SISTEMA MODULAR
PRE-FABRICADO EM WOOD FRAME TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC ALUNA: LUDMILA CESÁRIO DE LIMA ORIENTADOR: GABRIEL PEDROSA
SUMARIO
A madeira na construção
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Propriedades físicas da madeira
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Unidade
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Densidade e Resistência
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Ação do fogo e ataques biológicos
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Outras caracteríscas da madeira
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Versatilidade
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Sustentabilidade
12
Madeira na construção civil 12 brasileira
WOOD FRAME
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A MADEIRA
INTRODUÇÃO
Introdução
Sistema construtivo Wood Frame
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Etapas e montagem de casas em wood frame
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Madeira e tratamentos contra 15 ataques Paredes
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Travamentos e conectores
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Isolamento térmico
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Vedação e Contraventamendo
18
Revestimentos
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Etapas construtivas
19
Estudo de projeto
27
Quadros estruturais
27
Materiais
28
Funcionalidade dos módulos
29
Arranjos entre os módulos
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Detalhamento de paredes portantes e não portantes
34
Detalhamento construtivo
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CONCLUSÃO
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PROJETO
REFERÊNCIAS DE PROJETO
Referência de projeto
Conclução
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REFERÊNCIAS
Referências
62
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Introdução Este trabalho tem por objetivo o estudo da madeira como elemento principal de uma estrutura, assim como a elaboração de um sistema de módulos pré-fabricados que utilizem o sistema estrutural wood frame. Este método construtivo tem como principal elemento o frame, um quadro estrutural formado por perfis leves e organizados igualmente ao longo do perímetro da parede. A técnica de construção wood frame pode ser observada como um grande trabalho de carpintaria, já que os perfis leves podem ser montados muitas vezes sem ajuda mecânica. (CARDOSO, 2015) Esta tecnologia construtiva supera alguns dos métodos tradicionais de construção populares no Brasil. Por ser um sistema industrializado, o wood frame apresenta vantagens como a agilidade e facilidade na construção, alto controle do processo de produção e a redução do desperdício. O sistema contudo, é limitado ao porte, podendo ser usado para casas em até 5 pavimentos. Através de uma análise do sistema construtivo e da revisão bibliográfica foram elaborados ensaios de módulos pré-fabricados. Estes módulos apresentam por características o uso de estrutura em madeira e materiais não convencionais. Foram elaborados ao todo oito módulos, divididos em duas “famílias”, Família T (translúcido) e Família O (opaco).
Foram apresentados neste trabalho também sete possibilodades de arranjos entre os módulos, porém as possibilidades de arranjos são inúmeras. En alguns casos, em que o arranjo entre os módulos é de dois ou mais pavimentos, é necessária a criação de um módulo extra, com função escada. Para este trabalho porém é apresentado, de forma simplificada dois módulos escada, para duas possibilidades de arranjo de dois pavimentos. Para os detalhes construtivos foram usadas as normas da American Wood Council e da Australian Standards para constuções em wood frame.
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A MADEIRA
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Capítulo 1 – A madeira na construção Desde a pré-história, a madeira é provavelmente o principal material utilizado nas construções das civilizações nômades, combinada com outros materiais como pedra e peles. (GONSALVES, 2007) Apesar das potencialidades construtivas da madeira serem conhecidas e utilizada há milênios, foi somente a partir do século XX que teorias técnicas relacionadas às propriedades estruturais da madeira foram desenvolvidas. Porém, foi no período que se sucedeu a Segunda Guerra mundial que o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas relacionadas às potencialidades estruturais da madeira se intensificou, trazendo até os dias de hoje variadas e importantes técnicas ainda utilizadas na construção civil (PFEIL, 2003). Nos dias atuais a madeira se apresenta como um material amplamente utilizado na construção ao redor do mundo. De acordo com Pfeil (2003), a madeira é um material de grande disponibilidade em diversos países, de alto valor econômico e pode ser produzida sustentavelmente, se explorada dentro das condições que respeitem o meio ambiente, aliadas às novas técnicas de reflorestamento e às tecnologias de industrialização da madeira, com a diminuição do desperdício. Existem hoje muitos estudos relacionados às propriedades físicas e mecânicas da madeira e sua utilização como elemento estrutural em um projeto de construção. A madeira possui muitas características favoráveis, como sua relação
de peso/resistência, além do bom isolamento térmico e a possibilidade da produção de diferentes produtos. Entretanto, o material também possui desvantagens como defeitos naturais, ser susceptível ao ataque de agentes biológicos e à ação do fogo. Estas desvantagens, todavia, podem ser contornadas com as novas técnicas de tratamento da madeira, que têm o poder de aumentar sua durabilidade e resistência.
Imagem 1- Floresta Plantada de eucalipto localizada em Minas Gerais
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1.1 Propriedades físicas da madeira 1.1.1 Umidade A partir do momento em que a madeira é extraída de seu habitat natural, ela passa por um estado de perda gradativa de umidade. Dependendo da finalidade de seu uso, a madeira deverá passar por um processo de secagem até ser obtido o nível de umidade adequado. Este processo evita que o material sofra ataques de fungos e outros micro-organismos, além de alterações de seu dimensionamento, como empenas e rachaduras (GONSALVES, 2007).
1.1.2 Densidade e Resistencia A densidade de um material é entendida como a relação peso/volume, e, de acordo com Gonsalves (2007), a densidade está ligada à umidade e a resistência da madeira. “Assim as madeiras muito pesadas são também muito duras (a aroeira e o jatobá são exemplos destes tipos de árvores), em contrapartida, madeiras leves, em geral, são moles, como a balsa e o assacu” (FUNDAP, S.D apud GONSALVES, 2007, p. 120). O quadro a seguir foi retirado do trabalho de conclusão de curso de Cardoso (2015, p. 18) e apresenta um comparativo de resistências, da madeira e de dois dos principais materiais usados na construção cívil, o aço e o concreto.
