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| filipe fiaschi rodrigues |
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Estudo de processo criativo e representação como método projetual para arquitetura.
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Centro Universitário Senac Filipe Fiaschi Rodrigues
Estudo de processo criativo e representação como método projetual para arquitetura.
Trabalho de conclusão de curso do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, como exigência para obtenção do grau de bacharel em arquitetura e urbanismo.
Orientador: Prof.ª Dr.ª Valéria Fialho
São Paulo 2018 7
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Agradeço a minha família por todo o apoio que sempre existiu e pelo seu tempo dedicado a mim enquanto tive a minha atenção voltada este momento que passei. Ao corpo docente do curso de arquitetura e urbanismo que com toda dedicação passaram seus saberes a novas pessoas em fase de formação do conhecimento. A Valéria Fialho, que me orientou para o fechamento deste ciclo e para a abertura de novas reflexões sobre a arquitetura.
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| resumo / abstract |
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O presente trabalho de conclusão de curso parte do desenvolvimento de um método projetual de arquitetura aplicado por meio de experimentações, fundamentado por referências imagéticas e textuais tangíveis e intangíveis, que refletem no projeto arquitetônico resultante - residência unifamiliar o olhar interno reflexivo daquele que experimenta.
This graduation course final work starts from a development of a architectural design method applied through experimentations, based on tangibles and intangibles imagery and textual references, wich reflect on the resulting architectural design - a single family residence - the reflective inner gaze of the one who experiences it.
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| palavras chave |
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experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação
experimentação : : método : : projeto : : espaço : : representação 13
| Ă?ndice |
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1. introdução.......................................................................................................................................14
2. o que antecede o projeto ...............................................................................................................16 2.1 | referências | Sou Fujimoto + Peter Zumthor .................................................................20 2.2 | início do método: do que se antecede ao projeto |.......................................................34 2.3 | elementos da: arquitetura, arte e mobiliário|................................................................38 2.4 | elementos da: percepção, sensação, provocação... |.....................................................42 3. relacionar para experimentar.........................................................................................................46 3.1 | referências | Charles e Ray Eames..................................................................................48
3.2 | experimentar | ...............................................................................................................52 4. definindo o experimento................................................................................................................54 4.1 | materiais |......................................................................................................................56 4.2 | ensaios : : registros fotográficos |..................................................................................62 4.3 | ensaios : : registros manuais |........................................................................................84 4.4 | desenho técnico|............................................................................................................94 4.5 | modelo físico |..............................................................................................................104 4.6 | representação gráfica |.................................................................................................112 5. Considerações finais......................................................................................................................120 6. Lista de imagens............................................................................................................................122 6. Bibliografia....................................................................................................................................128
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| 1. introdução |
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Projetar na faculdade de arquitetura é uma consequência. Percorrer estes cinco anos do curso de arquitetura é estar submetido a projetar a todo momento. Aula de projeto de arquitetura tem maior demanda sobre o aluno, tanto na carga horária em sala de aula quanto em horas dedicadas a matéria fora deste período. Todas as matérias exigem projeto, até aquelas que não imaginávamos. Para todas essas matérias a metodologia é basicamente a mesma de sempre. Isso se observa durante o período percorrido ao longo do curso. Logo, mais importante do que o projeto final é o ato de projetar, já que produtos finais são consequências do meio, este meio que está presente em todas as partes, independentemente qual seja o tipo de materialização e escala do produto final. O desenvolvimento do método pode ser estimulado tanto quanto o desenvolvimento do projeto de uma edificação. Para isso a metodologia pode ser estudada como parte integrante do desenvolvimento do aluno, futuro arquiteto. Pois desta maneira, olhar para dentro de si e refletir sobre o que é projetar é um relevante trabalho que necessita de desenvolvimento para que questões sejam abordadas com maior domínio durante o meio do processo que é o método. Faz assim um produto final estar carregado com uma série de questões que fazem parte de sua composição, diversos questionamentos, críticas, apontamentos sobre as mais diversas áreas do saber refletidas num projeto.
Com este trabalho tento abortar o desenvolvimento de uma metodologia com questionamentos e bagagens próprias, sob a perspectiva de um questionamento reflexivo interno sobre projetar, neste caso, projetar arquitetura para uma residência unifamiliar.
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| 2. o que antecede o projeto |
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Somos sempre postos a projetar. Na faculdade projetar é um exercício, uma pratica realizada durante todo o curso em todas as matérias. O ato de projetar envolve diversas complexidades, que muitas vezes não nos damos por realizar o que nele está envolvido, o tipo de projeto qualquer que seja, como por exemplo o de arquitetura, mobiliário, objetos, paisagísticos, etc. todos esses tipos de projetos que envolvem um processo criativo para sua realização. Como foi dito: estamos sempre postos a projetar! Quanto à isso surgem perguntas como: estamos integralmente dominantes quanto a algumas complexidades envolvidas neste nosso ato de projetar? Trazemos à discussão todos os temas que gostaríamos de abordar com o projeto? Arte, cultura, identidade, política, contextos sociais e ambientais, contexto histórico e geográfico, entre outros diversos pontos são muitas vezes partes presentes no resultado de um projeto. E estes pontos são presentes na nossa bagagem como método projetual do início ao fim? Como processo de exercício do curso, o método utilizado para a concepção de um projeto é basicamente o mesmo durante decorrer dos semestres ( vide diagrama básico de representação deste método) a partir disto, surge esta proposta para o desenvolvimento de um método, iniciando-se com estas perguntas e levando a refletir sobre o que antecede o projeto e a bagagem que este processo carrega consigo.
