Revista OM Line - 20ª Edição

No Problem

Se você anda angustiado

Com alguma tristeza do passado

Se alguém te deixa chateado

Com aquele astral mal humorado

Nunca seja afetado

Muito cuidado ao seu estado

Pra evitar ser abalado

E pra que tudo seja transformado

Crie espaços de paz

Com o slogan que diz No problem

Atenção na intenção

Com pureza em cada ação

Se a mente muda o mundo muda Cante junto essa canção

Música “No Problem” do albúm “Viratrupe”, da Editora Brahma Kumaris. Clique no ícone acima para ouvir.

Queridas almas que leem e compartilham a revista Om Line, Saudações de Paz!

Nesta edição, vamos refletir no trio: Pause, escolha, res ponda. Como nos mostrou Gayatri Naraine.

Seja um observador desapegado, prepare-se para o silêncio e livre-se das armadilhas, como nos ensinaram respectivamente os maravilhosos yogis Ken O’Donnell, Mohini Didi e Dadi Janki.

Nesta edição, você também encontra outras reflexões importantes. Vá adentrando suavemente, página a pá gina, respiração a respiração, texto a texto e, pouco a pouco, aproprie-se da maravilhosa arte de ser um au to-regente, um raja yogi. Isso mesmo, aprenda a ser rei de si mesmo em 3 tempos: passado, presente e futuro. Aprenda como criar possibilidades, sustentar suas esco lhas e destruir os obstáculos em cada situação.

Desejamos que você tenha uma excelente experiência!

Goreth Dunningham e equipe Om Line

AO LEITOR

14. MATÉRIA DE CAPA

Pause. Escolha. Responda. Gayatri Naraine

8. OM PRIMEIRA PALAVRA

Ser um observador desapegado Ken O’Donnell

10. OM INSPIRAÇÃO

Preparando-me para o silêncio Mohini Didi

26. OM TRANSFORMAÇÃO

Conflitos?: Pause, escolha, responda Rute Freitas

18. OM VIRTUDES

Paro, pergunto-me e encontro as respostas Paulo Sergio Barros

32. OM COMIDA PURA

Uma pausa para escolher melhor Ana Paula Paixão

22. OM LEVEZA

Liberdade: O direito de ser feliz Patrícia Schmidt Carvalho

34. OM ÚLTIMA PALAVRA

Armadilhas Dadi Janki

36. MEDITAÇÕES OM LINE

Meditação para o equilíbrio Ken O’Donnell

OM SHANTI!

EXPEDIENTE

Editora: Goreth Dunningham

Design e diagramação: Felipe Arcoverde

Revisão: Valéria Ferreira Amores Site: Ricardo Skaf Mídias Socias: Naiara Rios

Colaboração: Samanta Brandão e Sandra Costa Ilustrações: Freepik.com

Envie para nós os seus e-mails, dúvidas e sugestões, através do Facebook e Instagram ou e-mail: revista.omline@br.brahmakumaris.org

Facebook.com/omlinebrahmakumaris Instagram.com/omlinebrahmakumaris www.brahmakumaris.org.br/revista

CUIDE DE SUA SAÚDE MENTAL E TORNE-SE A MELHOR VERSÃO DE SI

Vídeo com Dr. Cícero Prado Sampaio, médico cirurgião, residente em Joinville-SC. Fundador do Centro da Brahma Kumaris em Brasília e professor de Raja Yoga há 41 anos. Clique no ícone a cima para ver

um observador desapegado

No corre-corre de todos os dias preciso parar de vez em quando para recarregar as baterias inter nas e colocar tudo na sua pers pectiva correta. A prática de levar os pensamentos além daquilo que está acontecendo é funda mental para tomar o pulso da si tuação e das pessoas e organizar os pensamentos, as palavras e as ações. Esse vai e vem conscien te tem a funcionalidade de uma roupa folgada.

Se preciso estar presente e concentrado, posso vestir-me de atenção. Mas, se não é necessária

a minha participação atenta, pos so retirar-me para o estado de observador desapegado. Não so mente um observador, um mem bro da plateia da peça da vida que se deixa levar pelas emoções do momento, mas também o desa pegado que foi tão além que não tem como voltar.

