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Considerações finais
Os temas atuais em gestão estão profundamente ligados a uma maior consciência da integralidade da vida no planeta. Isso não é novidade no ambiente cristão que sempre nos conclamou a uma integralidade sadia entre os pensamentos e intenções do coração (Hb 4,12) e entre a fé e as obras (Tg 2,14 ss).
Os sistemas de governos eclesiásticos são modelos de gestão, ferramentas que apresentam características bíblicas e podem ser bem ou mal desenvolvidos.
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O governo centralizado pode emitir uma declaração com mais facilidade sobre determinado assunto em nome de toda a sua coletividade, mas engessando em certa medida a ação da comunidade local. No entanto, os modelos menos centralizados abrem espaço para a diversidade e funcionalidade locais, mas têm dificuldade de expressar representatividade. Todavia, todos eles estão enfrentando os mesmos dilemas atuais e apresentando respostas a partir de seu lugar hermenêutico.
Nesse sentido, a Igreja é um ator social que precisa ocupar um espaço de destaque como modelo histórico e concreto na sociedade, haja vista que é sal e luz (Mt 5,13-16).
Cabe, então, apropriar-se das melhores informações de todas as áreas do saber, das melhores ferramentas de gestão e estar munida da melhor das intenções – o amor –, além de atuar com eficiência e eficácia para abençoar a sociedade.
Líderes comprometidos, honrados e eficientes, e projetos bem elaborados e eficazes serão ferramentas de testemunho e proclamação do Evangelho que não podem ser negligenciados. Antes, devem ser incentivados, desenvolvidos e aprimorados.
Essas serão as nossas boas obras, por meio das quais as pessoas podem enxergar Deus e glorificá-Lo por meio de nós. Uma proposta de transformação holística da sociedade. Uma utopia para alguns e um sonho visionário para outros: o querer fomentar na sociedade os valores cristãos.
É um desafio que vale a pena enfrentar: o de permitir que a fé e as obras se unam para a transformação da sociedade.
Um dos temas mais presentes hoje na sociedade é o empreendedorismo. Seja por opção, seja por necessidade, é cada vez maior o número de pessoas que se enveredam por esse caminho. Por essa razão, propomos uma reflexão a respeito do que é ser empreendedor e, para tal, apresentamos a reflexão de Adriana Alvarenga da Rocha Pombo, do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae).
O que é ser empreendedor
O economista austríaco Joseph A. Schumpeter, no livro Capitalismo, socialismo e democracia, publicado em 1942, associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico. Segundo ele, o sistema capitalista tem como característica inerente uma força que ele denomina de processo de destruição criativa, fundamentando-se no princípio que reside no desenvolvimento de novos produtos, novos métodos de produção e novos mercados; em síntese, trata-se de destruir o velho para se criar o novo.
Pela definição de Schumpeter, o agente básico desse processo de destruição criativa está na figura do que ele denominou de empreendedor.
Numa visão mais simplista, podemos entender como empreendedor aquele que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza antes, aquele que sai da área do sonho, do desejo, e parte para a ação. “Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões” (FILION, citado por CHAGAS, 1999, p. 28). Ser empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que produz novas ideias através da congruência entre criatividade e imaginação. Seguindo este raciocínio; a professora Maria Inês Felippe (1996) defende a ideia de que o empreendedor, em geral, é motivado pela autorrealização e pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente. Considera irresistíveis os novos empreendimentos e propõe sempre ideias criativas, seguidas de ação. A autoavaliação, a autocrítica e o controle do comportamento são características do empreendedor que busca o autodesenvolvimento. [...]
Maria Inês (1996) define empreendedor como sendo: “aquele capaz de deixar os integrantes da empresa surpreendidos, sempre pronto para trazer e gerir novas ideias, produtos ou mudar tudo o que já existe. É um otimista que vive no futuro, transformando crises em oportunidades e exercendo influência nas pessoas para guiá-las em direção às suas ideias. É aquele que cria algo novo ou inova o que já existe e está sempre pesquisando. É o que busca novos negócios e oportunidades com a preocupação na melhoria dos produtos e serviços. Suas ações baseiam-se nas necessidades do mercado”.
A pessoa nasce empreendedora?
Segundo Fernando Dolabela Chagas (1999), consultor de importantes instituições em todo o Brasil e também reconhecido por ser um especialista em empreendedorismo, a tese de que o empreendedor é fruto de herança genética não encontra mais seguidores nos meios científicos.