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| diagrama de representação do mÊtodo projetual usual durante as aulas de projeto do curso de arquitetura |
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| 2.1 referĂŞncias | Sou Fujimoto + Peter Zumthor
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1.
Como referência para este primeiro momento do processo metodológico, que é a discussão sobre o que antecede o projeto, foram pesquisados dois autores que também buscam essas relações. Sou Fujimoto e Peter Zumthor. Cada um escreve, ao seu modo de ver, sobre projetar e o que isto envolve de acordo com suas relações e bagagens individuais.
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2.
| Sou Fujimoto |
3.
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Arquiteto, nascido no ano de 1971 em Hokkaido no Japão. Sou formou-se em 1994 na universidade de Tóquio e abriu seu próprio escritório no ano de 2000. Sou Fujimoto busca ir além das referências aprendidas durante o curso da faculdade, que são icônicas referencias da arquitetura ocidental moderna, ele sempre quis pensar arquitetura por si mesmo.
“Queria pensar em arquitetura por mim mesmo, de forma original; decidi então prosseguir individualmente. Foi um tempo muito decisivo na estruturação do meu pensamento, não apenas arquitetônico, mas global também. Lia muitos livros, em particular sobre ciências naturais - interessava-me muito a teoria de Einstein, o modo de pensar sobre o mundo, a natureza, quem somos, as nossas relações com as coisas naturais. Quis encontrar algo novo na arquitetura através de um entendimento global. Foi esse o período fundamental para a estruturação das bases do meu pensamento arquitetônico.” Sou Fujimoto
Esta preocupação com o pensar sobre a arquitetura, antes mesmo dela ser realizada, faz com que o projeto seja carregado com conteúdo que não somente prático, daquele que se realiza através de um papel e caneta ou diretamente de um software. É um processo projetual que carrega consigo, independentemente do método, toda essa preocupação, essas relações e essa bagagem sobre o pensamento questionador para o enriquecimento da arquitetura. Sou Fujimoto traz em seus conceitos: futuro primitivo; os estudos e percepções sobre a cidade de Tóquio; as memórias da cidade rural onde nasceu; relações entre o homem e as coisas naturais; leituras precisas sobre ambiguidade, instabilidade e fluidez; a cultura espacial japonesa; entre outros, cuja a proposta é ser instaurada, criativamente e projetualmente, no momento antes do surgimento da arquitetura.
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4.
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5.
6.
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| 4,5,6 |Imagens de representações conceituais sobre: Primitive House, do arquiteto Sou Fujimoto. Observa-se a exploração espacial e suas camadas. Trabalhos entre espaços mais preenchidos, entre os planos e espaços mais abertos, transitando gradativamente de um para o outro, produzindo diferentes espacialidades dentro do projeto.
7.
| 7,8,9 | Fotografia do modelo conceitual (7), fotografia do projeto edificado (8) e as imagens dos desenhos técnicos desenvolvidos para este projeto (9) – house before house – do arquiteto, Esta composição de imagens demonstra sua concepção que traz suas investigações sobre relações entre o morar, a natureza e espacialidades da cidade de Tóquio.
8. 28
9.
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10.
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11.
12.
13.
| 10,11,12,13 | diagrama conceitual (10), representação gráfica de fachada (11) imagem do interior (12), implantação do projeto edificado na cidade (13). N House como exemplo investigativo do arquiteto sobre os espaços intersticiais e a relação entre a casa , cidade e a natureza.
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| Peter Zumthor |
14.
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Arquiteto, nascido em 1943 na Basiléia, Suíça. Formado em 1967. Anteriormente estudou marcenaria e após o curso de arquitetura também estudou design, já em Nova Iorque. Por mais de 30 anos ele tem se instalado na remota vila de Haldenstein juntamente com sua pequena equipe que compõe o seu escritório. Além de também lecionar. Peter escreveu o livro: Pensar Arquitetura, onde nele não só descreve, mas também relata sobre fatos e histórias que fazem parte do seu pensamento projetual arquitetônico. Suas considerações sobre a arquitetura trazem questões sobre o pensar antes de projetar, onde memórias de sua infância, imagens relacionadas a sua formação arquitetônica, obras de arte, filmes, poesias, e muitas outras referências compõem este pensar. Sua bagagem projetual não só é composta como também é metodologicamente descrita neste livro. Nele ele elenca autores de referências plurissetoriais e também descreve detalhadamente situações presenciadas, onde toma nota de todos os fatos. Estes conteúdos são refletidos como método e bagagem em seus projetos. Além também de outros tipos de considerações que tem, como o estudo e observação aprofundada sobre o entorno do local de implantação de seu projeto.
