ISABELLA SOARES GARCIA
URBANIZAÇÃO DA FAVELA GUIAN
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como exigência parcial para a conclusão do curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Prof. Ms. Rita Canutti
SÃO PAULO
2018
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida, pela força e sabedoria. Agradeço aos meus pais e minha irmã por serem a base de tudo, pelo apoio durante esses 5 longos anos, amor, carinho e conforto, sem eles eu não conseguiria. A minha orientadora, que além de professora, tornou-se amiga, por toda a paciência e conteúdo que me passou, por me conduzir nos caminhos certos, sempre me questionar e mostrar do que eu era capaz, Ao meu namorado Pedro, por toda paciência e dedicação que teve comigo durante todo esse ano, pelos abraços e apoio nas horas de desespero. Por fim, aos meus amigos, que entenderam as dificuldades desse ano letivo e mesmo assim estiveram sempre presentes.
Muito obrigada!
RESUMO O presente trabalho analisa as primeiras mudanças ocorridas com a criação da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, como se deu o processo de ocupação da área abrangida, os impactos ambientais, e a atual situação dos assentamentos precários. O local escolhido para área de estudo está localizado no distrito do Jabaquara, é conhecido como Favela Guian, a qual encontra-se em condições vulneráveis, principalmente por estar instalada as margens do Córrego Água Espraiada, uma área que possui riscos geológicos. A proposta para o projeto referese à urbanização da área de estudo, procura
resolver
os
problemas
ambientais, a remoção de moradias que se encontram em situações precárias, como a falta de infraestrutura urbana, sem acesso ao viário oficial, riscos de solapamento, e o reassentamento das mesmas, propondo novas Habitações de Interesse Social e a canalização do córrego, e ofertando melhorias nas áreas para lazer. Palavras-chave:
Operação
Urbana,
ocupação irregular, Jabaquara, córrego, infraestrutura, lazer.
O distrito do Jabaquara conta com
Deve-se
deixar
de
lado
o
uma boa oferta de infraestrutura viária,
pensamento onde favela é uma coisa,
possui o Terminal Rodoviário, o Terminal
bairro outra, não se faz necessário a
Intermunicipal e duas estações da linha 1-
segregação e exclusão. A mesma está
Azul do metrô. No entanto, passou por
inserida no meio urbano, e tem o direito
muitas transformações desde a criação da
da cidade e moradia. O número elevado
primeira
Urbana
de moradores de favelas mostra a real
Consorciada Água Espraiada, o que antes
situação de que é necessário intervir,
seriam projetos de intervenções pontuais
urbanizar e requalificar a área precária.
Lei
da
Operação
para determinadas áreas, acabou por afetar uma boa parte da região.
O desenvolvimento desse trabalho intensifica a importância em que o
Grandes áreas foram removidas
Arquiteto e Urbanista tem sobre a cidade,
pelo DER, e após muitas complicações,
inserir a favela de forma legal no tecido
acabaram abandonadas sem nenhum tipo
urbano.
de fiscalização pública. Assim, atraíram a
consequência positivas para toda a região,
população de baixa renda, procurando
oferecer iluminação pública aumenta a
por terra barata, e diversos imigrantes
segurança, melhorar e asfaltar o viário,
vindos de outras regiões do Brasil para o
oferece melhor passeio público a todos,
distrito do Jabaquara, o qual ocasionou
inclusive aos que possuem mobilidade
em milhares de famílias ocupando as
reduzida, inserir áreas verdes e de lazer,
margens do Córrego Água Espraiada.
melhora a qualidade de vida de todos.
Urbanizar
uma
favela
traz
Atualmente, a presença das favelas
Sendo assim, foi eleita como área
vem se fortalecendo cada vez mais, pois
de estudo uma das favelas que se
as famílias não têm alternativas além de se
encontram na área atuação da OUC, para
instalar em áreas de APP, onde há falta de
proposta de um projeto urbanístico.
políticas públicas e fiscalizações. Até o momento,
apenas
algumas
favelas
passaram por processos de urbanização ou remoção, são poucos os projetos de HIS construídos e a região ainda tem 20% do seu território ocupado pelas moradias irregulares. 2
A escolha do tema destaca-se primeiramente, pela necessidade reflexiva da presença das favelas na cidade, e suas diferentes formas de se formar a paisagem urbana. A mesma surge através de uma arquitetura singular, a única alternativa de moradia, da terra barata, e seu próprio tipo de construção, das quais provem apenas das mínimas necessidades para sobreviver, que possuem características peculiares, uma arquitetura desprovida de um arquiteto, diferente de uma estética de moradia tradicional. O lugar possui valor cultural e social, oferece uma bagagem de relatos vividos e das relações pessoais de cada morador, seja com a família, vizinhança, ou pelo seu próprio barraco. Será possível urbanizar uma área sem que haja grandes transformações, ou até mesmo propor habitações
e
infraestrutura
urbana
preservando sua identidade original, sem tirar a favela do favelado?
As favelas são exemplo da força da consciência da população sobre a necessidade de habitar uma cidade seja como for. (Paulo Mendes da Rocha, 2014) 4
Os
assentamentos
encontrados dispostos
em
loteamentos características
nas
precários
metrópoles
cortiços,
favelas
irregulares, de
são
precariedade
e
com na
habitação, irregularidades, áreas de risco, sem infraestrutura urbana e excluídos da sociedade; contudo, os mesmos surgiram pela dificuldade da posse de terra, refletindo nas condições econômicas e sociais.
valorização dos escritórios de engenharia e crescimento das imobiliárias. O BNH, até o momento de sua extinção, foi considerado o melhor agente de verticalização urbana do país. Contudo, o Banco oferecia crédito aos construtores, permitindo encurtar o ciclo do capital e reduzir os custos e o tempo. E em 1970, a economia do país encontrase em situações complicadas, e as elevadas complicações financeiras, fazem
O ano de 1950 é marcado pelo
com que o BNH mude sua estratégia e
processo de expansão das favelas nas
assim elitizaram o atendimento, e como
principais cidades. E assim em 1960,
a população de baixa renda não possuía
surgem algumas ações para melhorar
condição
questões urbanísticas pontuais.
excluída do atendimento; desta forma o
No período militar, foi criado o Plano Nacional de Habitação e o BNH – Banco Nacional de Habitação, pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, onde o banco deveria ser o financiador de política que promovia a construção da casa própria, com foco em classes de menor renda, ocasionando na ampliação de oportunidades de emprego. Foi criado pela mesma lei o SFH – Sistema Financeiro da Habitação tinha como
financeira
suficiente,
foi
Banco continua investindo em grandes obras de infraestrutura urbana, devido a aplicação
de
seus
recursos
para
financiamento dos governos estaduais e municipais. E na segunda metade da década de 1970, o BNH retoma a ideia de atender a população de baixa renda, contudo, a classe baixa já havia sido excluída antes e as habitações já tratadas como mercadoria a ser comercializada em moldes capitalistas.
objetivo captar os recursos para a área
Em dezembro de 1986 o Banco
habitacional. Com todas essas propostas,
Nacional de Habitação é extinto, o
houve um crescimento na economia, pois
presidente José Sarney transferiu a função
houve estimulo a poupança, incentivo na
de coordenador do SFH para a Caixa
indústria de material de construção,
Econômica Federal. 6
As prefeituras foram as pioneiras nos
processos
de
urbanizações
das
removida, foi reassentada nos conjuntos habitacionais nas periferias.
favelas, onde nos anos de 1960 até 1980 a favela era vista como um grande problema, onde a melhor solução seria uma limpeza geral, assim ocorreram muitas remoções e as famílias realocadas para habitações numa periferia distante. O problema da favela era visto de forma negativa,
onde
pretendiam
livrar-se
delas, principalmente as que estavam situadas em área de interesse imobiliário.