Desapego consciente não é ig norar ou afastar-se das cenas e das pessoas, e sim não ser afetado negativamente por elas. Tenho de ser desapegado para amar incon dicionalmente. Tenho de saber amar para servir.

Ken O’Donnell é praticante de meditação Raja Yoga desde 1975 (47 anos). É autor de 18 livros sobre desenvolvimento pessoal e de organizações. Atua profissionalmente como consultor internacional nas áreas de planejamento e gestão. Atual coordenador da Brahma Kumaris para a América do Sul.

9 *

PREPARANDO-ME PARA O SILÊNCIO

Um dos verdadeiros presentes de uma vida ocupada é um período extenso de silêncio, um momento em que inten cionalmente voltamos nossa atenção para longe da correria das conversas e compromissos, imagens e mensagens, listas e obrigações, e calmamente nos sintonizamos a um espaço interior.

Para alguns de nós, silêncio imposto foi uma punição no nosso passado, por exemplo, um pai pode ter dito “Cale a boca e vá para o seu quarto!”. O silêncio do qual estamos falando aqui é uma escolha. O silêncio é uma chance de descobrir coisas novas e diferentes. A ausência de conversa é bem diferente quando estamos escolhendo não falar.

Silêncio não é falta de comunicação. Há uma linguagem sutil que nos conecta através dos olhos, de um sorriso ou de um gesto. A fluência nessa linguagem sutil pede uma habilidade de observar os pequenos detalhes da vida. À medida em que desenvolvemos proximidade com essa linguagem sutil, descobrimos que somos menos dependentes dos dispositivos mecânicos que podem nos conectar, mas que podem também nos fazer sentir mais separados.

Ao ingressar num espaço interior de silêncio, estamos nos sintonizando ao espírito da natureza e deixando ir a tendência de ser crítico.

O silêncio proporciona a oportunidade para identificar em mim, as qualidades que possuem a capacidade de me transformar. Em silêncio, posso conectar a qualidade mais elevada do meu pensamento mais leve, mais limpo.

A ação emerge da semente do pensamento. As ações são os frutos dessas sementes. Qual é o solo no qual escolho plantar as sementes dos meus pensamentos?

Violência ou paz? Raiva ou amor? Essas escolhas são transformadoras.

O estado de consciência que obtenho no silêncio conecta-se diretamente à qualidade do meu entendimento. Entendimento “no som” é um processo cognitivo, enquanto o entendimento “no silêncio” é mais sutil, resultando em entendimentos que emergem de dentro. Esses são exemplos muito diferentes.

No silêncio, descubro minhas qualidades inatas, as qualidades que são intrínsecas a quem eu sou. Aqui, em silêncio, acesso meu eu eterno e me torno confiante nessa essência profunda.

A experiência de reconhecer minhas qualidades intrínsecas e únicas aumenta meu poder de receber. Em silêncio, acesso minha força interna e experimento confiança, fé, segurança, beleza, valor. É a partir dessa força interna que minhas ações evoluem.

Em silêncio, posso escutar o chamado de Deus, o chamado da natureza, o chamado dos necessitados.

por Mohini Didi

O silêncio é um espaço interno de aprendizagem. Quando não entendo algo, continuo a me agarrar a isso. Quando a aprendizagem aconteceu, posso me libertar disso e seguir em frente.

Em silêncio, descubro a verdade entrando em contato com o eu verdadeiro. O silêncio aumenta minha capacidade de manter a verdade internamente.

O silêncio é uma oportunidade de descansar no colo da minha própria grandeza. Lembre-se de cuidar de si com a atenção especial que você poderia dar a qualquer grande alma.

O silêncio é uma disciplina, não de fazer, mas de ser.

Use esses pensamentos sobre silêncio como uma “bandeja de aperitivos”, escolhendo o que você quer para apoiá-lo enquan to você transita para um espaço interior silencioso. *

Mohini Didi é diretora administrativa adicional da Brahma Kumaris. Ela é presidente da Organização Espiritual Mundial Brahma Kumaris dos EUA, coordenadora regional da Brahma Kumaris para as Américas e o Caribe e representante da BK nas Nações Unidas.

