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editorial
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JoĂŁo Compasso
EDITOR 02 de Outubro de 2009 – Rio vence Madri na eleição da cidade sede das Olimpíadas 2016. Lembro que eu acabava de chegar em Madri, por volta de 2 meses atrás. Estava na Plaza Cibeles comemorando pela nossa vitória, mas tendo o cuidado de não ser exagerado devido ao desconsolo do país que tinha aberto as portas para mim. Foi uma verdadeira decepção para os espanhóis. Por outro lado, era um grande sonho sendo realizado. O Brasil, voava em sua economia. Tinha sido escolhido para ser a sede da Copa do Mundo e agora dos jogos olímpicos. Estávamos em nosso ápice! O Brasil estava na moda e nada poderia nos deter. Poucos meses antes da Copa do Mundo, o Brasil e o mundo foram tomados por uma tensão frente à possibilidade de não cumprir com o prometido para o mundial. Houve movimentos contra a copa e sob muitas críticas foi realizado o mundial. Apesar dos problemas, o mundo o aprovou. Agora, parece que o filme se repete, porém, dessa vez existe um problema político muito mais grave. A água da Baía de Guanabara e o ar da cidade do Rio estão poluidíssimos. A Vila dos Atletas apresenta problemas. As delegações se queixam, inclusive de roubos. Não sei se algum dia a sociedade brasileira aprenderá a se comportar como uma grande nação. Espero aproveitar cada minuto dos jogos, mesmo de longe. Estou na torcida para que tudo ocorra bem. E ocorrerá. Viva o espírito esportivo! Viva o Brasil!
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SUMáRIO
26 – 8 – Entrevista Nêga Lucas
Intensa, mutante, inquieta. Uma mulher de diferentes facetas que contagia por sua arte forte e espontânea. Conheça essa cantora residente em Barcelona.
12 –
BOSSA FM
São Paulo - Festas que movem o nosso Brasil
O “colecionador de boas músicas”, Rodrigo da Matta, lista algumas festas imperdíveis em São Paulo.
16 – Rio#16
Bem-vindos à Olimpíadas Rio 2016 Rio abre suas portas para o mundo, no esperado Jogos Olímpicos.
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Foodlovers
Segredo Segoviano
Descubra o segredo segoviano com nossa ´trotamundos´, Tati Sato.
26 –
Dia de Brasil
Lenine na Espanha
Lenine é a atração confirmada no Dia do Brasil. Entrevistamos o músico que promete um show inesquecível em Barcelona.
32 – Be Natural
Terras mágicas para sua pele
Os segredos da natureza revelados por guardados.
Capa Execução: Gonzalo López de Egea Idealização: Trasto Creativo
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44 – Negocios
Peres Jr. Advocacia e ABRESCCO
Difusores dos negócios entre Brasil e Espanha, apoiam o Jantar anual da CCBE.
34 – Especial
Flamengo brasileiro
Conheça a face flamenca do Brasil.
48 – Agora Barcelona Nits Brasil
Conheça a novidade do Festival Dia de Brasil
40 – That Good Trip
10 dicas para fazer amigos durante o Caminho
Fazer o Caminho de Santiago é maravilhoso, principalmente se fazes amigos para toda uma vida.
64 – Quixote Macunaíma Violência brasileira
Flávio Carvalho faz uma análise crua e dura do maior problema do Brasil.
42 – Cinéfilos
José Aldo – O filme
Mas forte que o mundo: Realizando a difícil tarefa de realizar o simples.
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staff DIRETOR João Compasso EDITORA BARCELONA Daniela Pacheco REDAÇÃO Clarice Compasso Daniela Pacheco DESIGNER Gonzalo López de Egea Gómez - Trasto Creativo. COLABORAÇÃO Flávio Carvalho, Juliana Bezerra, Rafaella Marques, Tahone Jacobs, Luzie Lima, Suzana Paquete. Michele Vasconcelos, Rodrigo da Matta, Fernanda Medeiros, Tati Sato, Aline Navarro REVISÃO Claúdia Maciel CONTATO editor@revistabossa.com +34 64 007 41 77
DEPÓSITO LEGAL M-10540-2016 As opiniões expressas por nossos colaboradores são de responsabilidade exclusiva dos mesmos.
