassi disse suavemente em seu ouvido. — Ele poderia durar assim por horas ou dias, sofrendo. Não podemos consertá-lo. Seu pessoal não pode consertá-lo. Eu o farei sem dor.

Lágrimas continuavam caindo por seu rosto enquanto ela olhava para Vassi. — Você está certo de que não podemos fazer nada?

— Sim. Sinto muito. — O macho sussurrou. — Eu entendo o

quão difícil é para você. Brassi é meu irmão. Eu terminaria seu sofrimento se ele estivesse nessa condição.

Brassi. Vassi. Ela deveria ter adivinhado que poderiam ter um relacionamento próximo, com nomes semelhantes. Olhou para Mikey. Ele parecia ter desmaiado novamente, mas sua dor era óbvia pela maneira como sua boca se apertava, lábios pressionados juntos. Ele gemeu novamente, desta vez mais alto. Sua mão tremeu na dela.

— Não você, Brassi. — Disse seu irmão. — Deixe-me. O homem

não precisa de nenhum lembrete de que você foi o único a acabar com o sofrimento dele.

— Espere.

— Vivian lutou contra outro soluço. — Desligue as câmeras para esta sala, Abby.

Houve uma pausa. — Consegui. Aguente firme. — Segundos se passaram. — Eles estão desconectados. Nenhum feed estava sendo gravado na sala. Sinto muito, Vivian. É a coisa certa a fazer. Quero que alguém acabe com meu sofrimento. Tenho certeza que seu irmão também.

Vivian se inclinou e deu um beijo na testa de Mikey. — Eu te amo. Diga ao papai que também o amo. Vocês ficarão juntos

novamente. — Ela se virou para Brassi, ainda segurando a mão de Mikey e enterrou o rosto no peito dele. — Por favor, faça isso, Vassi.

Ela não podia assistir.

O que quer que ele tenha feito, foi de fato rápido. A mão de Mikey ficou completamente mole na dela e parou de tremer.

Brassi passou o braço ao redor de sua cintura e ficou de pé, rompendo sua conexão física com seu irmão. Sua outra mão segurou a parte de trás de sua cabeça para ter certeza de que ela não poderia olhar para Mikey novamente. Ele a carregou como se não pesasse nada, caminhando através da sala. Ela agarrou seus ombros, mantendo os olhos fechados, até que ele a colocou de pé no corredor.

— Nós estamos fora. Está feito. Ele não sofreu.

Ela o soltou e enxugou o nariz, fungando. — Obrigada.

Vassi se juntou a eles no corredor. — Sinto muito, Vivian.

Ela forçou a cabeça a se virar para olhar para o capacete. Então ela levantou a mão e cobriu a boca. — Não. Obrigada. Nunca se desculpe pelo que fez por mim, já que eu não podia fazer isso sozinha. Mas se for questionado, foi eu quem acabou com a vida dele. As

câmeras não têm som, mas podem ler os lábios se os feeds forem revisados. — Ela abaixou a mão.

— Foi por isso que você cobriu a boca. — Brassi adivinhou.

Ela deu-lhe um aceno de cabeça. — Eu sofrerei mais tarde. Você

está pronto para matar mais Ke'ters?

— Dê-nos um momento. — Brassi ordenou à sua equipe.

Depois que seus homens se afastaram pelo corredor, Vivian ficou surpresa quando o grande homem abaixou até os joelhos diante dela. Ele estendeu as mãos, removendo completamente o capacete, depois colocou a arma no chão.

Ela olhou para as orelhas pontudas e o cabelo preto. Brassi então tirou as luvas.

— O que você está fazendo? — Ela estava mais curiosa do que alarmada.

Ele a surpreendeu ainda mais, tocando algo perto de sua garganta e houve um leve som de clique. A armadura sobre o peito e abaixo de cada braço se separou levemente. Ele deslizou os dedos na fenda e abriu mais, removendo a parte superior de sua armadura para revelar seu peito e braços musculosos. Seu peito parecia quase

luxuoso, com aquela camada de pelos finos e suaves cobrindo-o. Ela nem teria notado se eles não estivessem tão próximos um do outro. Ele tinha mamilos humanos, cinza escuro e um abdômen

maravilhoso.

Ele colocou sua armadura no chão e ficou na frente dela.

Sua boca estava levemente aberta e fechou-a abruptamente. Ele podia ser diferente dos humanos, mas não tanto assim. Com certeza não foi o suficiente para impedi-la de admirar seu corpo. Em qualquer outro momento, poderia ser mais apreciativa. Naquele momento, sofrendo por sua família, estava mais atordoada do que qualquer

outra coisa.

— Você quer que eu desligue as câmeras?

Ela ignorou Abby. — Brassi?

— Estou mostrando minha pele para você. É o que fazemos para mostrar respeito, quando alguém se revela para nós. Acabei de testemunhar sua dor intensa. Revelaria tudo de mim mesmo, mas há

as câmeras. — Ele olhou para uma, antes de olhar de volta para ela. — Eu ofereço-lhe conforto.

— Acho que ele quer dizer sexo.

— Abby respirou em seu ouvido. — Isso é tão gostoso! O pior momento para um homem cair sobre em você, eu entendo isso, mas o deixaria me consolar.

