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Capítulo Doze

“Você sabe, eu esperaria um dos seus irmãos fazendo algo assim porque, porra, as vezes aqueles meninos tem merda no lugar de cérebro.” Sentada na beira da poltrona, eu estremeci quando meu pai passou na frente do meu sofá. Não era assim que eu esperava minha manhã de segunda começar, mas eu não estava surpresa. De algum modo, meus pais não tinham ouvido sobre mim, o livro do mal e o para brisas de Henry. Hoje foi o dia de reconciliar e eu tinha ligado e contado a minha mãe o que tinha feito.

Trinta minutos depois, meu pai apareceu.

Gavin Ark não era um homem alto, mas ele era robusto e tinha o corpo de um linebacker defensor40.Era possível ver apenas um pouco de cinza no cabelo sobre sua testa e isso me fazia perguntar se ele estava experimentando a tintura Just for Men.

“Especialmente aquele seu irmão mais novo.” Ele estava acumulando tudo. “As vezes acho que Thomas não tem dois neurônios que possam funcionar juntos. Você sabe o que ele fez ontem?” Ele parou no canto do sofá, colocando suas mãos em seu quadril. “Ele foi pegar alguma coisa da geladeira do porão e deixou a porta aberta como se quisesse congelar a casa toda.” Minha sobrancelha levantou.

“E, então, eu ouço que você jogou um livro em um para-brisas?” Levantando uma mão, ele passou seus dedos pelo seu cabelo castanho. “Eu nem mesmo sei como você consegue atravessar um para-brisas com um livro.” “Aparentemente você precisa atingir o ponto certo,” eu murmurei.

Seus olhos se estreitaram e eu fiquei quieta. “Nós te criamos para ser mais inteligente que isso. E sua mãe me contou que você disse que Henry não te provocou.”

40 Posição no futebol americano

“Isso é verdade,” eu admiti, envergonhada.

Ele suspirou enquanto andava até onde eu estava sentada. “Querida, eu sei que você não é fã do Henry. Ninguém nessa cidade é, mas você não pode sair por ai vandalizando sua propriedade e eu sei que você sabe isso.” Eu concordei.

Colocando sua pesada mão em meu ombro, ele o apertou gentilmente. “Você precisa de dinheiro para pagar pelo para-brisas?"

Minha boca abriu, mas emoção fechou minha garganta. Lágrimas queimaram no fundo dos meus olhos. Meus pais ficaram irritados ao descobrir que eu tinha feito algo estupido, mas mais do que tudo, eles ficaram desapontados. Meu pai tinha razão. Eles tinham me criado para ser melhor do que isso, e ainda assim, meu pai ainda estava disposto a entrar e me ajudar.

Como eles tinham estado quando eu comecei a morar sozinha e depois de um mês meu carro quebrou. Como eles tinham feito quando eu tinha entregado os papeis da ajuda financeira tarde no meu segundo ano e cobriram pelo primeiro semestre de aulas até que a ajuda fosse liberada. Como eles tinham feito sempre durante toda a minha vida.

Cara, ah cara, eu amava meus pais. Eu sabia a sorte que tinha. Nem todos podiam ter pais tão incríveis, mas eu tinha. Realmente tinha.

Engolindo a bola presa na minha garganta, eu sorri para ele. “Obrigada mas eu tenho o dinheiro.” Ele me perfurou com um olhar preocupado. “Quanto isso vai abalar suas economias?” “Não muito,” eu menti. Na verdade seria um abalo enorme mas... mas eu não era mais a menininha deles que precisava ser resgatada. Além do mais, eles tinham trabalhado duro pelo dinheiro e eu gostaria de ver meu pai poder se aposentar em algum momento nesse século. Eu arrumei meus óculos, já que ele tinha começado a deslizar pelo meu nariz. “Eu vou ficar bem.” Meu pai me encarou por mais um momento e se afastou, cruzando seus braços. Algo sobre a tensão em seu maxilar me deixou preocupada.

“Então, o que é isso que ouvi sobre você e Reece?” “O que?” eu gritei, pulando da poltrona.

