Lucas Moço_Complexo Fábrica de Sal

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LUCAS EDUARDO SOUZA MOÇO

COMPLEXO FÁBRICA DE SAL: INTERVENÇÃO AO PATRIMÔNIO + AMPLIAÇÃO DO CENTRO CULTURAL E EDUCACIONAL DE RIBEIRÃO PIRES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á Centro Universitário Senac, como exigência parcial para obtenção do título em bacharel de Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Professor Doutor Nelson Urssi

SÃO PAULO 2018



DEDICATÓRIA Dedico esta, como todas as demais conquistas, aos meus pais Flávio e Luciane, ao meu irmão Kaiky, e a toda minha família que não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida. Obrigado pela paciência e incentivo.



AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente à Deus, por ter me dado saúde física, mental e força para superar todas as dificuldades, ao Centro Universitário Senac, pela infraestrutura, à Escola de Arquitetura e Urbanismo, que me mostrou uma nova forma de ver o mundo. Agradeço meus pais Flávio e Luciane, meu irmão Kaiky e minha namorada Rafaela, que me deram apoio nas horas difíceis, de desânimo e cansaço. Em seguida, meus amigos que me acompanharam nessa jornada Bruna, Júlia e Leonardo e também meu professor e orientador Nelson Urssi. Agradeço também todos os meus amigos que de alguma forma me ajudaram, me ouviram e me deram apoio e incentivo durante esses cinco anos de curso.



RESUMO Este trabalho de conclusão de curso se trata de uma requalificação no Complexo Ibrahim Alves de Lima, localizado na cidade de Ribeirão Pires – SP. Este complexo dispõe de uma escola, uma antiga fábrica, que está abandonada e uma biblioteca. O intuito é trazer o interesse da população pelo lugar novamente, dando um uso cultural e artístico à fábrica, além da construção de um edifício de esportes, um teatro de arena e marquises que conectam os quatro prédios, transformando e conectando o complexo. Palavras - chave: Requalificação, patrimônio, história, permanência.

ABSTRACT This work of conclusion of course is a requalification in the Ibrahim Alves de Lima Complex, Located in the city of Ribeirao Pires - SP. This complex has a school, an old factory which is abandoned and a library. The aim is to bring the population’s interest in the place again, giving a cultural and artistic use to the factory, as well as building a sports building, an arena theater in the center of the Complex, and marquees that connect the four buildings, transforming and connecting the environment. Keywords: Requalification, patrimony, history, permanence.



SUMÁRIO 1. 2.

3.

4.

5.

6. 7.

Introdução.............................................................................................................13 Complexo Ibrahim Alves de Lima.........................................................................15 2.1. A Localização do Complexo.......................................................................16 2.2. O Edifício Dom Helder Câmara.................................................................16 2.3. O Moinho de Sal Cotelessa.......................................................................17 2.4. Tentativa de Tombamento Municipal..........................................................18 2.5. Reconversão de Uso.................................................................................19 2.6. Interdição...................................................................................................23 2.7. Abandono da Fábrica.................................................................................24 2.8. Ideia do Shopping......................................................................................26 2.9. Área Cedida ao Sesi..................................................................................26 Estudos de Caso...................................................................................................27 3.1. Sesc Pompeia............................................................................................28 3.2. Pinacoteca do Estado de São Paulo..........................................................32 3.3 Fábrica Benetton........................................................................................37 3.4. Fundação Prada.........................................................................................39 Estudos Preliminares do Local e seu Entorno........................................................41 4.1. Localização................................................................................................42 4.2. Vista Aérea do Complexo Ibrahim Alves de Lima.......................................42 4.3. Questionário..............................................................................................44 4.4. Equipamentos Existentes no Raio de Um Quilômetro...............................45 4.5. Fluxograma...............................................................................................45 4.6. Acessos.....................................................................................................46 O Projeto...............................................................................................................47 5.1. A Ideia e Proposta do Projeto....................................................................48 5.2. Partido Projetual........................................................................................50 5.3. Antiga Fábrica de Sal.................................................................................52 5.4. Biblioteca Municipal Olavo Bilac................................................................61 5.5. Edifício de Esportes...................................................................................67 Considerações Finais............................................................................................73 Referências Bibliográficas....................................................................................75




A ideia de requalificação do Complexo Ibrahim Alves de Lima, localizado na cidade de Ribeirão Pires, no Grande ABC, surgiu através do cotidiano. Morei em Ribeirão Pires durante quinze anos e estudava na cidade vizinha, Mauá. Sempre que voltava da escola de transporte público, passava pelo Complexo e pensava que aquele espaço poderia ser mais atraente, um local de permanência e não apenas de passagem. Na época a antiga fábrica de sal já havia sido abandonada, mas a escola municipal e a biblioteca municipal funcionavam normalmente, como acontece até os dias de hoje (2018). O Edifício Dom Helder Câmara, mais conhecido como antiga fábrica de sal, já teve inúmeras funções, com o decorrer dos anos, foi sofrendo alterações para se adequar a cada uma delas. A partir de 2003, foi feita uma reforma e a antiga fábrica passou a abrigar um centro cultural. Em 2009, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) realizou um estudo no Edifício, onde sais foram encontrados, o que ocasionou a deterioração dos elementos metálicos, alvenarias e revestimentos. Para manter o funcionamento, seria necessária uma reforma, no entanto a prefeitura alegou não ter verba suficiente para o reparo e interrompeu as manutenções em todo complexo, o que gerou o abandono do centro cultural e educacional e desinteresse da população pelo local. O propósito dessa requalificação é trazer de volta o interesse das pessoas pela área, todas as exigências do IPT serão atendidas para a reabertura do antigo prédio, um edifício de esportes será implantado ao centro educacional e cultural, visto que a cidade carece desse quesito. Elementos vazados, cheios e vazios e uma marquise darão características próprias ao complexo. O intuito é levar a educação, cultura e esporte à cidade.

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2.1.

A LOCALIZAÇÃO DO COMPLEXO

O Complexo Ibrahim Alves de Lima está situado na cidade de Ribeirão Pires, na subregião sudeste da Grande São Paulo, faz parte do Grande ABC, possui uma área de 99.08 Km² e uma população de 121.848 (Emplasa, 2017). Sua área central caracterizase pela presença de um vale no qual se instalou a estação ferroviária de Ribeirão Pires, essa condição determinou o princípio de sua evolução urbana (Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires - PMETRP). Tratava-se de criar condições para suprir as demandas de crescimento da metrópole paulista com produtos advindos de uma pré-industrialização e de uma agricultura de subsistência, ambos com o apoio do trabalho imigrante e o estímulo de políticas públicas de colonização do período.