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entrevista
Daniela Pacheco
Intensa, mutante, inquieta. Uma mulher de diferentes facetas que contagia por sua arte forte e espontânea. Com emoções á flor da pele a artista brasileira cada dia que passa quebra barreiras e conquista não só Barcelona como o mundo inteiro com uma proposta vibrante. Sempre em movimento criativo, seria injusto nominar Nêga Lucas apenas como uma cantora, pois ela vive seu processo criativo de forma constante, de uma maneira completamente espontânea, guiada apenas por suas emoções e, claro, uma pitada de intuição e muito trabalho. Além de cantar, ela escreve poesias, entre outras coisas. Criou em 2007 a personagem Macarena Volare que já conquistou seu público na capital catalã, onde consegue manifestar todo o seu fascínio pela androginia, o seu lado masculino e todos os gêneros que ela abriga dentro de si, sua vaidade, sua aceitação das diferenças, enfim, seu eterno estado de liberdade. Confira a entrevista. Revista BOSSA - Como foi que surgiu a ideia de deixar o Brasil e vir para Barcelona? Nêga Lucas - A ideia surgiu a partir do conselho de uma amiga, a Bia, que já tinha vivido em Madri e me conhecendo bem percebeu que era meu momento de “abrir asas” para um voo transoceânico. Acontece que eu, que já sentia vontade de voar longe, levei o conselho a sério e cá estou até hoje.
NÊGA LUCAS Cantora brasileira conquista Barcelona com toda a sua intensidade criativa
Revista BOSSA - Você é uma “fazedora de arte”. Conte para a gente como é viver imersa nesse turbilhão de criatividade, talento e muito trabalho? Nêga Lucas - É delicioso. É se reinventar a cada dia, é se render às ideias e confiar naquilo que as emoções sugerem.Nos dias mais difíceis, a arte mostra uma solução criativa, positiva. E nos dias de euforia, ela, a arte, ganha ainda mais vida e flui livremente. Conviver com a arte é como viver em frente ao mar... É surpreender-se com a imensidão, com as cores do horizonte, com a dança da maré, sabendo que toda essa maravilha, apesar
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Foto: por Dani Alvarez Pintura: por Eliza Marx
de surgir das mesmas águas, tem um mistério infinito. Revista BOSSA - Você esta lançando um disco novo? Nos conta um pouco sobre ele. Nêga Luc a s – “Naïf” é
das emoções que me levam a cantar, o instinto primitivo e a espontaneidade. É um trabalho sincero e intenso, diverso como as minhas influências, apesar das fortes raízes Brasileiras. Revista BOSSA - Está disponível em forma digital? Quem quiser pode conferir? Como? Nêga Lucas - O disco completo está disponível em meu canal do Youtube, para ouvir sem moderação. Revista BOSSA - Sua arte é visceral como gritos presos na garganta. O que você pretende passar com tanta intensidade? Nêga Lucas - Eu não pretendo muito, na verdade. Eu me emociono e manifesto essas emoções em forma de arte. Minha relação com a arte é de intimidade e entrega. Quando o receptor percebe essa intensidade e tambén se entrega á força dessas emoções, elas ganham vida e a arte cumpre seu papel que é o de movimentar, emocionar e tocar os que entram em contato com ela. Somos instrumentos, tanto os artistas quanto o público. Revista BOSSA - Pode- se dizer que seu trabalho seja autobiográfico? Nêga Lucas - Totalmente. Minha vida e meu trabalho são como gêmeos siameses. Revista BOSSA - Recentemente você também lançou o livro Naif. É o seu primeiro livro? O que significa para você lançar um livro de poemas?
meu terc e i ro filho musical, gravado ao vivo em estúdio, com o calor e a sintonia cultivados durante os últimos quatro anos. As canções, resultado de minhas parcerias com Pedro Bastos e Albert Enkaminanko (em Obaluaiê), tocadas pelos palcos, pelos bares, em casa e na rua. Naïf leva o nome
Nêga Lucas - Sim, é meu primeiro livro. Para mim, laçar um livro de poemas é lançar meu coração nas mãos dos leitores. É deixar de ser a única detentora de meus escritos, de meus desenhos, é confiar que o que escrevo em meu dia a dia tem valor e merece ser publicado. Na verdade, essa última atitude foi a que mais me custou. Confiar em meus escritos e fazer deles um livro de memórias poéticas. Revista BOSSA - Você se considera uma pessoa irreverente? Por quê? Nêga Lucas - Sim, porque eu aprendo todo dia a rir dos meus tombos, a não temer o ridículo e a improvisar a minha rotina.