Fugura 3 – Quadro comparativo de resistência dos materiais
Figura 2 – Medição de umidade da madeira
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Segundo Cardoso (2015) o quadro é um comparativo e “... leva em consideração as propriedades de cada material. Dessa forma, para o concreto, o valor de resistência citado se refere à resistência característica à compressão. Já para o aço, trata-se da tensão de escoamento do aço ASTM A-36, equivalente ao aço MR-250. Por fim, para a madeira, são indicados valores médios de resistência à compressão paralela às fibras, com umidade de 12%.” O quadro acima mostra que a madeira é um material de alta resistência e baixa densidade, possuindo mais que o dobro da resistência do concreto. Já se comparada com o aço, a madeira possui menor resistência, porém, consome muito menos energia no processo de produção, o que a faz um material de mais sustentável no aspecto ambiental e de menor custo. 1.1.3 Ação do fogo e de ataques biológicos Por se tratar de um material biológico, a madeira é susceptível à deteriorações ligadas ao fogo e a ataques biológicos. A madeira é considerada um material de baixa resistência ao fogo devido a sua combustibilidade. Entretanto, contrariando o que é comum se pensar, é um condutor térmico ruim, se comparado a materiais como metal. Além disso, num incêndio, a madeira se torna mais resistente devido à evaporação da água nela presente, de acordo com Caruana (1998 apud Gonsalves, 2007, p. 122). A resistência ao fogo pode variar de acordo com o tipo
da madeira, algumas peças, entretanto, requerem proteções mais resistentes ao fogo que podem ser obtidas através de substâncias químicas e detalhes construtivos que impeçam o contato do fogo com a madeira (PFEIL, 2003). O ataque à madeira pelos agentes biológicos, que pode ser desde cupins a fungos, vai depender da qualidade natural da madeira, de seu tratamento contra à ação biológica e da umidade, assim como do ambiente. Hoje, há no mercado inúmeras opções para o tratamento da madeira contra ataques biológicos e, se tratada corretamente, a madeira tem sua longevidade estendida. É importante ressaltar também a necessidade de se evitar a exposição do material em projetos de arquitetura para evitar os ataques biológicos (CALIL JUNIOR, 2003). 1.2
Outras características da madeira
1.2.1 Versatilidade A madeira é um material versátil, sendo usada de diversas formas, tais como em pisos, forros, coberturas, estruturas de paredes, bem como na construção civil como formas para concreto, estruturas de pontes e passarelas. Além de ser também utilizada em outros setores como os de móveis, celulose, brinquedos, instrumentos musicais, embalagens e embarcações.
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1.2.2 Sustentabilidade É fundamental se falar em sustentabilidade na produção de madeira, pois o que garante a futura disponibilidade deste recurso natural é a exploração adequada das florestas naturais ou de reflorestamento. A exploração do material envolve baixo consumo de energia, desde seu plantio, extração e desdobro (corte de toras e outras secções comerciais). A madeira, por ser um material biodegradável, sofre decomposição quando descartada corretamente, voltando à natureza, e há também a possibilidade de ser aproveitada de uma construção para outra.
Figura 4 – Projeto utilizando madeira de reuso
1.3 Madeira na Construção civil Brasileira O Brasil possui a segunda maior área de floresta do planeta, depois da Rússia, entretanto, o uso da madeira na construção civil não é tradição no país. A madeira tem sido usada durante gerações como complementação em construções, como em esquadrias, pisos, forros e estrutura de telhados, mas é ainda raro ver o material como elemento principal em construções arquitetônicas nacionais. Batista (2007, p. 146) aponta que a construção em madeira no Brasil acontece de forma distinta nos dois extremos da sociedade: os mais pobres constroem de maneira precária, com material de baixa qualidade e baixo conhecimento de mão de obra, já os mais ricos investem em projetos requintados, com tecnologia e grande conhecimento do material. O autor também aponta que o acesso às construções em madeira por parte da população é limitado devido a problemas como a falta de mão de obra especializada; o preconceito por parte dos clientes; e sua a normatização tardia. Por meio da NBR 7190, lançada em 1997, a madeira passou a ser um material da construção civil normatizado. De acordo com Calil Junior et al. (2003), a criação de uma norma brasileira que regulamente o uso da madeira na construção foi um fator de incentivo ao seu emprego estrutural, visto que constituiu um importante passo para a inclusão da madeira nos mesmos critérios de dimensionamento das estruturas de concreto armado e metálicas” (CARDOSO, 2015, p. 16).
WOOD FRAME
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Capítulo 2 – Sistema construtivo Wood Frame No contexto atual, é importante a utilização de sistemas construtivos que integrem características como a agilidade na construção, diferencial técnico e um comprometimento com a sustentabilidade. O sistema Wood Frame é industrializado e de grande durabilidade, utiliza perfis de madeira reflorestada tratada em suas estruturas, assim como nas paredes, pisos e telhados, além de outros materiais para revestimento e proteção contra agentes biológicos e conforto térmico. (MOLINA; CALIL JÚNIOR, 2010) O sistema construtivo é leve e possibilita que a existência do canteiro de obra se localize parcial ou totalmente na fábrica, ocorrendo somente a montagem das peças no local da obra. Em alguns casos, as paredes podem ser montadas inteiramente na fábrica e transportadas através de caminhões e encaixadas na obra através de guindastes. (ESPINDOLA, 2014) O wood frame permite a construção de casas em até cinco pavimentos, e é o sistema utilizado em 95% das casas atualmente construídas nos Estados Unidos (MOLINA; CALIL JÚNIOR, 2010) e amplamente utilizado em países desenvolvidos como Austrália, Japão, Canadá e países Europeus. Ainda de acordo com Molina e Calil Júnior (2010), a razão para o sistema wood frame ser tão difundido em países onde a mão de obra especializada é cara se dá pelo fato de o sistema ser pré-fabricado, com sua concepção em ambiente industrial, onde várias etapas podem ser executadas ao mesmo tempo, o que reduz o tempo de entrega e o
Figura 5 – Modelo Slim em woodfrme, desenvolvido pela empresa TECVERDE
custo, havendo uma otimização da gestão do projeto e do controle de qualidade da obra. A normatização e metodologia de construção referente ao sistema varia em cada país e, no caso dos Estados Unidos, a normatização pode variar dependendo do estado. No Brasil, a normatização que regulamenta a construção em wood frame ainda é inexistente. Entretanto, no ano de 2013 foi concedida à empresa paranaense TECVERDE a
Figura 6 – Núcleo SENAI de sustentabilidade, desenvolvido pela empresa TECVERDE
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divulgação de um relatório técnico, o DATec n. 20 – Sistema Construtivo TECVERDE: Sistema Leve em Madeira, que serve como fundamentação técnica inicial para os interessados em construir usando o sistema.
