HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

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PARAÍBA -> CAMPINA GRANDE -> ESTAÇÃO VELHA-> ÁREA DE INTERVEÇÃO

Estudo preliminar de Habitação Multifamiliar e de sua interação com espaços livres e coletivos. Localização: Bairro da Estação Velha-CG/PB. Público-Alvo População de baixa renda. Renda familiar 3 a 7 salários mínimos. Valor da obra do apartamento por m² R$ 660,00. Programa de Necessidades: Serão 120 unidades habitacionais, tipo um, dois e três quartos – térreo + três pavimentos; 30 unidades de sobrados, com 5% para pessoas com deficiência-PcD; Edifícios de uso comercial e de serviço, com 24 unidades, sendo 4 lanchonetes; Wc’s públicos com acessibilidade; Área de uso comum: área de convivência e lazer, praça de entrada, praça de vivência e contemplação, playgrounds, pista de cooper e ciclovia, área para ginástica, quadra de areia e quadra poliesportiva, passeios públicos; 50 vagas para Estacionamento/autos e 50 vagas para motos; 90 vagas para o bicicletário, além de vagas para visitantes e carga e descarga.

IMAGEM

PROBLEMÁTICA

POTENCIALIDADE

DIRETRIZ

Edificações com padrões precários e insalubres

Presença de vazios urbanos onde poderiam construir novas moradias na própria comunidade.

Construção de moradias populares para relocar famílias em situação de moradia precária.

Utilizar o córrego para embelezar a paisagem e Córrego canalizado e poluído auxiliar no plantio da horta comunitária, permeabilizando-o.

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Descanalização e limpeza do córrego

Incluir comércios nos térreos Segregação social no meio da Potencializar o uso misto das dos edifícios formando cidade/ Sensação de edificações para atrair a fachadas ativas, aumentando Insegurança população à comunidade. o fluxo da população na comunidade.

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Implantar equipamentos Aproveitar os espaços ociosos como: praças, jardins, Inexistência de equipamentos para implantação dos equipamentos de ginástica, de lazer e esporte equipamentos quadras, playgrounds, pista de cooper, etc.

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Acessos (Ruas) ruins e nãopavimentados

Enlarguecer e melhorar qualidade das vias

Alargar as ruas, melhorar vias de acesso a comunidade, priorizar os pedestres e o uso de bicicletas como principais meios de transporte.

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LINHA FÉRREA

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1 LEGENDA:

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LEGENDA:

ÁREA DE INTERVENÇÃO ENTORNO IMEDIATO CÓRREGO LIMITE APP ACESSOS - PEDESTRES ACESSOS - BICICLETAS ACESSOS - AUTOMÓVEL ACESSOS -TREM INTEGRAÇÃO COM O ENTORNO MANCHA – UNIDADES HABITACIONAIS MANCHA – SOBRADOS MANCHA – CASAS A PERMANECER MANCHA – ÁREA DE ESPORTE/LAZER MANCHA – PRAÇAS

O Esquema conceitual do partido nos mostra, através dos diagramas acima, uma visão geral da área de intervenção e as possibilidades de integração com a comunidade a partir das áreas habitacionais, de comércio, de lazer e de empraçamento, indicado pelo mapa de número 1; diagrama de conectividade e acessos principais de pedestres, automóveis, bicicletas e linha férrea, indicado pelo mapa de número 2; e a partir das conexões e acessos um zoneamento através de manchas, indicadas pelo mapa de número 3.

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50

100 M

1- PRAÇA DE ACESSO

6- PISTA DE COOPER

11- QUADRA DE VÔLEI

16- PRAÇA DE CONVIVÊNCIA II

2- ESTAÇÃO VLT

7- SOBRADOS

12- CASAS A PERMANECER 17- MUSEU DO ALGODÃO

3- PRAÇA DE CONVIVÊNCIA I

8- GINÁSTICA COLETIVA

13- CÓRREGO

4- APARTAMENTOS TIPOS

14- ESTACIONAMENTOS 9- PLAYGROUND 10- QUADRA POLIESPORTIVA 15- PRAÇA DE ACESSO

5- CICLOFAIXA

18- TREM MARIA FUMAÇA 19- ESTAÇÃO VELHA 20- CUL DE SAC 21- BICICLETÁRIO

A implantação se dá pela orientação do sol, as maiores fachadas estão localizadas no eixo norte-sul. Há um principal acesso de veículos (carros, motos) pela rua Prudente de Morais (via dupla). O acesso dos pedestres se dá por todas as vias locais. Entre os edifícios habitacionais e de comércio há ruas compartilhadas. Os equipamentos de lazer como as quadras, playgrounds, área para ginástica comunitária, bem como todos os estacionamentos estão descentralizados favorecendo toda a comunidade ao redor.

