EDIÇÃO 03
Setembro 2018
ESTÁ AÍ A LIGA NOS 2018/19! Mercado de Transferências / Supertaça / Competições Europeias
#03 Setembro2018
Arranca o campeonato! temporada de 2018/2019 está aí e, nesta edição, trazemos todas as informações necessárias para que não fique perdido no tempo.
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Numa revista mais curta, concentramos-nos na primeira competição nacional da temporada: a Supertaça. O campeão FC Porto saiu vitorioso do encontro frente ao vencedor da Taça de Portugal, o Desportivo das Aves. Porém, como sabemos, vencer a Taça de Portugal não garantiu uma presença na fase de grupos da Liga Europa, mas não se preocupe. Aqui mostramos as prestações lusas nas qualificações competições europeias, onde o SL Benfica assinou a sua presença ao passar duas fases a eliminar, ao contrário de Rio Ave e SC Braga, que perderam logo no primeiro desafio. Entretanto, fugindo das derrotas, visitamos o Paços de Ferreira, comandado por Vítor Oliveira, treinador que procura subir de divisão pela décima-primeira vez (!). Para tal, a formação pacense enfrentou grandes mudanças neste ano, tal como a Roma, em Itália, através do seu diretor desportivo, ou o Arsenal, em Inglaterra, com o primeiro ano pós-Arsène Wenger. Também em mudança está Cristiano Ronaldo. Enquanto se adapta ao futebol italiano, o golo marcado pelo Real Madrid frente à Juventus, o seu atual clube, foi o vencedor do Melhor Golo do Ano da UEFA, eleito por adeptos de todo o globo. O golo foi apontado na Liga dos Campeões da temporada passada. Nesta edição, não fomos recordar a final desse ano, mas de 1998/1999, com a surpreendente vitória do Manchester United, nos minutos finais, frente ao Bayern de Munique. Alemães e ingleses estão presentes na edição da Liga dos Campeões deste ano, mas com planteis e reputações muito diferentes de então. Nesta revista, conheça as principais transferências nacionais, com todas as mudanças na Liga NOS, para que esteja sempre atualizado no tempo. Esta é uma revista composta por jovens jornalistas, grátis e online. Aproveitem e espero que gostem... uma vez mais! André Nogueira Criador da revista Futebol Total
Ficha Técnica Diretor Geral André Nogueira Paginação André Nogueira Tiago Nogueira Redação André Nogueira Daniel Fonseca João Couto Jonathan Pertzborn Jorge Nunes Sérgio Velhote Revisão Daniel Fonseca Contacto aonogueira16@gmail.com Créditos AD Marco 09 Alambrado.net AS Eco El Español Expresso de Felgueiras Fintar a Bola Football Fancast Foroalturas.com Fox Sports Getty Images Global Sports Goal.com Jornal de Notícias MaisFutebol Notícias ao Minuto Ontheminute Rádio Renascença Real Madrid SEKDRIVE SL Benfica The National Torcedores.com Vivaro News
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06
14
26
Reportagem Supertaça
Especial AD Marco 09
Apuramento SL Benfica
10
20
30
Reportagem Paços de Ferreira
Liga dos Campeões
Liga Europa
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36 Mercado
de Transferências
32
66
74
Apuramento SC Braga e Rio Ave
Roma de Monchi
Estádios: White Hart Lane
60
72
76
Especial Arsenal
Histórias com História
Grandes Golos
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#03 Setembro2018
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Aves ainda voaram, mas foram os Dragões a prevalecer Sérgio Velhote
apito final da pré-temporada trouxe a festa da Supertaça a Aveiro, onde FC Porto e Desportivo das Aves mediram forças em busca de um troféu que, para os portistas, já fugia há cinco anos e, para os avenses, seria um feito inédito na sua história. Depois da vitória no campeonato, quatro anos depois, os portistas entraram para a temporada seguinte com algumas caras novas no plantel, mas com pouco espaço no onze de Sérgio Conceição. Diogo Leite e André Pereira, dois jogadores que passaram pela equipa B azul e branca, viram o seu nome ser chamado à titularidade, ainda que o último tenha vindo substituir Marega, depois de este ter afirmado que queria sair do clube ainda neste mercado. No lado oposto do campo chegava uma equipa
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ainda motivada pela conquista da primeira Taça de Portugal na sua história. José Mota trazia uma equipa intensa, principalmente na zona intermédia do terreno, e muito rápida no último terço. Uma vitória do Desportivo das Aves seria considerada, certamente, uma surpresa. Mas quem já surpreendeu uma vez… Acorda campeão Com Sérgio Conceição no comando, o FC Porto nunca apresentou desculpas para explicar o mau desempenho dentro de campo, optando por uma forma mais direta e eficaz de enfrentar os momentos menos bons. Ainda assim, e apesar de ainda estarmos na fase inicial da temporada, ninguém esperava uma entrada tão má dos azuis e brancos. Passes falhados e pouca destreza
#03 Setembro2018 nas decisões deu confiança a um Desportivo das Aves aguerrido, que entrou em campo convicto de que podia levar o caneco para casa. Ainda assim, foram os dragões a criar a primeira oportunidade de perigo, através da combinação de Aboubakar com André Pereira. Irrequieto e com confiança, depois de uma pré-temporada onde foi um dos melhores marcadores da equipa, o avançado luso mostrou ao treinador que é solução para o ataque portista. Sérgio Oliveira, pelo contrário, não esteve nos seus melhores dias, com mau passe atrás de mau passe. Mau jogo, que se pode dizer mais? Esta falta de assertividade no ataque portista fez crescer a formação da Vila das Aves, que conseguia sempre arranjar uma solução para chegar à baliza de Iker Casillas. Com alas rápidos e um meio-campo capaz, o Desportivo das Aves colmatou o excelente início com um golo. Na sequência de um pontapé de canto, Falcão aproveitou uma bola à entrada da área para fuzilar a baliza portista. A surpresa e o sonho começavam a transformar-se em realidade. Mas uma mudança subtil na máquina azul e branca viria a fazer toda a diferença. Otávio para o meio, Pereiras na linha e o regresso Trim trim!, tocou o despertador que acordou a equipa de Sérgio Conceição de um pesadelo. O treinador decidiu colocar Otávio em posições mais centrais, deixando o lado direito do ataque para André e Maxi Pereira, que voltava a tomar conta do lugar que vinha a ser de um outro Pereira: Ricardo. Mais rápido e com mais certeza no passe, o jogo do FC Porto até ao final dos primeiros 45 minutos foi se aproximando à imagem deixada na temporada passada. O empate surgiu ao minuto 25, com um golo à imagem de Brahimi. O argelino combinou com Aboubakar e voltou a colocar o resultado igualado. A excelente reta final da primeira parte foi manchada, graças à lesão de Brahimi, mas isso não fez com que os portistas tirassem o pé do acelerador. Ainda assim, nada mudaria no resultado até ao intervalo. Este dragão já nos é familiar A palestra de Sérgio Conceição ao intervalo deve ter ajudado a cimentar a capacidade mental dos jogadores do FC Porto, principalmente no setor defensivo, onde o quarteto se mostrou muito mais composto. Prova disso foram os lances de perigo que o Desportivo das Aves conseguiu criar na segunda parte: apenas um. Cedo se percebeu que Casillas seria pouco incomodado, não só pelo acerto defensivo dos dragões, mas também pela “refrescada” capacidade de manter a posse de bola, depois das entradas de Óliver e de Corona.
A qualidade azul e branca tornou-se evidente e foi através do lado direito que tudo se resolveu. Primeiro, por Maxi Pereira, que combinou com Otávio e Sérgio Oliveira na perfeição. Depois, por Jesús Corona, que rendeu Brahimi e sentenciou a partida, depois de um excelente passe de Óliver. Até ao final, pouco para contar. Uma boa exibição na segunda parte acabou por confirmar a vitória. O FC Porto não foi esmagador no ataque e na pressão como nos habituou na época passada, mas deu bons sinais (na segunda parte) que está apenas uns degraus abaixo desse nível. 3-1 no final, o Rei da Supertaça voltou. A Figura Será difícil encontrar alguém em particular que se tenha destacado nesta partida. Talvez Corona pela excelente entrada, ou mesmo Falcão pelo golo. Mas, para sermos justos, teremos de virar as atenções para Maxi Pereira. Não por ter feito um jogo perfeito, mas pela capacidade de se reerguer mais uma vez. Perdeu a titularidade na temporada passada, mas sempre que foi chamado mostrou-se capaz de continuar a mostrar a sua enorme qualidade, que vem mostrando desde os seus tempos no Benfica. Voltou a ser dono da lateral direita azul e branco e premiou a sua boa exibição com um golo. Poucos minutos no ano passado, zero no Campeonato do Mundo, mas parece estar nele a solução Maxi para Sérgio Conceição.
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Paços de Ferreira
A vida depois da desilusão Treze anos depois, o Paços de Ferreira voltou a ser despromovido à Segunda Liga, depois de um ano em que a qualidade do plantel não correspondeu à quantidade pontual
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André Nogueira
om o regresso da formação pacense à principal divisão nacional na temporada de 2005/06, depois de apenas uma temporada na Segunda Liga, os adeptos da formação amarela da Mata Real estavam longe de imaginar que, nos anos que se seguiam, o clube chegaria ao play-off da Liga dos Campeões e fase de grupos da Liga Europa, além de finalista vencido da Taça da Liga e da Taça de Portugal. Com tais sucessos desportivos, a despromoção, na temporada passada, foi, provavelmente, a maior surpresa da Liga NOS de 2017/2018.
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A temporada de 2017/2018 Com Vasco Seabra no comando técnico pelo segundo ano consecutivo, o Paços de Ferreira procurava uma temporada mais tranquila, depois da 13.ª posição no ano anterior. Porém, os nove pontos em igual número de jogos não agradaram o presidente Paulo Meneses, que despediu o técnico natural de Paços de Ferreira. Para o substituir, chegou Petit, conhecido salvador do Moreirense nas temporadas anteriores. Começando, imediatamente, com uma vitória por 1-0 frente ao Estoril (que seria a outra equipa a ser despromovida), o treinador não conseguiu mais que dois empates e seis derrotas, não chegando a realizar uma dezena de jogos pela formação do Paços de Ferreira.
Curiosamente, regressaria ao Moreirense que, na altura do seu despedimento, encontrava-se em igualdade pontual com a formação da Mata Real. O terceiro e último treinador foi João Henriques, que vinha surpreendendo ao serviço do Leixões, na Segunda Liga. Tal como Petit, estreava-se com uma vitória (2-0 frente ao Desportivo das Aves), juntando depois uma segunda vitória consecutiva, com o Feirense, por 2-1. Porém, a melhor vitória chegava depois de cinco derrotas consecutivas. Debaixo de chuva torrencial, o golo de Miguel Vieira foi suficiente para derrotar os futuros campeões, FC Porto, numa partida pouco disputada, alvo de reclamações pelo anti-jogo da formação visitada. Numa reviravolta de acontecimentos digna de Hollywood, o Paços de Ferreira, que chegava à última jornada em zona de manutenção, à frente de Estoril e Vitória de Setúbal, era derrotado pelo Portimonense (3-1) e despromovido, quando acumulado com a vitória sadina frente ao Tondela, por 1-0. A um ponto do Feirense e a dois de Moreirense e Vitória de Setúbal, que subia quatro posições com a vitória, o Paços de Ferreira era penúltimo, em igualdade pontual com o Estoril, acabando despromovido, em Portimão. No final da temporada, João Henriques mudava para o Santa Clara, recém-promovido à Liga NOS, deixando em vago o lugar de treinador.
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Vítor Oliveira: o rei das subidas Depois da vitória frente ao Paços de Ferreira, o experimente treinador, Vítor Oliveira, confirmava a sua saída do Portimonense, clube com o qual havia sido promovido na temporada anterior. Pouco tempo depois, seria anunciado o seu regresso à formação pacense, clube que orientou de 1988 a 1992, onde alcançou a primeira das dez subidas que viria a alcançar ao longo da sua longa carreira de treinador, na temporada de 1990/91. Depois desse ano, as outras subidas foram ao serviço de Académica (1996-1997), União de Leiria (1997-1998), Belenenses (1998-1999), Leixões (2006-2007), Arouca (2012-2013), Moreirense (2013-2014), União da Madeira (2014-2015), Desportivo de Chaves (2015-2016) e, mais recentemente, Portimonense (2016-2017). Com este currículo, onde é conhecido por promover e abandonar o clube no final da temporada, errado seria não colocar o Paços de Ferreira como um dos principais emblemas na corrida pela subida à Liga NOS. Até ao momento, o técnico de 64 anos alcançou três vitórias em quatro jogos, perdendo apenas com o Famalicão, clube que substituiu Vasco Seabra, no começo desta temporada, por Sérgio Vieira. As mudanças no plantel Como já é sabido, Vítor Oliveira estuda muito bem os clubes antes de uma mudança. Para a sua
transferência, a equipa terá de ter um poderio financeiro suficiente para construir uma equipa que lute pela subida desde a primeira jornada. Depois da saída de nomes importantes como Bruno Moreira (Rio Ave), Mário Felgueiras (Anorthosis), António Xavier (Tondela), Rúben Micael (Vitória de Setúbal), Filipe Ferreira (Sturm Graz), João Góis (Estoril) ou Ricardo (Famalicão), foi necessário ir procurar alternativas de peso. Para o ataque, o Paços de Ferreira segurou a contratação do avançado goleador do Campeonato de Portugal, Paul Ayongo (Amarante). Na baliza, Ricardo Ribeiro deixou a Académica com o objetivo de regressar à Liga NOS, divisão onde já deveria estar a jogar tem em conta o seu talento. Para o meio-campo, o regresso de Luiz Carlos (Osmanlispor) foi a grande surpresa. No ataque, Wagner regressou a Portugal depois de meio ano na Tailândia, ao serviço do Thai Honda. Além destes quatro nomes, também Zé Uilton (Grêmio Anápolis), Carlos Henriques (Portimonense), Bruno Teles (Rio Ave), Douglas Tanque (Police United), Marcos Valente (Vitória de Guimarães) e Júnior Pius (Tondela) reforçaram o clube. Com um plantel e treinador com qualidade para uma posição segura na Liga NOS, o Paços de Ferreira é uma equipa a acompanhar na Segunda Liga, esta temporada. Para já, a décima-primeira subida de Vítor Oliveira é ainda uma previsão.
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Ad Marco 09
regresso de um histÓrico Com o fim do FC Marco, a população de Marco de Canaveses pedia um novo clube. Porém, a criação do AD Marco 09 não foi fácil e a equipa não vivia no mesmo mar de rosas do dia de hoje.
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O reacordar do futebol em Marco de Canaveses com um clube já de olhos postos nos Campeonatos Nacionais João Couto
undado em 2009 com o objetivo de suceder ao extinto Futebol Clube do Marco e trazer o futebol de volta ao concelho de Marco de Canaveses, a Associação Desportiva do AD Marco 09 parece ter encontrado o seu caminho rumo aos principais campeonatos do país. Depois de uns primeiros anos que se resumiram a uma promoção à Primeira Divisão da AF Porto logo na época de criação do clube.