Figura 7 – Núcleo SENAI de sustentabilidade, fase de construção
2.1 Etapas e montagem de casas em wood frame O sistema wood frame, como qualquer outro sistema construtivo, envolve aspectos mais ou menos complexos, além de aspectos que o diferem dos demais. Entretanto, por ser versátil e flexível, em muitas das etapas podem ser usadas técnicas comuns a outros sistemas construtivos. (CARDOSO, 2015) Na fundação podem ser usados os sistemas superficiais em radier ou sapatas corridas, ou a fundação basement wall, mais utilizada em países de clima frio, mas que também pode ser interessante para países de clima tropical como o Brasil, por garantir um conformo térmico eficaz a edifícios. (MOLINA; JÚNIOR, 2010) O sistema wood frame possibilita a instalação de qualquer tipo de telhado compatível com a carga máxima que a estrutura consegue resistir, porém em países onde o wood frame é tradicionalmente popular, como nos Estados Unidos e Austrália, o sistema mais utilizado para telhados é o de treliças de madeira pré-fabricada e o de treliças asfálticas Shingle. (CARDOSO, 2015)
Figura 8 – Treliça de madeira pré-fabricada
Figura 9 – Basement wall
Para este trabalho foram detalhadas somente as etapas que se distinguem dos demais sistemas construtivos e foram utilizadas como fonte para os detalhes o trabalho de pesquisa ‘Sistema construtivo em wood frame para casas de madeira’, de Julio Cesar Molina e Carlito Calil Júnior, a norma americana LRFD (LOAD AND RESISTENCE FACTOR DESIGN), e a norma australiana Timber Structures and Framing – Standards Austrália. As fotos usadas neste capítulo foram feitas em uma visita técnica guiada pela construtora Allarah Homes, no subúrbio em desenvolvimento Vineyard, localizado na cidade de Sydney, Austrália, na data de 06/05/2018.
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Para este trabalho foram detalhadas somente as etapas que se distinguem dos demais sistemas construtivos e foram utilizadas como fonte para os detalhes o trabalho de pesquisa ‘Sistema construtivo em wood frame para casas de madeira’, de Julio Cesar Molina e Carlito Calil Júnior, a norma americana LRFD (LOAD AND RESISTENCE FACTOR DESIGN), e a norma australiana Timber Structures and Framing – Standards Austrália. As fotos
Os tratamentos mais comuns são os hidrossolúveis, por terem a capacidade de entrar na madeira e serem mais resistentes ao ataque de fungos e cupins. Também é possível a utilização de barreiras físicas (ver Figuras 11 e 12) para cupins, como é o caso do uso de mantas repelentes que podem ser dispostas abaixo do piso e paredes. Como ainda não existe no Brasil normatização referente ao uso de preservantes no sistema wood frame, técnicos e construtores brasileiros se baseiam em normas estrangeiras referentes ao assunto, em especial as normas norte-americanas
Figura 10 – Visita feita à Vineyard
usadas neste capítulo foram tiradas em uma visita técnica guiada pela construtora Allarah Homes, no subúrbio em desenvolvimento Vineyard, localizado na cidade de Sydney, Austrália, na data de 06/05/2018. 2.1.1 Madeira e tratamentos contra ataques O tipo de madeira mais utilizado é o pinus, por se tratar de uma madeira leve e de boa permeabilidade à preservantes, ao contrário do eucalipto que é uma madeira folhosa. Além deste fator, o pinus é hoje produzido na região Sul, Sudeste e centro-oeste do Brasil, através do sistema de florestas plantadas, o que torna o sistema uma ótima opção do ponto de vista da sustentabilidade.
Figura 11 – Manta repelente
Figura 12 – Manta repelente
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2.1.2 Paredes As paredes no sistema wood frame são compostas por elementos estruturais verticais e horizontais. Os elementos horizontais são a soleira inferior e a superior, e os verticais são os montantes com espaçamento máximo de 60 cm entre cada um.
Figura 14 – Paredes portantes e não portantes
2.1.2.1Travamentos e conectores Os travamentos dos montantes podem ser feitos pelo elemento de madeira chamado “noggin” e, dependendo da carga a que a parede está sujeita,
Figura 13 – Simplificação do sistema wood frame
As paredes podem ser portantes ou não portantes, sendo as portantes aquelas que suportam as cargas provenientes dos pisos superiores e telhado. Para casas de pequeno porte e um pavimento, as paredes portantes são geralmente as paredes externas. As paredes não portantes são, em geral, as paredes divisórias internas e elas devem ser capazes de resistir ao seu próprio peso.
Figura 15 – Travamentos
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pode haver um ou mais travamentos transversais, que podem ser de madeira ou tiras finas de metal galvanizado parafusadas chamadas strapbraces.
pode haver um ou mais travamentos transversais, que podem ser de madeira ou tiras finas de metal galvanizado parafusadas chamadas strapbraces.
Figura18 – Tipos de conectores (Fonte: site pryda.com.au)
Figura 16 – Paredes estruturais externas
Figura 17 – Paredes estruturais internas
As conexões dos montantes e soleiras e os travamentos são feitos através de pregos galvanizados, o que permite uma maior duração. Também é possível a utilização de placas conectoras com diversos furos para pregos ou pregos já acoplados na placa.
Figura 19 e 20 – Conectores tipo placas com pregos acoplados
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2.1.2.2 Isolamento Térmico O preenchimento com isolamento térmico é feito no interior das paredes e sobre o forro, e tem por objetivo retardar a passagem de calor do exterior da edificação para o interior, mantendo o interior frio no verão e quente no inverno, reduzindo assim o consumo de energia para resfriamento e aquecimento. (ALLEN; THALLON, 2011) Os materiais mais usados para o preenchimento das paredes e forros são a lã de vidro e a lã de rocha, pois ambas possuem grande resistência térmica.
2.1.2.3 Vedação e Contraventamendo OSB é o material mais usado para o fechamento e vedação da estrutura, pois, devido ao seu processo de fabricação, com camadas unidas por resina em alta pressão e temperatura, a placa possui boa resistência mecânica. Os painéis são fixados diretamente na ossatura da parede e têm a função de fechamento e vedação das paredes, assim como estrutural e de contraventamento. É necessário também a adição de uma segunda placa de OSB no exterior do edifício, esta camada é chamada de membrana hidrófuga. Esta camada deve ser impermeável à água, porém permeável ao vapor para o controle da umidade interna do edifício.
