Edição 6 | Junho 2013 | R$ 8
Octávia Compagno Cyrino Uma vida dedicada à família, à educação e à arte
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ÍNDICE Junho_2013 Abril_2013
Editorial
04 - Força e exemplo
07 - Nossa Poeta Interior
Leve nuvem solta
07 - Dicas de Português
08 - Favoritos
Viajar é preciso
09 - Cantinho Literário
Casa do Anjo
Festa Junina
09 - O que fazias ... ??? 10 - Aviso aos infiéis 11 - Vozes das Sementes 12 - Como vencer na vida e ter sucesso! 13 - Culpada! 14 - Vagas para Moda 15 - Revisitando o Passado 15 - FUNPEC-RP comemora sucesso do 1º Encontro do Terceiro Setor de Ribeirão Preto e Região
Chegamos, com sucesso absoluto, à sexta edição da nossa Revista Ponto & Vírgula! Com isso comprovamos que o resultado sempre será positivo, quando se trabalha com amor, seriedade, entusiasmo e alto profissionalismo. Os textos aqui selecionados, assim como os das edições anteriores, deixam evidente o perfil da revista e o dinamismo dos que com ela colaboram. Continuamos mantendo o compromisso de divulgar escritores, poetas, músicos e artistas em geral. Nossa homenageada do mês é a Poetisa Octávia Compagno Cyrino que, quase aos 98 anos, é uma pessoa sensível e lúcida, amante da leitura. Destacamos também seu bisneto Sacha Cyrino de Mello Risau, que acaba de se revelar um excelente narrador de viagens. Nosso objetivo é fazer com que todos se entrelacem, espalhando amor e otimismo. É com muito carinho que a entregamos a você e lhe desejamos uma excelente leitura! Um forte abraço! | Irene Coimbra | Editora |
16 - Sarau de Lançamento
Edição 005
Expediente Direção Geral: Irene Coimbra - revista@programapontoevirgula.com.br • Edição: Ponto & Vírgula Editora e Produtora de Eventos • Coordenador Editorial: Francine Muniz (MTb 44.300) • Coordenador de Produção Gráfica: Edmundo Cruz Canado • Diagramação e Arte: Natasha Valera Canado - Rosivaldo Antonio dos Santos • Impressão: São Francisco Gráfica e Editora • Fotografia: Lu Degobbi, Aline Olic e Heloísa Crosio. Comercial: Publicidade e venda - Paulo ou Irene - (16) 3626-5573 / 9733-2577 Tiragem: 3 mil exemplares. Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opinião da revista é expressa em editorial. 3
Força e exemplo
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Octávia Compagno Cyrino nasceu em 19/08/1915 em Itápolis, SP. Filha de Antônio Compagno e Carmela Stella Compagno, desde cedo manifestou pendores para as letras e artes. Formada professora pelo Colégio Santa Inês, em São Paulo, voltou à terra natal, onde conheceu o professor e músico René Mallet Cyrino. Apaixonou-se pelo seu violino, sendo musa inspiradora de várias de suas composições. Tiveram três filhas, Leny, Nely e Célia, educadas com esmero, disciplina e amor. Lecionou, primeiramente, na zona rural, a charrete sacolejando pela estrada de terra, puxada ora por Alazão, ora por Piquira, dóceis cavalos muito bem cuidados.
