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Considerações finais
Concluímos o estudo desta primeira unidade que apresentou os conceitos elementares da liderança com um foco nos princípios cristãos. Fica evidente a necessidade de considerarmos o assunto como fundamental para a manutenção e expansão saudável da igreja e seus ministérios, pois a liderança sadia corresponde às expectativas divinas para a condução de seu rebanho pelos pastores e demais pessoas que Ele levanta soberanamente para este fim.
Iniciamos nossa caminhada considerando que a liderança se dá pela influência inspiradora por meio das competências pessoais do líder. Tal liderança pode ser exercida como o preenchimento de uma função no organograma da organização e pode ser exercida como o desenvolvimento de um dom dado por Deus que capacita a pessoa para aquela tarefa. Independentemente da circunstância, vimos que a liderança é tratada como um privilégio, que envolve muitas responsabilidades, mas que é digna do devido reconhecimento.
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A partir daí, entendemos que, no modelo bíblico de liderança, as competências pessoais do líder correspondem também às expectativas de Deus para ele. Essas competências podem ser entendidas em três áreas: o carisma – qualidades relacionais; o caráter – qualidades pessoais; e a capacidade – qualidades producionais. Concluímos também que tais competências precisam estar alicerçadas por um coração de servo, segundo o modelo de Jesus.
No terceiro e quarto tópicos, pudemos analisar não só conceitos essenciais para o desenvolvimento da liderança, como também um modelo de programa intencional que visa gerar relacionamentos discipuladores que possam desenvolver novos líderes para a comunidade.
Esses tópicos objetivam estabelecer uma base sobre a qual o tema da liderança é desdobrado, colocando o líder em ação. A partir daqui, suas competências são aprimoradas e a expectativa é que você seja um instrumento valoroso nas mãos de Deus, inspirando pessoas a alcançarem a excelência nas realizações para o Reino de Deus.
1. Leia com atenção o texto de 1Timóteo 3,1-12 a seguir:
“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; Guardando o mistério da fé numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas.”
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a distribuição de competências exigidas para os bispos e diáconos dentro das características relacionais (carisma), pessoais (caráter) ou producionais (competência): a) Carisma: vigilante, honesto e hospitaleiro; Caráter: sóbrio, irrepreensível e não neófito; Competência: apto a ensinar; governar bem a própria casa; episcopado – supervisão. b) Carisma: hospitaleiro, bom testemunho dos de fora e marido de uma só mulher; Caráter: não dado ao vinho, apto a ensinar e não avarento; Competência: não espancador, governar bem a própria casa, honesto e irrepreensível. c) Carisma: governar bem a própria casa, não dado ao vinho e hospitaleiro; Caráter: irrepreensível, não neófito e não dado ao vinho; Competência: episcopado – supervisão, apto a ensinar e não espancador. d) Carisma: honesto, marido de uma só mulher e não contencioso; Caráter: vigilante, bom testemunho dos de fora e apto a ensinar; Competência: marido de uma só mulher, não avarento e governar bem a própria casa. e) Carisma: consciência pura, sóbrio e irrepreensível; Caráter: não cobiçoso, não espancador e apto a ensinar; Competência: não dado ao vinho, não neófito e governar bem a própria casa. 2. Um dos temas abordados nesta Unidade trata do dom no contexto da liderança.
Com base no que foi estudado, considere as afirmações a seguir:
I. Biblicamente, a liderança pode ser resultado de um dom espiritual.
II. O dom é uma competência adquirida pelo estudo e treinamento.
III. Ocupar posição de liderança sem ter o dom específico é pecado.
IV. A posição de liderança é suficiente para garantir a autoridade do líder.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e IV estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I está correta. e) Apenas II, III e IV estão corretas. 3. Leia com atenção as afirmações a seguir, as quais dizem respeito à figura do líder e sua postura e características, e marque (V) para a(s) verdadeira(s) e (F) para a(s) falsa(s).
I. ( ) A integridade do líder não se relaciona com seu desempenho.
II. ( ) O carisma do líder dá a ele respeito e admiração.
III. ( ) O líder que possui o dom de liderança está dispensado de buscar aprimoramento de suas competências.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) V; V; F. b) F; F; V. c) V; F; V. d) F; V; F. e) V; V; V. 4. Em nossos estudos, nos referimos a três aspectos que estão relacionados à liderança: visão, missão e propósito. Sendo assim, defina visão. 5. Na grande comissão de Jesus (Mateus 28,18-20) fica evidente o chamado ao discipulado. Para que seja efetivo, o discipulado se sustenta em dois elementos. É correto dizer que esses dois elementos são: a) Batismo e Santa Ceia. b) Adoração e Ensino. c) Batismo e Ensino. d) Relacionamento e Evangelização. e) Treinamento e Delegação.