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Revista BOSSA - Fale sobre sua personagem drag-queen? Nêga Lucas - Macarena Volare surgiu em 2007, em uma festa de carnaval em Juiz de Fora, antes mesmo de ganhar esse nome. Em Barcelona ela ganhou espaço e vem crescendo como personagem público. Ela manifesta o meu fascínio pela androginia, o meu masculino, o meu feminino sensual, os gêneros que eu abrigo, a minha vaidade, a diversidade que eu sinto dentro de mim. Macarena representa a militância política pela igualdade, pela inclusão e pela aceitação das diferenças, em especial, pela causa LGBT. Quando me travisto e a incorporo, me sinto plena e livre. Revista BOSSA – E para terminar a nossa entrevista, me fale um pouco sobre você, sem máscara. Fala sobre essa mulher guerreira, defensora da sua cultura, ideias e verdades. Nêga Lucas - Eu sou movimento constante e, por isso, inconstante. Gosto do espontâneo, sou curio-
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sa por me entender e entender outras lógicas, por garimpar em minhas emoções as respostas que me fazem crescer, sou social e sou muito sozinha ao mesmo tempo, gosto tanto de falar como de calar, não tenho essa disciplina clássica, tenho meu mundo e minha forma de assimilar informações, de criar e de compreender. E quanto mais eu faço aniversário, mais eu entendo que ainda tenho muito o que aprender, e que o caminho é feito de quatro estações e todas elas são necessárias para que os ciclos se abram e se fechem. Gosto cada dia mais de falar na língua da poesia, gosto de mudar de ideia, adoro me apaixonar, meus desamores são muito criativos, mas amo também estar só e me descobrir. Erro, acerto, erro de novo e aprendo. Adoro viajar, dançar e rir de besteira. Adoro sentir a música de muitas maneiras, adoro a mágica do palco e dividi-lo com gente querida. Tenho meus medos, mas não temo as mudanças nem a instabilidade, pois minha arte vive nesses lugares.
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bossa fm
Rodrigo da Matta
AS FESTAS QUE MOVEM O BRASIL AGOSTO “O delírio cotidiano da vida nos trópicos” A “Calefação Tropicaos” é uma festa onde o certo mesmo é se deixar levar.
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A proposta é buscar o seu lado mais autêntico. Ser o que você é. A preocupação com o carinha do lado te olhando ficou para trás faz tempo. O público desta festa vai desde hedonistas, LGBT, até publicitários buscando a tendência mais cool do momento. Inspirada por movimentos libertários como a Tropicália e o Manguebeat, a Calefação propõe a mistura dos clichês populares brasileiros com as pérolas da cultura marginalizada, temperados com alucinógenos latino-americanos e uma pitada do movimento hippie dos anos 60/70.
ças, ruas e locais históricos das cidades por onde passa. Na bagagem levam música, artes visuais, performances e outras expressões através de festas e ações criativas que desafiam a padronização da diversão e da arte. Na capital paulista passaram por espaços como Casa das Caldeiras, Minhocão, Largo São Francisco e estiveram presentes em festivais como Virada Cultural de São Paulo e Festival CoCidade.
Este coletivo artístico formado em São Paulo há 6 anos festeja a cultura brasileira. É um movimento de resgate das tradições, mas sem perder o frescor do que há de novo no cenário cultural.
Musicalmente focada em difundir também os ritmos dançantes do Norte e Nordeste, a festa explora o forró de Luiz Gonzaga, o côco de Jackson do Pandeiro e o carimbó de Dona Onete. Sem esquecer, é claro, do Samba de Adoniran e dos grooves clássicos de nomes como Jorge Ben e Tim Maia.
Itinerante por convicção, o coletivo realiza festas e ações criativas em espaços públicos como pra-
A Calefação Tropicaos recebe Djs da Old School tocando sets 100% vinil assim como Djs super
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engajados no cenário digital com seus drum pads e controladoras. Pra ficar ligado na Calefação Tropicaos acesse o http://calefacaotropicaos.tumblr.com/ Próximos eventos: https://www.facebook.com/calefacaotropicaos/events?key=events Mixtapes: https://www.mixcloud.com/CalefacaoTropicaos/ Mídia: https://catracalivre.com.br/sp/tag/calefacao-tropicaos/ Origem: São Paulo Desde: 2010 Proposta musical: Música Brasileira com foco no Norte e Nordeste Fans no Facebook: 23.500 Seguidores no Instragram: 4335
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Redação
Bossa fm
ESTREIA EM SETEMBRO UM NOVO PROGRAMA DA BOSSA FM: O RODA DE CHORO. O programa Roda de Choro surgiu quando o mestre Fernando de la Rua voltou de mais uma de suas turnês Brasil-Madri. Após o seu retorno, ele tomou a iniciativa de compartilhar um material cedido pelo ilustre Barão do Pandeiro, um pandeirista considerado uma verdadeira “entidade” do choro e do samba. Ao todo são 18 programas de rádio originais entre os anos de 1947 e 1953. Sim, aqueles programas que contavam com uma super orquestra tocando arranjos incríveis e tudo ao vivo. Para ter uma ideia do que estamos falando, o grupo de músicos era liderado pelo mestre Pixinguinha, seguido por Benedito Lacerda e seu regional, Raul de Barros e a Orquestra do Pessoal da velha guarda, regida por Almirante. Em cada episódio do programa bateremos um papo com grandes conhecedores do mundo do choro. No programa de estreia nosso convidado é Deni Domenico, que estava de passagem por Madri em sua turnê europeia. Ele é um dos diretores do Clube do Choro de São Paulo, cavaquinista de centro, além de compositor, cantor e violonista. O Roda de Choro é apresentado por Rodrigo da Matta com co-apresentação do mestre do violão Fernando de la Rua.