Figura 21 - Isolamento com lã de vidro
Figura 23 - Camadas da parede
Figura 22 - Forro antes da aplicação da lã
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Figura 24 – Conexão com revestimento
2.1.2.4 Revestimentos Um projeto em que é usado o sistema wood frame apresenta diversas possibilidades de revestimento interno e externo. Com o revestimento com placas cimentícias, por exemplo, a edificação aparenta ter sido construída pelo sistema tradicional de alvenaria. É possível encontrar hoje diversos projetos de arquitetura ao redor do mundo onde são usados inúmeros outros tipos de revestimento externo, como tijolos aparentes, madeira tratada, películas de borracha, e
placas de PVC, entre outros. Nos Estados Unidos, o revestimento mais usado é o de PVC, o Siding vinílico,que dá ao edifício o aspecto de que foi revestido em madeira. O revestimento interno também apresenta diversas possibilidades de uso de material. O mais comum é o gesso acartonado, que pode ser fixado diretamente na ossatura da parede. Para as áreas molhadas, existem hoje no mercado painéis resistentes à umidade, como uma variação do próprio gesso acartonado, e painéis de cerâmica. O forro também permite a utilização de vários materiais de revestimento, como o gesso acartonado, madeira ou tiras de PVC.
Figura 25 - Siding vinílico
Figura 26 - Película de borracha
O revestimento interno também apresenta diversas possibilidades de uso de material. O mais comum é o gesso acartonado, que pode ser fixado diretamente na ossatura da parede. Para as áreas molhadas, existem hoje no mercado painéis resistentes à umidade, como uma variação do próprio gesso acartonado, e painéis de cerâmica. O forro também permite a utilização de vários materiais de revestimento, como o gesso acartonado, madeira ou tiras de PVC. 2.2 Etapas construtivas O diagrama na próxima página mostra de forma simplificada a dinâmica das etapas construtivas do sistema wood frame.
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Figura 27 - Diagrama de etapas construtivas (Fonte: do autor)
REFERENCIA
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Capítulo 3 – Referências de Projeto Primeiramente, as referências buscadas para a elaboração do projeto foram aquelas de caráter modular, e onde houvessem a presença de elementos pré-fabricados, além da utilização do sistema estrutural wood frame, onde o sistema fosse facilmente detectado, ou seja, não escondido internamente ou externamente por seu revestimento, revelando o caráter leve de sua estrutura. A busca se focou também em projetos de pequeno porte e médio porte, onde em seu interior o principal material fosse a madeira, tanto para revestimento interno como para o mobiliário. Foram selecionados também, alguns projetos onde o mobiliário tem um caráter flexível, modular e de dupla funcionalidade. Naust V (2015)
Este projeto é uma colaboração entre os escritórios noruegueses Koreo Arkitekter e Kolab Arkitekter e está localizado em Vikebygd, um pequeno povoado pesqueiro na costa oeste da Noruega. Estão presentes na região muitas cabanas para o armazenamento de embarcações que atualmente estão sendo abandonadas como consequência da industrialização da pesca. O projeto se utiliza de uma cabana de 40m2, para construir um pequeno edifício multifuncional, onde os principais materiais usados foram a madeira de tipo pinus, o compensado e a placa translucida de policarbonato. No revestimento externo foram usadas somente ripas madeiras. Em determinadas fachadas, ou secções das fachadas, estas ripas estão dispostas em ângulos em forma de brise, o que traz opacidade e transparência ao ambiente interno revestido em placa translucida de policarbonato. Internamente, alcovas para sentar e estantes estão integradas a parede, o que traz um caráter flexível à esta superfície. Figura 29 – Revestimento externo. Figura 30, 31 – Ambiente interno (Fonte: Archdaily)
Figura 28 - Fachada externa Naust (Fonte: Archdaily)
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É possível se observar na planta que o projeto tem um caráter multifuncional, com um espaço central caracterizado por um grande salão. Há também uma cozinha e uma lareira, os dois ambientes são conectados pelas estantes acopladas a parede que vão de uma a outra ponta da cabana. Para o forro, estrutura do telhado e os móveis foi usado o compensado, o que dá uma integridade e uniformidade ao seu interior.
Unimog (2012)
Figura 33 - Fachada externa Unimog
Figura 32 - Planta perspectivada (Fonte: Archdaily)
O projeto foi elaborado pelos escritórios Fabian Evers Architecture e Wezel Architektur e o edifício está hoje localizado em Tübingen, Alemanha. O projeto se caracteriza por uma residência no piso superior e um workshop e garagem para um caminhão no piso térreo e sua área total é de 120m2. Onde estão localizados o workshop e a garagem o revestimento utilizado foi a placa de policarbonato, na parte interna não há revestimento, a estrutura em madeira é aparente.
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Figura 34 - – Interior do workshop e garagem Fonte: Dezeen)
O piso superior é ligado por uma escada de aço externa. No revestimento das paredes externas do piso superior foram usadas telhas conjugadas, e no revestimento interno placas de compensado. É interessante notar a presença de dois módulos independentes neste projeto, com funcionalidades distintas, e devido a isto, os revestimentos usados foram diferentes. Onde houve a necessidade de se preservar a intimidade dos ocupantes do edifício, foi utilizado um material opaco, ao contrário do ambiente em que se localiza o workshop e da garagem, onde foi usado um material translucido. O caráter da leveza é extremamente explorado neste projeto.
Figura 35 – Fachada externa zeen)
Figura 36 – Revestimento interno (Fonte: De-
É possível ver através do revestimento externo do primeiro pavimento a estrutura que sustenta a parte superior, dando a ideia de que a parte superior é um bloco peado e denso sustentado pelas armações de madeira. Este projeto ressalta, ao revelar a estrutura, a capacidade e força que o sistema estrutural em madeira possui.
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readyho.me (2012)
Figura 36 - Casas de Madeira Pré-fabricadas readyho.me (Fonte: Divisare)
O projeto readyho.me foi elaborado pelo arquiteto italiano GianLuca Pelizzi e fez parte de um concurso em realizado na Itália no ano de 2014 e trata-se de um simples sistema modular de casas em madeira. A ideia central do sistema é junção de caixas com dois lados estruturais e dois não estruturais. O sistema estrutural usado foi o de painéis de compensado estrutural. As caixas variam em 3 tamanhos, pequeno, médio e grande e devido ao fato do autor não ter estabelecido à elas funcionalidades específicas, é possível que a combinação dos módulos sejam diversas. O autor também aponta que há a possibilidade de uso ou não da cobertura inclinada.