“Todos nós vivemos a arquitetura, antes mesmo de sequer conhecer a palavra arquitetura. As raízes de nossos entendimentos arquitetônicos encontram-se nas nossas primeiras vivências: o nosso quarto; a nossa casa; a nossa rua; a nossa aldeia; a nossa cidade; a nossa paisagem – cedo as experimentamos de forma inconsciente e mais tarde as comparamos com as paisagens, cidades e casas que se vieram juntar. As raízes do nosso entendimento arquitetônico encontram-se na nossa infância, na nossa juventude, na nossa biografia. Os estudantes devem aprender a trabalhar de forma consciente as suas experiencias pessoais como base dos seus projetos. A tarefa de projetar pretende desencadear este processo. Questionamos o que nos tocou, o que nos impressionou, o que foi que na altura gostamos nesta casa, nesta cidade - e porquê? Como era feito o espaço, a praça, qual era seu aspecto, que cheiro se sentia no ar, como soavam os meus passos, como soava a minha voz, que modo sento o chão por baixo dos meus pés, o puxador na minha mão, como era a luz nas fachadas, o brilho nas paredes? Havia uma sensação de estreiteza ou amplitude, de intimidade ou grandeza?” Peter Zumthor
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15.
| 15 | A imagem demonstra o estudo atravÊs de modelos que Peter Zumthor realiza como parte do processo de concepção para seus projetos.
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16.
17.
18.
| 16,17,18 | the Therme Vals Spa_ As imagens deste projeto acima selecionadas representam o resultado de todos os estudos feitos referente ao processo do arquiteto, onde somados as pesquisas, reflexões e estudos com modelos, é possível enxergar o resultado de todas essas relações presentes em seu projeto depois de finalizado.
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Etapa 1_ | 2.2 inĂcio do mĂŠtodo: do que se antecede ao projeto |
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Estes trechos dos dois autores reforçam o pensamento sobre estarmos postos a projetar a todo momento e que cada ato de projetar carrega consigo uma grande carga de considerações que estão presentes em nosso consciente ou também no nosso próprio inconsciente. Tanto Peter Zumthor quanto Sou Fujimoto descrevem quais os pensamentos que fazem parte deste momento que antecede ao ato de projetar, não só antes, mas sempre carregam e formulam estes pensamentos em seus estudos e observações sobre as demais áreas que não somente arquitetônica. Quais questões buscamos discutir através de nossos projetos? Conseguimos sempre trazer elas de alguma maneira no seu resultado Estas questões fazem parte do nosso método projetual? Para o método a ser desenvolvido neste trabalho, elenca-se alguns itens ou ideias que serão abordadas para esta primeira parte de desenvolvimento, no que diz respeito ao que se antecede ao projeto, assim, se tornem partes conscientes presentes durante todo o processo. Como pontos principais a serem discutidos neste processo, serão abordados 3 itens chave: Identidade, cultura e regionalismo. Com estes três elementos se fundamenta primeira parte da metodologia de experimentação, servindo de base para que se extraia elementos presentes no inconsciente e se tornem parte do consciente, assim sendo discutido em todo processo. Definido estes itens como base, faz-se um exercício de busca por referências trazidas do inconsciente para a montagem de dois painéis, um composto por imagens e outro por palavras. Estes painéis são duas partes que se complementam. A primeiro painel, de imagens, são de referências cuja o resultado contenha os elementos acima citados, são imagens representadas pela arquitetura, arte e mobiliário. O segundo painel, o de palavras, forma uma seleção de elementos intangíveis, ou seja: sensações, percepções, provocações e etc. Fazendo assim a complementação um do outro através de um painel de referências tangíveis e outro de referências intangíveis. Para melhor visualização vide o diagrama a seguir com o esquema conceitual deste método.
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| diagrama de representação conceitual para o desenvolvimento do mÊtodo projetual |
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Etapa 2_ | 2.3 elementos da: arquitetura, arte e mobiliário |
Com estas três categorias, foca-se nas importâncias que foram referências durante o curso, não só na faculdade, mas também em experiências nos espaços que são considerados como uma boa arquitetura, que se guarda no inconsciente a boa sensação corporal e mental que se tem do lugar, da experiência da arte, seja ela uma tela ou escultura, que também se guarda sensações similares ao estar de frente com ela, observando-as de perto, prestando atenção aos detalhes que as compõem. Por último o mobiliário, que diretamente reflete no seu corpo e mente a sensação que ele propõe, a instiga que ele te deixa para saber como ele foi pensado e produzido, que te faz querer sentir ele com o seu corpo, tocar, olhar por todos os lados, pensar nele em algum lugar, etc. São três elementos que durante o curso fez com que despertasse um maior interesse sobre tudo que os envolve, e como tem tanta coisas envolvidas em cada uma delas.
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| painel tangível | >
19. 20.
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32.
22. 23.
24.
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30. 29.
