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Apostar é arriscar?
APOSTAR É ARRISCAR?1
projeto mezanino de fotografia e Portfólio
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“Creio que ‘apostar’ e ‘arriscar’ sejam dois termos que não devem ser usados no caso específico. Muitas vezes, no meu trabalho como curador encontrei artistas cujas obras me ensinaram a perceber e a refletir sobre determinadas questões que me interessavam. Alguns deles transformaram-se em referência para a arte brasileira, outros, não. Isso, a meu ver, não significa que no primeiro caso eu tenha ‘apostado’ e ‘ganho’ e que no outro eu tenha ‘apostado’ e ‘perdido’. Simplesmente ocorreu que alguns artistas que respondiam às questões estéticas e artísticas de determinado período continuaram a responder e os outros não. O que desejaria esclarecer, enfim, é que não vejo o trabalho curatorial como um jogo, em que se ‘arrisca’ para ‘perder’ ou ‘ganhar’. O trabalho de curadoria – sempre decorrência de uma atitude crítica diante da arte – diz respeito a tornar públicas determinadas questões relevantes para a cultura e para a sociedade em determinado período do processo social.”
1 Nota da organizadora: última atualização em 1 de junho de 2010. Tadeu Chiarelli Curador de fotografia Projeto Mezanino de Fotografia 2004
“Apostar na produção de um artista emergente implica, necessariamente, uma dimensão de risco, que me parece inerente à atividade curatorial ligada à arte contemporânea. De qualquer forma, trata-se de um risco calculado. Mesmo que o trabalho do artista não tenha os desdobramentos esperados no médio e longo prazo, sua escolha em determinado momento, quando realizada com critério, torna-se significativa por materializar o discurso de sujeitos históricos comprometidos com seu tempo (no caso, tanto o curador quanto o artista).”
Helouise Costa Curadora de fotografia Mezanino de Fotografia 2005
“Arriscar é acertar!”
Eder Chiodetto Curador de fotografia Portfólio 2006-2007
“Não, eu não estou arriscando. Estou jogando no certo, reconhecendo o potencial. O Patrick [Pardini] já tem um trabalho maduro. Os três caras estão aí [Cia de Foto, Daniel Santiago e Jonathas de Andrade] também fazendo um trabalho. Então eu nunca entro nessa de ‘Ah! estou arriscando’. Agora, quem está de fora, sim, pode achar.”
Eduardo Brandão Curador de fotografia Portfólio 2007-2008
“Sem risco não há prazer. Apostar é potencializar a vida. Em literatura, só o tudo ou nada vale a pena.”
Nelson de Oliveira Curador de literatura Mezanino de Fotografia 2005 e Portfólio 2006-2007
“Sem dúvida. O risco faz parte do jogo. E jogar é sempre bom.”
Raimundo Carrero Curador de literatura Portfólio 2008
“Apostar é viver, e vida é risco e prazer.”
Rose Silveira Curadora de literatura Portfólio 2008