Na verdade, ninguém nasce empreendedor. O contato com família, escola, amigos, trabalho, sociedade vai favorecendo o desenvolvimento de alguns talentos e características de personalidade e bloqueando ou enfraquecendo outros. Isso acontece ao longo da vida, muitas vezes ao acaso, pelas diversas circunstâncias enfrentadas. [...] ■ é motivado pelo desejo de realizar;
■ corre riscos viáveis, possíveis;
■ tem capacidade de análise;
■ precisa de liberdade para agir e para definir suas metas e os caminhos para atingi-las;
O que leva alguém a ter o próprio negócio?
Em geral, as pessoas que sonham em ter o seu próprio negócio são movidas pela ambição de ganhar muito dinheiro e ser independentes. A simples ideia de estarem subordinadas a alguém as apavora.
Algumas pessoas são levadas a abrir o seu próprio negócio por motivos que, muitas vezes, são alheios às suas vontades. Tais situações abrangem exemplos de profissionais que saíram de grandes organizações com recursos econômicos significativos e que resolveram montar o seu próprio negócio; aqueles que deixaram seus empregos para se tornarem empresários e aqueles que, sem a maior pretensão, herdaram algum negócio da família.
Na realidade, ser o próprio patrão implica estar exposto a constantes mudanças, assumir responsabilidades e sofrer pressões da sociedade, dos órgãos governamentais e dos empregados. [...]
Ser um grande executivo de uma empresa não significa ser um grande empresário. Vera Pati (1995) elenca algumas características que formam o perfil do empreendedor de sucesso: ■ sabe onde quer chegar;
■ confia em si mesmo;
■ não depende dos outros para agir; porém, sabe agir em conjunto;
■ é tenaz, firme e resistente ao enfrentar dificuldades;
■ é otimista, sem perder o contato com a realidade;
■ é flexível sempre que preciso;
■ administra suas necessidades e frustrações, sem por elas se deixar dominar;
■ é corajoso; porém, não é temerário;
■ sabe postergar a satisfação de suas necessidades;
■ mantém a automotivação, mesmo em situações difíceis;
■ aceita e aprende com seus erros e com os erros dos outros;
■ é capaz de recomeçar, se necessário;
■ mantém a autoestima, mesmo em situações de fracasso;

■ tem facilidade e habilidade para as relações interpessoais; [...]
■ é criativo na solução de problemas;
■ é capaz de delegar; [...]
■ procura sempre qualidade;
■ acredita no trabalho com participação e contribuição social;
■ tem prazer em realizar o trabalho e em observar o seu próprio crescimento empresarial;
■ é capaz de administrar bem o tempo;
■ não busca, exclusivamente, posição ou reconhecimento social;
■ é independente, seguro e confiante na execução de sua atividade profissional;
■ é capaz de desenvolver os recursos de que necessita e de conseguir as informações de que precisa;
■ tem desejo de poder, consciente ou inconscientemente.
O empreendedor bem-sucedido é uma pessoa com características de personalidade e talento que preenchem um padrão determinado, o que o leva a agir de tal forma que alcança o sucesso, realiza os seus sonhos e atinge os seus objetivos.
Fonte: POMBO, [s.d.], (on-line). Disponível em: <http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/ chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/A2EEEAD6407D759003256D520059B1F8/$File/NT00001D9A.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2017 (adaptado).

1. Existem alguns elementos e situações que revelam que havia organização nas igrejas do Novo Testamento. Com base no que foi estudado nesta unidade, leia com atenção os itens a seguir, que podem dizer respeito a tais elementos.
I. Ritos e ordenança uniformes e carta de recomendação.
II. Presença de pastores-presbíteros e líderes que exerciam autoridade.
III. Instrução sobre disciplina corporativa.
IV. Reuniões fixas e periódicas e o exercício de dons espirituais pelos líderes.
Está correto o que se diz em: a) I, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III, apenas. 2. Sabemos que nas igrejas do Novo Testamento havia funções cujo objetivo era dar consistência aos sistemas de governo eclesiástico vigentes naquele período.
É correto dizer que essas funções eram: a) Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres/doutores. b) Presbíteros, bispo, pastores e diáconos. c) Obreiro, diácono, presbítero, evangelista e pastor. d) Pastor titular e pastores auxiliares. e) Profetas, presbíteros e evangelistas. 3. Estudamos, nesta unidade, que a liderança local nas igrejas no Novo Testamento possuía algumas características específicas. Com base nisso, identifique as três principais. 4. Os modelos de governo eclesiástico tornam possível fazer os agrupamentos de igrejas e perceber nuances e adaptações que vão surgindo no decorrer da história. Podemos citar o episcopal, presbiteral, o congregacional, o representativo e o autocrático. Com base no que estudamos, associe tais modelos com as características correspondentes.
