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ao volante Hyundai IONIQ PHEV

O renovado Hyundai Ioniq tem na variante híbrida plug-in uma das propostas mais interessantes, onde o controlo sobre a condução e o conforto são os ingredientes principais, permitindo ao condutor escolher os momentos ideais para reduzir os consumos ou adotar um ritmo mais rápido quando necessita.

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Tudo sob controlo HYUNDAI IONIQ PHEV

IONIQ PHEV

Ter uma versão eletrificada na gama já não é novidade, nem o é oferecer um carro apenas como automóvel eletrificado. Mas nenhum construtor oferece uma gama tão distinta como a Hyundai. O Ioniq foi o primeiro a oferecer nada menos que três variantes com um grau de eletrificação, e não tem nem uma única opção exclusivamente com motor de combustão. Assim, não importa qual é o Ioniq, vai ter um automóvel com as características inerentes a qualquer veículo para uso pessoal ou familiar, mas sempre com uma pegada ecológica reduzida. Entre os três Ioniq disponíveis, qual escolher? O híbrido é o mais acessível, o elétrico o que garante zero emissões po luentes em qualquer tipo de condução. Mas, como dizem que é no meio que está a virtude, decidimos experimentar o híbrido plug-in, um carro que pode circular sem emitir dióxido de carbono na cidade, mas cujo motor a gasolina lhe garante a possibilidade de percorrer grandes distâncias, ainda sem emitir muita poluição, e que acaba por ser uma boa aposta, um híbrido potente com consumos reduzidos, começando num preço de 38.605 euros, ao qual a Hyundai permite acres centar um pacote de equipamento adicional, por 3.000 euros. Em termos mecânicos, não há nada de novo a apontar ao Ioniq. O conjunto do propulsor 1.6 a gasolina e do motor elétrico atinge os mesmos 141 cv de potência total combinada do híbrido convencional, pelo que as suas capacidades já reconhecidas de resposta rápida a baixo regime não só continuam presentes, como até são ligeiramente superiores, es

pecialmente nas acelerações e recuperações. A isso deve-se a instalação de um motor elétrico de 45 kW, em comparação com o anterior de 32 kW, que lhe permite contrariar os 134 kg de peso adicional que resultaram da instalação da nova bateria de 8,9 kWh, contra 1,56 kWh da versão convencional. É graças a esta bateria que o Hyundai Ioniq plug-in consegue percorrer uma distância máxima de 63 quilómetros em modo elétrico. Teoricamente, isto significa que pode ir de casa para o trabalho noutra localidade sem recorrer ao motor a gasoli na. No entanto, na prática, é preferível apostar num funcionamento híbrido em estrada aberta ou em autoestrada, de modo a poupar energia elétrica para a cidade, o terreno onde pode contribuir para uma melhor qualidade do ar. Em comparação com veículos plug-in de outras marcas, o Ioniq tem um sistema híbrido mais eficiente. Ao selecionar-se o modo híbrido, acaba por recorrer mais às baterias como assistente do motor a gasolina, como nos híbridos convencionais, man tendo um bom nível de performance ao mesmo tempo que contribui para uma redução dos consumos, que podem sempre ficar entre os 1,5 e os 2,5 litros por cada 100 km percorridos (no nosso teste, ficámos sempre em redor dos dois litros baixos), conforme a quantidade de tempo que passa fora da cidade. Assim, nunca se arrisca a chegar a outra localidade com a bateria vazia. Ao mesmo tempo, os novos sistemas de gestão energética permitem-lhe tirar melhor partido da regeneração de trava gem, aproveitando ao máximo o efeito de desaceleração para

poupar combustível. Mesmo assim, dá a impressão que ainda há espaço de manobra para a Hyundai melhorar a travagem regenerativa, para poder percorrer mais alguns quilómetros na cidade. Em todo o caso, caso opte por usar mais o motor elétrico, também nunca precisa de ficar muito tempo à espera de recarregar a bateria, que apenas necessita de duas horas e um quarto para uma carga total, usando um carregador de 7 kW.