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6 1 - Octávia aos 9 anos 2 - 1º Comunhão 11 anos 3 - Formatura como professora 4 - Bodas de Ouro 1987 5 - Casamento em grande estilo 1937 6 - Exposição dos quadros de Octávia 7 - Aniversário de 90 anos: filhos, genros, netos e bisnetos 8 - Festa de 90 anos com as 3 filhas 9 - Valsa Octávia, composta em 1989 pelo marido em sua homenagem 10 - Sacha, Pamela e Roberta 5
Foi removida para o grupo escolar Dr. Antônio Moraes Barros (hoje Professor Júlio Ascânio Mallet), onde lhe eram atribuídas classes de pré-adolescentes rebeldes, os quais dominava totalmente. Nesse período, escreveu muitas poesias de cunho patriótico e compôs a letra do Hino do Grupo Escolar em parceria com o músico José Toledo de Mendonça. Colocou também muitas letras nas composições de seu esposo. Além da literatura, dedicou-se também à pintura, com lindos quadros, principalmente de flores e paisagens. Reside em Ribeirão Preto desde 1990 e, aos noventa anos, editou alguns exemplares de um pequeno livro de poemas, com o qual presenteou os convidados de sua festa. Sua literatura possui qualidade invejável, na qual muitos leitores aprendem vocábulos inusitados. Com quase 98 anos, 10 netos, 12 bisnetos e uma a caminho, é exemplo de vida para a família e para todos que a conhecem. 8
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O sonho do poeta Depois de versejar horas a fio o poeta, cansado, se deitou. Se deitou e dormiu. Dormiu e sonhou... Que sonho lindo! No reino onírico ele volitava No etéreo eflúvio da imaginação; e um mundo mágico ele vislumbrava. Flores, perfumes, orquestras de anjos, Céu salpicado de estrelas luzentes, tudo encantava sua mente extasiada. Feliz, o sonho ele prolongava... Eis que uma voz divina de repente lhe ordena: Levanta-te, ó poeta! Com tua verve serás o meu profeta Predestinado a revelas às gentes toda a grandeza do nosso universo. Glorifica as virtudes com teus versos. Semeia o amor entre os humanos seres. Canta o hino da fé e da verdade. Ensina às almas a alegria e a ventura do bem viver e da fraternidade. Eu sou o Criador! Tu és a criatura. Vamos plantar na terra, o nobre império Da harmonia, da paz e da bondade. Dilata os horizontes da ciência Regenera os escombros da consciência. Busca aliviar as dores sufocantes da solidão e da infelicidade. Tu és poeta; vai, ó criatura, Sublimar o perdão com tua loucura. Embriagar-te na tua loucura Doce loucura que te faz poeta! Octávia Compagno Cyrino
Aos 97 anos com filhos, netos e bisnetos
Celia com Gabriel e Beatriz
Valsa Longe de você, composta em 1936
Aniversário de 97 anos
Aos 92 anos com Tamyra, Fernando e Marcela
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Nossa Poeta
Interior Nos dias de chuva a lua fica escondida por trás das nuvens escuras do céu. Tudo umedece dentro das veias como se não bastasse o sangue a chuva inunda meu ser. Em dias de sol tudo fica seco. Só a superfície da pele umedece, transpira a chegada de mais um dia. As rosas do jardim não são as mesmas e os frutos amadureceram no rubro toque do sol. As velhas folhas já não existem mais e o vento sempre passa por aqui. Débora Soares Perucello Ventura nasceu em
São Paulo. É formada em Odontologia. Começou a escrever em 1999, participou do livro Antologia Poética - Grupo Início, em 2001, e na Antologia Ponto & Vírgula, 2012. Pertence a UBE, região de Mococa/SP. Atualmente está finalizando um livro de poemas
Leve nuvem solta Era como uma brincadeira de roda, eu pegava sua mão e saíamos correndo ruas afora. As nuvens baixas, soltas, circulavam no imenso céu azul e brincavam sobre nossos corpos. Um dia de sol, como qualquer um, apenas com algumas nuvens baixas que passeavam pelos nossos olhos, naquela tarde criança, de nuvens brancas e alguns pássaros.
Dicas de Português_Irene Coimbra Vamos testar seu vocabulário? Qual a alternativa correta?