1. Autocrático.
2. Congregacional. 3. Episcopal. 4. Presbiterianismo.
5. Representativo. ( ) Lógica de mercado. ( ) Representação piramidal e hierárquica. ( ) Mescla o sistema episcopal e presbiteriano. ( ) Assembleia de presbíteros. ( ) Oposição a qualquer ingerência externa na igreja local. ( ) Concentração de poder e gestão empresarial. ( ) Seus pilares são a autonomia da igreja local e a democracia. ( ) Ênfase no conexialismo. ( ) Elege delegados para uma assembleia geral. ( ) O sistema mais antigo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) 1 – 3 – 5 – 4 – 2 – 1 – 2 – 4 – 5 – 3. b) 3 – 1 – 4 – 2 – 5 – 3 – 4 – 1 – 2 – 5. c) 4 – 5 – 3 – 1 – 2 – 2 – 5 – 4 – 1 – 3. d) 1 – 5 – 3 – 2 – 1 – 3 – 4 – 2 – 5 – 4. e) 5 – 3 – 1 – 4 – 2 – 3 – 5 – 4 – 1 – 2. 6. É responsabilidade das igrejas acompanhar e fiscalizar os três setores da economia – Estado, Mercado e Terceiro Setor –, assim como elas devem estar atentas à própria conduta, independentemente da linha religiosa que adotem. Com base no que foi estudado, relacione os setores às lógicas correspondentes. (E) Estado. (M) Mercado. (T) Terceiro Setor.
( ) Atividades privadas com fins privados e com fins lucrativos. ( ) Atividades públicas com fins públicos e sem fins lucrativos. ( ) Atividades privadas com fins públicos sem fins lucrativos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) E – M – T. b) T – E – M. c) M – E – T. d) E – T – M. e) M – T – E. 7. Conceitue o que significa uma instituição ser considerada “sem fins lucrativos”. 8. No contexto religioso, preparar um evento constitui uma atividade técnica cujo objetivo é potencializar resultados nos encontros promovidos pela Igreja por meio da definição e planejamento prévio do que se deseja alcançar. Com base no que foi estudado nesta unidade, relacione em ordem cronológica as etapas de uma organização de eventos. ( ) Tabela de planejamento. ( ) Recursos financeiros. ( ) Objetivo. ( ) Plano de ação. ( ) Estratégia. ( ) Visão – Missão - Valores.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) 4 – 3 – 5 – 6 – 1 – 2. b) 1 – 3 – 5 – 6 – 2 – 4. c) 3 – 4 – 6 – 5 – 2 – 1. d) 5 – 6 – 2 – 4 – 3 – 1. e) 2 – 4 – 5 – 3 – 6 – 1.
9. A igreja cristã precisa estabelecer um diálogo e uma inter-relação com alguns aspectos associados ao empreendedorismo social, organização e gestão, e ao próprio líder ministerial. Nesse sentido, algumas áreas como ação social, assistência social, encarnação, enculturação e serviço social devem ser consideradas.
Associe-as às descrições/aos gestos correspondentes. 1. Ação social. 2. Assistência social.
3. Encarnação. 4. Inculturação. 5. Serviço social. ( ) Introduzir a cultura no evangelho e o evangelho na cultura. ( ) Responsabilidade social como expressão do evangelho. ( ) Distribuição de marmitas para população de rua. ( ) Oferecer curso de profissionalização. ( ) Elaborar um abaixo-assinado. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) 4 – 3 – 2 – 5 – 1. b) 1 – 2 – 3 – 4 – 5. c) 2 – 4 – 5 – 1 – 3. d) 3 – 5 – 1 – 4 – 2. e) 5 – 4 – 3 – 1 – 2.

Selma – uma luta pela igualdade
Ano: 2014 Sinopse: cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King Jr. (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana. Comentário: o filme é baseado em fatos reais e nele é possível perceber o que significa uma ação social que transforma a sociedade.
Depoimento sobre o projeto que inicia de forma assistencialista oferecendo comida, banho e roupa diariamente a dependentes químicos na região da Cracolândia em São Paulo e progride até atuar por meio do Serviço Social, mostrando uma transformação a partir do indivíduo.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OxdbGHPhRE0>. Acesso em: 20 jul. 2017.