Condução fácil Os modelos híbridos e elétricos da Hyundai e Kia usam todos uma suspensão traseira multibraços, uma configuração que garante um bom equilíbrio em curva, especialmente em estrada aberta. Na mais recente renovação, o Ioniq mantém-se um carro bastante confortável de conduzir, assim como para os passageiros. A suspensão é bem eficaz em pisos com mais obstáculos, e não estivéssemos na presença de um híbrido mais apropriado para a cidade ficaríamos tentados a pensar no Ioniq como um automóvel mais virado para a condução em estrada. No banco de trás, os passageiros de estatura mais elevada vão sentir algum desconforto, pois o formato do teja dilho e do portão traseiro, necessário para melhorar a eficácia aerodinâmica, acaba por retirar algum espaço à cabeça. Em comparação com o híbrido convencional, a bateria de grandes dimensões do modelo plug-in resulta numa bagageira que perde cerca de 100 litros de capacidade. A última renovação também trouxe uma renovação estética,

Graças à nova bateria de 8,9 kWh, o Hyundai IONIQ plug-in consegue percorrer agora até 63 km em modo elétrico.

que deixou o Ioniq mais em linha com o restante da gama Hyundai, acabando com o entrave visual como “o carro elétrico”. Essa renovação estética também se fez sentir no interior, e foi acompanhada de um reforço do equipamento de infoentretenimento, com a instalação de um novo ecrã de 10,25 polegadas na consola central. Disponível no Pack Plus (uma opção que acrescenta 3.000 euros ao preço original e o faz ultrapassar a barreira psicológica dos 40 mil euros), este sistema é bastante fácil de utilizar, com uma transição simples de função para função. Mas vale a pena ir além da simples escolha de música e programação do sistema de navegação, pois o condutor vai ter todo o interesse em explorar ao máximo os menus e as funcionalidades destes... Por exemplo, o sistema ECO-DAS de assistência de condução permite-lhe controlar vários parâmetros relacionados com a sua condução e até tirar partido do sistema de navegação para antecipar o terre no. Desta forma, pode adotar um ritmo mais apropriado para poupar energia, sabendo que vai ter uma reserva suficiente para quando necessita de subir uma rua inclinada ou quando vai necessitar de efetuar mais ultrapassagens. Mas o sistema de conectividade vai além do que pode fazer dentro do carro, pois se instalar o aplicativo BlueLink poderá pré-programar a climatização, destrancar o carro e até ligar o motor remota mente. Acrescente-se o banco de regulação elétrica, o carregador de telemóveis sem fios e os bancos aquecidos, e o Pack Plus torna-se uma proposta muito mais atrativa. n

O novo IONIQ plug-in oferece várias possibilidades de carregamento. Quando ligado a uma “wallbox” doméstica, são necessárias 2 horas e 15 minutos para carregar completamente o conjunto de baterias.

FICHA TÉCNICA Motor

Potência Tração Suspensão Consumo Emissões CO2

PREÇO IONIQ PHEV

4 cilindros, 1580 cc, 16 v., inj. direta e híbrido 141 cv/6000 rpm Dianteira, caixa dupla embraiagem 6 vel. McPherson à frente, multibraços atrás 1,1 l/100 km (testado 2,1 l/100 km) 26 g/km

Guia de condução regenerativa Integrando o sistema de assistência à condução ECO-DAS, o guia de condução regenerativa (Coasting Guide) analisa as informações do percurso do sistema de navegação para indicar ao condutor quando estiver iminente uma situação que exija desaceleração (por exemplo, uma mudança de direção ou uma saída da via rápida): um símbolo no painel de instrumentos e um sinal de áudio informam então o condutor que pode deixar de acelerar, ajudando assim a reduzir ainda mais os consu mos ao usar o motor durante as desacelerações e minimizando o uso dos travões.

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