2.2. O EDIFÍCIO DOM HELDER CÂMARA

1898 Termino da construção da fábrica

1899

1916

Fábrica encerra suas atividades como moinho de semolina

Local foi leiloado e transformado em moinho de fubá

1932 1940 1946 Moinho Tornou-se Foi passa ser fábrica de instalada a utilizado adubos e Indústria e como depósito de fertilizantes Comércio de Sal pólvoras de guerra

1996 Entra em concordata e fecha as portas

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A antiga fábrica de sal, como é conhecida até os dias de hoje, é uma edificação industrial construída em 1898 (Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio – CATP, 2003). Localizada na Avenida Humberto de Campos, no bairro Vila Mortari, em Ribeirão Pires, Estado de São Paulo. Toda sua alvenaria é constituída em tijolos aparentes de olaria. Com a reforma e reconversão de uso realizada a partir de 2003, algumas paredes fora de prumo e instáveis foram restauradas ou trocadas utilizando técnica construtiva semelhante à original. O local pertencia aos irmãos Federico Maciotta, Ottavio Maciotta e Anacleto Maciiotta, vindos do norte da Itália para o Brasil no ano de 1895.O edifício foi, inicialmente, projetado pelo engenheiro italiano Federico Maciotta. Em janeiro de 1898, com o término da obra, o edifício que foi projetado para abrigar o Mulino Di Semole Fratelli Maciotta (Moinho de Semolina dos Irmãos Maciotta) inicia suas atividades, que por sua vez logo foi encerrada no ano seguinte, em 1899. Em 1916, o local foi leiloado e adquirido por outros dois italianos, Palaride e Giuseppe Mortari, e o moinho de semolina foi transformado em um moinho de fubá, que foi nomeado de Moinho Mortari. Com o início da Revolução Constitucionalista, em 1932,o Moinho Mortari foi usado como depósito de pólvora de guerra, graças a um decreto estadual que obrigava os galpões industriais servirem à Revolução. Alguns anos mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, veio a tornar-se uma fábrica de salitre, mais tarde uma Fábrica de adubos e fertilizantes Miguel Adri e fábrica de seda em períodos incertos da década de 1940.

2.3. O MOINHO DE SAL COTELESSA De acordo com o CATP (Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio, 2003) em 1946, a área torna-se de propriedade de Carmino Cotellessa, já que em São Paulo não havia mais espaço para a expansão dos negócios: Eles começaram a expandir na Rua dos Andradas. Lá não tinha condições de aumentar o armazém e o pessoal dos prédio estava reclamando por causa do pó de sal, que enferrujava tudo. Souberam dessa área aqui, em 1945. Fecharam o negócio. Viram que era muito bom o acesso da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí (EFSJ). O sal vinha de Cabo Frio de navio. Descarregavam e carregavam as galeras. Vinha umas predas grandes, parecia cristal. Era tão lindo! O sal vinha meio sujo, (...) em uns tanques. (...). Depois ia para o forno, (onde) torrava. Aí ia refinar, ia moer. Por isso saía fumaça, tinha que por filtro. Então, em 1946 nós viemos para cá: eu, minha mãe e meu pai. (PMETRP, 2004).

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Na região foi instalada a Indústria e Comércio de Sal C. Cotellessa, que fabricava o sal Rodolfo Valentino e entre outras marcas.

Fig. 1 - Embalagem do Sal Refinado Rodolpho Valentino, produzido no Moinho Cotellessa.

Essa atividade vai transcorrer as décadas de 1960-70 (CATP, 2003. Histórico do antigo Moinho de Trigo. Ribeirão Pires). Na década de 80, começam apresentar sinais de enfraquecimento, passando por dificuldades cada vez mais frequentes com as turbulências do cenário macroeconômico brasileiro até entrar em concordata e fechar as portas, definitivamente, em 1996. O arquiteto Rafael Perrone (Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio – CATP) chama a atenção para a descaracterização por qual passaria o prédio na era Cotellessa: (...) foram construídos, além dos anteriores, anexos realizados sem quaisquer critérios projetuais. Houve demasiado descuido técnico que provocou a descaracterização e deterioração das construções originais. Apesar da importância da fábrica no desenvolvimento da cidade, existem poucos registros que documentam a transformação do edifício. (GERGHI, 2012).

Com o encerramento das atividades fabris, o abandono do prédio ficou nítido e alguns galpões construídos pelos Cotellessa precisaram ser demolidos, porque já estavam condenados.

2.4. TENTATIVA DE TOMBAMENTO MUNICIPAL No dia 26 de junho de 2003 (PMETRP, 2003) o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural e Natural, presidido pelo arquiteto Cláudio Aurélio, solicitou ao Protocolo Geral da Prefeitura a abertura do processo de tombamento com base em um texto do Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio: (...) presença marcante há mais de um século na paisagem urbana do Município, essas construções industriais atestam o modelo de ocupação do território adotado na região suburbana de São Paulo, onde os espaços de trabalho e moradia se confundiam. Como referencial urbano adquire importância ainda maior por ter sido instalado em área lindeira ao antigo Núcleo Colonial de Ribeirão Pires, criado em 1887 e implantado no ano seguinte, além de localizado à margem da ferrovia, por onde chegava a matéria-prima e fazia-se o escoamento do produto beneficiado, tendo sito motivo de instalação de desvio ferroviário próprio. Fundamental para a compreensão da história do Município, sempre ligada ao trabalho, as antigas edificações são, também, importante componente da memória e da paisagem urbana de Ribeirão Pires e, consequentemente, de sua identidade. (PMTRP, 2003) 18


A Promotora de Justiça, Sr.ª Rosinei Horstmann enviou ofício a Prefeita Maria Inês Soares (PMETRP, 2003), indagando se houve contestação por parte do proprietário acerca do processo de tombamento levado a efeito pelo Conselho de Patrimônio. Submetido à análise jurídica, o Procurador Geral do Município, Dr. Delmar dos Santos Candeia, afirmou entender que o processo de tombamento tratado nos autos nem sequer poderia ter sido iniciado, uma vez que se mostrou ilegal: (...) as ilegalidades desde o nascedouro do suposto tombamento foram tantas e de tais envergaduras que somos forçados a concluir pela invalidade da decisão e, por consequência lógica, pela impossibilidade jurídica de produção de efeitos. (...) A despeito dos valores envolvidos e a preocupação sincera das pessoas, não podemos admitir que o interesse público encontra-se muito mais preservado quando, esquecendo-se dos seus deveres, os agentes da Administração atuam em dissonância com a norma posta. (PMETRP, 2003)

Em 15 de dezembro de 2003 (PMETRP, 2003), o Conselho de Patrimônio decide prorrogar o prazo de instrução do Processo de Tombamento por mais 180 dias. No entanto, os autos param nesta data, não havendo mais nenhuma juntada de documentos e sendo posteriormente arquivado em 30 de setembro de 2011.

2.5. RECONVERSÃO DE USO A Prefeitura iniciou o processo de desapropriação do terreno ocupado pela antiga fábrica de sal em 2001. Em 2003 (Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio – CATP, 2003), o terreno passou a receber os preparativos para abrigar um centro educacional e cultural. O escritório Perrone e Associados, dos arquitetos Rafael Perrone e Marcio do Amaral, foi responsável pelo projeto. O local revelava a decadência e o abandono, principalmente pela última atividade exercida no local, o refino do sal, que contribuiu muito para sua deterioração. O madeiramento estava estragado e as estruturas de concreto corroídas, o ferro havia se oxidado (Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio – CATP, 2003)

Fig. 2 - Paredes internas do início das obras e rachadura aparente na chaminé que comprometia sua estabilidade e foi sanada. Permanecem em pé até os dias atuais, 2004. Fotos cedida por Perrone e Associados.

