Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Lira, Gabriela de Oliveira GRAACC: Ampliação Através do Redesenho de Quadra / Gabriela de Oliveira Lira - São Paulo (SP), 2018. 70 f.: il. color. 81 Orientador(a): Felipe de Souza Noto Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2018. Arquitetura Hospitalar, Redesenho de Quadra, Ampliação I. Noto, Felipe de Souza (Orient.) II. Título
ag ra d e c i m e n t o s Ao GRAACC pela oportunidade de estágio, pelos aprendizados tão importantes ao longo desse ano e por me lembrar da importância de valorizar as coisas pequenas da vida. Serei eternamente grata. Ao Felipe Noto pelas orientações e paciência ao longo deste ano. Aos meus pais, Maria e Edgar, pelo incentivo, apoio, ensinamentos desde a infância e por me proporcionar todas as condições necessárias para a conclusão dessa etapa. Todo respeito e admiração por sua luta diária, sempre lembrarei com orgulho de onde viemos. Obrigada por serem ótimos exemplos. Amo vocês. Aos meus amigos pelos anos compartilhados, dias e mais dias na Nasa desenvolvendo trabalho e noites em claro. Com destaque para Fernanda Assunção, Fernanda Mira, Leticia Pestana, Murilo Urbaneto e Roberto Lopes. A Tamires Zanini pela amizade de longa data, compreensão, paciência e por estar ao meu lado tanto nos melhores momentos, quanto nos mais difíceis. Ao Guilherme Fontana pelas ajudas, parceria e aprendizados que vão além do campo da Arquitetura. Agradecimento especial para a piadas (nem sempre engraçadas) e todos os fun facts nos momentos de descontração. Grazie. Por fim, agradeço aos que fazem ou fizeram parte da minha vida de alguma maneira, por ser parte da construção de quem sou hoje. Obrigada.
r e s u m o Partindo do diagnóstico de que as edificações atuais do hospital de oncologia infantil GRAACC não são suficientes para a quantidade de pacientes na fila de espera, foi detectada a necessidade de ampliar as dependências. Assim sendo trabalho apresenta proposta de ampliação através do redesenho da quadra em que a instituição atualmente encontra-se. Para alcançar o objetivo, foi estudada a distribuição do programa existente no hospital e optouse por redistribui-lo priorizando o assistencial, portanto se fez necessário deslocar o administrativo para um edifício novo possibilitando o esvaziamento por completo de alguns pavimentos. A partir do conhecimento deste cenário concluiu-se que é necessário redesenhar a quadra para o desenvolvimento de um projeto abrangente e integrador com a cidade. P A L A V R A S - C H A V E : Arquitetura Hospitalar, Redesenho de Quadra, Ampliação.
abstract GRAACC: Expansion Through Block Redeisgn Based on the diagnosis that the current buildings of the hospital oncology GRAACC are not sufficient for the number of patients in the waiting queue, the need to expand the dependencies was detected. Thus, this paper presents a proposal for expansion through the redesign of the block where the institution currently stands. To reach the objective, the distribution of the existing program in the hospital was studied and it was decided to redistribute it prioritizing the care, so it was necessary to move the administrative one to a new building, allowing the emptying of some floors. From the knowledge of this scenario it was concluded that it is necessary to redesign the blcok for the development of a comprehensive and integrating project with the city. K E Y W O R D S : Hospital Architecture, Block Redesign, Expansion.
