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Capítulo Dezoito

Se isso era um sonho, eu não queria mais acordar. Por várias razões, mas principalmente pelo fato de não existir nada igual a se acordar com esse cara. Eu só tinha passado por isso duas vezes antes e não foi nem perto do suficiente.

Parte de mim estava tão chocada que eu estive dormindo tão profundamente que ele conseguiu me mover sem meu conhecimento. Eu tentei imaginar o que ele tinha feito quando chegou em casa. Obviamente, ele tinha se trocado antes e eu conseguia dizer que ele estava usando calças de pijama porque eu conseguia sentir o tecido suave contra minhas pernas nuas. Ele deve ter me pegado no colo e me carregado para seu quarto. Eu não sei se ele tinha me colocado assim tão perto de si ou se eu tinha me movido e me acomodado. De qualquer modo, não havia espaço entre nós e sua mão estava no meu quadril.

Meu coração doía enquanto eu estava deitada ali, ouvindo sua respiração, e eu percebi o quanto eu queria isso. Não com qualquer um, mas com ele. Apesar da bagunça que era nosso passado e tudo que precisava ser dito, ele... ele ainda se importava comigo.

Isso dizia sobre o quão gentil ele era. Decente e generoso até a sua essência, e haviam poucos homens assim.

E Reece era realmente um homem lindo.

Sua expressão estava relaxada enquanto dormia, mostrando uma abertura nele que raramente existia quando ele estava acordado. Havia uma aura de poder concentrado, mesmo quando ele dormia. Eu não achava que era por ele ser policial. Era algo natural dele, como uma segunda pele.

Seus lábios cheios e bem definidos se separaram e eu resisti a vontade de passar meu dedão sobre seu lábio inferior. Era até mais difícil negar a necessidade de beijá-lo, porque eu realmente queria sentir aqueles lábios contra os meus de novo.

Sua pele era quente e suave sobre meu toque e eu sabia que precisava tirar minha bunda de sua cama antes que eu fizesse algo realmente inapropriado, como deslizar minha mão sobre o elástico da calça do seu pijama.

Cuidadosamente, eu me afastei dele e levantei da cama. Encontrando meu suéter na beira, eu o coloquei e me abracei, sentindo falta imediatamente do calor do seu corpo. Sem querer acordar ele desde que ainda era cedo, e ele não poderia estar dormindo a muito tempo, eu sai do quarto, fechando cuidadosamente a porta atrás de mim.

Seu apartamento estava silencioso enquanto eu andava de volta para sala. Lembrando que ele tinha uma sacada, eu abri as portas francesas e sai. Eu inalei o ar da manhã e olhei ao redor. A sacada dava para uma área com piso de madeira que era relativamente privada.

Reece fazia jardinagem.

Ou alguém fazia.

Vasos de flores estavam pendurados em uma treliça de ferro, cheios de flores rosa e roxas. Haviam duas jardineiras verdes e uma samambaia em um canto com sombra. Duas cadeiras de vime viradas uma para a outra.

Eu me sentei em uma, jogando minhas pernas sobre a outra. Eu não podia acreditar no quão frio estava. Quando eu realmente pensava sobre o quão rápido as estações mudavam, isso sempre me assustava.

Minha mente divagou enquanto eu ficava ali, sentada. Eu não conseguia me lembrar de ter pegado meus óculos antes quando sai do meu apartamento. Realmente não importava desde que eu não estava com meu carro. Eu teria de voltar para meu apartamento para pegá-lo antes de ir trabalhar hoje mais tarde.

De volta ao meu apartamento.

Eu tremi e não tinha nada a ver com a temperatura. Eu quase não conseguia acreditar – eu estava sendo seguida. Porra, seguida. Eu. Eu balancei minha cabeça. Isso estava acontecendo. Eu não podia mais brincar sobre ser Gasparzinho, o fantasma pervertido, ou que eu estive com problema de memória, era alguém que estava entrando em meu apartamento enquanto eu estava lá. Deletando mensagens

enquanto eu tomava banho. Tirando fotos minhas. Dentro de tudo, essas duas eram as mais estranhas. Ainda pior era o fato que eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Eu nem conseguia imaginar o que era, ou o que poderia ser.

