Mariana Lira_ MORAR: alternativas tipologicas para habitação

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Mariana Lira Silva

MORAR: alternativas tipológicas para habitação

Projeto de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do prof. Gabriel Pedrosa

São Paulo . 2018



Dedico este trabalho a todos que estiveram comigo, me apoiando e me incentivando neste ano de tantos desafios.



Primeiramente quero agradecer a Deus pelo simples fato de ter dado a condição de poder realizar este curso. Aos meus pais pelo incentivo e por todo o suporte que me deram. Ao professor Gabriel Pedrosa, pelo apoio na orientação, confiança e paciência durante a elaboração deste trabalho. Meus agradecimentos aos companheiros e irmãos que fiz durante a graduação.



RESUMO Este trabalho tem como objetivo projetar um edifício habitacional multifamiliar em contraponto aos empreendimentos produzidos atualmente, o projeto tem como premissa ser feito dentro de uma lógica de coordenação modular, composto inicialmente por plantas livres, com definições estruturais e de circulação, de modo que os moradores possam ter autonomia para mudar sua habitação ao longo do tempo e, consequentemente, transformar o edifício em sua estética, forma e dimensão. O terreno se localiza na região central de São Paulo, foi escolhido e pensado devido às demandas de moradia da região, ocasionada pela oferta de emprego e mobilidade presente. O projeto de pesquisa nasce com questionamentos sobre o habitar atual, e pergunta qual seria o melhor jeito de morar? Não tem o objetivo de dar respostas, mas de lançar hipóteses que possam problematizar a forma como se pensa e projeta os espaços destinados a habitação.



ABSTRACT This project aims to design a multifamily residential building in opposition to the projects currently produced, the project is designed to be done within a logic of modular coordination, composed initially by free plants, with structural and circulation definitions, so that the residents can have autonomy to change their housing over time and, consequently, transform the building into its aesthetics, form and dimension. The land is located in the central region of SĂŁo Paulo, was chosen and thought due to the demands of housing in the region, caused by the offer of employment and mobility present. The research project is born with questions about the current habit, and asks what the best way to live? It is not intended to give answers, but to launch hypotheses that can problematize the way one thinks and designs spaces for housing.


Lista de Figuras 1. desenho steel deck. pp.17 2. desenho steel deck. pp.17 3. concurso Sistema modular para novos espaços educativos. pp 18 4. diagramas, estudos do concurso. pp.19 5. diagramas, estudo de caso JSARQ. pp.20 6. Carmel Place, fachada. pp. 21 7. Carmel Place, construção. pp. 21 8. Carmel Place, construção. pp. 21 9. One9 apartamentos, construção. pp. 22 10. One9 apartamentos, fachada. pp. 22 11. Concurso Design, fachada. pp. 22 12. mapa zoneamento,de São Paulo. pp. 25 13. mapa uso e ocupação de São Paulo. pp. 26 14. jogo Jenga. pp. 28 15. diagramas. pp. 22 16. diagrama. pp. 22 17. diagrama. pp. 22 18. diagrama. pp. 30 19. diagrama. pp. 30 20. corte esquemático. pp. 30 21. planta situação. pp. 31 22. planta malha e estruturas fixas. pp. 32 23. perspectiva ilustrada, circulação dos apartamentos. pp. 33 24. diagramas. pp. 34 25. diagramas. pp. 35 26. perspectiva ilustrada. pp. 36 27. planta térreo. pp. 37 28. perspectiva ilustrada, café. pp. 38 29. planta. pp. 39 30. planta. pp. 40 31. planta. pp. 41 32. planta. pp. 42 33.planta. pp. 43 34. planta. pp. 44 35. corte AA. pp. 45 36. corte BB. pp. 46


Sumário

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introdução ... 13 sistemas construtivos ... 15 escolha do sistema ... 17 estudos de caso ... 18

projeto ... 23 dados levantados ... 25 memorial ... 27 diagramas ... 29

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malha ... 32 térreo ... 37 plantas hipóteses ...39 cortes ... 45 considerações finais ... 48 bibliografia ... 50


INTRODUÇÃO No âmbito da produção imobiliária existe um ambiente dominado por edifícios padronizados, elaborados por uma lógica de redução de custos e demanda dos incorporadores. Dessa forma o mercado se coloca em um estado conservador, onde as habitações são desenvolvidas a partir da mesma planta convencional com pequenas alterações, duas ou três possibilidades pré-determinadas de transformação do espaço interno¹, em que muitas vezes não atendem a todos os perfis familiares e suas diferentes necessidades. Atualmente há uma grande demanda para apartamentos studios e de até 2 dormitórios, mas ainda existe uma parcela para apartamentos maiores. Na Região Centro/Oeste de São Paulo o percentual de unidades de até 45m² lançadas em 2017 é de 50% e metragens com 80 e 130 estão a 11%. Desde a década de 50, surgiram projetos expressivos para a adequação de diferentes perfis familiares, onde o edifício conseguia abrigar apartamentos de diferentes dimensões. Como o edifício Copan, por exemplo, projetado por Oscar niemeyer, que distribui suas 1.160 unidades habitacionais em trinta e dois pavimentos tipo, dividindo-as em seis blocos, cada um deles comportando um tipo de moradia.