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O fim do FC Marco A história do futebol em Marco de Canaveses começou no ano de 1927, ano da fundação do histórico FC Marco. Em 80 anos de existência, o clube vermelho e branco somou cinco temporadas na Segunda Liga Portuguesa e oito na antiga II Divisão Nacional, competição da qual se sagrou campeão da Zona Norte por duas vezes, em 1999/2000 e em 2001/2002. Em 2004/2005 o Futebol Clube do Marco conseguiu a melhor classificação da sua história: um quarto lugar na Segunda Liga, apenas atrás de Paços de Ferreira, Naval e Estrela da Amadora, as três equipas promovidas à Primeira Liga naquela época. Na temporada de 2006/2007, a disputar a Série B da II Divisão, o Futebol Clube do Marco terminou na nona posição, mas quatro faltas de comparência durante essa temporada levaram a que o clube de Marco de Canaveses fosse
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punido com a despromoção e uma suspensão de duas temporadas. Após esses dois anos, o FC Marco não reuniu as condições necessárias para voltar ao ativo com uma equipa sénior e viu-se assim obrigado a fechar portas. A criação do AD Marco 09 Em março de 2009, um grupo de adeptos do Futebol Clube do Marco decidiu fundar um novo clube para colmatar a falta deixada pela anterior equipa do concelho, surgindo assim a Associação Desportiva do Marco 09, que tinha o objetivo de colocar em campo jovens formados na cidade. Na primeira temporada do novo clube, em 2009/2010, o Marco 09 terminou no segundo posto da Série 2 da Segunda Divisão da Associação de Futebol do Porto, conquistando assim a promoção à Primeira Divisão daquela associação. Apesar do bom início, na sua segunda temporada, o novo clube marcoense terminou na terceira posição da Série 2 da Primeira Divisão, falhando a conquista da subida à Divisão de Honra, campeonato que era na altura o principal da AF Porto. Nos três anos seguintes, o AD Marco 09 viria a falhar novamente o objetivo da subida, terminando por duas vezes no oitavo e uma no sexto lugar da tabela classificativa. Na temporada de 2014/2015, a situação agravou-se e a Associação Desportiva do Marco 09 não inscreveu um plantel sénior nas
competições da Associação de Futebol do Porto. Consequentemente, viu também decrescer o número de atletas inscritos nas camadas jovens, o que levou a que não fossem abertas equipas de vários escalões de formação. Na temporada de 2015/2016, deu-se o regresso da equipa sénior, já com uma nova direção ao leme do clube, com a intenção de dar a volta aos acontecimentos recentes. Essa direção é, ainda hoje, presidida por Eduardo Felipe, mais conhecido por Edú, um antigo futebolista brasileiro que conta com uma temporada na Primeira Liga Portuguesa, ao serviço do Trofense, e também com passagens por outros clubes de relevo no futebol nacional, como Penafiel, Lousada, Paredes, Ovarense, Desportivo das Aves ou Boavista. Novo presidente, nova vida Contactado pela revista Futebol Total, o presidente da equipa marcoense revelou que após a entrada da nova direção, esta “começou a reativar todas as camadas jovens, começou a investir outra vez na formação. Colocou, outra vez, uma equipa sénior a competir na Segunda Divisão Distrital”. A temporada de 2014/2015 foi abordada como o “ano 0” pela nova direção e, após um início de campeonato para o qual a nova equipa do Marco teve pouco tempo de preparação, a meio da temporada, a formação vermelha e branca posicionava-se no 12.º posto entre 15 equipas participantes
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na Série 3 da Segunda Divisão da AF Porto. Daí em diante foram notáveis as melhorias e a equipa marcoense foi uma das que mais pontuou na segunda metade da temporada, conseguindo escalar até ao sétimo lugar da tabela. Em 2015/2016 começava, então, o verdadeiro ressurgimento do Marco, com a equipa de Marco de Canaveses a terminar a Série 3 da Segunda Divisão da Associação de Futebol do Porto no segundo posto, a apenas um ponto do campeão Torrados. Na segunda fase do campeonato, para a qual se apuraram os dois primeiros classificados de cada uma das três séries da primeira fase e os dois melhores terceiros, o Marco 09 terminou no segundo posto da Série 2, somando os mesmos pontos que o líder do grupo, Aldeia Nova, conseguindo, assim, a promoção à Primeira Divisão Distrital. Nessa temporada, o AD Marco 09 conseguiu também a promoção da equipa de iniciados à Primeira Divisão da AF Porto. O (verdadeiro) ano de afirmação A temporada de 2017/2018 foi a que colocou, verdadeiramente, os holofotes na equipa de Marco de Canaveses, com o AD Marco 09 a sagrar-se campeão da Série 2 da Primeira Divisão da Associação de Futebol de Porto, somando apenas uma derrota ao longo do ano, em jogos a contar para o campeonato. Na taça distrital, a formação marcoense
conseguiu chegar às meias-finais, caindo aos pés do Padroense, equipa que militava duas divisões acima do AD Marco 09, apenas após o desempate através das grandes penalidades. No seu percurso até às meias-finais da competição, o AD Marco 09 deixou pelo caminho o Balasar, que disputava uma divisão superior, goleando a equipa da Póvoa de Varzim, no Estádio Municipal do Marco de Canaveses, por 5-2 e goleando também o Estrelas de Fânzeres por uns expressivos 10-1(!). Quanto às suas camadas jovens, na última temporada, o AD Marco 09 conseguiu a promoção das suas equipas de juniores e infantis para a Primeira Divisão Distrital de cada um dos escalões. A temporada que se segue Para a temporada que se inicia já no próximo dia 9 de setembro, frente ao Águias de Eiriz, o AD Marco 09 apostou em reforçar o seu plantel com três jogadores que, na última temporada, representaram o Paços de Ferreira na Primeira Divisão Nacional de Juniores, dois jogadores de outras equipas do concelho de Marco de Canaveses, Alpendorada e Vila Boa do Bispo, um recém-chegado do Paivense, um guarda-redes vindo do Paredes e ainda três jogadores promovidos da equipa de juniores. Tal como nos contou o presidente do clube, o objetivo para esta temporada “ao nível de plantel sénior, passa por tentar subir de divisão. No entanto, como é a primeira vez que o Marco está
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O objetivo do clube é tentar chegar, pelo menos, aos Campeonatos Nacionais (...) ao mesmo tempo, termos um plantel com cerca de 70% ou 80% de jogadores vindos da formação - Eduardo Felipe, presidente do AD Marco 09
nesta divisão e há muitas equipas que querem subir, esfriamos um bocado a espectativa de querer subir, mas formamos um plantel muito forte, com muita qualidade e muita juventude. Acredito que, no final, o AD Marco 09 pode subir. As outras prioridades do clube têm a haver com a manutenção dos júniores, iniciados e infantis na Primeira Divisão Distrital e tentar subir os juvenis, este ano também, para a Primeira Divisão Distrital do escalão, para conseguirmos ter todas as equipas na próxima época pelo menos nesse patamar. No entanto, os objetivos do Marco 09, são ainda mais ambiciosos e Eduardo Felipe revelou que, “a médio prazo, o objetivo do clube é tentar chegar pelo menos aos Campeonatos Nacionais. A longo prazo, que é a nossa prioridade, é a formação vir a dar frutos. Conseguirmos colocar equipas nos Campeonatos Nacionais e, ao mesmo tempo, termos um plantel com cerca de 70% ou 80% de jogadores vindos da formação. E, com isso, também fazer com que haja jogadores marcoenses, e principalmente jogadores formados no AD Marco 09, que integrem os quadros da seleção portuguesa”. E assim se vai traçando o caminho do ainda jovem AD Marco 09 que, finalmente, parece ter acordado. Esta temporada, o clube promete continuar a trazer muitas alegrias à população marcoense.
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Os melhores jogos da europa E Jorge Nunes
As duas maiores competições de clubes do “velho continente” regressam em setembro com uma novo design e outras novidades dignas de registo. UEFA vai entrar num novo ciclo trienal (2018-2021) que contará com alterações em ambas as competições ao nível do design, da qualificação dos clubes, da distribuição financeira, entre muitas outras medidas. Ainda assim, apesar dessas modificações, o formato das fases finais dos torneios manter-se-á igual ao das épocas transatas.
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A Liga dos Campeões Começando pela principal competição europeia de futebol, já partir desta temporada, vinte e seis equipas terão acesso direto à fase de grupos do torneio (mais duas que na edição anterior), ficando as seis últimas vagas por disputar através dos play-offs. Nas fases de qualificação da liga milionária, todas as equipas eliminadas passam a ter uma segunda oportunidade de qualificação na Liga Europa, cujo número de equipas com entrada direta na competição também aumentou para dezassete. Já a partir da próxima temporada, os jogos da Liga dos Campeões (excluindo a final) vão deixar de ser jogados às 19h45, hora essa que se tornou tradição nas noites de terça e quarta-feiras. Em vez disso, disputar-se-ão duas rondas de jogos por
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A TVI estabeleceu uma parceria com este novo canal e vai transmitir um jogo da liga milionária por semana que, durante a fase de grupos, será sempre o jogo do clube português que, na respetiva jornada, jogue em casa. Já nas fases a eliminar, poderá difundir um jogo por cada “mão” até chegar à final, que também será transmitida em sinal aberto, a exemplo das últimas temporadas. Ainda assim, a SPORT TV conseguiu, entretanto, assegurar, uma vez mais, as transmissões da Liga Europa para os próximos três anos. Um outro ponto importante são os prémios financeiros das competições da UEFA, que irão aumentar consideravelmente, em relação aos valores praticados desde a criação de cada uma das competições. Nesta edição da Liga dos Campeões, o valor total de prémios disponíveis para atribuição aos clubes participantes ronda os 2 mil milhões de euros (mais 700 milhões que na temporada passada). Por exemplo, uma equipa que se apurasse para a fase de grupos da Champions, na temporada de 2017/18, receberia um prémio no valor de 15 milhões de euros, sensivelmente. Agora, esse valor ronda os 45 milhões de euros, fazendo desta competição uma verdadeira liga milionária. Por empate, os clubes recebem agora 900 mil euros, contra os 500 mil anteriores, e três vezes mais em caso de vitória, que, apesar de igual, aumenta também o valor monetário, por consequência.
Estão de volta! dia, uma a começar às 17h55 e outra às 20h00, algo similar ao que acontece na Liga Europa, onde há jogos a começarem às 18h00 e outros a começarem às 20h05 (hora de Portugal Continental). Esta alteração vai permitir ao espetador, num plano teórico, assistir a um maior número de confrontos. Por outro lado, as horas das transmissões dos jogos da Liga Europa manter-se-ão inalteradas. No que diz respeito aos direitos televisivos, também se notaram alterações a nível nacional. A SPORT TV, que até agora era a principal detentora dos direitos de transmissão em Portugal, perdeu a Liga dos Campeões para a Eleven Sports, um novo canal de televisão desportivo que, até ao momento, só está disponível na operadora Nowo.
A Liga Europa Também na Liga Europa se registou um aumento dos prémios financeiros. Esse valor passou de 400 milhões de euros, em 2017, para 560 milhões, em 2018, e assim se manterá até 2021. Durante muitos anos, a Liga Europa deu prémios que, para muitos clubes participantes, pouco mais eram que uma simples gratificação, com pouca ou até nenhuma influência na economia das equipas. Agora, os quarenta e oito clubes que garantam presença na fase de grupos, auferem prémios num valor aproximado de 3 milhões e meio de euros (mais meio milhão que na última temporada). Por isso, como se pode ver, são pequenas alterações que na realidade em pouco mudam as competições conforme as conhecemos. São 80 equipas, onde se contam três portuguesas (FC Porto, SL Benfica e Sporting CP), que vão iniciar as suas aventuras europeias nos dois maiores palcos do “velho continente”. E, aos amantes do futebol, só lhes cabe dizer: finalmente! Nas páginas seguintes, pode ficar a conhecer melhor cada um desses clubes, nas respetivas competições.
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VOO DA ÁGUIA ATINGE AS ESTRELAS Jorge Nunes com o apoio de Jonathan Pertzborn
Depois de duas fases de qualificação, quatro jogos ou mais de 360 minutos de futebol, o SL Benfica garantiu a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, fazendo companhia ao FC Porto como representantes portugueses na competição. um ano em que Portugal desceu para a sétima posição no ranking das ligas da UEFA e que, por resultado dessa descida, viu reduzido o número de equipas que leva à Liga dos Campeões de forma direta de duas para apenas uma, tornava-se mais importante do que nunca que a equipa aos comandos de Rui Vitória fizesse uma campanha positiva na fase de qualificação para a liga milionária... E foi isso mesmo que aconteceu.