Ele estreitou seus olhos. “Eu soube que vocês vem passando algum tempo juntos.” Eu estava boquiaberta. Reece e eu tínhamos passado uma noite juntos, e eu não iria pensar nessa noite na presença do meu pai. Ew. “Quem te contou que Reece e eu saímos?” “Eu encontrei Melvin na loja de ferramentas ontem de manhã. Ele me disse que viu Reece esperar você sair do trabalho há umas noites atrás.” Cruzando meus braços, eu revirei meus olhos. “Melvin está louco.” “Então não é verdade?” O que era esse tom de desapontamento que eu estava ouvindo na voz do meu pai? Claro que era. Eu tinha certeza que meu pai gostaria de adotar Reece e Colton.

“Agora, eu não quero nenhum detalhe e, talvez, ele estivesse apenas sendo um bom menino e tendo certeza que você chegasse em casa a salvo, pelo que aconteceu com as meninas na cidade em...” ele interrompeu, esperando.

“Talvez Melvin precisasse parar de fofocar.” Eu prendi uma mecha solta enquanto olhava pela janela da frente. Tinha finalmente parado de chover essa manhã, mas estava longe de ser um dia claro. “Reece e eu...” como eu explico o que Reece e eu éramos quando eu não tinha ideia? “Estamos saindo,” eu terminei.

Suas sobrancelhas franziram.

“Somos amigos,” eu continuei, sentindo minhas bochechas esquentarem. “Nós vamos jantar hoje a noite.” Um pequeno sorriso surgiu em seu rosto. “É mesmo?” “Yeah,” eu mudei meu apoio de um pé para o outro.

Ele concordou vagarosamente. “Você sabe, ele é um bom menino. Sempre pensei que vocês iriam terminar juntos.” “Não diga a mãe.”

“Pai! Não se atreva a contar a mamãe. Ela vai interpretar mal, começar a planejar nosso casamento e ela vai ligar para a mãe de Reece!” “Elas provavelmente iriam começar a tricotar sapatinhos para seus netos inexistentes,” ele concordou, rindo.

“Oh Deus,” eu gemi, enrugando meu nariz. “Isso não é engraçado.” “Eu não vou falar nada,” ele respondeu, mas eu sabia que ele estava mentindo. Logo que ele saísse daqui, ele iria ligar para minha mãe. “Eu tenho que voltar para o escritório. Venha me dar um abraço.” Depois de me apertar, ele saiu, parando na varanda. “Tranque a porta,

Roxy.”

Concordando, eu fiz exatamente isso quando fechei a porta. Mesmo que aquelas duas meninas e a desaparecida – Shelly Winters – não morassem por aqui, eu não era estúpida. E, enquanto voltava para meu estúdio, eu pensei na sugestão de Reece de conseguir uma arma.

“Não,” eu disse em voz alta com uma risada. “Eu realmente terminaria atirando em alguém por acidente.” Além do mais, o incidente com o livro mostrava que eu não tinha um bom autocontrole quando minhas emoções falavam mais alto. Com certeza, jogar um livro e puxar um gatilho eram coisas diferentes, mas ainda me incomodava, a ideia de ter esse tipo de poder em minhas mãos.

Enquanto eu cutucava os pinceis, meus pensamentos voltaram para essa noite. Eu estava ansiosa, mas aquele zumbido de felicidade me deixava inquieta. Eu iria contar a verdade sobre o que aconteceu entre nós e, conhecendo como Reece odiava mentiras, era um grande risco.

Eu poderia perdê-lo antes... antes de realmente tê-lo.

Mas havia essa parte de mim que considerava seriamente continuar com a mentira mesmo que eu duvidasse que Reece soubesse a diferença. Fazer isso era errado e covardia, e eu tinha minhas bolas.

Só precisava encontrá-las.

Eu passei o resto da tarde trabalhando na pintura de Jackson Square em New Orleans. Eu nunca tinha estado lá, mas eu era obcecada com o lugar desde que eu tinha lido um romance paranormal que na maior parte se passava ali.