Figura 37 - Possibilidades de arranjo entre os módulos (Fonte: Divisare)
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Slow Cabins (2017)
Figura 39 - Planta baixa, união de dois módulos (Fonte: Archdaily) Figura 38 - Slow Cabins (Fonte: Archdaiy)
O projeto Slow Cabins do arquiteto Xavier Laclair trata-se de módulos de 36m2 localizados no interior da Bélgica. Os módulos ficam disponíveis para comprar ou alugar, e podem ser alugados por casais, famílias ou pessoas interessadas em organizar reuniões no campo. De acordo com o autor, o interior possui um sistema multifuncional de mobiliário, ao qual é possível transformar uma área de descanso em uma sala de reuniões. O projeto traz consigo a ideia do espaço mínimo, eficiente e modular, com design de interiores integrado e funcional, além do conceito de sustentabilidade, através da escolha do uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental.
Para o revestimento interior e o mobiliário foi usado o compensado e madeira de reuso. O módulo é autossuficiente, não possui conexão com a rede elétrica ou de esgoto e utiliza o sistema de banheiro seco.
Figuras 40 e 41 – Interior da Slow Cabin (Fonte: Archidaily)
PROJETO
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Capítulo 4 – Estudo de Projeto A idéia central deste projeto é a criação de diferentes módulos multifuncionais pré-fabricados, que usem o sistema construtivo wood frame. Este capítulo tem como objetivo mostrar as etapas de desenvolvimento do projeto. Desde o desenvolvimento dos quadros estruturais que compõem os módulos, os materiais escolhidos para este projeto, as funções e dimenções de casa módulo, os arranjos entre os módulos, e o detalhamento construtivo. 4.1 Quadros estruturais Na primeira etapa do desenvolvimento do projeto, foram analisadas as pesquisas feitas em relação ao desenho tradicional das paredes portantes usadas no sistema wood frame, e a partir do desenho tradicional, elaborar ensaios com diferentes desenhos de quadros estruturais. São apresentados neste capítulo somente diagramas autorais. Na nova proposta, é utilizado o travamento em madeira, criando um desenho não tradicional para as paredes portantes. Através da utilização de revestimentos externos e internos com policarbonato translúcido, seria possível a visualizaçao os quadros estruturais de madeira em alguns dos ambientes dos módulos, onde não é necessária demasiada privacidade, em nas áreas sociais, como sala de estar, cozinha e corredores.O travamento das paredes portantes por fitas de aço será feito onde o revestimento não é translúcido, ou seja, onde a estrutura não for aparente, em ambientes onde
Proposta de quadro estrutural com travamento em madeira
Travamento com madeira (excesso de travamento)
Travamento com tira de aço
Arranjo tradicional
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é necessária a privacidade do ocupante, como banheiros e quartos. Nos quadros estruturais, a distância entre cada viga é de 60cm, tendo cada viga 4cmx9cm de diâmetro e 270cm de altura. 4.2 Materiais Na segunda etapa foram escolhidos os materiais de revestimento. Serão usados neste projeto o compensado, placas de policarbonato translucida e telhas conjugadas. Os materiais para revestimento foram escolhidos através de pesquisa, e foram levadas em consideração as características industriais destes materiais, assim como sua resistência mecânica, rapi-
dez e praticidade na montagem, a possibilidade de customização de medidas, beleza e acabamento. Para este trabalho, não serão apresentadas análises de custo em relação aos materiais escolhidos. A seguir são apresentados ensaios de paredes portantes com os revestimentos escolhidos. No primeiro ensaio apresentado, foi escolhido como revestimento interno e externo, placas de policarbonato translúcido. De acordo com a descrição do produto no manual disponibilizado pela empresa fornecedora no Brasil, Belmetal, além de sua característica translúcida, o que contribui para o aproveitamento da iluminação natural, o policarbonato é 30% mais resistente ao impacto e seu o peso pode ser até 6 vezes
Revestimento interno - policarbonato translúcido
Revestimento interno - placa de compensado
Quadro estrutural de madeira - paredes portantes
Quadro estrutural de madeira - paredes portantes
Revestimento externo - policarbonato translúcido
Revestimento externo - policarbonato translúcido
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menor que o vidro. O arranjo apresentado no diagrama anterior será utilizado nos ambientes sociais como nas paredes da sala de estar e na cozinha. No segundo diagrama, foram utilizados o policarbonato como revestimento externo e a placa de madeira compensada como revestimento interno. Para as áreas molhadas, como cozinha, lavanderia e banheiros, será utilizada uma cada de revestimento adicional de azulejos. No diagrama apresentado a seguir foi utilizado como revestimento externo a telha conjugada preta fosca.Este revestimento está nas paredes em ambientes como quartos, e banheiros. Revestimento interno - placa de compensado Quadro estrutural de madeira - paredes portantes Revestimento externo - telha conjugada preta fosca
4.3 Funcionalidade dos módulos No total forão criados oito diferentes módulos pré-fabricados que utilizam wood frame como seu sistema estrutural. Os oito módulos foram divididos em duas famílias: Família T e Família O. Família T Família T se refere à translúcido, isto significa que para revestimento externo foi usado o policarbonato translícido. Os módulos T em sua totalidade são módulos térreos, onde estão as áreas sociais, variando somente a presença ou não de área molhada. Família O Família T se refere à opaco, isto significa que para revestimento externo foi usado o as telhas conjugadas. Os módulos O podem ser módulos térreos ou não térreos, onde estão os quartos e banheiros. A distância entre as ripas da estrutura nos dois módulos é de 60cm, a distância eixo à eixo é de 64cm.
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MÓDULOS T (TRANSLÚCIDOS) - EIXO
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PLANTA BAIXA - EIXO
PLANTA BAIXA - EIXO
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
MÓDULO T1
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0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
PLANTA BAIXA - EIXO
PLANTA BAIXA - EIXO
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
MÓDULO T2
MÓDULO T4
31
MÓDULOS O (OPACOS) - EIXO
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
PLANTA BAIXA - EIXO
PLANTA BAIXA - EIXO
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
MÓDULO O1
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
MÓDULO O3
PLANTA BAIXA - EIXO
PLANTA BAIXA - EIXO
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
MÓDULO O2
MÓDULO O4
0,64
0,64
0,64
32
4.3 Arranjos entre os módulos Nesta etapa do projeto foram analizados os possíveis arranjos entre os módulos. Existem muitas possibilidades de arranjos, entre dois, três ou mais módulos iguais e diferentes entre sí, com um, dois e até cinco pavimentos - a quantidade de pavimentos permitída pela estrutura. São apresentados neste projeto, porém, apenas alguns dos muitos possíveis arranjos entre dois e três módulos, de um, dois e pavimentos. Para arranjos de dois ou mais pavimentos foi necessária a elaboração de um módulo adicional com função de escada. Para este projeto foram elaborados dois módulos adcionais com função de escada para dois possíveis arranjos apresentados, os quais foram chamados de E1 e E2.