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Melhorar paisagisticamente todo o local da intervenção implantando equipamentos de esporte e lazer: quadra poliesportiva, playgrounds, quadra de areia, ginástica comunitária; Unidades habitacionais distribuídas em três pavimentos e em sobrados; Descanalizar o canal; Inserir jardins e passeios, que poderão ser utilizados por toda a população de Campina Grande, aumentando assim o fluxo de pessoas no bairro;

Incluir pista de cooper e ciclovia;

Os diagramas acima – diretrizes projetuais e conceituação da volumetria, ilustram o zoneamento tridimensional geral, com os usos: 30 unidades de sobrados; Unidades habitacionais - apartamentos tipo (1, 2 e 3 quartos), totalizando 120 unidades - 1° ao 3° pavimentos; e de serviço e comércio, evidenciando o térreo (em azul) com fachadas ativas, totalizando 24 unidades. Todas as áreas habitacionais dialogam com espaços verdes, com praças e pista de cooper, ciclovias, ruas compartilhadas, estacionamentos descentralizados e bicicletário.

Utilizar o princípio das fachadas ativas com o intuito de atrair usuários para todo o complexo, através do comércio e serviço; Inserir o sistema de transporte VLT – Veículo Leve sobre trilho.

Uma grande praça de acesso foi proposta com visibilidade para os principais marcos referenciais: a estação velha e o museu do algodão, e portanto, todo o planejamento do programa de necessidades está voltado para essa área histórica e de preservação. A inserção de um VLT propõe à comunidade mais uma opção de transporte público e acesso à área residencial e comercial do projeto.

O digrama acima ilustra os fluxos de pedestres, bicicletas e veículos que o projeto propõe. A escala maior que corresponde aos pedestres contempla toda a área das edificações integrando as residências preservadas com o córrego, sobrados e apartamentos.

Conjunto Residencial PEDREGULHO. * Departamento de Habitação Popular do DF - RJ; * Ano: 1940 a1950; * Affonso Eduardo Reidy; * 328 unidades construídas; * 478 unidadas previstas. O conjunto veio numa sequência de uma série de projetos e obras anteriores que abordavam o problema da Habitação social de maneira criativa e inovadora, incorporando os princípios da arquitetura e do urbanismo moderno. Único a merecer destaque na história da arquitetura brasileira, é, na verdade, o apogeu de um formidável ciclo de projetos habitacionais muito pouco conhecido.

O primeiro colocado no concurso da CODHAB-DF para proposta de Edifícios de uso misto do Sol Nascente – Trecho 2, de autoria de: Rodolfo Luís Scuiciato, Simone R. N. Born Hoppe, Aline Proença Train, Suzanna de Geus, Moacir Zancopé Junior, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista e Luciano Suski, foi um dos correlatos estudados para esta proposta. A proposta de implantação aliada aos tipos de usos dos edifícios apresentada pelos autores do Sol Nascente, foi o que nos ajudou a pensarmos uma implantação que seguisse os mesmos conceitos e partidos adotados por eles: Permeabilidade Urbana, diversidade de uso, ausência de limites, integração com espaço pré-existente e incentivo do uso do espaço público.

O diagrama acima ilustra os principais usos e equipamentos propostos no projeto. Duas praças de acesso, praças de contemplação descentralizadas ocupando toda a implantação das edificações junto ao córrego e seis praças de vivência que entornam os sobrados e apartamentos.

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O diagrama acima ilustra as principais espécies vegetais: cajazeira, ipê amarelo e coqueiro que envolve os percursos e áreas de maior permanência. A árvore cajazeira foi escolhida para proporcionar maior área de sombra nos playgrounds e nas praças de contemplação.

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A planta baixa geral nos mostra como se configura toda a implantação da proposta. De forma integrada, os equipamentos de lazer, o córrego (antigo canal), os sobrados e os apartamentos térreo mais três pavimentos, seguem uma funcionalidade conjunta que oferece à comunidade da Estação Velha conforto, sociabilidade e dinamicidade. O térreo, parte comercial dos apartamentos, são recuados para proporcionar sombra aos transeuntes.