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SL BENFICA X FENERBAHÇE Estádio da Luz, 7 de agosto de 2018 3.ª pré eliminatória – 1.ª mão Arrancou no Estádio da Luz, para cerca de 60 mil espetadores, a campanha europeia do SL Benfica desta temporada, frente aos turcos do Fenerbahçe. Esta era a 3.ª eliminatória europeia entre as duas equipas. Em ambas as vezes, o SL Benfica seguiu em frente e, certamente, que o técnico Rui Vitória
procurava manter a tradição à partida para o jogo. As águias alinharam com uma formação de 4-3-3, onde se estrearam, em jogos oficiais pelo clube, o guardião Vlachodimos, o médio Gedson Fernandes e os avançados Ferreyra e Castillo, sendo que este último começou o jogo no banco. Já os comandados por Philip Cocu, alinharam num 4-2-3-1, sem nenhum português no plantel, mas com o centrocampista Potuk a jogar adaptado na frente de ataque, acompanhado nos corredores pelo experiente Mathieu Valbuena e por Nabil Dirar O jogo da primeira mão foi muito igual durante noventa minutos, com um SL Benfica superior, sempre mais perigoso que o adversário, apenas posto em sentido por umas raras quatro tentativas de golo e a mostrar ser a única equipa que realmente tinha vontade de ganhar, o que apresentava o resultado final de 1-0, favorável aos encarnados, como escasso face ao que foi a partida. Mas a verdade é que o SL Benfica venceu (justamente), com um golo do extremo Franco Cervi, no minuto 69, que, após uma grande jogada coletiva das águias e assistência de Eduardo Salvio, rematou rasteiro dentro da área e fez o golo que levantaria o público nas bancadas do Estádio da Luz. Apesar do grande golo, o guardião Demirel não
#03 Setembro2018 fica isento de culpas. Ainda assim, tornou-se o prémio justo para um SL Benfica que sempre quis mais vencer do que o rival, uma vez que o jogo terminou com dezoito ocasiões de golo para o SL Benfica contra apenas quatro do Fenerbahçe. O resultado não mais se alteraria: 1-0, vitória do SL Benfica. Mas a eliminatória ainda estava por decidir, em Istambul, passados 8 dias. FENERBAHÇE X SL BENFICA Estádio Sukru Saraçoglu, 14 de agosto de 2018 3.ª pré eliminatória – 2.ª mão Uma semana depois do jogo da primeira mão, em Lisboa, Fenerbahçe e SL Benfica voltavam a medir forças, desta vez em Istambul, no Estádio Sukru Saraçoglu, reduto dos canários amarelos. Os encarnados seguiram em frente por doze das catorze vezes que levaram para a segunda mão uma vantagem de 1-0 conseguida em casa, o que era um sinal positivo para esta eliminatória. Ainda assim, o treinador Rui Vitória exigiu máxima atenção dos seus jogadores. O técnico fez, apenas, uma alteração face ao jogo da primeira mão, substituindo Ferreyra por Castillo. Já a equipa turca, alterou a formação tática, passando de 4-2-3-1 para 4-3-3, e trocou Dirar por Ayew. Procurava Cocu implementar um sistema tático mais ofensivo para tentar inverter a desvantagem da eliminatória. Num ambiente eletrizante, 50 mil fervorosos adeptos turcos empurravam o Fenerbahçe para a frente. E se a Luz é, por vezes, apelidada de inferno graças ao ambiente hostil que os benfiquistas criam para as equipas adversárias, os encarnados iam agora sofrer desse mesmo mal. Pedia-se que a qualidade do futebol do SL Benfica superasse qualquer adversidade. Este jogo começou mais equilibrado, como seria de esperar, dadas as circunstâncias. O SL Benfica, tranquilizado com a vantagem de um golo, dava a iniciativa de jogo ao Fenerbahçe, e este, pressionado pela desvantagem em que se encontrava, procurou chegar com perigo à baliza de Vlachodimos. Mas até foi o SL Benfica a primeira equipa a criar perigo, através de Pizzi. Os turcos responderam por Jordan Ayew, com um cabeceamento a passar junto ao poste esquerdo da baliza encarnada. Mas à passagem da meia hora de jogo, Gedson Fernandes responde da melhor maneira a um cruzamento de Castillo e, com o pé direito, desvia a bola de Demirel para o fundo das redes, fazendo o 0-1 para o SL Benfica. A eliminatória ficava num 2-0 favorável às águias e obrigava o Fenerbahçe a marcar 3 golos para passar. Mesmo antes do final do intervalo, já no tempo de descontos, um canto cobrado por Kaldirim, encontrou Potuk a desviar de cabeça para fora do
alcance de Vlachodimos. Estava feito o empate na partida, ainda insuficiente para os turcos. Na segunda parte, ninguém diria que o Fenerbahçe precisava de marcar um golo para passar, quanto mais dois. Um jogo muito pouco incisivo, com muitas bolas bombeadas nas costas dos centrais do SL Benfica, mas sempre sem perigo. Esta falta de assertividade turca deve-se tanto a deficiências no sistema ofensivo da equipa, como também à boa gestão de jogo que o SL Benfica foi fazendo ao longo dos noventa minutos. Embora esta segunda mão tenha sido mais equilibrada que a primeira, a verdade é que o jogo acabou com uma igualdade a uma bola no marcador, fazendo, por isso, com que o SL Benfica passasse aos play-offs da Liga dos Campeões. Agora tocaria às águias defrontar… outras águias, desta feita do PAOK, de Tessalónica, na Grécia. Dois jogos decidiriam se o futuro do SL Benfica na Europa iria passar para Liga dos Campeões ou Liga Europa. Isto porque, apesar dos encarnados ainda não terem garantida a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, já tinham garantido, isso sim, futebol europeu na Luz, pelo menos, até setembro. E a isso, Portugal agradeceu. SL BENFICA X PAOK Estádio da Luz, 21 de agosto de 2018 Play-off – 1.ª mão O SL Benfica mostrou superioridade em relação a uma equipa do PAOK que teve, durante todo o jogo, dificuldades em sair com a bola, e, por essa razão, viu-se obrigado a recorrer a lances de contra-ataque e bolas paradas para tentar criar perigo à baliza do SL Benfica. Os encarnados foram muito perdulários no último terço do terreno, falhando passes fulcrais para golo. Pizzi falhou um hat-trick de oportunidades claras para fazer mexer o placard. Apesar das inúmeras perdidas, o domínio do Benfica na primeira parte foi notório, domínio esse que se traduziu em um golo apenas, apontado por Pizzi, através da marcação de uma grande penalidade, já para lá do tempo de compensação. No lado do PAOK, o guarda-redes Paschalakis brilhou, principalmente na segunda-parte, com três defesas de grande qualidade e mais umas quantas à figura. O que se destacou deste jogo foi a dificuldade do SL Benfica, por vezes, a sair a jogar e, mesmo quando conseguia havia, depois aparecia o tal problema do último passe. De destacar que os problemas de sair a jogar deveram-se a uma pressão forte do PAOK, que tinha o jogo bem estudado. Os gregos chegaram ao golo com alguma felicidade, já dentro do último quarto de hora de jogo, por Warda, que teve mérito ao organizarse bem defensivamente, mas sorte ao mesmo
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tempo em não sofrer num remate perigoso do jovem talento João Félix, no fim do jogo. O resultado final foi de uma igualdade a uma bola. Ficava tudo por decidir em Tessalonica. PAOK x SL BENFICA Estádio Toumba, 29 de agosto de 2018 Play-off – 2.ª mão Jogo decisivo da campanha europeia tanto para o SL Benfica como para o PAOK, a ser disputado no inferno de Tessalónica. Nos primeiros minutos de jogo, assistiu-se a um SL Benfica a acusar a pressão da atmosfera adversa, ao que os visitados aproveitaram a falha de comunicação dos jogadores encarnados para pôr em perigo, por várias vezes, a baliza de Vlachodimos. Mas, aos poucos, as águias foram crescendo na partida e a ter mais bola. Enfim, a habituarem-se melhor ao ambiente vivido no caldeirão alvinegro. Dentro do minuto 13, o PAOK ganha um livre já bem dentro do meio campo encarnado e, numa belíssima jogada combinada, que apanhou a defesa do SL Benfica completamente em contrapé, Prijovic, à boca da baliza, fez o golo para os gregos: 1-0 para o PAOK, que estava agora na frente da eliminatória. A tarefa das águias estava agora mais difícil. Concentração pedia-se… Desde o início do jogo que o SL Benfica tinha noção da grande importância que tinha para a equipa marcar um golo fora e, sabendo que as oportunidades de golo poderiam não ser muitas, era imperativo ser eficaz nos momentos em que os encarnados tivessem a baliza de Paschalakis na mira. E foi mesmo isso que aconteceu. Aos 20 minutos, o SL Benfica conquista um pontapé de canto do lado direito do ataque. Pizzi tira o cruzamento e Jardel voa mais alto que todos os outros, cabeceando o esférico para o fundo da baliza grega. Golo do SL Benfica e a eliminatória estava agora, totalmente, empatada. Mas, no minuto 26, acontece um momento decisivo e algo caricato na partida. O guarda-redes do PAOK, que tinha sido um dos grandes destaques na partida de Lisboa, ao tentar evitar que a bola
saísse pela linha final, acabou por dominá-la para fora do seu alcance. Quem aproveitou foi Cervi que, oportuno, tentou driblar Paschalakis. Este já só conseguiu fazer falta dentro da grande área. Penálti claro a favorecer o emblema português que podia ser um momento de virada, não só no jogo, como na eliminatória. Salvio, encarregue da marcação, não tremeu. Atirou e a bola entrou na baliza, não sem antes ainda ter beijado o poste esquerdo. Estava consomada a reviravolta, obrigando o PAOK a fazer dois golos para passar. Os golos apareceram na altura ideal para o SL Benfica, tranquilizando a equipa, além de dar o controlo de jogo às águias. Agora, o ambiente no estádio era equiparável ao de uma biblioteca, congelado por dois golos sul-americanos. A partir daí, ninguém parou o SL Benfica. Foi o show de bola de Grimaldo e Cervi, numa jogada soberba de combinação entre os jogadores do corredor esquerdo dos encarnados, digna de ser vista e revista, que deixaram os gregos pregados ao chão, até chegar aos pés de Pizzi que, à entrada da área, rematou colocado. A eliminatória parecia agora estar no bolso dos lusos e jamais escapar. O resto da partida foi mais de controlo do que de espetacularidade, como só assim deveria ser. O PAOK nunca demostrou argumentos para levar de vencida esta equipa do SL Benfica, que ainda acabou por apontar o quarto golo, novamente através da marca de grande penalidade, o terceiro na eliminatória a favorecer o SL Benfica. Não só nesta eliminatória como também em toda a fase de qualificação, os encarnados fizeram por merecer um lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões e demostraram, sem margem para dúvidas, ser uma das trinta e duas melhores equipas da Europa, para além do décimo-quinto lugar no ranking. A eliminatória fechou com uns expressivos 5-2 favoráveis ao SL Benfica que, assim, recebeu, nos seus cofres, 43 milhões de euros com o apuramento. Agora, os olhos estarão colocados nos próximos adversários: Bayern Munique, Ajax e AEK. Uma vez mais, uma equipa grega estará no caminho do vice-campeão português.
#03 Setembro2018
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EUROPA SÓ DE IDA E VOLTA Jorge Nunes
Com uma sorte distinta da do SL Benfica estiveram SC Braga e Rio Ave, que foram eliminados na fase de qualificação da Liga Europa, neste caso, pelo FK Zorya e pelo Jagiellonia, respetivamente. om o Sporting CP já na fase de grupos, Rio Ave e SC Braga jogavam para, também eles, garantirem a sua presença na Liga Europa. Para tal, os vilacondenses teriam de derrotar três adversários, enquanto os minhotos jogariam contra dois emblemas. Mas, contra as expetativas, nem uma nem outra foram além do primeiro jogo, despedindo-se, precocemente, das competições europeias deste ano.
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JAGIELLONIA X RIO AVE Municipal de Bialystok, 26 de julho de 2018 2.ª Pré eliminatória – 1.ª mão O primeiro encontro do Rio Ave nesta campanha da Liga Europa levou a equipa portuguesa a Bialystok, para defrontar os polacos do Jagiellonia, que haviam terminado a temporada de 2017/2018 na segunda posição, atrás do campeão Legia. O conjunto agora orientado por José Gomes, depois da saída de Miguel Cardoso para o
Nantes, viu abandonar, também, várias peças que foram chave na temporada anterior, tais como, Pelé, João Novais, Francisco Geraldes, Hélder Guedes, Marcelo, Cássio, Bruno Teles, entre outros. Aos que ficaram, cabia-lhes superar as espectativas e um adversário que, no plano teórico, era inferior aos vilacondenses. O jogo não começou fácil para o Rio Ave… O Jagiellonia quis tirar partido do fator casa e começou por ser uma equipa atrevida e pressionante que, por várias vezes, pôs a baliza do georgiano Makaridze em perigo. Mas esse perigo iria culminar em golo para os polacos. No minuto 9, o central Jonathan Buato, reforço para esta temporada, falhou o timming de abordagem à bola e, involuntariamente, isolou Machaj, que não perdoou e fez o 1-0 para a equipa da casa. Uma vantagem que se percebia ser muito preciosa para o Jagiellonia, já que desde então nunca mais se preocuparam em atacar. Até ao final do encontro, só deu Rio Ave. A formação vilacondense teve inúmeras ocasiões claras de golo para conseguir levar da Polónia, pelo menos, o empate, mas nem a sorte, nem a eficácia sorriram aos rioavistas, na qual se podem contabilizar os remates de Bruno Moreira, apenas travados pelos postes.
#03 Setembro2018 O final da partida chegava e o resultado mantinhase inalterável. Apesar da vantagem favorável ao Jagiellonia, a sensação que pairava no ar era a de que o Rio Ave tinha sido muito superior. Acreditava-se e esperava-se que os portugueses fossem dar a volta ao contexto com mais ou menos dificuldade, passados oito dias, em Vila do Conde. RIO AVE X JAGIELLONIA Estádio dos Arcos, 2 de agosto de 2018 2.ª Pré eliminatória – 2.ª mão Este jogo foi uma das maiores provas de que os “se´s” não valem de nada no futebol. Jogo decisivo para a continuidade (ou não) do Rio Ave na Europa, esta temporada. O resultado trazido da primeira volta não era o mais favorável, mas a confiança dos adeptos vilacondenses era inabalável. A receita para a partida em casa era simples: manter o caudal ofensivo e os golos haveriam de chegar. A juntar a isso, tentar não sofrer. Porém, a história desta partida parecia tirada a papel químico do outro na Polónia. Começou por ser o Jagellonia a equipa mais perigosa e foi, novamente, a primeira a chegar ao golo no Estádio dos Arcos. O agregado passava para um 0-2 favorável aos polacos, o que dificultava em muito a vida para o conjunto luso. Mas, nem assim, os comandados de José Gomes baixaram os braços. Foi um resto de primeira parte extraordinária por parte da equipa rioavista. Encostou o Jagiellonia às cordas, como se diz na gíria, e conseguiu, em menos de quarenta e cinco minutos, marcar dois golos e ficar a apenas um de virar a eliminatória. Muito se deveu à inspiração do reforço Wenderson Galeno, que assinou mais uma extraordinária exibição. As oportunidades que o Rio Ave criava eram tantas e tão boas que havia uma fé inabalável na eventual chegada do terceiro golo. Bastava fazer cumprir a segunda parte da receita e a eliminatória estava segura. Na verdade, bastava fazer algo que… nunca aconteceu. No segundo tempo, com a busca incessante do terceiro golo, o Rio Ave concedeu bastante espaço na zona defensiva, permitindo aos polacos fazerem não mais um, nem mais dois, mas sim, mais três golos! Esse acabaria por ser o erro fatal da equipa portuguesa, já que esta também conseguiu apontar 4 golos nesta partida, o que seria mais que suficiente para passar a eliminatória… Se aquela bola tivesse entrado, se na primeira mão não tivesse sido oferecido um golo ao adversário, se não se tivessem dado tantos espaços. Tantos “se’s” e poucas certezas apenas ditaram a eliminação precoce da formação nortenha. Numa partida com oito golos, o Jagiellonia somou o empate (4-4) à vitória obtida na partida inicial (1-0), rumando à terceira pré eliminatória
da Liga Europa. Já o sonho do Rio Ave, clube que nunca esteve em vantagem na eliminatória, acabaria por terra, sem que a prestação europeia fosse digna de ser recordada no futuro. FK ZORYA X BRAGA Estádio Slavutych Arena, 9 de agosto de 2018 3.ª pré eliminatória – 1.ª mão Na eliminatória entre Zorya e SC Braga, os minhotos eram claros favoritos à passagem. Mas como, no futebol, os favoritismos não passam do plano teórico, era preciso fazer um trabalho bem feito para levar de vencida esta formação ucraniana. O forte conjunto orientado por Abel Ferreira estava a fazer, até ao momento, uma pré-temporada invejável e até havia quem apontasse o SC Braga à conquista do título de campeão nacional. Como tal, esperava-se que, com mais ou menos dificuldade, levasse de vencida esta modesta equipa do Zorya que, ainda assim, terminou o campeonato ucraniano na quarta posição, a mesma que o SC Braga em Portugal. O jogo comprovou o que já se esperava. O SC Braga a ser a equipa mais dominante, mais perigosa, e a pôr a débil equipa do Zorya em inúmeras situações de aperto. Mas, novamente, como parece que tem acontecido a todos os clubes portugueses, a estatística mais importante do jogo (os golos) não correspondeu em nada à diferença que se viu, em campo, entre ambas as equipas. Os minhotos marcaram primeiro, por Ricardo Horta, já dentro da segunda parte, mas, depois dessa vantagem, a formação portuguesa pareceu relaxar na partida, dando-a já como vencida. Tal relevar-se-ia como um erro fatal. Contra as expetativas, o Zorya aproveitou bem esse momento de desconcentração para fazer o golo do empate. O SC Braga ainda tentou reagir, mas já não foi a tempo. A partida terminava empatada a uma bola. Ficava tudo por decidir em Braga, onde se acreditava que os minhotos fossem, desta vez, conseguir vencer confortavelmente. BRAGA X FK ZORYA Municipal de Braga, 16 de agosto de 2018 3.ª pré eliminatória – 2.ª mão Jogo importante no Municipal de Braga, onde todos os bracarenses esperavam ver a sua equipa carimbar o passaporte para o play-off de acesso à fase de grupos da Liga Europa, onde o vencedor deste embate iria defrontar o RB Leipzig. A situação dos arsenalistas era a seguinte: empate a zero ou vitória garantiam o apuramento, qualquer outro resultado daria a eliminação. Como tal, bastava ao SC Braga controlar o jogo para se qualificar. Porém, mesmo parecendo fácil, não foi isto que aconteceu.