Eu tinha feito Charlie ler os livros também e, quando éramos mais novos, NOLA 41estava em nossa lista de coisas a fazer antes de morrer. Um dia desses, eu prometi a mim mesma que iria lá, não só por mim mas por Charlie.

Então eu poderia contar sobre isso a ele.

Eu tinha imprimido várias imagens da praça e tinha decidido por uma onde as três torres da linda igreja apareciam atrás da estatua de Andrew Jackson 42em seu cavalo. Essa provavelmente seria uma das pinturas mais difíceis que eu tinha decidido fazer, visto o nível de detalhes e as camadas que isso precisava.

As horas passaram enquanto eu trabalhava no anel de flores brancas que estavam colocavas na frente da estátua de bronze de Jackson. Meu pulso doida devido aos milhares de pequenas pinceladas para assegurar que as pétalas tinham definição, mas a dor valia a pena pelo resultado até agora. Porém, eu ainda não tinha certeza se poderia terminar apenas com aquarelas.

Eram quase cinco quando meu celular tocou, me assustando. Saindo da névoa que sempre ficava enquanto pintava, eu levantei do banco e limpei minhas mãos em meu shorts jeans velho.

Um sorriso bobo apareceu quando eu vi que era Reece ligando. “Hey,” eu atendi enquanto pegava um dos pinceis.

“Hey, babe, eu tenho más notícias,” ele disse. Havia um barulho de roupas como se ele estivesse jogando uma camiseta sobre sua cabeça. “Eu vou me atrasar hoje. Acabei de ser convocado para uma situação com refém.” Eu congelei, meu estômago caindo. “Refém?”

41 Outro jeito de chamar New Orleans 42 Sétimo presidente norte americano.

“Yeah, provavelmente não é nada além de um bêbado que precisa ser acalmado, mas eles estão chamando a SWAT.” Eu pisquei rapidamente enquanto colocava o pincel para baixo. “Você está no time da SWAT?” “Estive pelos últimos três meses,” ele explicou e eu apertei meus olhos fechados. Eu teria sabido disso se estivéssemos conversando. “Babe, realmente me desculpe por ter...” “Não. Você não precisa se preocupar.” E eu fui sincera. “Apenas espero que esteja tudo bem e que... fique seguro.” “Babe,” ele disse novamente e o jeito que ele disse fez meu coração ovacionar. “Estou sempre seguro. Você não tem que se preocupar comigo.” “Eu sei...” eu sussurrei, engolindo forte.

“Eu tenho que correr, mas se você topar, eu posso passar logo depois, ou quando puder. Eu quero ver você, com ou sem comida chinesa.” Eu sorri enquanto cruzava o cômodo, abrindo a cortina. Tudo que eu conseguia era um grande carvalho. Pelo menos, eu pensava que era um carvalho. “Eu quero ver você também. Venha, quando der.” “Eu posso chegar realmente tarde,” ele avisou. “Pode nem ser até amanhã de manhã.” “Não importa. Apenas me mande uma mensagem no caso de estar dormindo.” Eu disse. “Apenas venha quando puder.” “Irei. Vejo você depois.” Perdi a respiração enquanto segurava o telefone. “Por favor, tome cuidado Reece.” Houve uma pausa e então. “Vou tomar. Vejo você logo.” “Tchau.” Me virando da janela, eu coloquei o telefone na mesa enquanto eu encarava a pintura. Com certeza eu estava desapontada que eu poderia não ter a chance de

vê-lo, mas o que eu estava sentindo não tinha nada a ver com isso. Nem poderia se comparar, na verdade.

Reece tinha me falado para não me preocupar e ele honestamente soava como se não fosse nada grande, mas era uma situação com reféns. Como isso poderia ser fácil? Eu não tinha ideia que ele estava no time da SWAT. Não que ser um policial não fosse perigoso o suficiente sozinho, mas colocar a SWAT? Deus, eu realmente não tinha pensado no quão perigoso isso era para ele.

Com meu estômago embrulhado, eu cruzei meus braços em volta da minha cintura. Era como ser jogada de volta para quando Reece estava ativo em combate e lidando com a constante consciência que alo terrível poderia acontecer.