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19. ELEMENTO DE IDENTIDADE
20. DO CAOS A ORDEM
etapa 3_ | painel tangÃvel : : descritivo |
21 DISRUPTIVO 22 23.
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24. TÉCNICA
27. VOLUME
30. ESSÊNCIA
25. CULTURA
28. GENEROSIDADE
31. SENTIDOS
26. NA RUA
29. CLAREZA
32. TURVO
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Etapa 2_ | 2.4 elementos da: percepção, sensação, provocação... |
Palavras - sentimentos, anseios para uma arquitetura composta não somente de referências tangíveis e estudos de casos. É notório que as referências estão presentes em nossa memória, são sempre presentes quando projetarmos, mas a composição deste painel representa uma busca intrínseca do indivíduo e sua arquitetura por elementos que vem de dentro para fora e reflitam sobre esta arquitetura. Sentidos sobre a arquitetura que estão de fato no nosso âmago. Que não se descreve em projeto nem em programa de arquitetura, mas seu resultado é perceptível, é sentido.
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cotidiano : : cotidiano : : cotidiano : : cotidiano : : cotidiano : : cotidiano
tempo : : tempo : : tempo : : tempo : : tempo : : tempo : : tempo : : tempo
vida : : vida : : vida : : vida : : vida : : vida : : vida : : vida : : vida : : vida : : vida
refúgio : : refúgio : : refúgio : : refúgio : : refúgio : : refúgio : : refúgio : : refúgio
proteção : : proteção : : proteção : : proteção : : proteção : : proteção
cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor : : cor
poesia : : poesia : : poesia : : poesia : : poesia : : poesia : : poesia : : poesia
homem x natureza : : homem x natureza : : homem x natureza
homem x espaço : : homem x espaço : : homem x espaço : : homem x espaço
| painel intangível | >
reflexão : : reflexão : : reflexão : : reflexão : : reflexão : : reflexão : : reflexão 45
1. COTIDIANO: DO SOL NASCENTE AO POENTE
2. TEMPO: AO SEU FAVOR
Etapa 3_ | painel intangível : : descritivo |
3. VIDA: APRECIAÇÃO
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4. REFÚGIO: SILÊNCIO
7. POESIA: HUMANO
10. REFLEXÃO: APRENDER
5. PROTEÇÃO: AFETO
8. HOMEM x NATUREZA: BEM ESTAR
6. COR: HUMOR
9. HOMEM x ESPAÇO: PRAZER
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| 3. relacionar para experimentar |
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O conteúdo relacionado nos painéis são a segunda parte de elementos determinantes no método projetual, a partir deles serão feitas as relações e abstrações para a fase de experimentação do método. Relaciona-las para experimenta-las é uma forma de abstração, procurar a partir delas relações fundamentais para o experimento. A ordem não necessariamente precisa ser essa, podendo ser inversa, como experimentar primeiro para encontrar essa relação posteriormente, ou seja, não deixando de considerar a relevância que o inconsciente nos leva ao momento de uma escolha para um determinado método de experimentação. Como exemplo de experimentação através de outras relações temos o casal a ser apresentado no próximo capitulo: Charles e Ray Eames, que a partir de uma madeira compensada, usada no chão para se deitar, fizeram a Eames Chaise. Ou seja, um olhar diferente sobre o que muitas vezes já está presente pode tornar algo em outro, surgindo assim a sua relação após experimentá-la.
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| 3.1 Charles e Ray Eames |
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Charles Eames nasceu em St. Louis, Missouri, Estados Unidos em 1907. Em 1930 abriu seu próprio escritório de arquitetura, onde estendeu suas ideias de design além da própria arquitetura, onde até mesmo chegou a ser chefe de design da Cranbrook Academy of Art in Michigan. Ray Kaiser Eames nasceu em Sacramento, Califórnia, também Estados Unidos, no ano de 1912. Ela estudou pintura em Nova Iorque, logo após se mudou para Cranbook onde conheceu e assistiu Charles e Eero Saarinen preparando material para o Museu de Arte Moderna. Charles e Eero ganharam os dois primeiros prêmios com este material, que consistia na modelagem de madeira compensada em curvas complexas. O casal se mudou definitivamente para Califórnia onde continuaram a trabalhar com o design de madeira compensada modelada. Porém, além de design de mobiliário e arquitetura, Charles e Ray atuavam em diversas frentes de trabalho, faziam desde brinquedos, capas de revistas, e obras de arte até filmes e aulas para universidades. Sua casa onde moravam foi fruto de um projeto realizado pela reavista Arts and Architecture, que realizou um concurso interno chamado de Case Study Houses, onde outros arquitetos renomados dos EUA foram também convidados. A casa número 8, que se tornou a casa do casal, ficou conhecida mundialmente pelo método construtivo e materialidade, sem contar pela referência estética que compõem a sua arquitetura. Diz, que Charles mudou o projeto que tinha idealizado para esta casa após uma visita a uma exposição de Mies Van der Hoe. Além de usar novos padrões de habitar e usar novas tecnologias do pós-guerra, o casal explora novas atitudes, novas formas e promovem o direcionamento para o futuro com seu trabalho.
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34.
33.
35. 36.
37. 41. 40.
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38.
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33. ARQUITETURA - CASE STUDY HOUSE N°8
34. MOBILIÁRIO - DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIOS COM TÉCNICA DE MADEIRA LAMINADA
35. MOLDADA
36. ARTE - PINTURAS EM TELA
< | Charles e Ray Eames
37.
painel de “seus experimentos” |
38. DESIGN GRÁFICO - CAPAS DA REVISTA ARTS 39.
40. BRINQUEDOS—TOY E LITTLE TOY
AND ARCHITECTURE
41.