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Fig. 3 - Fachada com os primeiros sinais da recuperação arquitetônica, 2004. Foto cedida por Perrone e Associados.

Com base em informações e documentos fornecidos pelo Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio (CATP) e por uma comissão de antigos moradores de Ribeirão Pires, foi definido o que seria preservado e retirado da antiga fábrica. Dois novos prédios seriam construídos, uma escola e a Secretaria Municipal de Educação, mas o foco do projeto foi à edificação existente, por sua possibilidade de conservação e valor histórico.

Fig. 4 - Foto mostra a instalação de vigas de aço carbono, (2004) resistentes a corrosão do sal e ate hoje permanecem firmes no local, 2018. Foto cedida por Perrone e associados.

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Ao longo de tantos anos de existência, o edifício abrigou o desenvolvimento de diversas atividades e, a cada mudança de negócio, as instalações tinham de ser ampliadas e adaptadas às novas necessidades. O prédio original foi o mais descaracterizado, mas o que melhor resistiu às investidas do tempo e mais apresentou condições para ser preservado.

Fig. 5 - Foto de um galpão não original do antigo moinho, onde hoje é a entrada principal do edifício Dom Helder Câmara, 2004. Foto cedida por Perrone e Associados

Fig. 6 - Foto de um galpão não original do moinho onde foi construído o auditório do Centro Cultural, 2004. Foto cedida por Perrone e Associados.

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Durante a obra, manter e resgatar muitas das características originais foi o foco principal (Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio – CATP, 2003), algumas partes foram refeitas com os próprios tijolos encontrados no local. Paredes externas, que ainda estavam em boas condições estruturais foram aproveitadas e incorporadas ao projeto. Coberturas e paredes internas foram replanejadas utilizando estruturas metálicas. A chaminé recebeu atenção especial durante a realização da obra, estava fora de prumo e sua parte superior não havia resistido ao tempo. Estava cercada de paredes e a preocupação era que ao retirá-las, viesse a cair. Para fixar a chaminé, os engenheiros fizeram um cintamento em aço platinado para não alterar a cor dos tijolos e como sua parte superior havia caído, o coroamento da chaminé foi restaurado segundo instruções de um especialista.

Fig. 7 - Base octogonal (forno) revelada após escavações e recuperada, 2004. O cintamento em aço platinado revela que a recuperação foi cercada de cuidados. Foto cedida por Perrone e Associados.

Fig. 8 - Paredes construídas ao redor da chaminé, com rachaduras e fora do prumo, 2004. Foto cedida por Perrone e Associados.

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Fig. 9 - Perspectiva do Centro Cultural já inaugurado e em funcionamento. Foto de Rafael Perrone, 2004

2.6. INTERDIÇÃO Em junho de 2009, a prefeitura solicitou ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), um estudo sobre a situação do edifício. Foram encontrados sais impregnados na estrutura, que ocasionaram a danificação dos elementos metálicos, alvenarias e revestimentos e, seria necessária uma reforma no prédio, de modo que fossem adotados materiais e técnicas construtivas que fossem resistentes ao efeito dos sais que contaminam as paredes da fábrica. Atendido por meio do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem/IPT), a prefeitura de Ribeirão Pires e o Governo do estado de São Paulo juntos investiram o valor de R$113.882,34 nesse estudo realizado pelo IPT (PMETRP, 2009) O laudo apresenta inúmeros problemas na área, tais como: infiltração e oxidação das esquadrias, deslocamento de argamassa com pulverulência (poeira solta), bolor, umidade, trincas presentes nos vidros, portas e janelas, vazamento constante nas instalações hidráulicas, falência do sistema de captação de águas pluviais devido à corrosão das calhas, corrosão acentuada dos eletrodutos e demais componentes metálicos, degradação dos tijolos da alvenaria original pela formação de eflorescência (pó esbranquiçado) e criptoeflorescência (cristalização de sais), presença de crosta e cristais de halita– cloreto de sódio (NaCl) – nos tijolos e mapa de Raio X comprovando abundância de sódio (Na) e cloro (Cl).

Fig. 10 - Delaminação dos tijolos e criptoeflorescência (surgimento de cristais de cloreto de sódio).

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Apesar da existência de problemas, o instituto deixa claro que não há comprometimento estrutural, mas reparos devem ser realizados para evitar o agravamento da corrosão e a estabilidade da estrutura. O Secretário de Obras e Planejamento Urbano, arquiteto Agostinho Gomes em seu Resumo das recomendações do Edifício Helder Câmara (PMETRP, 2009), descarta o risco de queda ou desmoronamento da estrutura: as alvenarias das paredes originais, assim como as novas e antigas (não originais) não apresentam danos que indiquem redução significativa de resistência estrutural ou problema de instabilidade, a chaminé não apresenta problemas quanto a residência estrutural ou de estabilidade, quanto a estrutura metálica da cobertura e dos pavimentos superiores, não apresentam problemas significativo de redução de resistência ou de estabilidade, devendo, contudo, tratar de reparar a corrosão e de evitar seu agravamento, que poderá afetar as condições de segurança.

2.7.

ABANDONO DA FÁBRICA

A pedido do Gabinete do Prefeito,(PMETRP, 2009) foi aberto um Processo Administrativo que trata de estudos para recuperação do Centro de Exposição Dom Helder Câmara. Tomando como base o Laudo nº 17 505-301 do IPT, o Secretário de Obras, arquiteto Agostinho Gomes, elabora relatório sobre as intervenções necessárias para recuperação do edifício, como pisos, caixa d’água, drenagem, águas pluviais, cobertura etc.Entre os pontos que merecem destaque, foram citados: a.

CHAMINÉ: Substituição das cintas metálicas por novas com pintura adequada que a proteja do contato direto com os tijolos e reparar a argamassa em alguns pontos. ESQUADRIAS E ELEMENTOS METÁLICOS: Substituição por esquadrias de PVC, fixadas por espuma de poliuretano, substituição de eletrodutos metálicos por eletrodutos rígidos de plástico, tratamento e recomposição de apoios das estruturas metálicas, substituição de todos os trechos das estruturas metálicas por graute com baixa permeabilidade a cloretos e tratamento das armaduras de concreto que apresentem pontos de corrosão. ALVENARIA: Recomposição da face externa da alvenaria, recomposição dos revestimentos de argamassa e emprego de pintura com alta permeabilidade ao vapor, recomposição dos revestimentos da alvenaria com produtos hidrofugantes e retirada das paredes de concreto armado e abas do pavimento térreo, construindo-se uma nova estrutura.