PAUSE.

Há coisas vindo a nós de fora para dentro e as que estamos emitindo de dentro para fora. Situações e pessoas vêm de fora, de modo que o que recebemos deles independe do nosso con trole. Porém, o que sai de nós em resposta, como os nossos pensamentos, palavras e com portamento, partem sempre da nossa escolha.

Nós pensamos que alguém causou nossa infelicidade, raiva, dor ou medo, pois temos o há bito de incriminar. Também não estamos cientes de que a nossa resposta é de nossa criação in terna. Escolhamos hoje, cons cientemente responder com paz, calma e felicidade.

“Alimentar a mente com bons pensamentos para começar o dia é como plantar sementes em um solo fértil. O ambiente externo é frequentemente um reflexo dos nossos pensamentos. Nós colhemos os frutos de pensamentos felizes que atraem experiências felizes”

Ninguém pode criar nossas emoções ou nos fazer sentir de certo modo. Nós as criamos, mas, erroneamente acreditamos que os outros são responsáveis por como nos sentimos.

Consideremos a responsabilidade pessoal pelos nossos pensamentos, sentimentos e comportamento. “Ele me injustiçou, e, então, eu fi quei chateado.” “O comportamento dela me enraiveceu.” Essas palavras não devem fazer parte do nosso

vocabulário. Nossas situações não determinam nossa felicidade, nos sa resposta à situação, a determina. A resposta começa com os pensa mentos que nossa mente cria.

Alimentar a mente com bons pensamentos para começar o dia é como plantar sementes em um solo fértil. O ambiente exter no é frequentemente um reflexo dos nossos pensamentos. Nós colhemos os frutos de pensa mentos felizes que atraem ex

* MATÉRIA DE CAPA * por Gayatri Naraine

periências felizes. Sente-se em meditação e pro grame sua mente para ter um dia perfeito. Estabeleça a fundação da estabilidade emocional para cons truir suas respostas. As situações e pessoas podem ser imperfeitas, mas seu estado mental permane ce perfeito, calmo, feliz e pacífico. Seus pensamentos, palavras e atos devem irradiar vibrações positivas, influenciar pessoas e situações e atrair paz e felicidade.

Gayatri Naraine é representante da Brahma Kumaris nas Nações Unidas desde 1980. Ela teve um papel crucial no desenvolvimento do Programa Vivendo Valores na Educação e trabalhou estreitamente com a Unicef e a Unesco em sua implementação.

*

VIRTUDES

por

Sergio Barros

Paro, pergunto-me e encontro as respostas

O que é preciso é ser-se natural e calmo Na felicidade ou na infelicidade, Sentir como quem olha, Pensar como quem anda [....].

Lembrar-se de que o dia morre, E que o poente é belo e é bela a noite que fica... Assim é e assim seja...

FERNANDO PESSOA

Muitos de nós vivemos uma sensa ção de que o dia não dura 24 ho ras, que o tempo parece correr mais veloz. Outros, no auge da pandemia da covid-19, experimentavam uma realidade de dias extensos. Sim, nós criamos o nosso tempo. Con tudo, o seu ritmo é um fenômeno determinado pela nossa percepção e ação. Como percebemos o ritmo do tempo do mundo, das pessoas e o nosso, é algo pessoal. O que te mos que fazer? Seguir o(s) nosso(s) ritmo(s). Às vezes, em alguns as pectos das nossas vidas, precisamos caminhar lentamente, observando, escutando, com paciência. Outras vezes precisamos correr ou voar. Um esforço para superar um traço de personalidade forte que afeta negativamente o desenvolvimen to da espiritualidade, pode ser uma caminhada lenta, de anos ou déca das. Mas tomar uma decisão para

superar essa característica e mu dar de vida, pode ser uma decisão rápida, em minutos ou segundos. Também pode durar um tempo mediano, se nos falta determina ção e sobra procrastinação.

