Revista APETT Nº11-12

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SElECCÃO E RECRUifAM61NílF.O DE PESSO~ILl · I

FORMACÃO EM DIRIE€;CÃO E GESTÃO DE EMPRESAS CONSUILTORIA EM ORGANIZACÃ() E GESTÃO DE EMPRESAS RUA DA ALEGRIA. 1714/ B 4'. H. 54 • TEL. 498782 4200 PORTO


N.º 11 -12 / JULHO · DEZEMBRO / 1S84

REVISTA TÉCNICA DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS ENGENHEIROS E TÉCNICOS TÊXTEIS

DIRECTOR: LUlfS ALMEIDA SUBDIRECTOR: MARIA ALICE CARREGOSA

Ideias como estrelas SABER OLHAR. POR PRAZER E ARTE . E DEPOIS, NUM RASGO DE PROFISSIONALISMO, FAZER PUBLICIDADE COM IDEIAS DENTRO . IDEIAS COMO ESTRELAS. MAJESTOSAS, SUBLIMES. IDEIAS QUE VENDAM, PELO SEU BRILHO INTENSO, PELA SUA ELEGÂNCIA UNIVERSAL. IDEIAS QUE SEJAM MUITAS . O BLM É ISTO: MISTÉRIO E FORÇA CRIADORA. PODER PARA PERSUADIR. CRIAÇÃO QUE DESTRÓI ARCAICOS HORIZONTES, QUE FAZ O HOMEM PENSAR NUM OUTRO ESPAÇO VIVENCIAL. AO CONFIAR-NOS A SUA PUBLICIDADE, A SUA EMPRESA TORNAR-SE -Á NUM UNIVERSO COM MUITAS IDEIAS E ESTRELAS QUE DIMENSIONARÃO O SEU FUTURO .

CONSELHO DE REDACiÇÃO: PROF. DOUTOR MARIO DE ARAÜJO PROF. DOUTOR LUIS DE ALMEIDA PROF. DOUTOR JOSÉ FIADEIRO DOUTOR ENG.º JOSÉ FERREIRA NEVES DR. JOSÉ CAMINA ENG .º JORGE MONTEIRO ARTUR FARIA ENG.º RAUL BARROCA ENG .º E. M . DE MELO E CASTRO ENG .º FRANCISCO MAGALHÃES DR.ª REGINA BVSCAIA ASSESSOR JURIDICO: DR . JOSÉ LUIS ARAüJO REDACÇÃO: Rua Cónego Ferreira Pinto , 71 -2.º 4000 PORTO

BLM-Gestão e Serviços Publicitários, Lda. Rua do Campo Alegre, 555 Telefone 69 36 85 4100 Porto

3

Editorial Na hora da viragem Prémio para o melhor artigo

.

lnformacões .

4

Calendário têxtil

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Noticiário

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Cartas ao Director Perguntas e Respostas

9

Glossário de termos técnicos

11

PREÇO UNITÁRIO: 200$00

Abstractos de artigos

Artigos Técnicos

ASSINATURA ANUAL: (4 números) 600$00

12

A escolha dos recursos humanos na empresa

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL

14

Determinação automática do comprimento das fibras têxteis através de microprocessadores

20

Contribuição para o estudo da fiação «open-end» em Portugal

COMPOSIÇÃO E IMPR&SSÃO: Gráfica Maiadouro

25

Aspectos ·est ruturais das Nbras acrílicas

'flRAGEM: 2 500 exemplares

37

Corantes fugazes

43

Teonologia da produção da malha felpa

50

Noções bási·cas de tingimento

57

Máquinas para acabament os de malhas na ITMA-83

63

Tratamento biológico e reciclagem de efluentes têxteis

68

A gestão e a informática

PROP.RIEDADE: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS ENGENHEIROS E TÉCNICOS T~XTEIS

ASSINATURAS E PUBLICIDADE:

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Sumário

ASSINATURAS: APETT - Associação Portuguesa dos Engenheiros e Técnicos Têxteis Rua Cónego Ferreira Pinto, 71-2 .º 4000 PORTO Telefone 818713 PUBLICIDADE: BLM - Gestão e Serviços Publicitários, Lda. Rua do Campo Alegre , 555 4100 PORTO Telefone 693685

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4100 PORTO

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EDITORIAL Contactou-nos a Direccão da APETT no sentido de dirigir a Revista, , em substituição do Dr. Mário de Araújo, com quem formámos equipa, e a quem se deve o actua/ bom nível técnico da revista. Já no 3.º ano de publicação, dir-se-ia tratar-se duma tarefa fácil aquela que nos propusemos ao aceitar o convite que nos foi formulado. No entanto, há dois aspectos que nos parece essencial corrigir para aumentar o impacto da Revista : a) b)

Pontualidade na saída dos números; Colaboração efectiva dos leitores.

No primeiro aspecto, vamo-nos comprometer a fazer sair quatro números por ano, em princípio no primeiro mês a seguir ao trimestre a que respeitam , para o que contamos com o apoio de nova equipa publicitária, bem como dos fornecedores de matérias-primas e subsidiárias, máquinas, equipamentos e serviços à indústria têxtil. Com um aspecto gráfico melhorado esperamos tornar a revista técnica e comercia/mente mais agressiva.

Já no segundo aspecto verificamos não te1 ainda a Revista constituído um instrumento de diálogo entre os associados. Relembramos o editorial do primeiro número da Revista, e citamos: «Os trabalhos aqui publicados são, na maior parte, de técnicos portugueses para técnicos portugueses e estrangeiros. Poderão ser passíveis de críticas e a isso apelamos. Da discussão nasce a luz ( ... )". Fazemos assim um apelo aos associados e demais leitores da Revista para que colaborem, quer individua/ quer co/ectivamente, não só através do envio de artigos para publicação mas também escrevendo à Direcção da Revista expondo os seus pontos de vista sobre os mais variados assuntos. A divulgação da informação científica e técnica é cada vez mais importante para a competitividade industria/. No que respeita à indústria têxtil, importante pilar da economia nacional, esperamos dar um contributo para que a revista da APETT venha a ocupar o lugar que lhe compete neste campo que as revistas estrangeiras nunca poderão colmatar.

Luís M. M. Guimarães de Almeida

NA HORA DA VIRAGEM Uma agência de publicidade é, nos dias de hoje, nm vector fundamental do desenvolvimento económico . A mensagem, a comunicação, esta arte de falar e ser ouvido, são f actores que determinam os resultados de uma prática de gestão. A dinâmica empresarial não se escapa, pois ao fascínio da modernidade e da ousadia. Como potencializadora desta e daquela imagem num mercado cada vez mais exigente e concorrencial, a agência de publicidade deve cumprir, assim, um função social de/evante. Desta forma o compreenderam os responsáveis pela AssoC'iação Portuguesa de Enge-

nheiros e Técnicos Têxteis, AP.ETT, organismo de importância crescente no seio do movimento empresarial. Por isso não hesitaram ao escolher a BL;M - Gestão e Serviços Publicitá rios , Lda., como colaboradora atenta no desenvolvimento de uma acção formativa e informativa. AcÇão dirigida por e para os quadros superiores de um veio produtivo que de há muito assumiu um espaço privilegiado no quadro económico português. A BLM orgulha-se da escolha. Na certeza de poder corresponder a um trabalho conjunto de apurada eficácia. Na certeza de saber aliar· as exigências técnicas e económicas à elegância da mensagem.

PRÉMIO PARA O MELHOR ARTIGO DA REVISTA DO ANO 2.º DE PUBLICACÃO •

[SMM} IRION & VOSSELER

fOXBORô*

Cumprindo o despacho DT-2/82, publicado no número 4-5 da revista, cuja l'e'itura •aconselhamos ·aos futuros colaboradores com artigos técnicos, o Conselho de Hedacção -d ecidiu atribuir ao Eng.º Luís da Cunha e Melo o prémio no

valor de 5 000$00 por considerar o •seu artigo «Economias de Bnergia em Enobrecimento Têxtil», publicado no :n.º 8 da revista, o melhor artigo ·apresentado por um autor ·eventual no ano 2.º da revista (Janeiro a Dezembro de 1983).

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NOTICIAR IO

CALENDÁRIO TÊXTIL (1985)

Por MARIA ELISAHETE CAiBEÇO SILVA

Indica-se a data da realização, o local, e a entidade organizadora, com a qual deverão contactar para mais informações.

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Janeiro 9-12 Frankforte, Alemanha Ocidental Heimtextil Messe und Austellungs GmbH

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Abril 23-24 Manchester, Reino Unido Simpósio: Computadores em Têxteis Universidade de Manchester

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Janeiro 21-27 Nova Deli , fndia Gartex'84 : Feira Internacional confecção Multi Media Marketing Co

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Abril 24-30 Yunnan , China Yunnan Expo 85 SHK lnternational Services Ltd .

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Abril 24-25 Charlotte, USA 55.º Conferência Anual de Investigação e Tecnologia Textile Research lnstitute

de

maquinaria

-- Janeiro 22-24 Londres , Reino Unido Mostra de revestimentos de solos Contract Flooring Exhibitions -

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Fevereiro 6-10 Porto, Portugal Maquitex Associação Industrial Portuense Fevereiro 7-10 Lisboa, Portugal lntermode Fil

- - Fevereiro 10-13 Munique, Alemanha Ocidental Mostra de Moda de Munique Mode-Woch-Munchen GmbH -

Março 14-17 Porto, Portugal lnterportex Outono-Inverno 86 Gabinete Portex

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Março 26-28 Universidade de Surrey, Reino Unido Conferência Internacional de Flamabilidade lnterflam 85

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para

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Abril 18-19 Manchester, Reino Unido Simpósio: Têxteis em Cirurgia e Medicina Universidade de Manchester

30 Maio - 2 Junho Porto, Portugal Portex Primavera/Verão 86 Gabinete Portex

Junho 6-10 Paris, França Feira Paitex French Trade Exhibitions

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Setembro 19-22 Porto, Portugal lnterportex Primavera/ Verão Gabinete Portex

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Outubro 14-20 Tianjin, China lntertext 85 SHK lnternational Services, Ltd .

Abril 1-5 Dubai, USA Interiores 85 Fairs and Exhibition Ltd. Abril 15-17 Frankforte, Alemanha Ocidental 53' lnterstoff Messe Frankfurt GmbH

Maio 9-14 Londres, Reino Unido Conferência 75.º Aniversário do uTextile lnstituten : O Mundo dos Têxteis - Investimento, Inovação e Invenção Textlie lnstitute

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Novembro 14-17 Porto, Portugal Portex Lar 85 Gabinete Portex

28 Novembro - 1 Dezembro Porto, Portugal Portex Outono/Inverno 86-87 Gabinete Portex

PREÇO DE UMA HORA DE MÃO-DE-OBRA NA INDUSTRIA TÊXTIL

A INDUSTRIA TÊXTIL INGLESA NECESSITA DE INVESTIMENTO

A «Gesamtverbarnd der Textilindustrie in der BR Deustsahland», da HFA, fez um estudo sobre o preço da mão-de-obra têxtil do Extremo Oriente. Em Hong Kong uma hora de mão-de-obra fiGa por 20 % dos custos gerai·s de mão-de-obra a pagar na RFA apes·ar de Hong Kong não ser um extremo em s·alários baixos. Na indústria têxtil da HFA urna hora de mão-de-obra custa 19,53 DM . Este valor inclui todos os gastos adioionais de ·s alários relacionados com o rendimento de trabalho. A Bélgica apres·enta aproximadamente o mesmo valor que a RFA ass1im como a Itália e a Dinamarca. Em F1rança uma hora de mão-de-obra custa menos 22 %. No Japão os custos dos salários são cerca de 32 % 1abaixo dos ·da HFA e na Grã-Bretanha cerca de 39 % . Na Hol anda pass·a-se o contrário, os custos dos saláriüs são 13 % mais ·elevados que na RFA, na Suíça 18% e nos EUA 11 %.

A balança comercial da •iondústria têxtil britânica está bastante defiaitária : as rimportações de produtos têxtei·s aNngirram em 1983, 495 000 t enquanto que em 1982 foi de 448 00 t. As exportações ·Cifraram-se em 166 000 t em 1983 enquanto que em 1982 foram -c)'e 170 000 t. O efectivo da mão-de-obra no sector têxti 1 é de 300 000 assalariados o que repres·enta uma diminuição para metade em 10 anos. Para o Pres·idente da Confederacão Têxtil Britânica a sobrevivência da 1irndústriá têxtil só poderá •efectuar-se s·e houver i<nvestimentos em equipamentos modernos.

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LEESONA MUDA DE NOME PARA JOHN BROWN INC.

A Leesona Corp., Warwich, R. 1., EUrA, que em 1980 foi absorvida pela John Brown PLC, de tondres, Inglaterra, mudou ü nome para John Brown lnc. O nome Leesona só se manterá no sector das máquinas-.. têxteis.

DIREITOS DE IMPORTAÇÃO PARA CERTOS PRODUTOS TÊXTEIS EM FRANÇA

A França 1acaba de •s·er autorizada a aplic:ar direitos alfandegários à importação de certos tecidos de algodão prove.nientes da Comia do Sul. Com efeito, este país tinha exportado para França desde Janeiro de 1984, 27 % da sua cota europe1ia. Medidas da mesma natureza vão ser tornadas em relação aos artigos sintéticos proveniente·s da Roménia. A EUROPA OCIDENTAL E OS SINTÉTICOS

A SUfÇA EXPORTA TECNOLOGIA QUÍMICA PARA A R. P. DA CHINA

A Ems - Inventa AG, Suíça, fiHal da Ems Chemie Holding AG, está a ·implantair uma ·instalação compl·eta para o fabrico de fios texturizados de poliester •na China. A fiação de fibras químicas com urna capaC'idade •anual de 5 000 t trabalha segundo a tecnolo9ia rápida de fi.ação desenvolvida pela Ems - Inventa AG. A FRAN ÇA INVESTE NA INDUSTRIA ALGODOEIRA

A França em 1983 ionvestiu na •indústria têxtil ·e prevê que para 1984 haja um grande aumeonto dos rinvesNmentos da sua indústr'i-a algodoeira . Essa evolução foi a seguinte: -

média dos anos 1980-1981: 360 MF; médi a dos anos 1983-1984: 560 MF. 1

Nestes últimos ·anos 83 e 84 os invesNmentos repartiram-se entre a fiação e 'ª tecelagem em cerca de rnet·ade paira cada. O ·investimento autofi.nanciado foi de cerca de 50 %.

A diminuição do consumo de fibrns químicas na Europa Ocidental deveria continuar em 1984. No entanto, segundo previ·sões, o consumo de fibras e fios s·intéNcos, -de 1984 em 1relação ·a 1983, aumentaria de 2,5 % na Europa e de 7,8 % no mundo, ernquanto que o aumento do consumo de todas as fibras se ria respectiivamente de 2,4 % e de 4,2 % . Em relação aos sintéticos a Europa Oc'idental deveria ationgirr 52 % ·do consumo total. A CHIN A EXPORTA ALGODÃO BRUTO

A Chi·na em 1983 dupHcou a ·sua produção de algodão bruto em relação ao ano anter ior, passando de 1O para 20 mi 1hões de far-dos o que fez da China o prime•irn produtor mundial desta matéria-prima. Ass•im a Chiona passou de ·importador a exportador visto que só ·consome 17 milhões de far.dos. A vantagem ·d este ·exportador é que oferece uma gama completa de fibras médias, longas e extral-ongas, tendo no entanto uma desvant·agern em relação 1aos fardos que ·sendo de 60 a 90 kg em vez de 120 a 200 kg mão estão prep·arrados para a auromatização da preparação à Nação.

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No entanto os economistas Chineses estimam que as próximas colhe'itas não serão tão boas devi.do à reconversão das terras para produções agrícolas aHmentares.

-end (1982 + 20 % ). Os fios produzidos em open-end representam agora um t·er ço da prnducão total. , A balança do comércio exterior permanece negativa com 134 000 t importadas (1982 + 7%) e 40 500 t exportadas (1982 + 15 % ).

AMARELECIMENTO DOS TECIDOS? · COMO EVITÁ-LO?

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UR 1000 NA TECELAGEM DO DENIM

ARTIGO 1

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targura ao pente - 162,7 cm 24 fios / 16 passagens Debuxo - sarja de 4 Efeitos de teia - 4 Hços, 3 953 fios ao pente de 810 puas por metro picado com 3 fios/pua foia e trama open--end 100 % algodão 84 tex (12 Nrn) 1

VERÃO DE 86. QUE FIBRAS? QUE CORES?

As primeiras orientações dos estilistas 'i ndustriais para a ·estação de verão de 86, ·são:

OS UNIFORMES DA MARINHA AMERICANA SERÃO EM ALGODÃO

O gabinete da Intendência ida marinha americana acaba de escolher tecidos 100 % algodão com tratamentos iginifugos para confeccionar os uniformes. Esta escolha foi feita após um estudo comparativo com outras fibras e e~sai?s de uso em diferentes climas do mundo inteiro.

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O brilho mas sem contraste com aspectos mate .

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As fantasias dos fios permanecerão bastante di·s cretas e aparecerão sob a forma de ·imitações de sedas ou de Shantu:ng, ou com aspectos de linho . 1

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Largura 1ao pente-161,1 cm Debuxo- s·arja de 3/1 sobre 8 liços 3 964 fios ao pente, 615 puas por metro picado com 4 fios/pua , teia 84 tex (12 Nm) ope·n-end 100 % algodão 1indigo , trama 100 tex (10 Nm) open-end 100 % algodão cru, 16,5 puas/cm. 1

Com 180 om de largura ao pente e com um misturador de trama, a velocidade de inserção era de 512 rpm . O pente tem puas de 4 mm em vez das habituais que são de 3 mm e colocou-se um guia central para os quadros. . . Após as op·erações de acabamento, ve~1f1cou-se uma muito boa homogeneidade do tec 1do de uma ourela à outra e em refação ao cenro . Um grão muito regular •e com um ~· C:~ aspecto foi obNdo devido à grande poss1bil1 dade de variacão das tensões de te'ia. Pode-se c~ncluir que o UR 1000 da SAOM com pinças r·íg idas convém perfeitamente à tec'elagem do Denim e consequentemente ·a outros tipos de artigos pesados. 1

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As cores suaves, claras, sem serem pastel nem brancas mas vivas e ao mesmo tempo doces. Predominarão ·as cores de ·cobre e rosa , os azui s frão desaparecendo . As cores misturar-se-ão entre si e ·Com o branco. bran oo. O negro desaparecerá.

REDUÇÃO DA ACTIVIDADE DA MALHA EM FRANÇA

A anáJiise estatfstica da produção relativa aos quatro primeiros meses de 1984 mostr~ que houve uma reducão ido volume de produçatQ na maior part e dos ~ectores em •relação ao mesmo período de 1983. Só a produção de meias e collants, 1roupa interior para cri anças, ro~pa inte11ior de bebé •e sobretudo fatos de tremo (+ 30,5 % ) estão em progressão. O mercado do jogging mantém-se . Os pull-overs e ·as camisolas estão a bai xar fortemente ( - 14,9 % ). Não se prevê uma me·lhori·a ·deste nas 1estatístiicas mas para o mesmo período o valor das exportações aumentou 14,9 % .

QUANTIDADE DE IMPUREZAS NO ALGODÃO

A Instrumental Golor Systems, 'Ltd., Newbury, Inglaterra, acaba de ·se ass?oi~r à Toot~I Technical Services Ltd., para a cr1açao da TeX"1con Ltd. ICS é muito conhecida pelo seu s 1istema de colorimetiria ·e pela r eprodução de tonalidades . Em contrapartoida os produtos fabricados pela Tootal Techn·ical Services são muito u,ti~·i­ zados nas indústrias que t rabalham no dom1mo da cor, como 'ª têxtil, a impressão, os plásticos e as pinturas. Concerteza que com esta associação aproveitarão as duas sociedades e também o desenvolvimento da colorimetria.

O novo :apa relho da Shiirley Developments, o Shirley Trash Separator, desHna-·se a substiituir o antigo Shirley Analyser, permitindo conhecer com preoi·são a quantidade de impurezas ·e poeiras do algodão. O Tirash Separator apresenta uma téonica melhorada de separçição aerodin âmica da fibra e das poeiras fo rnecenddo resultados bastante precisos ·s egundo o construtor. Em algodões Hrnpos, uma pass'agem no Trash Separator equivale a duas passagens :no Analisador. Este ªP'arelho separa a amostra ·em 5 partes em vez de duas como anteriormente : o desperdício , as ·impurezas primárias, as impureZ"as finas, as impurezas supe riores a 500 microns e as poeiras superiores a 50 microns.

O PLANO TÊXTIL ESPANHOL 1

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FIO DE POLIESTER COM ASPECTO DE LINHO

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A forte tendência da moda de alguns anos a esta parte para os teoidos e ·as malhas reaHzadas com Hnho 'e a ex:istê:ncia limitativa desta fibra incitaram os produtores de fibras ·sintéticas a .d arem 'esse aspecto ·às suas fibi11as. Deste modo Toray apresentou um fio de poliester com aspecto de linho, trilobado ou pentalobado .

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Em 1983, ·a HFA produz,iu 287 000 t de fiios de algodão ( + 6 % em relação ·a 1982) com um efectivo .de 19 200 pessoas (d imin uição de 3 % em rnl aç ão a 1982). A produção .de fios 100 % algodão ou com a maior pernentagem em algodão aumentou de 7 % . O parque ide fiação tem 2 100 000 fusos de contínuo ( 1982 - 4 % ) e 95 000 rotores o pen-

FIO PARA DAR AO TECIDO O ASPECTO DE MADEIRA

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SNIA DE NOVO ENTRE OS MAIORES EM FIBRAS QUÍMICAS

Snia Viiscosa é uma das primeiras empresas •italianas e ·encontra-s·e entre os maiores da Europa na produção de fibras ·arti.ficiais 'e S'intéticas. A principal accionistq é ·a flat (25 % ). Actualment:e, Sniia figura •à cabeça das recomendações dos prof is·sionais do merC"ado ltaliiano.

TENDÊNCIAS DOS FIOS COURTELLE PARA O INVERNO 85/ 86·

Para o ·i,nvemo de 85/ 86, 15 produtores de fios escolheram a Courtelle para 'ª produção dos seus produtos, rnsult ando daí 50 qual'idades de fios diferentes. Os fios no seu conj unto são · maiis grossos de 3 a 100 Nm. Têm aspectos 1e toque ·d oces e feltrados. Os fiios 100 % Cour telle de alta volumi1nosidade 'São os que mais aparecem em todas as cores. Nos fios de fantas•ia aparecem os fios com argola para as malhas vaporosas e de aspecto orvalhado . Os fios torcidos hi e t ricolores e os de tipo Shetland. Aparecem muito as misturas da Courtelle com a lã e o algodão . 1

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SITUAÇÃO DA FIAÇÃO ALGO DOEIRA NA R. F. A.

Murata, depois de apresentar a fiação por jacto de ar des envolveu um sistema de tricotagem também por jacto de oar que não necessita de agulhas. Este s·istema contém um crilindro com uma fila de furos em circunferência cujo espaçamento corresponde às colunas . O cilindro roda e à volta dele estão dispostos bicos de injecção de ar que arremessam o fio cuja extremidade é ·d kig+da para os buracos de modo a enviar o fio para o ·interior do oilindro com um comprimento corresponde1nte 'ª º comprimento da laçada. Os hicos de 'i njecção e os tubos de ejecção do cilindro abrem·se ·e fecham-se intermitentemente e em s1incronização.

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TEXICON LTD EM INGLATERRA

O Governo espanhol investiu em ·dois anos (Outubro de 1981 ·ao final de 1983) o equ·ivalente a mais de tt1inta e quatro milhares de milhões de escudos na sua 'i ndústria têxtil :nacional. Um terço ·deste investimento foi feito no sector algodoeirn. Se o esforco feito pelo governo espanhol é grande ele foi também bastante sel,ectivo visto que só 5 % das empresas têxteis ,espanholas benefioiarnm deste 'i nvestimento.

SISTEMA DE TRICOT AGEM POR JACTO DE AR

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ARTIGO 2 -

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Foram fe'ittQs ensaios no UR 1000 da SAOM nos Estabelecimentos Bonduel d'Halluin em dua~ quaHdades de teddos tipo Denim 520 g/m 2 destinados à confecção de artigos Blue-Jean. As características de cada um dos ·artigos são as seguintes:

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Keneth C. Surelz, investigador da divisão química e pigmentos da Ou Pont de Nemour~, efectuou um estudo ·sobre as causas dos tecidos amarelec idos depois de embalados em poMetileno. Para evitar este efeito, o investigador sugere que se reduza o teor em óxido de '8Zoto n?'s armazéns de ·s tock, ·Se utilize folhas de pol11etileno sem BHT (butilidroxitolueno) que é um dos principais agentes de · amarelecimento, e. se acabe os teoidos branqueados em fase acida. 1

um tecido cujo desenho, muito característico, é parecido com a superfície da madeir a. Este tecido destina-se a revestime ntos .

CURSO DE FORMAÇÃO SOBRE GESTÃO DE EMPRESAS TÊXTEIS NA U.M.

Realiza•se de 21-2-85 a 7-3-85 (7 tardes) um curso de formação sobre ECONOMIA, ORGANIZAÇÃO !; GESTÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL E DO VESTUARIO, nas instalações da Universidade do Minho, em Guimarães. O curso é desNnado a quadros médios e superiores de ·empresas têxtei.s que ocupem lugares ·de chefia bem ·como a gestores , empresários e todos aqueles que -desejem obter formação neste domínio . 1

Chavano Z criou um fio de poliester de 600 dtex composto com 3 multifilamentos de 167 /30 textu rizado Nng ido em fio que usado na trama permite obter, graças a certas « 1imagens» 1

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CARTAS AO DIRECTOR

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS Por MÁRIO DE AHAúJO

Esta secção está à disposição dos leitores da Revista que se nos queiram dirigir por ·escrit~ . Serão ·aqui bem vindos todos os comenta·l'ios quer favoráveis quer ·divergentes em r_el·ação à estrutura da Revista, aos pontos de v1·st~ n ela expostos e aos artigos téonicos aqui publ 1cados. 1

1

Convidamos ·igualmente os sócios da Associacão Portuguesa de Engenheiros e Técnicos Têxtei·s e demais l·eitores da Revista a dispor deste espaço para apresentar opi niiões individuais ou colectivas ·sobre problemas de actualidade ·relacionados com a ·indústria têxtil. Não hesite , pois; escreva-nos! 1

PERGUNTAS E RESPOSTAS

m DAMASCO s.m .

DENIER s.m.

Tecido com figuras produzido com uma teia e uma trama no qual (geralmente) cetins por teia e por trama se intercruzam. Podem por vezes introduzir-se sarjas e outros pontos de ligação .

Massa em gramas de 9 000 metros de filamento ou fio. Este sistema directo de numeração é normalmente uti l·izado para fios de filamento contínuo. DENIM s.m .

Nesta secção põ·e-se à disposição dos nossos le'itores uma equipa de especialistas que procurarão responder a questões pontuais no âmbito da ·indústria têxNI e do vestuário que os le'itores quei·ram ver •esclareoidas, quer es~as sej'am de carácter técnico, económico ou social. A título exempl'ificativo vamos deixar em ab~rto algumas questões com o objectivo do l·e1tor perguntar ·a s·i próprio: Como se pode medir o compl'imento das fibras têxtei·s? 2 - Em Portug·al, na situação actual, será ma+s vantajoso aMmentar as máquin as de fiação "open-end,, com fibras virgens ou com misturas contendo reciclados?

Pergunta: Quais são as principais causas das quebras de fios na tecelagem e tricotagem? Resposta: Podemos S'i·stematizar as causas das quebras de fiO"s nos processos de fabri·cação de tecidos ·nos s·eguintes grnnde·s grupos:

-

1-

1

3-

4-

Por que razão não ·s·e efe.ctua normalmente a termofiX>ação das fibras acrílicas? Quais as vanta9'ens e os inconvenientes da ultilização de resinas s intéticas na encolagem de teias de algodão?

Sem esquecer o factor máquina, o factor homem e as condições ambi·ent:ais (nomeadamente a temp·eratura e a humidade da sala de tecelagem ou tricotagem), são as características do próprio fio as principais responsáveis pela sua quebra. Assim , temos:

a)

1

5 - Como •se pode tratar um efluente têxti 1?

b)

Foram.,nos postas duas questões por um le'itor da revista, que passamO"s a responder. Pergunta: Como se podem fazer fios elásticos pelo método "core"spun,,? Resposta: Não temos a certeza se a pergunta diz resp·eito à produção de fios elásticos pelo método «core-spun», que quanto a nós a'i1nda não está suficientemente ·implantado industr•ialmente, ou à produção de fios elásticos , para s·erem uNlizados na fabricação de tecidos do tipo «denim» 1elástico. Julgamos mais provável que sej'a a segunda questão a irequerida . Os fios ·elásticos do tipo «stretch» são obNdos pel·a retorção de fios de ·algodão , multifHamentos de fibras elastano (nor~ malmente de " Lyc-ra,,) e um fio texturizado de poliamida, também sob a forma de multifilamento. São os ·componentes "Lyc-ra,, e " pol i·amida » que vão provocar ·as caracterísNcas de recuperação elástica, as quais serão função das percentagens de cada um dos component es , be m como da ten são aplicada a e-ada um deles quando da r etorção.

e)

1

8

Máquinas Mate·riais Homens Condições ambientais.

Características intríns·ecas do próprio fio, como s·ejarn res·istência, torção , regularidade, etc. No caso da tecelagem, os aspectos ·relacionados com ·a p·reparação da t rama e da teia, mas muito particularmente a encolagem, tem enorme influênc'ia nas quebras. No caso da tricotagem , a preparação do fio, ou seja, a bobinag·em , é o factor responsável pela maioria das quebras verificadas. Convém ter particular atenção na lub11ificação do fio (parafinação), ess·enc·ial para dim inuir o atrito dO"s fios no tear de malhas.

Pa ra um esclarecimento mais compl·eto sobre este assunto, ·aconselhamos 'ª leitura dos seguintes artigos: - A.P.S. SAWHNEY, «How Five Factors Make or Break Weav•i1ng », foxtHe World, 129 (Abl'il, 1979), pgs. 55-58. -

E. SHARIEFF, «Yarn Characteristics Affecting Kn itting Performan ce and Fabr ic Appearance and Their Control by the Sp in ner», Textile Asia, Março de 1980, pg. 86. 1

DEBRUAR v. Guarnecer com debrum.

Tecido de algodão cuja estr.utura é uma sarja pesada (teia pelo direito) em que a teia se apresenta tingida e a trama em cru .

DEBRUM s.m . DENSIDADE DE FIOS ("PECIDO) s.f. Fita com que se guarnece a bord a de um «teci-do ».

Número de fios (teia) por centímetro do teci.do (Ni) .

DEBUXO s .m. DENSIDADE DE LAÇADAS (MALHAS) s.f. Estrutura de um «tecido» . Modo como os fios se ·Cruzam e/ou as laçadas se entrelaçam e combinam. Chama-se também Debuxo ao estudo sistemático e rigoroso do modo como as estruturas se desenvolvem para produzir tecidos, malhas, rendas, etc.

DENSIDADE DE PASSAGENS (TECIDO) s .f.

DECATISSAGEM s.m.

Número de passagens (trama) por centímetro do tecido (N2).