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Novamente o SC Braga entrou no jogo como se esperava: forte, perigoso e com vontade de ganhar. Ainda assim, o conjunto minhoto estava ciente de que o principal era mesmo não sofrer, tanto assim o foi que, o primeiro golo do jogo e do SC Braga, chegou já a meio da segunda parte, a dar vantagem aos minhotos e a obrigar o Zorya a ter de marcar dois golos ao SC Braga, em menos de meia hora. Diriam até os mais especialistas que isso era tarefa quase impossível para o emblema ucraniano. Mas, a par do que tinha acontecido na primeira mão, com o golo, assitiu-se a um relaxamento exagerado por parte da equipa de Abel Ferreira. A turma ucraniana aproveitou para empatar o jogo e, consequentemente, a eliminatória. E, apesar do SC Braga ter respondido da melhor maneira possível ao golo sofrido, marcando o segundo através de Ricardo Horta, parecia que a intranquilidade tinha tomado conta dos jogadores. Já nos últimos dez minutos de jogo, o balde de água fria chegou. Karavaev atirou a bola para o fundo da baliza de Matheus e colocava, pela primeira vez em 173 minutos, a equipa ucraniana mais perto da passagem. O conjunto minhoto via agora o tempo a passar ao dobro da velocidade. O nervosismo tomava conta dos jogadores e quem tirou mais partido disso foi o Zorya. A partida havia de terminar sem mais nenhuma alteração no placard. O SC Braga não teve tempo para fazer mais nenhum golo e, como tal, vê-se afastado das competições europeias numa fase ainda bastante precoce da competição. A maldição continuava. Ainda não seria desta que o SC Braga conseguia vencer frente a uma equipa vinda do campeonato ucraniano. Curiosamente, tanto o Jagiellonia Bialystok como o FK Zorya acabariam eliminados na ronda seguinte, por Gent e RB Leipzig, respetivamente, sem vencerem qualquer partida. Para a fase de grupos, apenas o RB Leipzig conseguiu juntar-se ao Sporting CP.
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Mercado de Transferências Muitos consideram o Verão como sendo a melhor estação do ano. Alguns justificam essa afirmação com as temperaturas altas e o sol. Outros, afirmam que é a melhor altura do ano pelo simples facto de não haver aulas ou ser uma altura perfeita para marcar umas férias. No entanto, existe outro motivo que consolida o Verão como a melhor altura do ano: O Mercado das Transferências.
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Não é possível haver competição de alto nível no que diz respeito ao futebol 365 dias por ano, para o desagrado dos amantes da modalidade. Porém, o período de tempo no qual as equipas podem fazer as alterações necessárias para reforçar ou remodelar os seus plantéis, é uma boa maneira de não ficar totalmente desconectado do futebol. As grandes transferências, as mudanças inesperadas, os inúmeros rumores e as surpresas são algumas das características que tornam cada Mercado das Transferências imperdível, a cada ano. Jonathan Pertzborn
qui iremos realizar uma inspeção rigorosa do futebol de cá de dentro, mais propriamente na Liga NOS, a principal competição nacional de clubes. Apesar de muitos apreciadores do futebol português e internacional apelarem por um maior nível de competitividade no futebol nacional, o debate tradicional no início de cada temporada mantém-se: quem será o campeão nacional? FC Porto, SL Benfica ou Sporting CP? Os três grandes aparentam, uma vez mais, apresentar superioridade relativamente às outras equipas que militam no principal escalão do futebol português. Apesar disso, existe sempre uma segunda linha deste dito debate, que envolve o SC Braga, o Vitória SC, entre outros emblemas, e a maneira
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como estes podem fazer frente aos “três grandes”. O mercado é sempre um grande fator neste debate, com base nas transferências e nas mudanças que cada clube fez para tentar melhorar a sua prestação relativamente à temporada passada. Começam-se a formar as primeiras previsões da classificação de cada emblema no final da temporada 2018/2019. Quem irá lutar pelo título? Quem lutará pelos lugares que dão acesso às competições europeias, quem terá uma temporada tranquila e quem irá lutar para ficar acima da tão temida linha de água? Para se descobrir ou tentar fazer previsões para responder as estas questões, é importante conhecer os clubes e as suas armas. Neste artigo, iremos analisar as entradas e saídas de jogadores de cada equipa da Liga NOS durante o Mercado de Verão e o impacto que estas poderão causar no decorrer da temporada.
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FC PORTO Dragão galardoado com vista ao BI Campeão Nacional 2017/2018, o FC Porto é o alvo a abater para esta nova temporada. A equipa orientada por Sérgio Conceição teve, à partida, para este mercado, a tradicional difícil tarefa de manter os jogadores que foram fundamentais na conquista do título. Junto com alguns já mencionados anteriormente, viu sair dois elementos importantes da defesa: o lateral direito Ricardo Pereira (Leicester) e o defesa central Iván Marcano (Roma), jogadores cuja qualquer eventual ausência na temporada transata, causou dores de cabeça para o treinador campeão nacional, que teve de preencher as lacunas deixadas por estes dois defesas. Entretanto, saíram outros elementos da defesa: Diogo Dalot (Manchester United) e Boly (Wolverhampton) deixaram em definitivo o plantel dos dragões e rumaram a Inglaterra, Miguel Layún juntou-se ao Villarreal depois de um par de anos com o seu lugar incerto no plantel, Diego Reyes rumou ao Fenerbahçe e Osorio não constava nos planos do técnico, juntando-se, por empréstimo, ao Vitória SC. Para atingir consistência e sucesso no futebol, é importante começar pela defesa, sendo esta um setor fundamental de qualquer equipa. Mediante as saídas que se registaram no plantel, era necessário introduzir caras novas, e foi isso que o FC Porto fez. Chancel Mbemba é o primeiro nome que surge nesta lista de defesas contratados pelos dragões. Forte, possante e com experiência de Premier League ao serviço do Newcastle United, o jogador natural da Républica Democrática do Congo, de 24 anos, atua no centro da defesa e pode vir a ser uma peça importante na luta pelo bicampeonato. No entanto, Mbemba apresenta um historial de lesões que pode vir a ser preocupante. Durante o seu percurso no Newcastle, Mbemba viu-se obrigado a parar quatro vezes durante um alargado período de tempo, sendo que, a mais recente, é a que lhe tem causado mais problemas (lesão no joelho). O reforço portista já falhou quatro jogos oficiais do FC Porto e está, neste momento, longe de ser um elemento regular na defesa portista. Para o eixo defensivo chegou também Éder Militão, o nome que mais entusiasmo trouxe aos adeptos do clube da cidade invicta. Com apenas 20 anos de idade, Militão já foi elogiado pelo novo treinador, que afirmou que o brasileiro pode atuar em três posições diferentes: defesa central, lateral direito e médio defensivo. Jogador versátil mas, ao mesmo tempo, inexperiente, sendo essa a razão pela qual o treinador do FC Porto ainda não tenha concebido a oportunidade ao ex-jogador do São Paulo. Com a defesa renovada, juntando a adição ainda de Diogo Leite, das camadas jovens do clube, o setor defensivo parece estar no caminho certo para atingir solidez e sucesso. No que toca ao ataque, André Pereira regressou após uma temporada emprestado ao Vitória FC. Depois de uma época a jogar futebol de primeira liga, o avançado português entrou com o pé direito na nova época, aparentando ser aposta de Sergio Conceição para se juntar a Brahimi e Aboubakar no ataque azul e branco. Outro jogador que apenas captou a atenção dos adeptos do clube na sua estreia foi Marius. Marcou na estreia, frente ao Desp. Chaves, mas deverá continuar a crescer na equipa B.
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Saídas
Chancel Mbemba - Newcastle United (8M) Éder Militão - São Paulo (4M) João Pedro - Palmeiras (4M) Saidy Janko - Saint-Étienne (3M) Marius - Coton Sport de Garoua André Pereira - Vitória FC (fim de empréstimo) Adrián Lopez - Deportivo (fim de empréstimo) Jorge - Mónaco (empréstimo) Bazoer - Wolfsburgo (empréstimo)
Ricardo Pereira - Leicester (22M) Diogo Dalot - Manchester United (22M) Willy Boly - Wolverhampton Wanderers (12M) Miguel Layún - Villarreal (4M) Gonçalo Paciência - Frankfurt (3M) Hyun-jun Suk - Troyes (2M) Iván Marcano - AS Roma (custo zero) Diego Reyes - Fenerbahçe (custo zero) André André - Vitória SC (custo zero) João Carlos Teixeira - Vitória SC (custo zero) Galeno - Rio Ave (empréstimo) Majeed Waris - FC Nantes (empréstimo) Yordan Osorio - Vitória SC (empréstimo) Ewerton - Portimonense (empréstimo) Zé Manuel - Santa Clara Paulinho - Portimonense Mikel Agu - Vitória FC (empréstimo) Saidy Janko - Nottingham Forest (empréstimo) José Sá - Olympiacos (empréstimo)
Destaques
Entradas
Éder Militão
Bazoer
Data de Nascimento:18/01/1998 (20 anos) Data de Nascimento:12/10/1996 (21 anos) Altura: 186 cm Altura: 184 cm Nacionalidade: Brasileira Nacionalidade: Holandesa Posição: Defesa Central/Lateral Direito Posição: Médio Defensivo Pé preferêncial: Direito Pé preferêncial: Direito Clube anterior: São Paulo (Brasil) Clube anterior: Wolfsburgo (Alemanha)
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SL Benfica jovens na reconquista do trono Após quatro anos seguidos a vencer o campeonato, o SL Benfica viu o troféu fugir em 2018. Depois de uma temporada sem troféus, cabe a Rui Vitória e companhia relançar a corrida para novas conquistas. Para isso, era necessário reforçar alguns setores da equipa, que se revelaram frágeis no ano transato. A falta de concorrência para o lado direito da defesa, ocupado por André Almeida, a falta de confiança de Bruno Varela em alguns jogos e as falhas defensivas que custaram jogos foram aspetos de preocupação que tinham de ser remendados à partida para a nova temporada. Ao contrário do que vinha ocorrendo, o SL Benfica conseguiu manter a estrutura base, vendendo apenas Raúl Jimenez para o Wolverhampton, encaixando boas vendas com jogadores que se encontravam emprestados. Ainda assim, e como já foi referenciado, existiam espaços no plantel que eram necessários preencher. Para o ataque, foi contratado o internacional chileno, Nicolás Castillo, ao UNAM Pumas por 6,85 milhões de euros. Com faro pelo golo, o chileno joga bem de costas para a baliza e, depois de alguns jogos de adaptação ao estilo de jogo dos encarnados, poderá vir a causar impacto na Liga NOS. Para fazer lhe concorrência, juntou-se, ainda, Facundo Ferreyra. O argentino veio a custo zero dos ucranianos do Shakhtar e foi visto, inicialmente, pelos adeptos do SL Benfica, como uma contratação bastante promissora. Com seis jogos até ao momento, o avançado de 27 anos marcou por uma vez, mostrando ser um jogador que contribui para as transições ofensivas com movimentos fora de área, por vezes atraindo os defesas contrários e libertando espaço para os extremos. Mas é o meio-campo que entusiasma de momento os adeptos encarnados, com dois “reforços” diretos da formação do clube, que aparentam complicar as contas dos atuais médios do SL Benfica e dos reforços. Gedson Fernandes e João Félix, de 19 e 18 anos respetivamente, foram duas das apostas de Rui Vitória para a pré-temporada e, rapidamente, justificaram o porquê. Gedson tem cativado os adeptos com as suas exibições. O meio-campo formado por Fejsa, Pizzi e Gedson tem funcionado na perfeição, com Pizzi a libertar-se mais e a encontrar a sua veia goleadora. Com isto, muitas pessoas têm-se vindo a questionar o papel dos restantes médios do plantel do SL Benfica e a admirar a profundidade do mesmo. Samaris e Krovinovic (lesionado) são outros jogadores que esperam por uma oportunidade do técnico benfiquista, juntando-se Gabriel e Alfa Semedo, com características que também poderão justificar um lugar no onze, tendo o último já provado que pode encaixar na perfeição no estilo de jogo dos encarnados, apesar da forte concorrência de Fejsa. Na defesa, André Almeida enfrenta a concorrência dos dois novos reforços Tyronne Ebuehi e Sébastien Corchia, jogadores que apresentaram recentemente lesões, que têm adiado as suas estreias de águia ao peito. Yuri Ribeiro, com 21 anos, é mais uma aposta da formação para o lugar que é ocupado por Grimaldo. Conti e Lema, defesas centrais argentinos, entraram para aumentar o número de escolhas no centro da defesa. Para a baliza chegou o internacional alemão pelas camadas jovens Odysseas Vlachodimos. Jogo após jogo, o guardião de 24 anos procura executar a tarefa que se aproxima do impossível: fazer esquecer Ederson, o atual guarda-redes do Manchester City.