Para compreender e lidar com o nosso tempo, precisamos apren der a pausar e eleger a intensida de e os métodos para encontrar as respostas, ou seja, as mudan ças necessárias em nossas vidas. Quando percebemos que o tempo acelera e as demandas das nossas escolhas e as nossas responsa bilidades nos causam tensões, é tempo de perguntar-nos:

Quem sou eu?

Por que estou desempenhando esse papel?

Como desacelerar?

Como transformar o processo?

É o nosso tempo, a nossa alma, pe dindo um pouco mais de calma; o corpo pedindo um pouco mais de alma, como canta Lenine em Pa ciência. A vida não para, mas nós podemos pausar para mudarmos o curso, o ritmo, os propósitos.

As pausas podem ser paradas para dar um tempo e continuar na mesma cadência, ou refazer, recon siderar, redesenhar, construir algo inédito, encontrar uma luz, uma vir tude, um talento impensável até o momento da parada. Mudamos os pensamentos, a comunicação, os relacionamentos, as ações. A vida é redesenhada. Há uma mudança de propósito, de consciência. Nós nos descobrimos mutantes aprendizes, mudamos de ideia como cantam os cantores e cantoras do Viratrupe. Continuamos o mesmo ser, apenas em um estado de transformação.

As mudanças, sejam elas em tem po longo, médio ou curto, são res postas às nossas pausas e escolhas

(perguntas). Se as respostas às nos sas pausas e escolhas não vêm de imediato, no tempo que estabelece mos, não imposta muito. Precisamos demais determinação, fé, paciência. Se as pausas e escolhas nos propor cionaram boas perguntas, as respos tas estão sendo construídas e virão no momento preciso, quando já estaremos vivendo transformações seminais. O poeta Mário Quintana afirma que o que menos importa é a resposta certa. “O essencial é que as perguntas estejam certas”.

20 * Cada pergunta, movida por um desejo de mudança, tem um tempo específico, que requer uma atenção, um esforço e uma intensidade dife rentes, estabelecidos pela medita ção, e pela nossa história (ações). O contentamento de já não nos inco modarmos mais com um tipo espe cífico de pensamento, de desejo, de relacionamento ou de atitude, po dem ser as respostas que nos pro pusemos no dia anterior, há um ano,

OM VIRTUDES * por Paulo Sergio Barros

Paulo Barros é educador, escritor e professor da Brahma

Kumaris em Fortaleza-CE.

21 talvez há uma década. Às vezes nem nos lembramos da pergunta, tampouco quan do foi feita. Foi correta e nos conduziram a uma resposta: a autotransformação. Esta é a mais auspiciosa resposta, mudança e per cepção que podemos ter. Por quê? Quando nós mudamos, o mundo muda. *

LEVEZA * por Patrícia Schmidt Carvalho

O direito de ser feliz

A vida cotidiana a cada dia nos apresenta desafios maiores. Quer seja através de pessoas, situações, natureza, circunstâncias, nosso próprio corpo. Somos literalmen te bombardeados diariamente. Como já diziam os sábios chi neses da antiguidade, o mesmo eneagrama usado para descrever a crise é utilizado para descrever oportunidade.

Mas o que faz com que alguém possa fazer dos limões da vida, limonadas? A resposta é auto conhecimento .

Primeiro, para termos muita clareza de qual é nossa meta, nosso propósito, nossa refe rencia, nossa linha de chegada. Carregamos dentro de nós essa memória, mas para decifrá-la

precisamos de palavras, por mais que as palavras de fato nunca possam alcançar o significado de plenitude completamente. Pa lavras que tenham o poder para despertar nossa essência, na qual está gravada para a eternidade nosso DNA divino, espiritual.

Em segundo lugar, auto conheci mento para reconhecermos inter namente nossas diversas capacida des, nossas armas para podermos neutralizar o efeito que a energia das situações é capaz de ter sobre a nossa consciência. Armas como a paz, o amor, a pureza, a verdade. Poderes que tem a capacidade de frear o ímpeto de uma palavra, de uma ação, ou mesmo uma sequên cia de pensamentos negativos, que nos enfraquecem e confundem.

