Capítulo Dezoito Se isso era um sonho, eu não queria mais acordar. Por várias razões, mas principalmente pelo fato de não existir nada igual a se acordar com esse cara. Eu só tinha passado por isso duas vezes antes e não foi nem perto do suficiente. Parte de mim estava tão chocada que eu estive dormindo tão profundamente que ele conseguiu me mover sem meu conhecimento. Eu tentei imaginar o que ele tinha feito quando chegou em casa. Obviamente, ele tinha se trocado antes e eu conseguia dizer que ele estava usando calças de pijama porque eu conseguia sentir o tecido suave contra minhas pernas nuas. Ele deve ter me pegado no colo e me carregado para seu quarto. Eu não sei se ele tinha me colocado assim tão perto de si ou se eu tinha me movido e me acomodado. De qualquer modo, não havia espaço entre nós e sua mão estava no meu quadril. Meu coração doía enquanto eu estava deitada ali, ouvindo sua respiração, e eu percebi o quanto eu queria isso. Não com qualquer um, mas com ele. Apesar da bagunça que era nosso passado e tudo que precisava ser dito, ele... ele ainda se importava comigo. Isso dizia sobre o quão gentil ele era. Decente e generoso até a sua essência, e haviam poucos homens assim. E Reece era realmente um homem lindo. Sua expressão estava relaxada enquanto dormia, mostrando uma abertura nele que raramente existia quando ele estava acordado. Havia uma aura de poder concentrado, mesmo quando ele dormia. Eu não achava que era por ele ser policial. Era algo natural dele, como uma segunda pele. Seus lábios cheios e bem definidos se separaram e eu resisti a vontade de passar meu dedão sobre seu lábio inferior. Era até mais difícil negar a necessidade de beijá-lo, porque eu realmente queria sentir aqueles lábios contra os meus de novo.
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