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rio #16
Redação
Bem-vindos à Olimpíada Rio 2016
Sem dúvida, o Rio de Janeiro é uma das cidades mais incríveis do mundo. Seja por sua beleza natural, por sua diversidade, por seu charme, por sua capacidade de reunir pessoas do mundo inteiro, o Rio é encantador. Tem uma vida urbana incrível e uma natureza complexa e linda – praia, montanha, cachoeiras. Não é à toa que foi inspiração para milhares de músicos, artistas, poetas, conhecidos e anônimos. Agora imagine celebrar o maior evento esportivo do planeta na Cidade Maravilhosa? A Olimpíada do Rio de Janeiro será a primeira a ter sede na América do Sul. Nunca antes nenhum país sul-americano havia sediado as Olimpíadas. A verdade é que nem tudo são flores. Poluição da Baía de Guanabara, falta de infraestrutura e obras por acabar foram alguns dos problemas que também nunca antes foram vistos nos Jogos Olímpicos. Porém, se tem algo que o brasileiro sabe fazer é festa. E é no material humano que a Olimpíada do Rio espera triunfar, tal como a Copa do Mundo. Os brasileiros serão o grande diferencial, apesar do momento político crítico e dos problemas que não foram solucionados.
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Para quem ainda não tem ingresso Estar no Rio e não ir a nenhum jogo é quase um pecado. Se a desculpa é falta de dinheiro, pode encontrar outra. Os ingressos mais baratos custam R$20 (verdade que não deve ser um dos jogos mais concorridos, mas é Olimpíadas, talvez uma oportunidade única). Os ingressos mais concorridos não são do futebol, mas do voleibol. Brasileiro não é bobo e sabe onde tem mais chance de ter alegria (somos os favoritos no masculino e feminino). Caso a decisão seja não ir para os jogos porque não encontraram ingressos a um valor acessível, existe um lugar perfeito para viver o espírito das Olimpíadas sem gastar “nenhum duro”. O Rio 2016 Fest é um ponto de encontro dos torcedores que contará com telão e muita festa.
Rio, uma cidade além das Olimpíadas. À parte as Olimpíadas, existem alguns programas que são obrigatórios para quem vai ao Rio de ja-
10 coisas para fazer no Rio com menos de 12 reais 1 – Ande de bicicleta no Calçadão Uma das atividades mais triviais no cotidiano carioca é andar de bicicleta na orla da cidade maravilhosa. Uma experiência saudável, barata e que fará você se sentir da cidade, ao menos por alguns segundos. Os melhores horários são pela manhã cedo ou final da tarde, quando faz menos calor. neiro, especialmente se você quer sair do trivial programa de turista e fazer algo que normalmente é feito pelos locais. A BOSSA preparou uma lista de 10 coisas que é preciso fazer no Rio com menos de 12 reais (que local faz); 10 praias no estado do Rio indispensáveis; 10 botecos cariosas que valem um chope (e muito mais); e 10 experiências para viver o Rio. Tem sugestão para todos os bolsos. Estão prontos para viver o Rio?
Bike Itaú – R$ 5. 2 – Visita ao Maraca Seja você do time que for, o Maracanã é um dos estádios mais famosos do mundo. A visita vale a pena. A opção que cabe no nosso orçamento, e é a mais recomendada, é assistir a um jogo e ter uma experiência única junto a outras 70 mil pessoas. Os ingressos começam a partir de R$12. Caso prefira, existe a opção de visita guiada. Mais info: www.maracana.com Parque Lage.