imagens Imagem aérea GRAACC. Fonte: Google Earth. Prédio Botucatu, ao fundo Anexo I. Disponível em: https://aflalogasperini. com.br/blog/project/graacc/ Distribuição do programa existente. Disponível em: https://graacc.org.br/ quemsomos/ Anexo I, visto pela Rua Pedro de Toledo. Disponível em: https://aflalogasperini. com.br/blog/project/graacc/ Distribuição do programa existente. Disponível em: https://graacc.org.br/ quemsomos/ Diagrama de localização da quadra estudada. Elaborada pela autora. Diagrama de localização das instituições e centros hospitalares. Elaborada pela autora Perspectiva da quadra analisada com volumetria do existente; uso do solo real; ocupação GRAACC e não-GRAACC; topografia. Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Produzida pela autora Maquete. Disponível em: https://big.dk/#projects-laad Render frontal. Disponível em: https://big.dk/#projects-laad Fachada do edifício. Disponível em: https://www.archdaily.com/575391/ vitacon-itaim-building-studio-mk27-marcio-kogan-carolina-castroviejo Painéis de madeira perfurada. Disponível em: https://www.archdaily. com/575391/vitacon-itaim-building-studio-mk27-marcio-kogan-carolina-castroviejo Pátio interno. Disponível em: https://www.herzogdemeuron.com/index/ projects/complete-works/126-150/149-rue-des-suisses-apartment-buildings/image.html Pátio Interno. Disponível em: https://collectivehousingatlas. net/2013/08/10/149-rue-des-suisses-apartment-buildings-by-herzog-de-meuron/#jpcarousel-514
Planta primeiro e segundo pavimento. Disponível em: https:// collectivehousingatlas.net/2013/08/10/149-rue-des-suisses-apartment-buildings-by-herzogde-meuron/#jp-carousel-514 Rue de Suisses. Disponível em: http://housingprototypes.org/project?File_ No=FRA023 Imagem 41 Rue de Jonquoy. Disponível em: http://housingprototypes.org/project?File_ No=FRA023 Rue de Suisses com Rue de Jonquoy. Disponível em: http://housingprototypes. org/project?File_No=FRA023 Fachada Rue de Suisses. Disponível em: http://housingprototypes.org/ project?File_No=FRA023 Fachada Rue de Jonquoy. Disponível em: http://housingprototypes.org/ project?File_No=FRA023 Ladeira da Barroquinha. Produzida pela autora. Degraus com mosaico português. Disponível em: http://www.metroo.com. br/projects/view/82 Corte longitudinal. Disponível em: http://www.metroo.com.br/projects/ view/82 Cinema Glauber Rocha. Disponível em: http://www.metroo.com.br/projects/ view/82 Distribuição existente do programa das unidades Pedro de Toledo e Botucatu, respectivamente. Produzida pela autora Retirada dos programas administrativos. Produzida pela autora Remanejo e implantação de programas assistenciais nas áreas desocupadas. Produzida pela autora Terreno para implantação. Produzida pela autora Terreno desocupados. Produzida pela autora Delimitação da área desocupada. Produzida pela autora Blocos da ocupação extrudados. Produzida pela autora Ajustes necessários para o gabarito. Produzida pela autora Volumetria final. Produzida pela autora Esquema de implantação e materialidade das fachadas. Produzida pela autora
sumário 1. Introdução.....................................................................................................................13 2. GRAACC........................................................................................................................17 2.1 História..............................................................................................................16 2.2 Unidade Botucatu...........................................................................................18 2.3 Unidade Pedro de Toledo..............................................................................20 3. Quadra..........................................................................................................................25 3.1 Análise...............................................................................................................27 3.2 Rua Botucatu...................................................................................................28 3.3 Rua Borges Lagoa...........................................................................................32 3.4 Rua Marselhesa................................................................................................34 3.5 Rua Pedro de Toledo......................................................................................37 4. Referências....................................................................................................................44 4.1 149 Rue de Suisses – Herzog & De Meuron..................................................46 4.2 Ladeira da Barroquinha – Metro Arquitetos Associados............................44 5. Proposição Projetual....................................................................................................48 6. Considerações Finais...................................................................................................75 7. Referências Bibliográficas...........................................................................................79
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INTRODUÇÃO
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O Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos criada a fim de garantir a crianças e adolescentes com câncer o direito de alcançar as possibilidades de cura com qualidade de vida, dentro do mais avançado padrão científico. Nos dias atuais o GRAACC possui quatro imóveis no bairro Vila Clementino em São Paulo, dois são pequenas construções de dois pavimentos e os outros são edifícios verticais assistenciais. Situadas na mesma quadra, estas construções não são suficientes uma vez que a quantidade de crianças e adolescentes na lista de espera para conseguir o tratamento é alta e não há espaço físico suficiente para os mil colaboradores e voluntários. A partir deste cenário, foi detectada a necessidade de ampliação da instituição com um Anexo Assistencial e um Anexo Administrativo. Ao estudar o programa atual do hospital e como o mesmo está organizado, optou-se por redistribuí-lo com o critério de priorizar os programas assistenciais, portanto o que é considerado administrativo pode ser remanejado. Desta forma pode-se esvaziar pavimentos completos abrigando estes programas no anexo. Atualmente o hospital atende pacientes do Brasil inteiro e os que não residem na cidade São Paulo podem se abrigar em uma Casa de Apoio com seu acompanhante. A Casa Ronald McDonald recebe majoritariamente pacientes do GRAACC, ao aumentar a quantidade de atendidos, a lista de espera da Casa tende a crescer ainda mais, portanto, para atenuar este fato, constatou-se a importância de uma Casa de Apoio na implantação. Após os levantamentos dos dados e desenvolvimento do programa, concluiu-se que o projeto interfere intensamente na quadra, portanto é necessário que a mesma seja redesenhada respeitando suas características e criando espaços de transição entre a rua e o edifício.