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Foi aberto o processo de compra para contratação de empresa para reforma,da ordem de R$148.951,36, entretanto, a reserva do recurso é cancelada sem qualquer justificativa. Em 2011, a Prefeitura busca recursos federais para a recuperação da edificação. O prefeito Clóvis Volpi (PV) e o secretário de Gabinete e Assuntos Estratégicos, Paulo de Tarso, protocolaram o projeto junto ao Ministério, através da Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento de Turismo, que tem um programa de recuperação e revitalização do Patrimônio Histórico.(FOLHA, 2011)

O projeto foi registrado no Processo Administrativo 1.791 de 04 de março de 2011(PMETRP), que traz ofícios do Prefeito enviados à superintendente do IPHAN, Sr.ª Ana Beatriz Aryroza Galvão, sem, no entanto, ter a resposta juntada aos autos. Infere-se não ter havido resposta à solicitação do Prefeito. Em 27 de abril de 2011(PMETRP), o Secretário de Juventude, Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, Sr. Luiz Gustavo Pinheiro Volpi, encaminha justificativa para contratação de empresa especializada na emissão de laudos técnicos para recuperação do edifício Dom Helder Câmara. Vence o desafio da licitação a empresa Altamisa Engenharia e Comércio Ltda., com sua proposta de R$99.700,00, com um orçamento total de R$ 6.949.999,67. Uma análise mais detalhada permite concluir que há itens da planilha dispensáveis em uma primeira fase. No entendimento deste CATP, o ideal seria priorizar o investimento em áreas críticas, como a recuperação de toda a estrutura física. Em 29 de maio de 2012 (PMETRP) o Ministério Público do Estado de São Paulo da Comarca de Ribeirão Pires, requere ao Prefeito informações sobre a atual situação do Centro Educacional de Ribeirão Pires, determinando um prazo de 30 dias para resposta. Isso porque, em 07 daquele mês, o Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEX), encaminha à Promotora de Justiça. Dr.ª Maria Cláudia Andreatta Hirt, um Informativo Técnico que tem como objetivo esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto. Com base no Laudo IPT nº 17 505-301, conclui- se que: a impregnação do cloreto de sódio ocorreu em razão dos cerca de quarenta anos de refino pela Indústria e Comércio C. Cotellessa S.A, portanto, preexiste à reforma de 2003. O contrato nº 261/2003 (PMETRP), referente à construção do Centro Educacional, indica haver por parte da Administração Municipal da época, conhecimento dessa impregnação, uma vez que no item D2-Materiais, do memorial descritivo, recomenda-se a utilização de aço de alta resistência à corrosão atmosférica. As recomendações propostas pelo IPT devem resolver efetivamente os problemas decorrentes da impregnação de sal. No dia 31 de julho de 2012, o Promotor de Justiça, Sr. Estevão Luís Lemos Jorge, encaminha ofício à Prefeitura requerendo saber se a: municipalidade tem interesse de recuperação do prédio de acordo com as recomendações do IPT” no que é respondido pelo Prefeito:“(...) o Município possui sim interesse na recuperação do prédio da antiga fábrica de sal, tendo inclusive contratado a empresa ‘AltamisaEgenharia e Comércio Ltda.’ Para elaboração de projeto executivo de recuperação do mencionado edifício (...). Todavia, conforme apurado pela empresa contratada, o valor total para recuperação do prédio ficou estipulado em R$6.949.999,67 (seis milhões novecentos e quarenta e nove mil novecentos e noventa e nove reais e sessenta e sete centavos). Isto posto, ante o exorbitante valor fixado, o Município vem pleiteando junto aos Ministérios do Turismo e da Cultura, viabilidade para recuperação e efetiva utilização do edifício (PMETRP, 2012)

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Em março de 2013, (PMETRP) o Promotor Estevão Jorge volta a requerer informações sobre o interesse do Município em recuperar o edifício Dom Helder Câmara, no que é respondido pelo novo Prefeito, Sr. Saulo Benevides: (...) Informamos a Vossa Excelência que o Município permanece com interesse na recuperação do prédio da antiga fábrica de sal. Todavia, conforme anteriormente mencionado a este D. Promotor de Justiça, o valor total para a recuperação do prédio ficou estipulado em R$6.949.999,67 (...), ou seja, inviável para o Município arcar sem o auxílio da verba do Governo Federal. (PMETRP, 2013)

Em 18 de junho de 2013, informa a Secretária de Educação e Inclusão que será realizado projeto de recuperação e reforma da área para ser encaminhado aos órgãos públicos federal e estadual para busca de recursos. O processo tramita para o Gabinete do Prefeito, aos cuidados do Sr. João Gabriel, que o devolve à Secretaria de Assuntos Jurídicos em dezembro de 2014. Em 13 de março de 2015 o processo tramita para o Departamento de Turismo e lá permanece até os dias de hoje (2018).

2.8. IDEIA DO SHOPPING O projeto apresentado pelo Executivo Municipal em 2015 (PMETRP) previa a demolição do edifício histórico e a preservação de elementos arquitetônicos que dão suporte à memória, como a chaminé. De acordo com o prefeito Saulo Benevides, a ideia seria conciliar o patrimônio histórico a um empreendimento moderno. Assim, previa-se a criação de um memorial dedicado à Família Maciotta dentro das novas instalações do Shopping Center. Os tijolos originais do prédio histórico seriam coletados destinados à seção de arqueologia do Museu Histórico Municipal Família Pires. O prédio central, seria demolido para dar lugar ao estacionamento do novo empreendimento, no entanto, alguns grupos se uniram e votaram contra essa ideia, que ficou apenas no papel.

2.9. ÁREA CEDIDA AO SESI A Fábrica de Sal de Ribeirão Pires, patrimônio tombado em fevereiro de 2018 pelo Condephaat-SP (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), poderá abrigar eventos e atividades culturais após reforma que será feita pelo Sesi (Serviço Social da Indústria), afirmou a presidente do CMDPNC (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural e Natural de Ribeirão Pires), Fabiana Cristina Gonçalves. (Diário do Grande ABC, 23/09/2018). A Câmara Municipal aprovou o projeto que cede a área onde está a fábrica para o Sesi, que providenciará a reforma e restauração do imóvel. Toda a área, que inclui o prédio da antiga Fábrica de Sal e outros dois imóveis, onde funciona uma biblioteca e a escola Lavínia Figueiredo, será cedida ao Sesi. O diretor de patrimônio cultural de Ribeirão Pires, Marcílio Duarte, relatou que ainda não existem detalhes sobre o projeto de restauração, mas destacou que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), mantenedora do Sesi, conta com corpo técnico de engenheiros e técnicos capazes. O projeto inicial já foi aprovado pelos conselhos municipal e estadual de patrimônio, e também pelo CATP (Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio). 26



3.1. SESC POMPEIA

Fig. 11 - SESC Pompéia, a fábrica abandonada ano 1972.

Arquitetos: Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e André Vainer Localização: Barra Funda – SP Ano do Projeto: 1986 O escritório da arquiteta Lina Bo Bardi foi convidado (VITRUVIUS – Numa velha fábrica de tambores) para transformar a antiga fábrica de tambores em um complexo de lazer e cultura. Ela recebeu a colaboração dos arquitetos Marcelo Ferraz e André Vainer e deu início ao projeto em 1977. Quando o projeto foi encomendado pela rede Sesc, antes mesmo de Lina assumir a obra, a proposta era de demolir toda a fábrica que existia ali, mas Lina decidiu preservar a fábrica para manter um pedaço da história da cidade, que se tornou um dos marcos da arquitetura brasileira, considerado uma referência não apenas nacionalmente, mas também para a arquitetura internacional. Praticamente toda a obra trazia o conceito de preservação, Lina fez questão de manter a estrutura original da fábrica. Dois grandes blocos de concreto armado foram usados para preencher os fundos do terreno, local destinado as atividades esportivas do complexo. Entre as torres há oito passarelas, também de concreto, que ligam o bloco esportivo.