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| 3.2 experimentar|
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O casal Ray e Charles Eames multiplicam os resultados de suas experimentações em diversas áreas, pois, além dos projetos que executam que são diretamente relacionados a sua formação, eles especulam outras diferentes vertentes de projetos, nas mais diversas escalas e com as mais diferentes técnicas. Todas com suas linhas de pesquisas experimentais, explorando diferentes ferramentas e linguagens.
Após o levantamento de todo o fundamento, experimentar é o próximo passo, onde se busca relacionar todas as pesquisas e abstrações feitas até o momento para esta continuação do método. Através das abstrações se exercita a reflexão sobre os itens componentes em cada painel. Com eles se procura abstrair não só formas e materialidades, mas também a busca mais intrínseca pelos sentidos que se quer presente no projeto durante todo o processo, não somente em seu resultado final. A prática através da experimentação é a maneira de condensar todas estas etapas de fundamentação sobre o que antecede o projeto, todas as pesquisas, reflexões e referências começam a se concretizar para dar sequencia ao projeto, neste caso, de uma residência unifamiliar.
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Etapa 4_ | 4. definindo o experimento |
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O resumo das etapas a seguir guia didaticamente o método escolhido para a concepção do projeto através de experimentos a partir do referencial estudado. O exercício deste método consiste em 8 etapas. Para a realização de cada etapa é feito uma reflexão sobre seu conteúdo. A partir deste trecho, segue a terceira etapa adiante. Como primeira parte do método é realizada a reflexão sobre o que se antecede ao projeto, buscando como base os itens fundamentais que norteiam todo o processo metodológico. A segunda etapa consisti na montagem dos dois painéis, intitulados de: painel tangível e painel intangível. O primeiro com imagens de referências que formam a sua bagagem imagética. Neste caso utilizado três áreas relacionadas para a composição deste painel, que foram a arte, o mobiliário e a própria arquitetura. Já o segundo painel, o intangível, é composto por sentidos, percepções, etc. Descritos em palavras neste primeiro momento. E posteriormente levados para a atmosfera do projeto de arquitetura. A terceira etapa deste exercício acontece com a abstração do conteúdo dos painéis. Para o painel tangível foi abstraído uma palavra ou uma frase para cada imagem ou grupo de imagens, para que assim se possa observar mais afundo cada uma delas e se aprofundar no intrínseco desta escolha. Para o painel intangível, de cada palavra se compõe uma reflexão sobre a mesma, abstraindo dela um significado particular, intrínseco. Para uma quarta etapa temos a abstração dos painéis para uma relação mais palpável para/com o exercício, onde deles são abstraídos formas e materialidades das imagens e palavras para as especulações das composições no experimento. Materiais e a base de madeira perfurada para os ensaios são pontos definidos neste momento. Então, com esses materiais em mãos, se inicia o experimento, ou seja, ensaios que contenham a exploração das formas e materiais através destes conteúdos até agora relacionados, formando esta quinta etapa. Posteriormente, na sexta etapa deste exercício, essas experimentações são registradas, tanto com imagens fotográficas quanto com desenhos manuais. Esses registros são para uma maior absorção do exercício, surgindo também novos aspectos formais. Podendo ser uma tradução da forma para o papel, um prévio mapa de bolhas ou diagramas de estudos sobre o experimento. A penúltima (sétima) etapa, consiste em um desenho arquitetônico técnico, com planta baixa, cortes e fachadas e maquete física de um dos modelos resultantes dos ensaios do experimento. Esta etapa é a consolidação do método desenvolvido através de um projeto da residência unifamiliar conforme os parâmetros arquitetônicos aprendidos durante o curso. Nesta etapa é onde os dois métodos se convergem. Por ultimo (oitava) a representação livre para o projeto, que no caso foi utilizado a técnica de caneta tinteira feita de bambu , tinta nanquim e marcador. Um método utilizado nas primeiras aulas de desenho de observação do curso. O tempo de desenho é fragmentado, onde se observa o objeto e então desenha o mesmo dentro de um limite de tempo estabelecido. O intervalo é diminuído a cada vez mais, chegando até a poucos segundos para realiza-lo. O objeto observado para o a realização dos desenhos para esta etapa foi a maquete física do projeto final.
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Etapa 4_ | 4.1 materiais |
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No painel tangível foram observados os elementos presentes nas imagens, que tipo de materiais estavam sendo usados, tipo de objeto, tema, as composições dos ambientes, formas e etc. Para o painel de palavras foi realizado uma observação mais reflexiva, as questões que se encontram nesta relação entre os painéis e os ensaios. As observações sobre os itens presentes em cada painel forma a relação de escolha dos materiais e a maneira que de organização dos ensaios deste experimento.
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O experimento consiste num arranjo de uma base de madeira, com dimensão de 28 x 28 cm e uma modulação de 4 x 4 cm, gerando assim uma divisão da base em 49 partes iguais. Essa modulação foi realizada pensando em uma medida básica de distância média entre vãos de uma edificação. Neste caso os ensaios estão numa escala de 1:100. No vértice de cada módulo foi feito um furo para encaixe, para ser utilizada como apoio, fixação de algum material ou simples demarcação do espaço quando utilizada com as hastes e modelos de árvores em escala.