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Cachoeira do Horto.
3h. Chegando em Santa Tereza, perca-se nas ruas e descubra ateliês e casas incríveis. 5 – Banho de cachoeira O Rio é uma cidade de natureza exuberante. Da praia, você pode chegar a uma cachoeira incrível em até 30 minutos. São várias, em diferentes pontos da cidade. Todas são gratuitas. Imperdível: Cachoeira dos Primatas e Cachoeira do Horto estão no Jardim Botânico. 6 – Jogar frescobol ou altinho na praia
3 - Roda de Samba Carioca Ir ao rio e não aproveitar de uma roda de samba ao ar livre é quase um pecado. As ruas se enchem de pessoas e é possível beber tranquilamente sua cerveja na rua, enquanto escuta um samba fino. A chance de você encontrar turistas é pequena. As rodas geralmente são gratuitas e começam por volta das 20h.
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Pode parecer algo trivial, mas o carioca adora aproveitar a praia. Sempre buscando uma qualidade de vida mais saudável, o frescobol e o altinho (manter a bola no ar com os pés) são práticas esportivas que sempre são vistas nas praias cariocas. Se vir um grupo jogando, peça para se unir e será diversão garantida. 7 – Piquenique no parque
Algumas rodas de samba: Pedra do Sal, Bar Bip Bip (Copabacana), Samba do Ouvidor, (Centro), Lapa, Cantagalo.
O Rio é cercado de verde. Fazer um piquenique no parque é algo mais normal do que se imagina. Dois parques são recomendados: Jardim Botânico (custa R$ 7) e o Parque Lage (entrada gratuita). Os dois são visitas obrigatórias.
4 - Bondinho para Santa Teresa
8 - Amanhecer na Pedra Bonita
Pode ser que seja considerado turístico, porém, o bonde é o principal transporte dos que vivem no maravilhoso bairro de Santa Teresa. Subir no bondinho custa R$ 3,40 para subir quantas vezes desejar no período de até
Sem dúvida, um dos pontos altos da lista é ver o nascer do sol da Pedra Bonita. Para chegar lá, é preciso fazer uma trilha (que qualquer um pode fazer) de 20 minutos de caminhada partindo
do estacionamento do Parque da Pedra Bonita. De cima, pode-se ver de um lado o morro dois irmãos, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Cristo Redentor. Do outro, a barra e o recreio. Tudo grátis. O problema é acordar cedo para pegar o nascer do sol. A dica é ir de tênis e levar lanterna e água. 9 – Feira de São Cristóvão Conhecida pelos locais como “Feira dos Paraíba”, o local é um reduto nordestino com toda sua beleza e diversidade. Dentro, além de comidas nordestinas, pode-se dançar um bom forró. Para chegar ao local, pode ir de metrô. A entrada custa R$3. 10 - Por do sol no arpoador Estar no Rio e não ver o por do sol da Pedra do Arpoador é ir a Paris e não ver a Torre Eiffel. Leve um vinho fresco para o calorzinho do final da tarde e vá com pessoas que você gosta. É imperdível.
10 praias no estado do Rio indispensáveis 1 – Secreto O nome já revela que é algo especial, que poucos conhecem. Formada de piscinas naturais, a praia está “escondida” entre as praias da Macumba e Prainha, no Recreio. Para encontrá-la, o melhor é caminhar desde a Orla da Barra e seguir sempre em frente.
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nema. Ipa
xem de provar o chá Matte, o sacolé e o biscoito Globo. 6 - Praia de Itacoatiara (Niterói) Cruzando a ponte, a bela Niterói tem surpresas que só locais conhecem. Uma delas é essa praia que vale conferir. 7 - Praia do Farol (Arraial do Cabo)
P r ain h
Fora da cidade, mas imperdível. A Praia do Farol é considerada por muitos como a mais bonita do Estado do Rio. Uma pesquisa considerou-a a praia mais perfeita do Brasil.
a.
8 - Prainhas do Pontal (Arraial do Cabo)
2 – Prainha Se o seu lance é surf, a praia dos cariocas será sua preferida. Localizada após o Recreio dos Bandeirantes, possui acesso de ônibus até a praia. 3- Praia de Grumari É a continuação da prainha. Tem mais de 2,8km de extensão e ondas altas, o que atrai os surfistas. 4 – Praia da Barra da Tijuca Conhecida por ser um ponto badalado, principalmente por artistas. A praia tem 6km de orla urbanizada. 5- Ipanema Praia urbana, tem sua beleza, mas o que mais atrai é o movimento e o clima de badalação. Não dei-
Ainda no Arraial do Cabo, encontramos essa maravilha de praia. Muito perto da ilha do Farol. Vale conferir. 9 - Praia de Lopes Mendes (Ilha Grande) Águas cristalinas, com variações de tonalidades azul e verde. É extensa, tem 3 km de areia fina, com amendoeiras na costa. Um paraíso. 10 - Praia de Antigos e Antiguinhos (Paraty) Estilo Selvagem, o acesso até as praias é difícil. Sem sinal de civilização, não espere encontrar barracas de praia por lá. Sua forma exótica é o que a torna mais especial.