Com poder espiritual somos ca pazes de fazer escolhas. Primei ro porque somos apresentados à uma gama de opções no menu da existência, opções simples, fá ceis, possíveis, mas que por muito tempo pensamos ser privilégio de poucos escolhidos. Depois, porque desenvolvemos a capacidade de transformar nossa atitude, o pano de fundo de toda a expressão do ser, as lentes com as quais vemos

as cores da vida que se desenrola à nossa volta. Usando lentes adequa das aos nossos objetivos transfor mamos nossa visão, e consequen temente transformamos nossos sentimentos, nossas palavras, nos sas ações, nosso mundo.

Uma resposta que venha a par tir de uma atitude benevolente, ili mitada, pura, é uma resposta que impacta a nossa realidade, que cria um destino benevolente tam

* OM LEVEZA * por Patrícia Schmidt Carvalho

“...Usando lentes adequadas aos nossos objetivos transformamos nossa visão, e consequentemente transformamos nossos sentimentos, nossas palavras, nossas ações, nosso mundo...”

Patrícia Schmidt Carvalho é cirurgiãdentista e pratica meditação Raja Yoga há 32 anos.

bém. Logo, não há necessidade de preocupar-se, ou ter medo. Sabe mos que o que está acontecendo hoje é bom, e que certamente o que acontecerá amanhã será ain da melhor. Esta é uma garantia.

Claro que o ponto de partida para toda essa nova fórmula do viver parte de momentos de silêncio, in trospecção, solitude, estudo, pau sa, reflexão. Tudo com muita leve za e felicidade, porque só somos

capazes de sustentar aquilo que nos faz felizes. E quando somos capazes de gerar novidade, e de nos mantermos produtivos inter namente, alimentados com novas descobertas, insights, movimento, e mais do que isso, se formos ge nerosos a ponto de compartilhar isso amplamente, sem restrições, então não importa o que aconteça, seremos capazes de nos manter contentes, felizes.

*

CONFLITOS?: PAUSE, ESCOLHA, RESPONDA

A PAUSA É

Sim, a Pausa é o caminho que a espiritualidade emprega para que possamos fortalecer a percepção de nossos reais valores, virtudes e tesouros interiores.

Uma prática importante, para a espiritualidade é a necessidade de cultivar relacionamentos harmo niosos, e que fortaleçam a felici dade e paz no ambiente e no pla

neta. Neste sentido, a Pausa é um recurso valioso, que propicia uma oportunidade de aprender, apro veitar, transformar e curar.

Quando estamos vivenciando um relacionamento em que a comu nicação raivosa, por exemplo, está presente, podemos nos contaminar momentaneamente com o estres se e a negatividade da raiva. E como podemos evitar e enfrentar positi vamente essa situação?

Aprendendo a usar o recurso da Pausa, ou seja, do poder do silên cio, crio um espaço para alimen tar o ser com os ensinamentos do Dharma, e posso refletir sobre as oportunidades positivas e equili bradas de ação.

A pausa na ação nos permite ter a percepção do que realmen te está acontecendo em uma si tuação, e é o recurso, que posso empregar, neste momento, para poder utilizar um olhar mais am plo, sobre a cena, me permitindo assim, elaborar uma resposta que estabeleça e reforce a harmonia e paz para esse relacionamento.

Quando aplico a pausa neste sen tido, entendo que ela vem acompa nhada com o senso de responsa bilidade, pois, eu sou responsável por minha comunicação. Indepen

dentemente da situação que está na minha frente, eu posso oferecer uma fala que preze a paz e harmo nia deste relacionamento.

A pausa, me permite acei tar com mais facilidade o outro, exatamente como ele está neste momento, e também me permi te ficar afastado da comunica ção reativa. Ela fornece também a possibilidade de criar, um bre ve tempo, para que eu possa me recompor sobre qualquer tipo de resistência negativa sobre o outro e/ou a situação em si.

Neste sentido, me torno plena mente consciente de que a pausa é um estado de afastamento mo mentâneo da situação externa, em

que me permito ficar conectado, através do silêncio, com minha ca pacidade de compreensão e com meus poderes espirituais.

