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CONSIDERAÇÕES FINAIS Os temas atuais em gestão estão profundamente ligados a uma maior consciência da integralidade da vida no planeta. Isso não é novidade no ambiente cristão que sempre nos conclamou a uma integralidade sadia entre os pensamentos e intenções do coração (Hb 4,12) e entre a fé e as obras (Tg 2,14 ss). Os sistemas de governos eclesiásticos são modelos de gestão, ferramentas que apresentam características bíblicas e podem ser bem ou mal desenvolvidos. O governo centralizado pode emitir uma declaração com mais facilidade sobre determinado assunto em nome de toda a sua coletividade, mas engessando em certa medida a ação da comunidade local. No entanto, os modelos menos centralizados abrem espaço para a diversidade e funcionalidade locais, mas têm dificuldade de expressar representatividade. Todavia, todos eles estão enfrentando os mesmos dilemas atuais e apresentando respostas a partir de seu lugar hermenêutico. Nesse sentido, a Igreja é um ator social que precisa ocupar um espaço de destaque como modelo histórico e concreto na sociedade, haja vista que é sal e luz (Mt 5,13-16). Cabe, então, apropriar-se das melhores informações de todas as áreas do saber, das melhores ferramentas de gestão e estar munida da melhor das intenções – o amor –, além de atuar com eficiência e eficácia para abençoar a sociedade. Líderes comprometidos, honrados e eficientes, e projetos bem elaborados e eficazes serão ferramentas de testemunho e proclamação do Evangelho que não podem ser negligenciados. Antes, devem ser incentivados, desenvolvidos e aprimorados. Essas serão as nossas boas obras, por meio das quais as pessoas podem enxergar Deus e glorificá-Lo por meio de nós. Uma proposta de transformação holística da sociedade. Uma utopia para alguns e um sonho visionário para outros: o querer fomentar na sociedade os valores cristãos. É um desafio que vale a pena enfrentar: o de permitir que a fé e as obras se unam para a transformação da sociedade.
Considerações Finais