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2.1 História O Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), é uma instituição social sem fins lucrativos criada a fim de garantir a crianças e adolescentes com câncer o direito de alcançar todas as possibilidades de cura com qualidade de vida, dentro do mais avançado padrão científico. A criação formal do GRAACC foi em 1991 pela voluntária Léa Della Casa Mingione, pelo engenheiro civil Jacinto Guidolin e pelo médico Dr. Sérgio Petrilli. Até este momento, os pacientes eram atendidos no Setor de Oncologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) num sobrado alugado na Vila Mariana, atualmente conhecido como “Casinha” abriga parte do setor de Recursos Humanos. A maior parte dos pacientes chegam para ter seu tratamento no hospital através do Sistema Único de Saúde (SUS) e 40% são por convênio médico, portanto a maioria está abaixo da linha de pobreza e há aqueles que, além de não possuírem condições financeiras, não residem na cidade de São Paulo. Portanto haviam casos de abandono do tratamento e, com o intuito de diminuir este índice, a primeira Casa de Apoio da instituição foi construída em 1993. Em 1998 o GRAACC inaugura seu primeiro hospital com conceito de ser Hospital-dia. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, este é um regime de assistência intermediária entre a internação
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Lea Della Casa Mingione
e o atendimento ambulatorial, voltado para realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos. O primeiro hospital é conhecido atualmente como “Botucatu”, pois localizase na Rua Botucatu, 743. O edifício possui oito pavimentos e um programa reduzido por conta do espaço disponível. Assim sendo, com o passar dos anos, pode-se perceber que as instalações não davam conta da alta demanda de pacientes, portanto era necessário ampliar. Em 2010 a prefeitura de São Paulo doou um terreno para a construção de novas instalações desta maneira foi construído o Anexo I, mais conhecido como “Pedro de Toledo”. Projeto do escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos, o edifício possui seis pavimentos e previsão de ampliação, podendo aumentar a área assistencial ocupando por completo o terreno que foi doado. Nos dias atuais foi construído um pequeno anexo conhecido como Anexo Infraestrutura, este é de caráter temporário, visto que há reais intenções e necessidade de ocupar o terreno com um edifício vertical que possa abrigar todos os colaboradores e pacientes. Assim sendo, pode-se ampliar as especificidades clínicas e aumentar o quadro de funcionários, atualmente o hospital conta com mais de mil colaboradores, sendo 500 funcionários e 597 voluntários.
Jacinto Antonio Guidolin
Antonio Sérgio Petrilli
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Imagem 01- Imagem aĂŠrea GRAACC
2.2 Unidade Botucatu Construído em 1998 o edifício Botucatu possui onze pavimentos assistenciais que já passaram por reformas em diferentes momentos, dado que as necessidades do hospital foram mudando com o passar dos anos. Com volumetria quadrada, a fachada da construção possui revestimento na cor azul e detalhes na cor amarela. Tais artifícios, quando somado ao alto gabarito, fazem com que o prédio se destaque das demais construções da quadra. O edifício possui suas faces norte e sul afastadas dos lotes vizinhos, deste modo é possível ter aberturas na fachada que possibilitam iluminação natural controlada nos ambientes. Estas ocorrem de maneira retangular podendo ter variações nas dimensões e são marcadas pelo uso da cor amarela nas molduras. Por questões de segurança as janelas das áreas de circulação ou com uso assistencial não podem ser abertas, uma vez que a qualidade do ar é crucial no tratamento. Portanto o uso delas é voltado para iluminação e para que o indivíduo possa contemplar a paisagem externa estando dentro do hospital.
Imagem 03- Distribuição do programa existente.
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Imagem 02- PrĂŠdio Botucatu, ao fundo Anexo I.