Era por isso que eu não poderia me apaixonar por ele. Sexo era okay. Namorar era ótimo. Mas realmente me apaixonar por ele, me deixar ficar tão íntima com ele? Inferno, não. Eu poderia perder ele como eu... como eu estava perdendo Charlie.

só. Como eu já tinha perdido Charlie.

E esse era um tipo de amor diferente, e veja o quão dolorido isso era por si

Eu voltei a pintar e sempre que meus pensamentos divagavam, eu retomava o foco. Eram quase sete quando eu tomei um rápido banho caso Reece não se atrasasse e, quando as nove chegou, eu fiz para mim um sanduiche de atum e comi enquanto encarava a pintura.

Contra meu melhor julgamento, por volta das onze, eu olhei na internet as noticias locais. Havia uma chamada sobre uma imagem de luzes vermelhas e azuis do lado de fora de uma área arborizada.

Meu estômago se contraiu enquanto eu passava pelo texto. Não havia muito ali para saber sobre o que Reece estava lidando a não ser quer era sobre um homem mantendo sua esposa e – acredito eu – duas pequenas crianças em casa contra a vontade deles.

“Oh, Deus,” eu sussurrei, sem conseguir imaginar o que aquela mulher e as crianças deviam estar passando e como alguém poderia colocar sua própria família em algo assim.

Inquieta e sem conseguir assistir TV, eu terminei me trocando para uma das camisetas gigantes que eu tinha pegado emprestada do meu irmão mais velho. Ela batia logo abaixo das minhas coxas, comprida o suficiente para se passar por um vestido. Estava coberta em tinta seca, perfeita para se trabalhar. Eu tirei meu cabelo do meu rosto e o prendi, voltando logo a trabalhar na pintura.

Horas se passaram, uma nevoa misturando junto cores enquanto eu tentava capturar o tom certo de bronze da estátua e começava a esboçar o cavalo e Andrew Jackson. Desenhando levemente com um lápis sobre a tela era o único jeito que eu consegui fazer isso, mas uma vez que a tinta estava sobre ele, eu não acho que as pessoas iriam notar que tinha sido esboçado antes. As vezes parecia que eu tinha trapaceado ao fazer isso, porque haviam artistas que conseguiam pintar tudo a mão livre. Eu? Eu não era um deles.

Eu provavelmente deveria ter passado tempo trabalhando o projeto de web design, mas eu prometi a mim mesma que iria fazer Terça a tarde. Eu tinha algumas linhas antes da data final para esse e pintar... bem, era o que eu precisava agora.

A tinta estava seca em meus dedos doloridos quando meu telefone tocou, me alertando para uma mensagem. Eu disparei do banco como se algo tivesse mordido minha bunda e peguei o celular. Era uma mensagem de Reece. Uma palavra.

“Acordada?”

Eu respondi mais rápido que uma pistola no velho oeste, mandando um “Sim. ” Depois de um momento, ele respondeu com um curto “estarei logo aí.” Meu coração estava acelerado enquanto eu olhava para onde era exibido o relógio no celular. Puta merda, eram quase três da manhã. Correndo para a sala, eu coloquei meu celular na mesa de centro e estava prestes a correr para meu quarto e me trocar quando eu vi as luzes pela janela da frente.

Eu corri e abri a cortina. As luzes estavam logo na frente do meu carro. Elas pararam. Um segundo depois, elas desligaram. Lá no fundo, eu sabia que tinha de ser Reece e que ele deve ter me mandando a mensagem no caminho para cá.

Como um animal louco parado na frente de um carro, eu não consegui me mover enquanto eu observei uma sombra alta caminhar pela calçada. Quando uma leve batida na minha porta soou, eu posso ter gritado. Um pouco.

Me virando, eu coloquei meus óculos na mesa de centro e fui para porta enquanto me alongava. Eu não conseguia ver nada pelo olho mágico, mas sabendo que deveria ser Reece, eu abri a porta.

Puta cara quente...