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Em 1982 foi inaugurada a primeira etapa, a readequação da antiga fábrica de tambores. A cobertura foi reformulada com estrutura metálica e o telhado de barro e vidro. O bloco esportivo inaugurado em 1986, todo em concreto aparente, foi o choque maior, duas torres de concreto, uma com “buracos de caverna” ao invés de janelas, outra com janelas quadradas salpicadas “aleatoriamente” pelas fachadas, ao lado de uma terceira torre cilíndrica de 70 metros de altura, também em concreto aparente. Ligando as duas torres, entre os vestiários e as quadras, 8 passarelas de concreto protendido venciam vãos de até 25 metros que respondem à realidade do lugar, entendido no sentido amplo do terreno.

Fig. 12- Dois grandes blocos de Concreto armado, ligados por passarelas. Foto de Pedro Kok.

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PROGRAMA

Fig. 13- Programa do Sesc Pompéia

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.

Conjunto Esportivo Lanchonete, salas de ginástica, luta e dança Torre caixa d’água Solarium Almoxarifado e oficinas de manutenção Ateliers Laboratório fotográfico Teatro (1200 lugares) Foyer Restaurante Cozinha Industrial Vestiário e refeitório dos funcionários Espaço de estar, espetáculos com lareira e espelho d´água Biblioteca e lajes de leitura Exposições Temporárias Administração

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CIRCULAÇÃO

Fig. 14- Imagem mostra os acessos do Sesc Pompéia

Fig. 15 Sesc Pompéia em funcionamento.

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No SESC Pompéia, Lina Bo Bardi retoma, com revisão critica, sua experiência vivida na Bahia (1958 a 1964), no projeto de reabilitação do Solar do Unhão, projetado para funcionar como Museu de Arte Popular. Muitos dos conceitos, a relação entre programa e projeto, utilizados no SESC Pompéia haviam sido experimentados nessa fase baiana. O componente popular, ou seja, a formulação de uma programação abrangente e inclusiva, “trazendo a rua”, a vida pública para o interior do Centro, que contemplasse e criasse interesse às diversas faixas etárias e às diversas classes sociais, sem discriminação. 3.2. PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Fig. 16- Pinacolteca do Estado de São Paulo, 2015 – Foto de Nelson Kon

Arquitetos:Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Colonelli, Weliton Ricoy Torres Localização: Praça da Luz, Bom Retiro – SP Projeto Original: Ramos de Azevedo Ano do Projeto: 1998 A Pinacoteca do Estado foi inicialmente construído para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, em 1900, com a estrutura da construção finalizada, o prédio recebeu os primeiros cursos (Pinacoteca do Estado de São Paulo / Paulo Mendes da Rocha + Eduardo Colonelli + Weliton Ricoy Torres - 10 Mai 2015. ArchDaily Brasil). Em 1905, a Pinacoteca foi instalada no local, ocupando apenas uma sala no terceiro piso. Com o passar dos anos, sem a manutenção adequada o prédio em si sofreu alguns estragos, por consequência de umidade pelo fato do mal estado dos telhados, goteiras e entupimentos das prumadas de águas pluviais. Hoje, o edifício é inteiramente ocupado pela Pinacoteca do Estado de São Paulo e caracteriza-se por suas amplas janelas, colunas, pilastras e paredes em tijolos sem revestimento, os tijolos internos ficaram assim por falta de verbas na época da construção. A partir de 1995 uma série de restaurações foi realizada, duas operações marcam sua transformação. Em um primeiro momento, a rotação do eixo principal de visitação, obtido graças à manobra sutil de cruzar, com pontes, os espaços vazios dos pátios internos, que altera a implantação. Foi feito um levantamento geral do modo como estava a construção e o estabelecimento de um programa funcional, o objetivo foi a adequação do edifício às necessidades técnicas e funcionais. 32


O projeto (Pinacoteca do Estado de São Paulo / Paulo Mendes da Rocha + Eduardo Colonelli + Weliton Ricoy Torres - 10 Mai 2015. ArchDaily Brasil) procurou resolver os problemas detectados no diagnóstico do prédio: a umidade que degradava as robustas paredes em alvenaria de tijolos de barro; a complicada distribuição das áreas de exposições espalhadas por inúmeras salas e estruturada a partir dos vazios internos, e ainda o plano de acesso, comprometido pelas transformações urbanas ocorridas nas áreas entorno do edifício. Os vazios internos foram cobertos por clarabóias planas, confeccionadas em perfis de aço e vidros laminados. O problema da chuva e ventilação foram solucionados e uma nova utilização surgiu para esses espaços: no nível do chão, salões de pé direito triplo, que possibilitam uma nova articulação entre todas as funções; nos pisos superiores foram instaladas passarelas metálicas vencendo os vazios dos pátios laterais; no vazio central, foi construído o auditório, cuja cobertura, no primeiro pavimento, transformou-se num saguão monumental que articula, em conjunto com as passarelas, através dos eixos longitudinal e transversal do edifício, todos os seus espaços. Em um pátio lateral foi instalado um grande elevador para o público e montagens.

Fig. 17 - As esquadrias das janelas das fachadas internas foram retiradas e mantidos seus vãos abertos, gerando uma grande transparência e destacando as grossas paredes de alvenaria de tijolos.

Com a nova circulação pelo eixo longitudinal do edifício, interligando as duas varandas laterais, e o fato de estar o prédio numa esquina, a entrada do museu foi transferida para a frente da Praça da Luz. A construção original foi essencialmente mantida como encontrada, conservadas. As fachadas externas foram preservadas também, a solução foi limpar e neutralizar agentes agressivos acumulados pela poluição, manter os incontáveis meandros dos ornamentos esculpidos nos tijolos, muito desgastados, e proteger quimicamente de forma adequada, conservando a cor e textura. Entre os materiais utilizados, o aço foi o principal material construtivo adotado, ele está presente nas passarelas, nos elevadores, nos parapeitos, nas novas escadas, nas estruturas dos novos pisos e coberturas, nas esquadrias e nos forros. Seu uso foi devido a sua adequação às condições locais de execução, sua leveza e por estabelecer um diálogo interessante com a construção original, entre o novo e o antigo. Para a adequação do edifício foram necessárias algumas obras primárias: o reforço estrutural dos; sistema de climatização nas áreas das Exposições Temporárias, Depósito do Acervo, Auditório, Laboratório de Restauro; elevadores para montagens e público; sistema de controle e segurança; sinalização; rede elétrica com adequada capacidade de carga; ampliações das áreas do Depósito do Acervo, Laboratório de Restauro e Biblioteca; criação do Café e Restaurante. 33


PLANTAS

Fig. 18 – Planta Pavimento Térreo

1. Via de acesso de serviço 2. Praça de acesso público – Estação da Luz 3. Pátio 4. Portaria 5. Foyer 6. Auditório 7. Cafeteria 8. Laboratório de Restauro 9. Montagem 10. Galeria 11. Marcenaria 12. Depósito de acervo 13. Conservação 14. Museologia 15. Biblioteca 16. Acervo provisório 17. Copa/ Vestiário Funcionários 18. Casa de máquinas 19. Depósito 20. Elevador