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2.3 Unidade Pedro de Toledo O projeto de ampliação do GRAACC é de autoria do escritório Aflalo/Gasperini e foi projetado para ser edificado em duas etapas, a primeira esta concluída: Anexo I, com frente para a Rua Pedro de Toledo. A segunda etapa do projeto seria a construção do Anexo II, com frente para a Rua Borges Lagoa. Devido ao terreno ser estreito, o volume do edifício é linear encontrando com a fachada leste do prédio existente Botucatu, portanto as conexões entre os prédios através do primeiro, segundo e terceiro pavimento são viabilizadas por passarelas de sete metros de comprimento. Marcando horizontalmente as fachadas do edifício com a caixilharia, o Anexo I possui as faces norte e sul revestidas com vidro branco opaco, enquanto que as faces leste e oeste possuem aberturas feitas com vidro translúcido possibilitando iluminação natural. Por ter previsão de ampliação, a face norte do edifício é desobstruída possuindo apenas prumada de circulação vertical e circulação horizontal.
Imagem 05- Distribuição do programa existente.
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Imagem 04 - Anexo I, visto pela Rua Pedro de Toledo.
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QUADRA
3.1 Análise As cidades podem apresentar diversos aspectos, contudo têm como organização a rua. Ao analisar uma quadra estamos em uma escala aproximada da malha urbana e, a partir dessa aproximação, pode-se fazer a leitura do edifício como elemento isolado inserido no lote, tratando-se de uma parcela fundiária na qual ele se insere e faz divisão cadastral. Desta forma os domínios públicos e privados são separados. Portanto, a quadra não é entendida como uma forma arquitetônica por si só, visto que é o agrupamento dos edifícios autônomos e o espaço resultante do traçado das vias. Segundo a autora Jane Jacobs, as ruas e calçadas são espaços fundamentais, uma vez que sua ocupação proporciona o desdobramento da convivência e integração social, dispondo de vivacidade ao bairro e cidade. Para além, um dos aspectos essenciais para uma cidade mais humana é a necessidade de prédios antigos no bairro, beneficiando a identidade e memória histórica do local. Ainda segundo a autora, o principal agente da cidade é o indivíduo enquanto cidadão, portanto deve-se conceber cidades com espaços que privilegiem a vida urbana de forma que valorizem a escala humana. Inserida na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana e localizada na Vila Clementino – São Paulo, a quadra na qual o objeto de estudo deste trabalho se desdobra, é classificada como ZEU (Zona Eixo
Imagem 06- Diagrama de localização da quadra estudada.
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de Estruturação e Transformação Urbana), por definição da Prefeitura da cidade de São Paulo, ZEUs são áreas que estão inseridas no eixo de transformação e correspondem a 18% da área total da cidade. A principal característica destes territórios é aproximar a população do transporte público. O local possui alta oferta de transporte público, visto que é servido pelas linhas lilás e azul do Metrô, um pequeno terminal, ciclo faixas e vasta oferta de linhas de ônibus. Para além trata-se de uma área dotada de infraestrutura urbana, comércios e serviços voltados majoritariamente para área hospitalar, em razão da Vila Clementino ser uma região com importantes associações além do GRAACC, como a Fundação Dorina Nowill, APAE, AACD, Cruz Verde, Amparo Maternal, entre outras; e importantes centros hospitalares, são eles: Hospital do Servidor Público Estadual, Hospital São Paulo, Hospital Edmundo Vasconcelos, Hospital Paulista, Instituto do Sono e Hospital do Rim e Hipertensão. As ruas que formam o desenho da quadra são: Rua Pedro de Toledo, cota mais alta; Rua Botucatu; Rua Borges Lagoa, cota mais baixa; e Rua Marselhesa, totalizando 507,57m de perímetro e área de 16707,70m². Os edifícios que a compõe são de baixo gabarito, com exceção de um prédio residencial que possui dezessete pavimentos e os dois edifícios hospitalares do GRAACC. As quatro edificações da instituição ocupam aproximadamente 35% da quadra.
Imagem 07- Diagrama de localização das instiyuições e centros hospitalares
GRAACC Não-GRAACC
Serviço Comércio Residência Institucional GRAACC
Imagem 08- Perspectiva da quadra analisada com volumetria do existente; uso do solo real; ocupação 27 GRAACC e não-GRAACC; topografia.