Havia ainda Dean, e por mais que ele fosse persistente, ele não me parecia um psicopata. A não ser que seja alguém estranho – o homem responsável pelo que estava acontecendo com as meninas – que estivesse fazendo isso, e isso era ainda mais assustador. Ele poderia estar indo ao bar cada noite, pelo que eu sabia. Eu poderia estar falando com ele, sorrindo para ele.

Oh meu Deus, isso era horrível até de se imaginar. Me fez querer não pisar mais fora do meu apartamento, exceto que meu apartamento não era mais seguro. Geez, eu apertei meus olhos fechados. O que eu iria fazer? Eu odiava a ideia de mudar minha vida toda por causa de um estranho que era virtualmente um fantasma para mim.

Então, novamente, o fantasma do passado tinha mudado minha vida toda. Eu fazia ou não fazia coisas por causa do que aconteceu com Charlie. Perceber isso era algo cru que eu não estava acordada o suficiente para pensar.

Um pensamento estava fixo na minha cabeça. Talvez fosse alguém que eu conhecesse. Não Dean. Não algum cara que eu sai. Talvez fosse alguém que tinha acabado de voltar para minha vida – uma adição desnecessária.

Henry Williams.

Essa ideia fazia muito sentido, mas quando nós estávamos no colegial, ele era meio estranho. Um cara bonito, mas muito estranho. Talvez ele não estava satisfeito em ter fodido com a vida de Charlie. Talvez ele quisesse me deixar louca. Honestamente, isso soava insano – tão insano quanto invadir meu apartamento e tirar uma foto minha.

Eu abri meus olhos a tempo de ver um coelho marrom correr pelo jardim logo a frente, até as arvores. Bem, eu acho que era um coelho. Foi mais como um borrão marrom. Poderia até ser um gambá.

Sorrindo, eu não conseguia acreditar que estava no apartamento de Reece. Eu não me permitia entender isso bem. Colocando meu cabelo para trás, eu exalei, cansada. Mesmo em silêncio, cercada por coelhos saltitantes e lindas flores, era

difícil entender o que eu sentia por Reece. Meus sentimentos por ele estavam presos em uma teia entre o passado e o presente. Luxuria que foi cultivada durante anos e...

Eu nem conseguia pensar.

Eu podia admitir que me importava muito com ele – e venho me importando a muito tempo – mas amar era assustador. Eu aprendi isso com Charlie. Eu amava aquele menino mais que tudo e vê-lo machucado tinha matado uma parte de mim quando eu tinha dezesseis e ainda estava me matando. Eu não podia me apaixonar por Reece, não profundamente. Não quando ir para o trabalho todo dia poderia significar que ele se machucasse ou coisa pior. Eu estremeci, mas era a verdade. Deus, esses pensamentos eram absurdos por que...

A porta francesa abriu e Reece entrou na sacada, seus olhos azuis sonolentos encontrando os meus. Meu estômago revirou enquanto eu absorvia ele. Deus, ele era fofo de manhã. Cabelo todo bagunçado e uma sombra ao longo do seu maxilar de uma barba por fazer. Ele era material para um calendário.

“Hey.” Ele disse e um lado de seus lábios se curvaram em um meio sorriso.

Meus próprios lábios responderam. Estava claro que ele ainda estava meio dormindo. “Hey, você. Eu não te acordei, né?” “Acho que não.” Levantando um braço, ele passou seus dedos pelo seu cabelo. Meus olhos ficaram presos em seus bíceps e nos músculos ao longo do seu peito. Eu me ajeitei na cadeira, surpresa que eu tinha ficado excitada só de ver um cara alongando seu pescoço. Ele se moveu para sentar ao meu lado. “Quero dizer, eu acordei e você tinha ido embora.” Ele se encostou na cadeira, afastando suas coxas enquanto se inclinava na minha direção. “Eu fiquei preocupado quando não te vi lá. Você está bem?” Meus lábios se afastaram enquanto suas palavras passavam por mim. “Yeah, eu só acordei e não quis te acordar também. Você não poderia estar dormindo por muito tempo.” Seus ombros largos levantaram de um jeito preguiçoso. “Eu realmente não durmo muito. Apenas algumas horas aqui e ali, especialmente quando estou trabalhando.”