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Saídas
Gabriel - Legánes (10M) Nicolás Castillo - UNAM Pumas (6,85M) Germán Conti - Colón (3,5M) Odysseas Vlachodimos - Panathinaikos (2,43M) Alfa Semedo - Moreirense (2M) Sébastien Corchia - Sevilha (empréstimo) Tyronne Ebuehi - ADO Den Haag (custo zero) Facundo Ferreyra - Shakhtar Donetsk (custo zero) Cristian Lema - Belgrano (custo zero)
João Carvalho - Nottingham Forest (15M) André Horta - Los Angeles FC (5,7M) Bryan Cristante - Atalanta (5M) João Amaral - Lech Poznan (1,5M) Pedro Nuno - Moreirense (custo zero) Raúl Jimenez - Wolverhampton (empréstimo) Lisandro López - Génova (empréstimo) Talisca - Guangzhou Evergrande (empréstimo) André Carrillo - Al Hilal (empréstimo) Diogo Gonçalves - Nottingham Forest (empréstimo) Oscar Benítez - Argentinos (empréstimo) Salvador Agra - Cádiz (empréstimo) Chiquinho - Moreirense (custo zero) Patrick - Santa Clara Eliseu - sem clube
Destaques
Entradas
Nicolás Castillo
Odysseas Vlachodimos
Data de Nascimento:14/02/1993 (25 anos) Data de Nascimento:26/04/1994 (24 anos) Altura: 179 cm Altura: 191 cm Nacionalidade: Chilena Nacionalidade: Grega/Alemã Posição: Ponta de Lança Posição: Guarda-Redes Pé preferêncial: Direito Pé preferêncial: Direito Clube anterior: UNAM Pumas (México) Clube anterior: Panathinaikos (Grécia)
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Sporting cp Rugido de Leão afugenta crise Os últimos meses não têm sido fáceis para os adeptos do Sporting CP. As saídas do plantel, algumas a custo zero, provocaram grandes mudanças na equipa, relativamente à temporada anterior. Com um clima algo instável e com incerteza em relação às eleições, a missão do Sporting CP, e do presidente temporário Sousa Cinta, residia em desligar-se destes desacatos e atacar o mercado de transferências, para conseguir preencher os buracos que se abriram com as saídas de jogadores fundamentais como Gelson Martins, William Carvalho, Rui Patrício ou Piccini. Depois destas saídas, algumas levadas ao tribunal da FIFA por supostas irregularidades, tornou-se obrigatório recrutar jogadores para todas as posições, construindo um plantel capaz de competir pelo título da Liga NOS, tendo ainda a Liga Europa pela frente. Após a saída de Rui Patrício, ficou a faltar uma presença constante e segura na baliza mas, acima de tudo, um líder, características que o Sporting viu em Viviano e Nani. O guarda-redes italiano conta com passagens por emblemas de primeiro escalão do futebol italiano e, ainda, adquire a experiência necessária para a baliza, enquanto que Nani já conquistou os adeptos leoninos mais do que uma vez na sua carreira, com passagens pelo Sporting CP de 2003 a 2007 e na temporada de 2014/2015. Tratando-se de um jogador experiente, veloz, bom com os dois pés e inteligente, Nani pode ser decisivo no relançar do Sporting CP na luta pelo título. No meio-campo, Sturaro e Gudelj vieram por empréstimo. Dois jogadores que gostam de ter bola no pé e fazer a equipa jogar, especialmente o primeiro. Emprestado pela Juventus, Sturaro pode vir a acrescentar um pouco de futebol italiano ao meio-campo do Sporting CP, sabendo como e quando controlar o ritmo de jogo, com um acerte de passe que pode vir a fazer esquecer o internacional português, William Carvalho. A nível ofensivo, o técnico José Peseiro conta com várias opções novas, com Luc Castaignos a aparentar manter-se, esta temporada, no plantel do Sporting, após um empréstimo mal sucedido ao Vitesse. O emblema leonino conta ainda com a jovem promessa que tem deixado entusiasmados os apoiantes do clube: Jovane Cabral. Juntamente com Bas Dost e, ainda o reforço proveniente do Club Brugge, Abdoulaye Diaby, José Peseiro terá uma agradável dor de cabeça na hora de escolher o onze inicial e de efetuar alterações durante o decorrer das partidas.
#03 Setembro2018
Saídas
Raphinha - Vitória SC (6,5M) Abdoulay Diaby - Club Brugge (5M) Bruno Gaspar - Fiorentina (4,5M) Emiliano Viviano - Sampdoria (2M) Nani - Valência (custo zero) Marcelo - Rio Ave (custo zero) Stefano Sturaro - Juventus (empréstimo) Nemanja Gudelj - Guangzhou Evergrande (empréstimo) Renan Ribeiro - Estoril (empréstimo) Jefferson - Braga (fim de empréstimo) Luc Castaignos - Vitesse (fim de empréstimo) Carlos Mané - Estugarda (fim de empréstimo)
William Carvalho - Bétis (20M) Cristiano Piccini - Valência (8M) Tobias Figueiredo - Nottingham Forest (2,3M) Héldon - Taawon (250mil) Rui Patrício - Wolverhampton (custo zero) Gelson Martins - Atlético Madrid (custo zero) Lukas Spalvis - Kaiserslautern (custo zero) Seydou Doumbia - Girona (custo zero) Bryan Ruíz - Santos (custo zero) Rafael Leão - Lille (custo zero) Daniel Podence - Olympiacos (custo zero) Simeon Slavchev - Qarabag João Palhinha - Braga (empréstimo) Domingos Duarte - Deportivo (empréstimo) Francisco Geraldes - Frankfurt (empréstimo) Pedro Silva - Tondela (empréstimo) André Geraldes - Sporting Gijon (empréstimo) Jonathan Silva - Leganés (empréstimo) Fábio Coentrão - Real Madrid (fim de empréstimo) Mattheus Oliveira - Vitória SC (empréstimo) Matheus Pereira - Nuremberga (empréstimo) Ryan Gauld - Farense (empréstimo)
Destaques
Entradas
Nani
Raphinha
Data de Nascimento:17/11/1986 (31 anos) Data de Nascimento:14/12/1996 (21 anos) Altura: 177 cm Altura: 176 cm Nacionalidade: Portuguesa/Cabo-Verdiana Nacionalidade: Brasileira/Italiana Posição: Extremo Posição: Extremo Pé preferêncial: Ambos Pé preferêncial: Esquerdo Clube anterior: Valência (Espanha) Clube anterior: Vitória SC
Futebol total
SC Braga Guerreiros na invasão ao pódio Depois de uma temporada 2017/2018 que dificilmente poderia ter corrido melhor, que só pecou por alguns resultados menos positivos nos últimos meses do campeonato, a equipa treinada por Abel Ferreira mostrou que ambiciona ser mais do que um “quarto grande”. Com vinte e quatro vitórias em trinta e quatro jogos, acabando apenas três pontos abaixo do terceiro classificado, Sporting CP, os Guerreiros do Minho entram para a nova temporada com o objetivo de repetir o feito do ano passado, com a possibilidade de “assaltar” o pódio nacional. As contratações que o SC Braga oficializou para a temporada de 2018/2019 provam isso mesmo. Depois de uma temporada bem conseguida e com prestações positivas jornada após jornada, Bruno Viana assinou em definitivo pelo emblema minhoto, após empréstimo ao Olympiacos. Os bracarenses nem esperaram pelo final do ano para assegurar um peça fundamental da sua defesa. No meio-campo, o técnico Abel Ferreira pode contar com o médio que brilhou ao serviço do Rio Ave, João Novais. Não é só devido aos seus livres hipnotizantes, como também pela sua calma e visão de jogo, encaixando que nem uma luva no sistema de Abel, sendo assim um substituto ideal para André Horta. Depois de uma temporada de afirmação no emblema vilacondense, o português já provou trazer golos e assistências na sua bagagem. Para além de João Novais, João Palhinha, Eduardo e o experiente Claudemir irão concorrer por um lugar no meio-campo do seu novo clube. O médio emprestado pelo Sporting teve um bom início de temporada, aparentando ser ele que irá ocupar o lugar no lugar mais recuado do meio-campo. Na sua estreia como titular, frente ao Desportivo das Aves, apontou um dos golos da vitória, conquistando o prémio de melhor em campo. Claudemir, que chegava com experiência europeia, terá de se contentar apenas com as competições nacionais, depois da eliminação precoce na Liga Europa. No setor mais ofensivo, Murilo, proveniente do Barra FC, depois de uma temporada de grande nível ao serviço do CD Nacional, por empréstimo, na Segunda Liga portuguesa, vai ganhando, aos poucos, a confiança do seu treinador. Para já, tem em mãos a função de fazer esquecer Nikola Stojiljkovic, que se tranferiu para Estrela Vermelha, por empréstimo, onde jogará a Liga dos Campeões. Já perto do fecho, o médio defensivo Nikola Vukcevic, várias vezes apontado ao Sporting CP, acabou por forçar a saída para o Levante. Juntando a Danilo, para o Nice, e Pedro Tiba, para o Lech Poznan, os minhotos arrecadaram cerca de 20 milhões de euros com a venda de três médios. Apenas concentrado nas competições, o SC Braga não deverá tanta fadiga como os três grandes, tendo de ser, quase obrigatoriamente, incluído como um dos candidatos ao título, à semelhança do ocorrido na temporada de 2009/2010, onde alcançaram o segundo lugar e um lugar na Liga dos Campeões.
#03 Setembro2018
Saídas
Bruno Viana - Olympiacos (3M) João Novais - Rio Ave (1,5M) Eduardo - Estoril (1,2M) Claudemir - Al Ahli (custo zero) Murilo - Barra FC Pablo Santos - Marítimo João Palhinha - Sporting (empréstimo) Aílton - Estugarda (empréstimo) Assis - Paços de Ferreira (fim de empréstimo) Tiago Dias - Milan (empréstimo)
Danilo - Nice (10M) Nikola Vukcevic - Levante (8,9M) Pedro Tiba - Lech Poznan (1M) Joca - Rio Ave Artur Jorge - Vitória FC Nikola Stojiljkovic - Estrela Vermelha (empréstimo) Marko Bakic - Mouscron (empréstimo) Alef - AEK Atenas (empréstimo) Ahmed Hassan - Olympiacos (empréstimo) Andrej Lukic - Apollon Smyrnis (empréstimo) Jefferson - Sporting (fim de empréstimo) João Carlos Teixeira - Porto (fim de empréstimo) André Horta - Benfica (fim de empréstimo) Mauro - fim de carreira
Destaques
Entradas
João Novais
João Palhinha
Data de Nascimento:10/07/1993 (25 anos) Data de Nascimento:09/07/1995 (23 anos) Altura: 180 cm Altura: 189 cm Nacionalidade: Portuguesa Nacionalidade: Portuguesa Posição: Médio Centro Posição: Médio Defensivo Pé preferêncial: Direito Pé preferêncial: Direito Clube anterior: Rio Ave Clube anterior: Sporting
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Destaque
Rio Ave
Fábio Coentrão Data de Nascimento:11/03/1988 (30 anos) Altura: 179 cm Nacionalidade: Portuguesa Posição: Lateral Esquerdo Pé preferêncial: Esquerdo Clube anterior: Sporting (empréstimo)
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Saídas
Miguel Rodrigues - Panetolikos (custo zero) Buatu - Beveren (custo zero) Damien Furtado - ARS Martinho (custo zero) Bruno Moreira - Paços de Ferreira (custo zero) Afonso Figueiredo - Rennes (custo zero) Matheus Reis - São Paulo Nikola Jambor - KSC Lokeren Toni Borevkovic - NK Rudes Joca - Braga Galeno - Porto (empréstimo) Murilo - Mirassol (SP) (empréstimo) João Schmidt - Atalanta (empréstimo) Vinícius Morais - Nápoles (empréstimo) Junio - Internacional (empréstimo) Léo - Grémio (empréstimo) Rafa - Vilaverdense (fim de empréstimo) Jaime Pinto - Merelinense (fim de empréstimo) Ronan - Varzim (fim de empréstimo) Vitó - Covilhã (fim de empréstimo) José Postiga - Felgueiras (fim de empréstimo) Fábio Coentrão - Real Madrid (custo zero) Paulo Vítor - Varzim
Pelé - Mónaco (10M) João Novais - Braga (1,5M) Hélder Guedes - Al-Dhafra SCC (custo zero) Rui Vieira - Arouca (custo zero) Marcelo - Sporting (custo zero) Cássio - Taawon (custo zero) Bruno Teles - Paços de Ferreira (custo zero) Lionn - sem clube Pedro Moreira - sem clube Yuri Ribeiro - Benfica (fim de empréstimo) Marcão - Atlético-PR (fim de empréstimo) Francisco Geraldes - Sporting (fim de empréstimo) Óscar Barreto - Millonarios (fim de empréstimo)
#03
Setembro2018
Destaque
Desp. Chaves
Avto Data de Nascimento:03/10/1991 (26 anos) Altura: 176 cm Nacionalidade: Georgiano Posição: Extremo Esquerdo Pé preferêncial: Esquerdo Clube anterior: Académico FC
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Saídas
Filipe Brigues - UD Leiria (custo zero) Gevorg Ghazaryan - Marítimo (custo zero) Luís Martins - Granada (custo zero) Avto - Académico FC (custo zero) Marcão - Atlético-PR João Paredes - Vizela João Teixeira - Benfica Niltinho - São Caetano Bruno Gallo - Qatar SC André Luís - Figueirense
Davidson - Vitória SC (800mil) Patrão - Estoril (custo zero) Pedro Queirós - Estoril (custo zero) Rafael Furlan - Estoril (custo zero) Emanuel Novo - Varzim David Mora - Farense (empréstimo) Matheus Pereira - Sporting (fim de empréstimo) Domingos Duarte - Sporting (fim de empréstimo) Pedro Tiba - SC Braga (fim de empréstimo) Jorginho - Saint-Étienne (fim de empréstimo)
Futebol total
Destaque
Marítimo
Danny Data de Nascimento:07/08/1983 (35 anos) Altura: 178 cm Nacionalidade: Portuguesa/Venezuelana Posição: Médio Ofensivo Pé preferêncial: Ambos Clube anterior: Slavia Praga (Rep. Checa)
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Saídas
Josip Vukovic - Olimpik Donetsk (custo zero) Abdullah Al-Jawaey - OC Médine (custo zero) Danny - Slavia Praga (custo zero) Marcão - Treze FC Leandro Barrera - All Boys Lucas Áfrico - Londrina-PR Nikolaos Ioannidis - Diósgyör
Fábio Pacheco - Moreirense (custo zero) Gevorg Ghazaryan - Chaves (custo zero) Piqueti - Varese (custo zero) Éber Bessa - Vitória FC (custo zero) Filipe Oliveira - Famalicão (custo zero) Donald Djousse - Académica Pablo Santos - SC Braga Diney Borges - Estoril Alhassane Keita - Belenenses Erdem Sen - sem clube Adul Seidi - sem clube Gildo Vilanculos - Amora (empréstimo) Coronas - Cova da Piedade (empréstimo) Luís Martins - Granada (fim de empréstimo) Erdem Sen - Ankaragücü
#03
Setembro2018
Destaque
Boavista
Helton Leite Data de Nascimento:02/11/1990 (27 anos) Altura: 196 cm Nacionalidade: Brasileiro Posição: Guarda Redes Pé preferêncial: Direito Clube anterior: São Caetano (empréstimo)
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Saídas
Yusupha Njie - FUS Rabat (400mil) Rafael Bracali - Arouca (custo zero) Raphael Silva - Goiás EC (custo zero) Rafa Lopes - Omónia Nicósia (custo zero) Nwankwo Obiora - APO Levadiakos (custo zero) Rafael Costa - Red Bull André Claro - Estoril Frederico Falcone - Aves Helton Leite - Botafogo Matheus Índio - Estoril (empréstimo) Neris - Barra FC (empréstimo) Idé Colubali - Cinfães (fim de empréstimo) Ronald - Internacional