34


Fig. 19– Planta Primeiro Pavimento

1. Praça de acesso público 2. Varanda 3. Acolhimento 4. Exposições Temporárias 5. Galeria 6. Octógono 7. Saguão 8. Belvedere 9. Passarelas Metálicas 10. Vazio 11. Elevador 12. Administração 13. Diretor 14. Loja 15. Praça de Serviço - Jardim da Luz

35


Fig. 20 – Planta Segundo Pavimento

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Exposição do Acervo Exposição de Esculturas Galeria Varanda Vazio Passarela Metálica Elevador Escada Técnica

36


3.3. FÁBRICA BENETTON

Arquitetos:Tadao Ando Localização:Treviso, Veneto - Itália Ano do Projeto: 1993 – 2000

Villa Pastega Way, um edifício de estilo palladiano construído século XVII foi restaurado na década de 1990 (wikiarquitectura), para criar um centro de pesquisa para estudantes de várias disciplinas. O programa para o centro de pesquisa previa não só a restauração dos prédios existentes, mas também a criação de espaços para estúdios, laboratórios, oficinas, biblioteca, auditório, sala de cinema, locais para encontro e convívio. A obra foi realizada em duas etapas: de 1993 a 1995, houve a restauração e reestruturação dos prédios existentes e de 1996 a 2000, foram construídas as novas instalações.

Fig. 21 - Foi criada uma relação harmoniosa entre o velho e o novo, a fim de destacar o charme da vila pela adição de novos elementos arquitetônicos. Ando aborda a questão de uma forma não invasiva, e decide enterrar a maioria dos novos elementos para não perturbar o edifício existente. A nova construção foi feita em concreto armado, contrastando com a Villa palladiana.

Na segunda fase do projeto Ando definiu mais claramente sua postura entre intervir e preservar. Nessa etapa, o concreto torna-se a marca de sua intervenção.

37


Fig. 22 - O espelho d’água criado por Ando à frente dos anexos principais tem o duplo papel: valorizar a arquitetura original e introduzir a arquitetura nova, o concreto - cenograficamente apresentado por uma fileira de colunas livres de capitéis cônicos, formando uma espécie de galeria aberta, com 7 m de largura, que atravessa o espelho d’água como caminho de acesso ao anexo.

Fig . 23 - A grande praça elíptica é o ponto central de convergência, encontro e atividades diversas do centro. Ela dá acesso e fornece luz e ventilação naturais aos dois pisos subterrâneos, onde ficam a maior parte dos estúdios, ateliês e oficinas.Esses ambientes ao redor da praça mantêm com ela uma relação de continuidade visual, graças a amplas paredes envidraçadas.

Segundo Tadao Ando: “A idéia central deste projeto é criar espaços, praças, corredores, galerias e salas projetados para dar às pessoas a possibilidade de se encontrar para conversar. Eles foram deliberadamente posicionados para configurar pontos de encontro” (arcoweb).

38


3.4. FUNDAÇÃO PRADA

Arquitetos:OMA Localização:Largo Isarco, Milão- Itália Ano do Projeto: 2015

No projeto concebido pela OMA (Fondazione Prada / OMA [Fondazione Prada / OMA] 12 Mai 2015. ArchDaily Brasil), coexistem duas condições: a preservação e a criação de uma nova arquitetura que, embora separadas, se confrontam em um estado de interação permanente. A nova Fundação Prada é projetada num antigo complexo industrial.Para este programa, foram adicionando três novos edifícios - um grande pavilhão de exposições, uma torre, e um cinema com 200 lugares.A torre desenvolve-se em nove níveis, seis dos quais são espaços de exposição Os restantes três níveis abrigam um restaurante e outras instalações para visitantes.

Fig. 24 - A nova Fundação Prada é projetada num antigo complexo industrial.Para este programa, foram adicionando três novos edifícios - um grande pavilhão de exposições, uma torre, e um cinema com 200 lugares.A torre desenvolve-se em nove níveis, seis dos quais são espaços de exposição Os restantes três níveis abrigam um restaurante e outras instalações para visitantes.

O novo e o antigo, horizontal e vertical, o largo e o estreito, branco e preto, o aberto e o fechado, todos esses contrastes estabelecem a série de oposições que definem o projeto. Com a introdução de tantas variáveis espaciais, a complexidade arquitetônica promoverá uma programação aberta instável, onde a arte e a arquitetura se beneficiarão dos desafios de cada uma.

39


Fig. 25 - O novo e o antigo, horizontal e vertical, o largo e o estreito, branco e preto, o aberto e o fechado, todos esses contrastes estabelecem a série de oposições que definem o projeto. Com a introdução de tantas variáveis espaciais, a complexidade arquitetônica promoverá uma programação aberta instável, onde a arte e a arquitetura se beneficiarão dos desafios de cada uma.

Fig. 26 - Os espaços abertos dos pátios e o bar são acessíveis sem o pagamento do bilhete fazendo do lugar ponto de encontro para os milaneses.

Os espaços fechados são articulados em galpões divididos em salas de diferentes tamanhos, outros deixados como espaços únicos, a já emblemática torre dourada e subsolos hospedam as exposições permanentes e temporárias das obras de arte Sra. Prada e seu marido. Cada estudo de caso tem suas particularidades e características, no entanto os quatro foram muito bem pensados e escolhidos voltados para intenção de projeto do Complexo Fábrica de Sal. Harmonia entre o velho e o novo, soluções e conexões.

40



4.1. LOCALIZAÇÃO

Fig. 27 - Complexo Ibrahim Alves de Lima

4.2. VISTA AÉREA DO COMPLEXO IBRAHIM ALVES DE LIMA

2 1

3

Fig. 28- O Complexo abriga 1- Escola Municipal Professora Lavínia de Figueiredo Arnoni, com alunos até o 5º ano; 2 – Edifício Dom Helder Câmara (antiga fábrica de Sal); 3 – Biblioteca municipal Olavo Bilac;

42


Fig. 29 - Escola Municipal Professora Lavínia de Figueiredo Arnoni

Fig. 30 – Edifício Dom Helder Câmara (antiga Fábrica de Sal)

Fig. 31 – Biblioteca Municipal Olavo Bilac

43


4.3. QUESTIONÁRIO Para o desenvolvimento do projeto, foram necessárias pesquisas in loco e um estudo sobre o entorno a partir do local da requalificação. Primeiramente, foi feita uma entrevista com os transeuntes do Complexo Ibrahim Alves de Lima.

Grande parte das pessoas afirmam sentir falta do Centro Cultural que funcionou ali até o ano de 2009, a partir desse resultado, foi investigada a existência de outros equipamentos próximos ao Complexo, no raio de um quilômetro.

44


4.4. EQUIPAMENTOS EXISTENTES NO RAIO DE 1 QUILÔMETRO

Fig. 32 – A maioria população não sabe da existência desses equipamentos, e muitos dos que sabem, não costumam frequentar pelo fato de não haver divulgação de espetáculos, shows, exposições, etc.