Eu pensei na noite que dormimos no sofá onde pareceu que ele foi acordado por um pesadelo. “Você tem de estar cansado.” Olhando para mim com seus olhos sombrios, ele deu de ombros de novo. “É a mesma coisa com você. Você trabalha em horários loucos como eu. Você administra. Eu administro.” “Verdade,” eu murmurei olhando para o jardim. “Eu gostei daqui – da sacada. Quero dizer.” Corada, eu mentalmente me dei um chute. “É bem privado e calmo.”

café.” “Eu gosto também. Tento vir pelo menos uma vez ao dia, para beber meu

De canto de olho, eu o vi levantar seus braços sobre sua cabeça e se alongar. Eu tive de olhar. Eu era humana, e por Deus, fiquei tão feliz de ter olhado. Suas costas se curvaram enquanto os ossos estalavam. O homem era pecado puro. “É um bom lugar para pensar,” ele terminou, abaixando seus braços.

Meus olhos percorreram seu peito e o estômago definido, até a fina linha de pelos escuros que desapareciam sobre o elástico de sua calça. “Eu consigo... um, entender porque.” Houve uma pausa. “Eu falei com Colton essa manhã. Ele vai vir para cá logo. Eu vou estar aqui enquanto ele fala com você.” Um tremor passou pela base do meu pescoço e eu puxei meu suéter mais para perto, concordando. “Ele sabe o que aconteceu?” “Sim.” Eu vi um pássaro passar voando, perto da sacada. “Ele acha que está relacionado as outras coisas?” “Eu não sei. Acho que ele quer falar com você antes de formar uma opinião.” Ele suspirou suavemente. “Sério, Roxy, você está bem?” Essa não era uma pergunta fácil de responder. Tanto estava acontecendo e se passando entre nós, e eu não estava pronta para tudo que precisávamos conversar. “Charlie está com um tubo de alimentação,” eu finalmente disse, levando meu olhar

para o céu azul. A cor era tão parecia com os olhos de Reece. “Ele odiou isso antes, então eles tiveram de prender ele e é difícil vê-lo daquele jeito.” “Me desculpe por isso.” Simpatia genuína irradiou da sua voz.

Eu concordei. “A última vez que ele se recusou a comer, ele terminou tendo uma convulsão.” “Eu lembro disso,” ele disse com a voz baixa.

Surpresa, eu olhei para ele. “Você lembra?” Ele concordou. “Yeah, eu me lembro de você falando sobre isso e eu sei o quão perto você esteve de perder ele.” Dor cresceu em meu peito enquanto me encostava na cadeira. “Eu estou com

medo.”

“Por Charlie?” “Yeah,” eu sussurrei, e mordi meu lábio quando ele se inclinou na minha direção e colocou sua mão em meu braço. Parecia que meu coração tinha dobrado de tamanho. “Eu tenho medo de que vou perder ele. Realmente tenho.” Ele apertou meu braço gentilmente. “Queria que houvesse algo que eu pudesse dizer.” “Eu sei.” Eu engoli o nó na minha garganta.

Seu olhar segurou o meu por um momento enquanto movia sua mão. Eu queria subir em seu colo e me enrolar nele como um polvo, mas eu sabia que essa provavelmente não seria a melhor ideia. “Eu quero perguntar algo a você de novo e eu espero que você responda diferente dessa vez.” Oh Deus, eu não tinha certeza se estava preparada para isso. “Okay?” “Por que você não me contou sobre o que estava acontecendo no seu apartamento, Roxy?” No começo, eu não sabia como responder isso. “Eu não sei. Eu acho que eu não queria que ninguém pensasse que eu estava louca por acreditar em fantasmas ou inventando isso, procurando por atenção. Quero dizer, quantas mulheres vem a

delegacia com medo de estarem sendo seguidas e isso, no final, são ignoradas? Esse é o tipo de merda misógina que acontece.” Reece balançou a cabeça. “Não quando sou eu a atender.” “Você é diferente,” eu apontei, descruzando minhas pernas. O cimento estava gelado contra meus pés descalços.

