HISTÓRIA A História e o tempo J. WILLIAM VESENTINI DORA MARTINS MARLENE PÉCORA
ENSINO FUNDAMENTAL
3º
ANO
Gerência editorial Mônica Vendramin Gallo Edição Bárbara M. de Souza Alves (coordenação) Lavínia Lobato Valadares Assistência editoriall Cláudia P. Winterstein Coordenação de produção editorial Fabiana Manna da Silva Colaboração Carlos Zanchetta Dandara Bessa Revisão Adriana Gabriel Cerello (coordenação) Anderson Félix Pesquisa iconográfica Fábio Yoshihito Matsuura Sílvio Kligin Programação visual Amilton Ishikawa Edição de arte Ricardo de Gan Braga (coordenação) Antonio C. Decarli Claudio Alves dos Santos Editoração eletrônica All-Type Editorial Ilustrações Ah! Ilustrações Bruna Ishihara Capa Amilton Ishikawa (edição de arte) Retina 78 Impressão e acabamento VF 2 a edição 1a impressão 2013
J. William Vesentini Doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Professor e pesquisador do Departamento de Geografia da FFLCH-USP. Ex-professor das redes pública e particular de Ensino Fundamental e Médio.
Dora Martins Todos os direitos reservados por Sistema de Ensino SER Av. Otaviano Alves de Lima, 4400 – 2o andar Freguesia do Ó – CEP 02909-900 São Paulo – SP Tel.: 0800-7720028 Fax: (11) 3990-1776 www.ser.com.br
Mestre em Geografia pela Unesp-Presidente Prudente (SP). Licenciada em Geografia pela FFLCH-USP. Professora da FFCL de Presidente Venceslau e da rede particular de Ensino Médio. Ex-professora da rede pública de Ensino Fundamental e Médio.
Marlene Pécora Licenciada em História pela PUC-São Paulo. Ex-diretora do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Ex-docente de Filosofia da Educação para professores, diretores de escola e supervisores de ensino. Ex-professora da rede pública de Ensino Fundamental e Médio.
Sumário A História e o tempo Conhecer o passado Direto da fonte Uma história, muitas fontes Medir o tempo, localizar os acontecimentos
Um pouco mais Quadro de ideias
Sugestões de leitura Armando e o tempo, de Monica Guttmann. São Paulo: Paulus, 2004. Histórias de avô e avó, de Arthur Nestrovski. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. No tempo de meus bisavós, de Nye Ribeiro. São Paulo: Editora do Brasil, 2008. O livro do tempo, de Fátima Sobral. São Paulo: Impala, 2006. O mistério do tempo, de Silvana Tavano. São Paulo: Callis, 2009.
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Conhecer o passado Neste capítulo, como um detetive, você vai seguir pistas e investigar vestígios deixados por pessoas que viveram muito tempo antes de nós. Para começar, observe as fotos.
Vestígio: qualquer marca, traço, indício ou sinal que restou da vida de povos antigos. As pirâmides, por exemplo, são vestígios da antiga civilização egípcia (cerca de 2800 a.C. a 700 a.C.).
RAMIRO M. COSTA/ARQUIVO DA EDITORA
Ponte Princesa Isabel, na cidade de Recife (Pernambuco), em foto de 1905.
FRED JORDÃO/IMAGO
O objetivo deste capítulo é que os alunos compreendam que os diferentes registros históricos são fontes muito importantes de informação para se conhecer o passado. O trabalho pedagógico com imagens, objetos, relatos orais e escritos, entre outros, é fundamental para a construção do saber histórico escolar. Procure considerar e problematizar as hipóteses dos alunos a respeito das fontes observadas para que eles possam refletir sobre as diferentes opiniões. Sempre que se analisa uma fonte é importante considerar a possibilidade de coexistirem diferentes pontos de vista.
Ponte Princesa Isabel em 2007.
Bate-papo
Estimule os alunos a observar, no local apresentado nas imagens, o movimento das pessoas, os veículos, as construções e a paisagem em geral.
Converse com os colegas e a professora sobre as diferenças e as semelhanças que há entre o local mostrado nas duas fotos. O que mudou com o passar do tempo? O que permaneceu igual? Há muitas diferenças com relação às construções, ao movimento de veículos e à paisagem em geral?
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Vestígios do passado
Como você pôde ver, muitas são as fontes utilizadas por historiadores e arqueólogos na busca de descobertas a respeito do passado dos povos. O trabalho deles é interrogar, analisar e comparar dados e pistas para construir diferentes versões sobre determinada época ou acontecimento.
NORMAN BRUDERHOFER/WIKIPEDIA
Caravela portuguesa, século XV (1401 a 1500).
Casarões do século XVIII (1701 a 1800), São Luís (Maranhão).
Gramofone estadunidense, 1907.
Davi, escultura de Michelangelo, Itália, 1503.
OLEKSIY PHOTOGRAPHY/ALAM MAKSYMENKO Y/OTHER IMAGES
Sarcófago: espécie de túmulo de pedra em que os egípcios antigos colocavam os cadáveres, em geral mumificados.