Compreensão, pois compreendo, que possuo a capacidade de centrar meus pensamentos e atitudes para sensibilizar e transformar a comuni cação raivosa do outro.

Poder, para invocar os meus po deres espirituais, de tolerância, pa ciência, respeito, cooperação, para reconhecer que posso contribuir positivamente com o outro. Encon tro a forma de potencializar e apli car a soluçao da paz.

* OM TRANSFORMAÇÃO * por Rute Freitas

A ESCOLHA FAZ OPÇÕES

A escolha faz opções, e na trajetória espiritual, esse poder de saber selecionar, escolher, as opções conectadas as qualidades do ser, é um ensinamento que requer prática, meditação e paciência.

A escolha é uma opção única, pertinente a cada um de nós e pode proporcionar o brilho da alegria as sim como a escuridão da raiva. Ao trilhar o caminho da espiritualidade nos propomos a realizar mudanças significativas e positivas no nosso poder de escolha.

Afinal, A escolha faz opções, e estas opções possuem um sig nificado diferente quando vista sobre a ótica da prática da espi ritualidade. Um significado, que apresenta como proposta nos li bertarmos e nos curarmos da rai va e do sofrimento.

Nossas escolhas, pautadas na espiritualidade, diante de uma comunicação raivosa, apresenta

em si a capacidade de: Recarre gar , Estabilizar e Limpar a vibra ção da energia negativa e fortale cer nosso autorrespeito.

Ao escolher a Pausa, diante de uma comunicação raivosa, estou buscando manter o meu autor respeito em foco, e tenho a per cepção de que o próximo passo é dar atenção aos meus pensa mentos e atitudes. Com autorres peito e compreensão, a disposi ção para escolher está além dos sentimentos negativos de raiva e fraqueza do outro. Isso nos per mite fortalecer a motivação inte rior para encontrar uma comuni cação positiva e a harmonia no relacionamento.

Recarregar os pensamentos positivos!

Ao escolher se conectar com a energia do autorrespeito, ativamos os pensamentos positivos para criar uma solução que conduza a uma transição entre a comunicação rai vosa e a comunicação harmoniosa.

Limpar

De acordo com minhas escolhas desenvolvo e fortaleço minhas ha bilidades e capacidade de limpar a comunicação e vibração da raiva deste relacionamento. Está em nos sas mãos decidir trabalhar nosso es tado mental de modo que a minha comunicação e atitudes, expressem uma solução que esteja baseada nos preceitos da espiritualidade.

A RESPOSTA CONECTA Uma resposta pode abrir caminho para o horizonte ou pode até mesmo bloquear a luz do sol do outro!

Através da prática da meditação e reflexões sobre os ensinamen tos do Dharma, a solução de uma situação de conflito raivoso pode ser acompanhada de uma respos ta de conexão com a superação e a vibração da harmonia.

Confiar nos nossos recursos in teriores, manter essa abertura que viabiliza uma conexão com uma res posta motivada pela vibraçao da har monia, amorosidade, serenidade e solidariedade empodera e gera uma energia positiva.

A resposta que conecta a solução com o nosso poder espiritual, nestes casos, permite fortalecer a possibi lidade de se desenvolver relaciona

* OM TRANSFORMAÇÃO * por Rute Freitas

mentos pautados na tranquilidade, flexibilidade e harmonia. Possui, em si, a capacidade de reflexão, para não reagirmos, imediatamente, e res pondermos no sentimento de raiva, insegurança, mas nos permitindo elaborar uma reposta direcionada pelos nossos valores e força interior.

Todo e qualquer desafio, como por exemplo, uma comunicação raivosa, pode ser entendido como um degrau para meu crescimento pessoal, profissional, espiritual, uma oportunidade para oferecer a mim, ao outro e ao meio ambiente, a vi bração da paz.

Neste contexto, passo a me sentir emocionalmente mais con fiante para centrar minha energia em atitudes e comportamentos que tenham possibilidades positi vas de mudanças.