Processo de acabamento com o objectivo de melhorar o toque e a aparência de tecidos de lã (geralmente estambre) e misturas . Este processo consiste em enrolar o tecido apertadamente num rolo perfurado e submetê-lo a cidos de calor, .arrefecimento e vácuo. A decatissagem diz~se «em molhado» quando o mio com o t·ecido é imerso em água quente (que também oircula pelo tecido) e diz-se «em seco" quando o rolo com o tecido é submetido à acção de vapor.

Número de laçadas existentes por centímetro quadrado do «tecido" (S) .

DEPURAÇÃO (flO) s.f. Operação pela qual as imperfeições (borbotos , neps, ou impurezas salientes) são retiradas do corpo do fio (geralmente na bobinagem). DERBY RIB (MALHAS) s.m. É um rib 6 X 3, 'isto é, um «tecido » de malha de trama no qual as colunas se dispõem alternadamente 6 para um lado e 3 para o outro.

DECITEX s.m . Vêr tex . DECOTE s.m. Corte no vestido (blusa, camisola, etc .) para deixar a descoberto o colo da pessoa que o veste .

DESBOTAR v . Perder ou alterar a cor ou o brilho de um têxtil. DESCAROÇAR v. Processo pelo qual as fibras de algodão são retiradas da semente .

DECRUAR (a seda) v . Operação pela qual a seri c1na é eliminada da seda (.fios , teci.dos ou desperdícios de fibra) através de urna lavagem a quente ·e Hgeiramente alcalina de modo a não ·afectar 1a fibroina.

DESCARREGAR (LAÇADAS) v. Fase do ciclo de t ricotagem que antecede a ·al imentação na qual as laçadas velhas passam do gancho para a haste da agulha . 1

g_·


DESENCOLAR v.

DINAMÓMETRO s.m.

Eliminação da goma ou cola ·introduzida nos fios de teia .de um tecido .

Aparelho normalme.nte utilizado para me.dir as propriedades mecânicas dos materiais.

ABSTRACTOS DE ARTIGOS Por ANA MARIA ROCHA

DESENHADOR TÊXTIL s.m.

DIRECTA (FIAÇÃO .. . ) ·s.f.

Indivíduo que se ocupa .do estudo, concepção ou projecto de um produto têxti 1 quer no seu aspecto estético como no funcional.

(1)

(2) DESENROLAMEITO AXIAL s.m. Quando o fio ·s·e desenrola de uma bobina no sentido ·do eixo (a bobina ·encontra"se geralmente parada) .

Para a obtenção de fotocópias dos artigos cujos abstractos aparecem na Revista da APETT deve contactar-se o Centro de Tecnologia Têxtil, Universidade do Minho Av. D. Afonso Henriques - 4800 Guimarães - Telefs . 411738/9

"Fibras não naturais) Método pelo qual um «tow .. de filamento contínuo de tamanho ·adequado é cortado e fiado numa só operação.

1/ 85 -

(Hbr·as vegetais do caule) Método de fiação a seco das fibras do caule pelo qual fitas sem torção ·são ·estiradas com o auxílio de controles adequados -e torcidas directamente em fio.

É discutido o papel do desenhador nas actividades comerciais duma empresa têxtil, exemplificando o tema com uma companhia que trabalha no ramo dos cortinados e revestimentos de mobiliário .

2/ 85 -

DIRECTO (CORANTE ... ) s.m. DESENROLAMENTO TANGENCIAL s.m. Quando o fio se des·enrola de uma bobina num sentido tangencial (a bobina encontra•se geralmente •em movimento).

Corante aniónico com ·substantividade para as fibras celulósicas quando aplicado a partir de um banho de ting imento ·aquoso contendo um electrólito. 1

Eliminação de um corante .da fibra.

DISCO (MALHAS) ·s.m. Parte de um tear circular de malha de ·t rama em forma de cír·c ulo com ranhuras na parte superior, onde se ·e ncontram geralmente ·inseridas radialmente .as agulhas .

DETERGENTE s.m. Substância que auxilia a eHminação da sujidade de um têxtil. Esta eHminação é 1efectuada por emul·sificação ou dissolução das partículas de sujidade, que normalmente fi.cam ·em suspensão no líquido por acção dessa substância.

Acabamentos ignifugos para não-tecidos e outros materiais têxteis J. E. Stephensen American Dyestuff Reporter, vol. 73, n.º 10, Out. 1984, 26-32 (7p) - em inglês

_ . . São _apresentados esquemas de decomposiçao term1ca de varias tipos de fibras, referindo-se o tipo de tratamento ignifugo adequado a cada uma delas. 4/85 -

Defeitos em trama produzidos pela técnica de inserção por jacto de ar P. Y. Deroche Industrie Textile, n.º 1 144, Maio 1984, 460-462 (3p) - em francês

Analisam-se e descrevem-se 2 tipos de defeitos em trama : a formação de pilosidades nos fios e a separação de filamentos (no caso da filamentos) ou a destorção dos_ fios (no caso de fios de fibra cortada) . Sao apresentadas possíveis soluções . 5/ 85 -

DIAGONAL s.f.

Como e até que ponto se pode economizar tecido na sala de corte? F. Giachettí Confeccion Industrial, n.º 233 , Nov. 1984, 31-37 (7) - em espanhol

Este artigo aborda o assunto não do ponto de vista tradicional , baseado em estudos de tempos de estendida e corte, mas da optimização do trabalho em termos de quantidade e qualidade. 3/85 -

DESMONTAGEM ·s.f.

A estratégia do «designer .. T. Lave Textile Horizons , vol. 4, n.º 12, Dez. 1984, 30-32 (3p) - em inglês

TEX s.m.

Secador para relaxação de malhas /. T. F. Maíl/e Industrie Textile, n.º 1 144, Maio 1984, 479-481 (3p) - em francês

feita a descrição deste tipo de secador bem como da t écnica de relaxação utilizada. É

Estrutura (debuxo) geralmente com base num cetim que produz no tecido cordões com um ângulo superior a 45º. Usa-se para gabardines, calças e tec·idos pesados para o vestuário de homem e senhora.

DIAGRAMA DE FIBRAS s.m. Diagrama produzido pelas fibras quando colocadas por ordem decrescente de compri mento numa almofada de veludo preto . A separação ·das fibras é normalmente efectuada com um classifi.cador de pentes.

Sistema de numeração decimal directo , expresso •em unidades métri.cas, adoptadas pe'la comissão dos têxteis da l.S.O. (lnternational Organization f.or Standardization) como sistema universal utiliz·ado para designar a massa linear (massa por unidade de comprimento) de fibras, filamento, fitas e fios. O Toex é igual à massa em gramas de 1 000 metros de fio. Os múltiplos e submúltiplos recomendados como possíveis alternativas .são os seguintes : Kilotex- gramas por metro ou quilogramas por quilómetro. MHitex-miHgramas por quilómetro. Decitex - decigramas por quilómetro.

DIFERENCIADO (TINGIMENTO) Adj

10

Tingimento ·de fibras, que embora .do me·smo tipo que ·as Nbras normai·s, possuem propriedades tintoriais diferent·es.

6/ 85 -

É apresentado um resumo acerca das propriedades mecânicas das costuras e sua eficiência.

7/85 -A qualidade no «Splicing» G. Geba/d Textile Asia, 15, n.º 5, Maio 1984, 65-72 (8p)em inglês 8/85 -

Melhorar a qualidade e a produtividade da fiação K. Douglas Textile Month, Maio 1984, 41-47 ('5p) - em inglês

Examinam-se 3 parâmetros que influenciam a produtividade e qualidade da fiação de fibras curtas: 1. amostragem e ensaios laboratoriais 2. precisão e afinação do material 3. recolha contínua de dados «On-line » 9/85 -

SOLICITAM-SE COMENTÁRIOS À TERMINOLOGIA UTILIZADA

A qualidade das costuras em linha de algodão S. O. Pai, V. G. Munshi, A. V. Ukidve Textile Asia , 15, n.º 6, Junho 1984, 72-81 (10p)em inglês

A relação qualidade/custo no processamento de malhas G. A. Richardson Textile Month, Junho 1984, 39-44 (6p) - em inglês

São revistos alguns sistemas de processamento a molhado de malhas. , Antes de se efectuar o balanço entre a qualidade e o custo devem ser estabelecidos padrões em termos de requisitos e comportamento das malhas processadas . 10/ 85- Os corantes reactivos e o problema dos peróxidos /. D. Rattee lnternational Dyer, 169, n.º 3, Março 1984, 11 (1p) - em inglês É resumido um artigo acerca do mecanismo de peroxidação de diferentes tipos de corantes reactivos e da ruptura da ligação fibra/ corante durante a lavagem dos tecidos em presença de peróxido de hidrogénio ou perborato de sódio. 11 /85 -

últims novidades sobre Open-End

L. Bures Textile Asia, 15, n.º 1, Janeiro 1984, 62-67 (6p) em inglês Breve apontamento sobre a evolução das máquinas Open-End 12/ 85--A geometria de tecidos e sua aplicação F. A. /. Muíioz Revista de la Industria Textil , n.º 213, Dezembro 1983, 21-44 (24p) - em espanhol É apresentado e reexaminado o modelo de Pierce e comparado com o de Grosberg. Estes modelos são empregues na determinação do factor de cobertura e da permeabilidade dos tecidos. Exemplificam-se algumas aplicações típicas destes modelos geométricos na dedução do peso e outras características dos tecidos. 13/ 85 -

Unidade de controle aplicada à tecelagem J. Delacroix Industrie Textile, n.º 1 140, Janeiro 1984, 35-37 (3p) - em francês Relata-se o funcionamento do sistema Ametist 820 da Microtec utilizado na tecelagem. 14/85 -

Estabilidade dimensional de T-shirts em relação às condições de utilização /. T. F. Maílle Bulletin Scientific de l'lnstitut Textile de France, 12, n.º 48, 1983, 3-25 (23p) - em francês Os resultados mostram que a recuperação das dimensões das T-shirts no sentido do comprimento durante a lavagem caseira é de 3 % ; a secagem em tambor permite que se eliminem distorções da malha; a densidade de pontos tem uma grande influência na perda de forma do artigo no sentido da largura. Método rápido de determinação do teor em humidade de tecidos A. M. Wemyss, M. A. White Journal of the Textile lnstitute, 1984, 75, n.º 2, Março/Abril, 152-155 (4p) - em inglês O teor eni humidade de tecidos de lã, algodão e poliester pode ser estimado com precisão, pesando o tecido antes e depois de prensado a 160º C durante 30-60 segundos. Pode controlar-se deste modo mais facilmente o teor de humidade. 15/85 -

16/85 -

O programa CAO para fios tingidos e para tecidos /. T. F. Nord Bulletin Scientific de l'lnstitut Textile de France, 1984, 13, n.º 4_9, 35-37 (3p) - em francês , Este .program~ descreve um sistema apro. priado a Engenharia de tecidos, de . modo a prever a •tecibilidade .. , aparência e custo desse mesmo tecido.

11


A ESCOLHA DOS RECURSOS HUMANOS NA EMPRESA

·--

Por CLAHISSE MOREIHA DE SOUSA

C'l

RÉSUMÉ

Os métodos científicos de selecção procuram diagnosticar, através da utilização de i·nstrumentos e técnicas •adequadas, as capacidades, personalidades, motivações e atitudes do indivíduo com o objectivo de estabel·ecer um prognóstico da ·sua ·adequação rel·ativamente às exigênci·as de uma det·erminada função. Isto impHca uma análise prévia do posto de trabalho ·em causa, para determinação do seu perfil de exigências. A utilização de critérios C'ientíficos no recrutamento, além de minimiz-ar os custos de pessoal através de uma maior rendibilidade, evitará ao empresário o risco de sel·eccionar um candidato ·inadequado para determinada função, o que pode prejudicar a realização de ·serviço no ·sector em que este é ·integrado. Outro aspecto importante, ·relativamente à gestão de pessoal, é a orientação profissional e diagnóstico de capacidade, através da detecção das aptidões e conhecimentos do indivíduo, permitindo ·o ·seu correcto enquadramento na empresa e possibilitando assim urna maior satisfação e motivação dos indivíduos para o trabalho e concomitamente um aumento da sua produção.

CONCLUSÃO

Com a aproximação da integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia, torna· -se cada vez mais necessário rendibHizar ao máximo ·as empresas portuguesas, para que estas possam competir com as empresas dos países membros. Para que isto se torne ·reali· dade, importa não só manter uma ·actualizaçãc. constante ao nível dos conheC'imentos técnicos e estratégicos, mas também desenvolver uma gestão ·eficaz dos recursos humanos, o que pressupõe ter :em consideração os métodos uti Hzados nas acções de recrutamento e selecção, pois do êx·ito destas dependerá o valor do potenci·al humano da empresa. Os gestores e empresários portugueses devem decididamente optar por métodos científicos de validação de s·el·ecção, para que num futuro próximo os s·eus ·recursos humanos ·se sintam ·i·ntegrados nos seus postos de trabalho e capazes de prügredir nas suas funções, considerandos estes que num processo de gestão moderna s·e traduzem pelo assegurar da réndibil'idade económico-financeira das empresas. ·

Cet article aborde /es prob/emes concernant /e récrutement et (a sé/ection du (!ersonnel, notamment /eurs besoins et /eur interaction avec la gest1on des entrepnses .

SUMMARY This paper presents some prob/ems connected with the recrutment and the se/ection of personne/, such as its importance and influence on management.

Pavimentos Metalicos Industriais Gradeados e Aço Distendido Tipos para sobrecargas uniformemente distribuídas até 6000 Kg;m2

INTRODUÇÃO

candidato adequado, que possa adaptar-se facilmente às exigências da função e sentir-se integrado no grupo de trabalho, garantindo à empresa, que ·a sua admissão será um êxito para a _ organização. Importa definir previamente a noçao de rec·rutamento e de selecção de pessoal. O recrutamento é o processo de atrair candidatos, internos ou extiernos, que seJam qualificados e estejam intieres·sados no desempenho da função em causa. Selecção é o processo de escolha do candidato mais qualificado rel·ativamente à funcão e numa perspectiva de integração numa determinada empresa. Muitas empres·as preferem promover internament·e o 1seu pes·soal, s·empre que a função ·a preencher corresponda ·a um salto quaHtiativo relativamente a 'Outras funções, poi·s isso vai permitir uma continuidade 1e uma perspectiva de linhas de carrei·ra, par·a além do facto de criar uma maior satisfação no trabalho. Mas a promoção interna tem os seus inconvenientes. Oada função só pode ser preenchida apenas por um indivíduo, o que pressupõe uma correcta avaliacão de desempenho, que evite ·a insatisfação ê previna a deteriüração das rel·ações de trabalho. Os métodos clássicos de recrutamento e selecção pe pessüal apresentam o ·inconveniente de serem insuficientes e subJectivos, e muitas vezes praticados por pessoas já ·sobrecarregadas de tarefas técnicas e 1administrativas, a quem faltam critérios objectivos de comparação. 1

Sendo o homem um meio privil·egiado de producão torna-se cada vez mais importante para â e~presa desenvolver a sua prática. d~ gestão de pessoal, no sentido de obter ·~ ef1cacia dos s·eus recursos humanos. Para isso, a empresa deve estar apta a identificar as poten cialidades, Hmitiações e pos·s ibilidades do se~ efectivo, de modo a proporcionar o seu cresc~­ mento profis·sional ·e possibilitar a sua con.tn buição mais ef.ectiva nos objectivos orgarnzacionais. A mudança como característica es·sencial da sociedade moderna, implica que as organizações produtivas estejam dotadas de pessoal competente e objectivo na acção, preparado para ·as·sumir ·respons·abiHdades e para responder prontamente aos des·afios do meio social envolvente. O Recrutamento e Selecção de Pessoal É necessário ·atribuir, cada vez mais, uma maior e cuidada atenção às ·acções de recrutamento ·e selecção de pessoal, poi·s é do ·seu rigor científico que depende a designação do

(*)

12

Psicóloga. Responsável pelo Departamento de Recrutamento e Selecção de Pessoal do MBA-CONSUL· TORES.

Miniquadrícula e Quadricula Aço

Rectangular Aço

Pranchas de Frestas Aço-Galvanizadas

Gradeado Losango , Aço

Gradeado Losango Alumínio

Aço Distendido Gradil Esteira

FÁBRICA

RDDRIGUIS, fDNSfCA BCARVAlHD, lDA.

Rua de Serpa Pinto. 269/271 • Telef 811016-811041

4000 PORTO - PORTUGAL


DETERMINAÇÃO AUTOMATICA ao COMPRIMENTO DAS FIBRAS -TÊXTEIS ATRAVES DE MICROPROCESSADORES PARTE Por MARIA RISABETE CABEÇO SILVA( * ) AUGUSTO KIHSCHNER ('~*)

O conhecimento do comprimento das fibras é fundamental para a comercialização das mesmas e para a sua utilização posterior na fiação. Com este fim fez-se uma análise estatística dos diagramas de fibras obtidos por dois aparelhos automáticos que recentemente apareceram no mercado, comparando-se entre si. RESUMÉ

La /ongueur des fibres est une des caractéristiques fondamentales, du point de vue de /'achat, de la définition des parametres de transformation et des app/ications des matieres texti/es. Ce travai/ fait un rappe/ des plus importantes propriétés statistiques des diagrammes de /ongueur des fibres, en vue d'une comparaison ultérieure des apparei/s de détermination automatique de la /ongueur des f ibres par microprocesseur. SUMMARY

The fiber /ength is one of the main fiber properties not only commercially but also to define the transformation parameters and the end uses of the textile materiais . This paper reviews the most important statistical properties of fiber /enght diagrams, useful to compare the automatic fiber /ength measurement apparatus based on microprocessors.

INTRODUÇÃO

O comprimento ·das fibras tem um papel muito importante •na indústria de f.ios. Com efeito o comprimento e a finura das fibras condicionam: -

O tipo de processo de fiação (processo tipo «ffüras longas» ou «f.ibras curtas») . (*)

(**)

14

Assistente Convidada da Unidade de Engenharia da Universidade do Minho. Professor na École Nationale Supérieure des Industries Textiles de Mulhouse da Universidade de Haute Alsace, França.

9. . l

9. m

FIG. 1 -

Curva de distribuição

Designar-se-á por: n; f; -

a frequênoia absoluta associada a ·1; a frequência rel•ativ·a associada a I;

em que:

e N = :E n; rnpres·enta o efeito total e lm o comprimento máximo das fibras do provete. No caso em que se supõe que a variável é contínua, a função distribuição corresponde à função dens·i·dade de probabilidade que se reprnsentará por p(I). Esta função distribuição pode ser representada pelas: -

·curva de distribuição (variável contínua). Fig. 1 polígono de frequência (variável descontínua). Fig. 2

1

RESUMO

1.

·-..=

o comprimento das fibras: o TE-XLAB da PEYER e o FIHROGRAFO 541 da SPINLAB. Estes dois ·aparelhos, como tantos outros, mostram como a electrónica e a microinformática se desenvolveram no domínio do Gontirole de Qualidade ·e da Metrologia Têxtil. Estes modelos de alta precisão e por isso também de alto preço •são no entanto os que podem saHsfazer as ·exigências actuais dos responsáveis pela Hação. Cada vez mais as fiações possuem máquinas de grandes ex·igências tecnológicas o que reduz o intervalo das afinações e regulações; i·sto ·implica portanto um conhecimento profundo das características geométricas, ·reológicas e mecânicas das matérias-primas (fibras) uNlizadas. Por outro lado, o aumento constante do preço das maté11ias-primas brutas destinadas à fiação impõe uma definição mais rigorosa da qualidade do produto ·acabado; o valor comer:cial das fibras naturais está directamente ·ligado à sua finura e ·ao seu comprimento de tal modo que a aquisição de equipamentos ·de controle .de quaHdade modernos não deve ·ser hoje cons·iderada um luxo. Isto é particularmente verdadeiro ·no caso da fiação de misturas de fibras ·em que 'ª regulação das máquinas se torna por vezes delicada, apresentam um corte irregular ou de desperdícios de fiação regenerados ou ·reciclados. O conhecimento das misturas de fibras implica também um bom conhecimento das distribuições do comprimento das diferentes componentes da mistura. Graças aos microcomputadores de que se equiparam os anaHsadores de comprimento de fibras, é possível s·imular no laboratório, as propriedades das misturas de fibras a partir das suas componentes. Para o controle contínuo da qualidade é necessário que este seja f.requentie ·e ·si'stemático em todos os est·ados do processo de fabricação e além disso deve ser fiável. Isto pressupõe não somente que da técnica de medida utiHzada se possa fazer uma análiise estrita .da população de ~ibras testada, como também que o número de medidas seja ·estatisticamente suficiente e qu os resultados ·expe:rimentais não sejam falseados pelo factor pessoal do operador. Estas exigências não podem ser saNsf.eitas com os processos de medida convencionais como os classificadores de pentes não automáticos. Por outro lado, a lentidão destes processos não permitia muitas vezes testar um número de provetes e de amostras suficiente para satisfazer os critérios de 1representabilidade e de fiabilidade estatísticos. Os modelos citados apresentados na ITMA caracterizam-se pela precisão, fiabiliidade e rapidez das medidas. A Hnguagem utilizada nestes novos aparelhos pressupõe evidentemente um bom conhecimento das propriedades probabilísticas das distribuicões aleatórias das fibras. Por isso faremos nesta primei:ra publicação a anáHse de alguns tratamentos teóricos muito breves.

-

A regulação das máquinas de fiação (trens de estiragem, penteadeiras, ·etc.). -As propriedades físicas do fio obtido (aspecto, tacto, conteC1do de impureza, pilosidade, regularidade, propriedades dinamométricas, etc. -As condições de trabalho da fiação (velocidade, rendimentos, quebras , limite de f.iabilidade). - O valor comercial das fibras naturais, nomea.darnente do algodão . Na Exposição Internacional Têxtil de Milão (ITMA-83) foram apresentados ·dois novos aparelhos automáticos para :anal+sar ·e ·determinar 1

2. 2.1

DISTRIBUIÇÕES ALEATÓRIAS

Funções de distribuição e de repartição

O comprimento das fibras de um provete estatisticamente ·representativo de uma amostra de fibras, constitui urna variável aleatória l; cujas vari•ações podem •s er ·representadas pela função dist>ribuição .numérica.

FIG. 2- Polígono de frequências

-

histograma da di·stribuição (os valores de I; .são ·reagrupados em ·Classes segundo os seus comprimentos). Fig. 3_

FIG. 3 -

Histograma

Na indústria têxtil, por vezes trocam-se os eixos e o •raciodnio faz-se pelas irepetições e sobre as frequências acumuladas .

FIG . 4

Neste caso, então: lm N; = ir·epetição ·a cumulada = :E n1 e; lm F1 = :repetição acumulada = :E f1 com F(O) = 1 e1

15


I

q(I) =

lm

cuja ordenada é T. Por outro lado , o coeficiente de variação CV1 está relacionado com as duas áreas A1 e A2 delimitadas pelo fibrograma e pela tangente em a., pela equação

p

As funcões correspondentes chamam-se funções de ~epartição numérica. Se a variável é contínua, ·a função ·repartição q(I) é o integral da função distribuição p(I), isto é:

-~. -

-

-~

----1~~ · ; :

p(I) dl

:_-:":

•+ -

CV1 % = 100 \ / -

Às distribuições ponderadas correspondem também parâmetros de posição central e parâmetros de dispersão ponderados. :E f1 w1 I; Média ponderada = Tw = - - - - = (w, 1) :E f1 wl

A1 (ver figura 9)

1

Variância ponderada = É de salientar que o di•agrama peso e o dia-

grama número bem conhecidos da indústria têxtil sobretudo laneirn, são funções de repartição numél'1ica. Contudo a «base» deste·s diagramas não é ·igual a 1 mas ·igual a :E n; ou a 100 % (diagrama número normalizado) .

--L---· • '" ---~...e: ·e:_. • ~-

-

-

----.----- ----=--~~-:_ ~ ~ ·: ~-.:....--~ ~~-

= Fun ç ã o de Au tocorrelação

i "'

'

'

• ''

.. ' .

'

1 '

.

'1

1

'

.. .

:

1

= Ow =

'

'

' '

Coeficiente de variação ponderado =

1

f

T · 3.

lm

3.1

FIG. 7

:E n1 11

T = - - - - = :Ef111

dades estoatísticas de um provete de fibras são diferentes das de um provete de "barba" extraídas de uma mesma amostra fibrosa. No primeiro caso, trata-se de um provete «numérico», no segundo de um provete ponderado (ver 3.1). Demonstra-se que a função <P (1) que corresponde ao Fibrograma ·está relacionada com a função repartição q (1) pela relação

DISTRIBUIÇÕES ALEATÓRIAS PONDERADAS

N.

-

<P (1) = ---

·a variância

1

:E:n; (11 -T) 2 a2 = - - - - - = :E f1 (11 - T)2 1 :E n; -

o desvio padrão a1 =

:m

f

v7 1

=

v

Definições

:E

2.3

visto que

3.2

Distribuição «Altura» É urna distribuição aleatória ponderada em

rn1

lm 11 = L f; = F1 = - - - 1; lm :E f1

OU

W;

= t; = - 1;

com s1 = secção das fibras m1

t; = título das fibras = - - = densidade

11

lm

o coeficiente de variação

X

Fi.brograma

Poder-se-á portanto definir:

lm f1 lm = :E W1 - - - - = :E f wi = Fwi 11 lm li :E W1 f1 o

R-m

.

linear das fibras

:E f1 = 1 ·i=O

:E f1 (11 - T)2

-

A função repartição «Altura» geralmente designada por diagrama «Altura»;

-

A função de distribuição «Altura» ou h1istograrna «Altura» (no caso .de um agrupamento em classes dos comprimentos).

Do mesmo modo às funções correspondem, parâmetros de posição ·c entral e de dispersão ponderados

em que: 11 -variável, aleatória principal f1 - frequência absoluta W1 - factor ponderador (variável aleatória se<:undária estat+stiicamente co,rrelada ou em função com 11 fw1 - frequência Hndividual) ponderada Fw1 - frequência acumulada ponderada em que,

Função de autocorrelação numérica - Fibrograma

O fibrograma pode ser considerado como o l'Ugar geométrico das extremidades Hvres das fibras :r·esultantes de um provete de barba que são or.denadas por comprimentos decrescentes (Fig. 7). O conjunto das fibars :que ·exoedem •um plano P de uma ·estrutura têxtil linear (fibra, mecha ou f·io) constitui um provete de «barba» (fibras paralelas mas não alinhadas). O Fibrosampler da Sp·inlab permite obter muito rapidamente um provete de barba («tuftn) a partir de urna rnas·sa desordenada de fibras.

A média ponderada Tw pode escrever-se sirnHcamente como (w, 1) segundo a •notação de PALMER. Por outro lado, em todas as fórmulas anteriores, pode-se substituiir f1 pela repetição n1, pois estas grandezas ·são proporcionais.

f1

No caso de "Uma função de repartição ponderada, •as coordenadas do ponto "M" passam a ser:

p (1) =função de autocorrelação numérica. i = comprimento médio aritmético das fibras. Ns = número total de fibras na barba («tuft»).

N

16

lm

em que:

100 O'J - - - - = CV1 % T

100 - iw

i=O

q (1) dl = N. p (1)

Fibrograma

-

O'w

=

que

y = I;

X

%

1

Retomemos a função de repartição numérica (ver figura 5). As coordenadas de um ponto M qualquer têm por expressão:

É no entanto de salientar que as proprie-

= CVw

q (1) dl

FIG. 6- Diagrama numéro

a rnédi·a aritmética ou numéri·ca

2

:E f ; W;

1

Estes parâmetros permitem resumir numericamente uma ·distribuicão estatística. Os parâmetros mais utilizados são:

:E f; W1 (11 - iw)

1

' .'

1:

v

1

' '

FIG. 9-p(I) = -

Parâmetros de posição central e parâmetros de dispersão

:E f1 W1 (1 1 - iwJ2 = ------:E f; W ;

Desvio padrão ponderado =

. '1

2.2

(j2 w

s

FIG. 8 -

<1> (1) = Ns . p (1)

lm

Nota: As funções de repartição e de autocorrelação possuem propriedades matemáticas interessantes. É por isso que o valor médio da função repartição q (1) é igual a T (ver f•igura 9) e que a tang ente ao fibrograma em a., (cor-respondente a N.) corta o eixo dos comprimentos no ponto ~

-

L

o

«Altura»= H = - - - (s, 1) :E f1 S; :E '11;

m1 11 .

:E n ; S;

I; = (s, 1) = (t, 1)

:E n1

m1 I;

f wi = 1

e

Fw(O) = 1 Variância «Altura» = a2

L n1 S 1

H

As expressões f wi e Fw'i ·def.i:nem respectivamente a .função de distribuição ponderada e ·a função de irepartição ponderada relativas ao par •aleatório (wi. 11).

l

Desvio padrão = aH = «Altura»

/

V

:E n1 S; (!; :E n1 S ;

H)2

17


4.2

Coeficiente de

100 variação «Altura,, = CVH % =

3.3

Diagrama «Número»

O"H

H

A cada classe ·associa-se um rectângulo elementar (I;, rn' ;) em que:

Distribuição «Barba» É uma distribuicão aleatória ponderada em

que

= m ; =massa de ·f ibras. As funções de distribuição e de reparNção W;

-

I; = cent:ro de classe

-

·n'; = ·efect·ivo relativo da classe em % =

100

4.3 m; :E--

são: -

histograma «iBarba» (-repartição em classes de comprimentos);

-

.diagrama «Barba».

Os parâmetros de posição central e de dispersão são, então: -«Barba»= B = (m, 1) =(si, 1) 2

-

Variância «Barba» = cr

-

Coeficiente de variação «Barba»= CVsºlo

B = H (1

+

I; = centro de classe m'; = peso ·relativo da classe em % =

Justapondo e al+nhando as bases dos rectângulos elementares, ordenados por ordem decrescente de I;, obtem-se o histograma de repartição "Númer·o,, do qual se deduz o diagrama «!Número» . Por geometria simples (traçado Reohrich e ·Shirley) é fácil defini·r

Por outro lado, a «Barba» e «Altura» estão relac·ionadas pela ·equação

-

um comprimento médio técnico (comprimento efect•ivo)

-

um parâmetro de dispersão (% de fibras curtas) .

)

Justapondo e alinhando as bases destes rectârngulos ordenados por ordem descrescente ·de 11obtem-se o histograma da repartição «.Peso» do qual se deduz o di'agrnma «Peso» . Este último é irnterpretado pela norma americana ASTM e permite definir: -

um comprimento médio efectivo = UOL

-

um parâmetro de dispersão = URs % .

1-

=OA/z l,:mm)

OE =OD/1,

F L Canpri.~to

8

efectivo

EH.= Efjz OK=Ol/L,

-~~~~~~!--'~

PROCESSOS CONVENCIONAIS (Classificadores de pentes não automáticos)

IS=''· fibras

curtas

ESSO PORTUGUESA, S. A. R.J.

FIG. 10

25

Os clas·s'ificadores de pentes permitem fraccionar um provete numérico representativo de uma :amostra ·de fibras em n classes de comprimento. Gada classe é caracter·izada por 2 parâmetros: a)

Oentro ·de classe = comprimento médio da classe = I;;

b)

O peso da classe = m;.

o diagrama «<Número» (f.unção de repart•ição numérica) o dfagirama '"Peso» (f.unção de -repartição ponderada com W; = m;).

U0L

= Upper

ML,

=Mean

UHLM

M •/.

=Upper

.