T2
T1
O2
O1
O2
T4
O4
O1
O2 T4
T4
O2
O2
33
O4
T4 E1
O2
T4 E2
34
4.4 Detalhamento de paredes portantes e não portantes. AÇÃO ESTRUTURA - WOOD FRAME = ESTRUTURA APARENTE: REVESTIMENTO A seguir serão apresentados os detalhamentos OLICARBONATO TRANSLÚCIDO OU PLACA NSADO /REVESTIMENTO EXTERNO as PLACA de de todas paredes de cada módulo.
RNONATO TRANSLÚCIDO
= REVESTIMENTO NÃO APARENTE: NTO INTERNO PLACA DE COMPENSADO/ NTO EXTERNO TELHA CONJUGADA COR PRETA
P1
P1
P2
P3
ÇÃO ESTRUTURA - T1 ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO T1 SEM ESCALA
P3
P2
35
MÓDULO T2
P1
P2
P1
P4 P3 P2 P3
P4
P5
ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO T2 P5
SEM ESCALA
36
P2
P1
P3
P1
P4
P2
P3
P5
P4
P5
P6
ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO T3 SEM ESCALA
P6
37
P1
P2
P1
P4
P3
P2 P3
P5
P4
ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO T4
P5
MÓDULO SEM T4 ESCALA
38
P1
P1
P2
P4
P4
P2
P3
ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO O1 SEM ESCALA
P3
39
DULO O2
P1
P2
P1
P2
P6
P3
P6
P4
P3
P4
P5
ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO O2 P5
SEM ESCALA
40
ÓDULO O3
P1
P2
P1
P2
P7
P6
P4
P7
P5
P3
P3
P6
ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO O3 SEM ESCALA
P5
P4
41
MÓDULO O4
P1
P2
P1
P2
P7
P6
P3 P4
P5
P5
P5
P5
P3
P4
ELEVAÇÃO PAREDES EM WOOD-FRAME MÓDULO O4 SEM ESCALA
42
B
4.4 Detalhamento construtivo DET.1 e 2
DET.3
SALA + COZINHA AREA= 28m2
A
PLANTA BAIXA - DET. CONSTRUTIVO ESCALA 1:50 MÓDULO T1
DET. 1
ESCALA 1:10
DET. 2
ESCALA 1:10
DET. 3
ESCALA 1:10
DET.1DET.1
DET.1
43
SALA E COZINHA ÁREA:28m2
DET.2DET.2 ESCALA: 1:10 ESCALA: 1:10
CORTE A
MÓDULO T1 ESCALA: 1:100
DET.2DET.2
DET.2
SALA E COZINHA ÁREA:28m2
DET.1DET.1 ESCALA: 1:10
DET.1
ESCALA: 1:10
ESCALA: 1:10
CORTE B
MÓDULO T1 ESCALA: 1:100
DET.2
ESCALA: 1:10
PLANTA BAIXA PLANTA - DET. PLANTA - DET. - DET. PLANTA BAIXA - BAIXA DET. BAIXA CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO ESCALA 1:50 ESCALA 1:50
DET.1 DET.1 e2 2 e2 e 2DET.1 eDET.1
DET.3 DET.3
SALA + SALA COZINHA SALA + COZINHA SALA + COZINHA + COZINHA AREA= 28m2 AREA= 28m2
A
A
A
C
C
C
C B
B
B
44 MÓDULO T2 MÓDULO T2
B
ESCALA 1:50 ESCALA 1:50 MÓDULO T2 MÓDULO T2
AREA= 28m2
AREA= 28m2
DET.3
BANHEIRO BANHEIRO BANHEIROBANHEIRO AREA= 5.72m2 AREA= 5.72m2 AREA= 5.72m2 AREA= 5.72m2
A
PLANTA BAIXA - DET. CONSTRUTIVO ESCALA 1:50
C
B
MÓDULO T2
DET.1 e 2
DET. 1DET. 1 DET. 1DET. 1 SEM ESCALA SEM ESCALA
SEM ESCALASEM ESCALA
DET.
DET. 3DET. 3 D
DET. 2DET. 2 DET. 2DET. 2 ESCALA 1:10 ESCALA 1:10
SALA + COZINHA AREA= 28m2
ESCALA 1:10 ESCALA 1:10
ESCALA 1:10ESCALA 1:10
BANHEIRO AREA= 5.72m2
E
45
SALA E COZINHA
BANHEIRO
ÁREA:28m2
ÁREA:5.7m2
DET. DET. 11 1 DET. 1:10 1:10 1:10 ESCALA: DET. ESCALA: 1 ESCALA: ESCALA: 1:10
CORTE A
MÓDULO T2 ESCALA: 1:100
DET.1 DET.1 DET.1 DET.1
BANHEIRO ÁREA:5.7m2
SALA E COZINHA ÁREA:28m2
CORTE B
MÓDULO T2 BB B CORTE CORTE CORTE ESCALA: 1:100 CORTE B ESCALA ESCALA 1:50 1:50 1:50 ESCALA
ESCALAMÓDULO 1:50 MÓDULO T2T2 T2 MÓDULO MÓDULO T2
CORTE C
MÓDULO T2 CORTE CORTE CC C CORTE ESCALA: 1:100 CORTE C ESCALA ESCALA 1:50 1:50 ESCALA 1:50
ESCALAMÓDULO 1:50 MÓDULO T2T2 T2 MÓDULO MÓDULO T2
DET.1 e 2
C
C
C B
B
B
C
B
B
C
PLANTA PLANTA BAIXA PLANTA - DET. BAIXA BAIXA - DET. - DET. DET.1 ANTA BAIXA DET. CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO 46 CONSTRUTIVO ONSTRUTIVO ESCALA 1:50 ESCALA 1:50 ESCALA 1:50 PLANTA BAIXA - DET. LA 1:50 T3 MÓDULO MÓDULO T3 MÓDULO T3 ULO T3 CONSTRUTIVO ESCALA 1:50
MÓDULO T3
DET.3
DET.1 e 2 LAVABO AREA= 2.3m2 LAVABO
LAVABO LAVABO AREA= 2.3m2
AREA= 2.3m2
AREA= 2.3m2
LAVABO AREA= 2.3m2
DET.3
SALA + COZINHA SALA + COZINHA SALA + COZINHA AREA= 28m2 AREA= 28m2 AREA= 28m2 SALA + COZINHA AREA= 28m2
SALA + COZINHA AREA= 28m2
A
A
A
LAVANDERIA AREA= 3.2m2 LAVANDERIA
LAVANDERIA LAVANDERIA AREA= 3.2m2
AREA= 3.2m2
AREA= 3.2m2
LAVANDERIA
A
AREA= 3.2m2
A
DET. 1 DET. SEM1 ESCALA SEM ESCALA
DET. 1 DET. 1
SEM ESCALA SEM ESCALA
DET. 1