Raphael Rossi - FC Sion (1M) Renato Santos - Málaga CF (750mil) Nuno Henrique - Pafos FC (custo zero) Vítor Bruno - Feirense (custo zero) Ricardo Clarke - Nacional Asunción (custo zero) Tiago Mesquita - Feirense (custo zero) André Bukia - Arouca Robson - Bani Yas Abu Dhabi (empréstimo) Kuca - sem clube Iván Bulos - O´Higgins (fim de empréstimo) Vagner - Mouscron (fim de empréstimo) Rui Pedro - FC Porto (fim de empréstimo) Leonardo Ruíz - Sporting (fim de empréstimo)
Futebol total
Destaque
Vitória SC
Davidson Data de Nascimento:05/03/1991 (27 anos) Altura: 177 cm Nacionalidade: Brasileira Posição: Extremo Pé preferêncial: Direito Clube anterior: GD Chaves
Entradas
Saídas
Davidson - Chaves (800mil) Alexandre Guedes - Aves (700mil) Ola John - Benfica (custo zero) Wei Huang - Leixões (custo zero) João Carlos Teixeira - Porto (custo zero) André André - Porto (custo zero) Rafa Soares - Portimonense Florent - Belenenses Frederico Venâncio - Vitória FC Pêpê - Benfica (empréstimo) Dodô - Shakhtar (empréstimo) Yordan Osorio - Porto (empréstimo) Tozé - Moreirense (fim de empréstimo) Mattheus Oliveira - Sporting (empréstimo)
Raphinha - Sporting (6,5M) Ghislain Konan - Reims (4M) Paolo Hurtado - Konyaspor (1,5M) Rafael Martins - Greentown (1,25M) João Aurélio - Moreirense (custo zero) Fábio Sturgeon - Feirense Rafael Miranda - sem clube Moreno - Fim de Carreira Marcos Valente - Paços de Ferreira (empréstimo) João Vigário - Estoril (empréstimo) Kiko - Estoril (empréstimo) Héldon - Sporting (fim de empréstimo) Jubal - Arouca (fim de empréstimo) Mattheus Oliveira - Sporting (fim de empréstimo)
#03
Setembro2018
Destaque
Portimonense
Jackson Martínez Data de Nascimento:03/10/1986 (31 anos) Altura: 185 cm Nacionalidade: Colombiana Posição: Ponta de Lança Pé preferêncial: Direito Clube anterior: Guangzhou Evergrande
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Saídas
Nedeljko Stojisic - FK BASK Belgrad Guilherme Lazaroni - Figueirense Taofiq Jibril - Vila Real Paulinho - Porto Rafael Barbosa - Sporting (empréstimo) Ewerton - Porto (empréstimo) Pepê - Flamengo (empréstimo) Jean Felipe - Varzim (fim de empréstimo) Chidera Ezeh - Porto (fim de empréstimo) Vítor Tormena - Gil Vicente (empréstimo) Jackson M. - Guangzhou Evergrande (empréstimo) Matheus Jesus - Estoril (empréstimo) Jubal - Arouca (empréstimo) Lucas Fernandes - São Paulo (empréstimo)
Fabrício - Urawa Reds (5M) Isaac Boakye - Montijo (custo zero) Edward Sarpong - Montijo (custo zero) Rafa Soares - Vitória SC Rui Costa - FC Porto Gustavo - Estoril (empréstimo) Fernandinho - Penafiel (empréstimo) Pires - Penafiel (empréstimo) Carlos Henriques - Paços de Ferreira (empréstimo) Buba - sem clube Ricardo Pessoa - Fim de carreira Galeno - FC Porto (fim de empréstimo) Inácio - FC Porto (fim de empréstimo) Fede Varela - FC Porto (fim de empréstimo) Jean Felipe - Académica (empréstimo)
Futebol total
Destaque
Tondela
Chicho Arango Data de Nascimento:09/03/1995 (23 anos) Altura: 178 cm Nacionalidade: Colombiana Posição: Segundo Avançado Pé preferêncial: Direito Clube anterior: Desp. Aves (empréstimo)
Entradas
Saídas
João Reis - Santa Clara (custo zero) Patrick - Felgueiras (custo zero) Jhon Murillo - Benfica Xavier - Paços de Ferreira Diogo Silva - Camacha Chicho Arango - Benfica (empréstimo) João Mendes - Oliveirense (empréstimo) Pedro Silva - Sporting (empréstimo) Sergio Peña - Granada (empréstimo) Pablo Sabbag - Deportivo Cali (empréstimo) João Jaquité - Lusitano FCV (fim de empréstimo) Miguel Batista - Nogueirense (fim de empréstimo)
Yordan Osorio - FC Porto (1,80M) Heliardo - Arouca (custo zero) Ruca - Mafra (custo zero) Ricardo Janota - Mafra (custo zero) Nick Ansell - Melbourne (custo zero) Diogo Abdul - SC Penalva do Castelo (custo zero) Sulley Muniru - Malatyaspor (custo zero) Harramiz - Mafra (custo zero) Boubakary Diarra - Rieti Ricardo Moura - Académica Júnior Pius - Paços de Ferreira Mário Silva - sem clube Claude Gonçalves - sem clube Adílio Varela - Mirandela (empréstimo) João Vasco - Castelo Branco (empréstimo) Tyler Boyd - Vitória SC (fim de empréstimo) Pedro Nuno - Benfica (fim de empréstimo) Murilo - Mirassol (fim de empréstimo) Joca - SC Braga (fim de empréstimo) Claude Gonçalves - Troyes Miguel Cardoso - Dinamo Moscovo
#03
Setembro2018
Destaque
Belenenses SAD
Zakarya Berdich Data de Nascimento:07/01/1989 (29 anos) Altura: 174 cm Nacionalidade: Marroquino Posição: Lateral Esquerdo Pé preferêncial: Esquerdo Clube anterior: FC Sochaux (França)
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Saídas
Pierre Sagna - Moreirense (custo zero) Nuno Coelho - Arouca (custo zero) Luís da Silva - Stoke City (custo zero) Zakarya Bergdich - FC Sochaux (custo zero) Matija Ljujic - Wellington (custo zero) Mika - UD Leiria (custo zero) Alhassane Keita - Marítimo Guilherme Oliveira - Sporting B Reinildo Mandava - Benfica Kikas - Castelo Branco (empréstimo) Jonatan Lucca - Pune City André Santos - sem clube Dálcio - Benfica (empréstimo) Henrique Almeida - Grémio (empréstimo) Eduardo Henrique - Coimbra-MG (empréstimo) Gonçalo Tavares - Oriental (fim de empréstimo) Salo - 1ºDezembro (fim de empréstimo) Adélcio Varela - CF União (fim de empréstimo)
Maurides - CSKA Sofia (300 mil) Ricardo Fernandes - Famalicão (custo zero) Tiago Duque - Amora FC (custo zero) Robert Ahman-Persson - Sirius (custo zero) Florent - Vitória SC Tiago Silva - Feirense Femi Balogun - Gaziantep FK Komnen Andric - Inter Zapresic André Sousa - Real Sporting Gijón (empréstimo) Filipe Mendes - Real SC (empréstimo) Benny - Benfica B (empréstimo) Betinho - Lusitânia FC Lourosa (empréstimo) Bouba - sem clube Yazalde - sem clube Hassan Yebda - sem clube Bruno Pereirinha - sem clube André Moreira - Atlético Madrid (fim de empréstimo) Nathan - Chelsea (fim de empréstimo) Marko Bakic - SC Braga (fim de empréstimo)
Futebol total
Destaque
Desp. AVES
Carlos Ponck Data de Nascimento:13/01/1995 (23 anos) Altura: 183 cm Nacionalidade: Cabo-Verdiana Posição: Defesa Central Pé preferêncial: Direito Clube anterior: Benfica
Entradas
Saídas
Fabio - Taubaté-SP (custo zero) Issam El Adoua - Al-Dhafra SCC (custo zero) Maringá - Pinhalnovense Michel Douglas - Alagoano Quentin Beunardeau - FC Metz Ponck - Benfica Mama Baldé - Sporting (empréstimo) Vítor Costa - Inter de Lages (empréstimo) Bura - Oriental (empréstimo) Rúben Oliveira - Vitória SC (empréstimo) Ricardo Mangas - Mirandela (fim de empréstimo) Marco Pinto - Canelas 2010 (fim de empréstimo) Luquinhas - Vilafranquense (fim de empréstimo) Mato Milos - Benfica André Ferreira - Benfica (empréstimo) Bruno Gomes - Estoril (empréstimo)
Alexandre Guedes - Vitória SC (700mil) Erivaldo - Leixões (custo zero) Pedró - Arouca (custo zero) Frederico Falcone - Boavista Adriano Facchini - OC Médine Youssouf - Real SC Paulo Machado - sem clube Yaya Bamba - sem clube Fernando Tissone - sem clube Artur Moraes - sem clube Quim - fim de carreira Abdoulaye Diallo - sem clube Sami - sem clube Renato Reis - sem clube Maringá - Beira-Mar (empréstimo) Chicho Arango - Benfica (fim de empréstimo) Ryan Gauld - Sporting (fim de empréstimo) Paulo Machado - Mumbai FC
#03
Setembro2018
Destaque
Vitória FC
Rúben Micael Data de Nascimento:19/08/1986 (32 anos) Altura: 176 cm Nacionalidade: Portuguesa Posição: Médio Ofensivo Pé preferêncial: Direito Clube anterior: Paços de Ferreira
Entradas
Saídas
Nuno Valente - Arouca (custo zero) Rúben Micael - Paços de Ferreira (custo zero) Mano - Estoril (custo zero) Milton Raphael - AA Portuguesa (custo zero) Luis Cortez - Trofense (custo zero) Éber Bessa - Marítimo (custo zero) Frédéric Mendy - Bangkok Glass (custo zero) Zequinha - ATK Kermit Erasmus - AFC Eskilstuna Hildeberto - Legia Varsóvia Artur Jorge - SC Braga Alex - Salernitana Joel Pereira - Manchester United (empréstimo) Gustavo Cascardo - Atlético-PR (empréstimo) Jhonder Cádiz - Monagas SC (empréstimo) Valdu Té - Montijo (fim de empréstimo) Dankler - Estoril Mikel Agu - Porto (empréstimo)
Yohan Tavares - APOEL Nicósia (custo zero) Diogo Ferreira - Peniche (custo zero) Edinho - Feirense (custo zero) Pedro Trigueira - Moreirense (custo zero) Nenê Bonilha - Fortaleza (custo zero) Frederico Venâncio - Vitória SC Gonçalo Duarte - Marítimo Tomás Podstawski - Pogon Szczecin Luís Felipe - São Caetano Emrah Bassan - BB Erzurumspor Jacob - Merelinense (empréstimo) Rafinha - Lusitânia FC Lourosa (empréstimo) Arnold Issoko - sem clube Toni Gorupec - sem clube Mohcine Hassan - sem clube André Pereira - FC Porto (fim de empréstimo) João Amaral - Benfica (fim de empréstimo) César Martins - Benfica (fim de empréstimo) Thomas Rodriguez - Génova (fim de empréstimo) João Teixeira - Benfica (fim de empréstimo) Wallyson Mallmann - Sporting (fim de empréstimo)
Futebol total
Destaque
Moreirense
Heriberto Tavares Data de Nascimento:19/02/1997 (21 anos) Altura: 181 cm Nacionalidade: Portuguesa/Cabo-Verdiana Posição: Extremo Direito Pé preferêncial: Esquerdo Clube anterior: Benfica
Entradas
Saídas
Nenê - Bari (custo zero) João Aurélio - Vitória SC (custo zero) Patricio Rodríguez - Newcastle Jets (custo zero) Fábio Pacheco - Marítimo (custo zero) Pedro Nuno - Benfica (custo zero) David Teixeira - AEL Limassol (custo zero) Pedro Trigueira - Vitória FC (custo zero) Anthony D´Alberto - Braga (custo zero) Chiquinho – Benfica (custo zero) Lucas Rodrigues - Mirassol Rafik Halliche - Estoril Heriberto Tavares - Benfica (empréstimo) Ivanildo Fernandes - Sporting (empréstimo) Loum N´Diaye - Braga (empréstimo) Caleb Gomina - Oliveirense (fim de empréstimo)
Alfa Semedo - Benfica (2M) Ernest Ohemeng - Mirandés (custo zero) Pierre Sagna - Belenenses (custo zero) Edno - Turabão SC (custo zero) André Micael - Faisaly (custo zero) Boubacar Fofana - Gaz Metan (custo zero) Felipe Garcia - Alagoano (custo zero) Victor Braga - Espinho Elsinho - Oriental (empréstimo) João Sousa - Fafe (empréstimo) Ença Fati - Oliveirense (empréstimo) Ousmane Dramé - sem clube Tozé - Vitória SC (fim de empréstimo) Bruno Ramires - Cruzeiro (fim de empréstimo) Rafael Costa - Red Bull Brasil (fim de empréstimo) Ronaldo Peña - Caracas FC (fim de empréstimo) Matheus Reis - São Paulo (fim de empréstimo) Koffi Kouao - Vizela (fim de empréstimo)
#03
Setembro2018
Destaque
Feirense
Tiago Silva Data de Nascimento:02/06/1993 (25 anos) Altura: 170 cm Nacionalidade: Portuguesa Posição: Médio Ofensivo Pé preferêncial: Direito Clube anterior: Belenenses
Entradas
Saídas
Edinho - Vitória FC (custo zero) Tiago Mesquita - Boavista (custo zero) Philipe Sampaio - Akhmat Grozny (custo zero) Vítor Bruno - Boavista (custo zero) Fábio Sturgeon - Vitória SC Marco Soares - AEL Limassol Brian Gómez - Brown Adrogue Bruno Brígido - Coritiba FC Tiago Silva - Belenenses Iduitua David - Gafanha (fim de empréstimo) Zé Pedro - Felgueiras (fim de empréstimo) Alphonse - Gil Vicente (fim de empréstimo)
Oghenekaro Etebo - Stoke City (7,20M) Michal Miskiewicz - Korona Kielce (custo zero) Alex Kakuba - PAS Giannina (custo zero) Hugo Seco - Irtysh (custo zero) Luís Aurélio - Gaz Metan (custo zero) Luís Rocha - Dinamo Minsk (custo zero) Ivo Eichman - Sanjoanense (custo zero) Ibrahim - sem clube Jean Sony - sem clube Barge - fim de carreira João Graça - Arouca (empréstimo) Ofufu - SC Salgueiros (empréstimo) Dayo Femi - SC Salgueiros (empréstimo) Zé Manuel - FC Porto (fim de empréstimo) Karamanos - Olympiacos (fim de empréstimo)
Futebol total
Destaque
CD Nacional
Brayan Riascos Data de Nascimento:10/10/1994 (23 anos) Altura: 183 cm Nacionalidade: Colombiana Posição: Ponta de Lança Pé preferêncial: Direito Clube anterior: Oliveirense
Entradas
Saídas
Aleksandar Palocevic - Arouca (1,20M) Brayan Riascos - Oliveirense (custo zero) Kenji Gorré - Swansea (custo zero) Ibrahim Alhassan - Akwa United Christian Madu - Enugu Rangers IFC Júlio César - Anápolis-GO Kalindi - Anápolis-GO Giorgi Arabidze - Shakhtar II Wesly Decas - FC Moravia (empréstimo) Arthur - Cruzeiro (empréstimo) Lucas França - Cruzeiro (empréstimo) Hamzaoui - USM Alger (fim de empréstimo) Bheu - Fafe (fim de empréstimo)
Ricardo Gomes - Partizan (custo zero) Diego Silva - Salgueiro (custo zero) Nii Plange - sem clube Edgar Abreu - sem clube Geraldo - Amora FC (empréstimo) Diego Medeiros - Paços (fim de empréstimo) Yaya Bamba - Aves (fim de empréstimo) Valkenedy - Brusque (fim de empréstimo) Vanílson - Anápolis-GO (fim de empréstimo) Mateus da Silva - Paços (fim de empréstimo) Murilo - Barra FC (fim de empréstimo) Christian - Paços de Ferreira (fim de empréstimo)
#03
Setembro2018
Destaque
Santa Clara
Ukra Data de Nascimento:16/03/1988 (23 anos) Altura: 176 cm Nacionalidade: Portuguesa Posição: Extremo Direito Pé preferêncial: Direito Clube anterior: CSKA Sofia (Bulgária)
Entradas
Saídas
Anderson Carvalho - FK Tosno (custo zero) Bruno Lamas - Leixões (custo zero) Ukra - CSKA Sofia (custo zero) Mamadu Candé - Omónia Nicósia (custo zero) Ousmane Sountoura - Karditsas (custo zero) Kaio - Ferroviária (custo zero) João Lucas - Leixões (custo zero) Fábio Cardoso - Rangers (custo zero) Patrick - Benfica César Martins - Benfica Zé Manuel - FC Porto Eryk Williamson - Portland Timbers (empréstimo) Rui Silva - Braga B (empréstimo) Martin Chrien - Benfica (empréstimo) Abdiel Arroyo - CD Árabe Unido (empréstimo) João Lopes - Portuguesa (empréstimo) Ítalo Cortés - Operário (fim de empréstimo)
Dani Coelho - Lusitânia FC Lourosa (custo zero) João Reis - Tondela (custo zero) Igor Rocha - Vizela (custo zero) Berny Burke - Herediano Ruben Saldanha - Académica João Pedro - Estoril Adel - sem clube Marcelo Oliveira - sem clube Paulo Grilo - sem clube Vítor Alves - sem clube Guilherme - Dibba Fujairah (empréstimo) Luís Paulo - Caldas SC (empréstimo) Stephens - Universitario (fim de empréstimo) Toni Gorupec - Vitória FC (fim de empréstimo)
#03 Setembro2018
Era Emery
o bom, o mau e o Wenger A imagem da área vermelha de Londres mudou: depois de 22 anos no comando técnico do Arsenal, Àrsene Wenger saiu do cargo para dar lugar a Unai Emery, que vinha liderando o PSG nas últimas duas temporadas. Uma nova era que começou… menos bem.