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A partir dessas dinâmicas, foi questionado se existiria uma forma de construção que possa atender as duas demandas, um projeto onde seu sistema construtivo racionalizasse a obra resultando num processo mais rápido e barato, e com isso atenderia as diferentes necessidades familiares Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo projetar um edifício multifamiliar dentro de uma lógica de construção de baixo custo que viabilize variações nos espaços internos de uma unidade e até mesmo de todo um pavimento e que pudessem ser ocupados por seus usuários de acordo com suas necessidades. Para o desenvolvimento do projeto, foi feita uma pesquisa bibliográfica que engloba o mercado da construção civil e os tipos de industrialização das construções, e estudos de casos com projetos que abordam os conceitos de uma produção mais racional e eficiente, e com conceitos formais. Com esta pesquisa foram desenvolvidos diagramas procurando entender como seria a produção desse edifício “customizado”, focando num sistema modular, onde as unidades são formadas a partir de um módulo inicial de 40m² e ocupam o andar partindo de uma malha pré-definida pelo sistema do steel frame.

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SISTEMAS CONSTRUTIVOS Atualmente, o mercado da construção procura estabelecer métodos que se apliquem de forma que se tenha um processo eficiente, com materiais resistentes que possam racionalizar os custos e o tempo de obra. No contexto da construção civil, de acordo com Márcio Fabrício, temos dois tipos de caracterização da industrialização das construções: a industrialização de ciclo aberto e a de ciclo fechado, sendo que cada uma delas define diferentes processos produtivos e construtivos. A industrialização fechada é concebida de forma que a construção é realizada por uma única empresa, sua grande vantagem é permitir a produção em grande escala, com o uso de métodos industriais de massa, de modo a reduzir os custos por unidade produzida e ampliar a qualidade e o conteúdo tecnológico do sistema construtivo, com garantia de perfeita conectividade e integração entre componentes construtivos (FABRICIO, 2013).

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Porém, ele tem algumas dificuldades, pela necessidade de elevado volume de produção dos componentes construtivos padronizados, implicando uma homogeneização da linguagem estética dos edifícios construídos a partir do mesmo sistema, além do custo de transporte ser alto devido ao elevado volume de materiais, e o valor agregado em relação à massa do produto ser baixo. A industrialização aberta é caracterizada pela industrialização de diferentes componentes, por um mesmo ou por diferentes fabricantes, com lógicas de montagem e interconexão padronizadas e compatíveis (MARTUCCI, 1990), permitindo diferentes possibilidades de composição entre suas peças ou módulos, além de permitir uma liberdade geométrica e de proporções, podendo ser usadas em qualquer edificação. Dentro da industrialização aberta existem diferentes sistemas para favorecer o processo construtivo, dentro deste conjunto é possível ressaltar a coordenação modular, uma técnica voltada para a racionalização da produção do edifício.

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ESCOLHA DO SISTEMA Dois modelos que permitem solidificar a construção em um curto período de tempo são o Steel Frame e o Wood Frame, em que armações constituídas por perfis de aço ou madeira conformam quadros de peso leve com a função estrutural a conformar os elementos constituintes espaciais, como as paredes, por exemplo. Na substituição dos blocos cerâmicos e/ou concreto, placas cimentícias realizam os fechamentos externos, enquanto placas de gesso acartonado garantem os fechamentos internos, que posteriormente permitem receber outros revestimentos (PEREIRA, 2018). O steel frame é um sistema que possui grande versatilidade e agilidade durante a construção, são chapas que, após serem moldadas, formam perfis de aço que funcionam como um esqueleto metálico estrutural. Pode se adaptar a qualquer tipo de projeto e é um material leve, facilitando o seu manuseio. Sua lógica de construção é diferente da alvenaria, porém o resultado visual é semelhante pelas placas de revestimento.

