TGI I 2021 Ana Victoria - IAU USP

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MEIO AMBIENTE E CLIMA Gráfico do cruzamento da média mensal de chuva em 2016 no reservatório Paiva Castro do Sistema Cantareira, com a temperatura média do município de Franco da Rocha.

Gráfico Rosa dos Ventos para o município de São Paulo, a cidade mais próxima de Franco da Rocha com dados disponíveis

Fonte: ProjetEEE

Em relação ao clima, o gráfico aponta uma variação térmica entre 16 e 23ºC, o que representa uma amplitude suportável e de bom conforto térmico urbano. Contudo, os dados são referentes ao município de forma geral, que devido à presença de grandes áreas permeáveis e verdes por ter amenizado os dados sensíveis aos habitantes da cidade. Em outras palavras, esses números podem apresentar variações no meio urbano, sob influência dos aspectos como impermeabilização do solo, formação de ilhas de calor etc. Em relação à pluviosidade, a maior concentração de chuvas está distribuída nos meses de verão, como é esperado para o clima tropical da região sudeste. Contudo, observa-se um alto índice de pluviosidade no mês de junho, que geralmente é um mês de maior seca por introduzir a estação de inverno - a estação da seca. É de conhecimento de todos o histórico problema da ausência de chuva que coloca em xeque o abastecimento metropolitano de água, o que reforça ainda mais a importância desse dado, visto que Franco da Rocha está localizado no limite oeste do Sistema Cantareira - um dos mais importantes sistemas de abastecimento da RMSP. Por fim, no que se refere à ventilação no município, a rosa dos ventos indica a predominância vinda das direções leste, sudeste e em menor intensidade sul. A velocidade varia de 2 a 4m/s, o que pode ser intensificado pela formação de corredores de vento urbanizados ou vegetados; e sabe-se, por fim, que nas estações de inverno a direção principal dos ventos vem do nordeste e norte. 26

O mapa ao lado reúne informações geográficas e indicadores presentes nos anexos do Plano Diretor da Prefeitura Municipal de Franco da Rocha. Assim, os traçados referentes ao parque linear e via verde são indicações da própria prefeitura, mas em visitas de campo observou-se que não há uma qualidade urbanística que configure esse parque, e nem o que ao certo diz respeito à via verde. Entretanto, essas intenções serão incorporadas pelas propostas de projeto. Em relação ao meio físico do município, especificamente relativo ao quadrante leste onde estão concentrados a mancha urbana, o Complexo Hospitalar e o Parque Estadual do Juquery, o relevo é movimentado do tipo “mar de morros”, conforme indica o relatório da EMPLASA de 1987. Os baixos e médio terraços (720/730m) estão próximos ao Rio Juquery, e os mais altos patamares de morro grande (940m) estão no Parque Estadual. A área é de elevada drenagem pelo rio Juqueri, e abriga importantes nascentes de córregos. Os solos são rasos, raramente ultrapassando 1m de espessura, o que será retomado mais adiante no tópico do Parque Estadual, e o relatório também indica que as rochas são altamente erodíveis. A vegetação é composta por um mosaico de matas e campos limpos do cerrado.


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