Futebol total
Sérgio Velhote
a desilusão à agressividade, da tristeza ao entusiasmo – estas foram as emoções que os fãs do Arsenal foram sentindo ao longo dos últimos anos. O emblema de Londres, depois de tantas temporadas na Liga dos Campeões, falhou a qualificação na época 2016/17 e, desde esse momento, nasceu o #WengerOut. Mais uma temporada e um desfecho pior, depois de terem ficado apenas em sexto lugar na Premier League. Antes do final do campeonato, no entanto, já se sabia o desfecho: Wenger estaria mesmo fora. Mesmo depois destes tempos atribulados, a mensagem de agradecimento foi unânime e merecida, não fossem os melhores anos do Arsenal orquestrados pela inteligência do jogo do técnico francês. Contudo, é certo que tinha chegado a altura de uma mudança, não só para terminar com os tempos de turbulência, mas para dar um novo rumo aos jovens gunners.
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Unai Emery: a mente trabalhada Diz-se no mundo do futebol que “se não ganhas, sais”, mas neste caso é diferente. Depois de ter-se tornado no primeiro treinador tricampeão da Liga Europa pelo Sevilha, Emery viajou para o gigante PSG em busca da tão desejada Liga dos Campeões. E apesar de sete troféus domésticos em dois anos, sendo que um deles foi a Ligue 1, isso não chegou. Muito contestado por não ter conseguido segurar um plantel cheio de estrelas, principalmente no caso Neymar-Cavani, o treinador espanhol acabaria por sair do clube. Ainda assim, foi o escolhido pelos responsáveis do Arsenal para liderar o emblema inglês e, permitame a minha opinião, não haveria melhor alternativa. Emery é perfeito para o estilo de jogo e plantel que os gunners têm neste momento, jogadores jovens capazes de praticar posse de bola em progressão. É certo que a equipa precisava de reforços, é certo que a expetativa dos adeptos seria enorme, mas Emery estava desejoso para começar, “um sonho trabalhar aqui”, como disse. No entanto, o Arsenal não é qualquer clube, bem como a Premier League não é qualquer liga. O PSG é O clube em França, mas em Inglaterra não há O clube, são muitos clubes capazes de serem campeões e, até prova em contrário, o Arsenal talvez esteja no fundo dessa lista de candidatos. Experiência para potenciar juventude “Se isto fosse PlayStation” – esta foi uma das frases de Jorge Jesus que mais me marcaram desde que sigo o trabalho dos treinadores. A tarefa não é fácil, nem mesmo com os melhores jogadores do mundo! É preciso gerir egos, potenciar as qualidades de todos os jogadores num elo entre 11 pontos num campo de futebol.
#03 Setembro2018
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É preciso corrigir os erros das outras pessoas que estiveram antes dele (vejam o que está a fazer José Mourinho em Manchester), e mesmo depois de isto tudo, nem sempre é suficiente. E são estas dificuldades que Emery vai ter de enfrentar no Arsenal, pelo menos na primeira temporada. Não só por ser a primeira temporada do timoneiro, de 46 anos, em Inglaterra, mas também porque foram vinte e dois anos dos gunners à imagem de Wenger. De certeza que o trabalho será árduo, visto que existem cinco equipas teoricamente à frente do emblema londrino na corrida pelo título, mas acredito que seja dado tempo ao treinador para implementar a sua forma de jogar. Wenger teve vinte e dois anos, Emery não terá apenas dois, como em Paris. Para combater essas dificuldades, o treinador optou por garantir jogadores com experiência europeia para o setor defensivo. A lesão de Koscielny, que o colocará fora dos relvados até ao virar do ano, levou Emery a contratar Sokratis. O internacional grego traz poderio físico ao setor mais recuado da equipa, bem como experiência internacional, uma vez que já alcançou 70 internacionalizações pela Grécia. A ele junta-se Lichtsteiner, heptacampeão pela Juventus e capitão da seleção suíça. O lateral vai certamente competir com Héctor Bellerín por um lugar no lado direito da defesa. Um excelente reforço, ainda por mais por ter chegado a custo zero. No entanto, não seria o Arsenal se não chegassem a acordo com jovens jogadores. Bernd Leno será o substituto de Petr Cech na baliza dos gunners; Torreira fez valer a sua prestação no Campeonato do Mundo, ao serviço do Uruguai, para abrir
#03 Setembro2018 as portas da Premier League; Mattéo Guendouzi, com apenas 19 anos, é mais uma aposta para um futuro risonho no Emirates, ainda que já tenha tido oportunidade como titular. Mas já lá vamos… As atenções eram viradas para a primeira jornada da Premier League, o início de uma nova era no Arsenal! Mas o calendário não foi favorável… As contas fazem-se no final Manchester City, Chelsea e West Ham eram os primeiros adversários do emblema londrino esta temporada. Um início difícil, não só por enfrentar o campeão e um dos candidatos, mas também porque o West Ham iniciava um novo rumo, com muito dinheiro gasto em transferências e com um novo treinador, Pellegrini, que já venceu a Premier League. O campeonato abria com a receção ao campeão e, desde cedo, notou-se que seria um jogo que iria favorecer o lado dos citizens. Com uma pressão alta muito eficaz, a equipa de Guardiola não deixou respirar os gunners, que só começaram a crescer no encontro depois de estarem em desvantagem no marcador, graças ao golo de Sterling. Bernardo Silva sentenciou a partida e colocou um sabor amargo na estreia de Emery no banco de suplentos do Arsenal. Em Stamford Bridge, apesar do encontro ter sido bem mais equilibrado, o Arsenal voltou para casa com zero pontos. O 2-2 ao intervalo (depois de estar a perder por 2-0) ainda deram esperanças aos adeptos, mas Marcos Alonso deu a vitória ao Chelsea já perto do final da partida. Com duas derrotas em dois jogos, Emery esperava que a reação da equipa chegasse no Emirates contra o West Ham, e foi exatamente isso que aconteceu. Os primeiros pontos na Premier League chegariam depois dos golos de Monreal e Welbeck (e um autogolo) chegariam para bater os hammers por 3-1. Certamente que não era este o início da nova era que os adeptos desejavam, mas ainda há muito trabalho pela frente e eles têm que entender isso. Ninguém substitui um legado de vinte e dois anos facilmente, é preciso paciência, mas conhecendo os fãs do Arsenal, isso será pouco provável acontecer. Esperem até ver o que Emery é capaz de fazer. Para mim, a próxima temporada será a fase chave do seu reinado. O Arsenal estará de volta, não só na Liga dos Campeões mas na luta pelo primeiro lugar na Premier League, que já lhe foge desde 2004.
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Soy Monchi A sua carreira enquanto futebolista passou algo despercebida mas, enquanto diretor desportivo, é desejado por praticamente todos grandes os clubes da Europa. Contratar barato e vender caro, enquanto vai vencendo vários títulos. Esse é o lema chave de Monchi.
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Daniel Fonseca
onchi é, por estes dias, reconhecido como o exemplo perfeito do que um diretor desportivo de um clube de futebol deve ser, tendo sido perseguido por praticamente todos os grandes clubes da Europa que queriam incorporar um diretor desportivo no seu staff. No entanto, Ramon Rodriguez Verdejo, ou como é mais conhecido, Monchi, apenas saiu do Sevilla para o projeto desportivo da AS Roma. Mas antes de chegarmos ao porquê disso, interessa conhecer o trabalho realizado por Monchi no Sevilha e a situação da Roma antes da sua chegada à capital italiana. Ramon Rodriguez Verdejo, ou Monchi, nasceu a 20 de Setembro de 1968, tendo vivido toda a sua infância na zona da Andaluzia. Cedo entrou para as camadas jovens do seu clube do coração, o Sevilla Fútbol Club, onde faria todo o seu percurso enquanto jogador de futebol. Apesar de ser um jogador de um só clube, Monchi nunca teve grande destaque em toda a sua carreira, sendo principalmente um guarda-redes suplente, tendo feito apenas 126 jogos entre 1988 e 1999, a duração da sua carreira enquanto sénior. Enquanto Monchi era jogador profissional, o Sevilla estava longe de ter o sucesso que tem hoje, sendo que o próprio sofreu na pele a dor de ver o seu Sevilla ser despromovido por duas vezes, uma delas enquanto jogador da equipa, em 1996/97, e outra
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na temporada seguinte à sua retirada, em 1999/00. Em 2000, então com o clube na segunda divisão espanhola, Monchi assumiu o cargo de diretor desportivo do Sevilla após uma temporada desastrosa, com o clube a ficar a dezassete pontos da linha de água. No seu primeiro ano no cargo, Monchi conseguiu construir uma equipa que seria campeã da segunda divisão espanhola, tendo esta temporada sido uma amostra daquilo que Monchi é capaz de fazer no mercado de transferências: comprar barato, vender bem e apostar nos valores da cantera sevilhana, como foi exemplo José Antonio Reyes, futuro craque do futebol europeu que se estreou no plantel principal do Sevilla nessa temporada. Nas temporadas seguintes, Monchi faria muito mais do que aquilo que uma equipa recentemente promovida almejaria: mais do que consolidar o Sevilla na primeira divisão, transformou o clube andaluz num verdadeiro grande, não só em Espanha, mas também na Europa. Ao pequeno espólio de troféus que o Sevilla tinha antes de Monchi ser diretor desportivo (um único campeonato espanhol e três Copas del Rey, todas conquistadas nos anos 30 e 40 do séc. XX, para além de quatro títulos da segunda divisão), entre 2001 e 2017, com Monchi a liderar a equipa enquanto diretor desportivo, a equipa sevilhana adicionou duas
#03 Setembro2018 Copas del Rey, uma supertaça de Espanha, uma supertaça europeia e cinco troféus da Liga Europa, duas delas ainda com a antiga designação de Taça Uefa (sendo que a primeira foi conquistada apenas cinco anos após a promoção à primeira divisão espanhola) e três já com a atual designação. Como é que Monchi conseguiu então transformar um clube andaluz que oscilava entre a manutenção e a despromoção num clube que, em dez anos, conquista seis troféus a nível europeu? Usando a estratégia referida acima: comprar barato, vender bem e apostar nos valores da cantera. Ao longo de dezassete temporadas, Monchi fez negócios incríveis com jogadores como Dani Alves, Ivan Rakitic, Júlio Baptista, Carlos Bacca, Kévin Gameiro ou Gregorz Krychowiak, tudo jogadores contratados por Monchi a baixo custo que levariam o Sevilla à glória europeia e, posteriormente, seriam vendidos por valores astronómicos por um clube que, no virar do século, militava na segunda divisão (Dani Alves é mesmo o exemplo perfeito da política de transferências de Monchi, tendo chegado ao Sevilla por uma quantia próxima dos duzentos milhares de euros em 2003 e tendo saído cinco anos depois para o Barcelona por trinta e seis milhões de euros, ou seja, um valor 180 vezes superior ao que o Sevilla pagou para o contratar). Também a cantera teve um papel importantíssimo para o Sevilla de Monchi, tendo jovens como Reyes, Jesús Navas, Alberto Moreno ou Sergio Ramos despontado na equipa principal, tornando-se estes jovens em alvos dos principais clubes europeus, que pagaram muitos milhões a Monchi pelas suas contratações. Com esta política, Monchi transformou um pequeno clube andaluz num autêntico colosso europeu, conquistador de troféus internacionais em série (primeiro, duas conquistas seguidas da Taça Uefa em 2006 e 2007, e depois três conquistas seguidas da Liga Europa, em 2014, 2015 e 2016). Após todo este crescimento sustentado e conquistas por parte do Sevilla, nada parecia conseguir afastar Monchi do seu clube do coração, nem mesmo o assédio permanente por parte de diversos gigantes europeus para conseguirem os seus serviços. Até que, em Abril de 2017, Monchi abandonou pela primeira vez na sua vida profissional o Sevilla para abraçar o projeto desportivo da AS Roma. O colosso romano que é o eterno segundo Após falarmos da história de Monchi, importa percebermos qual a situação da AS Roma aquando da chegada de Monchi. No séc. XXI, a Roma tem vivido um dos melhores períodos da sua história, principalmente pela sua consistência. A partir de 2001, ano da sua última conquista do título de campeão italiano, o clube da capital italiana participou por onze vezes na Liga dos Campeões e por cinco vezes na Liga Europa (excluindo as vezes em que foi eliminada da Liga dos
Futebol total Campeões e caiu para a Liga Europa), tendo ficado afastada das competições europeias apenas duas vezes em dezasseis anos. Em termos domésticos, desde a sua lendária conquista do Scudetto em 2001, a Roma tem terminado o campeonato italiano sempre muito próxima do lugar cimeiro, mas sem nunca alcançar o título, tendo ficado por nove vezes em segundo lugar em dezasseis anos, tendo, no entanto, conquistado por duas vezes a Coppa Italia, em 2007 e 2008. De facto, o séc. XXI tem sido um dos períodos mais prósperos do clube, apesar de não atingir o título mais desejado por todos, o Scudetto, título que o clube só venceu por três vezes. Ora, apesar de estar a passar por um dos melhores momentos da história do clube, a direção e os adeptos do clube da capital italiana queriam mais, queriam títulos, nacionais e internacionais. A esta sede de troféus juntou-se o sentimento de que estaria a encerrar-se uma era no clube,
jogos. A partir de Janeiro, esses dezasseis olheiros começam a aprofundar as informações e o perfil de cada um dos jogadores que se destacaram, de modo a ter um leque amplo de jogadores, com um conhecimento profundo das características de cada um deles, para que, no momento em que a equipa de Monchi precise de se reforçar, Monchi tenha mais que uma opção para aquilo que a equipa necessita, não precisando assim de ceder às exigências do clube vendedor pois se estas exigências forem demasiado elevados, Monchi quebra as negociações com esse clube e segue em frente para a contratação de outro jogador que vá oferecer o mesmo à equipa e que possua as mesmas características do alvo original. Ao fazer isto, ao não cingir-se a um único alvo possível de contratação, Monchi consegue evitar pagar valores demasiado elevados pelos seus alvos de transferência e consegue na mesma o jogador que pretendia.