Quart.le Leng\h

Length

R?.

s 5'/,

E

F

100

-

Hall M ean

UR,= uniformlty

o E ·ainda ·o 'irntervalo ·de clas·se Hntervalo entre duas classes cons·ecutivas) é constante. A partir dos n pare·s (11, m;) é possível representar a distribuição dos comprimentos das fibras de duas maneiras diferentes (2 tipos de diagramas):

100

2 - INTERPRETAÇÃO ROEHRICH

Introdução

-

Visite o nosso STAND

INTERPRETAÇÃO AMERICANA (ASTM)

Se ·se ·cons1iderar o título das fibras constantes (f.ibras químicas) o diagrama «Altura» é 'i gual à média aritmética e o CVH ao CV numérico. Neste caso, ter-se-á do mesmo modo B = (1, 1) .

18

de 1985.

DIAGRAMA PESO

INTERPRETAÇÃO SHIRLEY

A

-

de 6 a 1O de Fevereiro

DIAGRAMA NÚMERO

104

C3

4.1

presente na MAQUITEX,

:Em;

donde:

4.

A APETT vai estar

100 m;

2

H

Diagrama «Peso»

A cada classe, associa-se um rectângulo elementar (I;, m';):

1;

B

CV

paralelizadas anteriormente em função da distância (I;) do ponto de medida à base .do provete. A partir dos pares (I ;, h;) é pois fácil traçar o diagrama «Altura» que é equivalente ao ·diagrama «Número» se se admitir que a secção das fibras permanece sens•ivelrnente constante (o que é verdadeirn para as fibras químicas e aprox•imadamente para o algodão).

Rílt10

-

>

ML-lrn.l, rL.n1. L ength -

UHLM

UR.:: 100 ~_!:.!. ' UHLM,

=f

Em" .

FIG. 12 N'/,

FIG. 11

Estes comprimentos médios técnicos iapresentam uma boa correlação ·estatística com os «comprimentos comercia·is» definidos pelos peritos classificadores 'ª partir do pulHng (Staple-Length). No proce·sso da Zellweger-Uster, o peso das clas·ses é substituído (com vantagem mo tempo de .ensaio) pela medi.da mecânica da ·s·ecção local (h1) de um provete de fibras aHnhadas e

OLEOS

rl\..L

E

MASSAS LUBRIFICANTES

É de ·s aHentar que UOL apresenta uma boa correlação estatística com os comprimentos comerciai·s definidos pelos peritos classific·adores. RUA

FILIPE FOLGUE,

BIBLIOGRAFIA: P1 -

MONFORT - «Aspects Scientifiques de l 'Industrie Lainiêre» DUNOD, Paris 1960.

P2- Documentação Técnica da SPINLAB e da PEYER ELECTRONICS.

2-3.º -

1000

LISBOA

TEL. 53 51 35 RUA

JúLIO

DINIS,

803-2.º -

4000 PORTO

TEL. 69 00 73

19


QUADRO 1 -

CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA FIAÇÃO «OPEN-END» EM PORTUGAL

Característícas das Fibras Utilizadas

ALGODÃO Características

Comprimento médio polegadas mm . Uniformidade % Finura micronaire ug/ " dtex Resistência de rotura Pressley espaçador O Stelometer espaçador O Along amento de rotura Steloheter espaçador 1/ 8" . Cor tb Rd Açúcar(' ) Ceras (3 ) uNeps ,,/floco

PARTE li

Viscose cortada

100 %

Desperdícios de penteadeira

Desperdícios de chapéus

1 1/ 6 27 65

12-14 69 3.7

18-20 68 4.0

4 .3

-

82

-

1.6 -

88 -

-

-

-

0 .35 15.5

-

11

10

-

73 Negativo 2.5 650

76 Negativo 2.2 615

-

9 77 Negativo 2 550

85

40 (semimate)

-

-

1

INFLUÊNCIA DA QUANTIDADE · DE DESPERDÍCIOS SOBRE AS PROPRIEDADES DOS FIOS «OPEN-END»

(') (' ) (')

Determinado num classificador de pentes. Determinado com o reactivo interglucose. Determinado por extracção em Soxhlet com etanol.

Por QUADRO 2 -

ANTÓNIO PEV CUNAT ("') ANTÓNIO Al..'BERTO CAHEÇO SltVA (':'"' ) FÉLIU MAHSAt AMENOS( *~' "' )

Características das máquinas «Open-end» utilizadas Primeira Geração Segunda Geração

Características

Puado do desagregador . Velocidade do desagregador (rpm) . Diâmetro da turbina (mm) . Velocidade da turbina (rpm) . . . . . Estiragem Velocidade de saída (m / min .) Tipo de bobina . Atador

RESUMÉ

L'objectif de ce travai/ c'est d'étudier /'influen_c~ du con.tenu de fib~es recyclée~m~an~ l,e "!élange, sur /es propriétés des filés à boyts li?eres pr~dwts en ,machmes ~e la 2 g~~era,tJO,n . . En partant d'un processus de fi/ature a turbtne classtque, base s~r machtn~s .de la 1 ge~er_atton, on considere des différentes configurations du processus de ftlature, atnst que des ddferents mélanges. Les propriétés des filés obtenus sont comparées.

M1 (')

M2( 2 )

Dente de serra (' ) 7 500 65 35 000 110 50 cilíndrica manual

Dente de serra (4) 6 500 65 35 000 110-125 50 cilíndrica manual

Dente de serra (') 7 000-7 500-8 000 40-60 60 000-65 000-70 000 60-110-160 80-90-1 00-11 0-150 4. 0 20' automático

(') e (' ) Marcam a evolução cronológica das máquinas da primeira geração. (' ) Acabamento normal. (' ) Acabamento de níquel/diamante.

SUMMARY

This paper studies the influence of the recyc/ed fibers content in the mixture on the properties of open-end yarns made in 2nd generation machines . Based on a classic rotor spinning process inclued in the 1•1 generation machines, different configurations of the spinning process are considered, as wel/ as different mixtures.

A actual conjuntura econom1ca torna bastante atractiva a ·recuperação de fibras, ass+m como ·a fiação de fibras de baixa qu·a lidade, utilizando o s•istema ·de fração «Open-end». Neste trabalho procuramos relacionar o conteúdo de desperdícios na mistura com as principais propriedades dos fios produz·idos a partir da me·sma. As matérias-primas que foram utilizadas, ·e stão caracte11izadas no Qu·adro 1. Numa primeira sér+e de ensaios, trabalhou-se apenas com algodão, processo ·esse que foi cons+derado como ireferência. O processo de fiação utilizado ·está esquematizado na Fig. 1. As características fundamentais dos contínuos de fiação «Open-end» em que se produziu o f.io, ·encontram-se referidas no Quadro 2. O processo de Nação englobando ·a carda equipada .c om o dispositivo «Suavecard», continuado pO'r duas passagens de laminador, cons-

20

('' ) (*" ) 1.~-** l

Professor Catedrático de Hilatura (ETSllT). Professor Associado de Engenharia Têxtil (UM) . Professor Catedrático de Hilatura (EUllT).

titui o que consideramos o processo convencional de fiação '"open•end», o qual é comparado com · um processo encurtado, englobando unicamente uma carda autorregulada (portanto sem qualquer passagem de laminador). Todas ·as outras características tecnológicas são comuns aos dois processos . O Quadro 3 resume os principais parâmetros dos fios obtidos nos conHnuos «open•end», referenciados por IM1 no Quadro 2. A análi·se destes resultados permite-nos concluir, que ao ·suprimir as 2 passagens .de laminadores, diminui a qualidade do fio. Os fios obtidos •apres·entam uma menor res·istência à tracção (diminuição da ordem de 15 %) e uma maior iirregularidade de massa de curto período. No ·entanto, verifica-se uma melhoria do ·alongamento de rotura, assim cO'mo uma diminuição da .dispersão do título do fio (menor CV % do título do fio). . . . __ . _ Verificando a conveniência de' continuar a utilizar o laminçido~. procedeu-se a uma segunda série " de en·saios, ' com a finaliidade 1de quanti-

-

ficar o nível de qualidade dos fios obtidos, quando se faz uma ou duas passagens de laminador. Para ·isso, utilizou-se como matéria-prima viscose cortada, cujas caracterísNcas ·Se encontram resumidas no Quadro 1, que foi trabalhada nas linhas de Nação indicadas na Fig. 2, nas quais estavam incluídos contíonuos de fiação «open-end», caracterizados no Quadro 2 e designados por M2. Em .cada um dos processos foram ainda consideradas duas variantes: alimentação por manta de batedor e allmeritação directa das cardas. Os resultados obtidos e.ncontram-s·e resumidos no Quadro 4. O processo incluindo uma única passagem de laminador, produz fios mais resistentes, quer utilizando uma alimentação por manta de batedor, quer no caso de alimentação pneumática das cardas. Não nos devemos esquecer que, no caso dos . fios «open-end», a resistência à tracção é um dos parâmetros mais ari·t icados! Um processo englobando duas passagens de laminador, embora mais caro , não apresenta vantagens, estatisticamente significativ·as, em relação ao processo com uma única passagem de laminador, a não ·ser no que diz respeito a uma menor dispersão do título, tanto a curto como a longo período.

AB'ERTUR<A

....1

..

1

1

1

CARDA AUTORREGULADA WNGO PERÍODO

CAHDA COM SUAVE.OARD

..,. 1

1

LAMINADOR

,,. 1 1

LAMINADOR 1

~ 1

CON1TíNUO uOPEN-END " FIG. 1 -

Processo de fiação utilizado

Na actual conjuntura, os factore·s económicos pesam mai·s do que · os unicamente técnicos pelo que, ·em função des·t es resultados,

21


O Quadro 6 resume os resultados obtidos. A anáioise destes ·resultados, permite-nos concluir que esta mistura clássica se traba~ha sem problemas ·em máquinas da 2.' geraçao, permitindo obter fios ·resistentes e com uma boa regularidade ·de massa, apresentando, no -entanto, como inconveniente um baixo alongamento de rntur-a. ·A utilização destes fios em máquinas ,de tecer car.acterizad~s por el·e.vadas tensões .de trama, devará ser feita com cuidado,

ABERTURA

• 1

CARDA

.. 1

,,

1

• 1

1

cionamento das máquinas «open-end» da 2.ª geração, para a fabricação de fios 74 tex (Ne 8). 42 tex (Ne 14) e 30 tex (Ne 20). Para todos estes fios se verifi.ca que os valores dos alongamentos de irotura são ·infe·riores aos obtidos, 'em «igualdade» de condi-

ABERTURA

1

LAMINADOR

LAMINADOR

1

~

ABERTURA

1

T

1

BATEDOR

,,

1

LAMINADOR

1

.. 1

1

CONTINUO

1

BATEDOR

CARDA

,,

1

1

«OPEN-END»

CARDA

. 1

LAMINADOR

LAMINADOR

1

1

1

FIG. 2 -

Processo de fiação utilizado

tem de ·se decidir qual o processo de fiação mais adequado para cada apli-cação ·específica do fio. As investigações previamente apresent~da_s, serviram para configurar o proces·so de f1açao mais adequado, considerando máquinas actualmente existentes, em função das exigências do mercado. Numa terceira ·série de experiencias, utilizaram·se contínuos de fiação «open•end» da segunda geração [Quadro 2) e três mistur~s, com percentagens crescentes de fibras recicladas, caracterizadas no Quadro 5. A Fig. 3 i,ndica o processo .de fiação utilizado para a mistura consHtuída por 85 % de ,algodão virgem e 15 % ·de desperdícios de chapéus ·e penteadeirn. Fabricou-se um fio 30 tex (Ne 20) com uma torção de 750 voltas/metro. O oilindro desagregador da máquina «open-end» rodava a 7 500 irotações/minuto e a turbina, de 46 mm, a 60 000 rotações/minuto. Para um mesmo nível de torção, ·este aumento substanci·al da velocidade angular da turbina, implica um aumento considerável da velocidade de saída (passou-se de 50 m/minuto nas máquinas da 1.ª geração, a 80 m/rninuto nas máquinas da 2.ª geração). QUADRO 3 -

• 1

LAMINADOR 1

T

" 1

LAMINADOR

,,

LAMINADOR

.

1

1

1

1

1

CONTINUO CONTiNUO

FIG. 3 -

uOPEN-END»

«OPEN-END» FIG . 5 - Processo de fiação utilizado

Processo de fiação utilizado

ções, com máquinas da 1.ª geração, muito menos automatizadas e produNvas [.Quadro 8). Um aumento da velocidade angular do cilindro desagregador, embora na gama do trabalho industrial, traduz•se num ·a umento de :resistência de rotura e numa diminuição da dispersão dos valores de •resistência (diminuicão do CV % da resistênoia de rotura) . · No entanto, a diferença entre os 'respetivos alongamentos de rnturia, não é signi·f icativa, de um ponto de vista estatístico . Também um .aumento da velocidade angular do cilindro desagiregador, se traduz numa melhoria da regularidade de mas·sa ·de pequeno período. No caso do fio 30 tex (Ne 20) pode ainda concluir-se que, .ao ·aumentar a velocidade da turbina de 65 000 para 70 000 rotações/minuto, 'embora com uma adequação do ·seu diâmetro, as diferenças entre as características dos fios obtidos não são ·S ignificativas. Utilizando urna mistura ainda mais rica :em desperdícios (60 %). pretendeu-se quantificar a influência do número ·de passagens de laminador, sobre as características dos fios obtidos. Na Fig. 5 :indicam-se as linhas de fi.ação utiHzadas e no Quadro 9 os parâmetros tecnológicos de funcionamento .do ,contínuo de fiação «open·end». As características dos fios 42 tex (Ne 14) produzidos ·estão indicadas no Quadro 10. Da .sua análise podemos concluir que as máquinas da 2." ger.ação, quando são iaHmentadas coITT fitas que foram ·submetidas a duas passagens de laminador, produzem fios com uma menor resistência de rotura. As •r estantes características dos fios, não apresentam diferenças P.statisti camente s ign'i-f i cativas.

QUADRO 4 -

Características dos Fios Obtidos Alimentação directa

ABERTURA

Alimentação manta batedor

Parâmetros ao fio 2 laminadores

1 laminador

2 laminadores

1 laminador

20 30 2.3 255 10.5 8.5 12.1

20 30 2.8 262 10.7 8.7 12.0

20 30 2.5 232 8.8 7.7 12.1

20 30 2.7 251 9.1 8.4 11.8

13.8 700

14.3 700

14.5 700

14.8 700

1

BATEDOR 1

" 1

CARDA

t

Finura Ne tex CV( % ) Resistência à tracção cN . CV( % ) Tenacidade cN/tex Alongamento de rotura % . CV(%) . . . Regularidade de massa CV (%) Torção (v/m) CV(%)

.

-

-

-

-

LAMINADOR

Características dos Fios Obtidos

1

Carda com Carda uSuavecard" autoduas passagens -regulada de laminador

Parâmetros do fio

T CONTINUO

QUADRO

5-

22

Finura Ne tex CV(%) Resistência à tracção cN . CV( % ) Tenacidade cN/tex Alongamento de rotura % . CV( % ) . . . . . · Regularidade de massa CV (%) Torção (v/m) CV( % )

14 42 1.5 425 8.5 10.1 9.3 4.5 15.7 595 3.8

Características dos Fios Obtidos

Parâmetros do fio

ALGODÃO FIG. 4 -

Processo de fiação utilizado

Série de ensaios 100 %

14 42 2.2 505 8 12 8.0 3.0 14.0 605 3.6

QUADRO 6 -

Misturas Fibras Utilizadas

uOPEN-END»

para que não ·se verifiquem valores · ·elevados de ·roturas em teia, cons·equência .da baixa elasticidade, com :implicações apreciávei·s, do ponto de vista 'económic-o. Numa segunda fase, a percentagem de desperdí-cios utHizada, foi de 35 % e o processo de f.iação ·seguido está indicado na Fig. 4. O Quadro 7 'indica os parâmetros tecnológicos de fun-

- - - - - - - - - - - - - - - -- - -

Desperdícios

Viscose cortada

Primeira

100

-

-

Segunda

-

-

100

Terceira

85

15

Quarta

65

35

Quinta

40

60

-

Finura Ne. tex CV(%) Resistência à tracção cN . CV(%) Tenacidade cN/tex Alongamento de rotura % CV(%) Regularidade de massa CV (%) . Torção (v/m) . CV(%)

20 30 2.8 302 11 .4 10.1 5.8 10.2 12.9 750

-

23


QUADRO 7 -Parâmetros Tecnológicos de Funcionamento das máquinas «Open- end »

ASPECTOS ESTRUTURAIS DAS FIBRAS ACRÍLICAS

Parâmetros Tecnológicos

QUADRO 8 -

Parâmetros do fio

30 20 Dente de serra 7 500 56 65 000-70 000 160 80-90 4.º 20' automático

42 14 Dente de serra 7 500-8 000 46 35 000 110 100 4.º 20' automático

74 8 Dente de serra 7 000-7 500 46 60 000 60 150 4.º 70' automático

Finura tex Ne . . . · . . · Puado do desagredador . Velocidade do desagregador (rpm) . Diâmetro da turbina (mm) . Velocid ade da turbina (rpm) Estiragem Velocidade de saída (m / min.) Tipo de bobina Atador

Características dos Fios Obtidos

desagregador 7000 rpm

desagregador 7 500 rpm

desagregador 7 500 rpm

desagregador 8000 rpm

74 8 715 9.7 9.7 7.2 9.1 12.8

74 8 730 9.0 9.9 7.5 8.8 12.1

42 14 380 10.6 9.0 6.2 9.5 13 .8

42 14 410 10.0 9.7 5.8 10.0 13.6

30 20 263 12.6 8.8 5.4 12.2 15.2

-

-

rotor 46 mm rotor 40 mm 65 000 rpm 70 000 rpm

Por Finura Ne . tex . . . Resistência à tracção cN . CV(%) Tenacidade cN/tex Alongamento de rotura % CV( % ) .... · · Regularidade de massa CV (% ) . Torção (v/m) . CV(%)

QUADRO 9 -

Parâmetros Tecnológicos de Funcionamento das máquinas «Open-end» Parâmetros Tecnológicos

-

-

-

-

30 20 269 12.7 9.0 5.9 10.3 14.9

-

QUADRO 10- Características dos Fios Obtidos

Parâmetros do fio

Duas passagens ·de laminador

Uma passagem de laminador

14 42

14 42

Velocidade do desagregador (rpm)

8 000 46

Diâmetro da turbina (mm)

65 000

Velocidade da turbina (rpm) .

110

Estiragem .

100

Velocidade de saída (m/min.)

4.º 20'

Tipo de bobina

automático

Atador

Finura Ne tex CV( % ) . . . . Resistência à tracção cN CV(%) Tenacidade cN/tex Alongamento de rotura % . CV( % ) . . . . . · Regularidade de massa CV (%) . Torção (v/ m) ; CV(%)

-

-

358 13,3 8,5 6,0 10,2 14,7

402 14,9 9,6 6,3 9,9 14,5

-

-

-

Apresentam-se as noções fundamentais sobre a estrutura de fibras em geral, fazendo especial referência à evolução destes conceitos até à actualidade. São desenvolvidos os conhecimentos sobre a estrutura das fibras acrílicas tratando nomeadamente a sua estrutura química, os modelos de estrutura adaptados, as alterações estruturais destas fibras quando processadas, as suas transições térmicas e ainda a relação entre a estrutura apresentada pela fibra e a sua solubilidade.

SOMMAIRE

n_o

- b' am ito

L~~~~~~fd:d!e~~lit~~n~~ivd~sig~~!1u~ha~~:~ ~

SE É TÉCNICO TÊXTIL, FAÇA-SE SÓCIO DA

On présente les notions fondamentales sur la structure des fibres en général, en faisant ressortir specialment /'évolution historique de ces connaissances. En ce qui concerne les fibres acryliques on étud ie leur structure ·Chimique, les modéles structuraux, les altérations subies par ces fibres lors des traitements termomécaniques, leurs transitions thérmiques et aussi la rélation structure - solubilité de la fibre acrylique.

-

d a Acção Integrada Universitária Luso~Espanhola, entre o Centro de . e um a Escuela Técnica Superior de . lngenieros lndustriales de Terrassa da título .. Estudo da Influência do Modo de Preparação sobre as Características dos Fios Obtidos em Fiação «Open-End». ·

RESUMO

Dente de serra

Puado do desagregador .

T~aba~ho . realiza~o

NOÉMIA M. C. PACHECO(*) J. 1GACÉN (** ) L. M. ALMEIDA( * ) J. MAILLO (* *)

SUMAHY The fundamentais of fibers structure are presented, giving special attention to the evolution of these concepts. Aspects of acrylic fibers such as the chemical structure, the structural mode/s adopted, the structural changes of acrylic fibers during processing, the thermal transitions and the relation between the acrylic structur e and its solubility are studied.

1. 1.1

INTRODUÇÃO

Estrutu ra das fibras químicas

A·s fib ras podem ser cons·ideradas na maior parte dos casos como polímeros org ânicos no estado sólido, apresentando dimensões geométricas •e prüpriedades fí.sicas muito particul·ares , dependendo estas da sua estrutura molecular e .da sua organização intermol·ecular. O estudo (*)

24

(** )

Universidade do Minho (C entro de Tecnologia Têxtil) - Guimarães . Escuela Superior de Jngenieros lndustriales de Terrassa - Espanha (C átedra de Polímeros Textiles) .

da interHgação estrutura-propriedades obriga a uma 1investig·ação situada a três níve·is: Conformação das cadeias poliméricas individuais (estrutura química); Agrupamento geométrico das cadeias (estrutura molecul•ar); Integração da rede cristaHna na estrutura glohal da fibra (organização .supramoliecular). Os dois primeiros aspectos podem estudar-se ·recorrendo a técnicas de raios X, espectroscopia de infravermelho, res·sonânGi·a magnética nudear, ·estudos de ·a ctividade óptic·a e b'irrefrangência. O último ponto é muito mais difícil


de estudar por métodos directos e assim se assiste a um confronto de conceitos ·e modelos que pretendem justificar as i,nformaçõ·es recolhidas . As fibras químicas são mat>eriais com um certo grau de ordenação irreversível, capazes de passarem de um estado emaranhado a um estado orientado por apHcação de forças de estiragem. Por difraccão de raios X, em fibras cristalinas orientadás podem observar·se os anéis provocados pela difusão dos raios na matéria amorfa, bem como ·as manchas correspondentes à difracção produz·ida pela "'1atéria cristahna menos nítidas que as produzidas por matérias cri·stalinas molecul·ares. Embora seja reconhecida a ex·istência das zonas amorfa e cristalina em fibras como os poliéster·es, as poliamidas, ·as poHolefinas, outras há, nomeadamente •as fibras acríHcas, em que a ·estrutura apresentada se poderá considerar como pseudocristaHna, sendo possivelmente este facto ,responsável por um comportamento térmico e termomecânico bastante distinto. O comportamento térmico duma fibra depende da ·estrutura química do polímero, das fomas ·inter e intramoleculares e da forma e sini'etria das unidades estruturais . À temperatura de fusão produz-se •a desag·regação total da fibra, correspondendo este facto ao desmoronamento das zonas cristalinas. Convém indicar que nem todas as fibras fundem, po'i·s há aquelas que se decompõem •antes de fundir, nomeadamente as acrílicas. Por outro lado, a temperatura de transição vitrosa está Hgada ·a fenómenos que ocorrem nas regiões amorfas, adquirindo os segmen- · tos moleculares nelas s'ituados ·uma maior mobiHdade provocando no polímero totalmente amorfo a pass·agem .dum •estado duro e vítreo a um ·estado tipo pastoso. Esta trans·ição é menos acentuada para matérias algo cri·stalinas s·endo, no entanto, máx,ima para fibras escassamente cri·stalinas (cloroNbras) e fibras mesomórficas (acrílicas).

1 .2

26

A evolução do conceito de estrutura fibrosa

Um modelo para ·a estrutura duma fibra contempla normalmente a forma do ,a grupamento das matérias amorfa, cristalrina e/ou paracr.istalina ·ou ainda das ·entidades que •as constituem, Tal fo'i tentado desde os princíp'ios do século com a teoria da rnioela cristaHna adaptada nomeadamente por Nageli (1). Mark, Meyer e Speakrnan. Uma miaela seria constituída por centenas de molécul·as do mesmo tamanho agrupadas duma forma regular. rA ligação entre estas entidades far-se-·ia por forças do tipo fí.sico assumindo-se ainda a ·ex+stênci•a duma substân cia 'interf<ihroilar. O comprimento da micela seria idêntico ao deduzido para os cristais por difracção de raios X, tendo s•ido apresentados valores entre 5 e 60 nm para a fibra de rnmie e entre 4 e 30 nm para ·a viscose. Dado que para as moléculas poliméricas se deduziu um comprimento superior ao atribuído às micelas, Staudinger (2) introduziu o modelo do cústal contínuo e imp-erf.e'iro. Corroborando esta ideia Neale e Oarothers ·associaram a existênc'ia de gr.upos terminai·s à ocorrência de imperfeições.

Cerca de 1930, retomando o conceito de micela, Abitz, Gerngross e Hermann (3,4) adaptaram um modelo de compromisso entre as duas teorias anteriores, segundo o qual as moléculas atravessariam mais de uma micela ·e que entre estas haveria matéria não cristalina Hgando o conjunto e formando uma rede molecular contínua. As regiões cri·stalinas ou micelas estariam unidas ·entre ·si por segmentos de cadeia mol•eculoar, formando a denomi,nada estrutura de micela franjada . Começa ·a esboçar-s·e urna interpenetração dos conceitos de c·ristal ·e micel·a. A partir desta altura vão colidir duas concepções de estrutura: uma, ace'itando ·a ex·istência dos cristais como unidades discretas e outra considerando a fibra como um cristal conNnuo com certas imperfeições. Neste contexto foram-s·e desenvolvendo diversos modelos que se aprox+mavam duma ou doutra destas concepções. Herrimann, Gerngrnss, Hess, K·i·essing, Mahl e Gutter destacaram-se apoiando um modelo no qual se cons•ider.ava que 'as cadeias moleculares per.diam o seu paralelismo no mesmo ponto e .divergi·am ·em S'eguida muito notavelmente criando ·assim zonas não cristalinas. Gomo se compreende há uma certa coincidê·ncia com a teoria dos cristais assumidos como unidades discretas. Por outro lado, l<ratk, Mark, Frey-Wyssling, Howsmon e Sis·son consideraram não dever existir uma variação brusca ao passar·se de uma região cristalina ·a outra não cristalina. O paralelismo ri·ria desaparecer duma forma gradual e contínua. Neste caso, há uma prox•imidade à teoria do cristal com imperfeições, constitu·indo como no caso ·a nterior uma variante •ao modelo inicial da micel·a franjada. As teorias existent·es até esta altura enfermavam de ·certas !<imitações , tais como, não expl·ic-ar convenientemente a existência nas estruturas fibrosas de esp·aços vazios, ·estruturas maiüres que as mioelas, a cristalização em esferulites ·e ainda certas evidências de dobrag,em das moléculas •nos cristais. Durante os anos 60, Heoarle (5) apres·entou um novo modelo que •segui·a mais de perto ·a teor·ia do cristal contínuo com 'imperfeições ·e a que chamou modelo da fibril'a franjada. A·s fibrilas seriam cristais 'imperfeitos que atravessavam a estrutura da fibra e estariam •intenompidos por zonas não cr:istiaHnas, as quais .corresponderiam à divergência das rnolécul·as 'ªº longo do seu comprimento. Há neste caso, uma desordem lateral enquanto que rno modelo mic·elar se adm'ite desor·dem do tipo long'itudinal e lateral. Este modelo expl'ica ,s atisfatoriamente a presença de entidades ,f ibrHares, ·e a •existênc+a de vazios não defi.nrindo no entanto a ordenação das moléculas nas fibrilas . Hosemann (6) e Keller introduziram o conceito de ,estrutura paracr·istalrina •atribuindo o diferente grau de ordem dos polímeros cristalinos ·a defeitos mais ou menos pronunci'ados na malha ,dentro dum modelo totalment·e cristalino baseado na e)(listência de !·ameias formadas por cade·ias molecul·ares dobradas. O grau de ordem duma estrutura paracristalina é intermédio entre o de um cri·stal perfe'ito e duma estrutura ,amorfa com ordenação prescindindo ~se neste modelo do conceito de regiões cristalinas e ·a morfas .

Segundo Kargin (7) a cristalização não seria indispensável para existir um ·alto grau de ordem admitindo uma estrutura amorfa contínua com possibilidade de ·existência de ordenação que determinar·ia a maior ou me,nor velocidade de cristaliz·ação 'e seria consequência de forças exteriores ou de atracções intermoleculares. Para urna melhor compreensão dos problemas de estrutura tem vindo a fazer-se um grande número de ·estudos sobre •a criistai'ização de polímeros com objectivo de isolar os cristais e estudar a forma como se ·associ·am. Trabalhos feitos recentemente por Bla'is e Manley (8) apontam para a formação de cristais regulares de forma lameloar a partir de soluções de polímeros diluídos, onde as moléculas <Se ·encontram agrupadas com as cadeias dobradas tal como se mostra na figura seguinte .

I

molqcula

mottculas

FIG. 1 -

difqrQn\QS

Modelo lamelar (8)

A cristalização de polímeros de maior cadei,a conduz a formas esferulítricas tal como são apres·entadas por Keith e Padden (9) formadas por cristais de cadeia dobrada de tal forma que é possível observar os ramos da esferuHte ·Sofrendo •uma torsão à medida que crescem a partir do centro. Pennirngs ( 10) ·apres·entou estudos recentes nos quais destacava ·a formação de cristais fibrilares numa cristaliz·acão com agitação, pondo ·a 'hipótese de que as nÍoléculas se estendam para orig·inarem es•se tipo de cristais. Urna sobrecristaHzação faz aparecer os cristais oom molécul·as dobradas ligados aos prime·irns distinguindo-se ass·im dois estados diferentes de cristalrizacão. Em ·algumas fibras pode notar-se •através das microfotografias de ~e'ith (11) ce.rt·as l:igações 'intercristal:i-nas fortes e virtualmente inextensíveis com papel preponderantie na resistência da fibra. Esta diversidade de pontos de vista 'e ·informação justifica-se dada ·a grande quantidade de

fibras existentes, a especificidade de cada uma e ainda a divers·idade de métodos de investigação. É fundamental adaptar, não um modelo que possa servir a todas ·as fibras mas sim definir os mais importiantes parâmetros que ajudem a caracterizar inequivocamente as respectivas estruturas. Segundo Hearle e Vaughn (12). a selecção de três parâmetros vai permitir a representação das estruturas fibrosas rnum di•agrama tridimensional, tendo sido para tal escolhidos, o grau de ordem, o grau de localização de ordem e a rel·ação comprimento-largura das unidades localizadas . Para complementar a ·informação é necessário conhecer o grau de or+entação em relação ao eixo da fibra e o tamanho das unidades localizadas. Há ainda certos aspectos importantes não cobertos por estes parâmetros, nomeadamente a forma das unidades localrizadas a ordem nas ·regiões não cristalizadas, as liga'. ções ·intercri·staHnas, o empacotamento molecular e o grau de vazios. Através do grau de ordem vai conhecer-se o volume relativo das regiões ordenadas ou seja, determirnar a posição relativa de duas cadei'as vizinhas. Na prática pode medir-se por diferenças na densidade, acessibi'idade, difracção de raios X, ·etc. Para uma fibra tot·a lmente amorfa o S'8U valor será zero, e um para fibras totalmente cristaHnas. Quanto ·ao grau de localização de ordem significa uma medida da di·s persão de valores do grau de ordem. Avalia-se através do microscópio ·electirónico ·e será zero para uma estrntura contínua tendo um valor máximo para uma estrutura bifásica. O terceiro parâmetro é a razão comprimento-largura das unidades localizadas, ·a ssumindo o valor infinito para fibrilas, •aprox·imadamente um para miee'las cúbicas e zero para lamelas planas. Na figura 2 .a presenta-se uma esquematização da estrutura da fibra 'em termos dos três parâmetros normalmente cons·iderados. Hearle (13) opina que a descr·ição completa da estrutura duma fibra ·implkarfa a ·adopção de cerca de 10 16 parâmetros o que é manifestamente impos·sível. No entanto, s•e for conhecida a química da cadeia mol•ecular, os parâmetros de estrutura fina indioados e outras caracterfaticas estruturais específicas podem prediz·er-se muitas das propriedades ·apresentadas pelas fibras. 2.