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| legenda | 43_ madeira de pinus 28x28cm 44_ sobras de granito branco
45_ retalhos de madeira escura 46_ galhos de árvore 47_ lâminas naturais de madeira 48_retalhos de madeira clara 49_ galhos de árvore cortados em pedaços de 3 cm 50_ retalhos de pedra ardósia
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48.
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Etapa 5; 6_ | 4.2 ensaios : : registros fotogrรกficos |
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Etapa 6_ | 4.3 ensaios : : registros manuais|
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Etapa 7_ | 4.4 desenho tĂŠcnico |
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partido_ levando em consideração os questionamentos do início do processo que direcionaram para a realização de experimentos como parte do método, o partido deste projeto tem como premissa o pátio interno, onde todo o programa da residência se desenvolve ao seu redor., tendo a árvore como ponto central deste pátio na edificação.
memorial descritivo_ O aspecto formal do projeto final da habitação unifamiliar, que surgiu a partir das experimentações realizadas através da metodologia projetual estudada para este trabalho, se dá pela forma circular, onde o percurso da circulação principal entre os ambientes, desde a entrada até o dormitório, acontece no sentido anti-horário, remetendo as sensação relacionadas através do painel tangível. Uma casa onde todos os seus aspectos arquitetônicos são relacionados com os painéis formados durante o método, materializando-se com base nestes pensamentos pré -concebidos. A sua implantação, onde a área do terreno era a base usada durante os experimentos, com medidas, em escala, de 28 x 28 metros, considera a posição da casa num cenário onde o principal fator é a sua relação com a luz do sol. Desta maneira, o quarto, que é o ultimo ambiente depois de percorrido toda a extensão da casa, tem uma grande abertura para o leste, o sol nascente. Onde aqui se observa o despertar de mais um dia. A casa possui aproximadamente 230 m², e dois pavimentos, no qual o segundo é dedicado somente ao dormitório e possui 20 m² deste total. Um ponto central é ponto de encontro da projeção dos eixos estruturais da residência, que é composto por 6 vigas de madeira que partem da projeção deste centro para as margens limítrofes externas. Outras vigas secundárias compõem a estrutura da casa, como da entrada e da abertura do pavimento exterior. Estas vigas são apoiadas em pilares internos recuados, deixando a fachada livre para a modulação dos caixilhos, na margem externa elas se apoiam nas paredes de concreto armado. Os caixilhos de vidro e as paredes de concreto armado são os dois materiais que compõem os fechamentos laterais. Estes materiais são recorrentes dentro das referências do painel tangível, elaborado durante o processo metodológico. Considerando essas premissas, o restante do programa do projeto segue dentro de uma lógica da intimidade introspectiva, Uma grande porta separa uma pequena área de espera para o início do grande corredor de entrada na casa, que desde o lado de fora se inicia dois marcantes objetos para este percurso, o banco e o painel artístico, que transpassa entre esses dois limites, o externo e o interno. Esse corredor em sua parte interna se estende por aproximadamente 10 metros até a sala de estar, Junto a sala tem-se o97 lavabo e então segue a cozinha, com um grande balcão central que acomo-
da o fogão e no final de sua extensão se torna uma mesa de bancada alta. Aproximando assim as atividades de práticas da cozinha com o social, que inclui também a sala de jantar, havendo a máxima integração entre estes ambientes, Dentro da cozinha, embutido juntamente com outros itens funcionais, está a maquina de lavar e secar, que desta maneira desfaz da necessidade de se reservar uma área separada das demais apenas para abrigar tal função. Otimizando a área interna e maximizando a praticidade das funções do dia-a-dia. Entre áreas mais sociais e a área íntima, está a sala de leitura, delimitada nos seus dois lados por estantes altas, que abriga os livros e demarca a transição entre estes ambientes.
A área intima tem o corredor de circulação mais estreito, que ao seu lado tem o banheiro e armários com uma sala para troca de roupas. O programa interno da casa vai até o dormitório, que é o ultimo dos seus ambientes. Uma escada dá acesso para ele, pois fica no segundo pavimento, dedicado somente ao quarto. A escada representa a ascensão para o local de repouso dos habitantes, que ao final do seu dia, após percorrer todo o percurso da casa se retira para a reflexão e descanso. Como ponto central, fisicamente e visualmente integrado aos ambientes da casa, está o pátio central. Uma árvore é o ponto marcante deste centro, ela representa todo este contato que o habitante da casa tem com a natureza e o tempo, pois durante esse percurso do dia-a-dia, entre chegar e sair, ele a observa, e nela vê o tempo passar através das estações do ano, com o cair e nascer das folhas, a mudança do seu tom e o vento que a sopra. Essa relação que se procurou encontrar entre os três vértices deste projeto, onde há o encontro do homem com a natureza e arquitetura.