10 botecos cariocas que valem um chope Não é uma lista fácil, nem nunca será. A gastronomia é um mundo a parte, porém, aqui, o importante não é necessariamente a qualidade, o conforto e o preço dos pratos. O ponto em questão é que sejam lugares marcantes no cotidiano carioca.
Secreto.
1 – Bar Luiz
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Conhecido por ter sido o primeiro local a servir chope no Rio, bebida que se tornaria uma das preferidas do carioca com o passar do tempo. (Rua da Carioca, 39)
Academia de Cachaça.
5 - Bar Garota de Ipanema Obrigatório em nossa lista. (Rua Vinicius de Moraes, 49) 6 - Bar Jobi Aberto desde 1956, esse bar no Leblon é sem dúvida um dos bares mais queridos pelos cariocas. Não deixe de comer a carne seca do local e de lamber os dedos. (Avenida Ataulfo de Paiva, 1166) 7 - Academia da Cachaça Famoso pela sua extensa e deliciosa carta, com mais de cem rótulos! É o lugar perfeito para quem gosta de provar bebidas diferentes. (Rua Conde Bernadotte, 26) 8 – Amarelinho da Cinelândia O local é marcado pela história do cinema carioca, tendo como um dos seus fundadores o espanhol, Francisco Serrador, natural de Valência. Imigrante, simples, fez fortuna no Rio de Janeiro. (Praça Floriano, 55) 2 – Boteco Belmonte
9 – Café Lamas
Um dos botequins mais famosos da zona sul, mais precisamente no Leblon. Os pastéis e empadas abertas são recomendados. (Rua Dias Ferreira, 521)
É considerado o mais antigo da cidade, fundado em 1874. O local é pura tradição carioca. (Rua Marquês de Abrantes, 18)
3 - Pizzaria Guanabara Sem dúvida uma parada obrigatória, especialmente se é de madrugada. A pizzaria é um dos lugares mais clássicos do Rio de Janeiro. (Avenida Ataulfo de Paiva, 1228)
10 – Confeitaria Colombo Não é um boteco, mas merece entrar como “café-com-leite” na lista, por ser uma relíquia em forma de confeitaria. Fundada há 132 anos, o local faz parte do patrimônio cultural e artístico da cidade. (Rua Gonçalves Dias, 32)
4 - Bar Veloso O Bar Veloso de Ipanema se eternizou por ter sido o local em que Vinicius e Tom Jobim escreveram o clássico “Garota de Ipanema”. Hoje o bar se transformou no famoso Bar Garota de Ipanema, porém, mantém uma filial no Leblon, que merece uma visita. (Rua Aristides Espínola, 44)
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10 experiências para viver o Rio 1 – Voar de Asa Delta O local de decolar é na Pedra Bonita, a 550 metros acima do nível do mar. Sem, dúvida a melhor vista do Rio de Janeiro. O pouso é na Praia do Pepino em São Conrado. 2- Escalar o Corcovado Sim, é possível escalar não só o Corcovado como o Pão de Açúcar, Pedra da Gávea, Cantagalo(Lagoa), Agulhinha da Gávea, Dedo de Deus e muito mais. 3 – Trilhas São milhares de trilhas que existem no Rio. Aconselhamos a Pedra Bonita, Corcovado, Gávea, Pão de Açúcar e Pico da Tijuca. Essas são apenas algumas entre tantas que valem a pena. 4 – Mergulho no Arraial do Cabo Não está na cidade do Rio, mas a viagem vale a pena. Existem diversas empresas que oferecem esse tipo de atividade.
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5 – Surf Tour
8 – Caiaque
Se você quer aprender a surfar, ou já surfa, mas não sabe os melhores picos locais, existem empresas que oferecem surf tour em várias praias da cidade do Rio.
Um passeio de caiaque na costa do Rio é uma boa dica para quem gosta do esporte. É possível alugar caiaque em algumas praias do Rio ou em agências de esporte radical.