2 .1

A ESTRUTURA DAS FIBRAS ACRÍLICAS

O Copolímero de Poliacrilonitrilo

As propr.i·edades ·das fibras .são em grande parte c-ondicionadas pela ·estrutura química das suas macromolécul·as bem como pela estrutiur.a fís·ica resultante. As fibras acrílicas são formadas por copolrimerização do aorilonitrilo, com um ou mais copoHmeros ,em percentagem •inferior a 15 % ·e cuja natureZ'a pode s·er ác•ida, básica ou neutrn. Podem cons:iderar·se como comonómeros típicos em acrílicas, o •a crilato de metilo, o metilmetacriloato, o acetato de vinilo, ·o ácido acrílico, o áoido alHsulfúrico, ·a vi·nilpiridi:na, ·a etil·enimina, etc. A :introdução dos comonómeros aumenta ·a flex•ibii'idade das macromoléculas, facilita 'ª di·s·sol.ução ,do polímero e a aces·s ibil'idade da ·f ibra ,aos corantes, poss'ib'ilitando a obtenção de fiibras com propriedades de 1enc'O· lhimento pré-determinadas .

27


II

H G

JI

--

GRAU DE LOCALIZAÇÃO DE ORDEM E DESORDEM

K

J

A-amorfa B - amorfa com ordenação e - para-cristalina D - cristal perfeito E - amorfa com ordenação F - cristalina G - rede de regiões de alta e baixa ordem H - cristalina com defeitos concentrados 1- lamela franjada J - micela franjada K - fibrila franjada

1-lã 2-seda 3-algodão 4 - viscose alta tenacidade 5 - viscose normal 6 - triacetato 7 - diacetato 8 - proteínas regeneradas 9 - poliester 10- poliamida 11 - polipropileno 12 - polietileno linear 13-polietileno ramificado 14-acrílica 15 - policloreto de vinilo 16-spandex 17 - borracha

-

poderiam estar completamente ·estendidas mas deveriam encontrar-se enroladas •numa conformação helicoidal. Os valores de difracção de raios X, •indicam que esta forma deverá ser irregul·ar devido talvez à tacticidade do polímero. O comportamento mecânico do poliacrilonitrilo e seus ·copolímeros foi •estudado por Rosenbaum (17) que estabeleceu uma ·i·nterl'igação entre üs •tiesultados obtidos a várias temperaturas e o modelo das molécul·as heHcoidais adaptadas por Bohn e Statton. Analisando 1as curvas de carga-alongamento para estas fibras, a diferentes temperaturas, podem distinguir.,se três r egiões disti•n t·as cuja existência é ·a tribuída 'ª três espécies de •resposta diferente .

-1

(g- ttx )

2s•

"'

'O

o

'O

e

'ü

o

FIG. 2 -

Representação esquemática da estrutura da fibra em termos das três variáveis mais importantes (5)

e ~

20

X 1

(CH2 - OH)m - (tCH2 - C)p 1

1

CN

Y n

onde m e p correspondem à sequênci'a média das unidades <estruturais de acrilonitrilo e de copolímero rnspectivamente , na cade+a pohmér·ic~, dependendo estes do teor em peso de copolrmero util'izado.

2.2

O Modelo Molecular

A oonformacão rnol·eoular do polímero de pol'iacrilonitrilo (•P.A.N.) tem vindo a s~r descrita recorrendo a vários modelos dos quais s·e destaca o que descreve 'ª molécula de P.A .N. como uma vareta helicoidal e flexível, exercendo •a tracções sobre moléculas viz i•nhas e deste modo originando um empacotamento de natureza pseudocristalina. No entanto, podem ser ·encontrados diversos modelos com certos pontos de •afast·amento 1

28

deste ou e•ntão aclarando •e completando-o ·em . . . alguns aspectos. Segundo Hohn e Stalton. (14) ;o pohacnlo,n!trilo mostra ordem lateral, isto e, ordem b1d1 mens+onal, de cade•ia par.a cadei·a . O alto momento dipolar dos grupos nit·rilo e a sua di·sposição próxima l•eva a ·repul·sõ·es intramoleoul·~11es e e·stéricas. Se não •e xisNssem estas reput.s oes, a molécula do polímero .s eria estendida com uma configuração plana ·em zig-zag. No caso ~real, ~·s fomas existentes vão provocar uma d1storçao da 'molécula um pouco ao •acaso, ·i·sto é, para um lado e para o outro, ·resultando .uma estrutura em bastão mais ou menos ·s·imétrico . Estas repulsões bastante fortes ·são contrariadas somente pel•as ligações de valênci'a primárias ao longo da cadeü;i, facto que vai ·conduzir a uma rigidez da estrutura. O bastão veriNca-se ter um d,i âmetro de 0,6 mm com os grupos •íl'itrilo distribuídos co~m uma grande vari·edade de ângulos em relaçao ao eixo, o que contr ibui p·ara os baixos valores observados para a birrefrangência óptica, por ex·emplo. Krigbaum e Tokita (15) puderam concluir, através de determinações de entriopia e calor de fusão que as ·elevadas necessi·dades energéticas em te rimos ·de fusão e solução ·reflectem uma grande rigidez moleculm mais que fortes interaccões intermoleculares. Adaptam o modelo de héiiée para as moléculas de P.A.N. poi·s co~s­ titui uma forma de mi•n imização do pote·ncial repulsivo. Lindenmeyer e Hoseman (16) desc·reveram a fibra de P.A.N. em terimos da teoria dos paracristais. Encontraram 0,23 nm para o comprimento da unidade monométrica ·ao longo do eixo da cadeia e concluiram que as cadeias não 1

90' 151

Alongamento

O pohacrilonitrilo é obtido por polimerização do tipo adição ·em me·io •aquoso, utiliizando·s·e inic'iadores redox que geram radi·cais livres de cuja pres•ença advém a 'i nt·rodução de grupos ácidos fortes no polímero, como por .exemplo grupos s·ulfato ou sulfonato. Os polímeros de acrilon'itrilo preparados por iniciação v ia r adicais livres ·são ·g·eralmente atácticos. , O copolímero componente de uma fibra acn Hca pode representar-se generic-amente e-orno:

gamentos subsequentes, ou seja a um aumento da distância ·intermolecular. Exposto oem detalhe o modelo de deformação de Rosenbaum, há ainda que referir o conceito de Knudsen e Fitzgerald (19) sobre ·a estrutura das fibras acrílicas em que cilindros rígidos formariam uma rede na ·qual haveria certos pon tos com ·elasticidade. Bell ·e Dumbleton (20) visualizaram o modelo como uma rede de molas com os mesmos mecani·s mos ·de deformacão propostos por Hosenbaum ·e ainda com um me.canismo suplementar de deformação, com orien tação desta rede como um todo e ainda o seu colaps·amento, por reagrupamento das fibrilas 1e consequente 'elimin ação de vazios (.fig. 4). Apesar de .ao pol·ímero ·de poHacrilonit-rilo se ter desde há muito ·atr ibuído um alto grau de cristalinidade devido 1à ·sua :elevada resistência a dissolver-se, n ão foi possível obter difractogramas nítidos o que gera fortes controvérsias •s obre se o polímero possa ser ou não cristaHno.

40

60 ( '/, )

FIG . 3 - Efeito da temperatura na curva de carga - alongamento para um copolímero de acrilato de metilo (5 % ) e acrilonitrilo (17)

À temperatura de trnns1ição vitrosa (Tg), o ponto de inflexão 1entre as zonas -A ·e iB ·desaparec·e, C 1está •aus·ente •aba·ixo de Tg e A acima dela. Abaixo de Tg, 'ª zona de ·alonga mento pt'lincipal B, corresponde 'ª uma Hnearização das moléculas ·indivi.d uais, disposta s ·em hélice. .Para as fibras de po'Hacrilonitr ilo, Dart (18), encontrou que ·a entropia diminuía com o aumento de energ·ia ·interna, o que será -cons·istente com o modelo da mola ·em héHce cupo estado inicial cor-responde ao de entropia máxima. Se üs alongamentos foss·em uma oonsequê.nci•a .dum alinhamento molecular, ou seja, .dum ·a umento de 'Orientação, não •se conseguiiriam ·alongamentos superiores •a 15 % , ,as·s;im como 'ª h'ipótese de haver um aumento do comprimento das l'igações não é capaz de •expHoar as •elevadas .deformações macroscópias iex+stentes. Este alongamento principal é completamente reve rsível ·em oondições cinéticas favoráveis. A temperaturas ·sup·eriores •a Tg , o alongamento adi'Cional ·atinge vai-ores muito el·evados (= 350 % ) para fibras de pol·iacrilonitrilo, pelo que se ·impõe um mecanismo diferente do a nter ior. Uma grande parte desta deformação é de de carácter permanente, pelo que <S'e •aceita um deslocamento relativo ir·reversível ·das moléculas . .Para along·amentos inferiores a 40 % a ·recuperação ·ainda é elevada faze.ndo parec•er que o mecanis,mo •a pres·entado para temperaturas aba ixo de Tg é ·apliicável neste caso. O •alongamento 1inicial de cerna de 2-3 % , l·imite de viscoelasticidade •linear, co 11responderia a um aumento de volume requerido para os alon1

~

~~ - po~-lo

de fle~ão cla red.e.

c stir~enlo

===->

e.

co}apsdlllento

d~

rede

FIG . 4 - Esquema do modelo da rede de molas (20)

Dada ·a elevada rig-idez apresentada pel•a molécula pohmérica, •esta pode S'er 1uma r azão que ·expHque a sua resistênci·a à fusão e ·à solubilizacão. E~mbora pareça ex istir acordo quanto à ordenação lateral da ·estrutura, o mesmo já não acont·ece no que resp eiita a eleger para a fibra acrílica urna •estrutura de natureza bifás·ica (quase cristaHna ·e amorfa) ou monofás·ica (paracristalina). Desta .forima , o agrugament o molecular nas fibras de P.A.N. t·em V·indo a •s er descrito de O a 100 % paracristaHno, nos inúmeros estudos apresentados sobre o assunto . Nos trabalhos de Bonart e Hosemann (21) e de Lindenmeyer •e Hos·emann (17) a teonia dos paracri·stais impôs-se na definição da estrutura do poliacrilonitrilo. Bohn, Schaefen e Statton (14) também ·corrobor.am o mesmo conceito estrutural, mas outros autores nomeadamente ~enyon e Hayfor.d (22) e Minami (23) •assumem para o polímero de poHac·r ilonitrilo 1e seus copolíme 11os a coexi•s tênoia ·das t rês fases: amorf.a, cristahna e paracristalina, apoiando-se em investigações

29


sobre as trans'ições térmicas sofridas pelas substâncias em questão .

2.3

O processamento da fibra e a sua estrutura

As fibras 'acrílicas têm uma microestrutura extremamente dep'endente das condições de fabricação das quais se ,destacam como mais infl.uentes a fiação, ,estiramentos e tratamentos térmicos . Graig (24) estudou copolímeros de acetato de vinilo produzidos 'Sob dife,rent,es condiçõ,es de fiação húmida comparando-os entre si 'e com material produzido por fiação seca, recorrendo a 'ens,aios de densidade, microscopi,a óptica e el,e ctróni,ca e ainda medições de área superficial. As fibras fiadas em húmido não colapsadas mostram uma microestrutura aberta com muitos vazios enquanto que 'ª fibra fiada em seoo e nessas condiçõ·es se apresenta mais densa ,e ma1is fibrilar. O mesmo autor pôde ainda concluir que uma fibra de fi'ação húmida sofrerá al,t erações 'estruturais ao longo do seu processamento ,esquematizadas como segue: 1

1

Fibras coaguladas : estrntura fibrilar não orient,ada, perm eável a líquidos e gases, com urna área ,s uperficial de pelo menos 100 m 2/ g. Fibras estiradas , não colapsadas: estrutur,a f ibrilar ü ri·entada, permeável 'ª ,líquidos e gases, oom uma área 'Superficial de p'elo menos 50 m 2/ g e com uma densidade supe1rior à da fibra não orientada . -- iFibra seoa (colapsada) - estrutura fibrilar orientada ·sem poros res,iduais .

o empacotamento se dê, regido pelas tensões osmóticas 'internas. Ainda de acordo com Hell , a secagem , após coagulação e estiramento, vai provocar o colapsamento da estrutura durante o qual 'as fibril,as vão ,aprox,imar-se 1intirnamente mai,s das outras. Além da reducão de diâmetro há um iaumento de densidade· por el'iminação dos microvazios entre as fib r ilas ocorrendo ainda uma diminuição de cristalinidade e or.ientação em relação à fibra estirada. Mnda segundo o mesmo 'autor para haver col,apsarnento há que haver ruptura entre fibrilas seguida pela formação de novos pontos de ligação . Stoyanov (27) concluiu que o aumento ,do peso molecular (iM) dum copolírnero de acrHato de rnetilo e poliacrilonitrilo pode or.iginar um aumento de de,nsidade, de perfeição da estrutura da fibra e de esMbiliidade a deformaões cíclicas, sendo .D. M < 2000 para garant ir acrílicas de propriedades constantes. Estudou ainda a 'influência de diferentes razões ,de estiramento sobre a tena oidade da fibra concluindo que o ,a umento observado se poderia relacionar com a reorganização estrutural na di recção de esNr,agem e com a diminuição da probabilidade de oco rrência de imperfeiçõ,es. Sotton (28, 29) ,desenvolveu urna técnica através da qual se conseguiriam looal'izair ·as zonas poros,as ,s em caus'ar deformação na estrutura fibril,ar, 'i:ntroduziindo sulfureto de hidrogénio 'Sob pres,são no ,interior da estrutrna provocando ·a ,sua coloração com sais de prata (nitrato de prata). A estrutura porosa revela-se como veios rad+ais constituindo caminhos prefer enciais de difusão, que emanam de microlobos ou de falhas de sup'e rfíc ie e que poderão conside rar-se urna caracterí,stiica ,de ordem lateral da estrutura. Os poros 'encontiram-se distribuídos concentricamente na zona central da fib ra ,s endo aí menos numerosos e maiores que na p·eriferia . Este facto é mais acentuado para fibras t ratadas a comp r imento constante ,e também quando suje'itas ·a tratame:ntos t érmicos 'ª temperaturas elevadas (fig. 5). Em presença .de vapor satu rado, os tratamentos térmicos provocam o desapa recimento da porosidade 'i,nicial dando lugm a uma poros1idade fiina localizada 1à superfíc1i'e. Segundo o mesmo autor (29). ·a fibra acrílica antes ,de sofrer um ·rebentamento por estiragem 1

1

1

As fibras f iadas ,em seco depois de processadas ,adqui,rem uma microestrutu ra não distinguível das fibras hadas em húmido. Nos trabalhos de Takahashi (25) sobre a microestrutura das fibras acrílicas foi estudada a 'influênG'ia do tipo do banho de fiação, da sua tempe ratura, do grau de estiramento, da tempetura a que 'este é 'realizado 'e ,aiinda das condi ções de tratamento térmico. Pôde verificar através do valor da difr.accão de raios X ,de ângulo pequeno ( a partir do qual 'infere o teor teor em mic rovazios) , que a ,estrutura ,da fibra é alterada pelas condiçõe,s de tratamento o que , como se verá adiante , ,se vai reflectir n outras propriedades que a fibra ap resenta. Assim, conclu·iu que o teor em microvaz1ios quando a fiação é foit,a 'em banhos aquosos é muito superior ao obtido em banhos não aquoso; que o aumento das temperatur,as de fiação 'e estiramento conduz a 'estrutu ras ,c om mais 1e maiores porns; que confo rme o g,rau de estiramento aumenta , ass·irn se adensa a microestr,utura da fibra; e que os tratamentos térmicos, quanto mais elevada for a temperatura , desde que inão ultrapasse a temperatura da 1." transição, mais favorecem a formação ,da rnicroestrutura da fibra tornando-a mai,s densa e port anto menos porosa . Estas características acentuam-se para tratamentos com água quente ,comparativamente aos tratamentos com vapor . De acordo com Bell (20) e ,confirmando o resultado de Takahashi , uma diminuição da temperatura do ba:nho de fiação ,aumentaria a den s·idade da rede molecular to11nado-s e 'ªS fib rHas mai'S pequenas e m ais densamente empacotadas. Segundo ~nudse,n (26) o facto dever-se-ia a que o processo de contradifusão é mais lento a t,emperaturas inferiores ,desacel'erando a fas,e de coagulação e dando as,sim mais tempo a que 1

1

1

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1

1

30

Fi

1

FIG. 5 -

Fibra acrílica fiada em húmido t ratada com sulfureto de hidrogénio e nitrato de prata (28)

Ili

1

i!il


a que.nte, evidencia uma porosidade de carácter periférico e predominantemente radical. Após a •aplicação do referido tratamento termomecânico a fibra pas·sa a um estado metaestável e apresenta fi.ssuras bastante pronunciadas ·e de ori·entação radical associada 'ª uma poros·idade fi.na ·e perifériica. !Entende-se por estado rnetaestável, aquele em que a ·estrutura .da fibra acríHca retem um ·encolhimento latente, .capaz de se manifest·ar 'em condicões favoráve·is, a níveis pré-estabelecidos, dado, o aumento de orientação sofrido ·aquando do estiramento, pel·as suas zonas ordenadas. Após o menc·ionado tratame:nto, se a fibra sofrer ·Uma ·f ixação, 'ªS micmfotografias revelam o desaparecimento das fissuras ·e a manutenção da capa porosa pe·riférica (orientação tangenci,al). Na figura 6, pode not·ar-se a evolução descrita tomando possível a distinção entre os estados :metaestável e ·estável bem como o ·controle da qualiidade .do tratamento de fixação.

aumenta, o valor de difracção de ângulo pequeno e o grau de retenção ,de água :aumentam enquanto que o peso específico da fibra diminui. A graus de estiramento maiores corresponderia menor tingibilidade, menor grau de retenção de água e me·nor valor de difracção de ângulo pequeno. Verificou ainda que os tratamentos térmicos sobre fibras não col·apsadas faúam aumentar muito o peso específico ·e diminuir o grau de retenção de água ·e a difracção de raios X (ângulo pequeno), enquanto que sobre fibra seca só os tratamentos térmicos em húmido se verifica alterarem estas propriepades como se pode observar nas figu·ras seguintes : 1

o - calor

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Evolução da porosidade das fibras acrílicas (29) a) Filamentos contínuos iniciais b) Fibras metaestáveis e) Fibras fixadas

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Transições térmicas

1

100

A fibra de poliacrilonitrilo puro tem sido objecto de diversos estudos visando as transições térmiC'as que sofre, sendo os resultados função dos métodos de ·invesNgação ·empregues. Andrews (35) referiu duas importantes transições vitrosas: a primeira, ocorrendo a cerca de 80 a 100º C e ·a outra entre 140 ·e 160º C. Para a sua ·interpretação propôs que a transição a temperatura +nferior resultava da mobilidade das cadeias causada pelo enfraquecimento das ligações de Van .der Waals, ·enquanto que a transição a temperatura mais el·evada era o resultado da quebra de l igações intermolecul·ares dipolo,dipolo entre grupos nitrilo . Okaj·ima (36) sugeriu que a transição ·inforior poderia ser atri-

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so

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150

Temperatura (•e

Efeito das condições de tratamento térmico nas propriedades duma fibra acrílica (25)

200

)

FIG. 9 - Variação da tangente dinâmica com a temperatura no caso de poliacrilonitrilo convencional ( - ) e poliacrilonitrilo amorfo ( - - - - ) (23) .JOSÉ PAUL.O SANTOS·, L.OA,

Howard (39) comparou os resultados obtidos por extrapolação com os que obteve por análise de policrilonitrilo puro sendo ·estes de 100 e 87º e respectivamente . Kenyon (22) ass·inalou a ·existê•noia de três transições em polímeros e copolímeros de pol'iacrilonitrilo correspondendo ·às fases amorfa, seguindo-se uma transição na fase paracrista1i na e por Hm, à temp eratura mais baixa, a transição secundária da fase amorfa . A ·adição de pequenas quantidade·s dum comonómern, cauS'a um abaixamento nas duas trans'ições ou mesmo o ·desaparec·imento da transição superior. Nol'lmalmente nos copolímeros há uma modificacão .na ·estrutura fís·ico-química da fibra ·em grande extensão, proporcionando assim, a 'Obtenção de fibras com propriedades bastante diferentes daquel·a que lhes deu origem. A copohmerização vai ol'iginar uma fibra com uma estrutura mu1ito menos compacta, tendo a distribuição do comonómero ·ao acaso, um papel rimport·ant·e na abertura da fibra. F. Wolg·ram (40) ·utilizou técnicas de espectroscopia de 'i nfravermelhos para estudar as modificações estiruturais que ocorrem durante as trnnsições vitrosas ·em copolímenos de P.A.N. 1

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••

PROGRAMA DE FABRICO

Cones de Cartão flocados Cones de Cartão granitados Cones de Cartão para linhas Cnelas de Cartão endurecido Canelas de Cartão baquelizado Tubos de Cartão em paralelo Tubos de Cartão em espiral Cones de Plástico para Algoão e Fibras Cones de Plástico para Tinturaria Cones de Plástico para linhas Canelas de Plástico Torces de Plástico Tubos de Plástico Carretas de Plástico

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Noutro dos trabalhos anal'isados (30). el·aborado pelo mesmo 1a utor, 1aprofundou todas 1estas conclusões e 1estudou a rel·ação ·entre a porosidade e as propriedades tintori·ai·s das fibras ·acrílicas. Concluiu que durnnte os tratamentos a seco haveria duas temperatur·as (100 e 140º C) caracterizadas por originarem um mesmo tipo ·de estrutura compacta, uma zona ·inte:rmédia entre estas .duas, na qual se not·a uma tendênoi,a para o 1inchamento ·sendo este bastante 1elevado para temperaturas ·acima de 140º C. No caso de tratamentos h'idrotérmicos, até 140º e haveri a .um fecho progressivo de porosidade, enquanto que na zona de trnns'ição ·entre 140° e 150º C a porosidade 1inicial des·apareceria dando lugar a uma pele microporos·a, estrutura 1esta que se revel·aria como ·a ma'is favorável em •relação à absorção de corantes. Sotton pôde aiinda confirmar uma revers'ibil'idade das .alterações e·s truturais ao longo do ting'imento, que não se v erificari'a p·ara as amostras retiradas do banho aos 1O minutos de ting·imento dado que a estrutura p·arece ,estar em fase de rnarranjo destinado a •r eceber o corante. Este facto verifica-se muito mais evidente ·em fibras de estrutura compacta correspondente portanto 1àquel·as de estrutura inão microporosa. Schutz (31) demonstra que a fadiga mecânica poderia provocar :a formação de porosidade, migração de vatios e 'ª redistribuição dos poros tal como 'acontece aquando do 'recozimento da fibra. O 'reflexo que os tratamentos mecânicos e térmicos produzem nas propriedades ·aprese·ntadas pelas fibras acríMcas foi estudado por praticamente todos os ·investigadores que ,se debruçaram 1sobre a estrutura destas fibras. Desta forma, Takahashi (25). concluiu que à medida que a temperatura de estirngem

1

1X

o

100

2 .4

buída ao movimento molecular na fase amorfa enquanto que na transição mais elevada o movimento se efectuaria na região cristaliina. ve.rificou ainda que após estiramento a transicão superior desaparecia. , .. Minami (23) propôs•se atribuir a responsabilidade da transição mais baixa ao movimento molecul·ar na região paracristaHna e ·a mais elevada à 1n:obilidade das cal'ei'as ,na região .amorfa, tendo ainda estudado 'ª i1nfluência ·do estirame.nto 1nos picos de energia de vibracão como se observa na fig. 9. , Wiley e Brauer (37) determinaram a temperatura de transição para uma série de copolímeros de ·acrilonitrilo e extrapolaram os resultados para pol"i·acri lonitri lo puro obtendo parn Tg o valor de 52º C. Kolb e lzard (38) obtiver~~ o valor de 87º C medindo o volume 1espec1f1co ·de poli·acrilonitrilo puro em função de temperatura.

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1

1

x-agua fervrnte

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. Vel'ifica-se que a correlação peso específico e grau de retenção da água em funcão da d!fracçã? ·n.ã? é ·indicativa duma correspondência de s1gmf1cados em termos estruturais, dado que enquanto que os valores de difraccão e·stão rel·~cionados com a quantidade de , grandes vazios, o grau de retenção de água i·de,nt ifica-se com o teor em pequenos micrnvaz ios pe1netráveis por água. No caso do p·eso ·específico, Takahashi acentuou a ideia da 1i:nterferênci·a do líquido contido na coluna d·a cle·nsidacle qua1ndo este ocupa os vazios existe·nt es na fibra . A·s propri·edades de solubilidade das fibras acríHcas em função da estrutura por ·e-sta apre~ sentada, têm vindo a ser objecto de diversos trabalhos de GacEx1 e Maillo {32, 33, 34) e dada ·a importânoia de que ·se reveste1.1 irão s-er objecto de anáHse ·em capítulo separado .

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- temperaturas de estiramento

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3 4

6

razão de estiramento

FIG. 8 - Efeito das condições de estiramento nas propriedades duma fibra acrílica (25)

1

1

TU BE X RUA

ANTÓNIO

JOSÉ PAULO SANTOS, LDA. DA SILVA MARINHO, 92 • TELEFONES, 67 63 51 / 67 64 27

4100

PORTO

33


Concluiu que embora normalmente a adição de um copolímero faça aumentar a mob'ilidade da cadeia, casos há em que a i1nteracção entre os grupos nikilo e outros grupos pode tornar a cadeia mais rígida e elevar Tg. Para copolímeros, Tg tem geralmente um valor 1intermédio entre as temperaturas de tran·s ição dos homopolímeros, tal como foi constatado por Mead e Fuoss (41) em copolímeros de acrilonitrilo com acril·ato de •eNlo. No entanto detectam-se para vários casos, valores mais baixos que os esperados, devido a urna acção que vai diminuir ·a ·repulsão entre os grupos nitrilo ·e consequentemente a rigidez molecular. Rosenbaurn (42) atr·ibui ao ·homopolímero de acrilonitrilo -uma temperatura de transição ·seca perto ·de 11 Oº e e um decréscimo de cerca de 1º C por mole e por percentagem de comonómero de acrilato de rnetilo. Gur-Arieh e lngamells (43) estudaram a temperatura de trans1ição do Acrilan medindo o alongame.nto linear em função da temperatura e obtiveram valores de 90º e ao ar e de 56º e em água . A grande variação observada em função do meio em que a f.ibra se encontrava sugeriram diversos estudos nos quais se punha em evidência 'O facto de haver certos produtos que causari·am um abaixamento de temperatura de transicão faciHtando ·as·sirn a abertura de fibra. A ·sua· acção «pl·astificante» em fibras acrílicas fiGa a dever-se à redução das forças 'intermoleculares ·entre as cadeias de polímero.

2.5 2.5.1

A estrutura e solubilidade Parâmetro de solubilidade

Este conceito, primeiramente apresentado por ·Hildebrand e Scott (44). ·aplica-se para expressar a solubilidade mútua dum dado , ~ar polímero-solvente, ·sendo principalmente valido para polímeros ·a morfos. O parâmetro de ·solubHidade pode ser descrito através da energia Hvre do processo de mistura : ( 1) onde .D.G 01 é a energia livre molar a uma temperatura T, .D.H 01 é o calor molar •e .D.Sm é a entropia molar, da mistura. O valor de .D.Gm grandemente negativo ass·egura espontaneidade do processo, mas com~ .D.Sm é um termo positivo vai •s er .D.Hm que vai determinar a ·extensão ·da ·inte-racção. Se .D.Hm é z·ero ou negativo, •a solubii'ização é espontânea podend0 ocorrer vários graus de i nchamento e formacâo de geles . Se for positivo, o seu valor tem q·ue s·er menor que T .D.Sm para haver dissolucão. O ·c·alor de mistura para um processo endotérmico e considerando um ·sistema bicomponente polímero (2) e solvente (1) vem dado por : 0

AH.~ v. [1 :~" )% - 1::" )%

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em que: <!>1 ·e <!>2 -

34

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fracçÕ'es volúmicas Volume moloar total Calor de vaporização

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(2)

O parâmetro de solubilidade o é definido na sua versão mais actual (45) pela raiz quadrada da densida'de de energia de coesão (CED), a qual para solventes se calcula recorrendo ao calor molar de vaporização (H v): CED =

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temperatura absoluta

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constante dos gases perfeitos

0.5

1.5

2.0

P las tifi c ante na fibra (mole kg -l)

De 2 e 3 virá:

Quando os parâmetros de solubilidade do polímero e do solventte coinGidem , estes dizem-se perfeitamente compatíve·is, mas verifica-se experimentalmente que a solubilidade mútua não é totalmente assegurada por esta condição, atribu·indo•se ·este facto a que na teoria construída por Hildebrand não eram tomadas em hnha de conta as 1inter ações pol·ares e específicas de cada grupo . Assim, Hansen (46) expressou o parâmetro de solubilidade total como urna função das componentes atribuídas às forças não polares de dispersão, às forças pol·ares e ainda às ligações de hidrogénio. É neGessário conhecer as contribuições rel·ativas de cada tipo de forças para a energi·a total de vapo l'ização, havendo citados vari·ados métodos .de •estiimativa . O conceito de parâmetro de solubilidade foi usado para estudar o efeito de certas substâncias com propriedades de abertura das fibras de poli·ester e aoríHcas , anaHsando-se vari·ações no ·inchame·nto, no encolhimento, na temperatura de transição e ainda nas propriedades hntoriais . Para fibras acrílicas e uma série de compostos deste Npo, ·conhecidos como plastificantes, foram comparados valores das componentes de dispersão (od) e polares (od) revelando que um aumento do efeito pl·a stificante é tanto rna•ior quanto mais ·idêntioos forem os Op do polímero e solvente (44). Isto significa que, para acrílicas, o efeito de plastificação depende da intensidade das forças de ligação polares que se estabelecem , não tendo s•ido encontrada qualquer correlação para ·as forças de dispersão . Em contraste com o comportame·nto apresentado pel·as fübras ac·rílicas não se verifica nenhuma dependência para o caso do poHester, entre o efe'ito plast+ficante •e o tiipo de composto empregue, donde ·se deduz que a estrutura químico-molecular não afecta ·a ·interacção polímel"lo-solvente, poi·s somente ·intervirão forças do tipo disperso . Na f.igura 1O mostra-se o efeito de vál"lios compostos na toemperatura de transição da fibra de Acrilan, deduzindo-se uma maior acção nos casos de fenol, rn-cresnl e álcool benzíHco com valores de op bastante próximos do do polímero .