SEM ESCALA
DET. 2 DET. 2 1:10 ESCALA ESCALA 1:10
DET. 2 DET. 2
ESCALA 1:10 ESCALA 1:10
DET. 2
ESCALA 1:10
DET. 3 DET. 3 1:10 ESCALA ESCALA 1:10
DET. 3 D
ESCALA 1:10 ES
D
ES
47
SALA E COZINHA
LAVANDERIA
ÁREA:28m2
ÁREA:3.2m2
DET. 1
ESCALA: 1:10
CORTE A
MÓDULO T3 ESCALA: 1:100
DET.1 DET.1 DET.1 DET.1 SALA E COZINHA
LAVANDERIA
ÁREA:28m2
CORTE B
MÓDULO T3 ESCALA: 1:100
CORTE B
ÁREA:2.3m2
CORTE C
MÓDULO T3
ESCALA: C 1:100 CORTE
ESCALA 1:50
ESCALA 1:50
MÓDULO T2
MÓDULO T2
LAVANDERIA ÁREA:3.2m2
DET.1 e 2
PLANTA BAIXA -PLANTA DET. BAIXA BAIXA - DET. - DET. PLANTA BAIXA -PLANTA DET. CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO ESCALA 1:50 ESCALA ESCALA 1:50 1:50 ESCALA 1:50 MÓDULO T4 MÓDULO T4
C
C
C
C
B
B
B
B
48
DET.3
MÓDULO MÓDULO T4 T4
DET. 1
ESCALA: 1:10
SALA + COZINHA SALA SALA + COZINHA + COZINHA SALA + COZINHA AREA= 28m2 AREA= 28m2 AREA= 28m2 AREA= 28m2
A
A
A
A
LAVANDERIA LAVANDERIA AREA= 5.72m2
LAVANDERIA LAVANDER
AREA= 5.72m2
AREA= 5.72m2 AREA= 5.72m2
DET.1
DET.1 e 2
DET.3
DET. DET. 1 1 SEM ESCALA SEM ESCALA
DET. DET. 1 1
SEM ESCALA SEM ESCALA
DET. DET. 2 2 ESCALA 1:10 ESCALA 1:10
DET. DET. 2 2
ESCALA ESCALA 1:10 1:10
DET. DET. 3 3 ESCALA 1:10 ESCALA 1:10
D
49
SALA E COZINHA ÁREA:28m2
LAVANDERIA ÁREA:5.7m2
CORTE A
MÓDULO T4 ESCALA: 1:100
ESCRITÓRIO
ESCRITÓRIO
ÁREA:8.2m2
CORTE B
MÓDULO T4 ESCALA: 1:100
ÁREA:8.2m2
CORTE C
MÓDULO T4 ESCALA: 1:100
50
DET.2 DET.2 BB
PLANTA PLANTABAIXA BAIXA--DET. DET. CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO
QUARTO QUARTO
AREA= 16.5m2 AREA= 16.5m2
ESCALA ESCALA1:50 1:50 MÓDULO MÓDULOO1 O1
AA
CORTE CORTEAA DET.3 DET.3
ESCALA ESCALA1:50 1:50
DET.4 DET.4
QUARTO QUARTO
AREA= 16.5m2 AREA= 16.5m2
QUARTO QUARTO
AREA= 16.5m2 AREA= 16.5m2
DET.1 DET.1 ESCALA: ESCALA:1:10 1:10
CORTE CORTEBB ESCALA ESCALA1:50 1:50
LANTA PLANTA BAIXA BAIXA - DET. - DET. CONSTRUTIVO CONSTRUTIVO
QUARTO QUARTO
AREA=AREA= 16.5m216.5m2
SCALA ESCALA 1:50 1:50
ÓDULO MÓDULO O1 O1
51 ESCALA: 1:10
A A
CORTE CORTE A A ESCALA ESCALA 1:50 1:50
DET.4 DET.4
DET.3 DET.3
QUARTO QUARTO
AREA=AREA= 16.5m216.5m2
QUARTO QUARTO
AREA=AREA= 16.5m216.5m2
DET. 2
DET. 1
ESCALA: 1:10
ESCALA: 1:10
DET.1 DET.1
DET.1
CORTE CORTE B B ESCALA ESCALA 1:50 1:50
DET.1 e 2
DET.3 DET.3
DET. DET. 4 4
ESCALA: ESCALA: 1:10 1:10
ESCALA: ESCALA: 1:10 1:10
DET.3
DET.3
ESCALA: 1:10
DE
52
C
PLANTA BAIXA - DET. CONSTRUTIVO ESCALA 1:50
MÓDULO O2
B
CORREDOR
QUARTO
BANHEIRO
AREA= 16.8m2
AREA= 5.6m2
A
DET.1
DET. 1
ESCALA: 1:10
DET. 2
ESCALA: 1:10
DET.3
ESCALA: 1:10
53
DET.2 DET.2
BANHEIRO
AREA= 5.6m2
QUARTO
BANHEIRO
AREA= 16.8m2
AREA= 5.6m2
CORREDOR
EB
CORTE C
ESCALA 1:50
CORTE C
CORTE A
ESCALA 1:50
ESCALA 1:50
CORREDOR
QUARTO
CORREDOR
QUARTO
AREA= 16.8m2
QUARTO
AREA= 16.8m2
CORTE B ESCALA 1:50
CORTE B ESCALA 1:50
ESCALA 1:50
CORTE C ESCALA 1:50
AREA= 16.8m2
CORREDOR
AREA= 5.6m2
BANHEIRO
CORREDOR
QUARTO
AREA= 16.8m2
CORTE A A
BANHEIRO
CORREDOR
AREA= 16.8m2
BANHEIRO
DET.3
DET.2
QUARTO
AREA= 5.6m2
DET.3
AREA= 5.6m2
BANHEIRO
AREA= 5.6m2
DET.3
C
54
PLANTA BAIXA ESCALA 1:50 MÓDULO O3
DET.1
B
ESCRITÓRIO AREA= 8.2m2
A
DET. 1
ESCALA: 1:10
BANHEIRO
AREA= 5.6m2
QUARTO
AREA= 16.8m2
55
QUARTO
ÁREA:16.8m2
ESCRITÓRIO ÁREA:8.2m2
BANHEIRO ÁREA:5.6m2
CORTE A ESCALA 1:50 CORTE A MÓDULO O3 ESCALA 1:50
MÓDULO O3
CORTE C ESCALA 1:50 CORTE C MÓDULO O3 ESCALA 1:50 MÓDULO O3 QUARTO
ÁREA:16.8m2
CORTE B CORTE B MÓDULO O3
ESCALA 1:50 ESCALA 1:50 MÓDULO O3
CORREDOR
ESCRITÓRIO ÁREA:8.2m2
QUARTO CORREDOR
SALA + COZINHA
CORTE ESQUEMÁTICO T3 O4 + E1
MÓDULO DE ESCADA E1
DET.2
56
DET.2 DET.2 DET.1
DET.2 DET.1 DET.1 DET.3
DET. 1 ESCRITÓRIO
DET.1
ESCALA: 1:10
ÁREA:8.2m2
DET. 1 DET. 1 ESCALA: 1:10
DET.3 DET.3
ESCALA: 1:10
DET. 1
DET.3
CORTE C
ESCALA: 1:10
ESCALA 1:50 MÓDULO O3
DET.2
ESCALA: 1:10
DET.2 DET.2 ESCALA: 1:10 ESCALA: 1:10
DET.2
ESCALA: 1:10
C
C
PLANTA BAIXA ESCALA 1:50 PLANTA BAIXA MÓDULO O4
57
ESCALA 1:50 MÓDULO O3
B
DET.1
B
BANHEIRO ESCRITÓRIO
AREA= 5.6m2
AREA= 8.2m2