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Etapa 8_ | 4.5 modelo fĂsico |
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Etapa 8_ | 4.6 representação gráfica: tinta nanquim |
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| 5. consideraçþes finais |
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O percurso deste trabalho teve inicio com reflexões sobre o ato de projetar e tudo que este envolve. Tais reflexões levaram à formulação de questões que, de alguma forma, em seu desenvolvimento e busca por respostas, ajudariam a estabelecer um método de reflexão e projetação. O desenvolvimento do projeto de uma residência unifamiliar como “corpo de prova” permitiu, de forma mais pragmática, o registro do processo. A busca por respostas definitivas não foi premissa para resultado deste trabalho, mas um indicador de direção. As perguntas que procuram por respostas são turvas, mas neste trecho de uma visão um pouco distante do que se podia ter como resultado, foram surgindo processos para uma experimentação legítima, com uma diferente maneira de apropriação do espaço livre e a possibilidade de investigação entre as relações referenciadas inicialmente. O método e a forma de representação estudada neste trabalho podem ser consideradas como uma ferramenta de exercício para desenvolvimento da criatividade, com a manipulação de instrumentos diferentes dos habituais podendo gerar resultados interessantes.
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| 6. lista de imagens |
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figura 1_ Retrato arquiteto Sou Fujimoto. Fonte: http://www.artecapital.net/arq_des-55-sou-fujimoto.......21 figura 2_Retrato arquiteto Peter Zumthor. Fonte: https://www.dezeen.com/2012/09/27/peter-zumthor-toreceive-the-royal-gold-medal-forarchitecture/.................................................................................................21 figura 3_Retrato arquiteto Sou Fujimoto. Fonte: http://www.artecapital.net/arq_des-55-sou-fujimoto.......22 figura 4_ Representação gráfica - Primitive Future - Sou Fujimoto. Fonte: http:// www.arcomai.org/2013/10/04/la-scena-alla-base-della-ricerca-compositiva-di-suofujimoto/...........................................................................................................................................................24
figura 5_ Modelo conceitual - Primitive Future. - Sou Fujimoto Fonte: https://www.flickr.com/photos/ labiennale/4859683963/...................................................................................................................................25 figura 6_ Modelo conceitual - Primitive Future - Sou Fujimoto. Fonte: https://www.designboom.com/ architecture/sou-fujimoto-architects-at-venice-architecture-biennale2010/.................................................................................................................................................................25 figura 7_ Modelo conceitual - house before house - Sou Fujimoto. Fonte: http:// afasiaarchzine.com/2011/05/sou-fujimoto19/.....................................................................................................................................................................26 figura 8 _ Edificação - house before house - Sou Fujimoto. Fonte: http://www.artecapital.net/arq_des-55soufujimoto.............................................................................................................................................................26 figura 9_ Plantas paviemtos - house before house - Sou Fujimoto. Fonte: https:// proyectos4etsa.wordpress.com/2012/02/15/house-before-house-sou-fujimoto-utsunomiya-japon-2008/..27 figura 10_ Diagrama conceitual - house N - Sou Fujimoto. Fonte: http://www.iaacblog.com/programs/house -n-by-sou-fujimoto-casestudy/.................................................................................................................................................................28 figura 11_ Representação gráfica - house N - Sou Fujimoto. Fonte: https://www.dezeen.com/2012/01/19/ house-n-by-sou-fujimotoarchitects/..........................................................................................................................................................28 figura 12_ Interior da edificação - House N - Sou Fujimoto. Fonte: https://www.dezeen.com/2012/01/19/ house-n-by-sou-fujimotoarchitects/..........................................................................................................................................................29 figura 13_ Edificação - N house - Sou Fujimoto. Fonte: http://www.artecapital.net/arq_des-55-soufujimoto.........29 figura 14_Retrato arquiteto Peter Zumthor. Fonte: https://www.dezeen.com/2012/09/27/peter-zumthor-toreceive-the-royal-gold-medal-forarchitecture/.................................................................................................30 figura 15_ Modelos de estudos para casas. Peter Zumthor: Buildings and Projects” de P. Zumthor, vol3, p.35 ...................................................................................................................................................................32 figura 16_ Therme Vals Spa. Fonte: https://www.archdaily.com/13358/the-therme-vals..............................33 figura 17_ Therme Vals Spa. Fonte: https://www.archdaily.com/13358/the-therme-vals..............................33 figura 18_ Therme Vals Spa. Fonte: https://www.archdaily.com/13358/the-therme-vals..............................33 figura 19_ Aesop Vila Madalena - Irmãos Campana. Fonte: http://campanas.com.br/pt#works/interior% 20design............................................................................................................................................................39 figura 20_ Cadeira Favela - Irmãos Campana. Fonte: http://www.cau.ufpr.br/portal/wp-content/ uploads/2013/12/CristinaNakamura.pdf..........................................................................................................39
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figura 21_ Transarquitetônca- Henrique Oliveira. Fonte: http://www.henriqueoliveira.com/portu/ comercio.asp?flg_Lingua=1&cod_Artista=1&cod_Serie=34..............................................................................39 figura 22_ Transarquitetônca- Henrique Oliveira. Fonte: http://www.henriqueoliveira.com/portu/ comercio.asp?flg_Lingua=1&cod_Artista=1&cod_Serie=34..............................................................................39 figura 23_ Desnatureza - Henrique Oliveira. Fonte: http://www.henriqueoliveira.com/portu/comercio.asp? flg_Lingua=1&cod_Artista=1&cod_Serie=4.......................................................................................................39 figura 24_ Balanço Marcenaria Baraúna. Fonte: https://www.habitusbrasil.com/projeto-balanco-emexposicao-no-mcb/........................................................................................................................................... 39 figura 25_ Grafite dos artistas Os Gêmeos. Fonte: http://www.osgemeos.com.br/projetos/.........................39 figura 26_ Grafite e stencil do artista Melim ABC. Fonte: https://www.melim.art.br/33/work/s-o-bernardo--br.......................................................................................................................................................................39 figura 27_ Casa em Paraty - Studio MK27. Fonte: http://studiomk27.com.br/p/casa-paraty-3/.....................39 figura 28_Casa s/d n°1 - Arq Vão. Fonte: http://vao.arq.br/uploads/7/0/5/6/70568217/1103_casa_sd_01.pdf ...........................................................................................................................................................................39 figura 29_ Banco Tangente - Claudia Moreira Salles. Fonte: https://casavogue.globo.com/MostrasExpos/ noticia/2012/11/convivios-de-claudia-moreira-salles.html..............................................................................39 figura 30_ Fachada com bandeirinha - Alfredo Volpi. Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/ obra1781/fachada-com-bandeirinhas...............................................................................................................39 figura 31_ Residência Castor Delgado Perez - Rino Levi. Fonte: figura 32_ Obra sem título - Lucas Arruda. Fonte: https://www.artsy.net/artist/lucas-arruda/works.............39 figura 33_ Case study House 8 - Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.eamesoffice.com/the-work/eameshouse-case-study-house-8/...............................................................................................................................50 figura 34_ Poltrona lounge e apoio de pernas. - Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.eamesoffice.com/ the-work/eames-lounge-chair-and-ottoman/...................................................................................................50 figura 35_ Cadeira DCW - Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.eamesoffice.com/the-work/dcw/.........50 figura 36_ Pintura: Ray Eames in Califórnia - Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.eamesoffice.com/thework/ray-eames-in-california/...........................................................................................................................50 figura 37_ Pintura: Ray Eames in Califórnia - Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.eamesoffice.com/thework/ray-eames-in-california/...........................................................................................................................50 figura 38_ The toy - Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.eamesoffice.com/the-work/the-toy/..............50 figura 39_ The Little Toy - Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.eamesoffice.com/the-work/the-little-toy -2/......................................................................................................................................................................50 figura 40_ Capa revista: Arts and architecture jan 1944- Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.loc.gov/ exhibits/eames/bio.html...................................................................................................................................50
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figura 41_ Capa revista: Arts and architecture mai 1943- Charles e Ray Eames. Fonte: http://www.loc.gov/ exhibits/eames/bio.html...................................................................................................................................50 figura 42_ Base de ensaio para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..........................................59 figura 43_ Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues...................................................60 figura 44_ Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues....................................................60 figura 45_ Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues....................................................61 figura 46_ Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues....................................................61 figura 47_ Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues....................................................61 figura 48_ Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues....................................................61 figura 49_ Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues....................................................60 figura 50_Materiais para experimentação - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................60 figura 51_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................63 figura 52_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................64
figura 53_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................65 figura 54_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................66 figura 55_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................67 figura 56_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................67 figura 57_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................68 figura 58_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................68 figura 59_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................68 figura 60_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................69
figura 61_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................70 figura 62_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................70 figura 63_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................70 figura 64_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................70 figura 65_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................71 figura 66_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................72 figura 67_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................72 figura 68_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiiaschi Rodrigues.....................................................................73
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figura 69_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................74 figura 70_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................75 figura 71_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................75 figura 72_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................76 figura 73_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................77 figura 74_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................77 figura 75_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................77 figura 76_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................78 figura 77_Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues......................................................................79
figura 78_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................79 figura 79_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................80 figura 80_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................81 figura 81_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................81 figura 82_ Ensaio experimental - Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues.....................................................................82 figura 83_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... ..................85 figura 84_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... .................86 figura 85_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... .................87 figura 86_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... .................88 figura 87_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues................ ................89 figura 88_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... .................90 figura 89_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... .................91 figura 90_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... ..................92
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figura 91_ Desenhos de estudo dos ensaios realizados. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues............... ...................93 figura 92_ Maquete física do projeto. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............................................................105 figura 93_ Maquete física do projeto. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............................................................106 figura 94_ Maquete física do projeto. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............................................................107 figura 95_ Maquete física do projeto. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............................................................108 figura 96_ Maquete física do projeto. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............................................................109 figura 97_ Maquete física do projeto. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............................................................110 figura 98_ Maquete física do projeto. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............................................................111 figura 99_ Representação gráfica com tinta nanquim. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues....................................113 figura 100_ Representação gráfica com tinta nanquim. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..................................114 figura 101_ Representação gráfica com tinta nanquim. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..................................115 figura 102_ Representação gráfica com tinta nanquim. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..................................116 figura 103_ Representação gráfica com tinta nanquim. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..................................117 figura 104_ Representação gráfica com tinta nanquim e marcador. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............118 figura 105_ Representação gráfica com tinta nanquim e marcador. Autor: Filipe Fiaschi Rodrigues..............119
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