Em 1986, foi aprovada a Lei do Desfavelamento
(Lei
de
Operações
Interligadas), o qual propõe a construção de HIS – Habitação de Interesse Social para os moradores das áreas subnormais, onde
ofereciam
aos
promotores
imobiliários a construção para moradia dos moradores da favela em troca da ampliação
do
direito
de
construir;
contudo, não houve muito avanço na
Durante a gestão de Mario Covas
construção das HIS, onde seria possível
(1983-1985), houve movimentos a favor
urbanizar as favelas das cidades, mas ao
da moradia, pedindo por saneamento
menos removeram as famílias em área de
básico,
risco.
e
assim
foram
implantadas
medidas para urbanização de favelas e tornou-se presente novas ações para devidas melhorias e a elaboração do projeto de Lei para a Concessão de Direito Real de Uso.
Considerada uma conquista pela luta da reforma urbana quando o Estatuto da Cidade da Constituição Federal de 1988 incluiu a política urbana, trazendo aos municípios os instrumentos
A prefeitura elaborou um Plano
urbanísticos
para
os
assentamentos
Habitacional em 1984, onde as famílias
precários, relacionando ao direito à
com até 3 salários mínimos teriam um
cidade e à cidadania, gestão urbana pela
tratamento diferente, foi proposto um
democracia participativa e a função
programa de melhorias e urbanização
social da cidade.
das favelas.
E apenas em 1990 que começa a
O projeto de Lei para a Concessão
surgir um novo cenário, uma nova forma
de Direito Real de Uso foi arquivado e
de urbanizar os assentamentos precários,
assim
para
onde todo o processo começa a ser
remoções das favelas. A população
realizado de maneira mais correta,
aumentaram
as
ações
7
contando com diagnósticos e planos para
a comunidade. Foi criado um grupo
o
executivo de urbanização de favelas
setor,
valorização
do
projeto,
alcançando aos poucos os municípios. Foi
criado
o
programa
(GEU-FAVELAS) para elaborar políticas de
Habitação de Interesse social na gestão
funcionais
de
intervenções
os
devidos
assentamentos.
da Luiza Erundina (1989-1991), um conjunto
para
Nos anos seguintes, todas as obras
para
de pequeno porte foram paralisadas,
regularização física e fundiária, utilizando
apenas as de grande porte, com recursos
instrumentos jurídicos como a Concessão
internacionais ou com parcerias com o
de Direito Real de Uso.
Estado, continuaram, como o PROVER –
Houveram quatro subprogramas que atendiam a população, obras de grande
porte
popular,
o
voltadas FUNAPS
a -
habitação Fundo
Programa
de
Verticalização
e
Urbanização de Favelas e o PROCAV – Programa de Canalização de Córregos.
de
O PROVER, conhecido como
Atendimento à População Moradora em
Cingapura, é a construção de conjuntos
Habitação, fundo que melhorava as
habitacionais para atender a demanda
condições
a
necessária das urbanizações de favelas,
população com renda de até 5 salários
através da Lei do Desfavelamento e
mínimos, onde os moradores das favelas
do
se
Desenvolvimento.
habitacionais
organizavam
para
para
obras
de
infraestrutura e a construção de unidades habitacionais para obter a demanda provocada
pelos
processos
de
urbanização; e obras de pequeno porte. A SEHAB – Secretaria Municipal de Habitação
organizou
14
escritórios
regionais contando com engenheiros, arquitetos e serviços sociais, o que foi possível o crescimento do programa de habitação.
Os
fóruns
recebiam
a
demanda da área e criavam relações com
Banco
Interamericano
de
Na gestão de Marta Suplicy, tentou
retomar
habitacionais
criados
os
programas
na
gestão
da
Erundina, o Morar Perto e o Bairro Legal. O
programa
Morar
Perto
buscava construir habitações melhor localizadas, próximas a centralidades regionais; o Bairro Legal tinha como proposta
requalificar
áreas
onde
apresentassem precarização urbana e habitacional. 8
Passava-se
por
um
momento
inédito do Estatuto da Cidade (2001) e a
reais, facilitar as condições de acesso ao imóvel.
aprovação do Plano Diretor Estratégico (2002).
Este
novo
zoneamento
apresentava a novidade das ZEIS – Zona Especiais de Interesse Social, o que se tornou importante para a favela, pois classificada como ZEIS, a mesma recebia um marco legal para sua regularização e/ou urbanização. Em 2003, o governo federal, apoiado no Estatuto da cidade, iniciam novas ferramentas de planejamento para auxiliar nas políticas urbanas. Foi criado o Ministério das Cidades, e assim, o país passou a ter um órgão responsável pelo desenvolvimento urbano. Ampliaram os avanços nas áreas de planejamento urbano, elaboração de planos diretos para cada município e planos setoriais. Na gestão de Gilberto Kassab (2006-2008), conseguiu grandes recursos vindos do governo federal e maior apoio da
CDHU
–
Companhia
de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano para os programas de urbanização.
Em 2011, A SEHAB lançou um Concurso Público Nacional RENOVA SP (Requalificação Urbana e Habitação de Interesse Social) para contratação de escritórios
de
arquitetura
para
desenvolvimento de projetos para 22 perímetros. As premissas eram a implantação de infraestrutura básica, abertura de novas vias e adequação no viário existente,
eliminação
de
riscos
geotécnicos, canalização de córregos, implementação de parque linear, cumprir com as necessidades causando menor impacto possível, implantar áreas de lazer,
reassentar
todas
as
famílias
removidas. Atualmente existe o programa de urbanização de favelas, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Habitação, com intuito de promover a urbanização e
regularização
degradadas.
fundiária Essa
de
proposta
áreas é
indispensável para a favela, pois é
Em 2009, foi criado o programa
fundamental inserir a população na
Minha Casa Minha Vida, onde o governo
cidade. As premissas do programa são a
ajuda a adquirir a casa própria para as
implantação de rede de água e esgoto,
famílias com renda até 1.600 reais e as
execução de drenagem de águas pluviais
famílias
e córregos, melhorias viárias, eliminar as
com
renda
de
até
5.000
9
áreas de riscos, recuperação ambiental e
assim continua sendo chamada de favela
paisagística, iluminação pública, áreas de
de Heliópolis, existe um bloqueio nessas
lazer
relações.
e
centros
comunitários,
É
possível
romper
esse
reassentamento de famílias que sofreram
preconceito, ruas devem ter cadastros na
remoções,
unidades
prefeitura, o caminhão de lixo da
habitacionais, acompanhamento social,
prefeitura, não um especial para aquela
educação
área, todo mundo recebe o carne do
as
novas
ambiental
e
regularização
IPTU, ainda que seja isento, existem
fundiária.
regras de uso e ocupação do solo, mostrando aonde pode haver residências 3.1.