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figura 1: esquema steel deck

figura 2: dimensões steel deck


Foram analisados alguns projetos que tenham a característica de racionalizar a produção baseando em diferentes sistemas procurando soluções mais rápidas. Como o concurso “Sistema modular para novos espaços educativos” de arquitetos chilenos, onde foram propostos projetos de equipamentos educacionais modulares emergenciais. Que traziam soluções como contêineres, painéis e outros sistemas modulares, mas o que deve ser ressaltado é a viabilidade de crescimento e variabilidade cada um desses projetos. Ter a possibilidade do projeto modificar durante o tempo, de acordo com a necessidade da população e se adaptar ao terreno em que for implantado.

figura 3: concurso Sistema modular para novos espaços educativos.

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1° lugar, projeção de crescimento

3° lugar, projeção de crescimento e possibilidades de montagens

2° lugar, adaptabilidade para qualquer tipo de terreno

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figura 4: diagramas, estudos do concurso.


Procurando referências formais, como uma forma de desafiar o design vertical tradicional, caracterizado por um edifício padronizado com pisos idênticos, a ONE apartamentos com a equipe de design JSARQ projetou um edificio que posssibilitou para as suas unidades uma identidade exclusiva. O conceito é baseado em módulos retangulares, que permitem tirar proveito de cada metro quadrado. Os modulos deslizam para os lados, para frente e para trás, proporcionando a cada unidade uma identidade unica e gera terraços e pisos diferenciados.

figura 5: diagramas, estudo de caso JSARQ.

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O escritório nArchitects produziu o projeto Carmel Place, anteriormente My micro NY. Durante a obra, as unidades foram feitas em um local controlado, resultando em um trabalho rápido e de maior qualidade. Posteriormente, os 65 módulos produzidos em aço foram transportados e empilhados, resultando em 55 unidades de 24 a 32m² e 10 módulos voltados para a circulação.

figura 7: Carmel Place, construção.

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figura 6: Carmel Place, fachada.

figura 8: Carmel Place, construção.


Austrália, o Grupo Hickory realizou em 2013 o One9 Apartments, 36 módulos que resultam em 34 apartamentos de um ou dois dormitórios, distribuídos em 9 andares, cujas unidades foram pré fabricadas. A montagem do conjunto durou 5 dias.

figura 9: One9 apartamentos, construção.

figura 11: concurso de , fachada.

figura 10: One9 apartamentos, fachada.

Em 2018 para o concurso de Design “metals in construction magazine’s 2018 design challenge”, Oliver Thomas e Keyan Rahim criaram a Pixel Facade, um sistema de fachadas para um edifício de escritórios que ajuda a tornar os espaços de estar e convívio externo dos trabalhadores mais agradáveis. É um sistema modular que permite aos usuário configurar o layout dos espaços, além de poder ser configurado para criar diferentes soluções em tipologias de edifícios variadas.

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O PROJETO

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DADOS LEVANTADOS O centro da cidade de São Paulo é visualizado com grande interesse para intervenções urbanas, o plano diretor tem o foco nessa região para desenvolvimento e incentivo a moradia, por sua grande oferta de emprego e mobilidade. O bairro da Consolação tem um caráter misto por conter diferentes tipos de ocupações e possui equipamentos de emblemáticos que atraem públicos de diferentes regiões da cidade. Situado entre Bela Vista e Higienópolis os perfis de renda e familiares são bem diferentes, pensar num projeto que abrigue esses diferentes perfis, influenciaram na escolha do terreno. Localizado próximo a importantes nomes como a Praça Roosevelt, o Parque Augusta, a Faculdade da PUC e a nova estação de metro Higenópolis Mackenzie o terreno escolhido está no cruzamento da R. Caio Prado e da R. Gravataí e possui uma área equivalente a 1.561,33m².

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figura 12: mapa zoenamento de São Paulo.

ZEU - Zona de Estruturação e Transformação Urbana ZEUP - Zona de Estruturação e Transformação Urbana Previsto ZEUM- Zona de Estruturação e Transformação Metropolitana ZC - Zona Centralidade ZEPAM - Zona Especial de Preservação Ambiental ZEIS 5 - Zona de Interesse social 5 AC 1 - Clubes Esportivos social ZER 2 - Zona Exclusivamente Residencial 2


MAPA USO E OCUPAÇÃO Residência vertical - médio/alto padrão

Equipamento público

Residência e comércio/serviço

Sem predominância

figura 13: mapa uso e ocupação de São Paulo.