3.2 Rua Botucatu
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3.3 Rua Borges Lagoa
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3.4 Rua Marselhesa
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3.5 Rua Pedro de Toledo
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Imagem 31
Imagem 32
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REFERÊNCIAS
LAAD | Big Escalonamento através de módulos; Panos de vidro; Grandes áreas verdes.
Imagem 33 - Maquete
Imagem 34- Render frontal
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Vertical Itaim | Mk27 Grandes janelas; Painéis de madeira perfurados para controle de iluminação e ventilação; Concreto Aparente.
Imagem 35 - Fachada do edifício
Imagem 36 - Painéis de madeira perfurada
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4.1
149 Rue De Suisses Herzog & De Meuron
Arquitetos: Herzog & De Meuron Localização: Paris, França Ano: 1996 - 2000 Área: 2.734 m² Área coberta: 1.39 m² Área total: 8.419 m² Altura: 37m Apartamentos: 57 unidades O complexo habitacional de autoria dos arquitetos suíços Herzog & De Meuron, está localizado em uma área residencial no sul de Paris. Próximo da Gare de Montparnasse, o complexo habitacional situado na Rue de Suisses se enquadra nas condições urbanas distintas ditadas pelo local. O projeto é composto principalmente por três edifícios: um está integrado com as fachadas dos edifícios existentes da Rue de Suisses, o segundo com as fachadas da Rue Jonquoy e o terceiro está localizado no pátio interno. Com o intuito de mesclar o novo e o antigo, além de alinhar os gabaritos das construções, os fechamentos das janelas dos edifícios do complexo habitacional, com frente para as ruas, os marcam verticalmente, uma releitura das construções vizinhas. Ambos os blocos têm como característica sua fachada interativa, visto que o sistema de fechamento das janelas é feito com elementos dobráveis.
Imagem 37- Pátio interno
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Ao entrar no complexo, o acesso aos apartamentos é feito por uma escada central na entrada da Rue de Suisses. Os cinquenta e sete apartamentos projetados possuem entrada de luz natural, alguns possuem abertura para a rua enquanto outros possuem para o pátio interno. Pensando em um perfil de usuário diferente daquele dos blocos voltados para a Rue de Suisses e Rue Jonquoy, o terceiro edifício é configurado como um elemento horizontal implantado no pátio interno. Composto por três pavimentos de habitações, o bloco possui varandas e fachada de madeira curvada, dando outro aspecto em comparação com a morfologia da pele metálica dos outros dois blocos. Contudo, projetos que, ao integrar o novo ao antigo, ocupam espaços respeitando e entendendo o entorno existente, demonstram como edifícios contemporâneos podem costurar quadras urbanas e otimizar espaços aparentemente perdidos.
Imagem 38 - Pátio interno
Imagem 39 - Planta primeiro e segundo pavimento
Imagem 40 - Rue de Suisses
Imagem 41 - Rue Jonquoy
Imagem 42 - Rue de Suisses com Rue Jonquoy
Imagem 43 - Fachada Rue de Suisses
Imagem 44 - Fachada Rue Jonquoy
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4.2
Ladeira da Barroquinha Metro Arquitetos Associados
Arquitetos: Metro Localização: Salvador, Brasil Ano: 2013 Área total: 2.440 m² Localizada no centro de Salvador, a Ladeira da Barroquinha tem aproximadamente cem metros de extensão e liga a praça Castro Alves, na Cidade Alta, a um terminal de ônibus na Cidade Baixa. O projeto de autoria do Metro Arquitetos Associados para redesenhá-la leva em consideração a importância do patrimônio histórico e como conciliar os diversos usos existentes e desejados para o importante eixo de ligação. Sabendo que a Ladeira é um local de passagem que atrai, basicamente, dois tipos de público com fluxos diferentes, os que saem do terminal de ônibus em direção ao Centro Histórico e querem agilidade; e os que querem frequentar o comércio local, podendo permanecer por mais tempo. Portanto, era necessário separar as duas tipologias de fluxos. Imagem 45 - Ladeira da Barroquinha
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Com finalidade de atender os transeuntes de fluxo com caráter de permanência, os comércios foram organizados do lado oposto ao muro, proporcionando alargamentos dos degraus transformando-os em platôs para instalação de comércios. Desta forma, além de desobstruir o patrimônio histórico, os indivíduos são conduzidos para fora do trajeto rápido. Contudo, o desenho da escadaria é resultado da organização de usos, permitindo e integrando o caminhar continuo e rápido, com o caminhar de permanência para contemplação, consumo ou descanso.