6 – Kite Surf Tour
9 – Rafting
Vai na mesma onda do Surf tour. Para quem deseja aprender, existem agências que oferecem cursos intensivos.
A menos de duas horas da cidade do Rio, está um excelente ponto do rio Macaé para a prática do esporte. Empresas especializadas oferecem o serviço.
7 – Rapel na Floresta da Tijuca A Floresta da Tijuca possui 3972 hectares e é uma das maiores florestas urbanas do mundo. O local é perfeito para fazer rapel. Importante ir com alguém que conhece a área.
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10 – Balsa para Niterói Não é bem um esporte, porém, é uma experiência para sentir o Rio e Niterói. Atravesse a ilha com a balsa e tenha a vista do mar das duas cidades.
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foodlovers
Tati Sato
SEGREDO SEGOVIANO.
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Existe uma competição de qual cidade é melhor: Segóvia ou Toledo. Minha amiga Ju Bezerra, que também escreve para a Bossa, ri disso porque ela ama as duas cidades igualmente. Apaixonada por história como ela é, seu amor é compreensível já que ambas têm importância na história da Espanha. Eu sou mais sentimental e nunca me esqueci do momento que me apaixonei por Segóvia que, por anos, foi uma das minhas cidades favoritas da Espanha. Era um maio caloroso e também minha primeira visita a Madri, sem imaginar que um dia chamaria a capital espanhola de casa. Naquele dia, ao ver as montanhas nevadas de Segóvia, desde o aqueduto, meu coração parou e, embora hoje também ame Toledo, não posso esquecer meu primeiro amor. Naquele tempo, não provei o cochinillo nem o ponche segoviano, sendo esta segunda uma maravilhosa sobremesa segoviana feito à base de ovos e mazapán. Honestamente, nem lembro de saber que aqueles eram os pratos típicos da região. Acho que os smartphones se transformaram em grandes companheiros de viagem com fácil acesso a informações sobre a cidade. Enfim, tive a oportunidade de provar ambos esse ano e em duas oportunidades.
O cochinillo, para quem não sabe, é um porco bebê, de apenas 20 dias. Com a carne deliciosamente terna e a pele crocante como deve ser, ele é típico da região. Cara, quando se pensa em comer um bichinho que mal nasceu e já vai ser comido dá um aperto no coração, ainda mais quando se vê a cara do bichinho - nossa, odeio ver a cara dos animais que como! Tradicionalmente, o mesonero traz o cochinillo para o salão e antes de corta-lo, faz um pequeno discurso sobre a tradição da casa e da região. Ele, então, é cortado em oito porções, não com uma faca, mas com um prato de tão terna que é a carne, posteriormente o prato é atirado ao chão. Nas duas vezes, tive a oportunidade de ver essa tradição: uma vez com minha prima, no El Bernardino, na Calle Cervantes; e na segunda com o Jorge, meu marido e companheiro de aventuras gastronômicas, no tradicional Mesón Cándido. Qual das duas é melhor? Honestamente, eu não sei. Mas, apesar do aperto no coração que dá ao saber que vamos comer um bichinho que mal viveu, vale a pena provar esse prato típico castelhano, que tem suas origens na invasão do Império Romano em terras espanholas. É um prato bastante forte e, por isso, deve ser reservado para um dia que não faça tanto calor e queimem todas as calorias caminhando por essa cidade que cheira a história e a boa gastronomia.
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Flávio Carvalho
Prepare-se Barcelona: Lenine vem mediterranear-se! Entrevista exclusiva de Lenine para a Bossa, Quixote Macunaíma. Por Flávio Carvalho. Poucas e seletas coisas cabem na mala quando decides morar fora do Brasil. Só de Lenine eu trouxe três. Indispensáveis e muito bem selecionadas. Olho de Peixe, dele e Suzano, que está entre os dez melhores discos da minha vida. Baque Solto, com Lula Queiroga, um LP que eu comprei usado, numa loja hippie de discos raros em Recife. Mas a relíquia das relíquias é o disco do grupo Flor de Cactus, gravado em 1979 e que pouca gente conhece. Falando em conhecer, fui apresentado por Antônio Carlos Nóbrega, em Recife, ao Pai do Lenine, José Geraldo. Um pernambucano recentemente falecido e que, por ele (o pai), dava para entender bem o filho artista e, principalmente, o nome – de inspiração russa - que lhe deu. Pra entrevistar o cantor e compositor, revivi aqui toda a inspiração daquele breve encontro com seu bom pai. Denominado “homem de bem” pela revista Rolling Stone, Oswaldo Lenine Macedo Pimentel se apresentará em Barcelona no dia 4 de setembro, na que hoje é considerada uma das melhores festas brasileiras de toda a Europa: o Dia do Brasil. Lembrando a tua primeira resposta no programa Roda Viva anos atrás na TV Cultura, pergunto de novo: “Tudo é encomenda, Lenine?”. Sim, Flávio. Tudo é encomenda. E quem faz essa encomenda é o autor. A gente se encomenda. A gente se impõe o fazer. Quando entrevistei Chico Cesar, em Barcelona, ele me disse que o teu canto fica impregnado na gente pra sempre. Que história é essa? Existe isso? Um fala do teu violão; outro, da sua voz...