PHGCOM/WIKIPEDIA
Sarcófago egípcio, 850 a.C.
ARTE IMMAGINI SRL/CORBIS/LATINSTOCK
Observe as fotos a seguir. Preste atenção na data e no lugar de origem de cada item. Lembre-se de que um século tem cem anos. As letras a.C. querem dizer “antes de Cristo”.
CLAUDIO LARANGEIRA/ KINO.COM.BR
ERICH LESSING/ALBUM/LATINSTOCK
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Tablet estadunidense, 2010. 3° ano do Ensino Fundamental
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HISTÓRIA
Embora não haja documentos escritos desse período, sabemos, hoje, que esses primeiros seres humanos foram responsáveis por grandes realizações: além de dominar o fogo, domesticaram animais e deram origem à agricultura ao produzir os próprios alimentos. Por meio de restos materiais que chegaram até nós, como moradias, utensílios domésticos, armas, objetos e, principalmente, pinturas rupestres, os arqueólogos puderam estudar os vários aspectos da vida dos homens e das mulheres da Idade da Pedra: como e onde viviam, o que faziam, como se alimentavam, etc.
Navegando no tempo Senhores do tempo
JASON HAWKES/CORBIS/LATINSTOCK
Você conheceu algumas maneiras de medir o tempo, entre elas o calendário. Muito antes da invenção da escrita, os grupos humanos observavam os astros para medir o tempo. Muitas civilizações antigas associavam os astros e o tempo a deuses e deusas, que regiam o dia, a noite, as estações do ano, a vida e a morte. O monumento Stonehenge, localizado no sul da Inglaterra, é constituído de pedras erguidas verticalmente no formato de circunferências. Acredita-se que foi construído há mais de 3 mil anos como um observatório para estabelecer um calendário. O alinhamento das pedras permite registrar a posição do Sol e da Lua nas diferentes estações do ano.
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WWW.LATINAMERICANSTUDIES.ORG/WIKIPEDIA
GIANNI DAGLI
Os astecas usavam dois tipos de calendário: um de 365 dias, elaborado para fins de plantio, e outro de 260 dias, de caráter religioso. Um dos grandes festivais dos astecas marcava o retorno das flores. Era dedicado a Xipe Totec (figura acima), deus da primavera e do replantio. À direita, calendário asteca de 1479, em cujo centro aparece a face do deus Sol, que estabelece as medidas do tempo. Explique aos alunos que a civilização asteca se destacou principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México. Mostre um mapa político do continente americano para que as crianças localizem o lugar onde os astecas viveram. Assim o conteúdo será integrado com a disciplina de Geografia.
Pergunte a algum familiar se ele conhece alguma lenda relacionada ao tempo. Depois converse com os colegas sobre isso.
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Vamos completar a cruzadinha com as palavras que estão faltando nas frases? Se tiver dificuldade, consulte o conteúdo visto no módulo. 1. Existem várias maneiras de medir e organizar o
.
2. Historiadores, arqueólogos e outros pesquisadores consultam diferentes fontes para obter
do passado.
3. O tempo pode ser dividido em minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas,
.
4. Os surgiram da necessidade de os primeiros agricultores organizarem suas atividades. 5. Antigas ferramentas, pinturas rupestres, mapas antigos, fotografias, construções, monumentos são valiosas 1.
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HISTÓRIA
Um pouco mais
Quadro de ideias Passado
Tempo
Para estudar o passado da humanidade, os historiadores pesquisam diversas fontes de informação.
Os historiadores utilizam várias medidas de tempo em seu trabalho de pesquisar e datar os acontecimentos.
As pistas para reconstruir o passado podem ser encontradas em antigas ferramentas, pinturas rupestres, mapas antigos, fotografias, construções, monumentos, etc.
O intervalo entre dois acontecimentos pode ser medido em minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos, etc.
Referências bibliográficas BITTENCOURT, Circe (Org.). Dicionário de datas da história do Brasil. São Paulo: Contexto, 2007. BOSI, Ecléa. Memória e sociedade — lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Apresentação dos Temas Transversais e Ética — 1a a 4a séries. Brasília: MEC/SEF, 1997. ______.Parâmetros Curriculares Nacionais. Geografia e História — 1a a 4a séries. Brasília: MEC/SEF, 1997. NOVAIS, Fernando Antônio (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 1 a 4. PETTA, Nicolina Luiza. A fábrica e a cidade até 1930. São Paulo: Atual, 1995. (Coleção A Vida no Tempo.) SCATAMACCHIA, Maria Cristina Mineiro. O encontro entre culturas: europeus e indígenas no Brasil. 12. ed. São Paulo: Atual, 2001. (Coleção A Vida no Tempo.) SILVA, Aracy Lopes da (Org.). A questão indígena na sala de aula — subsídios para professores de 1o e 2o graus. São Paulo: Brasiliense, 1987.
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