AA
PLANTA BAIXA ESCALA 1:50 MÓDULO O4
DET. 1
ESCALA: 1:10
QUARTO 2 BANHEIRO
AREA= 12m2 AREA= 5.6m2
QUARTO
AREA= 16.8m2
QUARTO 1
AREA= 16.8m2
DET.1
58
BANHEIRO
QUARTO 2
ÁREA:5.6m2
QUARTO 1
ÁREA:12m2
ÁREA:16.8m2
CORTE A CORTE A ESCALA 1:50
ESCALA 1:50 MÓDULO O4 MÓDULO O4
QUARTO 1
ÁREA:16.8m2
CORTE B CORTE B ESCALA 1:50
ESCALA 1:50 MÓDULO O4 MÓDULO O4
CORREDOR
3
59
DET.2
DET.1 DET.3
DET. 1
ESCALA: 1:10
DET.DET.1 1
DET.3
ESCALA: 1:10
QUARTO 2 ÁREA:12m2
DET. 1
DET.3
ESCALA: 1:10
CORTE C ESCALA 1:50
DET.2
MÓDULO O4
ESCALA: 1:10
DET.2
ESCALA: 1:10
DET.2
ESCALA: 1:10
DET. 1
ESCALA: 1:10
CONCLUSAO
61
Conclusão O wood frame é um método de construção que vem sendo amplamente utilizado em projetos de escala unifamiliar em variados países desenvolvidos por muitas gerações. Atualmente o mercado de construção em madeira é promissor no âmbito nacional, devido ás condições favoráveis de produção madeireira e pela carência de um mercado de soluções sustentáveis. (MOLINA; JÚNIOR, 2010) A implementação deste sistema wood frame no Brasil está relacionado á pesquisas aprofundadas e material teórico relacionados ao sistema, à diferenciação do sistema leve em madeira com a construção tradicional pesada em madeira, e estre trabalho de conclução de curso tem por objetivo a complementação dos estudos nacionais existentes no que se refere ao sistema construtivo wood frame. De acordo com Molina e Júnior ( 2010) uma casa em wood frame não se trata somente de uma casa de madeira, mas sim de uma casa construída com alta tecnologia sustentável e que passou por um controle de qualidade durante sua etapa de projeto. Uma construção com um sistema que possuí vantagens como a velocidade, flexibilidade, conforto térmico, acústico e de preço. Por isso, é de grande importância conscientização dos profissionais da construção da necessidade de se familiarizar com o método. Foi apresentada de forma detalhada neste trabalho, a metodologia construtiva do sistema wood frame. Apesar de
ser um sistema que possuí um grande número de elementos construtivos, o sistema wood frame é simples e não requer ferramentas caras, isto devido ao seu caráter de execução ser parcialmente industrializado. O projeto desenvolvido durante o percurso do desenvolvimento deste trabalho é de escala unifamiliar, mas poderia futuramente adquirir uma escala maior.
62
Referências ALLEN, E.; THALLON, R. Fundamentals of Residential Construction. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, 2011. AMERICAN WOOD COUNCIL. Wood Frame Construction Manual for One- and Two-Family Dwellings. Leesburg, VA, 2015. A tiny house/study pod for an NYU Professor….on wheels. Disponível em: <http://relaxshacks.blogspot.com/2014/07/a-tiny-housestudy-pod-for-nyu.html> Acesso em: 08 maio. 2018 Australian standards. Disponível em:<https://www.standards.org.au/standards-catalogue/sa-snz/building/tm-010> Acesso em: 19 julho. 2018 BATISTA, F. D. A Tecnologia da Construção em Madeira na Região Curitiba: Da Casa Tradicional à Contemporânea. Florianópolis: Monografia, Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, 2007 BELMETAL.DISPONÍVEL em: <http://www.belmetal.com. br/app/webroot/files/ products /archives/archives/88/telha-de-policarbonato.pdf> Acesso em: 18 maio 2018. CARDOSO, L. A. Estudo do método construtivo wood
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63
Naust V / Koreo Arkitekter + Kolab Arkitekter. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/780366/naust-v-koreo-arkitekter-plus-kolab-arkitekter?ad_medium=gallery> Acesso em: 16 maio. 2018 PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: LTC, 2003. Slow Cabins (TM) in Belgium / Xavier Leclair. Disponível em: <https://www.archdaily.com/894197/3-cabins-in-belgium-slow-cabins?ad_mediu m=gallery> Acesso em: 16 maio. 2018 TECVERDE. Curitiba, 2015. Disponível em: <http://www.tecverde.com.br/>. Acesso em 26 maio. 2018. Compõem