Urbanizar, uma premissa do
ou comércios, o gabarito máximo,
reconhecimento da posse Segundo
Ermínia
acredita Maricato,
a
favela é a relação ilegal do morador com a terra, por ela não ser legalmente sua,
que
administrativa
a e
regularização
patrimonial
está
bloqueada, e ela é quem precisa avançar, isso vai mostrar grande diferença.
por torna-se uma área invadida. Optar
A melhor opção seria remover os
por morar na favela é a alternativa mais
moradores das áreas ambientalmente
comum da maior parta da população de
frágeis e reassenta-los num lugar melhor,
baixa renda, e foi essa a solução que o
mas os altos números de famílias
Brasil ofereceu para os grande parte dos
moradoras de favelas mostram que isso
moradores das grandes cidades. Essa
não é possível.
população se formou sem considerar leis, sem acesso a recursos financeiros e técnicos.
Depois de muito esforço para reconhecer essa situação, o Estado deixa de lado a ideia de remoção, para as
Raquel Rolnik é a favor do
propostas de urbanização da área. Isso
rompimento do pensamento em que
ganha força quando os governos dos
existe a favela e o bairro, ambos devem
anos 80 começam a observar que as
fazer parte da cidade e serem uma coisa
urbanizações são mais viáveis, mais
só. Usa de exemplo Heliópolis, favela
econômicas e atendem a urgência da
caracterizada pela sua dimensão, lugar
situação. As ações que a urbanização
que já foi objeto de muito trabalho
pede são mínimas, iluminação, água
social, produção habitacional, e ainda
tratada, rede de esgoto e drenagem, 10
coleta
de lixo,
circulação
viária e
eliminação dos riscos de vida.
extrema importância que as famílias
O foco principal da urbanização não é a moradia, mas o ambiente urbanizado. A família investe ao máximo na construção de sua casa, mas depende apenas do Estado oferecer infraestrutura urbana e equipamentos coletivos. Depois que acontecem as obras da urbanização, é frequente que os moradores invistam mais em suas casas, interiores ou até mesmo
nas
fachadas,
possuem
um
sentimento melhor de segurança, e a elevação
da
autoestima
é
de alguns assentamentos, e assim, é de
notável.
Contudo, pode vir a acontecer situações
sejam reassentadas no mesmo lugar, ou o mais próximo possível, para não perder a relação com a vizinhança, escola e empregos próximos, fazer o possível para não perder sua identidade local.As áreas públicas são importantes no programa da urbanização, pois grande parte dos parques e áreas verdes dos bairros, foram ocupados pelas favelas, ficando sem nenhuma área livre e de lazer. Este fato ocasiona no rebaixamento da qualidade de vida. Deve
ser
realizado
negativas também, como o abandono do
levantamento
poder
das
econômico e social para propor as
construções, novas ocupações irregulares
diretrizes da intervenção de forma
nas vias e áreas públicas, amontoamento
correta.
público,
depredação
geotécnico,
um
ambiental,
de lixo, mas isso pode ser previsto pelo Estado. Existem
as
favelas
que
não
possuem características físicas que a permitem ser urbanizadas, como riscos geológicos
e
áreas
ambientalmente
frágeis. E também as situações onde são raras as obras de urbanização em que não seja necessário nenhum tipo de remoção dos moradores, às vezes a implantação de saneamento básico exige a remoção
11
A
OUC
–
Operação
Urbana
Consorciada – foi criada pela Lei 13.260 em
28
de
A mesma conta com a participação
Lei
direta do poder público e iniciativas
15.416/2011. Foi a primeira Operação
privadas. Os recursos utilizados para as
Urbana a seguir o Estatuto da Cidade,
obras
com isso, a primeira a ser aprovada. Com
(Certificados de Potencial Adicional de
a aprovação do Plano Diretor, o mesmo
Construção),
consolidou as Operações Urbanas e
forma de pagamento de uma outorga de
definiu as áreas de interesse.
direito adicional de construção, dentro da
alterada
de
Berrini.
2001,
posteriormente
dezembro
Chucri Zaidan, Marginal Pinheiros e
pela
vêm
através
do
CEPAC
valor imobiliário como
A Operação estabelece reformas
área da OUC; de recursos da Prefeitura de
urbanísticas de cada área determinada,
São Paulo e do Governo do Estado de São
cada uma com uma legislação específica,
Paulo.
das quais estabelecem metas a serem cumpridas.
O
FUNDURB
(Fundo
de
Desenvolvimento Urbano) é o órgão que
Tem o interesse de promover
determina a destinação dos recursos
transformações na área de influência do
obtidos pela outorga onerosa, através do
córrego Água Espraiada, nas regiões de
Decreto nº 57.547/2016.
Americanópolis,
Jabaquara,
Brooklin,
13
4.1.
Mudanças com a aprovação
da OUC – Produção habitacional
Rua
das
Corruíras,
apartamentos;
a
com
Estevão
244 Baião,
localizado na Avenida Washington Luis, A
OUCAE
foi
aprovada
em
com 300 apartamentos.
dezembro de 2001, gestão da prefeita Marta Suplicy (PT – 2001 à 2004), após a criação do Estatuto da Cidade. As
4.2.
Situação dos assentamentos
precários no Jabaquara
principais diretrizes eram os atendimentos Em 2010, 29.814 moradores são
sociais a população residente das favelas, sendo
residentes em favelas, ocupam 19% do
necessário que as mesmas se unissem e os
território, encontram-se em estado de
líderes lutassem pelo direito a moradia;
observação. As condições são precárias,
outra diretriz era a melhoria do sistema
8,3%
viário, com o prolongamento a avenida
conectados à rede de esgoto, e 1% à de
até a Rodovia dos Imigrantes através de
água, segundo IBGE.