FIG. 1O- Redução da temperatura de transição vitrosa da fibra de Acrilan em função do teor em diversos plastificantes (44)

Dos valores do parâmetro de solubiliidade para alguns •compostos, a apresentar s·eguidamente, pode-se efectivamente avaliar do que anteriormente foi dito:

Poliacrilonitrilo água dimetilformamida dimetilsufóxido álcool benzílico fenol anilina m - cresol benzilamina

o

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op

12,7 23,4 12,14 13,0 12,1 14,5 11,04 11,11 10,30

9,47 6,0 8,52 9,0 9,04 12,12 9,53 9,46 8,69

8,32 15,3 6,7 8,0 7,85 7,95 5,59 5,85 5,35

(cal 112 cm -1 112)

(47)

Poder-se-á ainda prever, pelos motivos já apontados, que substâncias como o dimetHsulfóxido e a dirnetilforrnarnida, ao contrá·rio da água, apresentem um comportamento plastificante e solvente bastante acentuado em relação ao poHacrilonit·rilo.

2.5.2

Solubilidade diferencial

O polímero de pohacrilonitrilo puro encontrou as maiores dificuldades na ·sua transformação em fibra têxtil útil ·d evido à ·inacessibilidade à maior parte dos solventes . No entanto a sua copoHmerização veio tomar a estrutura mais permeável e aumentar as poss ibil·idades de solubiHzação. É portanto natural pens·ar-se que a menor ou maior capacidade de dissolução apresentada pela fibra s·e possa cons1iderar uma medida da compacticidade da sua estrutura mesomórfica. Assim Gacén e Maillo (32, 33, 34) des·envolve.ram o método da ·s olubilidade dHerencial •em misturas solvente/1não solvente capaz de, para fibras de poHester e acríHcas, estabelecer uma diferenciação entre subst·ractos de diferente históri·a termomecânica ou ainda •entre subst·ractos semelhantes mas com diversas proveniê·ncias. De ·acordo com resultados obtidos, os mesmos autores chegaram à conclusão que quanto menor é a solubilidade duma amostra maior terá sido em tempo e/ou temperatura a severidade do tratamento de estab'ilrização. Pode diz·er-se

que a intensidade do tratamento vai determinar a abertura da estrutura fina da fübra, conduzindo a uma ma·ior ou menor dificuldade de penetração da mistura ·s olve.nte. Segundo GaGen, dado que -a fibra aquando da solubiliização se encontra •i·s enta de produtos de ensimagem, a matéria que se vai dissolvendo ao longo do tempo poderá corresponder a espécies de peso molecular ·inf.erior, matéria interfibri lar, e a fragmentos de ce·rtas entidades morfológicas tais como fibrHas e microf.ibrilas sem no entanto haver destruição de cadeias moleculares. O aumento da solubilidade com a temperatura podel'ia, segundo sugestão dos autores, ser motivado por uma maior velocidade de dissolução das espécies que se começam a dissolver a temperatura mais baix·a, pela dissolução de ·espéoi·es de peso molecular crescente e/ou pela dis·s olução de matéria local·izada em entidades de maior p·e rfeição e/ou tamanho. O peso molecular das fracçõe·s solub'il:izadas, no caso de poliester, permanece quase constante quando sobe ·a temperatura de solubiHzação, concluindo-se que a elevação de -solubilidade com a temperatura é devido ao aumento de eficácia do snlvente ao penetrar e separar as unidades estrntura+s em zonas de maior compactiddade ·e talvez não ·a urna dis·s olução de espécies macromoleculares do peso mol·ecular cresGente. Tal hipótese parece lógica dado que um fraccionamento de pesos moleculares só poderá ocorre-r se a matéria estiver no estado líquido ou ·então num grau de ordenamento quase nulo, de modo a garantir a liberdade das macromoléculas. No âmbito das conclusões de Gacén, apresenta·s·e ina figura 11 a relação ·entre a solubil·idade da fibra retráctiil, não ·retráctil ·e dos fios alto volume a partir .delas produzidos, concluindo da elevada sensibilidade do ensaio de solubiHdade ·às variaçõ·es estruturais provocadas pelas diversas condições do desenvolvimento de voluminos·idade. Em trabalho mais recente dos mesmos autores (34) foi aprofundada ·a poss1ibilidade do controle do grau de relaxação das fibras acríMcas através de solubilidade dife-rencial tendo-lhes sido permitido conclui·r que existe uma 100

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Temp<Hatura ºC FIG. 11 - Solubilidade de fibra acrílica retráctil e relax em dimetilformamida/água (97,5/2,5 %) em função da temperatura (34)

35


rel·ação bem definida entre a solub'iliidade dife·rencial e ·a relaxação do •s ubstracto correspondente. Conforme se pode observar na figura 12 a solubilidade diminui à medida que aumenta o grau de ·relaxação sendo esta diminuição menos notória quanto mais baix·a é a temperatura do ens·a·io.

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Tamperoturo ºC FIG . 12 - Solubilidade de fibra acrílica com diferentes graus de relaxação em função da temperatura (34)

Ainda no mesmo trabalho é provado que ·as diferenças de rel·ax·ação são me·lhor detectadas por ensaios de ·solubiHdade em mi·sturas solvente/não •solvente do que por ensaios .de tingimento.

3.

CONCLUSÃO

Apresentados os aspectos .fundamentais relacionados com a ·estrutura de fibras ·e :muito parHcul•arme:nte de .f.ibras acrHicas, pode concluir-se que o estudo .das ·interacções estrutura-propriedades conduz à poss1ibilidade de conhecimento de detalhes estruturais, ·além de permitir prever o comportamento das fibras •em situações que determinam vari·ações na estrutura . As fibiras aoríHcas .dadas ·as suas particularidades em :relação à grande maioria das -outras fibras constituem como tal, um campo de investigação de características específicas. É de saHentar o singular comportamento destas fibras no que respeit a à poss'ihilidade de •r etenção dum encolhimento latente, às dificuldades de termof.ixacão e às variacõ·es estruturais sofridas quando .s ubmetidas ·â tratamentos térmicos ou termomecânicos, nomeadamente o tingimento.

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CORANTES FUGAZES Por MIHKKO R. COSTA( * )

Tradução e resumo de Jorge Neves e Luís Almeida RÉSUMÉ

Les colorants fugaces sont tres utiles pour le m arquage des fibres et des f ilés lors de la fi/ature du ~issage et du tricotage. Dans cet artic/e on présente les propriétés que ces colorants doivent avo1r, notamment la substantivité nulle et une tres facile éliminabilité, et on analyse les principaux colorants fugaces et leurs procédés d'application. SUMMAHY

Fug_itive tints are ~ery useful for ~abel/ing fibers and yarns in spinnig, weaving and knitting. ln this art1c/e th~ propert1es that these t1nts must pres ent, such as no substantivity and easy wash-off, are d1scussed, and the main fugitive tints and their application processes are presented.

1.

INTRODUÇÃO

Durante os processos de Hação e tecelagem, é muito ·importante que os artigos que se processam num mesmo departamento, como são os fios e as fibras, s·ejam fac'ilimente identificados. O uso de corantes fug·azies é um método ·ideal para a codificação da·s propriedades ffs·icas e químioas das .fibras e fios mediante um sistema visual muito prático. Esta necessidade de uma codificacão colorística, que evitará misturas acidenta·is ·do material durante o .s•eu processamento, foi já .reconhecida pela •indústria há muitos anos . Mediante a utiliziacão de corantes de diferentes cores pode rec~nhecer-se fácil e rapidadamentie uma variedade de propriedades como seja o tipo químico da fibra, o título do fi.o, a mistura de fibras no ·fio, o comprimento de fibras, etc. Desta mane+ra pode-se trabalhar vant·ajosamente num mesmo compartimento urna grande variedade de fibras e suas misturas, uma grande diversidade de títulos ·e isto com uma possibilidade mínima de haver enganos, geradores de altos custos .de fabricação •e perdas de rentabilidade do produto . Infelizmente a inda não foi •encontrada uma solução para o emprego destes corantes ident ificativos para todas as fib ras. No ·entanto, ·i<ndicar•se-ão de ·s•eguida algumas soluçõ·es encontradas . Cabe destacar ao mesmo tempo que o aparecimento de novas fib l'1as têxteis e das suas mistur·as com fibras ·naturais , complica m ais o 1

(*)

Apartado 2066 -

Lima 100- Perú

problema. Urna vez que -o corante fugaz empregue, pode pos•s uir fug·acidade para uma dada fibra da mistura, mas não para outra, há nece·ssidade de uma sel·ecção 1a cargo do sector de acabamentos que terá que ·estar famiHarizado com a ·sua ·remoção e -o seu processo de apHcação.

2.

PROPRIEDADES GERAIS

Existem algumas propri·edades gerais ·e indispensávei•s ·que esta classe de corantes deve reunir •a fim de serem considerados ·c omo fugazes, sem o que interfeririam nos proc·e-ssos posteriores de process·amento do material. Por exemplo:

2 .1

Fugacidade

Devem ser facilmente eliminados da fibra durani'e o tratamento de desencolagiem ou lavagem convencional, 1sem a nece•ssidade de processos ·adicionais. Esta propr·iedade é sem dúvida a mais 1importante e é determinada pela fibra, pelo tipo de corante usado e pelos processos 'ª que ise submet·eu a fibra depo·is da sua apHcação. É lógico ·supor que -os corante·s •seleccionados para ·este fim devem pos·suir pouca ou nenhuma ·a finidade para a fibra ·a que se vai .a plicar, devendo apenas manchá-la superficialmente. Mesmo se exist+r ·a possibilidade de 1interacção superficial com a fibra, 1ela deve :ser fraca para garantir ·a ·remoção do corante. 1

37


2.2

Migração

2.6

A migração durante katamentos posteriores, especialmente térmicos, pode ocasionar a concentração do corante em determinadas áreas de difícil remoção posterior. Após apHcação sobre uma fibra da mistura, deve permanecer nela, sem migrar ou manchar as fibras adjacentes. De qualquer maneira deve ser apenas apHcada a concentração mínima de ·corante capaz de conferir uma tonalidade visualmente perceptível.

+)

Praticamente, ne'Cessita-se de uma ampla gama do espectro, para conseguir tonal·idades que se dishngam facilmente nas más condicões de iluminação existe.ntes na maior parte· dos armazéns. Ao mesmo tempo, o seu uso em diferentes api'icações permite maiores poss'ibilidades e número de condições identificativas.

3.

2.3

Resistência aos tratamentos térmicos

Deve também suportar todos os processos vulgarmente levados ·a cabo ·antes da fervura e principalmente a temperaturas elevadas e/ou ·em condições húmidas, como sejam a vapor·ização e termofixação de f.ibras sintéticas e suas misturas, sem que ·influam na ·sua remoção. 'Est·es tratamentos térmicos são muito importantes para eliminação posterior do corante po·i·s ajudam a sua difusão para o interior da fibra promovendo a sua fixação.

AGM AGMOLLER

Espectro de tonalidades

CLASSIFICAÇÃO DOS CORANTES FUGAZES

A gama comercial existente no mercado pode ser arbitrariamente dividida em quatro classes: 1)

Pigmentos de partículas muito finas que não possuam afinidade para nenhuma fibra e 1são •insolúveis em água em quaisquer condiçõ·es.

11)

Corantes solúveis em águ·a que não possuam ou possuam muito pouca afinidade para a fibra ou fibms a que ·se aplicaram para sua identificação.

111)

Compl·exos corados de polímeros de alto peso molecul•ar que possuam certo grau de ligação com ·a ·Superfíci'e da fibra, mas incapaz•e·s de se difundir para o seu ·interior.

IV)

Polímeros corados de alto peso molecul·ar solúv·eis e·m água que não possuam muito pouca afinidade para a fibra a que ·se ·aplicaram .

1

H,AMEL

1

@ETTLEBJ

2.4

lnteracção com outros produtos;

Outros produtos us ados durante a ·encolagem corno são as colas, :amaci·adore.s, lubrificantes, etc., podem ser muito difíceis de •ei'iminar durante a fervura. A sua interaccão com o corante fugaz, dificulta ·a sua remoção e torna-a visualmente perceptível. Ao mesmo tempo certos corantes azuis e vermelhos são capazes de formar ·complexos metálicos com o feno e com o cobre ·o que afecta o •S'eu •r endimento hntorial e ·a ltera a tonal idade original. É conveniente trabalhar ·estes corantes ina •ausência de met·ais pes·ados, evitando o seu tratamento ·a través de tubeiras ou vasilhas de ferro ou •cobre . 1

1

'

r

A

GRILONSA

-~ o:J ~ ~

,J;

1

~

'

2.5 I

• PENTES

Solidez à luz

'

Devido à .sua aplicação superficial, a sua sensibilidade à degradação por efe'ito da luz visível e ultravioleta é maior do que quando são absorvidos pela fibra. Esta propriedade é 'i mportante por duas razões; primeiramente, ao permanecerem vestígios de corantes sobre o material depois da fervura e uma vez tingido, •a solidez final do tinto pode ·s er alterada por viragens no lugar onde permaneceu. Isto er·a de esperar, urna vez que a solidez à luz se avalia pela mudança de tonalidade em ·relação ·à cor origin•al; em segundo lugar, se ·a soi'idez à luz for muito fraca, corre-s•e o ri·s co de urna de.s coloracão total durante o ·armazenamento, p•erdendo-se a sua função identificativa. 1

RUA Ou AMIAL, 928 TELEF. 484186

4200 PORlü TELEX 22389

4.

PIGMENTOS

Apesar de não terem afinidade para as fibras têxteis, o ·seu uso tem muitas limitações. A sua ·aplicação tem muitas desvantagens, como sej•a o seu baixo rendimento Hntorial devido ao tamanho das suas partículas ·s er rel·a tivamente grande. Ao mesmo tempo, por ·não possuirnm afinidade, desprende-se em pó uma peroentagem bastante alt·a, durante o seu processamento . Isto, não só ocasiona uma descoloracão como também ocas·iona contiaminação das ·má'. quinas. Durante a fervura, os pigmentos podem ser considerados como «terras insolúve is» que necessitiam de ·Ser removidas mecanicamente e suspensas por dispersão no banho de J:avagem. Ou·ando usados sobre fios de alt·a torsão ou teGidos de alt·a dens·idade, as partícul·as (de menor tamanho) do pigmento são agarradas dentro da fibra re virtualmente 'i mpossíveis de remover durante :a fervura. Foram usados corantes de cuba em e·stado de pigmento, mas ·corre"s·e o risco de os reduzir e fix·ar aGident·a lmente durantie a desencola1

39


gem, durante a qual se cria um meio redutor devido aos grupos aldeidos provenientes da degradação das gomas de 1amido. Empregaram-se também pigmentos orgânicos, como o azul ultramarino, porém possuem as mesmas desvantagens de serem agarrados entre as fibras. Quanto aos pigmentos inorgânicos que possuam resíduos de cobre e ferro, sabe-se que interferem com outros corantes durante o processo de Hngimento posterior.

5.3

Poliamidas

Apesar da maiori•a dos corantes possuirem certa afinidade para a fibra, pode ser usada a seguinte Hsta s·empre e quando não se submeta a fibra a processos térmicos que ajudem a sua fixação e tornem a sua remoção difícil:

Como cromóge.nos corados capaz·es de formar complexos estáve is com a caseína , sugerem -se: C.I. Directo Vermelho 82 C.I. Directo Violeta 53 C.I. Directo Azul 53 Clorantina Sólido Rubi GNLL

Sal de diazónio da p-nitro-anilina

Fenil-dietanol-amina

1

5.

C.I. C.I. C.I. C.I.

A maioria dos corantes fugazes utii'izados pertenc em a dasses de corantes destinados ao tingimento convencional, mas carecem de afinidade para a fibra •a que vão ser apl·icados para a ,sua :identificação. Não é difícil encontrar corantes entre a gama comercial que possuam pouca ou nenhuma afinidade por -certas fibras têxteis; por esta razão não podem ·ser aplioados como fugazes para todas as fibras. A ·sua selecção 'e uso cor·recto depende da afinidade que eles possuem para 'ª fibra ou mistura de fibras a que se querem aplicar. Para o caso de fibras celulósfoas não é difícil, uma vez qu·e muitos corantes ácidos podem ser usados para 1este fim; o problema é mais difícil no c·aso da lã e fibras de poliamida para as quais todos os corantes pos·suem certa afinidade. As ·fibras de ·a cetato de celulose, apesar de não possuirnm ·sítios ·específicos de :reacção com o corant·e, permanecem com manchas permanentes quando tingidas com muitos dos cor,antes ácidos 1e directos us·ados como fug·azes para outras fibras .s,imil·ares (poi:iester). Apesar de todos os •inconveni·entes anteriores são recomendados os seguintes corantes : 1

Algodão e rayon viscose

Para estas fibras sugerem-s·e: C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I.

5.2

Ácido Ácido Ácido Ácido Ácido Ácido Ácido Acido Ácido Ácido

Amarelo 17 Amarelo 23 Laranja 3 Laranja 10 Vermelho 1 Violeta 7 Violeta 1 Violeta 17 Violeta 15 Azul 13

C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I. C.I.

Ácido Acido Acido Ácido Acido Ácido Ácido Acido Acido Ácido

Azul 92 Azul 15 Azul 22 Azul 74 Azul 5 Azul 147 Azul 1 Verde 50 Verde 16 Verde 5

Diacetato

Para esta fibra :

40

C.I. C.I. C.I. C.I.

Acido Azul 18 Ácido Verde 5 Acido Verde 3 Directo Preto 71

CORANTES SOLÚVEIS EM ÁGUA 5.4

5.1

Directo Amarelo 11 Ácido Vermelho 30 Ácido Vermelho 82 Directo Violeta 53

C.I. Ácido Amarelo 17

C.I. Ácido Azul 74

C.I . Acido Laranja 10

C.I. Acido Azul 147

C.I. Acido Vermelho 1

C.I. Acido Azul 1

C.I. Ácido Violeta 7

C.I. Acido Verde 5

1

C. 1. Disperso Vermelho 19

1

Poliester

São recomendados os s·eguintes corantes para ·esta fibra ainda que tenha que submete-la a tratamentos térmicos: C.I. Ácido Amarelo 17 C.I. Ácido Laranja 1O C.I. Ácido Vermelho 18

6.

por possuirem uma solidez à luz apropri ada e os três primeiros possuirem átomos de cobre que explicam a sua facilidade de reacção com a caseína. Os complexos de caseína e estes três corantes podem usar-se para a viscose, lã, ·acetato e poHamidas sendo fácei s de eliminar destas fibras mesmo depois de prolongada vaporização. Para evitar ·a corriosão das máquinas, utiHzam-se pequenas quantidades de sais de 'alumínio que deslocam o ponto 'i·soeléctr.ico .da caseína para um pH 6, menos corros1ivo . Esta técnica ·só é 'a propriada na prática com isoluções muito diluídas e para apHcação por imersão. O uso de ·sais de cálcio, como o cloreto de cálcio, em pequenas quantidades e em dispersões muito fin as, aplicados a um pH ·até 9, não parec•e deslocar o ponto ;isoeléctrico mas apenas estabHizá-lo. Estas di,s persões finas são completamente solúveis nos banhos de fervura 'ª pHs superiores a 9. A preparação destes tintos leva-se ·a cabo da iseguinte maneira: o corante ·e ·a cas·efna dissolvem-se em separado, adicionando . .se à caseína um pres·ervante como o clorocresol. Simultaneamente com a sua mistura, faz-se a junção do cloreto de cálcio, ·utii'izando-se um exces·so de caseína para facHitar a remoção. A rel·ação entre os componentes da mistura é a seguinte:

C.I. Acido Vermelho 80 C.I. Ácido Azul 74 C.I. Ácido Verde 5

COMPLEXOS CORADOS DE POLÍMEROS DE .ALTO PESO MOLECULAR

A utiliz acão destes compostos é uma 1extrapol·ação da teoria dos retardadores usados no tingimento , ou ·Sej a uma combinação entre o corante e um composto químico, a fim de que o complexü resultante não possua afi.nidade para a fibra . Contrariamente ·aos ·retardadores o compl·exo formado é muito estável, pelo que actua como um inibidor de tingimento e formador de complexos corados solúve·is ,em água que .não possuem 'a finidade para a fibra. A pouca 'OU ·ausênci·a de •afinidade traz consigo ·o problema da migração , que como s·e d+ss~ anteriormente apresenta problemas de looabzacão e remocão. , O problem,a da migração deve-se à pouca afinidade ou 'ausênc·i·a de forças que o unam à fibra, provocando o seu arrnstamento pela água durante a ·secagem . É evidente, que o corante fugaz ideal deve ser ·insolúvel em água. Ta~­ bém já se mencionou 'ª desvantagem do pigmento insolúvel ,em água ficar preso dentro da fibra, pelo que 'O modelo ideal requer que seja solúvel no banho de fervura e 'insolúvel no momento da ·sua ·apHcação. Os banhos de fervura ·São na :sua maioria alcalinos, pelo que um complexo que se}a insolúvel 'ª pH 7 mas solúvel 'ª pH ma'i ores do que 7, reuniúa ·os requi.sitos de um corante fugaz que não migre. Os ácidos aminocarboxíHcos possuem caracterísNcas de ·solubilidade que variam com o pH do me·io rem que actuam. O ponto no qual os grupos amino e carboxílico se dissociam em igual quantidade, é conhecido como ·isoeléctrico. Neste ponto, o composto pos·sui uma carga ·eléctrica nula 'e 'ª sua solubHidade é mínima; qualquer aumento pos'itivo ou negativo da sua carga resulta numa modificação na sua solubilidade. Uti Hza-se 'ª caseína por possuir um ponto isoeléct·rico de 4,6 e 1!er a sua máx'ima solubilidade a pHs ·superiores ·a 8 e ·ser insolúvel a pHs menores de 3,6 . 1

1

1,2 ·corante : 8 caseína : 3 de cloreto de cálcio.

Em lugar da caseína usam-se compostos à base de poHvinil pirolidona, que possui maior afinidade para os corantes aniónicos do que para a fibra, enfermando porém do problema da migração. Este tipo de corantes fugazes não é recomendável para fibras acrílicas - posto que o seu modo de acção depe.nde da •estabHidade da ligação 1iónica corante-polímero, podendo originar problemas de competição com a fibra.

7.

POLÍMEROS CORADOS DE ALTO PESO MOLECULAR

À medida que se aumenta a quantidade de resíduos etoxilados, :a ·a fin1idade para ·as fibrns sintéticas diminui, pelo que ·estes corantes se fabricam mediante 'ª formação de compostos de adição entre compostos etoxilados de alto peso molecular e 'aminas orgânicas. 1

1

NH 2

ó Anilina

óxido de etileno

Composto de adição etoxilado da anilina

Apesar do alto peso molecular do composto de •adição ietox'il:ado da 'ªn'ili1na, este composto pode ser copul·ado por ,uma grande variedade de ,s ais de diazónio. As aminas aromáticas começam a solubilizar-se quando contêm 8 a 10 moles de oxietileno (depende também do componente de ·copulação), pode·ndo po'i-s cons·egu'ir-se um corante ·solú~el em água. No entanto, 'ª fugaoidade 1só se consegue quando 'ª molécula de corante é ·Sufici·enteme.nte grande para ·s'e não difundir no ·interior da fibra. 1Empi'r icarnente encontrou-se que estes corantes não possuem afinidade, mesmo para as poli:amidas, quando o ·seu p·eso molecular se e·ncontra 1ent·re 2 000 e 5 000, o que equivale a 50 ·a 100 moles de óxido de etileno. A 'i ncorporação de •auxocromos de ·sülubilidade como o radical SOJ, diminui a afinidade para a lã. O problema da vari·edade de tonal'idades solucionou-se com •a mistura .dos três corantes primários, tendo-s'e feito uso do ác ido H como componente de copul:ação para cons·eguir :as tonalidades azuis e fen'ilaminas para os tons ve·rmelhos e :amar,elos. 1

1

1

1

1

Um üutro caminho .foi s·eguido pela companhia Deering MilHken de Spartanburg (Carolina do Sul - USA) para desenvolver corantes fug·azes universais :e fac1ilmente desmontávffi·S. Os seus laboratórios de investigação ·estudar·am a possfüilidade de fabricar compostos de adição entre um cromóg·eno ·corado ·e um polímero de poH•ox·i1etneno solúvel •em água. O caminho que seguiram bas·e·ia•se na conhecida .reacção das 1aminas aromáticas oom o f.enil-di·e tanol-amina, composto oapaz de copular com uma grande variedade de ·sai·s de di·azónio, por reacção muito semelhante ·à usada na fabri-oação de •coriante·s di•spersos.

Acido H

41


Deste modo é pos·sível obter qualquer cor pela mistura destes três corantes fugaz.es: Amarelo, Vermelho e Azul, que por serem compostos poi'ieNlenogHcóHcos são compatíveis entre s·i •e ·eliminam ·a necess•idade de manter em ·armazém uma grande variedade de produtos. A tabela ·seguinte resume as possibilidades de apl'icação destes corantes fugazes sobre as diferentes fibras.

Devido ao processo de pulverização, obtêm· -se partes manchadas fortemente, enquanto que outras não têm qualquer contacto com o corante. Espera-se que durante o processo de fiação a cor se homogenize mediante a mistura das fibras. Por esta ·razão não se pode controlar a intensidade da cor identificativa.

Técnica da pintura

8.2 APLICAÇÃO FIBRA

1

Amarelo Vermelho

Poliamida . (Nylon 6 e Nylon 6,6) Poliester . Acrílico Acetato Lã Algodão

Azul

Sim

Sim

Sim

Sim Sim Sim Sim Não

Sim Sim Sim Sim Não

Sim Sim Sim Sim Não

1

Até ·ao momento, desconhece-s·e a explicação p·ara •a ·ausência de fugacidade destes corantes para ·as ffüras celulósicas ·e de algodão. No entanto, ao mi·s turá-los com igual peso de certos ácidos polibás•icos, consegue-s·e também a fugacidade das fibras celulósicas. A 1iteratura especi·al iz.ada cita que certos detergentes não ·iónicos .do t>ipo alquil fenol etox ilado, muito 1S'emelhantes ·em conf.iguração química a este tipo de corantes fugazes, possuem afinidades para a celulose, pelo que esta afinidade diminu·i •ao reagir o radical h•idroxilo terminal com ácido cloro acético. Isto não foi possível conseguir com estes corantes, o que fiaz supor que ·reúnem as condições de um corante di·recto; i sto é, moléculas compr.idas, lineares e planas-capazes de formar pontes de hidrogénio com ·as fibras celulósicas . 1

11

8.

1) li)

Ili)

8.1

.Pulverizando-os Pintando-os Por 'imersão

8.3

Técnica da imersão

Esta técnica é •a mais fácil de controlar, no entanto é a mais cara, devido à necessidade de secagem. O fio é submerso na solução do Hnto fugaz de identificação; como se trata praticamente dum tingimento pode-se controlar melhor a intensidade das tonalidades . Dev·ido ao custo ·adic'ional da secagem não tem encontrado ·aceitação, salvo em apl'icações conjuntas com o proces·so de encolagem pelo que é necessário que haja compatibiHdade entre o corante fug·az e ·a cola.

9.

DESMONTAGEM DOS CORANTES FUGAZES

Apesar de um dos principai·s requis•itos desta classe de corantes •ser a sua compl·eta remoção durante o proC'esso de fervura ou de l·avagem, pode dar-se o caso, de uma remoção incompleta. É aconselhável -efectuar um ensaio prévio em laboratório com as concentraçõ-es devidas e reproduz·indo os tratamentos térmicos que o material vai .sofr.er, ·a ntes de s·e usar na produção . Alguns corantes fugazes que não hajam sido ·eliminados durante ·a fervura ou a lavagem, podem ·ser destruídos por trat>amentos com hidros·sulfito de sódio ou com clarito de sódio, tendo o cuidado de verificar se o material sobre que se api'ica resiste aos ditos t·ratamentos.

Técnica da pulverização

Esta téonica utHiza-s·e principalmente para ·identificar fibras e ·apHca-se sobre a fibra antes de ·s·e in1 k~iar proc'esso de f.iação. Hequerem-se concentrações elevadas .de corantes, com concent·rações de água que não exc·edam os 3 % . · A sôlução concentrada de corantes é atomizada para se depositar S'Obre a fibra •em forma de nebHna.

o

42

Este método é o mais utilizado na indústri·a. Existem variações do mesmo, como ·seja a sua ·apJ.icação por ·intermédio de uma roda que ·imerge na solução do corante fug·az após o que entra ·em contacto com o fio ou o tecido. Outras vez·es apJiica-se com ·a ajuda de «espanadores,, que são preparados com a solução de corante fugaz par.a a :identificação do material. Anteriormente utilizavam-se sais de cálcio ou magnésio ·insolúveis •em água, como se fossem marcas, tingidas com os corantes fugaz·es e ·que são apanhados pela fibra conjuntamente com o ·corante. Este método tem o probl•ema da contaminação do material com ·as 1impurezas que os s·a is usados contêm.

APLICAÇÃO

Idealmente estes .corantes devem ser ·aplicados sobre a fibra ·da maneira mais ·uniforme possível e em conGentraçõ·es ·que não interfiram com os processos post·eriores . Uma vez que na maioria dos casos são aplicados •em meio aquoso, 'ª quantidades de água usada para a sua depos·ição deve ser a mínima permi·s sív•el para que não aumente a humidade total da fibra. . De maneira geral são •apJiicados por três métodos:

TECNOLOGIA DA PRODUÇÃO DE MALHA FELPA PARTE Ili TEARES DE MALHA DE TEIA E COSER-TRICOTAR

Por MÁRIO DUARTE DE ARAÚJO( * ) RESUMÉ Cet a~ticle c'est le troisiéme d'une sene de trois artic/es concernant la production des étoffes bouc/es. Dans cette partie on analyse les méthodes de fabrication des étotfes bouc/és par mail/es jetteés et mail/e cousue.

SUMMAHY This is the third part of a three part article concerned with the production of pile fabrics. /n this part the methods of producing pile fabrics by warp knit and sew-knit techniques is discussed.

1.

A produção de malha felpa pode efectuar-se em teares de malha de trama (1), '(2), em teares de malha de teia ou ·ainda em teares cos·er-tri cotar. iEm teares de malha de tei·a existe urna vari·edade de técnicas para a produção de •u m efeito de pêlo na te:r-ce'i'ra dimensão da malha, tais ·como ·a produção de subposições soltas, laçadas •soltas, des·e nganchamentos de laçadas, argolas, etc.

REFERÊNCIAS

-

1. C. 1. Technical lnformation Dyehouse 81 O "Dyes for tinting cotton, viscose rayon, diacetate, terylene polyester fibren, Abril 1965 . Kuhn, Hans; "Universal fugi tive tints», Conferência apresentada perante a Associação Americana de Químicos e Tintureiros Têxteis. Outubro 1965. Meitmer W., Taylor J. E.; «Fugitive tinting•, Conferência conjunta sobre cor e têxteis . Junho 1954- Scarbo rough, Inglaterra.

2.1

Produção de felpa em teares Ketten

O método convenc·ional de produção de malha sem !argoJ:a :num tear K·etten, encontra-se Hustrado na F1ig. 1. A construção de uma te1rceira dimensão pode s·er conseguida •a través da aHmentação •s uplementar de fi.o, de modo a produzi•rem-se argol:as ou pêlo '(3).

As téonicas consideradas .dentro do método coser-tricotar base·i·am~se fundamentalmente na introdução ·do fio da argol·a numa bas·e previamente construída que pode 1ser um tecido, um não-tecido ou até urna malha. Por ess•e motivo, o método coseir-tricotar não pode ·s er cons·iderado um método de produção convencional.

2.

-

INTRODUÇÃO

B2

1

Professor Associado de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho.