1) À princípio pensei tratar-se de uma progéria clássica... a) música b) epopeia c) velhice prematura d) dramaturgia 2) Ela fez um discurso prolixo. a) bonito b) para o lixo c) extenso e cansativo d) resumido 3) Ele vivia procrastinando... a) lamentando b) xingando c) adiando d) reclamando
4) “...e fala sobranceiro, com entono...” a) entojo b) indiferença c) altivez d) desprezo 5) Estava sempre a cotejar... a) flertar com b) pingar c) comparar d) cochilar 6) Não quero os louros nem as loas. a) morenas b) derrotas c) elogios d) pimentas Respostas: todas as alternativas C
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F avoritos L |R |D ugares
oteiros
escobertas
| Sabores
Viajar é preciso Sacha Cyrino de Mello Risau “Eu quero sair para ver o mundo”, “Sempre sonhei em conhecer lugares diferentes, exóticos”, “Preciso me afastar da minha realidade, distanciar-me dos meus problemas e me encontrar comigo mesmo”. Se você já viveu mais de vinte primaveras, muito provavelmente algum desses pensamentos (se não todos eles) já passou pela sua cabeça. Viajar sempre denotou, no imaginário popular, um período lúdico, momentos de alegria e de êxtase e afastamento dos problemas cotidianos (mesmo que temporariamente). E, em plena era da informação, quando distâncias são encurtadas, fronteiras se minimizam e, em contrapartida, o tempo se mostra como o recurso mais escasso, vemo-nos inseridos num paradoxo em que esse sonho (o de viajar) se faz, simultaneamente, próximo e distante. As facilidades proporcionadas pelos avanços tecnológicos parecem não ser suficientes para superar a sensação de que o tempo urge e de que, consequentemente, não teríamos tempo para nos dedicarmos aos nossos sonhos, às nossas realizações pessoais (devido, principalmente, ao estabelecimento de tudo que nos é imposto socialmente como “prioridade”) quando, a meu ver, essa ideia de escassez do
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tempo deveria provocar uma sensação diametralmente oposta: se não há tempo a perder, qual o melhor dia para realizarmos nossos sonhos? Hoje! Observo uma tendência que, segundo minha humilde opinião (sem a pretensão de iniciar um debate filosófico ou antropológico), traduz-se como a raiz de muitos dos males ligados à consternação, à desesperança, ao desalento que assolam mulheres e homens, independente de faixa etária, etnia, classe social, religião ou opção sexual: a de, por se estar perdido no pretérito (seja em saudosismo ou arrependimento) ou apreensivo no tocante ao porvir, acabar por ver o presente se esvair por entre seus dedos, como a fina areia da praia que visitamos anualmente (com sorte, semestralmente) com nossos pais quando crianças. Acabamos postergando a concretização de nossos sonhos para um amanhã que nunca chega. Nesta coluna, baseado em minha experiência de um “mochilão” de nove meses (passando por Europa, Ásia e África), e estabelecendo como pressuposto a ideia de que deveríamos aproveitar mais o dia de hoje, relatarei algumas de minhas peripécias, suas consequências e os aprendizados que extraí delas, sempre prezando pelo humor e adotando como horizonte a máxima de que “o mundo é um livro e aqueles que não viajam leem apenas uma página”.
Cantinho Literário de
Bridon e Arlete
Festa Junina “A porta se abriu lentamente e senti uma presença incrivelmente suave que, após encher todo o ambiente com sua luz, sussurrou-me ao ouvido palavras tão sensíveis que aos poucos fui acordando e tomando consciência de que nunca estivera sonhando, mas que ele estava ali a me ditar a História da “Casa do Anjo”. Sua voz era tão mansa e serena que ecoava como clarins aos meus ouvidos e eu, atentamente, absorvia tudo que aquele momento me transmitia. Então, a luz foi tornando-se mais fraca e a porta fechando-se lentamente até eu notar que já estava sozinho. Eu havia ganho um grande presente, e este presente estou dando a você.” Júlio César Bridon dos Santos
- Maria Rita, vai comprar um vestido de chita que vamos a uma festa junina no interior – falou o pai animado. É noite de São João. A pequena vila toda enfeitada. É um grande acontecimento. A menina moça mais que faceira, se veste bem no capricho. Colocou fita no cabelo, passou batom, fez sardas no rosto e pintou um dente de preto. Era a mais linda caipirinha que alguém já vira ali. Na festa tinha fogueira, pau de sebo, quentão e pinhão. Na dança da quadrilha foi escolhida por Valdemar para dançar... Continua...
Arlete Trentini dos Santos (2010). Histórias da Vovó Arlete 1 ed. Nova Letra.
J.C. Bridon (2009). A Casa do Anjo 1 ed. Biblioteca24x7.
À venda na BookStore Fone: 3911-5051
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O que fazias … ??? Osiris Duarte_ de Lisboa, Portugal Pode ser esquisito este negócio de viajar a países aos quais não se conhece seus usos, costumes e, mormente, a língua. Entretanto pode também ser um bocadinho cômico. Mas calma, o cômico, não tem que acarretar necessariamente em comédia. Pois bem. Encontrava-me em Lisboa, no Parque Eduardo VII, a flanar pelos Jardins e Caminhos Amália Rodrigues. Naturalmente que estava eu também a desfrutar da paisagem ... Era um domingo. O céu estava azulíssimo e ventava frescamente. Que delícia ... Abre parênteses: os turistas-cronistas são meio que espiões do dia-a-dia dos povos visitados. São uma espécie de vouyers. Então, à minha frente, um cavalheiro a chamar por alguém, cujo nome não consegui perceber qual era. Repetia e repetia o chamamento. E eu não percebia que nome era.
O tal homem, um lusitano, com aproximadamente a minha idade, com certeza estaria a chamar por seu neto, já que o fazia de maneira um tanto quanto carinhosa. E ele, ali parado, voltava-se para a direita, para a esquerda, e esticava o pescoço para, certamente, avistar quem chamava. Em minha caminhada, deixei-o às minhas costas, quando de repente, vejo um bonito e saudável cão labrador, preto, com os pelos lustrosos, que seguia a passos rápidos e a abanar o rabo, ao encontro do respectivo senhor ... Foi quando, sem voltar-me, ouvi o cavalheiro repetir o tal nome próprio (que fiquei finalmente sem entender), e complementar dizendo: o que estavas ali a fazer ??? 9
Aviso aos infiéis Jugurta de Carvalho Lisboa_jugurta.lisboa@gmail.com Atenção! A leitura deste texto não é recomendada às esposas que sabem ou desconfiam da infidelidade do marido. Assim, o autor se exime de toda e qualquer responsabilidade por possível acidente ou desenlace, que porventura venha a ocorrer, caso esta advertência seja violada. Estamos falando de infidelidade, que de acordo com Aurélio Buarque de Holanda, significa deslealdade, traição, perfídia. Esse desvio de caráter, por assim dizer, é uma arma traiçoeira e poderosa, capaz de atingir sua vítima de maneira implacável, causando sérios danos irreversíveis. As estatísticas mostram que ela é responsável por uma das principais causas dos crimes passionais. O homem está diante de um fantasma que o persegue desde eras primevas e, ao menor descuido, sucumbe se não estiver atento em fortalecer seu calcanhar-de-Aquiles. Infidelidade e tentação são uma dupla inseparável e têm como alvo a fraqueza humana, pois fazem parte da sua essência. Diferente de alguns seres, que foram criados para viver em monogamia. Bem, feita a advertência inicial, a partir daqui, é bom esconder o ouro do bandido, para que ninguém caia em desgraça. Meu amigo, protótipo do mulherengo, tinha um monte de esqueletos bem guardados no armário. Por mais que se esforçasse para manter a apaauncio editora - revista ponto e virgula.pdf 1 04/06/2013 08:52:30 rência de marido fiel, para merecer a confiança da
esposa, esta, conhecendo a joia que possuía, usava de todos os artifícios possíveis para não perder o controle da situação, quanto à disponibilidade do companheiro, nas suas obrigações entre quatro paredes. Mesmo dentro desse clima de dúvidas e desconfiança, até que o casal sabia salvar as aparências, de modo a ser visto sob a ótica de que vivia de forma harmoniosa e dentro de um clima de confiança mútua. Atendendo às condições impostas pelo trabalho, o marido tinha que fazer viagens frequentes, que duravam em torno de uma semana. Com isso, a esposa já tinha um esquema muito bem montado, que colocava em prática, toda vez que o esposo retornava. Inspirada no teste que se faz para saber se o ovo está bom ou choco, colocando-o em uma vasilha com água, onde o ovo bom permanece no fundo e o choco boia, ela enchia a banheira d’água, despia o companheiro e o colocava dentro. Com a ideia preconcebida de que o teste poderia positivar a sua suspeita, já estava munida com um pau-de-macarrão para agir, caso tal ocorresse. Conta-se, que por várias vezes a vizinhança, ao ouvir os gritos de socorro, teve que intervir a favor da vítima, livrando-a da surra aplicada pela esposa, ao ver os ovos do marido boiar dentro da banheira.
Você imagina, sonha e escreve. A Funpec-Editora transforma em realidade. • Diagramação • Registro de ISBN • Ficha Catalográfica • Impressão • Divulgação • Venda
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Rua Floriano Peixoto, 2444 | CEP:14025-220 Alto da Boa Vista | Ribeirão Preto | SP Tel.: (16) 3620-1251 | Fax: (16) 3621-1991 editoracao@funpecrp.com.br
Vozes das Sementes Ely Vieitez Lisboa_elyvieitez@uol.com.br Textos e sementes têm semelhanças. Escrever é uma semeadura. Escolhem-se as sementes / ideias provavelmente melhores, mais sadias, com possibilidades de bons frutos. Na realidade, quem escreve repete sempre a Parábola do Semeador. E o Mestre dos Mestres (e por que não dos Escritores?) sabia, na sua infabilidade. Conhecia as dificuldades do plantio. Não jogava aleatoriamente as sementes, não ignorava as dificuldades que podiam vir da terra. É preciso primeiro amanhá-la, prepará-la. Às vezes as sementes são boas e por que não dão bons frutos? Culpa de quem, do Semeador? Os perigos são mencionados com clareza. Há empecilhos-pássaros, que devoram a obra, leitores que são solo pedregoso, sem muita terra fértil e nenhuma profundidade e as sementes-ideias não criam raízes. O sol da Censura, da Ignorância, da Preguiça Mental, dos Preconceitos destrói, às vezes, qualquer possibilidade da colheita. Finalmente, os Espinhos, metáfora forte de todas as dificuldades de quem quer semear: o dificultoso parto dos livros, a sorrateira divulgação, que muito exige e às vezes oferece parcos resultados, o mau gosto do leitor, não por culpa dele, mas porque não cultiva o hábito de ler, ou tem pouca familiaridade com a linguagem, com as palavras, elas, tão perigosas, instrumentos e armas. As ideias, as mensagens levantam voo (do cérebro ou do coração?) e partem com o ramo da paz (às vezes da discórdia) após os dilúvios dos acontecimentos. O escritor fica lá na Arca de seus Sonhos e Ideais, dialogando com Noé, o bem intencionado, o Escolhido do Senhor. Nunca se sabe
de algum possível e feroz caçador, que pode destruir o Mensageiro. Ou um tirano que queira alienar um povo, queimar seus livros. Há um filme famoso, Fahrenheit 451, de 1966, dirigido pelo diretor francês François Truffaut, adaptado de um livro homônimo de Ray Bradbury. Montag, interpretado por Oskar Werner, é o herói que percebe o grande golpe da queima dos livros e se rebela. O filme de Truffaut é muito sugestivo, como uma parábola e uma denúncia. Na década de sessenta já se alertava para a alienação pela TV, a inversão dos valores, a destruição do passado, da Cultura. O primeiro livro a ser destruído é o D. Quixote, de Cervantes. Após, quando o fogo aumenta, obras de grandes poetas vão desaparecendo nas labaredas. Realce-se uma cena antológica da velha senhora, que, apesar da proibição, tem uma casa repleta de livros. Ela morre queimada com eles, como uma mártir do idealismo e da cultura. Assim, no grande filme, os livros continuam vivos nas pessoas que os decoram e vão viver em uma comunidade clandestina, rebelando-se contra a ditadura e a lei nefasta. Na realidade, quando qualquer pessoa lê, compreende e ama um livro, ela salva parte do tesouro da Civilização. O livro é vida, é alimento para o espírito. O Escritor é o apóstolo, os Leitores, seus discípulos. Grande á a missão das Sementes e dos Textos. Criaturas vivas, prenhes de futuro, túrgidas de esperança. São mensagens, veredas, caminhos. É preciso compreender suas vozes. São recados de Deus aos Homens. Vida.
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Como vencer na vida e ter sucesso! “Se tiver que imitar alguém, imite pessoas bem sucedidas” Claudio Müzel Dizem, não sei se baseado em estatísticas ou em suposições, que de cada vinte pessoas, uma se dá bem na vida. É o escolhido para ter sucesso! Eu, particularmente, nunca acreditei muito nessa teoria ou estatística, mas sei que sem disciplina e determinação não se consegue alcançar sucesso na vida. É certo que para vencer na vida a pessoa precisa não de sorte, apesar de ser bom ter a companhia dela, mas saber o que quer e que alvo pretende atingir. Precisa visualizar o futuro e buscar alcançar os objetivos enveredando-se pelo caminho certo. Não existe mágica, existe sim visão e determinação. Sabemos que realmente a grande maioria das pessoas não consegue trilhar os caminhos do sucesso, pois durante a trajetória muitos atrativos lhes são apresentados os quais acabam levando-as a se perderem no decorrer da caminhada. Quando perguntamos a uma pessoa de sucesso qual o segredo para se chegar lá, de cada dez, dez tem, praticamente, a mesma resposta: estudar muito, trabalhar arduamente, manter o foco no alvo, ouvir e observar mais do que falar, manter bons relacionamentos, ser audacioso quando sentir que o momento é propício, ter autoestima, auto controle e auto confiança, ser generoso e fugir da avareza, ser flexível e propenso a mudanças, saber tirar proveito das críticas, etc. Sou orientador de finanças pessoais e posso afirmar com toda a certeza que pelo menos na área financeira, vence na vida aquele que é disciplinado, que planeja uma reserva para o futuro e que não gasta tudo que ganha, muito pelo contrário: poupa. Muita gente pensa que para formar uma boa reserva financeira é preciso uma poupança mensal significativa, extremamente difícil 12
de fazer, dada a limitação do ganho principalmente para aqueles que vivem do salário, mas posso afirmar com toda a certeza que isso não é verdade. Uma boa reserva financeira se forma de pouco em pouco, com pequenos aportes mensais de dinheiro no investimento escolhido, com persistência e perseverança. O tempo e o rendimento mensal acumulados é que se encarregarão de formar a reserva. Vencer a tentação do consumismo tão sedutoramente difundido na mídia escrita, falada e vista é a parte mais difícil do jogo, pois os atrativos das tecnologias dos produtos lançados no mercado consumidor são quase que irrecusáveis, porém nem sempre tão necessárias assim. O objetivo dos que produzem é exatamente esse, fazer você comprar o que colocam no mercado, mas a sua principal jogada é resistir, e seguir em frente comvontade e determinação, mantendo seus olhos no objetivo: Vencer o jogo!
Claudio Müzel economista e consultor financeiro pessoal. Autor do livro: “Quem mexeu no meu bolso?”
Culpada! Hoje me coloquei no banco dos réus, me julguei, e depois de longo debate comigo mesma, dei o veredicto final: CULPADA! Culpada por amar demais. Culpada por querer um mundo perfeito. Culpada por desprezar a hipocrisia social. Culpada por não bajular os poderosos. Culpada por não ser desonesta. Culpada por querer desmascarar a mentira. Culpada por não fazer parte de “panelinhas” e, a mais grave de todas as culpas, Culpada por acreditar em Deus. E, como sentença final, me sentenciei ao regime de prisão aberta, perpétua, andando sempre acompanhada, mas solitária comigo mesma no meio da multidão.
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Vagas para
Moda Aline Olic
www.vagasparamoda.com.br
Falência, o pesadelo de toda empresa Nenhuma empresa nasce visando o fracasso. No entanto, algumas, após décadas, acabam fechando suas portas, como o recente caso da joalheria carioca, Natan, que no começo do mês decretou falência. Criada há quase 40 anos, a rede que já chegou a ter 11 lojas por vários estados, em meses anteriores ao decreto, já havia demitido todos seus funcionários. Segundos dados da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), o número de pedidos de falência, no Brasil, subiu 25,7 em abril sobre março. Em relação ao mesmo mês, no ano passado, foi registrado um crescimento de 10,7%. O Jornal do Empreendedor, em abril, publicou uma matéria com cinco armadilhas que devem ser evitadas, para que o resultado não seja a falência: 1. Evite partir para ação de imediato; 2. Não prossiga sem um plano de negócios; 3. Não tenha vergonha de vender; 4. Faça as perguntas certas; 5. Evite fazer algo apenas pelo dinheiro Segundo o Sebrae, 48% das empresas brasileiras fecham as portas depois de três anos. Mas o por que a grande parte das empresas falem? Talvez um dos principais motivos se dê ao fato de não enxergarem a longo prazo. Segundo Mário Sérgio Kojima, professor de estratégia do Insper “Os empreendedores não sabem conciliar visão de longo prazo com metas concretas de curtíssimo prazo. O executivo tem ciclo de planejamento de um ano e o empresário de um dia, uma semana”. Com dados pessimistas, o empreendedor deve buscar informações sobre o mercado, dia-
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riamente. Além disso, um estudo minucioso deve ser feito, antes do projeto sair do papel. Dentre diversas empresas brasileiras de vestuário, destacamos as três grandes conhecidas que declararam falência no ano de 1999: Lojas Brasileiras - possuía 63 lojas espalhadas pelo país; Mesbla - em 1997, com dívidas superiores a 1 bilhão de reais, pediu concordata. (Em 2009, a empresa voltou, no entanto, somente oferecendo seus produtos através de e-commerce.); Mappin - nos anos 50, foi ponto da elite paulistana, após os anos 80 atraía seus consumidores com grandes liquidações, vendendo desde móveis até roupas, brinquedos e calçados. (O grupo Marabraz, em 2009, adquiriu os direitos da marca por R$ 5 milhões, em um leilão judicial e a marca, deve voltar até o final deste ano.) Uma das principais dicas para que a falência de sua empresa seja evitada, é a de não assinar nenhum contrato que você desconheça algum ponto descrito. Para evitar erros, a contratação de uma assessoria jurídica é indicada.