contudo
não
foi
suficiente,
um túnel que passaria sob as favelas. Assim, estavam inclusas propostas de melhoria
no
transporte
coletivo,
construção de habitação social e criação de espaços públicos e de lazer. Foram definidas 26 Zeis – Zonas de Interesse Social para a construção das Habitações de Interesse Social, mas até hoje
apenas
algumas
HIS
foram
efetivadas, como o Jardim Edite com 252 apartamentos, localizado na Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini; conjunto Gutemberg com 19 unidades e Conjunto
Corruíras, o qual abrigou a favela do terreno ao lado, Nova Minas Gerais na
domicílios
não
estão
Existem casas construídas como barracos, as quais usam materiais mais fáceis de encontrar, como madeira, isopor, papelão; aquelas construídas com palafitas,
utilizam
madeiras
e
ficam
suspensas em cima dos córregos, e as que apresentam uma condição melhor que outras são construídas com alvenaria, conhecidas pelos famosos “puxadinhos”, onde cada vez que aumenta a família, é construído mais um andar sobre o já existente. Nem todas as moradias tem acesso
Iguaçu com 19 unidades também para demanda da favela Jardim Edite; o
dos
ao viário, existem muitas das quais ainda precisam atravessar vielas, ou curtos caminhos para ter acesso à entrada de casa. 14
Muitas se encontram em áreas de risco
geológico,
por
construção de novas Habitações de
solapamento e escorregamento. Em 2013
Interesse Social para os moradores das
e
favelas atingidas pelas intervenções:
2014,
houve
classificadas
públicos com tratamento paisagístico e
ocorrência
de
15
alagamentos e pontos de inundações,
a)
onde muitos moradores perderam casas
ocupam áreas irregulares e de risco, junto
ou aparelhos domésticos. (SCGE. Sistema
ao córrego Água Espraiada.
de ocorrências; SMSP)
b)
Cada
favela
possui
um
representante, conhecido como líder da associação, é ele quem luta diretamente pelos direitos dos moradores, participa de reuniões diretas com a prefeitura.
Reassentamento das famílias que
Conclusão
e
adequação
da
Avenida Água Espraiada, melhorando o sistema viário. E implantação de uma nova estrutura viária de uso local c)
Implantação
Habitação
de
de
unidades
Interesse
de
Social,
melhoramentos e reurbanização para a população atingida.
4.3.
Propostas da OUCAE para
o setor Jabaquara
d)
verdes e espaços públicos. e)
As
propostas
urbanísticas
da
Operação Urbana no setor Jabaquara são urbana,
serviços,
meio
ambiente e lazer, e estão descritas na LEI Nº 13.260 de 28 de dezembro de 2001 e posteriormente alterada pela LEI N° 15.416/2011, são elas: Seção II – Do Programa de Intervenções. Art. 3º. As intervenções têm como objetivo a complementação do sistema viário e de transportes, priorizando o transporte coletivo, a oferta de espaços
Implantação de um parque linear
ao longo do córrego Jabaquara – Via Parque. Abrangendo a área de 13 favelas.
para melhorias nas áreas de habitação, mobilidade
Implantação de sistemas de áreas
Art. 5º.
Limitações específicas
estabelecidas nas seguintes diretrizes para os lotes: a)
Faixa suplementar de adequação
viária para a implantação de área pública de circulação e acessibilidade; b)
Faixa
de
2
metros
para
alargamento da calçada; c)
Lote mínimo de 1.000 m2, com
frente mínima de 16 metros a)
Taxa de ocupação máxima de
0,50; 15
b)
Coeficiente
de
aproveitamento
máximo de 4,0; c)
Recuos mínimos:
d)
Frente = 5 metros, contados a
partir das faixas definidas nas alíneas ‘a’ e ‘b’ desse inciso; e)
Lateral = 3 metros, contados a
partir da faixa definida na alínea ‘b’, ou contados da divisa com outro lote; f)
Fundo = 5 metros, contados a
partir da faixa definida na alínea ‘b’, ou contados da divisa com outro lote. g)
Gabarito: sem limite As propostas das intervenções
urbanísticas
afetam
diretamente
15
comunidades do Jabaquara, são elas a Arco Verde, Rocinha Paulista, Beira Rio, Alba, Souza Dantas, Babilônia, Henrique Mindlin, Taquaritiba, Vietnã, Nova Minas Gerais, Guian Corruíras, Ponte da Fonte São Bento, Americanópolis, Muzambinho e Imigrantes. A comunidade Nova Minas Gerais sofreu processo de urbanização e em 2013 os moradores foram removidos para o terreno ao lado, onde foi construído o Conjunto Corruíras. Ao todo, 8,5 mil famílias serão afetadas pela Operação Urbana Água Espraiada.
16
população
são
jovens,
13,3%
da
participação de idosos, segundo dados do IBGE. É
caracterizada
por
alta
precariedade urbana, sofreu pressões das ocupações
urbanas.
considerável (9,75%).
E
taxa
Apresenta
uma
de vulnerabilidade
19,8%
dos
domicílios
encontram-se em favelas. Possui 70% de usos residenciais, e segundo o PDE, 13,5% do território está demarcado com área de Encontra-se na região Centro-Sul, Subprefeitura do Jabaquara, com apenas
ZEIS, sendo 7,4% como ZEIS 1 e 5,8% como ZEIS 3.
um distrito. Está localizado entre as cidades Santo Amaro, Vila Mariana, Ipiranga, Cidade Ademar e o distrito de Diadema.
A principal atividade que gera lucros para o Jabaquara são os serviços financeiros, o qual oferece um terço de emprego para a população; em segundo
Dentro de duas Macroáreas, a de Estruturação Metropolitana, a qual refere-
são
as
atividades
relacionadas
ao
transporte e comunicação, depois as de
se a um território estratégico que possui instrumentos transformações,
específicos como
a
para Operação
Urbana Consorciada; e a Macroárea de Qualificação da Urbanização, onde tem como
diretriz
melhorar
questões
urbanísticas e otimizar o aproveitamento das terras urbanas com boas ofertas de
serviços,
os
equipamentos
e
infraestruturas urbanas. Possui 14,10km², com população de 223.780 habitantes e densidade demográfica de 15.871 hab/km². E quanto às classificações de faixa etária, 19% da 18
serviços técnico-administrativos e por último os comércios varejistas.
A hidrografia do distrito é marcada por três bacias hidrográficas, a Bacia
Quanto aos equipamentos, dispõe
Córrego Cordeiro,
a
Córrego Água
de 20 unidades de saúde distribuídas pela
Espraiada e Córrego Ipiranga. Marcada
região,
Hospital
pelo principal Córrego Água Espraiada, o
Municipal Dr. Artur Ribeiro Saboya e Vila
qual nasce no Jabaquara e deságua no rio
Santa Catarina.
Pinheiros.
destacando-se
Em
relação
aos
o
equipamentos
educacionais, contam com 82 unidades, são eles creches, CEU, escolas municipais de
educação
infantil
e
ensino
fundamental, escolas particulares, grupos de movimento a alfabetização entre jovens e adultos, e centros para crianças e adolescentes. O principal destino dos moradores do Jabaquara são o próprio distrito e em segundo a Vila Mariana. Os modos de locomoção estão em 36,1% coletivos, a pé em 34,5% e individual 29,1%, segundo dados do Metrô, Pesquisa Origem e Destino, 2007. A mobilidade urbana da região é disposta de duas linhas de metrô, a estação Conceição e Jabaquara da linha 1Azul,
o
Terminal
Intermunicipal
de
ônibus, o Terminal Rodoviário e a futura linha 17-Ouro do monotrilho. Assim, a prefeitura regional é responsável por 13,4% de viário estrutural e 0,3% de ciclovias.