-B,

(V

PRODUÇÃO DE FELPA EM TEARES DE MALHA DE TEIA

A prndução de malha felpa pode ser conseguida ·em teares Ketten ·e Raschel por urna variedade de métodos.

(*)

F

p

~

I1 FIG. 1

43


2 .1 .1

duz·ido ·a uma tensão extr·emamente baixa. O fio uNlizado :na argola deve ser res+stente e de pilosidade ireduzii·da.

Formação da argola por subposições soltas

Neste método ·a bal"ra 81 ·efectua .subpus ições bastante longas sem fo·t"mar laçadas, ·introduzindo assim o fiio da ·arg'Ola. O fio da barra 82 forma a base ·e fixa as argolas. A ·introdução do fio da argola é efectu·ada a uma tensão bastante baix·a com o auxíl'io de urna barra t·ensora. O .«teoido» apre•senta argolas numa só face, s·em grande·s possibilidade·s de variação de ·altura. IDevido ·ao método ·de fixação, as argolas encontram-se deitadas na base •do «tecido,, o que rimposs'iibilita a tesouragem das ·argolas pa:ra a formação de veludo. O fio da argola pode ser voluminoso ·e de baixa torçã'O. 1

,.....

ROGERIO MARQUES, LDA.

ff

FIG. 3

A Fig. 3 :ilustra o tipo de c-ontextura em causa, .cujo método de construção pode s·er o seguint·e:

IM't~ :~ t:;J ~<ii~~ SCHOIL Frõ/Jlicll SCHROERS

81 (base):

___!!iederichs

-

FIG. 2

A Fig. 2 ·ilustra o rNpo de contextura ·em causa, cujo método .de ·c·onstrução pode ser o seguinte: 81 (argola): -tipo de Ho: fio de fibras desc'Ontínuas (cardado gros·so) - ·enfüamento: 1 . 1 . (um c'he'io e um V·azio) -movimentos laterai·S: 5 - 5 / O- O / 6 - 6 / 10 - 1O 1e 1repete

tipo de .fio: iii 1amento 'Contínuo - enfiamento: 111 (todos che-ios) - movimentos latera+s: O- O/ 3 - 3 e repete

- ·t ipo de ·f io: filamento contínuo - ·e nfiamento: 111 (todos cheiüs) -movimentos laterais: 1 - O / 2 - 3 e -repete

2.1.2

- tipo de fio: filamento contínuo - enfiiamento: 111 (todos chefos) -movimentos laterais: 1 - O / O - 1 e repete

Neste método ·a bas·e é produziida por duas barras de •agulhas 81 .e 82. •A bana 181 que ls•e •encontra mais •afastada do ponto .de ·alimentação efectua ·efe itos tramados 'ª fim de interlaçar as colunas de laçadas abertas produzidas pel·a barra 82. O fio da argol·a é alimentado pela barra 83. Na formação da argola •não •se :efectuam subposições, formando-se laçadas abertas (sobreposiçõe•s) ·em cada segundo ciclo. O fio da 1argola é 1iintri0duzido a uma tensão muito baixa, s·eindo a :amplitude do movimento da barra 83 maior que 'O normal ·a fim de produzir •argolas com o comprimento •adequado. É possível produziir argolas nas duas faces, •embora de caracter diforente, •s·e o fio da iargola for ·intra1

Luwa

>

83 (argola):

Timmer

tipo de fio: fio de fibras descontínuas - ·enfiamento: 111 (todos -cheios) - movimentos laterais: 1 - O / O- O / O- 1 / 1 - 1 e repete

Schweiter

Formação da argola por desenganchamento de laçadas

ARIOLI

zmm

·I

-

Formação da argola por laçadas soltas

1

44

SALZER

Bi (base):

2.1 .3

-

,, •llintl

-

8 2 (base):

kr1sters

Neste método a base é tricotada em •agulhas •alterinadas (p.e. •agulhas pares) •e a argol·a nas agulhas •alternadas ·inte·rcaladas (p.e. agulhas ímpares). A ·argola é obtida por enrolamento das agulhas {ímpares) com fio ('sobreposição mais ·subposição) seguido de desenganchamento no ciclo •s·eguinte .devido 'às agul'has (ímpares) não serem ·al:imentadas. As barras de passadores apenas possuem metade dos pas•sadores, e encontram-se ·dispostas de modo a ·que os pass·adores das barras da bas•e ·s·e encontrem intercalados com os da harra da argola. O comprimento das argolas não é sufici·entemente grande para que estas pos.sam ·s er tesouradas. 1

ROGERIO MARQUES & PEREIRA, LDA.

Schappe tronsfettex

CXJ


81 (base):

O comprimento da argola depende ·da d'istânci·a entre a barra de agulhas ·e ·a barra de pinos, podendo var.iar entre 2 1e 60 mm. O fio da argola pode fixar-se à base na forma de pêlo como indicado no diagrama 1 da Fig. 7, podendo ne·ste caso ·encontrar·se orientado em várias direccões. Pode ai·nda fixar-se na forma de argola como indicado no diagrama 2, podendo neste caso orientar-se apenas numa direcção.

-

tipo de fio: filamento contínuo -movimentos laterais: O- O / 5 - 5 e -repete

82 (base): - tipo de fio: filamento contínuo - movimentos laterais: 1 - O / O- 1 e repete FIG. 4

83 (argola): -

A f 1ig. 4 ·ilustra 10 tipo de contextura ·em que as argolas ap·a recem na face dirnita. O método de construção pode se·r o seguinte:

da base que ·são ligadas pel'O fio tramado proveniente de uma barra horizontal P1. As restantes ci·nco bairras verticai·s P3-1 formam as argol·as. Os movimentos tiricota.dores ·encontram-se ilustrados na Fig . 8, ef.ectuando-se do 1s eguinte modo:

-

.t ipo de fio: fio de fibras descontínuas movimentos laterais: 4 - 3 / 7 - 7 / 3 - 4 / O- O ·e repete

84 (base): -

tipo de fio: filamento contínuo -movimentos laterai·s: 2 - 3 / 1 - O e ·reP'ete

Enfiamento 81 (argol·a)

Bi (base) 83 (base)

2.2 81 (argola):

-

Produção de felpa em teares Raschel FIG . 7

tipo de ·f io: fio de f.itbras descontínuas movimentos l·atera+s: 4 - 3 / 7 - 7 / 3 - 4 / O- O e repete

É pos·s ível produzir f.elpa 1em teares Haschel introduzindo elementos à volta dos quais se formam argolas no ·avesso técnico. Alternativamente podem formar-se dois «tecidos» cüm pêlo s·imultaneamente.

81 (base):

2 .2 .1

-tipo de .fio: fil amento contínuo - movimentos laterais: O - O / 5 - 5 e ·repete

Ne·ste caso (4) o tear e•ncontra-se equipado com uma barra de pinos, uma barra de ·agulhas e duas barras de passadores . Os movime:ntns tricotadores efe.ctuam -s·e do modo ilustrado nos diagramas da Fig . 6.

1

83 (base):

2.2.2

-tipo de fio: filamento contínuo -movimentos laterais: 1 - O/ O- 1 e repete

em que 1as ·argolas aparecem :nas duas faces do «teci.do», -c omo Hustrado :na Fig. 5. N·e·ste caso .não ·são 1necessárias quatro barras de pass·adores, podendo o método de construção se:r o seguinte:

l FIG . 6

12-

Enfiamento:

34-

46

81 82 83 84

{bas·e) (base) (·argola) 1(bas·e)

BT: 2 - 0/2 - 4 e :repete BM: 2 - 0/2 - 0/2 - 4/ 2 BF: 2 - 0/2 - 4 e •repete

A

É possível também produZ'ir uma contextura

567-

Desenganchamento da argola (posição inicial~ . _ Ascensão da barra de pinos P e sobrepos1çao da barra da argola B, . Movimento balouçante para trás das barras de passadores e subposição. Ascenção da barra de agulhas A e movimento para a frente das barras de passadores B, e B,, Movimento para trás das barras de passadores e sopreposição. Movimento para a frente das barras de passadores. Batimento da barra das agulhas.

Formação de dois t ecidos com argolas face com face

É possível produzir dois «tecidos» face com face em teares Haschel (4), ·Um em cada barra de agulhas, interligados por um fio ·de liigação que depois de cortado durante a sepa ração ·dos do•is tec·idns forma ·a rgolas de peluche. Neste caso não é •necessário qualque-r mecani·smo especial, havendo necessidade de pelo menos três bariras de passadores. A ba11ra de passadores da fr.ente (BF) produz apenas sobreposições nas agulhas da barra da f.re·nte enquanto que a barra ·de passadores ·de trás (HT) apenas produz sobreposições n·as ·agulhas da barra de trás. Est·es doi·s «tecidos» que são produzidos ·s·epara.damente em ·cada barra de ·agulhas, encontram-se ligados pelos fios da barra de passadores do meio (iBM). que efectua sobrepos•ições :nas ba 11ras de agulhas da frent·e e ·de trás. As barras de agulhas devem enco·ntrar.se ma'is separadas que o normal, sendo ·essa distância determinant·e do comprime.nto das argolas. Para a s·eparação dos dnis «tecidos" é utiMzada maqui1naria espeoial. Os movimentns laterai·s para a -c onstrução deste •t ipo de contextura são os seguintes:

Formação da argola com pinos

FIG. 5

2

2.2.3

FI G. 8

1-

As agulhas encontram-se em repou so e as barras verticais na frente do tear, enquanto que a barra horizontal se encontra retirada.

2-

A barra horizontal move-se para a frente colocando o fio de trama por cima do tecido . Nesta altura as barras em acção efectuam as subposições de forma a ligarem os seus fios (base e argolas) ao fio tramado . De notar que é neste ponto que o foi das argolas passa por cima dos ganchos .

3-

As agulhas através dos passadores da barra horizontal e as laçadas abrem as linguetas da maneira habitual.

4-

É de notar que a subposição formada pela barra horizontal se encontra «apanhada" entre os fios da barra da frente P, e a parte de trás das agulhas, de modo que a barra horizontal pode agora retirar-se à medida que o conjunto das barras verticais se movimentam para o ponto de sobreposição. A sobreposição é apenas efectuada pela barra da frente que se move um espaço de agulhas .

5 e 6-

De notar que os fios das argolas se encontram agora presos entre os fios da barra da frente e a parte posterior das agulhas . Por conseguinte as agulhas ao descer pucham o fio da argola para o outro lado do gancho fo rmando a argola sobre este à medid a que a agulha bate a laçada .

4 e repete

Formação da argola com ganchos

Neste caso o tear encontr·a-se ·equipado com ganahos '(5) que ·S'e encontram encurvados para baixo de modo ·a passarem horizontalmente por baixo dos pas·s adores -e então para baixo ~icando por ·C·ima ida malha . Deste modo as argol·as são for madas ·s obre os ·ganchos pelas barras de p·assadores deslizando ·sobre estes e dese,nganchando-se completament:e •à medida que o tecido é ·soloicitado pelo s·i1sterna de t·ir·agem . A prime·ira barra de passadores P2 que ·se encontra por cima dos ganchos forma as cal.unas

3.

PRODU ÇÃO DE FELPA EM TEARES COSER-TRICOTAR

Ne·s tas téonicas de alta produção, um «tecido» .de base previamente fabricado é ·introduzido ·a um •s+stema ·de .coser-tricotar que 'introduz o fio da argola, pr·endendo-o à base (6).

47


Produção de felpa pela técnica Malipol e Araloop

3.1

Basicamente, o «tec1ido» de base, que pode ser um teoido ou um não-tecido é perfurado por uma ·agulha -de -coser que introduz e fixa 'O fio da argola à base por intermédio .de laçadas abertas. Durant·e o mov imento lateral da barra de passadores P1 de uma coluna para outra, a subposição é passada por cima da platina de formação da argola P2, como ·indicado na Fig. 9.

. O ciclo completo da tricotagem encontra-se ilustrado nos diagramas 2 a 13 da Fig. 13.

ape·nas 1aparece num lado ·e sempre da mesma maneir·a, como ilustrndo na Fig . 11. Uma vantagem deste processo é a reduzida quantidade de fio necessário para formar a argola.

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FIG. 11

E CORTADORES

DE MALHA

• TEARES

RECTIUNIOS PARA MALHA

3.3

Produção de felpa pela técnica Liropol PRODUTOS PARA A INDÚSTRIA

O «tecido» ·da base utHizado neste método corresponde a uma malha Raschel com efeitos tramados parciai s T. O fio da argola A é preso como uma traima •nas duas faces ·do «teoido», podendo a formação da argola ser apenas Hmitada a uma face, como •indicado na Fig. 12.

DE POLIURETANOS

1

FIG. 9

FIOS DE FANTASIA PARA TRICOTAR 2

3

E FIOS DE ALGODÃO

4

--~--

As colunas de laçadas 1aparecem no avesso , como 1indi-cado no diag:rama 1 enquanto que as argolas aparecem na face da frente -em forma de Z ig-zag, corno indi cado 1no diagrama 2 da Fig. 1O. A altura das argolas pode variar entre 1 e 7 mm por i·ntrodução de platinas de .formação da argola de tamanhos diferentes. Uma afliinação especi·al permite mesmo a formação de argolas com 14 mm. 1

1

1

CAMBRELLE

1

DISTRIBUIDORES EXCLUSIVOS 7

FIG . 12

O fio da argola não forma ·argolas compl·etas, Hcando apenas preso nas ·entremalhas do «tecido» da base . l·sto ·sigrnif.i.ca uma utilização óptima do fio ·da argola. A argol·a é fol"mada por ·alimentação do fio da argola entre duas agulhas ·e por c+ma de uma platiina de formação da argola durante os movimentos laterai•s do tear. O fio da argol·a desloca-se constantemente entre rduas agulhas, ou em sequência diferente, podendo mesmo alcanç·ar um total ·de "brês agulhas. É possível formar argolas ·de comp·rimento di.fe.rente nos ·dois lados.

e

1

9

TIL

10

1

FIG . 10

1

O «te.cido» de base ·deve s·er bastante aberto a fim .de pe·rmitir a penetração da·s agulhas e o cosimento .sem destruicão do «tec-ido». Embora ·a produção .déstes tear.es seja ·extremamente elevada, o que certamente constitui uma vantagem, é ,de •notar que ·estes rteares ·são alimentados com tec'ido previamente produzido ·e que uma grande proporção do fio utiHzado na argol a, normalmente um fio caro, aparece ·em forma de colunas no aves·so, -o 'que consMui um ·enorme rdesperdíc'iO, uma vez que para se obter um ·certo peso de fio da argola ma fac·e da kente é necessário alimentar o avesso com a mesma quant·idade de fio . É possível ab'rk ·as argolas ·da frente por tesouragem ou •então per.char as colunas no avesso. 1

3 .2

48

Produção de felpa pela técnica da argola tramada

Neste método ·a argola é presa no ponto de ·i nserção por uma laçada produêida por um fio f.i.no e forte C. Por conseguinte o fio da laçada

Transportes Internacionais, Lda. 11

FIG. 13

3.4

Produção de felpa pela técnica Locstitch

1

.h

O processo toost•itch cons+ste fundamentalmente em coser um tec'ido de base dos dois lados com o fio .da argola, o que resulta numa feilpa de duas faces (7). como 'indicado na Fig. 13. A pinça P recebe o fio .da argola (•FA) através da agulha •A, podendo ·a ·altura ·da ·argola em cada face ser l"egulada 'independentemente por variação do deslocamento da pinça em relação 'ªº «tecido de base» (TB) (2 a 7 mm). A altura da argola pode ·S'er •reduz·ida a z•ero ·se um dos •sistemas de pinças for deslrigado. As argolas encontram-se dispostas em colunas e extremamente bem fixadas à base. O método ·de fixação da •argola à base é tal que quanto mais se puxar pelo fio ·da ·argol·a mais apertada esta ficará no tecido de base. 1

1

4.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TRÃNSITOS ., CARGA AEREA NAVEGACÃO

1 -Araújo, M. D .. Revista da APETI, n.º 8, Porto, 1983. pp. 37-46. 2-

Araújo, M. D., Revista da APETT, n.º' 9-1 O, Porto, 1984, pp . 17-20.

3 - Kienbaum, M .. 1. T. B. (Knitting), n.º 1/78, Suíça, 1978, pp. 7 a 14.

I

1

4 - Palling, D. F.. Warp Knitting Technology, Columbine Press, U. K .. 1970, pp. 354 a 362. 5 - Wheatley, B .. Raschel Lace Production , N. K. O. A., USA, 1972, pp. 97 a 103. 6 - Kienbaum, M .. 1. T. B. (Knitting). n.º 3/78, Suíça, 1978, pp. 95 a 106. 7-

Wray, G. R.. 1. Mech. E.. Proceedings, vol. 190, 45/ 76, U. K.. 1976, pp. 367 a 378.

Rua do Campo Al egre, 724 -

Telefs . 69 41 43 (7 linhas) -

Arm azém: Av. Meneres, 101 -

Matosinhos

4100 Porto

Telex 251 23

49


NOÇÕES BÁSICAS DE TINGIMENTO Por NOÉMIA M. R. A. CARNEIRO PACHECO( * )

SOMMAIRE

Dans cet artic/e on présente des notions basiques sur /es conditions de teinture des principa!es fibres texti!es, et aussi une vision générale des machines utilisées, des proprietés des produits auxiliaires et des co/orants employés. On fait d es considerations sur /e probleme de la se/ection des colorants et sur /e facteur «qualité,~.

T 1PO TIPO DE CORANTE

Acido . . . . . . Complexo metálico . Directo Catiónico Disperso Sulfuroso Ct•ba Cuba ~ol~bi.liz~d~ Ftalocianina A mordente Reactivo Azóico Oxidação

*** 2.

Proteínica (lã, seda)

Celulósica (algodão, viscose polinósica)

XX XX X

-

-

X X

-

XX XX

-

-

Diacetato de celulose

XX

XX XX XX XX

-

XX XX X

MECANISMOS DE TINGIMENTO

SUMARY

1-

ln this article, we present the fundamentais of the dyeing conditions of the most important textile fibres, a general view of the dyeing machinery and of the properties of the auxiliaries and dyestuffs. Some considerations are made about the dyestuff se/ection and about the qua!ity problem.

23-

Levar ·a cabo um tingimento em boas condiçõ·es pode comparar-se a rnsolvar uma equação matemátioa com muitas incógnüas. Se alguma ou ·algumas destias não forem tomadas em consideração ·a resposta é 1errada, ou ·seja, em termos .de tingimento, ·os ·resultados inão são os melhores. Numa tinturar·i·a os f.actores mais importantes ·são: maquinaria, corante, 1ag·entes auxiHares, água, material ·a tingir, 'OS f.actores humanos e os f.actore·s de custo. A indústria procura renovar-se tecnicamente para aumentar ias suas probahil'idades de êxito . No ·entanto, nesta tarefa •está ·a ser ajudada pelos cientistas que se debruçam •intensamente sobre a compreensão dos mecanismos do tilng·imento de forma ·a conseguirem que os produtos existentes actualmente se poss·am aplioar com vantagens económicas e ·sem grandes ·ri·scos ecológicos. É debaixo desta filosofi.a que ·se •automatizam as tinturarias, se optimizarn .os processos de •aplicação dos corantes ·e se aplicam as novas técnicas de medição .da cor. As dificuldades económicas ·s·entidas a nível mundial são o motor destas inovações que têm vindo a contribuir para efectivas r:eduçÕ'es de custos e aumento de eficiênc'i•a. É importante realçar que a instalação de sistemas de medição de cor permitindo uma selecção de corantes ·e o conhecimento exacto dos ·custos das •receitas pode reduzir bastante

50

(*)

Assistente da Universidade do Minho. Área de Tecnologia e Química Têxtil - Guimarães. ·

o nível de supervisão :e a necessidade de adições de correcção de cor. Além di·sso, 'ª introdução dum ·cont-role por computador e .a utiliz·ação do moderno 1equipamento de ting·imento permite uma acção eficiente ·s obre factores como temperatura , tempo, produtos auxiliares, pH do banho, importantíss•imos para que o 1:ing·imento decorra em condições óptimas pré-'estabel•ecidas . Salienta•s·e no entanto que a utilização da moderna tecnolog'ia •acarrecta graves perigos ·Se for deficientemente manipul·ada e s·e sobre ela o 'homem-prático não se pronunciar com a sua experiência e o ·seu espírito crítico. Apresenta-se uma ·recolha de dados sobre os corantes mais utilizados e as fibras que ·com el·es se tingem, bem como alguns dos mais importantes factores a considel"ar no seu tingimento . Dá-se uma panorâmioa da maquinaria envol vida nesta fas·e dos tratamentos têxtei·s e ·ainda algumas cons·iderações sobre o factor quaHdade.

1.

CLASSIFICAÇÃO DOS CORANTES

Os corantes são clas·Si·f icados de •acordo com a ·sua constituição ·químioa ou com base nas •suas propri•edades tintorais. Na prática interessa estie útHmo tipo de class'ificação po+s ·está de acordo com as condições da •aplicação. Apresentam-se no quadro seguinte ·os diferentes tipos de corantes e as fibras a 'que s•e apliicam.

-

F 1 B RA

Triacetato de celulose

1

Poliamida

XX

XX

-

-

-

X -

-

X

-

Poliester

XX XX X

-

-

-

XX

XX

X X X

-

-

X

-

X

-

Acrílica

-

-

XX XX

-

-

-

X

Adequados em certos casos . Muito adequados.

Os proces·sos de tingimento englobam três fases:

INTRODUÇÃO

-

DE

Deslocação do corante desde o banho ·até à superfíGi•e da fibra onde s·e distribui. Penetracão do corante até ao interior da ' fibra'. Ligação do corante à fibra.

Para que o tingimento s•e process·e a boa velocidade ·e dê garanHas de uniformidade é neoessári-0 que os produtos auxiHares a evolução da temperatura ·ao longo do temp~, e a ag·itação sejam perfeitamente ·adequados ·ao s·istema fibra-cor.ante ·e ,à maquinaria com que •se está a lidar. Com a mai-0r parte das fibras, um tingimento muito ráp'ido ou muito l1ento é na prática indesejável, o primeiro porque pode causar falta de un'iformidade 1e o segundo porque •aumenta os custos de produção e pode provocar danos nas fibr·as. Devem pO'is usar-se meios de c'Ontrolar a velocidade de ting·imento de qualquer fibra o que se faz v·airi 1ando ·a temp·eratura e/ou adicionando auxiliares químicos. Quando s·e ·aumenta a temperatura , a velocidade aumenta muito, ao mesmo tempo que o corante se di•stribuiu 1na fibra pass·ando das partes mai·s ting·idas para .as menos ting·idas (migração) . Um corante que s·eja muito ·substantivo para ·a fibra, isto é, que sejoa fiacHmente atraído por el•a em certas condiçõe·s, migra pior havendo portanto um perigo. maior de tintos não uniformes, usando-s·e muitas vezes 'ª temperatura para promover ·a migração. Em ting·imentos muito prol'Ongados inotaJse uma diminuição de rendimento a temp·eraturas mais altas. A agitação é particularmente .importante em tonalidades pouco ·intens·as po'is como há pouco cor·ante no banho ele aproxima-s•e mais facilmente da fibra s·e houve·r uma boa ·a git·ação.

3.

PRODUTOS AUXILIARES DE TINGIMENTO

·a)

Detergentes -

molhantes

E•ste s produtos têm ·a capacidade de emul e sionar as matérias gordas e retirá-las da fibra .

É imporf!ante a ausência de espuma para tingimentos em jet, autocliaves de banho curto e fulards. A sua utiloiz·ação em meio alcalino permite tornar o algodão ihidrófi lo podendo-se muitas vezes tingir 1em crú. São uWizados também para ensaboamentos finais.

b)

Molhantes para fulardagem

São produtos capazes de permitir uma molhagem rápida perfe'ita ·e ·uniforme do material. São imprescindívei·s quando se trata de tecidos espessos e apertados . Não podem fazer ·qualquer espuma pois de contrário 'ª ·apl'ioação de corante seria prejudicada.

c)

Dispersantes

A utiliz.ação de coranties di·spersos no ting·imento de fibras sintéticas determinou o ·emprego de agentes dispers·antes que vão mantê-los em disper.são muito fina no banho de tingimento.

d)

Sequestrantes

A pr1esença de metaiis pes•ados (cálcio, magnésio .e forro) na água consumida da tinturaria é normalmente prejudicial. Deve-se, neste caso, utilizar substânc·i·as que consigam reagiir com ·estes fües e formar complexos estáveis.

e)

Agentes de igualação

Estes produtos · assumem particular relevo quando se tingem fibras de poliamida nas quaiis se manifestam vulga rmente diferenças de •afinidade provocados por •estiramentos irregulares aquando da sua produção. Se os corante·s são pos·suidO'r·es de fraco poder migratório (oaso de corantes ácidos de ·alto peso molecular e corantes met·alíferos) é imprescindível a pres·ença destes produtos. ·A sua actuação baseia-s·e no bloqueio da fibra 1impedindo o acesso do corante , o que vai acontecendo gradualmente conforme sobe 'ª temp·eratur·a. 1

51


f)

Retardadores para fibras acrílicas

No tingimento deste tipo d~ fibras com corantes catiónicos dá-se uma ·subida de corante demasi1ado rápida quando se eleva ª. tempe!atura, facto que acarreta problemas de 1gualaçao. Os retardadores, normalmente de co~po­ sição análoga à dos corantes ~~o s·e~ atr·~ld~s pela fibra ocupando assim os s1t1os d1spon1ve1s para o corante. g)

Produtos antivincas

h)

Inibidores de migração

Utilizam-se no banho de fulardagem para o ·espe·s sar, de modo a evitar _que o corante migre durante a sec:agem posterior. i)

Agentes de reserva

São produtos que permitem tingir uma_ fibra reservando outra que s e ·encontre em m1•s tura com esta. Gomo :exemplo pode ·apontar-se o tingimento duma mi·s tura pol+amida/celulo~e tingida primeir-o com corantes àcidos e depo1~ com corantes directos. O -agente de . res·erva vai impedir que a poliamida ·s·eja ting·ida pelos corantes directos. 1

jJ

«Carriers» (Veiculadores)

São compostos orgânicos, normalment~ _considerados de ·elevada toxidade, que se ut1hziam ·num dos processos de tingimento de poliester com corantes dispersos. Conseguem «inchar» a fibra e promover 'ª fixação dos corantes dentro del·a. É indispensável trabalhar em aparelh~s fechados para ·evit•ar manchas .de condens·açao e fazer uma lavagem posterior muito vigorosa para ·retirar todo o produto, pois de contrário a solidez a tratamentos húmidos s1eria ·a fect·ada. 1)

Agentes redutores

Utiliza-s·e o hidrossulfüo de sódio e o sulfureto de sódio para no primeiro caso reduzir os corantes de cuba e no •s egundo 'OS sulfurosos. Em ambos os casos dá-se uma solubilização dos corantes. m)

Anti-redutores

Destinam"se 'ª proteger certos corantes reactivos e dispersos do per·igo duma ·redução que os degrda a temperaturas elevadas. n)

52

o)

Anti-espuma

São produtos à base de sil·icone que vão impedir ·a formação de espuma que_ ·s·e. mostra particularmente prejudici·al em m~qui_nas de banho curto onde haja uma circulaçao v1goros-a.

p)

Quando se tingem materiais sintéticos em corda (em barcas ou jets) podem formar-se pregas e vincas, difíceis de eliminar devido a terem sido fixados a alt·a temperatura. Estes produtos à base de pohamida vão facilHar o de·slizame~to suave do material permitindo 1aumentar ate a carga dos aparelhos .

Produtos de desmontagem

Quando é neces·s ário um sobreting·imento, faz-se um clareamento ou até uma desmontagem, operações para -as quais se utili.za nor~al­ mente o hidrossulfito de sódio em meio alcalino.

4.1 4.

MAQUINARIA DE TINGIMENTO

A análise que se vai fazer prende-se mu>it? ess·encialmente com -a ·influência que cada m~­ quina tem no processo de tingimento_. ou seja a rapidez ·e economia do proces•so ali-adas aos resultados obtidos nome adamente no :aspecto . de igualação. A ·escolha duma máquina de tingir tem primeiramente em vista a forma como se ·efectua a transferênci·a do corante para -a fibra: 1

a)

Por efeito de afinidade (esgotamento); Por impregnação.

b)

No pr·imeiro caso o corante encontra-se disperso ou di·s solvido numa sol~çã? e ao longo do tempo vai-se dar uma transferencia de corante da solução para a fibra por efeito das forç~s de •aNnidade. A relação entrn ü peso de material e o volume de solução (relação de banho - RiB) situa-se ·entre 1/3 .e 1/ 1:1J geralmente. No segundo caso, ü têxti 1 é impregn_ado de uma solução contendo o corante, segumdo-se sempre um processo de fixação. No caso de tingimento por ·esgotamento a diferenciacão entre as diversas máquinas •existentes faz:se em relação ao movimento relativo têxti !-solução.

1 - · Máquinas em que o têxtil está parado e a solução em movimento. Apliicam-se em casos ·em que pode ser prejudicial o movimento dos materiais: ramas, m~ ­ chas, fio (empacotado). A solução deve possuir a energi a suficiente para atrave•ss-ar uniformente o dito empacotado.

a)

Tingimento em rama

Esta máquina utiliza um RB de cerca de 15/1. É provida de urna base perfurada e de uma tampa geralmente perfurada, estando a panela metida num outro vaso exterior. A máquina pode ser usada a temperaturas acima dos 100º podendo mesmo ·atingir os 130º C quando ·Se utiHz·ar uma tampa hermética . A panela é cónica para que quando o banho sobe, a mass·a de fibras ·seja pressiünada contra os lados, ·compactando o material e conseguindo"Se assim uma maior uniformidade no fluxo através das fibras .

e

b)

A máquina Pegg

Consiste num recipiente com um fundo perfurado J.igado a um eixo que é um cilindro vertical também perfurado . Na parte superior há um outro prato perfurado seguro por urna peça trnnsversal. A circulação de banho é mantida por propulsores ligados a ·um eixo comum :situado debaixo do fundo falso. Depoi·s do tingimento os pratos perfurados são levantados trazendo com eles as fibras ting·idas . É possível utilizar uma ·razão de banho mais baixa 'e conseque·nte economia de vapor, água e produtos químicos. A direcção de fluxo pode ser invertida ·a intervalos, parn s·e conseguir uma penetração uniforme do banho. c)

2-

Máquinas em que o têxtil se movimenta e a solução está estática.

Se se pode garantir a ausência de distorcões no materi·al a aplicação deste sistema resulta mais económica . Neste caso estão os j•iggers. 3-

Máqu·inas nas quai·s se encontram em movimento o material e a solução.

Para garantir uniformidade, embora r~cor­ rendo a uma solução mais cara, construiram-se os jet·s.

ção com suportes, nos quais as meadas são penduradas podendo subir antes 'e depois do ting·imento e descer para rs·erem mergulhadas no recipiente contendo o banho de tingimento. Este circula por meio .dum ·impuJ.s or que está colocado numa divi·são ao l•ado das me·adas. Por baixo destas há um fundo perfur·ado, em que os buracos são ma-is numerosos do lado contrário ao impulsor, para se cons·eguir uma maior uniformidade. O ·impulsor, de tempos a tempos, muda o sentido da rotação. A di·s pos1ição das meadas é um factor ·importante nos tingimentos obtidos com esta máquina, porque o fluxo de banho tenderá a percorrer o caminho no qual lhe seja oferecida menor resistência. É vulgar colocar mais meadas dos lados que no meio, porque 'ª circulação tende •a ser mais vigorosa nos ·extremos da máquina. A relação de banho que se uti 1iza é de cerca de 20: 1.