A planta baixa parcial nos mostra uma visão mais ampla, o desenho da concepção da proposta projetual. A forma em L proporciona uma grande praça de vivência aos moradores com percursos e arborização. Os estacionamentos para carros, motos, visitantes e carga e descarga, circundam a edificação cujo objetivo é facilitar o acesso às residências. À direita, ao lado dos apartamentos, há uma praça de acesso com quiosques, árvores e cinco vagas para mototáxis.

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LOCALIZAÇÃO DAS IMAGENS NA IMPLANTAÇÃO

FACHADA LONGITUDINAL - LESTE

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SOBRADO – TIPO 1 – 1 E 2 QUARTOS ÁREA: 38, 75 m2

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Afim de manter o equilíbrio do uso do solo, os sobrados também foram implantados no terreno paralelamente aos edifícios e ao córrego, mantendo uma certa sequência de ocupação que favorece uma distribuição uniforme de usos e ocupação do terreno. Os sobrados foram agrupados de dois em dois com a escada centralizada e com pequenas praças entre os conjuntos, com intuito de manter certo afastamento, favorecendo o conforto térmico, ventilação e iluminação naturais. Próximos a eles foram implantados os principais equipamentos de lazer do complexo habitacional: as quadras, playgrounds e equipamentos de ginástica, trazendo uso diversificado para parte mais central da implantação.

A

A

PAVIMENTO – TIPO 1 – 1 , 2 E 3 QUARTOS

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O formato dos prédios dispostos no entorno do terreno favoreceu o uso misto das edificações, com os comércios e serviços localizados no térreo, voltados para avenida e para Estação Velha , vivificando todo entorno. O formato em L , formado por dois blocos interligados pela circulação vertical, foi posto de forma a favorecer o conforto térmico dos ambientes. As áreas menos privilegiadas foram “protegidas” pela circulação horizontal (corredores), amenizando a insolação.

CORTE - BB

CORTE - AA

APTO EXPANSÍVEL 1/2 QUARTOS ÁREA: 60, 76 m2

APTO EXPANSÍVEL 2/3 QUARTOS ÁREA: 63 m2

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APTO PNE 3 QUARTOS ÁREA: 66,12 m2 ESCALA GRÁFICA

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CORTE ESQUEMÁTICO – IMPLANTAÇÃO DOS APARTAMENTOS

LOCALIZAÇÃO DAS IMAGENS NA IMPLANTAÇÃO

O corte esquemático e em seguida, a perspectiva, ilustram a implantação dos prédios que propicia o uso misto das edificações através das fachadas ativas, e também, a equidade nos sistemas de mobilidade, onde os percursos a pé e o transporte público foram pontos primordiais considerados desde o inicio da proposta. O acesso principal ao conjunto habitacional, restrito aos automóveis, é feito através desse largo passeio público onde estão os comércios. Equipado com áreas cobertas de apoio (hexágonos) com mesas e bancos, que também servem aos pontos de transporte público próximos (VLT e ônibus). O acesso dos automóveis é feito através da via compartilhada que passa aos fundos dos prédios, seus estacionamentos são distribuídos nas laterais e fundos dos edifícios, diminuindo assim o impacto visual causados por eles. Canteiros distribuídos ao longo do passeio também podem ser utilizados como bancos. Algumas sugestões para uso dos espaços voltados para comércio e serviço são: Salão de beleza, casa lotérica, bancas de revista, lanchonetes, sorveteria, farmácia, lojas diversas, entre outros. Para trazer uma proposta dinâmica para as fachadas dos prédios, foram escolhidas esquadrias de alumínio móveis, que de acordo com a necessidade dos usuários se modificam , resultando uma estética não-monótona aos edifícios. Outro elemento que merece destaque na fachada é a parede de combogó que faz a vedação das escadas, auxiliando na ventilação da mesma e promovendo diferentes pontos de observação para seus usuários.

SISTEMA CONSTRUTIVO Telhado em telha de fibrocimento e platibanda. Paredes em Bloco de concreto - vedação Laje treliçada

Modulação 7,5m x 7,5m

Esquadria em Alumínio do tipo correr

ATUALMENTE

PROPOSTA PROJETUAL

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