4.5. FLUXOGRAMA

Fig. 33 – A linha do trem divide a cidade entre centro alto e centro baixo, o Complexo está localizado na parte alta, próximo à Estação de trem de Ribeirão Pires – Linha 10 – Turquesa e ao terminal rodoviário da cidade, além da presença de pontos de ônibus, tornando o acesso mais fácil. 45


4.6.

ACESSOS

Fig. 34 – O Complexo possui quatro acessos, que se dão pela Avenida Santo André e Avenida Humberto de Campos.

Fig. 35 – Foto Panorâmica do Complexo, 2018. Foto autoral

46


47


5.1.

A IDEIA E PROPOSTA DO PROJETO

A ideia do projeto surge a partir do momento em que acredita-se no potencial do Complexo, com a falta de manutenção por parte da prefeitura, o local perdeu sua essência, e a biblioteca teve uma redução de 40% de seus visitantes, segundo os próprios funcionários. Após as entrevistas, nota-se que muitas pessoas querem a fábrica funcionando novamente. A proposta é manter a escola municipal e a biblioteca municipal funcionando e exercendo suas devidas funções, um edifício de esportes será incorporado ao complexo, e a fábrica de sal sofrerá as intervenções necessárias para sua recuperação, sendo feita a troca de pisos e caixa d’água, reformas de drenangem, águas pluviais e cobertura. Dos pontos que merecem notoriedade: em relação à chaminé, será feita a substituição das cintas metálicas por novas com pintura adequada que a proteja do contato direto com os tijolos e reparar a argamassa em alguns pontos, as esquadrias serão substituídas por esquadrias de PVC fixadas por espuma de poliuretano, que são espumas duráveis e de alto desempenho, eficaz contra umidade, calor, frio, vento, etc. Substituição de eletrodutos metálicos por eletrodutos rígidos de plástico e a oxidação será evitada, tratamento e recomposição de apoios das estruturas metálicas. Será feita a recomposição da face externa da alvenaria, recomposição dos revestimentos de argamassa e emprego de pintura com alta permeabilidade ao vapor e recomposição dos revestimentos da alvenaria com produtos hidrofugantes (que protegem revestimentos contra água e outros agentes agressivos). Algumas paredes do pavimento térreo do edifício fabril serão demolidas, essas que foram construídas posteriormente à reconversão de uso, ou seja, não são originais da fábrica.

Fig. 36 - Planta Pavimento Térreo Fábrica de Sal

48


No cinema/ teatro, os banheiros atrás do palco serão removidos, assim, se tem um espaço maior para o palco e cria-se uma circulação vertical, que levará aos dois camarins, que serão construídos no subsolo. As seis salas demolidas darão lugar ao novo restaurante, o pequeno saguão, que também foi construído após a reconversão de uso, será ampliado e abrigará o foyer, curiosidades sobre a fábrica e exposições temporárias, afim de ampliar o conhecimento do visitante, cada vez que o mesmo voltar ao cinema/teatro, poderá apreciar uma exposição diferente. Fig. 37- Planta Subsolo Fábrica de Sal

Fig.38 - Planta Pavimento Térreo Biblioteca

Fig.39 - Planta Primeiro Pavimento Biblioteca

A biblioteca continua aberta ao público, apesar da queda de visitantes. Necessita alguns reparos, tais como: pintura e troca de algumas janelas. Algumas mudanças serão feitas em seu interior, tais como: inclusão de salas de estudos privativas, troca de lugar do elevador, incorporação de uma varanda com pergolado e cheios e vazios inspirados na fábrica de sal. 49


5.2.

PARTIDO PROJETUAL

O partido do projeto é criar uma linguagem entre as edificações, já que uma é do século XIX e as outras do século XXI. Estudos foram feitos e como resultado, nasceram os elementos vazados nas fachadas, inspirados em cristais de sal, que é o marco do complexo. Em seguida, foi criada uma marquise não retilínea que conecta todos os prédios e a partir disso, surgiram os pergolados, espelhos d’água e o lago. A fábrica, com seus cheios vazios, inspirou as aberturas criadas no primeiro pavimento da biblioteca e o furo central na praça do edifício de esportes, o que facilita a iluminação e ventilação dos ambientes. O teatro/ cinema e usos que serão propostos à fabrica de sal, influenciaram na ideia do teatro de arena no centro do complexo.

Fig. 40- Vista perspectiva do Complexo

50


Escola Municipal Professora de Lavínia Figueiredo Arnoni

Estacionamento exclusivo da escola

Antiga Fábrica de Sal

Edifício de esportes Biblioteca Municipal Acesso pedestres 1 Acesso pedestres 2 S

Estacionamento exclusivo dos visitantes do complexo S

S

Teatro de arena

rto

be

um

.H

Av 749

de S

os

mp

Ca 750

S

751

N

Fig.41 - Implantação Esc. 1:500

R. Major Car

dim 752

51


5.3. ANTIGA FÁBRICA DE SAL

B

1- Camarim 1- Camarim 2- W.C. 2 - W.C.

2

1

S

1

2

A

A

Fig. 42 - Planta Subsolo Esc.:1:200 Planta subsolo Esc.: 1:200

5152


Antiga FábricaFábrica de Salde Sal 5.3 Antiga

B

5.2.

S

1- Teatro/ Cinema para 174 pessoas 2- Restaurante 3- Foyer/ Exposições Temporárias 4- Praça de Encontro 5- Exposições Permanetes 6- Praça do Leitor 7 - W.C. Público 8- W.C. Público Deficiente

6

1

S

7 5 S

2

8

A

8

A

7

4

3

N

Fig. 43 41 -- Planta Planta Pavimento Pavimento Térreo Térreo Fig. Fig. 361:200 - Planta Pavimento Térreo Esc.: Esc.:1:200 Esc.:1:200

N

B

Planta Pavimento Térreo Esc.: 1:200

5253 4951


B

1- Ateliê de Pintura/ Exposições 2- Ateliê de Artes Gráficas 3- Ateliê de Gravuras 4- Almoxarifado

3

1

S

2

A

A 4

B

Fig. 44 - Planta Primeiro Pavimento Esc.: 1:200

54


B

1- W.C. 2- Sala de Ensaio de Música 3- Sala de Ensaio de Dança

2 1

A

A

1 3

N

Fig. 45 Pavimento Fig.38 PlantaSegundo Segundo Pavimento 43 -- Planta Esc.:1:200 Esc.: 1:200 Esc.: 1:200 Planta Segundo Pavimento

5455 5153


Fig. 44 46 -- Corte Corte AA AA Fig. Corte AA- Corte AA Esc.:1:200 Fig.38 Esc.: 1:200 Esc.: 1:200

Esc.: 1:200

47 - Corte BB Fig. 45 Fig.39 Corte BB- Corte BB Esc.:1:200 Esc.: 1:200 Esc.:1:200 1:200 Esc.: 5556 5254


Fig. 48 - Fachada Frontal )DFKDGD )URQWDO Esc.:1:200 (VF

Fig.48949 - Fachada Fachada Posterior Posterior Fig. Esc.:1:200 Esc.:1:200

57 56


Fig. 50---Fachada Fachada Lateral Esquerda Fig.48 Lateral Esquerda Fig.42 Fachada Lateral Esquerda Esc.:1:200 Esc.: 1:200 )DFKDGD /DWHUDO (VTXHUGD (VF

Fig. -51 - Fachada Lateral Direita Fig.49 Lateral Direita Fig.43 -Fachada Fachada Lateral Direita Esc.:1:200 Esc.:1:200 Esc.: 1:200

)DFKDGD /DWHUDO 'LUHLWD (VF

5758 5456


Fig. 52- Vista perspectiva da Antiga Fรกbrica de Sal

Fig. 53- Vista perspectiva da Antiga Fรกbrica de Sal

Fig. 54- Vista perspectiva da Antiga Fรกbrica de Sal

59


60


5.4.