19
6.1.
Arruda Pereira em 1,5 km, a Rodovia dos
Inserção urbana
Imigrantes em 4,3km. A área de estudo, Favela Guian,
Possui boa oferta de transporte
encontra-se no distrito do Jabaquara, no
coletivo. O Terminal Rodoviário do
bairro Vila Campestre, na zona centro-sul
Jabaquara
do município, entre a Rua das Corruíras e
Jabaquara (Linha 1-Azul) estão a 1,4km de
Rua Rosália de Castro.
distância da área de estudo. A Estação
Dentro do perímetro da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, sobre
o
Córrego
Compreende
uma
Água
Espraiada.
área
total
de
Os bairros vizinhos são Jardim Cidade
a
Estação
do
Metrô
Conceição (Linha 1-Azul) está a 2,4 km da favela. Quanto aos pontos de ônibus, há em média de 5 a 8 linhas de ônibus que passam por cada um, e os mesmos
19555,67m². Oriental,
e
Domitila,
Vila
atendem a demanda da área.
do
Encontro e a Vila Santa Catarina.
É uma área de fácil acesso, pois está localizada próximo às avenidas que dão acesso rápido a toda Grande São Paulo como a Av. Cupece à 2,4 km, a Av. Pedro Bueno em 3 km, a Av. Eng. Armando de 21
22
6.2.
Histórico da ocupação
chegar na situação em que se encontra atualmente.
As Água
margens
Espraiada
do
sofreram
Córrego intensas
transformações. Há 60 anos, o local era um fundo de vale, possuía chácaras e pequenas casas com o riacho, o qual ainda era limpo. Em 1964, o prefeito Prestes Maia sancionou a Lei N° 6591, que diz respeito a um plano de abertura da Avenida Água Espraiada, onde uma nova avenida ligaria a Marginal Pinheiros ao Jabaquara e seria
6.3.
Dados socioeconômicos
6.3.1.
Densidade demográfica e
IPVS No ano de 2011, a Secretaria Municipal
de
Habitação,
SEHAB,
contratou o cadastro dos imóveis da região do Jabaquara, e a favela Guian constou um total de 239 residências, sendo 227 famílias e 735 pessoas.
construída as margens do Córrego Água Espraiada. Em 1970 os terrenos foram desapropriados pelo DER - Departamento de Estradas e Rodagem. Este plano de abertura sofreu diversas modificações, e por fim as obras foram paralisadas e surgem as primeiras ocupações. Os terrenos abandonados tornam-se alvos para as famílias de baixa renda e também aos imigrantes vindos do interior de São Paulo, Minas Gerais e da região do Nordeste. As áreas desapropriadas possuem condições das habitações em situações
Segundo censo IBGE 2010, a
extremamente precárias. Com isso, a
densidade demográfica da área é de
opção pela terra barata e a falta de
105.008 hab/ha. Isso é reflexo das
fiscalização fez com que houvesse uma
ocupações irregulares que o Jabaquara
ocupação irregular desenfreada e até
sofreu, onde não houve alternativa além
23
de habitar em áreas abandonadas, ou
6.3.2.
Renda
margens de córregos, devido à terra barata. E devido à falta de adequadas Políticas Públicas, esses valores vêm subindo cada vez mais. Quanto ao Índice Paulista de Vulnerabilidade
Social,
a
área
é
classificada como vulnerabilidade muito alta (nível 6), devido às condições extremamente através
da
precárias, identificação
classificada da
área,
localização espacial e nível de pobreza.
A renda média da área é baixa devido os processos da OUCAE, onde as desapropriações
causaram
efeitos
negativos. Existe um desinteresse pela região, onde apenas os moradores de baixa classe social optam por essa alternativa. Segundo mapa/dados do IBGE de 2010, a renda média da área varia de 400 a 1600 reais.
24
6.4.
Uso e ocupação do solo
A
região
possui
maior
borracharia, lava rápido, serralheria, casas
uso
de show, estúdio de tatuagem, e outros.
residencial e as moradias variam de classes muito baixas, onde está a favela Guian, até classe média alta, casas de alto padrão e condomínios fechados. Há
escolas
municipais
e
particulares próximas a área de estudo. UBS e o Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya a menos de 500m de distância. Sem
áreas
verdes
na
região
próxima da favela, apenas terrenos abandonados e mal cuidados, onde antigamente
ocupavam
fábricas
que
atualmente não funcionam mais. Ao norte, o Terminal Rodoviário, o qual conta com 24 plataformas num todo.
Possui
lojas
de
conveniência,
lanchonetes e caixa eletrônicos do Itaú, Santander, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil e Banco 24 horas. Ao terreno vizinho, a estação Jabaquara e Terminal Intermunicipal. A
oeste,
ocupado
pelo
um
grande
terreno
estacionamento
da
Empresa Viação Ultra, a qual está localizada próximo ao metrô. Os comércios e serviços locais variam
de
mercados
e
mercearias,
farmácias, padarias, bares, restaurantes e lanchonetes,
venda
de
sucata, 25
26
6.5 Caracterização da área de intervenção 6.5.1.
Não existe coleta
de lixo
e
nenhuma ação, além dos moradores, para evitar essas situações. Assim, ocasionam
Infraestrutura urbana
no
descarte
de
lixo,
materiais
de
construção, restos de comida, em terrenos Na região da favela Guian, o Córrego
Água
Espraiada
não
é
canalizado, e suas margens possuem moradias postas sobre palafitas. Isso ocasiona na dificuldade da coleta de esgoto e tratamento da água.
abandonados e em frente a outras moradias. As
ruas
possuem
iluminação
pública, contudo, não são totalmente acessíveis, além das calçadas que não são possíveis de circular e os moradores precisam caminhar pelas ruas e avenidas. Há buracos, poste de iluminação no meio do caminho, e pequeno espaço, como vielas, para percorrer.
Há relatos dos moradores de vazamentos da rede de esgoto, onde, além do mau cheiro, ocasiona em água acumulada fazendo com que o asfalto ceda, surgindo novos buracos na via.
Pontes
criadas
pelos
próprios
moradores para atravessar o córrego, possibilitando chegar às moradias sem acesso ao viário oficial, contudo, nem
27
todos os moradores podem atravessar, pois a mesma não é acessível, muito menos segura. 6.5.2. Condicionantes ambientais
A margem do Córrego Água Espraiada possui problema geológico, as moradias da Guian estão numa área de solapamento (r3 – risco alto). A alternativa encontrada pelos moradores foi fechar a Rua Guian aos domingos para lazer, assim as crianças têm a possibilidade de brincar de uma forma menos perigosa.