Era Reece e ele estava vestido como algo que saiu das minhas fantasias. Uma camisa preta estava justa em seus ombros largos, bíceps definidos e peito. Não tinha como esconder o quão fina sua cintura ela. A camisa estava enfiada por dentro de calças de combate pretas e ele usava botas que eram totalmente foda.

Okay. Eu estava totalmente a favor desse uniforme da SWAT.

Eu levei meu olhar para cima enquanto dava um passo para trás, deixando ele entrar. Ele andou para frente, uma grande mala em sua mão direita. Suas juntas estavam brancas. Tão focava em observá-lo, eu nem percebi que ele estava me olhando daquele mesmo jeito intenso e faminto que eu devia estar olhando para ele. Foi nesse momento que eu percebi que eu estava usando apenas uma camiseta.

Eu nem precisava no espelho para saber que eu parecia uma bagunça.

Reece fechou a porta atrás de si, trancando-a sem tirar os olhos de mim, o que eu pensei que requisitava certo talento. Eu inalei profundamente. “Está... está tudo bem?” Havia algo no jeito que ele me encarava enquanto colocava a mala da poltrona. Era algo cru, totalmente puro e um pouco... instável. Como se houvesse algo incomodando.

Ele balançou sua cabeça. “Não.” Eu não sabia o que dizer enquanto o encarava. Um calafrio passou por meus ombros.

Ele levantou seu peito, inalando profundamente. “O cara – a situação com os reféns. Não teve como convencê-lo.”

Eu segurei minha respiração.

“Quando ele começou a atirar pela janela, nós fomos ordenados a entrar.” Enquanto ele falava, seus olhos azuis escureceram para a mesma cor que ficava o céu durante uma tempestade. “Era tarde demais. Ele tinha atirado na sua esposa e nele mesmo. E não foi um calibre pequeno. As crianças viram. Um deles era novo demais para entender, mas o menino... yeah, ele viu o que aconteceu. Ele vai sempre saber.”

Lágrimas se formaram em meus olhos enquanto minha boca caia aberta. “Oh meu Deus, Reece, me desculpe. Eu nem sei o que dizer.” Eu nunca conseguiria imaginar que essa noite terminaria assim para ele. Eu sabia que era sério. Claro, eu sabia que poderia ter terminado mal, mas era difícil imaginar que ele tinha acordado essa manhã, feito planos, então ter sido chamado, sem ter ideia que ele estava prestes a ver alguém terminar com a própria vida e com a de outra. O mesmo com a pobre mulher e seus filhos.

Mas então, de um jeito, eu acho que eu sabia.

Quando eu acordei naquela manhã quando eu tinha dezesseis, nunca tinha passado na minha cabeça que eu iria perder meu melhor amigo naquela noite. Uma pessoa nunca sabia quando sua vida iria ser alterada. Não haviam avisos. No mais, isso sempre acontecia quando estava tudo bom e calmo.

“O que posso fazer?” eu perguntei, piscando para afastar as lágrimas –lágrimas pela mulher e sua família que eu nunca conheci, lágrimas para o fato de Reece ter estado a metros de toda a situação, especialmente dada sua história. Eu queria perguntar se ele estava bem, ter certeza que ele estava, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele estava se movendo.

Reece não disse nada enquanto fechava a distância entre nós. Tensão no ar, deixando ele mais pesado. Ele segurou minhas bochechas, o toque tão incrivelmente gentil. Ele abaixou sua boca na minha e não havia nada de gentil no jeito que ele me beijou. Sem uma sedução vagarosa. Ele pulou direto para um beijo que me devastou, me esquentando como se eu tivesse passado o dia todo sobre o sol do verão.

“Você,” ele disse, levantando sua cabeça. “Eu quero você. Muito. E eu preciso disso – preciso de você agora.” Seus dedos estavam espalhados em minha

bochecha. “Mas se você quiser ir devagar, eu posso fazer isso. Eu vou fazer isso. Apenas me diga agora, Roxy, porque eu estou me sentindo como um condutor e quando eu deixar você nua, não vai haver mais brincadeiras. Eu vou estar em você.” Suas palavras mandaram um raio direto para meu interior. Eu tremia enquanto meus olhos encontravam os seus. “Não... não diminua.”

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