Imagem 46 - Degraus mosaico português
Imagem 47 - Corte longitudinal
Imagem 48 - Cinema Glauber Rocha
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PROPOSIÇÃO PROJETUAL
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Há setores administrativos instalados tanto na unidade Pedro de Toledo, quanto na unidade Botucatu. Ao realocá-las no novo Anexo Administrativo pode-se ceder o espaço para ampliação dos programas assistenciais em um edifício que já possui infraestrutura hospitalar. Tal decisão diminui o custo para ampliação das especificidades clínicas do hospital.
Imagem 49 - Distribuição existente do programa das unidades Pedro de Toledo e Botucatu, respectivamente;
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Após os diagnósticos da alta demanda de pacientes para o hospital pode-se concluir que um novo deve ser construído e, devido a ampliação da área assistencial graças ao remanejo do programa existente, o anexo previsto não precisa ser extenso.
Imagem 50 - Retirada dos programas administrativos;
Imagem 51 - Remanejo e implantação de programas assistenciais nas åreas desocupadas;
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A organização da implantação das construções surgiu, basicamente, com três finalidades: 1- afastar o bloco com as habitações da rua, devido ao barulho dos carros; 2- conexão contínua dos anexos com os hospitais existentes; 3- permitir ao transeunte permear a quadra. Nesse sentido e com base no desenvolvimento teórico, optou-se pela ocupação perimetral possibilitando integração das edificações privadas com o espaço público que as envolve, além de deixar o miolo da quadra livre de construções e desobstruído. Portanto utilizou-se mais dois lotes da quadra, um com frente para Rua Botucatu e o outro com frente para Rua Pedro de Toledo.
LOTES ADICIONAIS
GRAACC Imagem 52 - Terreno para implantação
Por não se tratar de uma quadra verticalizada e entendendo que a construção dos novos edifícios é inviável sem a verticalização dos mesmos, enfrentouse a adversidade: fazer uso do gabarito em favor da verticalização? A resposta se deu ao analisar a morfologia do terreno, uma vez que possui declive acentuado de, aproximadamente, dez metros. Assim sendo, o volume do Anexo Administrativo foi implantado na cota mais baixa e escalonado por ter frente para a Rua Botucatu. Para além, tal decisão tornou possível a concepção do vazio central que auxilia na iluminação natural. O Anexo Assistencial está previsto entre o Administrativo e o Bloco Pedro de Toledo, marcando o encerramento das instalações assistenciais. 52
Imagem 53 - Terreno desocupados;
Imagem 54- Delimitação da área desocupada;
Imagem 55- Blocos da ocupação extrudados;
Imagem 56- Ajustes necessários para o gabarito;
Imagem 57- Volumetria final;
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O bloco dos consultórios surgiu visto que atualmente os pacientes que vão para consulta e os pacientes que estão em tratamento, não tem fluxos separados. Portando todos os consultórios dos hospitais foram retirados criando a lâmina com face para a Rua Botucatu alinhada com o fim da construção vizinha, delimitando a praça central. Entende-se que o apoio extra-hospitalar é de suma importância para possibilitar o acesso, a ininterrupção e o êxito do tratamento médico às populações em situação de risco social. Desta forma, as Casas de Apoio são habitações temporárias que abrigam pacientes e acompanhantes que não possuem familiares na cidade onde o hospital se encontra, tampouco condições para custear tratamento e estadia. Contudo, ao expandir a quantidade de crianças e adolescentes atendidos, a lista de espera da Casa de Apoio Ronald McDonald, que atende majoritariamente pacientes do GRAACC, tende a crescer ainda mais, portanto projetou-se um edifício com duas tipologias de habitações. A Tipologia 01 abriga paciente e acompanhante, enquanto que a
Habitação Tipologia 01
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Tipologia 02 abriga pacientes de transplante de medula óssea e acompanhante. Para garantir fluidez da quadra foi projetada a Rua de Pedestres que consiste em grandes platôs que além de coincidirem com os patamares da rampa projetada na lateral, possibilita a construção de barracas temporárias para feiras. A Rua possui também escadarias para fluxo rápido e ininterrupto, e degraus com espelhos maiores para que o transeunte possa sentar e permanecer. Pensando em atrair mais público o segundo bazar e uma pequena oficina de artesanato dos voluntários foram colocadas nos platôs da nova rua, além da biblioteca instalada no prédio das habitações.