A favela não possui área para lazer, crianças encontram-se para brincar nas pequenas calçadas, ocupando as vias, por dentre as casas, nas vielas, situações não muito favoráveis e sem espaço apropriado. Jovens e adultos não tem um lugar público para se encontrar, apenas em suas casas, comércios locais, bares e restaurantes.
6.6
Legislação
urbanística
e
ambiental incidente A presença do córrego Água Espraiada é marcante na área, pois além das casas estarem postas sobre suas 28
margens, ele não é canalizado e sofre riscos de solapamento. Existem restrições
ao
urbanísticas ambiental, Florestal
urbanística,
alguns
problemas
relacionar reais
pois (2012)
as
segundo Das
e
questões
com –
intervenções
legislação o
Código
Áreas
de
de
recuperação
regularização
fundiária,
produção e manutenção de HIS) e ZEIS-3 (local que se propõe a produção e manutenção de HIS, e mecanismos de alavancagem para atividades que geram emprego e renda).
Preservação Permanente – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 30 metros, para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura; onde mesmo que se
pretenda
conservar/preservar
as
características ambientais, as situações reais impendem que essa faixa “não edificável” realmente seja posta em prática. Observando aspectos reais do local quanto à declividade, hipsometria,
As diretrizes postas sobre a Política
pedologia, população e o uso do solo e
de Desenvolvimento Urbano apontadas
da terra, faz-se necessário tratar da
no
melhor forma as questões ambientais,
necessidades dos cidadãos quanto à
relacionando-as com a necessidade da
qualidade de vida, a justiça social, o
presença das moradias, lazer e qualidade
acesso a todos pelos direitos sociais e
de vida adequada aos moradores da
desenvolvimento econômico e ambiental.
favela.
Direito a terra urbana, a moradia digna, 6.7
PDE
A favela é classificada como ZEIS-1 que
pode
ser
a
atender
as
ao saneamento ambiental, infraestrutura
Zoneamento
urbana, (local
referem-se
ao
transporte,
aos
serviços
públicos, empregos, ao sossego e ao lazer.
realizadas
29
A
Macroárea
de
Estruturação
Metropolitana é composta por três setores, I - Setor Orla Ferroviária e Fluvial; II - Setor Eixos de Desenvolvimento; lll -
com
oferta
adequada
de
serviços,
equipamentos e infraestruturas urbanas; IV - produção de HIS e HMP;
Setor Central. A favela está inserida no
V - incremento e qualificação da oferta de
setor l, que relacionado a intervenções
diferentes sistemas de transporte coletivo,
urbanísticas, diz respeito ao seguinte:
articulando-os
Art. 12 - § 1º Os objetivos específicos a serem alcançados no Setor Orla Ferroviária e Fluvial da Macroárea
I - transformações estruturais orientadas da nas
o
maior
terra
urbana
aproveitamento com
densidades
o
aumento
construtiva
motorizados
modos
de
não
transporte
e
promovendo melhorias na qualidade urbana e ambiental do entorno; VI - regulação da produção imobiliária
de Estruturação Metropolitana são:
para
aos
e
demográfica e implantação de novas
para captura, pela municipalidade, da valorização de
imobiliária
investimentos
decorrente
públicos,
para
financiamento de melhorias e benefícios públicos;
atividades econômicas de abrangência
VII - redefinição dos parâmetros de uso e
metropolitana;
ocupação do solo para qualificação dos
II - recuperação da qualidade dos sistemas ambientais
existentes,
especialmente
espaços públicos e da paisagem urbana; VIII - minimização dos problemas das
áreas
áreas com riscos geológico-geotécnicos e
vegetadas,articulando-os adequadamente
de inundações e solos contaminados,
com os sistemas urbanos, principalmente
acompanhada
de drenagem, saneamento básico e
surgimento
mobilidade;
vulnerabilidade;
III - manutenção da população moradora,
IX - compatibilização de usos e tipologias
inclusive
da
de parcelamento do solo urbano com as
urbanização e regularização fundiária de
condicionantes geológico-geotécnicas e
assentamentos precários e irregulares
hidrológicas.
dos
rios,
córregos
através
da
e
promoção
de
da
prevenção
novas
situações
do de
ocupados pela população de baixa renda 30
Para
o
desenvolvimento
do
trabalho, foi tomado como medida os
coeficientes
de
aproveitamento,
ocupação dos lotes e recuos mĂnimos.
31
7. 1.
Remoções
Após
todas
acidentadas e em áreas de risco de
as
análises
dos
levantamentos, iniciam-se os estudos
solapamento (r3). Total de 109 famílias removidas.
referentes às moradias que se encontram ▪
em situações necessárias para remoção. As justificativas enquadram-se em 8 grupos. ▪
Área de projeto: moradias em
Fundo de lote: para uso do
tratamento do córrego e passeio público, foi removida uma parcela do lote de área não construída. Total de 6 lotes.
pontos de interesse para realização do projeto, as mesmas foram classificadas para remoção devido à necessidade de apropriar-se
ao
desenho
urbano
▪
devido à falta de acessibilidade e estrutura fragilizada. Total de 7 pontes.
proposto. Total de 5 famílias removidas. ▪ ▪
Condições
precárias
tipo
1:
moradias em péssimas condições, seja pela estrutura fragilizada, materiais de construção
(palafitas)
acessibilidade.
Total
e de
falta 59
de
moradias
instaladas
em
tipo locais
2: que
impossibilitam a infraestrutura urbana, como coleta e tratamento do esgoto, limpeza pública, abastecimento de água, ruas/vielas
asfaltadas
e
iluminação
pública. Total de 25 famílias removidas. ▪
Condições
precárias
ao
viário
oficial:
possuíam acesso ao viário, e/ou com acessadas por vielas. Total de 92 famílias removidas.
todos precárias
acesso
removidas todas as moradias que não
▪
Condições
Sem
famílias
removidas. ▪
Ponte: todas foram removidas
tipo
Terreno abandonado: removidos os
abandonados,
terrenos
sem
evitando
uso
e
futuras
ocupações irregulares. Total de 5 lotes. Ao todo, foram removidas 289 famílias e 14 comércios, dentre eles, lanchonetes e bares, salão de beleza, manicure, estúdio de tatuagem, loja de ração, mini mercearias, bombonieres.