Vivian estendeu a mão e tocou o comunicador, silenciando o

comentário da outra mulher. — Obrigada.

Ele abriu os braços para ela. — Nós nos abraçamos enquanto lamentamos. Chore, Vivian. Deixe a dor sair. Isso ajuda. Estou aqui por você.

Ela se aproximou, hesitou por um longo momento antes de envolver os braços ao redor de sua cintura e fechar os olhos. Ele era

tão alto. Colocava-a basicamente em seus mamilos, sua bochecha

entre os discos chatos em seu peito. Sua pele tinha uma textura suave, como veludo, mas era firme e também muito quente. Era tão bom, tão reconfortante.

Ele a abraçou de volta, segurando-a perto e apoiou o queixo no topo de sua cabeça. Ela o ouviu respirar fundo e ficou contente pelo banho que tomou.

Eles apenas ficaram ali e ela o respirou também. Ele cheirava muito bem, como nenhum perfume que já encontrou antes. Talvez, se

tivesse que adivinhar, como um dia quente e ensolarado, com um leve toque doce. Era reconfortante.

— Você tem um macho?

Suas palavras suaves romperam o silêncio depois de alguns

minutos.

Ela balançou a cabeça negando.

Ele a apertou um pouco mais. — Bom.

Ela soltou o aperto em sua cintura, odiando deixá-lo ir, mas eles não podiam ficar lá para sempre. Mesmo que quisesse o contrário. Ele a soltou e ela o olhou. Aqueles olhos dourados se estreitaram um pouco e a maneira como a olhou naquele momento o tornou ainda mais atraente. Era como se a achasse especial.

— Bom?

Ele fez um som baixo e rosnado. — Sim. Bom. Nenhum macho a

escolheu como sua companheira.

Aqueles sons dele eram bem sexy. — Você tem companheiras?

— Uma companheira. Uma. — Ele olhou para o corpo dela. —

Para a vida toda.

Estava ficando quente naquele corredor e não tinha nada a ver com a temperatura. — Você não tem uma companheira?

— Não. Seus machos não tomam companheiras?

Ela balançou a cabeça. — Nós às vezes nos casamos. Significa fazer um contrato legal para ficar juntos, geralmente ter filhos e morar

na mesma casa.

Ele fez uma careta e se curvou, colocando sua armadura de volta

enquanto ela observava. — Soa frio e sem emoção.

— Ele fechou a armadura por seus braços e ao longo de seu peito, escondendo seu corpo dela novamente. Era uma pena, uma vez que tinha um ótimo corpo. Ele fez uma pausa, segurando o olhar dela. — Companheiros são muito melhores. Há paixão e sentimentos intensos.

— Eu acredito em você. — Ela acreditava. Brassi tinha muito de

ambos e não os escondeu dela desde que se conheceram. Os Veslor não eram uma raça emocionalmente desapegada.

Ele sorriu. — Nós conversaremos sobre isso mais tarde. — Seu

olhar percorreu seu corpo novamente. — Estou muito ansioso para descobrir tudo sobre você, Vivian.

Ela estendeu a mão e clicou em seu fone de ouvido novamente.

— Estou ansiosa para isso também.

— Pelo que? Você precisa me contar o que conversaram!

Vivian ignorou Abby enquanto observava Brassi colocar as luvas e o capacete. Ele fechou o escudo sobre seu rosto. Ergueu a arma por último, então apontou para onde seus homens foram.

Vivian caminhou na frente dele. Estava descobrindo que os Veslor gostavam de manter alguém em suas costas. Podia ser uma coisa estranha que faziam por todos ou talvez fosse apenas mulheres. Uma coisa protetora.

Todos os machos estavam encostados nas paredes ao redor da curva. Ela corou, imaginando se foram capazes de ouvir o que conversaram. Não era como se pudesse ver suas expressões para adivinhar.

Vassi endireitou-se primeiro de sua posição relaxada e acenou para eles. — Estamos prontos quando você estiver. Qual é o próximo?

— A ponte.

— Respondeu Vivian. — Simplesmente não sei como fazer os Ke'ters saírem. É bem seguro. Não podemos ultrapassar as

portas.

— É uma falha de design, na minha opinião.

— Abby murmurou. — Eu disse aos meus pais que deveria haver um código substituto para as portas da ponte quando criamos os sistemas de segurança, mas meu pai e os tomadores de decisão disseram não.

— Talvez eles abrirão se fizermos barulho nas portas. — Sugeriu

Vivian. — Descobriremos quando chegarmos lá.

Brassi tocou seu ombro.

Ela olhou para o capacete dele. — Eu estava conversando com Abby. As portas da ponte estão trancadas de ambos os lados. Podemos soltar as travas no lado externo, mas elas precisam ser abertas por dentro para sair. Caso contrário, eles poderiam permanecer fechados até que fiquem sem comida e água. Isso pode levar semanas.

Ele permaneceu em silêncio por vários minutos. Então perguntou: — Você pode abrir por dentro da sala de controle?

Vivian não tinha certeza. — Abby? Você sabe?

— Não podemos. —Respondeu a mulher.

Vivian nega com a cabeça. — Não podemos fazer isso.

— Vamos pensar em algo. — Brassi parecia certo.

— Vamos voltar para o elevador. Iremos até o Deck Dez. É onde a ponte está localizada.

This article is from: