Revista Ponto & Vírgula - Ano 7 - Edição 45 - Maio/Junho 2019

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Maio/Junho Ano 7 | Edição 45 Distribuição Gratuita ISSN: 2317-4331

PONT & VIR ULA

ENRICO NERY TRANSFORMANDO UM LIVRO INFANTIL EM UM ESPETÁCULO MUSICAL


2  Revista Ponto & Vírgula  Maio/Junho 2019


ÍNDICE MAIO/JUNHO

Foto: Heloísa Crosio

Pág. 1 Capa: Enrico Nery - Transformando Um Livro Infantil Em Um Espetáculo Musical Pág. 2 Publicidade Pág. 3 Índice, Editorial e Expediente Págs. 4 - 5 Matéria de Capa Pág. 6 Poetas em Destaque Pág. 7 Cantinho Literário de Vera Regina Marçallo Gaetani Pág. 8 Poetas em Destaque Pág. 9 Cantinho Literário de José Antônio de Azevedo Pág. 10 Proparoxítona - Eduardo Affonso Pág. 11 Cantinho Literário de Bridon e Arlete Págs. 12 e 13 Dra. Amini Boiainain Hauy: Professora homenageada na 19ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto Pág. 14 Liana pensa ter visto um vulto... - Perce Polegatto Trovas Premiadas de Rita Mourão Pág. 15 O Chapeuzinho Cinza - Irene Coimbra Pág. 16 Quinteto & Cia em destaque no FLIPOÇOS Festa na Colmeia das Flores Págs. 17 e 18 Sarau de Lançamento 44a. Revista Ponto & Vírgula Pág. 19 Publicidade Pág. 20 Foto em Destaque - Aline Olic

EDITORIAL

E lá se foram maio e junho! E aqui vamos nós, cada vez com mais entusiasmo, divulgando escritores, poetas, músicos e artistas em geral! Como é gratificante trabalhar, tendo ao lado pessoas idealistas! Como é bom saber que existem pessoas que conseguem transformar pedras em flores! Pessoas como Enrico Nery, mais uma vez nosso homenageado e destaque como Capa de nossa Revista! Enrico, sonhador, agregador e guerreiro! Enrico que consegue unir pessoas de todos os níveis sociais e intelectuais e, apesar dos poucos recursos, apresentar espetáculos belíssimos, não só em sua cidade (Franca) como em muitas outras do Brasil e até do exterior. Como bem diz Vera Regina Marçallo Gaetani: “Coisas que, normalmente, são feitas por dezenas de pessoas, Enrico as faz sozinho: cenários, painéis (todos pintados à mão, com inúmeros detalhes); vestuário colorido e adereços de cabeça, colo e braços, com todos os detalhes; enredo, textos, músicas, ensaios, tudo enfim, com uma perfeição incrível!” Nas páginas seguintes terão oportunidade de conhecê-lo um pouquinho mais através de nossa entrevista. Vão se deleitar com as crônicas e poemas de nossos escritores e poetas e conhecer um pouco mais da Profa. Dra. Amini Boainain Hauy, professora homenageada na 19ª. Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. Não há como não se apaixonar pela nossa “Ponto & Vírgula”! A todos uma boa leitura e o convite para também juntar-se a nós! Irene Coimbra| Editora

EXPEDIENTE Direção Geral: Irene Coimbra de Oliveira Cláudio - irene.pontoevirgula@gmail.com Edição: Ponto & Vírgula Editora e Promotora de Eventos | Diagramação: Aline Olic | Impressão: Ribergráfica - A Cor da Qualidade Fotos de Capa e Matéria: Janaína Leão Anuncie na Revista Ponto & Vírgula. Associe sua marca à Educação e Cultura! Mídias: Impressa, Digital e Audiovisual. Publicidade e Venda: Irene – (16) 3626-5573 / WhatsApp: (16) 98104-0032 Tiragem: 2 mil exemplares Maio/Junho 2019  Revista Ponto & Vírgula  3

Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opinião da revista é expressa em editorial.


ENRICO NERY E SUA COMPANHIA VOCAL Irene Coimbra: Enrico, como foi que surgiu essa ideia de fundar a “CIA VOCAL ENRICO NERY”? Enrico Nery: A ideia surgiu de uma grande amiga, Dola Pereira, após ver uma apresentação de um coral religioso que eu regia num Festival de Música Sacra, de formar um coral na escola de inglês onde era a proprietária, assim surgiu o “Coral Little Lab”, posteriormente se tornou “Madrigal Lúcia Garcetti”, depois “Coral UNESP”, em seguida “Coral Centro Linguístico de Franca”, e finalmente assumimos identidade definitiva e independente: “CIA VOCAL ENRICO NERY”.

nários. Nosso primeiro tema foi “SONHOS”, há uns 20 anos ou mais. Na época era Coral UNESP, nós apresentamos no Encontro de Corais de Franca, no Teatro Municipal de Franca.

Irene Coimbra: Vera me disse que os cenários são pintados, à mão, por você, e parte dos acessórios cênicos feitos de material reciclado. Como consegue fazer tudo isso? Enrico Nery: Antes de me tornar reconhecido como músico, participei de inúmeras exposições com premiações em Salões de Artes Plásticas em Franca e região. Já lecionei Técnicas de Pintura na Universidade de Franca. Para mim, reciclar é um Irene Coimbra: Há quanto tempo ela existe e desafio, uma obrigação e uma missão. Brevemenquantos integrantes a compõe? te ministrarei um workshop sobre o uso de mateEnrico Nery: Existe há quase 30 anos, atual- riais reciclados nos espetáculos para professores mente conta com 47 integrantes: 34 cantores, 5 de teatro, dança e artes visuais. contra-regras, 1 bailarina, 5 instrumentistas, 1 iluminadora e eu. Irene Coimbra: Em dezembro do ano passado você e sua Companhia Vocal participaram do SaIrene Coimbra: Como foi seu primeiro traba- rau Ponto & Vírgula, de encerramento do ano, no lho e onde o apresentou? Hotel Nacional, em Ribeirão Preto, levando uma Enrico Nery: Comecei de forma modesta com amostra do espetáculo musical “DRAGÕES”. Foi um grupo de amigos e familiares nos festivais de um grande sucesso que nos levou a profundas reMPB, depois com cantatas sacras com um coral flexões e todos saíram encantados com a belísreligioso que dirigi por alguns anos, já com esse sima apresentação de vocês. O objetivo de todos coro, algumas movimentações simples até chegar os seus espetáculos musicais é esse? Levar as pesa coreografias mais complexas como as que exe- soas a refletir sobre coisas que acontecem no dia cutamos atualmente. Nos primeiros anos usáva- a dia de nossas vidas e nem sempre paramos para mos apenas figurinos, depois evoluímos para ce- meditar? 4  Revista Ponto & Vírgula  Maio/Junho 2019


Enrico Nery: Sim, acredito piamente que a arte é um veículo de transformação e evolução para a humanidade. E encantados saímos nós com o carinho e acolhimento do público presente no Sarau Ponto & Vírgula. Irene Coimbra: Você me disse que em outubro e novembro, próximos, vocês apresentarão mais um grande espetáculo: “A MAGIA DA FADA”, baseado no livro infantil da escritora Vera Regina Marçallo Gateani, “A FADA E SEUS DOIS AMIGOS”. Me diga, o que o atraiu tanto nesse livro, a ponto de transformá-lo num musical? Enrico Nery: O que me encantou no livro foi a necessidade de termos um olhar mais atento para as crianças do mundo todo, e também a (re)encontrar e a dialogar com a “criança sofrida” que existe em nosso interior. O musical surgiu do encontro de “duas crianças sensíveis e crescidas”: eu e Vera, encontro esse que foi promovido por Noemia Lemos e você (Irene Coimbra), um belíssimo musical, que a cada dia cresce mais e mais, com a força da alma e da verdade! A sensibilidade de Vera Regina Marçallo Gaetani em expressar de forma tão delicada e terna o sofrimento infantil, foi genial. Um musical que encantará as crianças pelos personagens e pela intensidade de movimento e cores, mas a mensagem maior e mais profunda, essa sim será para os adultos presentes.

Como costumo dizer, imperdível! Algo que queremos compartilhar com o máximo de pessoas. “DRAGÕES” foi um espetáculo para adultos que encantou as crianças, agora é o contrário com “A MAGIA DA FADA”, um espetáculo infantil que irá encantar aos adultos. Difícil será não se empolgar e se emocionar durante a apresentação desse musical divertido, envolvente e mágico! Faremos a estreia em Franca (minha cidade), nos dias 25, 26 e 27 de outubro e nos dias 01, 02 e 03 de novembro no Teatro Municipal de Franca/SP, às 20h. Irene Coimbra: Muito obrigada por essa entrevista, Enrico. Já estou ansiosa para assistir “A MAGIA DA FADA” que, com certeza absoluta, vai emocionar a todos os convidados! Enrico Nery: Também estamos, Irene. Trazer mais um espetáculo musical ao nosso público fiel que aguarda ansiosamente por essa grande celebração de arte e vida é o que mais desejamos. Nossa expectativa é termos as seis noites de apresentações com casa lotada. Quero ter todos vocês de Ribeirão Preto, o pessoal de Franca e região conosco no Teatro Municipal de Franca nesses seis dias de festa. Agradeço seu carinho de sempre e a oportunidade de novamente ser entrevistado em sua conceituada revista. ***

Depoimento de VERA REGINA MARÇALLO GAETANI sobre o “A MAGIA DA FADA” Tenho acompanhado alguns ensaios do musical “A MAGIA DA FADA” com ENRICO NERY e sua Companhia Vocal e, cada vez me emociono mais. Ver o trabalho extraordinário de um artista como ENRICO NERY, de uma criatividade sem tamanho, força de expressão e determinação, trabalhando num Musical baseado no meu livro infantil “A FADA E SEUS DOIS AMIGOS”, sempre me emociona. Coisas que, normalmente, são feitas por dezenas de pessoas, ele as faz sozinho: cenários, painéis (todos pintados à mão, com inúmeros detalhes); vestuário colorido e adereços de cabeça, colo e braços, com todos os detalhes; enredo, textos, músicas, ensaios, tudo enfim, com uma perfeição incrível! Atrevo-me a dizer que ENRICO NERY não é desse Planeta. Maio/Junho 2019  Revista Ponto & Vírgula  5


Poetas em Destaque 1

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José Osvaldo Santana

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Estrela que apagou

Eu sou

Eu sou a luz tristonha que floresceu um dia e irradiou toda beleza que o mundo criou. Eu sou a voz que canta o hino da amargura que uma criatura no peito guardou.

Eu sou a lua a desabrochar ao vento e as estrelas do mais profundo sonho. Eu sou a chuva a chorar nos campos a linda morte do cair do dia. Eu sou silêncio meio perdido em sono, no despertar de um coração aflito. Eu sou perfume do amor mais puro e o cantar de um pássaro esquecido.

Eu sou a saudade que mata dia a dia, a tristeza sem remédio, o rouxinol que canta tristonho. Sou também a solidão, aquela doença que se chama tédio.

3

Fernanda R. Mesquita

Lima Neto

Eu sou saudade na sombra do passado e a solidão morrendo mais vazia. Eu sou um homem a viver de sonhos, na realidade de morrer um dia.

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Luzia Madalena Granato

...e eu certa...

Esperança

Num colo divinal a espaço aberto, num misterioso azul veludo a borbulhar, oferece-se o céu, expressivo altar

Com o relógio do tempo, faço aVida acontecer. Com esperanças, busco luz e amor. Solto as correntes do medo. Das colheitas que tenho, só por amor, meu corpo caminha. Aprendi escolher outros caminhos certos do coração, que não se engana. A vida me ensinou a me amar.

e eu certa que a vida me guardou um lugar para ver o curso deste altar dado de graça as nuvens passando no firmamento fiéis ao compromisso com o vento e eu certa do meu direito a contemplar.

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Cantinho Literário de

Vera Regina Marçallo Gaetani

C

CARTA A UM AMIGO

Foto: Fúlvia Freitas aro amigo poeta, Escrevo-lhe esta carta para contar-lhe a história de um homem que conheci. Era um homem de coração sensível e, cada vez que se sentia infeliz, ele navegava pelas nuvens da Web. Certo dia, ele encontrou uma mulher que julgou ser uma “verdadeira rainha”, mas que não era mais que uma simples mulher. Suas tristezas, seus desencantos e solidão misturaram-se nas conexões e desconexões da Internet. Eram dois seres diferentes e, como todos os seres diferentes, tinham de pagar o preço. O preço é caro para os diferentes, pois tem a pior das solidões, a que vem acompanhada de presenças. Ela está em todos os lugares. Como compreender os diferentes? Eles vivem entre os que não os compreendem, os que não acreditam neles e, pior ainda, entre aqueles que os invejam. Então, essas duas almas conectaram seus corações e, uma pura e bela amizade sustentou-os “no mesmo silêncio solidário, compreensivo e que tudo entende.” E isso que parecia ridículo, isso que parecia utópico, ajudou-os a viver. Se lhe conto a história desse homem, é porque sei que, sendo poeta, você o compreenderá e, quem sabe, possa se enxergar nele, como num espelho. Um abraço de coração.

***

Do livro: Cantos, Contos e Crônicas, de Vera Regina Marçallo Gaetani – Pág. 143 Editora Legis Summa Ltda – Ano: 1999 Depoimento de Julieta Taranto sobre Vera Regina Marçallo Gaetani e o livro: “Cantos, Crônicas E Contos” Os mais fortes momentos de sua literatura ganham uma expressão etérea, na manifestação paradoxal de suas emoções e sentimentos. A sua criatividade em prosa e verso prova que sabe dizer o que quer, como e porque dizê-lo. Dotada de uma sensibilidade lírica e objetiva, mistura o Céu e a Terra, o amor e a esperança num mesmo plano místico, com todas as noções humanas e diversas, maravilhosamente intercaladas. A graça espontânea e o gosto dos temas da vida popular em todos os seus aspectos, revelam sua autêntica personalidade de mulher forte, religiosa e divinamente inspirada. Vera propõe-se e fixa o que vai contemplando, pensando, sentindo, de maneira romântica e filosófica. A sua literatura é linda, como sua alma, profunda e sensível. Julieta Taranto/1999


Poetas em Destaque 1

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Benilson Toniolo

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Envergando

Ficar

Aos poucos, vou envergando. Rugas nos olhos e mãos, incômodo indisfarçável e velhice atrapalhando as articulações. Assim vai sendo: aos poucos o que fui vai se acabando. Às vezes, me ocorre isto... Nem ligo muito.

3

Alceu Bigato

Adriano Roberto Pelá Cruzo meu olhar com o seu. Vejo olhos tranquilos que aguardam. Sinto sua paz... Fico em paz, me faz bem! Penetro em seu mundo e sou envolvido... Atmosfera leve, tônico salutar, ambiente revigorante, deixo-me ficar. Há vida aqui, longe, o que será? Deixo-me ficar!

4

Idemar de Souza

Nenhuma delas é minha, mas...

Caminhando

Do outono não sou dono, do verão também não. Da primavera, quem me dera! Nem do inverno. O dono é o Pai eterno. Mas Ele pode me dar da primavera, além de amizades sinceras, néctar para as abelhas do meu pedacinho de terra. Do verão, a voz da razão, independente da voz do coração. Do outono, a paz durante o dia para boa noite de sono. E que mesmo sem ser abandonado, sentir a dor do abandono. Do inverno, trocas de beijos, mormente os fraternos. E que o amor dos meus pais para comigo seja igual ao meu amor paterno. Para finalizar, não sei se é pedir demais: folhas em branco nas mãos dos seres humanos para anotarem com a caneta da paz as maravilhas das quatro estações do ano.

Toda a ilusão que me nutria já perdida, esgotada, só me restava Delfos! E o que mais eu poderia? Mas Pythia, misericordiosa, me encheu de alegria: Rosaura?... Faz anos que te espera, essa coitada!

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E não foi engano todo esse mistério revelado. Dei-me com ela naquela mesma velha escola, como se parasse o nosso tempo por esmola de Eros, como a Deusa me houvera assegurado. É que não morre a quimera se, de verdade, querem-se os amantes livres, empenhados qual esse moço e Rosaura, a doce margarida. E os nossos desejos, desde sempre malogrados, explodiram: vamos à casa gozar a nossa vida: urge o tempo! Vamos, à pressa, fruir a liberdade!


Cantinho Literário de José Antônio de Azevedo Foto: Natan Ferraro

É

SER AVÓ

a essência da existência humana ser avó. É melhor do que ser Prêmio Nobel. Sim. Ser avó, porque avô não tem lá tanta ternura para com os serzinhos da terceira geração. Certa mãe das mães, a primeira mulher cientista a ser destacada com a maior honraria do planeta deixou esta notabilidade em segundo lugar para se distinguir na sua condição de avó. Seus experimentos na área da biomedicina ela descobriu uma estrutura celular de proteínas interessantes, abrindo caminhos para novos fármacos contra a infecção. Uma senhora estrangeira da elite científica dá esta lição de promotora familiar ao colocar a sua posição avoenga no mais alto grau das relações interpessoais. Sem menosprezar a profissão científica desce ao rés do chão para idolatrar a sua esmerlinda. Linda é o nome da neta de 15 anos que bem merece o carinho da avó, ao lhe devotar o mesmo afeto. Avó e neta se merecem pelo comportamento de amor, amizade e compreensão em um momento em que o mundo está carente destas virtudes. A senhora Strongline, já setentona, de rosto ovalado, olhos esverdeados, nariz e boca bem feitos, tem ainda uma missão científica difícil. É despojada, não usa joias, exceto a aliança de viúva, e conserva os cabelos encanecidos e pouco alinhados. Pode ser considerada o exemplo das pessoas ilustres, sem luxo e ostentação. Convidada pela Nasa para descobrir planeta em condições de criar vida, incorporou-se também nesta missão. Aos vizinhos e amigos a cientista confessa que o seu comportamento humilde é herdado da condição familiar. Seus pais eram pobres agricultores e ela teve várias barreiras a transpor para estudar e galgar a nobre carreira científica.Acrescenta que os vizinhos e amigos são os circunstantes das inúmeras viagens percorridas pelo mundo. Em entrevista concedida a um grande jornal ela respondeu a várias perguntas, todas elas voltadas para a sua profissão e vida familiar. Contou sobre as dificuldades encontradas para estudar, mas sempre firme na vontade de realizar os seus sonhos. Na pergunta a respeito dos entraves para uma pessoa humilde sonhar tão alto ela respondeu: “todos são potencialmente capazes para tudo, basta querer” E ela quis e conseguiu. A todos os estudantes e sonhadores ela incentivou para não desistir e acrescenta: “Eu fiz todo o possível para continuar estudando: lavei louça e lavrei o chão para ser cientista”. Nos aspectos mais simples e íntimos disse que sempre gostou de cozinhar, de nadar, de conversar com crianças e jovens e de promover a família bem constituída no lar com pai, mãe e filhos. Nas longas viagens transoceânicas e no aconchego dos repousos em hotéis, a avó desprendida fazia-se acompanhar de alguém da família, principalmente da neta Esmerlinda. Essa personagem de porte elegante é a verdadeira Afrodite, não só para a avó como para os admiradores da beleza feminina. A pergunta do que ela mais gosta na vida pensando o repórter que seria o Prêmio Nobel com o qual fora aquinhoada, ela respondeu enfaticamente: O título de avó do ano. E acrescentou: “Dado pela minha Esmerlinda, repetido todos os anos até hoje”. (Do livro: “O coração infarta quando chega a ingratidão” – Pág. 160) Maio/Junho 2019  Revista Ponto & Vírgula  9


PROPAROXÍTONAS POR EDUARDO AFFONSO

Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto. As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. Estão para as outras palavras assim como os mamíferos para os artrópodes. As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às célebres. Se o idioma fosse um espetáculo, permaneceriam longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo. Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. O inclinado e o íngreme. O irregular e o áspero. O grosso e o ríspido. O brejo e o pântano. O quieto e o tímido. Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. Uma coisa é estar no topo – outra, no ápice. Uma coisa é ser fedido – outra é ser fétido. É fácil ser valente, mas é árduo ser intrépido. Ser artesão não é nada, perto de ser artífice. Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice. (Este último parágrafo contém algo raríssimo: proparoxítonas que rimam. Porque elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da gramática.) Quer causar um impacto insólito? Elogie com proparoxítonas. É como se o elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo. O sujeito pode ser bom, competente, talentoso, inventivo – mas não há nada como ser considerado ótimo, magnífico, esplêndido. 10  Revista Ponto & Vírgula  Maio/Junho 2019

Da mesma forma, errar é humano. Épico mesmo é cometer um equívoco. Escapar sem maiores traumas é escapar ileso – tem que ter classe pra escapar incólume. O que você não conhece é só desconhecido. O que você não tem a mínima ideia do que seja – aí já é uma incógnita. Ao centro qualquer um chega – poucos chegam ao âmago. O desejo de ser uma proparoxítona é tão atávico que mesmo os vocábulos mais básicos têm o privilégio (efêmero) de pertencer a esse círculo do vernáculo – e são chamados de oxítonos e paroxítonos. Não é o cúmulo?


Cantinho Literário de

Bridon e Arlete

Paz Interior JC Bridon

Studio Cine Foto Mary

Ilumina tua mente tendo somente belos pensamentos, pois deles dependerão teu bem estar e tua paz interior. Com a chama viva da energia divina cerrarás os ouvidos para não escutares o mal e calarás tua voz para que dela não brotem palavras cujas sementes poderão germinar e produzir maus frutos. Criando a força interior com tua maneira de ser e falar atrairás para ti somente a luz divina que preencherá teu coração de amor.

Como uma borboleta

Arlete Trentini dos Santos Transponho muitas barreiras. Serei sempre uma guerreira. Visto-me com armadura de aço. Não sou mulher aos pedaços. Se a alma for aventureira será também prisioneira do corpo que a conduz, e, como uma borboleta, procurará uma luz. Só voará alegremente quando da terra se fizer ausente, seguindo um raio de luz, para encontrar com seu Jesus.

Do livro “Momentos de Reflexão” – Pág. 60

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DRA. AMINI BOAINAIN HAUY

PROFESSORA HOMENAGEADA NA 19ª FEIRA NACIONAL DO LIVRO DE RIBEIRÃO PRETO

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Juniti Saito. Brasília, 23 de outubro de 2013. Como autora e pesquisadora escreveu artigos em jornais e revistas especializadas e publicou ensaios e obras que se consagraram por sua repercussão no âmbito cultural. Assim é que seu artigo de denúncia e de alerta “Confusão no reino da Gramatica”, publicado no caderno Leitura da Imprensa Oficial do Estado (ano II nº 20-jan.1984, p.18) repercutiu favoravelmente nos meios intelectuais e teve o apoio irrestrito da opinião pública, manifesta em jornais de grande circulação do país. A proposta de uma gramática-padrão para fins didáticos, expressa na obra “Da necessidade de uma gramática-padrão da língua portuguesa”, (Ática, 1984) fruto de sua tese de doutorado na USP, amplamente divulgada pela imprensa falada (TV-Manchete: Programa “Frente a Frente”, TV Cultura e TV Globo) e escrita (Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo) atingiu o âmbito do Congresso. Apresentado pelo deputado João Cunha no Projeto de lei nº 43501-84 ,foi unanimemente aprovada pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, em 14/08/1985. A partir de um estudo crítico-comparativo das gramáticas normativas mais conhecidas no país, em número superior a cinquenta, adotadas nas escolas, cursinhos e faculdades e relacionadas nas bibliografias de concursos, como pesquisadora provou, nessa obra, que a teoria gramatical do Português revelava-se como um amontoado de lições divergentes e contraditórias. Mostrou, ainda, que, na avaliação de conhecimentos gramaticais em vestibulares, provas ou concursos de qualquer espécie, as divergências e contradições dos autores de gramáticas normativas implicavam, quase sempre, uma correção inevitavelmente arbitrária e injusta. A respeito dessa tese, assim se expressou o

Foto: Lu Degobbi

D

ra. Amini Boainain Hauy, merecidamente homenageada na 19ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, tem um currículo que merece destaque. Professora, pesquisadora e autora de obras didáticas, é pós-graduada, mestra e doutora em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Foi professora de Filologia e Língua Portuguesa na USP, titular de Língua Portuguesa na Academia da Força Aérea (AFA) e catedrática de Português no magistério estadual. Presidiu bancas de concurso, ministrou vários cursos de expansão cultural, atualização, aperfeiçoamento e especialização e proferiu inúmeras palestras. É membro da Academia Ribeirãopretana de Letras e patrona da Academia Ribeirão-pretana de Educação. Aposentou-se, como concursada, no magistério secundário estadual (Escola Estadual Otoniel Mota)e no magistério universitário federal (Academia da Força Aérea) Os diversos títulos honoríficos recebidos ao longo de sua carreira no magistério secundário e universitário comprovam a importância do seu trabalho como mestra vocacionada. Entre eles: Troféu-Reconhecimento ao Sempre Professor, outorgado pelo Grupo Gerenciador Ribeirão 2000, pela Secretaria Municipal da Cultura, Divisão Regional de Ensino, Centro do Professorado e Secretaria da Educação. Diploma de Amigo da AFA de 2005, instituído pela Portaria nº 017/AFA de 01/10/02 e concedido àqueles que prestaram distintos serviços à Academia da Força Aérea. Comenda da Ordem de Mérito Aeronáutico no Grau de Oficial- “por haver prestado assinalados serviços à Aeronáutica Brasileira”. Outorgada pelo Ministro de Estado da Defesa, Celso Luiz Nunes Amorim e assinado pelo Comandante da Aeronáutica e Chanceler da Ordem, Ten Brig Ar


professor emérito da Universidade de São Paulo, Segismundo Spina, no Apresentando da citada obra: “Sucede que só hoje, decorridos vários séculos nos domínios da gramaticografia portuguesa, a Profª Amini aparece com a formulação corajosa de sua proposta, tendo-a submetido preliminarmente a prova de Doutoramento, de cuja Comissão Julgadora tivemos a honra e o prazer de participar. O aspecto aparentemente polêmico do trabalho advém de sua própria natureza, não da intenção da Autora. E tal caráter, ao invés de parecer uma irreverência para com as autoridades da língua, revela independência profissional e coragem intelectual. Quantos trabalhos dessa natureza deixaram de ser feitos porque se temeu sacudir o pedestal dos gramáticos consagrados? Aliás, demonstrar — como sobejamente demonstrou — a importância da elaboração de uma gramática portuguesa padrão, para fins didáticos, foi a meta perseguida neste estudo, e com muita propriedade alcançada pela Autora”. E, o Orientador do Doutorado, Prof. Dr. Felipe Jorge: “A obra é, antes de tudo, uma denúncia e um alerta. Denúncia por revelar à Nação, com provas irrefutáveis, o estado seriamente comprometedor de certas publicações de livre curso em todo o país graças ao prestígio dos seus autores e à irresponsabilidade com que os eternos oportunistas encaram o problema do livro didático.” Outro trabalho de grande repercussão que envolveu a imprensa falada e escrita foi o ensaio lexicográfico: “Ribeirãopretano, ribeirão-pretano, ribeirão-pretense, ribeiropretano...?” (Funpec,2004). Com base nesse ensaio da pesquisadora, a Câmara Municipal de Ribeirão Preto promulgou a Lei Municipal nº 9992/04 que “autoriza o uso da grafia ribeirãopretano e suas flexões em toda a circunscrição do município de Ribeirão Preto”. E recentemente, a Gramática da língua portuguesa padrão (Edusp,2014), o primeiro livro de gramatica publicado pela USP e integrante (vol.5) da Coleção Didática da Universidade, foi agraciada (3 º lugar- Categoria teoria, crítica literária, di-

cionários e gramaticas) com o Prêmio Jabuti-2015, a mais importante e tradicional premiação do mercado editorial brasileiro, promovido pela Câmara Brasileira do Livro. Segundo parecer do Prof.Thiago Mio Salla (ECA-USP): “Esta obra apresenta-se ao público como um manual de referência em torno da língua padrão, além de refletir criticamente sobre a importância de tal variedade de prestígio no livro didático.” A propósito do novo Acordo Ortográfico e veementemente contrária à sua aprovação, num artigo publicado na sessão Debate, da Revista de Núcleo de Estudos do Livro e da Edição (Livro-Ateliê-2011), como mestra assim se manifestou: “A bem do ensino e em respeito aos mestres e, sobretudo, para preservação do idioma pátrio como patrimônio cultural dos mais importantes, permitimo-nos sugerir, que se proceda à revisão e reelaboração do texto do novo Acordo, com a indispensável contribuição de renomados especialistas em estudos dessa natureza, despojando-o de seus lapsos e incoerências e adaptando os obsoletos e inadequados termos e conceitos aos princípios teóricos gramaticais tradicionalmente consagrados no ensino da língua portuguesa no Brasil e em Portugal; e, principalmente, que se adote, para o ensino da língua pátria, no dizer de Celso Cunha “ uma política realista que lute não por uma utópica unificação do idioma, mas por manter a sua unidade relativa,” a exemplo dos países mais desenvolvidos Em 10 de junho de 2019, no Auditório Meira Júnior do Theatro Pedro II, durante Feira do Livro, proferiu uma brilhante Palestra sobre o “Novo Acordo Ortográfico e a comunidade internacional de Língua Portuguesa: o Volp e o Voc”, quando levou todos à reflexão com a pergunta: “Até quando ignorarão os desacertos do novo Acordo Ortográfico?” Norteou sempre sua trajetória de pesquisa e difusão da cultura, claramente expresso em toda sua obra, esse ideal de normatização e de valorização do ensino da variante institucionalizada, dita “padrão” do idioma, como expressão da nacionalidade. (A Redação - APUD CURRICULUM) Maio/Junho 2019  Revista Ponto & Vírgula  13


LIANA PENSA TER VISTO UM VULTO... POR PERCE POLEGATTO

L

iana pensa ter visto um vulto de mulher à margem do acostamento. Não. Era o resto de uma árvore cortada. Sente ainda em seu corpo as vibrações do sexo recente, de uma tarde em que Danilo estava especialmente ativo. Intenso, ela chegou a pensar. Quase agressivo. Alguns movimentos se repetem como os fantasmas de partes amputadas, que parecem estar ali e não estão. Mas nesse caso é diferente, sim, ela o sente como uma vibração tardia, um mínimo latejar somado a contrações também pouco identificáveis, sumidas entre pulsações, como se estivesse sendo penetrada ainda, muito sutilmente. Liana já caiu na espiral entorpecida de seu transe, um estado de quase sonolência, destoante de seus olhos abertos, bem abertos, fixados na rodovia à frente, na chuva que dilui as formas. Um estado gradualmente irresistível, embalado pelo som suave do motor, pelo ruído contínuo da chuva e por seu próprio cansaço mental. Era uma mulher, sim, à beira da estrada, era uma moça encharcada, parada lá, cortada, era uma moça cortada como uma árvore cortada, como um resto de árvore, um pouco curva, um pouco triste, um resto de moça cortada. E eu aqui, neste assento aconchegante que... É um fantasma lá fora, um fantasma cortado sob a chuva, o fantasma de Ana Lúcia, ela quer me falar, ela me fala, eu posso ouvir... Você sabe. Só você sabe. Eu não sei, Ana, eu não consigo saber, eu não tenho certeza. Só você sabe. Não me deixe morrer. Eu não quero morrer para sempre. Só você sabe. Me ajude. Me ajude, Liana. Era uma árvore, uma árvore cortada. Era ela. Tenho vergonha, querida, de ter sido possuída por esse mesmo homem hoje, não queria que você soubesse disso, não queria que você soubesse que ainda sinto em meu corpo, em minha intimidade, até mesmo nos meus seios mordidos, as marcas do seu executor, esse homem atraente e amável, que esconde, num resumo trágico da entidade masculina, o caro amante e o dissimulado assassino. Me ajude, Liana. Estou sozinha. Só você sabe. Não me deixe morrer... Trecho do romance “Marcas de gentis predadores” – Perce Polegatto

TROVAS PREMIADAS DE RITA MOURÃO Mineira com mil louvores, Paulista por adoção, dois estados, dois amores, dividindo um coração.

Ousar não é ser valente ao buscar glória e poder. Ousadia é quando a gente humaniza o próprio ser.

Quando deixei minha terra, jurei e cumpri a jura, que venceria esta guerra entre o sertão e a cultura.

Seria a paz mais presente e o porvir menos incerto, se nas mãos do adolescente Sempre houvesse um livro aberto.

14  Revista Ponto & Vírgula  Maio/Junho 2019

Ante a bandeira hasteada revendo as lutas, conceitos, o pobre sem pão, sem nada, pede à Pátria os seus direitos.

Deus ao criar as estrelas, zeloso cumpriu a meta, mas para alguém descrevê-las, criou também o poeta.


O CHAPEUZINHO CINZA POR IRENE COIMBRA O chapeuzinho cinza, que da amiga Vera, ganhei, foi comigo para Londres, quando pra lá viajei. E quando chegamos lá e o coloquei na cabeça ele disse em meu ouvido: - Voltar para o Brasil? Esqueça! - Nem pense fugir de mim, seu chapeuzinho atrevido, fica quieto aí em cima e proteja meus ouvidos! Mas ele, muito teimoso, como sua antiga dona, deu de aba e disse apenas: - Adeus, sua mandona! E, com a ajuda do vento de mim ele escapuliu, ficou ele lá em Londres e cá estou no Brasil! Poema de Irene Coimbra Antologia Ponto & Vírgula - No. 14 - Pag. 39 Editora FUNPEC

Foto: Weber Sian

ED LEMOS Multi-instrumentista Presença marcante em cerimônias e recepções Contato: (16)3623-5022 / (16) 997 735 022

Maio/Junho 2019  Revista Ponto & Vírgula  15


QUINTETO & CIA em Destaque no Festival Literário de Poços de Caldas Flipoços - 05/05/2019

Quinteto & Cia se apresenta no Teatro da Urca na 14ª Edição do FLIPOÇOS

Tarde de Festa na Colmeia das Flores – Bonfim Paulista Na quinta-feira, dia 30 de maio, a ativista cultural Irene Coimbra levou um comboio de alegria para animar a festa de aniversário de Adélia Ouêd. Adélia, atualmente, mora na Casa de Repouso Colmeia das Flores. Foi gratificante ver o sorriso estampado naquelas faces repletas de profundas marcas do tempo e o brilho em cada olhar. A felicidade contagiante da nossa querida Adélia, ao receber os amigos, abraços e gestos de carinho, embalados ao maravilhoso som do grupo, “Ed Lemos em Seresta”. A mim coube o privilégio de contar a história “O Pum da Velha Senhora”, que fez todos rirem. Vivenciar momentos como este, não tem preço. Helena Agostinho – Poetisa e Presidente da União de Escritores Independentes de Rib.Preto.

16  Revista Ponto & Vírgula  Maio/Junho 2019

Irene Coimbra, Adélia Ouêd e Ed Lemos

Foto: Weber Sian

“Durante os inúmeros eventos realizados na 14ª Edição da Feira do Livro de Poços de Caldas e Flipoços, quando escritores e amantes de literatura, do mundo inteiro, participam, um dos destaques foi a apresentação do Quinteto & Cia, da cidade de Ribeirão Preto/SP no Sarau Ponto & Vírgula, evento cheio de alegria e musicalidade, que nos presenteou com o som gostoso de clássicos nacionais e internacionais, como: Imagine, Eu e a brisa, Smile, Carolina, Feelings, Io che amo solo te, Georgia on my mind, Quizáz, The way you look tonight, Folha morta, Smoke gets in your eyes, The shadow of smile, Champagne, Isn't she lovely, New York. Um repertório que nos levou a uma viagem no tempo, resgatando em nossas memórias os grandes bailes de décadas passadas, onde as pessoas se reuniam para dançar, ao som das grandes bandas. Esses amigos se preocupam em levar ao público músicas com excelentes arranjos, e letras.” Valéria Ayuso - Secretária da Academia Poços-caldense de Letras


SARAU DE LANÇAMENTO

44a. REVISTA PONTO & VÍRGULA FOTOS POR

NATAN FERRARO

César Fernando Sêneda, Lima Neto, Irene Coimbra, Luís Antônio Bagatin, Jorginho de Carvalho e Toninho Diniz

Sérgio Kodato, Irene Coimbra e Sandra Valadão

Adélia Ouêd, Irene Coimbra e Dr. Camilo Xavier

Maio/Junho 2019  Revista Ponto & Vírgula  17


Luzia Granato, Irene Coimbra, Daniela Maciel Alves, Regina Alves, Marlene Cerviglieri e João Segheto

Jannes de Mello, Irene Coimbra, Luzia Granato, Leonor Barros e Nely Cyrino de Mello

Convidados (Foto: Heloísa Alves)

Lucy Stefani, Irene Coimbra, Shirley Stefani, Alceu Bigato e Idemar de Souza

Regina Alves

Angela e Miguel Angelo (Foto: Heloísa Alves)

Marlene Cerviglieri, Irene Coimbra e Francine Rodrigues

Luzia Granato e Heloísa Alves

18  Revista Ponto & Vírgula  Maio/Junho 2019


Maio/Junho 2019  Revista Ponto & Vírgula  19


E U D ES TA Q EM FO TO

A Rosa

Foto por Aline Olic

20  Revista Ponto & Vírgula  Maio/Junho 2019


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