com a retirada do mítico capitão do clube, o recordista de golos e jogos pelo clube, Francesco Totti. Sentindo então a necessidade de entrar num novo capítulo na história do clube romano, a direção da Roma identificou Monchi como o homem certo para liderar o clube neste novo capítulo, com a esperança que este levaria o clube a títulos que até aqui iludiam os giallorossi. Mal chegou à capital italiana, Monchi impôs o seu método de observação de jogadores: tem uma equipa de dezasseis olheiros, que durante os cinco primeiros meses da época, limitam-se a ver diversos campeonatos à volta do globo e a acumular informação e dados estatísticos de forma massiva, sobre todos os jogadores que observam nesses
Após analisar o plantel da AS Roma à sua chegada, Monchi propôs-se a renovar o plantel um pouco envelhecido do clube romano, com um pouco mais de juventude, velocidade e garra. Mas, para isso, Monchi necessitava de, em primeiro lugar, obter fundos para tal renovação, e, em segundo lugar, limpar o balneário de alguns “pesos mortos”. Para ter a liquidez de que necessitava, Monchi vendeu algumas das principais figuras da equipa, incluindo a agora superestrela do futebol mundial Mohamed Salah, o central alemão Antonio Rudiger, o médio Leandro Paredes e o lateral Emerson Palmieri (este já em Janeiro). Com estas quatro vendas, Monchi e a Roma arrecadaram cerca de cento e vinte milhões de euros. Para além destes quatro
#03 Setembro2018 nomes, Monchi deixou que jogadores consolidados como Seydou Doumbia, Mário Rui, Héctor Moreno, Leandro Castán, Federico Fazio, Thomas Vermaelen, Clément Grénier ou Wojciech Szczęsny também abandonassem o clube pois estariam a ocupar demasiado espaço salarial para jogadores que não seriam regularmente opções iniciais de Eusebio di Francesco, o novo treinador da Roma. Com as verbas arrecadadas nas vendas, Monchi rejuvenesceu o plantel romano, com jogadores recheados de potencial como Rick Karsdorp, Cengiz Ünder, Lorenzo Pellegrini e Patrik Schick e com a aposta de Eusebio di Francesco não só nos reforços, mas também em jovens que já pertenciam aos quadros da Roma como Alisson Becker, a equipa romana atingiu resultados que nem o mais fervoroso adepto giallorossi acreditaria ser possível. A nível interno, ficariam em terceiro e renovariam a participação na Liga dos Campeões
expetativas dos adeptos romanos estão altíssimas. Após uma campanha história na Liga dos Campeões (atingiram o segundo melhor resultado da sua história), os adeptos esperam, na sua generalidade, uma caminhada europeia pelo menos até aos quartos de final e que a equipa romana lute pelo título italiano até ao fim. Monchi teve de fazer algumas alterações ao plantel, pois viu Allison Becker tornar-se no guarda-redes mais caro da história (durante poucas semanas) ao sair para o Liverpool por setenta e dois milhões e meio de euros, viu Radja Naingollan sair para os rivais do Inter por trinta e oito milhões e Kevin Strootman para o Marselha por vinte e cinco milhões de euros. Para os substituir, Monchi contratou o médio argentino Javier Pastore ao Paris Saint-Germain, o seu velho conhecido dos tempos do Sevilla, Steven N’Zonzi, o promissor extremo Justin Kluivert ao Ajax, o lateral Davide Santon ao Inter, o sueco Robin Olsen,
na época seguinte, mas o verdadeiro destaque da época foi mesmo nesta competição. Na Liga dos Campões, a Roma eliminou o Atlético de Madrid na fase de grupos (num grupo onde também figurava o Chelsea), eliminou o Shaktar Donetsk nos oitavos de final e nos quartos de final, de forma sensacional ao vencer por 3-0 no estádio olímpico de Roma, eliminou o Barcelona. Nas meias-finais, defrontaria o Liverpool e ficaria a um pequeno passo de atingir a final de Kiev, tendo a Roma sido eliminada por apenas um golo, conseguindo na segunda mão, em Roma, uma vitória por 4-2, que seria, no entanto, insuficiente para a passagem à final. Para esta temporada de 2018/19, após os resultados excecionais atingidos na temporada anterior, as
para a baliza, ao København, o médio italiano ex-Benfica Bryan Cristante à Atalanta e o jovem médio ofensivo Ante Coric ao Dínamo Zagreb. É de realçar que aquelas contratações que são substitutos diretos para os jogadores que saíram foram contratados por valores substancialmente mais baixos do que aqueles que foram recebidos nas vendas dos jogadores, bem ao estilo de Monchi. Como já foi referido, as expetativas para esta temporada são elevadíssimas para a Roma de Monchi. Será que a equipa vai ser capaz de as atingir ou até de as superar? Ninguém sabe e só o tempo o dirá…mas o passado aconselha-nos a nunca apostar contra um plantel montado por Monchi.
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Histórias da História Bayern 1-2 Man United (1999)
André Nogueira
á jogos que nos ficam na memória, quando se vê no estádio ou na televisão. Hoje em dia, há outros que nos ficam na memória graças às novas tecnologias, que nos trouxeram espaços como o Youtube ou outras plataformas online de Futebol, que permitem rever jogos completos ou resumos de vários clubes e seleções, de várias temporadas. A 26 de maio de 1999, o histórico estádio do Camp Nou foi palco de uma das melhores finais da história da Liga dos Campeões. O Manchester United, conhecido por um equipa composta por vários jogadores da formação dos Red Devils, viajava para Barcelona sem poder contar com o capitão Roy Keane e, o outro médio, Paul Scholes, ambos por suspensão. Sir Alex Ferguson improvisou e colocou David Beckham como médio defensivo, ao lado de Nicky Butt, alterando as ideias originais que
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seriam de Ryan Giggs no centro do campo. Já o Bayern Munique, não iria contar com o histórico internacional francês Bixente Lizarazu e o avançado brasileiro Élber, por lesão. Já com campeonato e taça inglesa conquistados, o Manchester United entrava em campo em busca do famoso Treble, que só seria possível quando acumulada a taça da Liga dos Campeões e, provavelmente, a mais importante de todas. No dia em Matt Busby, um dos mais importantes técnicos da história dos ingleses, comemoraria 90 anos e num ano em que o Barcelona celebrava 100 anos de existência,o clima que se fazia sentir desde as bancadas era de muita festa. Com apenas cinco minutos no relógio, Mario Basler marcava, dando uma vantagem inicial para a formação alemã, comandada por Ottmar Hitzfeld. O norueguês Ronny Johnsen derruba Carsten Jancker muito perto da grande área, com sorte
#03 Setembro2018 de não ter recebido ordem imediata de expulsão. Na cobrança do livre, Basler bateu forte, rasteiro e cruzado, deixando o lendário guarda-redes Peter Schmeichel sem qualquer reação. Com alguma facilidade, o Bayern Munique estava agora em vantagem na partida. Até ao intervalo, o jogo apresentou-se sempre como muito equilibrado, com Andy Cole a ser o elemento do ataque inglês que mais procurava a igualdade, algo que não chegou a acontecer. A concentração defensiva dos campeões alemães deixava inalterável o resultado de 1-0. Na segunda-parte assistia-se a mais do mesmo. Oportunidades divididas, com mais perigo para o lado inglês. Ainda assim, era preciso mais e foi por isso que, aos 67 minutos, entrava Teddy Sheringham. Ainda sem golos, era a vez de Ole Gunnar Solskjær também
entrar na partida, a nove minutos do final. O árbitro Pierluigi Collina dava sinal de três minutos de compensação. Já várias pessoas abandonavam as bancadas, inclusive o presidente da UEFA, Lennart Johansson, para se preparar para a cerimónia final e preparativos com as cores do emblema alemão. Porém, os preparativos tinham de ser atrasados. Num pontapé de canto, Giggs procurou o remate de ressaca, encontrando Sheringham que, de primeira, empurrou a bola para o fundo das redes. Explosão de alegria do United, sem saber do que ainda estava por chegar. No último minuto de jogo, mais um canto para o conjunto de Sir Alex Ferguson. Beckham cobra para o centro, Sheringham ajeita de cabeça e Solskjær com o toque final. Estava feita a reviravolta. O Manchester United conquistava a Liga dos Campeões.
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Artemio Franchi André Nogueira
cidade italiana de Florença, anteriormente conhecida pela família Medicis, teve a 13 de setembro de 1931, outro motivo para ser falada: era construído, pelo arquiteto Pier Luigi Nervi, o Estádio Artemio Franchi... Ou melhor, o estádio da Fiorentina, na altura,
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recém-promovida à Série A (nome da primeira divisão italiana), uma vez que esse é o nome atual, em homenagem a um antigo administrador do futebol, presidente da Federação de Futebol Italiano, presidente da UEFA e membro do Comité Executivo da FIFA. Porém, na altura da inauguração, era apenas uma criança de nove anos. O início De nome Stadio Berta, em memória a Giovanni Berta, assassinado na guerra italo-turca, em 1921. Uma vez que era um defensor do facismo, foi durante o regime de Benito Mussolini que se o aval para a aplicação do nome. Foi palco de dois encontros do Campeonato do Mundo de 1934, competição vencida pela seleção anfitriã. Com a queda do regime, o nome seria alterado para Stadio Comunale, o que, traduzido para português, seria o equivalente a Estádio Municipal.
#03 Setembro2018 Na década de 1950, o estádio sofreu o seu primeiro aumento, decidiu que saiu extremamente mal à direção viola quando, em 1957, parte desse bancada caiu, ferindo com gravidade vários dos seus espetadores. Sem remodelações, foi ainda palco para o Campeonato da Europa de 1957. Por fim, remodelações Foi preciso esperar pelo ano de 1990, graças a uma nova organização do Campeonato do Mundo, para que a casa da Fiorentina fosse remodelada. O estádio que tinha uma capacidade de 46 000 lugares, embora por vezes fosse largamente ultrapassado esse limite, ficava agora reduzido para os atuais 43 147 lugares, graças à colocação de cadeiras em todas as bancadas. Além disso, foi retirada a pista de atletismo que envolvia o terreno de jogo. Nessa mesma temporada, foi então alterado para Estádio Artemio Franchi, nome que se mantém até aos dias de hoje. Amizade com o Sporting CP Duas claques oficiais, uma da Fiorentina (Movimento Ultra) e uma do Sporting CP (Juventude Leonina XXI), formam uma amizade quase única no futebol. Não é estranho avistarem-se camisolas dos leões nas bancadas do Estádio Artemio Franchi, nem camisolas da Fiorentina nas bancadas do Estádio Alvalade XXI. O adeus ao capitão O campo da Fiorentina e, principalmente, os seus adeptos, só voltariam a ser falados por um motivo que gostavam que não tivesse acontecido. A 4 de março de 2018, o capitão da Fiorentina e internacional italiano, era encontrado sem vida no seu quarto, onde a formação viola se encontrava em concentração para a partida frente à Udinese. Segundo os relatos médicos, foi vítima de uma paragem cardio-respiratória durante o sono. A partida foi, obviamente, adiada. A camisola 13 jamais será utilizada por um outro atleta, em homenagem ao antigo central, e o clube deu a oportunidade de jogadores e adeptos despedirem-se do capitão. A homenagem correu as redes sociais, deixando qualquer um sem reação, além de uma enorme admiração e respeito pelo momento que viviam.
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Grandes Golos
Cristiano Ronaldo vs Juventus (2018) André Nogueira
ma vez que foi nomeado, no mês de agosto, como Golo do Ano da temporada de 2017/2018 para a UEFA, seria errado não dar o devido destaque nesta edição da revista. Ao serviço do Real Madrid, o atual Melhor Jogador do Mundo visitava a Juventus (o seu atual clube), em Turim, numa partida a contar para os quartos de final da Liga dos Campeões da temporada passada, competição que o emblema merengue viria a vencer pela terceira vez consecutiva, frente ao Liverpool, em maio. Com um total de 197 496 votos no site oficial do principal organismo de futebol europeu, o português derrotou, por larga margem, o francês Dimitri Payet, do Marselha, que, com um golo frente ao Leipzig, não foi além dos 35 558 votos. A fechar o pódio, com 23 315 votos, ficou a espanhola Eva Navarro, com um golo frente à Alemanha, no Campeonato da Europa de sub-17. Retomando ao golo de Cristiano Ronaldo, a 3 de abril deste ano, num jogo onde o português já havia celebrado um golo na primeira parte, foi ao minuto 64 que a magia apareceu. Partindo do remate de Lucas Vázquez, prontamente defendido por Gianluigi Buffon, os adeptos dos Los Blancos já colocavam as mãos na cabeça,
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depois de uma oportunidade de golo clara ser falhada mas, com a bola a ser recolhida por Daniel Carvajal, o lateral espanhol cruzou a bola para o centro da área, à espera da presença de algum jogador. Esse jogador foi, obviamente, o astro português que, na zona de penálti, rematou com um pontapé de bicicleta, deixando o experiente guarda-redes italiano sem reação. Até final, Marcelo ainda aumentaria o marcador. Vitória por 0-3 e as contas para a próxima fase a parecerem mais facilitadas. Escusado será dizer que, após estar a perder pelos mesmo 0-3 em casa, foi Cristiano Ronaldo, no minuto 97, a marcar a concluir a passagem dos espanhóis.
#03 Setembro2018
O meu 11 por: Danilson Ribeiro (Jogador do Torreense)