“Então por que você não disse nada?” Eu mordi meu lábio inferior enquanto segurava nos braços da cadeira. “Eu realmente não sabia o que estava acontecendo quando eu encontrei minha... minhas coisas na lava-louças. Eu apenas não achei certo mencionar isso quando...” Sem conseguir ficar sentada, me levantei e fui para a grande. “Quero dizer, você sabe o que estava acontecendo.” Seu olhar segurou o meu por um momento antes dele desviar. Esfregando a base da palma da sua mão sobre seu coração, ele franziu. “Quando eu percebi hoje de manhã que eu estava lá quando você encontrou isso e que eu não tinha ideia eu quis bater em mim mesmo.” Minhas sobrancelhas depararam para cima.

O músculo em seu maxilar pulsou. “Estou falando sério. O que estava acontecendo com você é algo assustador. Encontrar sua calcinha na lava-louça? Sem saber como isso aconteceu, se perguntando se seu apartamento faz parte do Ghost Adventures ou se você precisa de um check-up na cabeça deve ter te deixado maluca. E você passou por tudo isso sozinha – sozinha quando eu estava ali.” Ele se sentou na beira da cadeira e se inclinou para frente. “Eu repugno a ideia de você ter passado por isso.” Eu inalei profundamente mas o ar ficou preso. “Você está bravo... e você tem toda a razão para estar.” “Eu estava.” Ele olhou para mim entre seus cílios grossos. “Mas eu deveria ter estado lá para você. Você deveria ter conseguido me parar para me mostrar o que aconteceu. Não é culpa sua. Eu coloquei você nessa posição e me desculpe por isso.”

Minha boca abriu mas eu não sabia o que dizer.

“Está na hora de ter aquela conversa,” ele disse, sua voz não deixando espaço para argumentos. “E realmente precisamos ser honestos um com o outro. Ambos. Sem enrolação.” Eu me inclinei contra a grade me sentindo fraca, mas eu não corri nem tentei me esconder disso. Eu não era uma covarde. Pelo menos, eu tentava não seu uma. “Você está certo,” eu disse, mas desejava que ele colocasse uma maldita camiseta, porque seu corpo era uma distração.

“Você sabe por que eu estava chateado. Você sabe por que estou chateado.” “Você odeia mentiras acima de tudo. Eu sei é por causa do seu pai,” eu disse e continuei antes que conseguisse parar. “Saber disso deixou ainda mais difícil esclarecer as coisas sobre aquela noite. Não que eu estou inventando uma desculpa, mas só para você entender da onde vim.” “Mentiras não são o que eu odeio acima de tudo, Roxy. Eu odeio predadores que perseguem mulheres e pessoas que eu me importo. Isso está bem acima. Assim como assassinatos e estupros,” ele continuou e eu acho que entendi seu ponto. “Mas yeah, eu estava irritado. Eu ainda estou meio irritado.” Eu me encolhi por dentro. Lá vem...

“É por isso que eu fui embora. Eu desejo que não tivesse ido. Preciso ser honesto com você, provavelmente foi uma boa coisa eu ter ido porque a última coisa que eu queria era dizer algo que eu fosse me arrepender e depois não poderia voltar atrás, mas se soubesse o que você estava passando, eu teria ficado ali. Que eu tivesse ficado e que talvez você tivesse contado sobre o que estava acontecendo.” Ele esfregou a parte de trás do seu pescoço com uma de suas mãos. “Vamos pegar essa merda e deixar ela de lado por um tempo, por que vamos lidar com isso quando Colton chegar aqui.” “Tudo bem,” eu respondi, enrijecendo.

Ele abaixou sua cabeça e seu peito subiu com uma respiração profunda. “Eu precisava de espaço. Eu precisava limpar minha cabeça da raiva que eu estava sentindo. Eu aprendi, mais de uma vez, que segurar uma conversa importante quando você está irritado não é a melhor coisa a se fazer. Normalmente bagunça as coisas e a última coisa que eu queria é ir por esse caminho com você.”

Mas isso já não estava bagunçado?

Os olhos de Reece eram de um azul tão profundo e hipnotizador quando encontraram os meus. “Eu não estava pronto para falar com você na quinta, mas eu sabia aonde isso iria.” Meu peito subiu e desceu rapidamente enquanto eu me abraçava.