Aline Olic - Pós graduada pela FGV em Administração de Empresas
Revisitando o Passado Nely Cyrino de Mello
Com a filha de João / Antônio ia se casar / mas Pedro fugiu coa noiva / na hora de ir pro altar. Ecos da infância ressoam nos ouvidos da alma. Noites de junho estendidas entre os luzeiros do céu e os fogos do chão; noites coloridas de bandeirinhas festivas, babados de chita, rostos afogueados de puro prazer. Correr do buscapé, colocar bombinhas sob latinhas para vê-las saltar... Ah, quanta inocência! Pular a fogueira (quase extinta, é claro), caminhar sobre as brasas (cadê coragem?), puxar a batata doce assada, que delícia! E o pau de sebo, o pau de fitas, as quadrilhas... “a ponte caiu... é mentira. Olha a cobra... é mentira”... Que infância feliz! Quanta saudade! Na quadra da escola, a professora de francês comandava: “en avant, en derrière, balancé, tour”. Tinha também a dança dos bambus: dois alunos batendo-os no ritmo de valsa rápida e as meninas pulando dentro e fora, e, mais tarde, a versão com tochas acesas (que loucura!). Os fogos não eram tão sofisticados como agora,
mas traziam a mágica da explosão de estrelas escondidas em pacotes de papel. O casamento caipira, o orgulho de ser a noiva, o humor sadio... Hoje, tudo tão diferente, como tudo, afinal. Festas em recintos fechados, com mesas e cadeiras, comes e bebes, leilões visando arrecadar fundos para Igrejas ou outras Instituições. Quermesses com barracas de prendas e palco para duplas sertanejas. Deve haver, em algum lugar, pessoas com coração de criança, revivendo a magia dos quintais de outrora. Ainda bem que a música não morreu – “São João / São João / Acende a fogueira no meu coração”. São Pedro das chaves, Santo Antônio casamenteiro, mas São João inspiração: “nosso amor que não esqueço / e que teve seu começo / numa festa de São João”. Lembrei-me da metáfora na voz da Gal... “nas trincheiras da alegria / o que explodia era o amor...”. Essa é a verdadeira festa que acontece no recôndito da alma.
FUNPEC-RP comemora sucesso do 1º Encontro do Terceiro Setor de Ribeirão Preto e Região Realizado no dia 20 de maio, no Hotel JP em Ribeirão Preto, o 1º Encontro do Terceiro Setor de Ribeirão Preto e Região contou com a iniciativa da Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto (FUNPEC-RP) e da Associação Paulista de Fundações (APF). Mais de 250 pessoas de diversas organizações sem fins lucrativos do interior de São Paulo estiveram presentes. O evento teve como objetivo discutir os assuntos de interesse das entidades do Terceiro Setor e promover palestras sobre temas como “Relação entre Poder Público e Terceiro Setor - Convênio, Contrato de Gestão, Termo de Parceria”, “Financiamento das Organizações do Terceiro Setor - Captação de recursos, projetos”, “Certificações concedidas às Entidades do Terceiro Setor - Cadastro Nacional de Entidades”, “Legitimidade do Terceiro Setor - Importância da Representação”, entre outros. Prof. Francisco Alberto de
Moura Duarte, presidente da FUNPEC-RP, celebra: “Estávamos esperando cerca de 100 inscrições e o evento contou com a presença de mais de 250 participantes. Isso mostra que o Terceiro Setor é forte em Ribeirão e região”. Dora Silvia Cunha Bueno e Franscisco de Moura Duarte
Promotor Sebastião Sergio da Silveira
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Sarau de Lançamento da Edição 005
Renato e Jarbas Cunha
Lu e Tórtoro Irene
Adélia Ouêd e Irene
Maria Lucia
Toledo
Rita, Cristina, Neia e Rosana
Maria Lucia, Cida, Rosa e Sobrinha Marlene e Edson
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Ângela, Manuel, Irene, Manuela e Matheus
Leda Pereira e Elisa Alderani
Revista “Ponto & Vírgula” Prof. Duarte e Marisa
Heloísa Crosio e Luzia
Rosa Cosenza
Toninho
Sueli e Solange
Irene e Regina Baldini
Priscila e André
Rosana Muzel e Claudio Muzel
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Sônia, Láius, Patricia e Talita Weizel, Fátima, Denise e Natal
Lúcia Maria Feitosa
Tereza Nazário e Dulce Consuelo
Imaculada e Maria Imaculada
Ely e Jugurta
Gaiô e João
Francine e Irene
Irene
Alaíde, José, Carlos, Kennedy, Lucimara e Maria José
Ed Lemos e Adélia
Gaiô, José Roberto, Ed Lemos
Eda, Irene, Heloísa Crosio
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Isis, Giovana, Luzia e Heloísa Martins
Toninho, Débora, Ventura, Jarbas e Renato
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