Habitação Tipologia 02
Painéis compostos por ripas de madeira
Policarbonato alveolar
Treliça com fechamentos alternados em drywall Imagem 58 - Esquema de implantação e materialidade das fachadas
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1.RESTAURANTE 2.COZINHA 3.SANITÁRIOS 4.ADMINISTRAÇÃO RESTAURANTE 5.RECEPÇÃO ANEXO 6.ÁREA EXTERNA FUNCIONÁRIOS 7.ÁREA EXTERNA PÚBLICO 8.ÁREA PARA ESTUDO 9.ESTANTES 10.OFICINA VOLUNTARIADO 11.RUA DE PEDESTRES
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3.SANITÁRIOS 11.RUA DE PEDESTRES 12.PRAÇA CENTRAL 13.CONSULTÓRIOS 14.MEDICINA DO TRABALHO 15.STAFF MÉDICO 16.RECEPÇÃO CASA DE APOIO 17.RECEPÇÃO BIBLIOTECA 18.BAZAR EXTENSÃO
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2.COZINHA 3.SANITÁRIOS 19.REFEITÓRIO 20.PÁTIO EXTERNO 21.ADMINISTRATIVO OPEN SPACE 22.COPA 23.SALA DE REUNIÃO 24.GERÊNCIA 25.TELEFONIA
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3.SANITÁRIOS 21.ADMINISTRATIVO OPEN SPACE 22.COPA 23.SALA DE REUNIÃO 24.GERÊNCIA 26.LAVANDERIA 27.HABITAÇÃO TIPO 01
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3.SANITÁRIOS 21.ADMINISTRATIVO OPEN SPACE 23.SALA DE REUNIÃO 27.HABITAÇÃO TIPO 01 28.HABITAÇÃO TIPO 02 29.ESTOQUE
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3.SANITÁRIOS 21.ADMINISTRATIVO OPEN SPACE 27.HABITAÇÃO TIPO 01 28.HABITAÇÃO TIPO 02 29.ESTOQUE
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3.SANITÁRIOS 21.ADMINISTRATIVO OPEN SPACE 30.SUPERINTENDÊNCIA 27.HABITAÇÃO TIPO 01 28.HABITAÇÃO TIPO 02
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3.SANITÁRIOS 21.ADMINISTRATIVO OPEN SPACE 30.SUPERINTENDÊNCIA 31.SALA DE CINEMA 32.SALA DE JOGOS 33.ÁREA DE ATIVIDADES 34.ASSISTÊNCIA SOCIAL 35.VOLUNTARIADO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O projeto final concebido para a ampliação do GRAACC enfrentou desafios, de início a proposta era projetar um prédio com habitações temporárias para os pacientes, porém ao decidir ocupar o lote vizinho, os edifícios do hospital tornaramse protagonistas fazendo com que o rumo do presente trabalho mudasse, visto que as necessidades urgentes da instituição são outras. O desenvolvimento e resultados foram enriquecedores, dado que foram enfrentadas questões tanto de escala urbana, quanto arquitetônica. Desta forma o projeto visa ampliar as dependências de uma instituição consolidada, considerando fluxos, programa existente e conexão com o meio urbano de forma que espaços públicos e privados estejam integrados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ARQUITETOS, Aflalo Gasperini. GRAACC. Disponível em: <https://aflalogasperini.com. br/blog/project/graacc/>. Acesso em: 10 de março de 2018. DELAQUA, Victor. Ladeira da Barroquinha/Metro Arquitetos Associados. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/781582/ladeira-da-barroquinha-metro-arquitetosassociados>. Acesso em: 14 de agosto de 2018. GUERRA, Abilio. Quadra aberta: uma tipologia urbana rara em São Paulo. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.124/3819>. Acesso em: 10 de julho de 2018. GRAACC. Quem somos. Disponível em: <https://graacc.org.br/quemsomos/>. Acesso em: 04 de abril de 2018. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. 296 p. MEURON, Herzog & De. 149 Rue de Suisses Apartment Biuldings. Disponível em: <https://www.herzogdemeuron.com/index/projects/complete-works/126-150/149rue-des-suisses-apartment-buildings.html>. Acesso em: 19 de abril de 2018.
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