BIBLIOTECA MUNICIPAL OLAVO BILAC

a d'água 1- Caixa d’água bas 2- Bombas a de Máquinas 3- Casa de Máquinas . Deficiente 4- W.C. Deficiente . Público Privativa de Estudos 5- W.C. Público vo/ Biblioteca 6- Sala Privativa de Estudos epção 7- Acervo/ Biblioteca de Entrada 8- Recepção ministração do Complexo a de Arquivos 9- Hall de Entrada L 10- Admnistração do Complexo C. Funcionários

11- Sala de Arquivos 12- DML 13- W.C. Funcionários

B

1 2 3

10 4 S

6

11 S

A

A

7 12 6 5

8

9 13

5

13

Fig.55 - Planta Pavimento Térreo Fig.53 Esc.:1:200 Planta Pavimento Térreo Esc.: 1:200 N

B

N

6161 60 59 58 59


1- W.C. Deficiente 2- W.C. Público 3- Acervo/ Biblioteca 4- Sala de Memórias 5- Depósito 6- Despensa 7- Copa

1- W.C. Deficiente 2- W.C. Público 3- Acervo/ Biblioteca 4- Sala de Memórias 5- Depósito 6- Despensa 7- Copa

B 4 1 5

A

A

3 6

2

2

B

Fig. 56 - Planta Primeiro Pavimento N Planta Primeiro Pavimento Esc.:1:200 Esc.: 1:200

7

N

6162


Fig. 56- -Corte CorteAA AA Fig.55 Fig. 57 Corte AA Esc.:1:200 Esc.:1:200 Esc.:1:200 Corte AA Esc.: 1:200

Fig.56 Corte BB Fig. 57---Corte CorteAA BB Fig. 58 BB Esc.:1:200 Esc.:1:200 Esc.:1:200 Corte BB Esc.: 1:200

63 6061


Fig.56 59---Fachada FachadaFrontal Frontal Fig. 58 Fachada Frontal Fig. Esc.:1:200 Esc.:1:200 Esc.:1:200

Fig. 60 Fachada Lateral Direita Fig.57 59---Fachada FachadaLateral LateralDireita Direira Fig. Esc.:1:200 Esc.:1:200 Esc.:1:200

Fig. Fig. 58 Fachada Posterior Fig. 60 61 --- Fachada Fachada Posterior Posterior Esc.:1:200 Esc.:1:200 Esc.:1:200

59 Fig. 62 61 -- Fachada Fachada Lateral Lateral Esquerda Esquerda Fig. Esc.:1:200 Esc.:1:200

616264


Fig. 63- Vista perspectiva da Biblioteca Municipal

Fig. 64- Vista perspectiva da Biblioteca Municipal

Fig. 65- Vista perspectiva da Biblioteca Municipal

65


66


EDIFÍCIO DE ESPORTES

B

5.5.

1- Piscina 2- Saguão 3- Sala de Exame médico e fisioterapia 3- Sala de Exame Médico e 5- W.C. Público Deficiente Fisioterapia 4 - W.C. Público 5- W.C. Deficiente 6 - Academia 7 - W.C. Atletas

7

1- Piscina 2- Saguão 3- Sala de Exame Médico e Fisioterapia 4- W.C. Público 5- W.C. Deficiente 6- Academia 7- W.C. Atletas

7

6

4 5 5

A

A 4

3

2

1

S

66 - Planta Subsolo Fig. 65 Planta subsolo Esc.:1:200 N Esc.: 1:200 B

67 64


B

11-Piscina Piscina 1- Piscina 2- Espelho D'água 2Espelho D’água 2- Espelho D’água 3- Praça/ Lounge 3- Praça/ Lounge 3- Praça/ Lounge

3

A

A

1

2

Fig. Pavimento Térreo Fig.66 67- -Planta Planta Planta Pavimento TérreoPavimento Térreo N Esc.:1:200 Esc.:1:200 Esc.: 1:200 B

67 68 65


Fig. Fig. 6867 -Corte CorteAA AA Esc.:1:200 Esc.:1:200

Fig. 69- Corte BB Fig. 68 - Corte BB Esc.:1:200 Esc.:1:200

69 66


Fig. Fig. 70 69 -- Fachada Fachada Frontal Frontal Esc.:1:200 )DFKDGD )URQWDO Esc.:1:200 (VF

Fig. 70 71 -- Fachada Fachada Posterior Posterior Fig. Esc.:1:200 )DFKDGD 3RVWHULRU Esc.:1:200 (VF

Fig. Fig.72 71--Fachada FachadaLateral LateralEsquerda Esquerda Esc.:1:200 )DFKDGD /DWHUDO (VTXHUGD Esc.:1:200 (VF

70 67


Fig. 73- Vista perspectiva do Edifício de Esportes

Fig. 74- Vista perspectiva do Edifício de Esportes

Fig. 75- Vista perspectiva do Edifício de Esportes

71


72


72 1


Este trabalho de conclusão de curso nasceu da vontade de fazer um projeto para minha região, grande ABC. Antes mesmo de cursar arquitetura e urbanismo, ficava imaginando como seria esse complexo se fosse melhor aproveitado e valorizado, a partir disso resolvi que faria uma intervenção na cidade de Ribeirão de Pires. Durante o trabalho, pude notar o grande descaso da prefeitura, do estado e da população com patrimônios históricos, mas existe uma minoria que se preocupa em mantê-los vivos, e foi por essas pessoas que me esforcei ao máximo para concluir esse trabalho. Cidades desenvolvem-se por meio de contínuos processos de modificações, demolições e reconstruções que acompanham as necessidades e transformações sociais, mas não dar valor à memória da cidade pode ser um erro. Segundo Marisa Barda cada cidade ou lugar tem sua própria história onde a memória e as lembranças são os elementos fundamentais para a formação de uma cultura local. Durante o processo, me deparei com diversas dificuldades e consegui superá-las, com muito esforço e prazer. Concluo meu trabalho ao dizer que mantive a fábrica, com o máximo de paredes e materiais originais, criei um diálogo entre os edifícios existentes e o novo, acrescentando elementos vazados às fachadas, elaborando cheios e vazios e incorporando uma marquise que os unam de alguma forma, além trazer cultura, educação e esporte para a cidade. Ao longo do desenvolvimento desse trabalho adquiri mais conhecimentos sobre a área em que sempre tive interesse e vivência e sinto que foi apenas o primeiro passo nesse caminho de experiências com intervenções, requalificações e patrimônio histórico.

.

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