Então, fica a sugestão dessa pre ciosa dica: diante de um desafio, que tal se permitir uma Pausa, para escolher sua melhor resposta pacifi

ca?, a partir dai, você pode escolher a resposta que lhe conecta com o seu Poder de decidir!

31 Eu, você, ele, ela, podemos de cidir e escolher pelo poder de res posta que fortalece o autorrespeito por meio de uma vibraçao de har monia e paz em todos os ambien tes que frequentamos. *

Rute Freitas é aluna de Murli e meditação da BK, matemática, mestre em Computação, especialista em Ciência da Mente e Pensamentos Positivos, PNL, terapeuta holística, voluntária da coordenação da Campanha Escolha a Calma e da executiva do Movimento Internacional da Cultura da Paz, em Campinas-SP.

Uma pausa para escolher melhor

Conseguir pausar para escolher sempre geram as melhores res postas. Mas como fazer essa pau sa de forma assertiva? Será que existe uma dieta específica que nos ajude com isso?

Antes de falarmos sobre alimen tos é importante entendermos so bre o intelecto. Ele é uma parte da alma que é responsável pelo dis cernimento e para que funcione bem, deve estar limpo e alinhado com a Verdade. Quando digo lim po, quero dizer sem interferências de pensamentos e sentimentos

inúteis e negativos. Sendo assim, uma alimentação vegetariana, con sumida de forma fresca e prepara da na lembrança de Deus fazem uma verdadeira faxina no intelecto.

Mas nem só de comida nos ali mentamos, não é mesmo? “Come mos” o que vemos, o que ouvimos, o que sentimos. Dessa forma, tam bém é importante termos atenção a tudo que chega até nós. Vamos pre ferir olhar o lado bom das coisas e situações, as boas companhias, bons livros, boas músicas, boas receitas... Por falar nisso, escolhi uma músi

* OM COMIDA PURA

por Ana Paula Paixão

ca especial para você ouvir enquanto prepara esse bolinho. Capriche nos pensamentos e mão na massa.

BOLO DE COCO

Ingredientes

• 02 xícaras de farinha de trigo

• 3/4 xícara de açúcar

• ½ xícara de óleo de coco

• 01 xícara de leite de coco

• ½ xícara de coco ralado

• 01 colher (chá) de vinagre

• 01 colher (sopa) de fermento

• 01 pitada de sal

Modo de preparar

Misture bem todos os ingredientes secos, acrescente os líquidos e, por último, o coco ralado. Coloque em uma assadeira e leve ao forno médio por 20 minutos.

Música “Jeevan Ke Data” de BK Dr.Damini, do Godlywood Studio. Clique no ícone acima para ouvir.

Ana Paula Paixão, pratica meditação Raja Yoga há mais de 12 anos. É designer, culinarista e encantada com a natureza.

* OM ÚLTIMA PALAVRA * por Dadi Janki

ARMADILHAS

Trechos retirados do livro “Companheira de Deus”, da Editora Brahma Kumaris

Dadi Janki, yogini indiana, líder espiritual da Brahma Kumaris, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica do Texas como a mente mais estável do mundo. Deixou o corpo físico e ascendeu ao mundo espiritual em março de 2020.

Mantenha-se livre de armadilhas.

AS ARMADILHAS SÃO

Pensamentos sobre os outros

Críticas aos outros

Autocrítica Dúvidas no Eu…

Enxergar um problema também é uma armadilha.

VOCÊ SE LIBERTA DAS ARMADILHAS

Criando só pensamentos puros (sobre o seu Eu Eterno e o dos outros);

Cultivando bons desejos pelos outros (qualquer que seja o comportamento deles com você);

Mantendo a lembrança de Deus (ser capaz de permanecer verdadeiro).

Se alguém o insulta especialmente na frente de outros (uma armadilha), somente pense: “Isto é um teste”, e você se libertará.

Cada pensamento que o mantiver espiritual - incapaz de tornar algo como pessoal - o libertará de todas as armadilhas.

Meditação para o equilíbrio

Meditação retirada do canal Viver e Meditar, no Youtube. Clique no ícone a cima para ouvir a meditação.