Autoclave cónica b)

Há actualmente uma grande tendência para tingrir fio empacotado em detrimento do tingimento em rama . Se o fio se ·encontrar numa bobina ou num queijo há urna grande poupanç·a de espaço. Se o fio for simples pode ser bobinado para um quei,j o, tingido nesta forma e em seguida rebobinado para um ·Cone. ,A vantagem dos queijos é terem um diâmetro uniforme, o que aumenta a uniformidade do Nngimento. Os queijos, cones, :etc., são carregados em tubos centrais perfurados colocados num suporte que é introduzido num recipiente de tingimento onde a circulação de banho ·se consegue por ·intermédio de uma bomba. A relacão de banho é de cerca de 1O:1. Com o' aparecimento das fibras sintétic·as hidrofóbioas, houve um grande •interesse em tingir sob pressão 1a temper.aturas ·s uperiores a 100º C. Para ·este efeito os recipi·entes de tingimento são hermeticamente fechados e há uma ·s·egu.nda bomba que cria a pres•são el·evada.

c)

a)

Tingimento em órgão de tear

Muito fio é t·ingido 'em órgão de tear. O esquema da máquina é essencialmente o mesmo que os ·a nteriores, quando fechadas. Os órgãos também podem ser ting·idos em máquinas abertas muito mais económicas.

4.3 Muitas vezes ·a -rama é tingida encontrando-se sob ·a forma de tops que são bolas com cerca de 30 om de diâmetro . Os tops são empacotados ·em canos perfurados que são postos numa panela. Os tubos são percorridos p·elü banho numa direcção ou noutra, movido por urna bomba.

4.2

Tingimento em bobina, queijo

Tingimento em «tops»

1

Reguladores de pH

São compostos orgânicos que vão permitir que o pH do banho de tingimento no iníciü seja

No caso de tingimentos por impregnação estão incluídos os métodos semicontínuos e contínuos aplicáveis principalmente no caso de filamentos, mechas e tecidos. Como ·exemplos podemos enumerar a fulardagem seguida de repouso (pad-batch) , seguida de armazenamento em câmara de vapor (Pad-rol IJ, ou então por desenvolvimento em jigger (Pad-jig) e ainda os métodos totalmente contínuos de fulardagem seguida de fixação por vapor ou por ar quente (Pad-steam e Pad-dry) respectivamente. Apresentar-se-ão seguidamente algumas máquinas e sistemas de ting'ir mais usados, tentando dar uma visão da própri-a máquina, das suas vantagens ·e desvantagens ass'im como do seu campo de aplicação.

elevado e que depois vá descendo por acção da temperatura.

Tingimento em fio (meadas, bobinas, orgãos de tear) Tingimento em meadas

A máquina de Hussong, a ma'is uWizada neste caso, consiste essencialmente numa arma-

Tingimento em tecido

Os tecidos de malha ,são vulgarmente ting'idos ·em corda em barcas de ,sarilho ou em órgãos, mas os têxteis tecidos são a maior parte das vezes ti<ng·idos 1ao largo, por ex. ·em jiggers.

a)

Barcas de sarilho

O tecido é levado através do banho passando por .um rolo grande 1e também por um outro de dimensões reduzidas. Há um prato perfurado colocado a cerca de 20 cm da frente da máquina, formando um compartimento inacessível ao teci.do, no qual se encontra ü tubo do

53


vapor de ·aquecimento e onde ·se !ªz:em as adicões de corante e de produtos qu1m1cos. . Actualmente a maior parte das barcas são fechadas, podendo atingir temperatu~as. supe: ri ores 'ª 100º C. Um defeito de·stas maquinas e a variação da temperatura ·nas difere.ntes partes, particularmente no que se refere a barcas abertas, onde o teoido perde muito calor quando passa pelo ar. Este tipo de máquina não dá um movimento muito eficiente ao material através do banho pois durante uma grande parte do tingimento, o têxti 1 encontra-s·e depos'itado no fundo do vaso de tingimento. Têm também a desvantagem de requererem urna grande razão de banho (40: 1). Com tecidos de lã, uma velocidade excessiva pode causar feltragern, sendo po~ is.s_o ~e preferir velocidades baixas. Com algodao Jª nao se põe esse problema. Como o tecido entra no banho pela parte trns·eira da máquina tende a acumular-s·e numa pilha durante algum tempo. Com lã e algodão este facto não traz des~a~ ­ tagens mas pode causar vincas com materiais de fibras termoplá·sticas . A barna elíptica eHmina este problema, pois com o rolo elípNco •as camadas que se formam são bastante rnai·s espaç.adas . Para tingir pol i ester desenvolveram-se barcas de alta pressão com ·j actos de banho para dar mais uniformidade ao tingimento. 1

b)

Jets

Com o fim de ultrapassar as desvantagens das barcas criou-se o jet, que é bastante usado para malha.

Neste aparelho há movimento do banho e do tecido. O princípio é o do tubo de Venturi que é uma constrição num tubo que provoca um aumento da velocidade de flu xo do banho , arrastando consigo o tec·ido . A relação de banho pode variar entre 1:6 e 1:15.

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d)

Estes sistemas são facilmente pressurizados e usam-se muito para tecidos de poliester.

Um fulard é constituído por : Dispositivos para ·evitar a .formação de rugas e para guiiar o tecido antes da impregnação . Galha de impregnação de volume reduzido cuja locaHzação pode ser entre ciHndros (2 ou 4) ou abaixo . Cilindros espremedores de goma sintética de dureza 70-90º shore .

Tingimento em órgão

Nestas máquinas o ma'berial mantém-se estacionário e o banho circula. O tecido é enrolado num cilindro perfurado e é metido numa autoclave, podendo portanto trabalhar a temperaturas superiores ·a 100º C. o banho é bombeado normalmente de dentro para fora , podendo sofrer reversão. P·ara ·um tingimento perfeito o rolo deve ser cheio, de forma que as ourelas estej•am coincidentes e que 'ª 1:ensão no rolo não seja muito alta nem muito baixa. Os tec-idos de fibras termoplá·sNcas são normalmente .aquecidos anteriormente para evitar encolhimento durante o tingimento. Com malhas, a partida é limitada pelo tamanho da rnáqu·ina mas com tecidos, como o banho penetra mais dificilmente, a partida é limitada pela porosidade do tecido . Para ·assegurar ·a uniformidade do enrolamento aconselha-s·e o emprego dum tecido acompanhador no interior e no exterior do rol·o. Têm também uma •accão uniformizadora na distribuição do caudal de líquido que sai do interior do rolo, evitando assim 1a formação de zonas tingidas mais ·intensamente. O sentido da circul·ação é do interior para o exterior já que se dá urna menor deformação do rolo. Se por acaso houver diferenGas de tonalidade do interior para o exterior de.ve-se então fazer inversão de fluxo. Se o sentido for inverso pode formar-s•e mo'iré. Outro problema é 'ª ocorrênci·a de bolsas de ar no ·interior do rolo, que serão devidas a uma deficiente eliminação do -ar 1existente na autoclave do ting·imento.

A quantidade de solução que o tecido transporta à saída dos ciHndros, é determinada pela chamada taxa de ·expressão, que é definida pela percentagem de solução referida ·ao peso em seco dos tecidos (varia entre 45-130 %). P.ara aumentar o grau de humectação dos tecidos acons·elha-se ·o uso de ·a gentes molhantes e a eHminação compl·eta do -ar nos espaços interfibrilares o que se consegue com turbulência da solução ina calha Se o teGido a impregnar de corante estiver húmido quando da 2.8 fulardagem virá ·impregnado duma solução que será uma mistura de duas. É •essenci·al que a concentração do corante no balseiro s eja mantida oonstante, à custa de banhos de reforço, pois que o rnateri•al poderá arrastar mafa corante que água, devendo-se evitar por isso condições em que os corantes subam depres•sa. As concentrações de coranties a utiliz·ar são expressas ·em gramas/litrn de solução:

1

c)

Jigger

Para algodão e viscose usam-se frequentemente os chamados Jiggers, nos quais a relacão de banho é baixa. O material é colocado âo largo em rolos situados por cima do ·recipien'be pouco profundo que contém o banho. Os rolos podendo girar em doi·s sentidos contrários alternadamente e fazem com que o material ande para a frente e para trás dentro do banho, sendo assegur·ada uma compl·e'ba ·imersão por rolos-guia no fundo do tanque. A metr·agem imersa no banho num dado momento é muito pequena pelo que se pode usar uma pequena relação de banho. Há Jiggers de alta pressão utilizados para tingir poliéster e outras fibras, a alt·a temperatura, por esgotamento. Neste caso, os Jiggers são enoerrados em câmaras de alta pressão, havendo carri·s para 1serem ret.irados do ·interior. Este esquem·a permite que a autoclave ,seja

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e)

São condições ·indispensáveis para uma pigmentação perfeit·a que o material seja bem hidrófilo (se for ·algodão) e que o ful·ard efectu e uma •espremedura uni.forme. A velocidade deve ser cerca de 60 min. ou mesmo mais para processos contínuos. Quando se tingem tec-idos de 1algodão a absorção de banho nunca deverá ultrapassar 80 % (60-70 %) . Com fibras sintéticas a taxa anda à volt·a dos 90 % . O tempo de +me·rsão deve rondar 1-2 ·s para fibras de celulose natural 1e 3-4 s para fibras sintéticas. A fixação do -corante aplicado pode ·Ser conseguida de várias formas, dependendo a escolha dos corantes e fibras usados. 1

Maquinaria de Tingimento por fulardagem

Gomo já foi dito, Hngir por impregnação significa depositar corante à superfície do tecido e posteriormente f.ixá-lo recorrendo a vári·as possibilidades .

A quantidade de corante que fica depos·itada no tecido depois da fulardagem depende do poder absorvente de matéria têxtil 1e da quantidade de solução que pas•sa pelo tecido. Podem considerar-se duas formas de tingir em fulard: 1-

Hoechst Portuguesa, SARL.

54

_,

Durante a passagem através do tubo o material é permanen'bemente rodeado por um anel de banho, para que não haja contacto com 'ª parede. Ao sair do tubo, o materi·al cai no vaso principal, ficando completamente imerso no banho.

TREVIRlY

VOCÊ SABE QUE

-

carregada com um Jigger enquanto que outro é descarregado cá fora . Na prática, é conveniente fazer-se um número par de passagens para evitar tingimentos diferentes nos dois lados do teC'ido.

2-

Com soluções ou dispersões de corante sem afin:idade para o têxtil (pigmentação com corantes de cuba, corantes dispersos). O fulard 1actua como agente de di·s tribuição mecânica do corante. Com soluções de corantes com certa substantividade para a matéria têxtil. Neste caso, além de ser necessário garantir uma distribuição uniforme é também .fundamental garantir uma absorção uniforme. Como este último factor é mais difíc'il de controlar procura-se sempre que ·as condições de ful•ardagem não sejam propícias à absorção. 1

1

Processos totalmente contínuos

-

Pad-steam com secagem intermédia (teGidos finos); P.ad-steam sem ·secagem 'intermédia (felpos, tecidos pesado·s); Pad-thermofix (pol'iester); Pad-dry.

Processos semicontínuos

-

Pad-batch (lã ·e algodão com corante·s reactivos);

-

Pad-Jig.

Pad~roll);

(Continua no próximo número)

55


--

MA QUlNAS PARA ACABAMENTO DE MALHAS NA ITMA-83

Umgr~po

que se a1usta as suas necessidades ~

(Conclusão do número anterior)

4.

RÂMULAS

Neste tipo de maqumas, já por demais conhecidas e talvez as mais utiHzadas com vista a obter encolhime•ntos satisfatórios das malhas, ·a evolucão deu-se sobretudo a nível de aplicações dá electrónica e da informática (aliás a principal tendência da ITMA-83) e no campo da recuperação .da energ•ia. No entanto, estas máqu·inas devido à sua grande versatilidade (foulardagem, vaporização, sobrealimentação, alargamento, termofixação, ·secagem, calandr.agem), permitiram a ·cada fabricante estudar modalidades que tornam estas máquinas cada vez mais sofisNcadas e com características que oorrespondem às várias opções. As·sim a MONTI apresentou no campo da recuperação de energ•ia, uma râmula aquecida por ·infravermelhos e uma outra em que apresenta um gerador de ar quente incorporado, ficando portanto independente de 'i•nstalações térmicas exteriorns . Aliás est a última râmula (MONTIRAiMA mod . 205-SDJ, apresenta entre outras as seguintes vantagens :

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Comprimento reduzido (12,5 m), de\/'ido à grande capaci·dade de água evaporada por hora. Recuperação total do ar quente .

Permi·t e a saída da malha em livro ou em rnlo porque possui incorporada uma calandra, tendo pois a particularidade de fazer a calandragem com malha aberta, evitando ass·im as •rugas caract·erfstioas da calandragem em tubular.

Dentro dos modelos da NOVAl<iUST «tentertronic», destaca-se um novo sistema de regulação do arco das riscas eV'itando .d istorções, a execução sucessiva e suave de 'Ordens de comando (como ma•r cha, paragem, mais rápido,

FIG. 10-ISaída em Mvro e em rolo na MONTIRAMA 205-SD

57


mais lento). a regulação do encolhimento ·até 40 % , a r.egulação da tensão da malha até 20 % de maneira a diminuir o peso por metro quadrado -e 'adaptar-se à largura do corte ou da 1

de ramulagem - Dados de produção (velocidade, água evaporada, quantidade de malha ramulada). Dados de processo e custos. 'Este sistema apli.ca-se quer a tecidos quer a malhas.

128 Rameuses Rames , rames-sécheuses Tentering and Stentering Machines Spanntrockenmaschinen Ensanchadoras-secadoras Hall

AGELLICE AIGLE AIR INDUSTRIE TET ALEA BABCOCK BATES BRüCKNER TROCKENTECHNIK CAM PEN CIATTI COGEI DOMISSE EHEMANN ESSICO FAB-CON FARMER NORTON FLEISSNER FONTANET FOSTER MANUFACTURING HAIGH-CHADWICK ICHIKIN INVESTA ISOTEX KRANTZ MATHER PASSAT PEGG-WHITELEY POZZI PRODIMA RENZACCI ROBERTO-WALZEN ROLANDO SANTA LUCIA SILVER REED STAR GROUP INDIA STRAYFIELD TEXPRO TUBETEX UNIONMATEX WAKAYAMA

- -x·x-t - - ....... --.

---- -

FIG. 11 -

TABELA 3 Nota:

Sistema de regulação do arco e da inclinação das riscas nos modelos da NOVAKUST

5.

Stand

13 D14 3 A16 13 E05/ 07 13 D11/13 13 B06/08-D05/ 07 7 30 H24 16 C05/ 07-.E06/08 16 A09/11-B20-F22 7 2° E16 16 F11 7 2° E25-F18 710 C04 3 C21/23 16 B12 16 F33 7 Jo A19/ 21-C16/18 35 A12 7 10 B09/ 11 14 20 A12 7 10 B01 25 D29/31 7 30 H15-L14 13 A10-B09 7 10 A10 13 D06/08-E01 /03 7 10 B08/10 35 A01/03 13 F11/13 7 30 M15-N06 7 2° E11 17 G13 35 A21 33 2° B03-C04 3 A04/06 3 A09/B08 7 10 B02 7 10 B13 14 e A03-B06 3 A05-B04

-

Inclui as râmulas só para tecidos.

CALANDRAS

BITEXIEMA (Tubo-sleek):

Galandra diagonal ('O trajecto 1incl+nado ·da malha tubular permit·e ao operári·o uma pos1ição normal) de vaporização intensiva (:isto significa que o vapor é aplicado sob pres·são antes da sua condensação), permitindo um encolhimento máximo.

FIG. 15- Calandra diagonal •tubo-sleek» da BITEXEMA

Nome das empresas que apresentaram râmulas, segundo o Catálogo da ITMA 83 .

Tratia-se ·de um tipo de máquinas já ·há muito utiHzado. Em relacão ao tema do nos·so trabalho (estabHidade dimênMonal), pretende-se que elas permitam resolvê-lo pelo menos parcialmente, o que nem ·sempre ·acontece (por vezes elas são mesmo um proces·so de introdução de mais tensõe·s na malha pois ao pretender um melhor aspecto 'OU toque ou ai·nda um melho·r aproveitamento no corte, acaba-se por afectar ainda mais a estab'iliidade dimensional·). Oue·remos ·referir -em particular a máquina da TUBE-TEX «Tension-Freen.

estamparia ·e ainda num modelo especiial a protecção de 'Ourelas quando da vaporização, apropriada para peças com ourela elástic·a. Por sua vez a MONFORTS, apresenta o 'Si·Stema MONTEX, com um computador controlador (Monformatic) opNmizador de todo o processo

Tirata-se de uma ·calandra de 127 'Cm de largura para malha tubulm, com grande velücidade e um dispositivo de endire'itamento de colunas-fil·eiras, controle exacto de largura e sobrealimentação para um máximo .de relaxacão. Saída em liivro, numa mesa com comando ·hidráulico . De entire as calandras de que possuímos literatura referir-nos-emos ainda às seguintes:

-

DOMISSE (Combitherm):

Tirata-se de um elemento de te·rmofixacão quer para malha tubular quer parn malha aberta. A malha é desenrolada por meio de cHindros de velocidade variável evitando a tensão de alimentação. O alargador antilustro é regulável em largura. Permite ·rectificar o arco, obter estab'ilidade em comprimento e tratar dois >rolos •ao mesmo tempo. Por meio de uma turbina pode arrefecer~se a malha antes da saída. No prooesso em aberto ex·istem ·a parelhos desenroladores de ouirelas, ·encolag·em 'e corte de 'Ourelas. 1

-

(Calandra B 25):

Calandra vaporizadora .de dois ciiHndros. -

(Panaram):

Máquina para vaporizar panos ·em contínuo, controle de largura e comprimento, desemolador de ourelas ·e jogo de detector•e.s do fio de separação. FIG. 13-VAPORAM 235 da DOMISSE

58

FIG . 12-lmagem da parte de alimentaç ão da V-MONTEX da MONFORTS

Igualmente a KRANTZ apresentou uma râmula com si.s t·ema de r·eciclagem de calor e com disposiNvos electrónicos controladores. A VAPORAM 235 da DOMISSE foi ·especialmente prnjectada para a vaporização e termofixação de malha, com a particularidade de se poder apliicar ·em módulos (el·ementos de +nt~odução, vaporização, sobreaquecimento e arrefecimento).

-

KUHT iEHE:MANN (Combistente1r):

Quando as·s·ociada à máquina Rolex permite a vaporização, ·a decatis·sagem, o ·encolh1imento e a te~mofixação. -MONTI (Mod. 203-A):

FIG. 14 -

Calandra XL-1 " Tension Free• da TUBE-TEX

Calandra decatizadora termofixadora em que o aquec+mento dos rnlos se faz a ól'eo 'e não a vapor.

59


-

KIDD

+ ZIGRINO :

Calandra com ciliindros aquecidos a gás, electricidade ou vapor. -

F. B. PERKINS:

Calandras com 2, 3, 4 e 5 rolos .

FIG.16-COMBITHERM DA DOMISSE FIG. 19- Calandra e esquema do sistema de dois rolos da Perkins

FIG . 20 FIG. 17 -

Calandra e esquema do sistema de três rolos da Perkins

Modelo de calandra da MONTI (203-A)

6.

- ....,,.

Calandre Calandres Calenders Kalander Calandras Hall

ASISA BITEGMA CALATOR CAM PEN CARATSCH CIBITEX COLOMBO COMERIO COMET CROSTA DINTING DOMISSE DUOTEX FAB-CON FARMER NORTON FERRARO GARDELLA HELIOT HERGETH-HOLLINGSWORTH HUNT & MOSCROP INVESTA ISOTEX KIDD & ZIGRINO KOSTERS LLESOR MACHTEX MAGEBA MATHER MODERN ROLLERS MONK MONTI NOVAKUST RAMISCH KLEINEWEFERS ROACHES SANTEX SCHAETTI SICAM SPEROTTO RIMAR STORK BRABANT TUBETEX UNIONMATEX WAKAYAMA WEISS

TABELA 4 -

Stand

7 2° F23 / 25-G24 B13 3 7 30 L01 / 03 A09/ 11-B20-F22 16 7 30 M16 E02 16 7 30 H13 B07 16 7 10 B12/ 14 D09 13 7 30 L26 7 2º E25-F18 A07-B06 3 B12 16 F33 16 7 2° G19 24 C05/ 07 33 1o A09/ 11 24 B09 7 10 B03 25 029/ 31 7 30 H15-L14 AOS 16 B01 / 03-C02 / 04 16 E03 31 A15 3 B17-A22 21 7 10 A10 7 2° E13 33 10 004/ 06 7 2° F11-G08 7 1o C09 / 11 F03 13 15 2º E04/ 06-F03/ 05 7 30 N17 A A14/ 16 16 7 30 H01-L02 B13/ 15-F20 16 B14/ 16 16 7 1o 813 14C A03-B06 A05-804 3 7 10 C05

OUTRAS MÁQUINAS RELACIONADOS COM O TEMA

Estas máquinas a que agora nos iremos referir ·t êm por fi.naHdade principal não a recuperação das tensões introduzidas :ante1riorrnente, mas evitar de algum modo essas deformações . Uma das inovações ITMA-83 da CALATOR, foi o «Air Pad Batch Dyeing S1stem », que embora se .destine fundamentalmente ao tingimento de malha tubular de algodão ou outiras fibras celulósicas com -corantes reactivos, dá aos arNgos um aspecto de mercerizados. Aliás ela permite fazer ·a caustHicação da malha ·e a aplicação de acabamentos, o que lhe dá grande vers-atilidade. Também da CALATOR, o sistema «airt€X » para desenrolar e espremer a malha, consegue artigos suficientement·e rel·axados com encolhimentos residuais reduziidos .

FIG. 22-Aspecto do sistema Pad-Batch da CALATOR

Nome das empresas que apresentaram calandras segundo o Catálogo da ITMA 83.

- NOVAKUST (Gontisetter): Máquina vaporizadora ·e -de encolhimento para rolos ou panos.

Se o seu mercado

- (Planomat): Máquina de vaporizar, encolher, fi xar, decatissar e -d esenrolar ourelas para panos, artigos confeccionados e malha a metro .

é a INDÚSTRIA TEXTIL, a melhor forma de divulgar os seus serviços é a REVISTA DA APETT PUBLICIDADE EXCLUSIVAMENTE ATRAVÉS OE:

FIG. 18- uContisetter• da NOVAKUST

tOt

- SPEROTTO HIMAH (Mod. CM2): Galandra vaporizadora com dois -ro+os aquecidos.

BLM-Gestão e Serviços Publicitários, Lda.

- (Mod. CM1): Calandra horizontal de ·dois rolos aquecidos por vapor ·indirecto, para rnelha tubular.

60

- (Mod. CF2): Calandra .de tapete -de feltro, com dois cHindros cal·a ndradores de temperatura regulável.

Rua do Campo Alegre, 555 Telefone 69 36 85 4100 Porto FIG. 21 -

Calandras e esquemas dos sistemas de 4 e 5 rolos de Perkins

61


TRATAMENTO BIOLOGICO E RECICLAGEM DE EFLUENTES TÊXTEIS

FIG . 23- Sistema ·Airtex• da CALATOR

Por MARIA T•EHESA S. •P. AMORIM (*) PEDRO A. R. P. DIAS DE AtMEIDA (** ) LUfS IM. M . -GUIMAHÃES DE ALMEIDA( * ) RÉSUMÉ

L'industrie texti/e empoie une grande quantité d'eau, rejetée surtout sous la forme de déchet liquide avec une importante charge pol/uante, mais dont la composition et débit présentent des variations importantes. Pour réduire la consommation d'eau et par conséquent d'énergie, /e recyclage de certaines eaux résiduelles permet d'obtenir des économies non nég/igeab/es. Le traitement biologique de f'effluent global est la meilleure façon de l'épurer, pourvu que /'on fasse une homogenéisation au préalab/e et l'on corrige certains parametres. Le mélange de /'eau résiduel/e avec des eaux usées urbaines présente des avantages pour l'épuration bio/ogique. SUMMA'RY

O «Tri•Pad» da TUBE-TEX permite ·igualment·e .de·semolar ·e extrair ·a maior parte da água, antes de ent-rar no ·secador d~ malha tubular «Supe·r Rel·ax Jet Dryer» de muito bons resultados do ponto de vi·sta de ·encolhimento .

The textile industry needs a large quantity of water, which is discarded mainfy as a high pol/uted liquid eff/uent but whose composition and rate of flow vary a /ot. ln arder to reduce the water consomption and therefore to save energy, recyc/ing certain eff/uents can be economical/y attractive. The bio/ogica/ treatment of the final eff/uent is the best way to purify it, provived that certain rufes are obeyed, such as previous homogeneization and correction of certain parameters. The mixture of textile and domestic effluents is advantageous for the biologica/ treatment. FIG. 24 -

Gerador de esquema da CAMPEN de emprego universal

1.

INTRODUÇÃO

qualidade , pelo que o custo da água é normalmente inferior a 0,5 % do valor do tecido acabado. No entanto se tivermos em conta a energia neccessária para aquecer a água e o preço dos produtos químicos, facilmente se deduz o i·nteresse ·económico na redução do consumo de água . A reforrnul·ação dos processos ·e a reciclagem parcial são medidas efioazes para ating'ir este objectivo . Com efeito , ·embor-a os dados 1estatí-sticos em Portugal •sejam escassos, podemos estimar um consumo de água superior 3 a 400 m /t de tecido, bastante superior ao que será considerado normal, •ent re 70 e 200 m 3/t (8). Será, pois , de esperar uma ·redução apr eciável nos próximos anos, pois ·num pafs desenvolvido como a R. 'F. da Al·emanha, pas·sou-se de 200 3/t em 1977 p·ar·a 153 rn 3/t ·em 1981 (6) . A contaminação dos cu rsos de água pela indústria têxtil constitui um problema grave que vai obrigar em brev•e à adopção de medidas que passarão por certo na instalação de unidades de tratamento de efluentes . A forma normal1

62

FIG. 25- Aspecto da máquina "Tubo-Plait» para pôr em livro

LJ,ma ·chamada para o 1se.cador «Aerovar» da :FAMATiEX (Grupo BAHCOCK) apliicável quer a malhas quer a tecidos, o qual permite regul·a r com prec'isão a ·sobreaHmentação segundo o encolhimento des·ejado. Um processo de obt·er encolhimentos satisfatórios na malha é fazer :a sua reticulação . Para ·se obter uma maior poupança .dos produtos (·inclusive amaciadores ·e outros acabamentos) a TUBE-TEX e a P. CAMPEN apr·es·entaram sistemas gerador·es de 1espuma. A ·exigência actual para s·e obterem -gl"andes encolhimentos :na vaporização e um .encolhimento o menor possível no produto acabado, leva a que a malha não deva ·s er enrolada após a vaporização mas ·sim colocada em liivrn onde se pos·sa .di·s tender. A máquina "Tubo-Plait» de pô·r ·em l·ivro com grande precisão da BITiEXEMA foi ao ·encontiro d.esre problema.

A água é, em termos quantitativos, a principal matéri·a-prima na indústria têxtil. É empregue já nas fases preHmiinai:es, como .s·eja o fabrico das fibras químicas ou a lav·agem da lã bruta , na encolagem das teias, nas diversas oper·ações de branqueio, tinturaria, estamparia e ·acabamentos . Em todas ·estas utilizações a maior parte da água (normalmente mais de 90 % da água de alimentação) é rejeitada sob a forma de efluentes líquidos, contendo uma importante carga poluente. O custo da água continua ainda a ser considerado irrisório . Com efeito, a indústria têxtil portuguesa encontra-s·e concentrada em zonas de água abundante e sem grandes problemas de (*) (**)

Centro de Tecnologia Têxtil da Universidade do Minho , 4800 Guimarães. Área de Engenharia Civil da Universidade do Minho, 4719 Braga CODEX.

1

1

63


2.

O estudo dos efluentes parci·ais tem-se mostrado bastante difícil, dado que ·a rede de canalizações existentes nem sempre permite a recolha de amostras à saída das máquinas. Na fase seguinte do proj·ecto procederemos à recolha e análise de enfluentes parcelares, com vista ao e·studo da recidagem .

CARACTERIZAÇÃO

O ·estudo da reciclagem e tratamento biológico da água na ·indústri-a têxtil pressupõem a prévia caracterização qualitativa e quantitativa dos efluentes parciai•s e do efluente final. Iniciámos o projecto com ·a •r ecolha de amostras do ·efluente final de fábric·as têxteis no vale do rio Ave, que processam algodão e mistura ·sob a forma de fios e tecidos. Os principais resultados das análises efectuadas a estas amostras encontram-se resumidos no Quadro 1. De notiar que ·as análises foram ·efectuadas após combinacão de amostras obtidas em diferentes horas do. dia tendo em conta o caudal respectivo . A •s elecção dos parâmetros apresentados baseou-se fundamentalment·e nos seguintes objectivos (2):

3.

Recuperação de condensados e águas de arrefecimento: Embora as quantidades s·ejam relativamente pequenas, tirata-se de águas quase limpas 1 e quentes. A sua reutiHzação é, poi•s, vivamente aconselhável.

RECICLAGEM

3.1

Possibilidades de redução do consumo de água na indústria têxtil

A água na indústri·a têxtil cada vez menos é considerada como uma matéria-prima inesgotável e praticamente gratuita. Para esta mudança de atitude tem contribuído a escassez e a fraca qual·idade da água em certos períodos do ano, a subida em flecha do preço da energia e as restrições ao lançamento de efluentes. A redução do consumo de água tem por isso desde já um ·interesse económico não desprezável. Podemos class'ificar os processos para atingir este fim em quatiro categorias:

detern:iinação dos nutrientes C, N e P imprescindíveis ao crescimento dos microorganismos responsávei·s pela depuração biológica . (Os valores dados no Quadro 1 referem-se ··aos fosfatos e não ao fósforo total; o teor . em carbono orgânico total não é referido, pois só foi determinado em três casos.)

Sensibilicação do pessoal: Uma campanha de sensibilizçição dos operários da empresa pode conduzi.r •a reduções muito apreciáveis no consumo de água, nomeadamentie àtravés de: fecho de torneiras e válvúlas mantidas inutilmente 1abertas, localização e reparação de fugas, eHminação ou redução dos enxaguamentos por transbordamento.

conhecimento dos limities de pH. No caso do tratamento biológico ou t·ratamento físico-químico, o pH deve estar s'ituado entre 6 e 9.

Alteração de processos: Podemos citar como ex•emplos: Utilização de máquinas com menor relação de banho (litros

existênci-a de elementos prejudiciais à depuração biológica, nomeadamentie metais pe·sar:los.

QUADRO 1 - Caracterização de efluentes finais

::::--::::

c

B

A

F

E

D

Gi

G1

o

522

1 530

144

210 ~

0,02

0,4

0,4

0,7

12

14

31

33

26

5 210

3 640

38 710

850

800

34

24

11

190

9,0

8,2

230

290

160

100

200

110

100

500

460

450

520

840

820

460

0,06

1,4

0,06

-

10,1

10,7

194

950

512

1 000

0,4

7,5 X 10 3

2,6 X 103

7,0

40

37

32

Sol dissolv tot (mg.1-1) .

760

1 780

Azoto orgânico (mg .1-1) .

20

84

CB05 (mg.l -1)

160

COO (mg.1-1)

460

Fosfatos (mg .I -1 P) Sol susp tot (mg.1-1)

Crómio (mg .1-1) .