A ESCOLA DO DESERTO
Deus treina seus líderes mais importantes na escola do deserto. Moisés, Elias e Paulo foram treinados por Deus no deserto. O próprio Jesus antes de iniciar o seu ministério passou quarenta dias no deserto. O deserto não é um acidente de percurso, mas uma agenda de Deus, a escola de Deus. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do deserto. O deserto é a escola superior do Espírito Santo, onde Deus trabalha em nós antes de trabalhar por meio de nós. Deus nos leva para essa escola não para nos exaltar, mas para nos humilhar. Essa é a escola do quebrantamento, onde todos os holofotes da fama se apagam e passamos a depender total e exclusivamente da graça de Deus e da provisão de Deus, e não dos nossos próprios recursos. Destacaremos, aqui, três verdades importantes:
1. Na escola do deserto, aprendemos que Deus está mais interessado em quem somos do que naquilo que fazemos – Deus nos leva para o deserto para falar-nos ao coração. No deserto, ele nos humilha não para nos destruir, mas para nos restaurar. No deserto, Deus trabalha em nós antes de trabalhar por meio de nós, provando que Ele está mais interessado em nossa vida do que em nosso trabalho. Vida com Deus precede trabalho para Deus. Motivação é mais importante do que realização. Nossa maior prioridade não é fazer a obra de Deus, mas ter intimidade com o Deus da obra. O Deus da obra é mais importante do que a obra de Deus. Quando Jesus chamou os doze apóstolos, designou-os para estarem com ele; só então, enviou-os a pregar. 2. Na escola do deserto, aprendemos a depender mais do provedor do que da provisão – Quando o profeta Elias foi arrancado do palácio do rei e enviado para o deserto, ele deveria beber da fonte de Querite e ser alimentado pelos corvos. Naquele esconderijo no deserto, o profeta deveria depender do provedor mais do que da provisão. Deus o sustentaria ou ele pereceria. Deus nos leva para o deserto para nos mostrar que dependemos mais dos seus recursos do que dos nossos próprios recursos. É fácil depender da provisão quando nós a temos e a administramos. Mas, na escola do deserto, aprendemos que nosso sustento vem do provedor, e não da provisão. Quando nossa provisão acaba, Deus sabe onde estamos, para onde devemos ir e o que devemos fazer. A nossa fonte pode secar, mas o manancial de Deus jamais deixa de jorrar. Os nossos recursos podem escassear, mas os celeiros de Deus continuam abarrotados. Nessas horas, precisamos aprender a depender do provedor mais do que da provisão.
3. Na escola do deserto, aprendemos que o treinamento de Deus tem o propósito de nos capacitar para uma grande obra – Todas as pessoas que foram treinadas por Deus no deserto foram grandemente usadas por Ele. Quanto mais intenso é o treinamento, mais podemos ser instrumentalizados pelo Altíssimo. Porque Moisés foi treinado por Deus quarenta anos no deserto pôde libertar Israel da escravidão e guiar esse povo rumo à terra prometida. Porque Elias foi graduado na escola do deserto pôde enfrentar, com galhardia, a
fúria do ímpio rei Acabe e trazer de volta a nação apóstata para a presença de Deus. Porque Paulo passou três anos no deserto da Arábia ele foi preparado por Deus para ser o maior líder do Cristianismo. Quando Deus nos leva para o deserto, é para nos equipar e depois nos usar com graça e poder em Sua obra. Deus não desperdiça sofrimento na vida dos seus filhos. Ele os treina na escola do deserto e depois os usa com grande poder na Sua obra. Não precisamos ter medo do deserto se aquele que nos leva para essa escola está no comando desse treinamento. O programa do deserto é intenso. O curso é muito puxado. Mas, aqueles que se graduam nessa escola são instrumentalizados e grandemente usados por Deus!
Fonte: Disponível em: <http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/a-escola-do-deserto/>. Acesso em: 25 jul. 2017 (adaptado).
Seja um líder de verdade
John Edmund Haggai Editora: Betânia Sinopse: fundamentado sobre a convicção de que o bom líder não nasce pronto, mas torna-se líder, o Dr. John Edmund Haggai, criador do Instituto Haggai, presente em mais de 130 países do mundo, apresenta, de forma concisa e de fácil assimilação, doze princípios que produzem melhores líderes no âmbito profissional, ministerial e familiar.
Invictus
Ano: 2009 Sinopse: após o fim do apartheid, o recém-eleito presidente Nelson Mandela lidera uma África do Sul que continua racial e economicamente dividida. Ele acredita que pode unificar a nação por meio da linguagem universal do esporte. Para isso, Mandela junta forças com François Pienaar, capitão do time de rúgbi, promovendo a união dos sul-africanos em favor do time do país na Copa Mundial de Rúgbi de 1995. Comentário: o filme ilustra conceitos de liderança como visão, inspiração, busca por resultado de benefício comum e outros estudados nesta unidade.