“Eu pensei sobre isso. Eu entendo porque você estava chateada e eu sei porque eu estava chateado. Nós dois estragamos isso, de um jeito ou de outro.” “Nós fizemos,” eu sussurrei, querendo chorar. Eu comecei a me virar, mas sua mão foi rápida e pegou a minha. Eu o encarei com os olhos arregalados.

meus. “Eu acho que fizemos isso errado,” ele disse, entrelaçando seus dedos nos

Eu não tinha ideia de onde isso estava indo, mas ele estava segurando minha mão, então eu iria ir com ele para algum lugar onde eu não quisesse me jogar dessa sacada. “Fizemos?” Reece concordou. “Sem enrolação, certo? Eu tenho algo para te dizer.” “Sem enrolação.” Eu repeti.

Um lado de seus lábios se curvaram para cima. “A primeira vez que eu reparei em você – realmente reparei em você – foi quando você fez dezesseis e você estava no quintal com Charlie. Eu não tinha ideia que vocês dois estavam tentando fazer um tobogã e honestamente não me importei porque você estava usando o menor biquíni que eu já tinha visto.” “Eu não lembro desse tobogã,” eu murmurei.

Ele me puxou, um passo mais para perto. “Eu lembro. Era junho. Eram por volta de duas da tarde e eu estava te assistindo pela janela da cozinha. Eu fiquei falando para mim mesmo que você era nova demais para eu estar pensando o que estava pensando.” Eu fiquei interessada, então não podia deixar isso passar. “Que coisas você estava pensando?”

“Coisas que adolescentes do sexo masculino pensam quando veem uma menina linda com uma roupa de banho que mau cobre sua bunda,” ele respondeu. “Eu não acho que me movi daquela janela até que não estivesse aguentando mais, e eu não acho que você quer saber o que eu fiz quando sai da janela.” Meus lábios se afastaram. “O que você fez?” Ele levantou uma sobrancelha. “Vou te dar duas dicas. Banho. Minha mão.” “Oh.” Minha pele formigava enquanto sensações afiadas passavam por mim.

“Yeah,” ele murmurou, e me puxou mais um passo para perto. Minha perna estava pressionada contra seu joelho. “Então foi quando você tinha dezessete e você fez para mim um cartão de aniversário. Eu não sei por que, mas quando você sorriu para mim e me entregou aquele cartão, você entrou no meu radar e nunca saiu.” Eu me lembrava desse cartão. Eu tinha passado dias nele, desenhando a Estátua da Liberdade, porque eu sabia que ele gostava da Marinha e de coisas Americanas. E eu me senti tão idiota por dar isso a ele, mas ele tinha sorrido para mim e tinha me dado um daqueles abraços estranhos com um braço. Eu pensava que ele me via como uma criança boba.

“Quando eu voltei do exterior e vi você...” Ele balançou sua cabeça. “Aquele abraço que você me deu. Nunca tinha sido abraçado assim antes. Eu não entendo porque você foi a primeira pessoa que eu realmente quis ver quando cheguei. Eu não entendi por um bom tempo porque eu ia para aquele buraco que era o Mona’s. E quando finalmente juntei os dois, e entendi que eu queria você, foi quando aconteceu a merda toda com o tiroteio.” Eu engoli forte. Eu sabia que o Reece tinha ficado muito abalado pelo tiroteio no escritório e que ele tinha começado a beber muito naquele tempo, mas antes que eu pudesse abrir minha boca, ele continuou. “Minha cabeça não estava em um bom lugar para eu agir. O motivo de frequentar o Mona’s se tornou mais sobre ficar bêbado do que ver você e, então... yeah, aquela noite aconteceu entre nós.” Ele inclinou sua cabeça para o lado. “Foi por isso que eu me arrependi. Por que eu estava bêbado e minha cabeça estava em um lugar ruim. Eu não queria isso em volta de ninguém, especialmente de você.” “Reece,” eu sussurrei.

Seus olhos procuraram os meus intensamente. “Quando eu entendi o que estava sentindo por você, você não estava falando e sempre, a merda fica fora de controle.” Meu coração estava palpitando enquanto eu olhava para ele. “O que você está dizendo, Reece?” Aquele sorriso convencido apareceu de novo enquanto ele movia seu braço. Ele me segurou e me guiou para seu colo, meu quadril entre suas coxas fortes. Ainda segurando minha mão, ele passou seu outro braço pela minha cintura enquanto se encostava na cadeira. Sem ter opção, eu fui com ele e terminei esticada contra seu peito, minha mão livre terminando em seu ombro. Meu corpo imediatamente aqueceu por estar tão perto dele.