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MEMORIAL DO PROJETO Este projeto de pesquisa para habitação multifamiliar partiu das diferentes tipologias que poderiam surgir dentro de um sistema modular, permitindo variações nas unidades e assim trazendo uma progressão de crescimento, onde sua administração se difere do mercado imobiliário atual. Dois polígonos se cruzam no térreo e, na sua intersecção, configura-se a circulação do edifício, que também têm a função de âncora, onde, em cada andar, se apoiam 12 módulos de 4.8m por 8.4m estruturados por uma malha pensada a partir do sistema steel frame, um sistema que possui grande versatilidade e agilidade durante a construção, e permite solidificar a construção em um curto período de tempo. Composto inicialmente com definições estruturais e de circulação, as plantas das habitações serão livres, trazendo flexibilidade e autonomia para seus usuários ocuparem de acordo com suas necessidades.

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figura 14: jogo Jenga.


FOTAS DO JENGA

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Iniciamente foram desenhados alguns diagramas a fim de entender as intenções de projeto e como as unidades ocupariam cada pavimento. A primeira definição foi o módulo de 40m², e a partir dele, com junções de dois e três módulos, são feitas as outras opções nas metragens de 80m² e 120m². A circulação vertical é centralizada e as unidades residenciais ocupam a laje a sua volta. Foram feitos alguns estudos de como seria essa ocupação e sua influência na fachada do edificio. Resultando em dois blocos de alturas diferentes que se unem pela circulação central com uma malha de cheios e vazios inspirados no jogo Jenga.

Diagrama vista superior, movimentação dos módulos figura 16: diagrama.

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Unidades de 40m², 80m² e 120m² que circundam a cIrculação vertical

figura 15: diagramas.

Diagrama vista lateral, cheios e vazios. figura 17: diagrama.


Diagrama, deslocamento dos módulos geram espaços para terraço das unidades acima.

figura 18: diagrama.

Resultante das movimentações, são gerados alguns diferenciais no projeto, como rasgos nas fachadas.

figura 19: diagrama.

Diagrama, estudo de volumetria do entorno. figura 20: corte esquemático.

30


R

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figura 21: planta situação.

Planta de situação esc 1:100

0 5 10

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MALHA ESTRUTURAL O ideal para se trabalhar com o steel frame é fazer o projeto em cima da modulação que o sistema permite. A malha foi projetada numa modulação de 1,20 por 1,20, pois a largura das placas cimentícias usadas para revestimento tem essa medida e é possivel trabalhá-las em conjunto com placas de gesso acartonado de 40 a 60 cm. A partir dessa malha foram definidas as peças fixas, que atendem a todos os andares, como o bloco que circulação vertical, a estrutura dos pilares e os shafts hidráulicos.

figura 22: planta malha.

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Foram feitos alguns diagramas a fim de mostrar as hipóteses de ocupação dos pavimentos, partindo do módulo de 40m², que possibilitou unidades nas metragens de 40m², 80m²,120m².

1 módulo

O segundo conjunto de diagramas mostram os vazios da circulação e os vazios projetados como áreas comuns que buscam as faces do edifício, trazendo uma característica única nas fachadas e permitindo ventilação e iluminação natural. área dos apartamentos e circulação vertical

2 módulos 3 módulos

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vazios criados e circulação horizontal

figura 23: perpectiva ilustrada, circulação dos apartamentos


34 figura 24: diagramas.


O edifício é constituído em três momentos: o térreo, composto por 2 polígonos que se interseccionam e possibilitam diferentes vivências de uso no terreno ; a torre de circulação vertical, centralizada que dá acesso aos apartamentos e áreas sociais; os dois blocos, de alturas distintas, que se apoiam em cada andar na laje de steel deck.

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figura 25: diagramas.


figura 26: perspectiva ilustrada.

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O térreo foi criado pensando na integração do terreno com a cidade, as calçadas foram alargadas em dois pontos e invadem o terreno se misturando com o desenho de piso, resultante da volumetria do próprio edifício, como uma forma de convite. Por estar localizado na esquina, além dos recuos principais, o edifício cede uma parte de sua área para a criação de uma praça com uma árvore de grande porte, sinalizando a entrada aos moradores.

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figura 27: perspectiva ilustrada, café.

Dois ambientes são destinados para uso público, utilizados neste projeto como academia, entrada pela R. Caio Prado, e pelo café que se apropria da praça interna dando uso significativo ao espaço com entrada pela R. Gravataí. A lavanderia coletiva é um ambiente privativo destinado apenas aos moradores.


B

B

0

figura 28: planta tĂŠrreo.