3:
condições precárias tipo 2 + moradias construídas
em
topografias
muito 33
34
O Córrego Água Espraiada, na área
da
favela,
foi
totalmente
mobilidade
reduzida,
com
3%
das
unidades adaptadas.
canalizado, e seu leito implantado de forma mais coerente ao terreno; haverá faixa não edificável mínima de 3 metros, onde será implantada de cada lado do leito caminhos com largura de 3 metros, pontos
de
encontros/permanência;
quanto aos fundos de lote das moradias não
removidas,
arborizadas
e
pequenas brinquedos
praças infantis,
buscando tornar o ambienta mais seguro e agradável. Todas as 289 famílias e os 14 comércios removidos, serão reassentados no mesmo terreno. Foi necessário desenvolver uma tipologia
de
dois
dormitórios
por
unidade, atendendo a demanda de 3,7 pessoas por moradia removida. Assim, os conjuntos habitacionais são dispostos em lâminas, e foram implantados por todo terreno da favela, buscando se adequar aos grandes desníveis do terreno que variam até 13m. Em alguns edifícios, dependendo de sua localização, o térreo é destinado a usos comerciais e de serviço, e nessa tipologia o núcleo possui escada e elevador, para atender ao público com
36
Os edifícios destinados apenas ao
As áreas de lazer são ofertadas por
uso residencial, não tem elevador, pois
duas quadras (tamanho 20x40m), novo
as unidades adaptadas encontram-se no
mobiliário urbano contando com mesas
térreo. Ao todo 14 edifícios que variam
e bancos. Playground para crianças, e
de 4 a 7 pavimentos, com 352 novas
equipamentos de ginásticas para todos, e
unidades habitacionais e 42 comércios,
vegetação de pequeno e médio porte.
atendendo
a
da
Os mesmos vão atender não só a favela
população
que
moradia
Guian, mas a vizinhança carente de
demanda teve
total
sua
equipamentos públicos.
removida. única
No terreno serão implantados
residente
grandes lances de rampas, para vencer os
dessa área. Lazer, acessibilidade, saúde,
desníveis, todas com no máximo 6% de
oferta de emprego e mobilidade urbana
inclinação, sendo possível acesso por
são estruturadores do projeto urbano e
pessoas com mobilidade reduzida, as
para uma boa condição de vida.
mesmas dão acesso as áreas de lazer, ao
A
habitação
necessidade
da
não
é
a
população
Quanto ao viário, prolongamento da Avenida João Maria de Almeida, a
passeio pelo córrego canalizado e a todas as unidades habitacionais.
qual era ocupada por uma parte da favela, e a pavimentação adequada em toda área da favela, implantação de calçadas acessíveis com no mínimo 1,5m de largura para passeio acessível. Abertura ligando
pontos
de
novos
extremos
caminhos das
ruas,
próximos a pontos de ônibus e ruas de usos comerciais, com pontes acessíveis para atravessar o córrego, desta forma, contribuirá para melhor circulação do bairro.
37
RU A
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RITA CANUTTI
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PC ISIDORO MACHADO
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ISABELLA SOARES GARCIA
IMPLANTAÇÃO - ESC. 1:2000
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SETORES - AMPLIAÇÕES GUIAN
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HOSPITAL ARTHUR SABÓIA SUS
KHAL
VITÓR IA
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N ALUNA:
ENRIQ
PROFESSORA:
ES
ÁREA DE ESTUDO
MEND
PROJETO:
JOSEPH
SETOR 3 TV.
SETOR 2 IL
S
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ALMAS
PC. ENG. HAIM VAIDERGORN
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765.10
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PÁTIO JABAGUARA METRÔ
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SETOR 4
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MARAPES
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HOSPITAL ARTHUR SABÓIA SUS
RUA
FRANCISCO AVENIDA
DOS
SETOR 1
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN
FOLHA
1
765
775
5
770
765
76
A S 775
S
A
RUA DAS GUASSATUNGAS
775
S
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S
RUA ROSÁLIA DE CA
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S
775
S
S
S
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SC
IM
EN
SI
LV
A 768
767
C
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
C PROJETO:
EIDA
AV JOÃO MARIA DE ALM
PROFESSORA:
770
ALUNA:
775
TO
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
AMPLIAÇÃO - SETOR 1 - ESC. 1:500
FOLHA
2
765
770
775
5
76
A S S
A
RUA DAS GUASSATUNGAS
775
S
S
B
STRO
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B
S
S
RUA ROSÁLIA DE CA
S
766
S
775
S
RU
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N
NA
SC
IM
EN
SI
LV
A 768
C
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
C 767
EIDA
AV JOÃO MARIA DE ALM
PROJETO:
PROFESSORA:
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
PLANTA TIPO - UNIDADES - ESC. 1:500 770
TO
775
A
S
FOLHA
3
787.4
787.4
775
765
RUA ROSÁLIA DE CASTRO
RUA DAS GUASSATUNGAS
CORTE AA
787.4
775 773
771
769
765
RUA ROSÁLIA DE CASTRO
RUA DAS GUASSATUNGAS
CORTE BB
QUADRA DE FUTEBOL COBERTA
775
770
765
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO RUA ROSÁLIA DE CASTRO
CORTE CC
RUA DAS GUASSATUNGAS
PROJETO:
PROFESSORA:
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
CORTES - SETOR 1 - ESC. 1:500
FOLHA
4
770
B
RUA
DOS
BEIJ
A FL
ORE
S
775
774
S
COMÉRCIO
S
S
COMÉRCIO
766
S
COMÉRCIO
S S
S
770
COMÉRCIO
S S
AS
CR
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CASTRO
S
773
AD
RUA DAS GUASSATU
RUA ROSÁLIA DE
S
RU
S
A
COMÉRCIO
A
N 76
765
770
775
5
B
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROJETO:
PROFESSORA:
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
AMPLIAÇÃO - SETOR 2 - ESC. 1:500
FOLHA
5
770
B
RUA
DOS
BEIJ
A FL
ORE
S
775
774
S
S
S
RU
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773 S
CR
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RUA DAS GUASSATU
RUA ROSÁLIA DE
S
AS
S
A
A
N 76
765
770
775
5
B
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROJETO:
PROFESSORA:
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
PLANTA TIPO - UNIDADES - ESC. 1:500
FOLHA
6
785.2 782.2 781
773 770
766
RUA DOS GUASSATUNGAS
RUA ROSÁLIA DE CASTRO
CORTE AA
781
766
CORTE BB
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROJETO:
PROFESSORA:
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
CORTES - SETOR 2 - ESC. 1:500
FOLHA
7
765
RUA DAS CORRUIRAS
773
S
S
S
S
B
B RUA ROSÁLIA DE CASTRO
S
S
S
763
S
A
S
S
S 763
763
S 762
N
S
S
771
775
S
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
0
77