64

10,2

11,2

AI cal (mg .l -1 CaC0 3)

<

0,06

<

11,2

13,4

10,7

pH

de água por kg de material); utilização de P,rooessos contínuos em lugar de desconhnuos; emprego de técnicas de aplicação d.e pr_odutos e~ fas•e de e·spuma ou por pulvenzaçao; ·adopçao de proce·ssos de trat·a mento em meio solvente (técnica economicamente vi~vel p~ra certas operações) . De nçitar que o _1nvest1mento neces·s ário para estas alteraçoes pode ser rapidamente amortizado se se tiver em conta a redução apreciável do consumo de energia e em certos casos de produtos ·q uímicos.

determinação da carga orgânica do efluente, COO e CBOs, que dão uma prime'ira indicação do tipo de tratamento a aplicar .

mente mais econom1ca para a depuração de efluentes é o tratamento biológico. No entanto, as características dos efluentes têxteis, não são à partida as ideais para um eficaz rendimento da acção b·iológica, sendo ·necessário proceder ·a um pré-tratamento •adequado do efluente.

620 .

<

0,06

10,6 \

<

<

<

0,06

<

0,06

Os resultados das análises foram obtidos com a colaboração do Departamento de Engenharia Química da Universidade do Porto, no âmbito do estudo da bacia Hidrográfica do Vale do Ave.

-

Heciclagem de águas residuais dos processos: A reciclagem da água pode ser encarada de diversas formas: a)

b)

sem qualquer tr·atamento . Em certos casos rejeita-se água cuja qualidade é amplamente ·suficiente para oertas operações; porém, é neces·sário muitas vezies intiroduzi r certas alterações nos processos para permitir uma rec-tda-g·er'n deste tipo; após trat·a mento. O tratamento pode ·ir desde pequenas correccões a certos parâmetros até ·ao tratamento biológico ou físico-químico. Podemos também ·incluir inestie caso as instalações de recu·per·a5ão. de produtos químicos que por 1nerenc1 a recupel'am também •a água. 1

Vamos de seguida analisar em mais detalhe as pos•sibilidades de reciclag·em de água.

3.2

Reciclagem de água -de enxaguamento final de máquina de l avar ao largo; 1

-

1

3 .3

Heciclagem de água de enxaguamento inicial (fase de estabilização) após merceriz·acão para util-iz·ação na fervura alcalina ou outra~ operações que ineces·s item de meio alcaliiino f~rte .. bem ·Como para a diluição -da soda caustica para a preparação dos próprios banhos de mercerização; Reciclagem do banho de desencolagem, no caso de ·se utilizarem •r esinas s·intéticas na encol·agern; Heciclagem de banhos de branqueiro para operações que necessitam de banhos oxidantes (7).

~od~mos ~estim~r que, com a adopção destas tecrncas, e poss1vel economizar pelo menos

Reciclagem de água após tratamento . Se bem que haja águas que podem s·e·r

reciclada~ sei:i problemas, o facto é que muitas ou.t~as nao tem qual idade ·s ufici•einte para ·s er

ut1liz·adas tal qual •em nenhum processo . Neste caso, pode pensar-s·e em reutilizar estas águas após um dado tratamento, como por exemplo: -

<:orr·ecção de determinados parâmetros de agua, que pode ·em certos casos s·er feita pela adição de produtos no próprio banho onde ela está ·a ser utiHzada;

-

Tratamento de descoloração;

-

-~assagem pel·a ·instal·ação de tr·atamento de

Reciclagem de água sem tratamento

A r~c·iclagem de água sem qualquer tratamento e , bastante s·impl•es de ·implemenMr no caso de aguas de l•avagens em processos contínuos. Bastará adapMr as condutas e introduz·ir ~ve~tua1!11ente tanque de retenção, o que const1tu1 um ·investimento mínimo r·apidamente amortizável. Gomo e)Çemplo podemos citar: -

30 % de água, mesmo que a empresa efectue já as lavagens ·em contracorrente. No caso dos prooessos descontínuos a re~icl-age.m é já de mais difícil jmplementaÇão, pois obriga a que o esgoto de cada máquina poss·a ser •enviado por diferentes condutas conforme •a operação ef.ectuada (branqueio, tingimento, ·enxaguarnento, etc.) . É ainda obrigatório neste caso ·a construção de tanques de retenção. Um caso muito referido na Htier·a tura é a reutilização de banhos de ting·irnento após esgotamento. Esta medida é no entianto de di·fíc'il implantação para muitos tipos de ting·imento, pms os ba~h.os esg.~tados contêm produtos cuja pre~ença e 1ndeseJavel na fase inic'ioal da operaçao. Devemos salientar que, embora em muito·s casos a reciclagem da água sem qualquer tratamento s·eja de fác·il implementação e economica!11ente atrnctiva, ela deve ·ser feita apenas .após cuidadoso e·studo da qual·idade de água a reciclar de •acordo com a qualidade neces·sári·a para o p_rooess? em que vai s•er reutiHzada (1). Com efeito, o risco de ·a parecimento de defeitos pro~oc· a~o.s pela reutil'ização de água de qualidade insuf1c1 ente pode ter um custo que ultrapasse largamente as vantagens -económicas de reciclagem. Os 1esoassos resultados de efluentes parcel~res -~e que para já di·s pomos não permitem tirar ainda conclusões sobre a aplicação concreta da reC'iclagem às empresas estudadas.

a.gua de ·entrada (um tratamento pr·imário do tipo fl.oculação-filtração, por exemplo, pode ser largamente •s uficiente); Passag·em pela instalação de trat•arnento bioló~·ico dos ef~uentes, quando existir. A água saida dessa mstalação pode ter uma qualtidade ·a mplamente S'UfiC'i•ente para várias utiliz· ~ções; ·em períodos de estiagem pode inclus·1~a~ente ter ·~ma qual'idade sup·erior à própria agua extra1da dum curso de água; Passagem por uma instalação de recuperação inegável 1nteres·se económico são os •s•eguintes:

?e produtos químicos. Os casos de a)

Recuperação de soda cáustioa do banho de -enx•a guamento após me·roerizacão . Util'izando um sistema de lavagem ·,em contracorrente, o ·efl-uente saído da máquina da fase de estabilizacão tem uma concent,raç~o da ordem d.e 60 g/I de soda caustica, a qual pode •s er ·reconcentrada por evaporação.

65


b)

Recuperação dos produtos de ·encolagem. Caso se utilizem resinas ·sintéticas na encolagem, a sua recuperação do banho de desencolagem pode ser feita por ·evaporação. ·Embora o preço destes produtos seja mais elevado que o dos produtos tradicionais, a sua fácil ·el'iminação e possibilidade de recuperação pode torná· -los economicamente atractivo·s.

Dado que a mercerização e a des·encolag·em são •as operações de enobrecimento dos tecidos de algodão que conduzem à maior carga poluente, a adopção das medidas acima mencionadas traduz-se igualmente numa importante redução da contaminação dos efluentes.

4. 4.1

4 .2

O tratamento biológico

80

CBO : N : P = 100 5 1 C : N : P = 100 : 16 : 1 pH entre 6 e 9 Cu ie Cr = 1,0-1,5 mg/I COO : CBO < 8

60

40 Um s·imples olhar nos dados •apresentados atrás (Quadro 1), mostra que •a adaptação do esgoto ·a estes valores exigirá um certo número de cuidados prévios.

20

TRATAMENTO DO EFLUENTE Generalidades

P.ara uma tomada de decisão sobre qual o caminho a percorrer no tratamento do esgoto, deve partir-se, por um lado das característic-as do esgoto •a tratar e por outro do conhecimento das poss·ibilidades técnicas de tratamento ·existentes. Sobre o 1.º ponto - completando o que atrás foi dito - e observando ·as listagens dos produtos usados na indústria têxtil, os quai·s em grande parte se encontrarão mais cedo ou mais tarde nos efluentes, podemos desde logo antever ·alguns problemas no seu tratamento. Entre outras, •encontramos os seguintes grupos de ·substâncias: substâncias ·alcaHnas, ácidos orgânicos e ·inorgânicos, sa+s ('incluindo ·sais de metais pesados), ag·entes de oxidação e redução, dissolventes orgânicos, ·s·abóes, tensoactivos, fosfatos, corantes, fenóis, gorduras a h'idratos de carbono, bem como substâncias tóxicas (p. ex . formaldeído, +nsecticidas e fungicidas) .

Praticamente todas estas substânci·as podem marcar ·em maior ou menor grau a composição dos esgotos têxteis e assim influenciar e !·imitar as possibilidades dos processos de tratamento. P.ara quase todos os efluentes da indústria têxtil é ainda característico, como ·se -r eferiu já, o facto de apresentarem fortes variações em relação à quantidade e à composição . Sobretudo através de desoarg-as pontuai•s de esgotos con· centrados podem cr.iar-·se perturbações impor· tantes na -estação de tratamento . Sobre o 2.º ponto de vista, de poss'ibHidades de tratamento, pode dizer-se genericamente o ·seguinte: a)

b)

66

100

Par·a um tratamento biológico eficaz de esgotos têxteis exi·stem um certo número de condições que à partida têm de estar satisfeitas. Gitando , por exemplo, MITCHELL (5) e HATTING (4). as condições ideais de partida para um tratamento biológico são:

4.2.1

Tratamentos prévios

4.2.1.1

-

%

O tratamento biológico de esgotos da indústria têxtil é o proces•so teonioamente mais adaptado ·e com menores custos; Um tratamento químico isolado de esgotos têxte-i·s •está Hg·ado •a certos inconvenientes ·sob o ponto de vista ·econó· mico, tanto para 'O funcionamento em si como para o curso de água ·receptor. No entanto pode ·ao contr'ªrio um tratamento químico ter sentido p·ara o tratamento de esgotos parcelanes.

Gomo ·em qualquer ETAR as grandes vari•ações de caudal e do valor do CBO, p. ·ex., podem causar gr·aves problemas, e ·s ignificam normalmente que •a ·instal·ação ·estará sobrecarregada em c·ertas ocasiões e a trabalhar a um ritmo bastante baixo noutra parte do tempo; uma situação destas 'influenci·ará ·a eficiência do tratamento para além da incidênc·ia nas dimensões da instalação. Daqui a nece·s·s·idade de construção de tanques de regularização •e homogeneização .

4.2 .1.2

Neutralização

Os ·esgotos têxteis estudados mostram um carácter predominantemente alcalino, devendo assim prever-se a sua neutralização com áci·dos, p. ex. com gás de combustão .

4.2.1.3

Eliminação de elementos tóxicos ou inibidores

Embora no estudo feito pouco se possa concluir •sobre •a presença destes elementos (ex· cepto o valor de Gr), temos de ·estar ·atentos a ·ele·s - uma vez que são 1empr•egues no processo e portanto •estão ·sempre virtualmente presentes - sobretudo quanto aos metai·s pesados (Cu, Cr, Zn, . . . ) ie aos sulfuretos. Igualmente haverá que tomar precauçõ·es em relação a ól•eos e a gorduras, a dissolvente·s ·e ·a detergentes, evitando que 1el·es ·at-inJam sobretudo a fas·e do tratamento s·ecundário.

4.2.1.4

o

Homogeneização e regularização

A junção com esgotos domésticos

AnaH·sando a presença dos el·ementos nutrientes N ·e P no esgoto têxtil, verific·amos que aquel1es teores necessitam de ser corrigidos a fim de permitir um tratamento biológico ·eficaz. Sendo ass·im, -e porque uma adição de produtos ricos em N e P seria à partida demas+ado Gara, a ·s olução que mai·s vantajosa se 1apres·enta é a do ·recurso a ·esgotos comunitários para suprir esta carência . 1Est·a é a solução mais vulgarmente utiliz1ada ·e no ·caso presente deverá s'e r o caminho a seguir-se, como aponta aliás um estudü

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Esgotos domésticos e industriais no vale do Ave (GAT Riba d'Ave 83)

e~ectua,do pelo Gab·inete de Apoio Técnico de R~1ba

d Ave em 1983, que apresenta para os d1fer·entes . locais do Val·e do Ave ·as percent>agens relativa~ ~e esgoto industrial (predominantemente text1l) •e doméstico (Figura 1).

4 .2 .2

E

"O

Tratamento propriamente dito

Quanto 'ªº trat>amento biológico em ·si e uma ve:_ satisfe'itas as condições ·atrás apontad.as nao ofernc-e dificuldade de maior (abstr~aindo do problema específico da descoloraçao avanç:ada), para •a lém dos cuidados gerais que uma instalação biológ·ica requer (funcionam~nt?, controle, •etc.). Dentro dos processos class1cos tem sido as lamas activadas o mais utiliz·ado, pelas suas oaracterísticas de maiür robust~z e de melhor ·eficiência, não signifi· can.do :1st? que outras ·soluções não possam ser mais 1nd1cadas para oertas ·situações particul~res. Conforme ·se pode tirar do gráfioo da Figura 1 e atendendo •aos p.esos diferent>es que o~ ·esgotos da 'indústri·a têxtil 1apresentam nas diversas locaH·dades, haverá que proceder a estudos e ·e-nsaios prévios com o 1intuito de esta?elecer quais ·as melhores condições de fu~c1:o~amento ·~f.icient'e (tempo de retenção, ox1gen10 •neces·sano, etc.). Neste âmbito iremos ~rocede~ rnu.ito em breve ·à montagem 'de uma instalaçao p·1.10.to, com •a ajuda da •qual procurarem~s definir aquel·as condições óptimas a garantir em futuras ETAR biológicas.

!idade de ·aplicação do tratamento biológico a efluentes da ·~ndústria têxtil do tipo ·algodoeiro, desde que se1a efectuado um tratamento prévio 1adequado._ Na próxima fase deste ·estudo procederemos a mon~ag_e".' de uma ·instalação piloto de .tratamento_ b1olog1co da qual >Se -espera obter ma~s conclusoes ·sobre a •eficiência da depuraçao. No que respeita à reC'iclagem, torna-se necessário dispor de 1resultados de análise de efluentes parcel·ares proces·so a processo.

6.

BIBLIOGRAFIA

(1)

AMORIM, M . T.; ALMEIDA, L. M.; DIAS DE ALMElL~, P~ -:- "Problemas da qualidade da água na indús· tria text11 .. , Jornadas Técnicas : " Recursos hídricos e o desenvolvimento. da bacia hidrográfico do rio Ave» CCRN/LNEC Porto, Julho de 1984. '

(2)

CRESPI, M. y CEGARRA, J. - «La contaminacion de los vertidos en la indústria têxtil algodonera » Boi lnst. lnv. Têxtil, Terrassa n.º 78 (1980), pp . 25 'a 36:

(3)

HANISCH, B. - Vorlesungen «lndustrieabwassern » lnstitut. fur Siedlungswasserbau, Wassergute - uncÍ Abfallw1rtschaft der Universitãt Stuttgart, 1978.

(4)

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(5)

MITCH~LL, R. -

(6)

REETZ, H. - «Abwasser in TVI - Betrieb » Chemiefasern, Textil Industrie, 34/86 (1984), pp . 3B2-364.

(7)

VALLD~PERAS,

«Water Pollution Microbiology », Wiley lntersc1ence 1972. ·

J. y CRESPI, M. -

.. características

co~tamina~tes y possibilidades de reutilizacion de los

banos res1duales de blanqueo dei algodón » Boletin INTEXTAR (1982), 82, pp. 67 a 81. '

5.

NOTA FINAL

. Ap_esar 9e escassos, os resultados de caractemaçao ate ag~r·a obtidos permitiram já ti r-ar algumas conclusoes no que respeita à pos·s ibi-

(8)

WIESNER, J. et ai. Franfurt, 1981 .

" Okologischer Ratgeber .. 1 Teil ' · '

. Comunicação apresentada no 1 Simpósio Luso-Brasileiro da Engenharia Sanitária e Ambiental Lisboa Setembro de 1984. ' '

67


Alguns conceitos fundamentais

A GESTÃO E A INFORMÁTICA

cultura geral de cada um, importa conhecer algumas noções fundament-ais. Por outro lado a famiharizacão com a terminologi'a específica permitirá, désde logo, outro tipo de acesso à documentação ·especializada e, na generalidade, à abordagem informática de quer as·sunto.

O computador apal"'ece nos nossos dias ligado à noção de process•amento electrónico de dados . Mas o processamento de dados sempre foi uma necess·idade humana, experimentada desde a mais remota antiguidade.

ANTIGUIDADE

Por

Máquinas de calcular e mecânicas, baseadas em engrenagens. (desenvolvidas pelo matemático francês Blaise Pascal e pelo matemático alemão Gottfried Leibnitz) .

StCULO XIX

Controle automático de um tear para para a realização de desenhos em tecidos através de codificação em cartões perfurados . (invenção do tecelão francês Joseph-Marie Jacquard). Utilização da técnica do cartão perfurado para a realização do recenseamento de 1880 nos EUA. (desenvolvimento do engenheiro Herman Hollerith).

SUMMARY

~Zi~~~P;~ f~:s;~b~e~:eo~er;:e,,,~n~~ ~: ~º~~ªg~:i~r;:f~~~ ~~:t~: :~q~~:~t~~d ;~':c~~~~~~s t~~~~~

Hardware - Todos os elementos mecânicos ·e electrónicos do computador, bem como de todas as máquinas e aparelhagem usadas em conjunto com o computador.

-

Software - Toda a vari•edade de programas que podem ser usados para comandar um computador.

-

Dados - Elementos objecto do processamento tais oomo, por exemplo, numa aplicação comercial, valores de vendas, nomes, endereços e outros elementos relativos a cliente·s.

-

Programa - Conjunto de •instruções, escritas numa linguagem susceptível de ·ser interpretada pelo computador, no sentido de realiz:ar um determinado trabalho como, por exemplo, um balancete numa ·aplicação contabilística.

-

Input - Dados ou instruções fornecidos para processamento, gravados ·em suporte legível pelo computador.

Abacos. (usados na antiguidade clássica e ainda hoje utilizados em algumas regiões da Asia).

SÉCULO XVII

GUliLHERME LJEAL DA SliLVA (*)

-

cians. Some basic concepts and defm1t1ons are presented.

O ponto da situação A importância ·e a necessidade ,d_e ·a -e~pres·a de hoje dispor de me·ios ·informat1cos e urna realidade que cada vez mais dispensa demonstração. A análise do P'as·sado recente, o ·S'imples dia•a-dia ·e, a previsão 1a curto e a longo pr_a~~· permite concluir facilmente q~e a n~ssa c1vil1zação em todas as suas mani!e~taçoe~, e em particular no mundo dos n~goG1os, nao pode prescindir, do recurso a meios de alta tecnologia, nomeadamente nos domí~ios d~s. novas energ'ias, da •electrónica ·e da _11nform,at1ca. s.e uma retoma da economia mundial fara :expl_od1r espectacularmente a tecnologi·a no~ mais diversos campos, é hoje geralmente 1ace1te, q~e ne·i:i mesmo .a 1recessão fará abrandar os mvest1mentos nos três domínios ·a trás citado~,. pela repercussão ·imediata na eficácia d~ ·act1v1,d~de económica. No caso particul·ar da 1nformat1c~, é hoje ·evidente não se tratar de uma necessidade artificial, muito menos de um luxo, mas sim de um ·instrumento que pode e deve conduzir qualquer -organização ·a m~lhorar a su~ informacão de gestão, os procedimentos adm1nistrativ'os e ·as ·relações com o exteri-or, •reduzindo custos, ·ganhando em eficáci·a, melhorando a sua imagem e, somando tudo, ·aumentando a rendibilidade. 1

(*)

68

Engenheiro. Responsável pi:l?s Departamentos d~ Gestão Industrial e lnformat1ca do MBA-CONSUL TORES.

Hoje, a empresa que melhor respon_de, ino conteúdo e na forma, às consultas de clientes, que assegura padrões de qualidade e cu!Tipre praws de entreg·a, está ·em va_ntag_em ?ec1siva. A necess·idade de cada orgamz:açao d1·s por d~ meios .informáticos eficazes e eficientes é, primordialmente, um importante factor de concorrência. Mas se a informática é um domínio da alta tecnologia não deve ·esqueoer-se que, na prática é ·s empre um ·instrumento em qualquer das' suas aplicações, no cálculo C'i-entíNco, na ·indústria e na gestão . Na gestão e na indústria, coloca-se hoje em Portugal urna questão importante que nao deve ser iludida. É forçoso reconhecer que grande part·e dos nossos gestores e ~o.s noss?s técnicos não têm formação informat1ca P?IS, tratando-se de um desenvolvimento relativamente recente em todo o mundo, sabmos que só há muito pouco tempo P'assou a fazer parte do cur·riculum académico entre nós •e, aind~ assim, com muitas limitações. Mas ·esta sera uma razão acrescentada para que, quando a competição e a concorrênci·a internacional se anunciam cada vez mais exigentes, 'OS ge~tores e os técnicos que pretendam estar ~ctual1za~os com o seu tempo, assumam uma .atitude act1va e ·a gressiva no sentiido da aquisição de formação para a gestão e utilização desta no~a ferramenta. E não é certamente ·exagerar, dizer que uma ·atitude abstencionista conduz a um . propressivo isolamento do mundo real ou ainda, correndo agora o ri·s co de ·exagerar um pouco, a uma segunda forma de uanalfabeti·smo», o aninformatismo.

SÉCULO XX (anos 30 e 40)

Aparecimento de máquinas calculadoras com rei és e válvulas electrónicas. (a máquina que merece pela primeira vez o nome de computador electrónico foi o ENIAC- Electranic Numeric lntegrator and Calculator, construído na Universidade da Pennsylvania - EUA, no início dos anos 40).

StCULO XX (1951/58)

Comercialização dos primeiros computadores usando válvulas electrónicas (primeira geração).

StCULO XX (1958/65)

.Oomp.utadores l"S•ando transistores (•segunda geração).

SÉCULO XX (desde 1965)

Computadores usando circuitos integradas (terceira geração).

-

Unidade Central de Processamento (CPUJ A CPU é composta pela memória central, a unidade aritmética ·e lógica ·e a unidade de controle. Na memória c·entral são guardados os dados e ·instruções de input, dados intermédios do processamento e os •resultados.

-

Output- Oe resultados do processamento são transportados da memória ·c entral para o exterior gravados num ·s uporte adequado.

-

Periféricos - Hardware exterior à CPU onde nomeadamente se processa o carregamento do ·input e a obtenção do output.

A gestão e a função informática Na terceira geração de computadores distinguem-se:

A util'iz·ação da informática numa empresa traduz-se por váriios factores vantajosos:

-

-

Capacidade de resposta rápida ·e fiável.

-

Poss'ibilidade de absorção fácil de aumentos pontuais de dados a processar.

-

·Execução de trabalhos que por métodos tradicionais s•eriam •a nti-económicos (grandes volumes de dados a tratar exigindo muita mão-de•obra) ou mesmo irnpossíve:is (vários domínios de cálculo científico nomeadament•e os problemas de optimiz:ação, técnica 'hoje muito ·em uso no aumento da -rendibilidade das empresas).

-

Em consequência melhor controle de gestão. Pode g·erir-se o "universo ·act-ual,, (-e ·até o futuro) e não só o «Uíl'iverso histórico,, como acontece quando se utHizam métodos tradicionais.

-

Mainframes - grandes computadores com -elevadas capacidades de processamento, da memória e de ·input/output. Minicomputadores - pequenos comput·ado-res usados para processamentos específicos de reduzida escala 1• 1

Microcomputadores - util:izando a mais recente tecnolog'ia (os diferent-es circuitos integrados de um computador de terceira geração são substituídos por um único circuito integrado, o «Chip») oferecem, o preço muito baixo, possibiliidades muito ·interessantes. O s·eu des·envolvimento promete vir a revolucionar a ·indústria de construção de computadores e o quotidiano de todos nós, acele-rando a aproximação do cidadão comum com o computador 2 • Tratando-se de um domínio ·que, pelas razões expostas, is·erá cada vez mais ,requerido na

Até 1ao aparecimento dos microcomputadores . a ·informátic:a 1apenas est-ava ao alcance de grandes ·e imédi·as empresas. Hoje ·encontram-

69


. t os de ,apreci áveis -s·e no mercado equ1pame~ . ossi·b ·1: dades a precos muito acess1ve1s, P poss1 1 1 · · , . d pequenas biliitando o acesso à ·informat1c~ .as empresas e até ·a utiHzação profrss1onal do coa~s utador de forma di recta pelo gesto_r ~· m . por técnicos •e P!ofissi?nai-s Contudo a irnplementaçao de sistemas in romáticos não ocorre geral~ente sem ·alguns pem blemas São típicas ·as dificuldades q~e ~ur~ . no la~o humano •em termos de_ res1stenc1a a mudpança Vários factores permitem · tais reacções, que surgem a t od_os os. un1ve1 tradi'. desde 'ª tendênci·~ ~ue P?r ?omod1smo o . não cionali·smo se venf1ca ·ex1-st1r para m~nted e inovar procedimentos, até ao receio e nao tomem poder acompanhar o prog·re~s?. Toma-se assim necessario que s~ . foras medidas neoessári·as para uma perfeita in ma~ão de todos os col·aboradores d~ en:ipresa . to em curso , ·s•eus ob1ect1vos e so b re o pro1ec . 1 metodologia. Acções d_e forma9ão e rec1c ª~o~; deverão ass·egurar a i·ntegraçao de_ cada artiborador nas novas estrutur~s garantindo a p ci ação de cada um no pro1ecto . . . p No início •a informátiica apareceu ligada ats ·I'1_:> t.icas, certamen , ,. dee áreas financeiras e co~t~ b 1 devido à tradicional utl11zaçao ~a m_a quinalaro contab i Hdade. Rapidamente porem f~ou e~tra­ que as potenci·aliidades do computa _or vasavam largamente -o domínio financeiro e contabilístico, surgindo como ·instru~~nto ªº , 1~e;­ viço de toda ·a empresa e, ·em ultima ana is , da gestão.

~eralmente,

lib~r~~~:

Assim a informática aparece como ár~a individuaHz·ada, dependendo directam~nie ~ estão de cúpula É vulgar encontrar a in orma fica numa Direcç.ão (Serviço , Secç_ão)I

~~:;:~:~ · ~~z~~ãgir~c ~~~7~!~~i~o~~e~;;~od~sl~f~rmática.

ent~nd_esr

1

~WJlJD~~ -~ ~ CONSULTORES

CONCLUSÕES

-

A informática é hoje um inst~ument~ ~o.r­ rente, indispensável à efi~iênc1a e .:~i~~c~~ das empresas e à garant1•a da cap concorrencial. Os gestores, deverão possuir con~ec.i·~~~~oás suficientes para a gestão da funçaob_in . tica, em termos da definição ?os o Jec~1.vos'. condução e controle dos pro1ect:os ·e , 1~ec cão •ef.ectiva dos prof.issionais de 1nformat1ca. Com o advento dos microcomputador~~.sur~e ainda a vantagem de maior espec1a ·1zaçao dos gestore~, nome~~am~nte em software de fácil in·iciaçao ·e ut1i'lzaçao .

1 Com 0 aparecimento dos mícrocom~~~!d~;e~af: mínicomputadores tendem a perder espaço e trames e os microcomputadores. _ d

6

2 Alguns autor~s defin~m dumh. qu(~r~~ ?~~ç~~cro~ computadores com a introduçao o c ip

UTILIZAR OS NOSSOS SERVIÇOS E' OBTER OS INSTRUMENTOS

computadores . e, f!'ªÍd~~a~~~~ 90 prevê-se 0 aparecimento de de computad?re,s _recorrendo a tecnologi as como o laser e os chips b1olog1cos .

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DA ASSOCIACÃO I

PORTUGUESA DOS ENGENHEIROS

{VI-IS/ PAL

E TÉCNICOS TÊXTEIS - APETT A REVISTA APETT TEM NOVO DIRECTOR Dando por cumprida a missão .ª que se propusera ao aceitar o cargo de D1rector da Revista APETT, o Ex.mº Senhor PROFESSOR DOUTOR MARIO DE AHAOJO, pediu a sua substituição -naquele cargo. . Cons·idemndo os motivos aduz·1dos: pouca di·s ponibilidade de temp~ ·e v_antagem na rot~­ tividade .dos cargos; a D1recçao da ~PETT aceitou o pedido de substituição que f.el.1z·~ente ·se dá com o concurso e ajuda do subst1tu1do. O novo Director da Revista é o Ex.mº Senhor PROFESSOR DOUTOR LUfS ALMEIDA, a_ quem auguramos os maiores êx-itos na conduçao dos destinos da Rveista. Ao Doutor Mário Ar·aújo, reiteramos os nossos maiores agradecimentos pelo trab~lho que desenvolveu enquanto Director da Revista que muito a dignificou e a todos os membros da APETT. 1

ACCÕES DE FORMAÇÃO • Sob os lemas - «A EFICÁCIA_ DUM TÉCNICO DEPENDE DA SUA :fOHMAÇAO PROFISSIONAL» ·e «A ·FORMAÇÃO É O MOTOR DO DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL~, - a APE~T prossegue com o PLANO DE ACÇOES DE FO MAÇÃO calendarizado para 1984f1985. Neste primeiro Plano as acçoes programadas v·isaram as ·s eguintes áreas: -

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GESTÃO DE STOCKS CONTROLE DA QUALIDADE DIREITO DO TRABALHO FORMAÇÃO DE CHEFIAS PLANEAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO - FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE QUADROS -ORGANIZAÇÃO E MÉTODOS

e totaHzarão 440 horas úteis, distribuídas por acções de formação. A necessidade premente de u':!la const~-nte actualização no -campo da formaçao : reciclagem profissional, é ·a -ess_ência e a razao de ser ddas Acções de Formaçao ora 1em curso: ~a.ra a APETT não é mais do que uma g·rand.e 1~nic!a­ tiva a justific-ar a razã~ s~r da sua ·~x1stenc1a~ agora com urna just1f1caçao _acrescida, res~I tante da muito provável adesao do nosso pais à CEE que -nos estimula e a_c~nselh~ e'.nquanto Associação de carácter soc10-p~of1~s1o_nal e téonico-científi.co, e por via disso, a criaçao dos mecanismos de protecção naturais dos nossos associados, baseados no aperfeiçoame.nto dos conhecimentos tecnológicos e das f~rma.s de proceder nos diversos campos operacionais da indústria têxti 1. . . . . Ao promover este género de 1rnc1a~1vas. a APETT não restringiu o s·eu alcance ao interior da sua organização, .daí ter ·enviado programas e fichas de inscrição ·a todas as empresas _ têxteis, obviamente para além dos seus a_sso: ciados. A i•n scrição nas acções de. f?rmaçao e grátis e •inclui a entrega aos part1c1pantes de documentação sobre os temas tratados. ., Um suces·so pleno é o que temos desd~ Jª garantido e bem podemos concl~ir que o capital investido sai ·a ltamente fortalerndo. O país tem de renovar a~ ~su~s estrutur~s produtivas ·e de criar uma .dmam1ca eur~pe1a. A APETT dará o seu indispensável contributo.

d~zoito

?e

SEMINÁRIO No dia 9 ·de Novembro de 1984, a AP~TT promoveu o seu VII Seminário nas instalaçoes da E·s talagem Via Norte. , . Subordi,nado ao tema gener1co: «A e~~lu ­ ção ·t ecnológica na tin!ura~ia e a proble~a!1~a da ignifugação dos texte1s'" ·~st~ Sem1-nari? contou com a participação de tecnicos c?_nce1 tuados na matéria visada ·e permitiu um dialogo rico ·entre aqueles ·e os participa_ntes. . . o próximo Seminário ocorrera em fi.nais de Março, princípio de Abril.

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