5

10

20

Planta tĂŠrreo esc 1:200

38


Planta com 12 unidades, módulo único 40 m²

possibilidades com e sem varanda

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figura 29: planta


2 unidades - 1 mรณdulo 2 unidades - 2 mรณdulos 1 unidade - 3 mรณdulos

รกrea social, coworking

varanda uso comum

possibilidade varanda 0

5

10

20

figura 30: planta

40


3 unidades - 1 mรณdulo 3 unidades - 2 mรณdulos 1 unidade - 3 mรณdulos

41

figura 31: planta


1 unidade - 1 mรณdulo 1 unidade - 2 mรณdulos 3unidades - 3 mรณdulos

0

5

10

20 figura 32: planta

42


salão gourmet uso comum

1 unidade - 1 módulo 1 unidade - 2 módulos 1 unidade - 3 módulos

terraço uso comum

43

figura 33: planta, terraço

0

5

10

20


4 unidades - 1 módulo 2 unidade - 2 módulos 1 unidade - 3 módulos

varanda uso comum

0 unidades - 1 módulo 3 unidades - 2 módulos 2 unidades - 3 módulos

0

5

10

20 figura 34: planta

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figura 35: corte AA


0

5

10

20 figura 36: corte BB

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho iniciou com várias hipóteses de produções arquitetônicas. Existiam duas frentes de pesquisa: o interesse em entender a parte estrutural da construção dos edifícios habitacionais e uma inquietação em ver os tipos de plantas produzidas em diferentes faixas de renda atualmente, que buscam um padrão de planta convencional influenciado pelo antigo modelo burguês, isso me instigou a refletir sobre as formas de morar e buscar respostas para outras possíveis maneiras de habitar. As referências iniciais tentavam buscar opções de revolucionar totalmente a habitação, mas optei por partir de uma linha mais conservadora para tentar englobar o processo construtivo, sempre pensando em como adaptar as tipologias dos edifícios aos diferentes perfis familiares que existem na cidade. Houve um rompimento durante o processo de trabalho, mas os diagramas e o jogo Jenga conseguiram dar um impulso necessário para o desdobramento do projeto. Em busca de um sistema estrutural, os estudos de caso contribuíram para fazer experimentações com os volumes e me fizeram chegar até a coordenação modular do edifício.

Como todo o projeto, ele nunca finaliza, sempre existe uma continuidade e ao observar o trabalho realizado, a sequência seria um aprofundamento maior no sistema construtivo para poder viabilizar as alterações projetuais, essas que seriam aplicadas no dimensionamento do módulo para que ele possa ser racionalizado em mais vezes e como se daria o gerenciamento das habitações entre os moradores a partir dele?

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BIBLIOGRAFIA

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Sistema "Pixel Facade" traz a natureza aos espaços de trabalho. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/893815/sistema-pixel-facade-traz-a-natureza-aos-espacos-de-trabalho Acesso em: 04 maio. 2018. TRAMONTANO, M. Habitações, metrópoles e modos de vida. Por uma reflexão sobre o espaço doméstico contemporâneo. 3o. Prêmio Jovens Arquitetos, categoria "Ensaio Crítico". São Paulo: Instituto dos Arquitetos do Brasil / Museu da Casa Brasileira, 1997. 210mm x 297mm. 10 p. Ilustr. Disponível em: http://www.nomads.usp.br/site/livraria/livraria.html Acessado em: 13 / 03 / 2018 Tecnologia, steel frame Disponível em: http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/185/steel-frame-149630-1.aspx. Acessado em: 23 de Setembro.2018

Márcio Minto Fabricio, Industrialização das construções: revisão e atualização de conceitos, são paulo. Junho 2013, Disponível em: https://www.revistas.usp.br/posfau/article/viewFile/80930/84572 One Nine apartments. Disponível em: https://www.hickory.com.au/projects/one9-apartments/. Acesso em: 04 abril. 2018.

TRAMONTANO, M. ; VILLA, S. . Apartamento metropolitano: evolução tipológica.. In: Seminário História da Cidade e do Urbanismo, 2000, Natal, UFRN. Anais, 2000. 210mmx297mm. 09 p. Disponível em: http://www.nomads.usp.br/site/livraria/livraria.html Acessado em: 21 / 02 / 2018

Pixel façade, a flexible biophilic façade system for the next generation of offices. Disponível em: https://www.designboom.com/architecture/pixel-facade-biophilic-facade-system-next-generation-offices-04-03-2018/?utm_source =designboom+daily&utm_medium=email&utm_campaign=pixel+fa %C3%A7ade%2C+a Acesso em: 03 abril. 2018.

VALENCIA, Nicolás, Arquitetos chilenos propõem equipamentos educacionais emergenciais modulares, julho 2017. Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/876458/arquitetos-chilenos-propoem-equipamentos-educacionais-emergenciais-modulares?ad _medium=gallery Acesso em: 23 abril. 2018.

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“ Não importa o que aconteça, continue a nadar.” (WALTERS, GRAHAM ; PROCURANDO NEMO, 2003.)


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