PROJETO:
PROFESSORA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI
RU
765
770
A
DA
S
GU
AS
765
SA TU
NG
AS
A
ALUNA:
ISABELLA SOARES GARCIA
AMPLIAÇÃO - SETOR 3 - ESC. 1:500
FOLHA
8
765
RUA DAS CORRUIRAS
773
S
S
S
S
B B RUA ROSÁLIA DE CASTRO
S
S
S
763 S
A
S
S
S 763
763
S
N S
S
771
775
S
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
0
77
PROJETO:
PROFESSORA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI
RU
765
770
A
DA
S
GU
AS
765
SA TU
NG
AS
A
ALUNA:
ISABELLA SOARES GARCIA
PLANTA TIPO 1 - UNIDADES - ESC. 1:500
FOLHA
9
765
RUA DAS CORRUIRAS
773
S
S
S
COMÉRCIO
S
B
COMÉRCIO
B
COMÉRCIO
RUA ROSÁLIA DE CASTRO
S
S
773
S
763
S S
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
A
S
S
COMÉRCIO
773
S
770
COMÉRCIO
763
COMÉRCIO
COMÉRCIO
770
S
COMÉRCIO
762
N
S
S
771
775
S
0
77
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROJETO:
PROFESSORA:
RU
765
770
A
DA
S
GU
AS S
765
AT
UN
GA
S
A
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
PLANTA TIPO 2 - UNIDADES - ESC. 1:500
FOLHA
10
783.2
770
763
CORTE AA
RUA DOS GUASSATUNGAS
788
783
773
768
764
763
RUA ROSÁLIA DE CASTRO
RUA DOS GUASSATUNGAS
CORTE BB
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROJETO:
PROFESSORA:
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
CORTES - SETOR 3 - ESC. 1:500
FOLHA
11
RUA D
AS CO
RRUIR
AS
S
4 5 6 7 89 3 2 10 11 1 17 16 15 12 14 13
A
761
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11 15 14 12 13
DOS
S
2 1 17 16
4 5 6 7 89 3 10
762
RUA
762
S
4 5 6 7 3 89 2 10 1 11 17 16 15 14 12 13
B
762
S
762
RU
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RUA GENARO DE CARV
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COMÉRCIO
COMÉRCIO
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763
S
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
RUA ROSÁLIA DE
N
CASTRO
B RU
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AS
PROJETO:
PROFESSORA:
RU
AB
RA
SIL IN
AF
ON
SE CA
SÁ LIA TRABALHO DEOCONCLUSÃO DE CURSO DE C
ALUNA:
TR
O
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI 76
5
ISABELLA SOARES GARCIA
AMPLIAÇÃO - SETOR 4 - ESC. 1:750
FOLHA
12
RUA D
AS CO
RRUIR
AS
COMÉRCIO
A
COMÉRCIO COMÉRCIO
S
COMÉRCIO
761
COMÉRCIO
762
COMÉRCIO
COMÉRCIO
CIS NES
COMÉRCIO COMÉRCIO S
COMÉRCIO
RUA DOS
COMÉRCIO
762
COMÉRCIO COMÉRCIO COMÉRCIO
B
COMÉRCIO S
COMÉRCIO
762
COMÉRCIO COMÉRCIO
S
762
RU
O AD
SM
ÉS AP AR
760
S
762 RU
AG
UIA
N
A
RUA GENARO DE CARV
ALHO
13 12 14 15 16 17 11 10 1 2 7 6 3 5 4
98
RUA ROSÁLIA DE
S
763
N
CASTRO
B RU
AR
A NS EC FO SIL IN A RA
ÁLIA
O
PROJETO:
PROFESSORA:
RU
AB
OS
DE CA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO STR
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI 76
5
ISABELLA SOARES GARCIA
PLANTA TIPO - UNIDADES - ESC. 1:750
FOLHA
13
777 774.2
762
RUA GUIAN
762
RUA DAS CORRUÍRAS
CORTE AA
775.2
763
RUA DAS CORRUÍRAS
RUA ROSÁLIA DE CASTRO
CORTE BB
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROJETO:
PROFESSORA:
ALUNA:
URBANIZAÇÃO FAVELA GUIAN RITA CANUTTI ISABELLA SOARES GARCIA
CORTES - SETOR 4 - ESC. 1:500
FOLHA
14
É possível entender com clareza as
Por
fim,
foi
extremamente
necessidades que uma favela apresenta,
gratificante realizar esse trabalho com o
os principais aspectos em que uma
tema de urbanização, pois além de ser a
urbanização
Faz-se
realidade existente de São Paulo, foi
que,
possível desenvolver um projeto em que
devido a densidade da cidade, não é
atendesse de forma real as necessidades
mais
da favela, estando satisfeita com o
necessário
deve a
compreensão
possível
reassentamento
intervir. de
promover geral
das
o
famílias
resultado final.
residentes em favelas em outro local, apenas em condições extremas. O
principal
objetivo
desse
trabalho foi compreender a favela, as moradias,
as
individuo
tem
relações com
em a
que
o
vizinhança,
entender que desenvolver um projeto de urbanização para uma região precária não é simples, e demandou de um ano com muito estudo e dedicação. Não é apenas propor a remoção de todas as casas e implantar um conjunto de edifícios, foi preciso olhar cada detalhe, cada necessidade, e acima de tudo, atuar como agente social para a área. Propor,
além
da
moradia,
a
qualidade de vida, como áreas de lazer, recreação,
convívio,
possibilitar
que
mesmo depois de um projeto em grande escala, as sensações e vivência continuem as mesmas, contudo, de forma mais agradável.
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- Câmara Municipal de São Paulo. Projeto de Lei 01-000722/2015 do Executivo. Disponível em <http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads2016/02/ PL0722-2015.pdf> Acesso em: 06 de novembro de 2018. - EMURB. Informações gerais RIMA. Disponível em <http://www.prefeitura.sp.gov.br /cidade/secretarias/upload/chamadas/2_Inform_gerais_1273001368.pdf> Acesso em: 2 de novembro de 2018. - HABITASAMPA. Prefeitura de São Paulo. Habita Sampa mapa. Disponível em <hppt://mapab.habisp.inf.br/> Acesso em: 09 de novembro de 2018. - LabHab – FAUUSP. Parâmetros Técnicos para a urbanização de favelas. Disponível em <http://labhab.fau.usp.br/biblioteca/produtos/paramtecnicos_urbafavelas.pdf> Acesso em 15 de novembro de 2018. - Legislação habitacional e urbana. Decreto n. 7217/2010 - Regulamenta a Lei do saneamento. Disponível em http://www.unmp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=417:decr eto-n-72172010-regulamenta-a-lei-do-saneamento&catid=37:lei-federal&Itemid=96> Acesso em: 16 de novembro de 2018. - Prefeitura de São Paulo. Implantação Parque Linear. Disponível em <http://www.prefeiturasp.gov.br/cidade/secretarias/upload/infraestrutura/sp_obras/16.j pg> Acesso em: 08 de novembro de 2018. - Prefeitura de São Paulo. Sistema de consulta do Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Geosampa. Disponível em <http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.asp> Acesso em: 21 de novembro de 2018 Secretaria do Governo Municipal. Operação Urbana Consorciada Água Espraiada. Lei 15.416/2011, de 22 de julho de 2011. Disponível em <http://www.prefeitura.sp.gov.br/.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/sp_urbanismo/ operacoes_urbanas/agua_espraiada/index.php?p=30994> Acesso em: 21 de novembro de 2018. - SP-URBANISMO. OUC ÁGUA ESPRAIADA. Disponível em<http://www.prefeitura.sp. gov.br/cidade/secretarias/upload/desenvolvimento_urbano/sp_urbanismo/arquivos/GG OUCAE_2a_RE_apresentacao_2017_07_19_v1.pdf> Acesso em: 17 de novembro de 2018.
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