Nós estávamos cara-a-cara. “E tudo por causa disso – tudo por causa disso e nós fizemos isso errado. Não que eu me arrependo de estar com você. Merda. De jeito nenhum. Olhando para trás, eu tenho cem por cento de certeza que fiquei feliz que aquela foi nossa primeira vez.” O braço em volta da minha cintura se moveu e sua mão se moveu sobre meu quadril, para a barra do meu shorts até minha perna nua. Uma onda de arrepios viajaram pela minha pele. “Mas eu deveria ter feito mais para você. O jantar. O cinema. Tudo isso. Você merece isso. Eu acho que depois desse tempo todo, nós merecemos isso.” “Merecemos?” Minha voz quebrou. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

“Yeah, merecemos.” Seus olhos viajaram pelo meu rosto, terminando na minha boca. “Que tal começarmos de novo? Você quer isso?” Eu ainda não tinha ideia do que falar.

Ele levantou uma sobrancelha. “O jeito que você está acariciando meu pescoço me diz que você quer, mas babe, eu quero ouvir isso sair da sua linda boca.” Minha mão? Eu olhei para ela. Inferno. Eu estava acariciando seu pescoço. “Eu não esperava isso,” eu admiti. “Eu pensei que você diria para sermos amigos... ou algo do tipo.” “Roxy, eu já te disse que eu estava procurando mais que isso.”

“Mas...” Ele inclinou seu queixo para frente, colocando sua testa contra a minha. “Eu estava irritado, mas isso não mudou.” Um momento se passou. “Mas isso mudou para você?”

Parte de mim desejava que tivesse mudado, porque era com Reece e era perigoso para meu coração e para o senso comum. Eu podia realmente me apaixonar por ele, mas eu... eu queria ele e – eu não iria terminar essa linha de pensamento. “Eu gostaria disso.” “Imaginei.” Meu coração se revirou. “Você é tão convencido.” “Apenas realista,” ele provocou, pegando uma mecha roxa do meu cabelo e enrolando ela em seus dedos.

Eu inalei profundamente e seu hálito dançou sobre meus lábios. Minha mente estava literalmente chocada. Assim como meu coração, mas de um jeito ao mesmo tempo bom e preocupante. Isso era a última coisa que eu esperava. Eu, de repente, queria meu presente e meu futuro com ele.

“Espere,” Eu disse, me afastando. “Se vamos recomeçar, isso significa sem sexo até o terceiro encontro ou coisa do tipo?” “Sério?” Eu estreitei meus olhos para ele. “É uma pergunta válida.” “Vamos lá, babe.” Sua mão deslizou pela minha perna e parou na minha bunda e tudo em mim se liquefez. “Eu acho que você sabe a resposta disso.” “Eu acho que entendi, mas talvez eu precise...” Fui silenciada por sua boca. Beijando suavemente, ele fez meus sentidos girarem. Apenas um beijo e meus seios já pareciam mais pesados e eu senti um forte espasmo entre minhas cochas. Bem, a mão na minha bunda provavelmente também tinha algo a ver com isso, especialmente quando um dedo encontrou o centro da costura do meu shorts. Ele traçou a costura, mandando um tremor por mim.

rouca. “Eu aposto que você consegue imaginar agora, certo?” Ele disse com a voz

Eu passei minha língua pelo meu lábio inferior. Eu queria enrolar minhas pernas em volta de seu quadril, pressionar onde eu realmente queria que ele estivesse até ele gemer. “Você tem certeza disso ser o certo?” eu perguntei.

A mão na costura do meu shorts deslizou para baixo do meu suéter e da blusa, chegando a pele nua nas minhas costas. “Por que isso não seria uma boa ideia?” Eu me afastei, colocando minhas mãos em suas bochechas. Eu gostava de como a barba pinicava minha palma. Não havia nenhum bom motivo que eu pudesse imaginar. “Eu não vou me apaixonar por você.” O sorriso de Reece se tornou completo, abraçando meu coração. “Com certeza não vai.”

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