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Foto: Divulgação Artista.
dia de brasil
á na l a s a c m ito e special”. u m o t n i s “Eu me m lugar muito e unha. É u
Catal Chico é um irmão da vida, de ideias, de conceitos, de atitudes... Eu poderia falar o mesmo dele porque ele também tem uma “autoralidade” tamanha! O violão dele é reconhecido ao longe, como sua voz. Isso é característica de quem é autor e preza pela sua assinatura.
do jeito que tava, do jeito que está (!), não pode ficar. É uma generalização, uma banalização do “vou me dar bem” e isso tem que acabar de alguma maneira. E eu não vejo outra saída que não seja por essa fratura exposta. A gente não tem mais tapete para botar o lixo para debaixo.
Alguma lembrança especial de Barcelona?
A gente aqui fora, paradoxalmente se sentindo mais dentro do Brasil do que nunca, migra como orquídea, buscando os lados dos nossos sóis. Não podia ser nos cuidados com a natureza que a gente poderia se encontrar mais universais?
Muitas! Em Barcelona eu fiz shows antológicos. E lembro muito da cidade por ter uma coisa assim, cosmopolita, de ser uma capital multicultural. Lembro o fato de ser na Espanha, mas ser outra Espanha... (risos!). Tem essa questão de a Espanha ser várias nações, ali, juntas. Na Europa isso fica muito claro, né? E o catalão é o catalão! Eu me sinto muito em casa lá na Catalunha. É um lugar muito especial. Em Barcelona, toda quinta tem forró, Baile Perfumado; toda segunda tem chorinho... Mas o que a “brasileirada” em Barcelona espera a cada ano é o Dia do Brasil, evento onde tu tocarás. Alguém já te explicou a dimensão que tem esse festival para a gente, comemorando aquela tal independência (lá, desde Dom Pedro I) aqui na Catalunha, longe do Brasil? Eu sei. Tenho certa dimensão do que será. Tem muitos festivais na Europa que tem essa conotação do Brasil. Isso é bacana. Até porque vira um grande ponto de encontro dos solitários que tão com saudade do país. Daí se encontram nesse momento de celebração, de música. Eu sei da importância que tem para os brasileiros exilados e que estão com saudade do país. Traz aí uma boa nova, boa notícia, de Pindorama pra gente, pelamordedeus! Poderias dar, pra quem hoje leu os jornais, uma canja de esperança bem brasileira sobre o nosso país? Ah, sim! Eu sou um cara muito esperançoso. Essa fratura exposta é muito necessária para a gente evoluir como cidadãos. Acho que a civilização brasileira - se é que a gente pode chamar de civilização brasileira (risos!) - tem que passar por esse expurgo, por esse exorcismo, para a gente se fortalecer e para fortalecer as instituições. Porque
Eu realmente tenho esse sonho bacana de achar que o Brasil ainda pode dar uma resposta para o mundo: uma resposta verde mais contundente. Acho que a gente tem todas essas condições – e dimensões - para isso. A gente tem essa falta de experiência necessária (risos, novamente) para tomar isso como uma bandeira: a questão da ecologia, a questão socioambiental. No Brasil tem um núcleo gigante de pessoas do bem voltado para essas questões. Não um bloco solitário, mas sim um gigantesco bloco solidário, de muita gente pensando o Brasil de uma outra maneira, pensando um futuro melhor pra esse país. E com a consciência mais planetária, mais holística. Agora o mar na tua vida, tuas travessias do Atlântico, as boas praias do Nordeste do Brasil, do Rio... Tu quando viajas a trabalho, tentas, consegues, dar uns mergulhos? Consegues te
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“A gen t
e não
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tem m ais ta o lixopete para b para d otar ebaixo ”.
conectar com os lugares, com as pessoas desses lugares? Ah, sim! É condição sine qua non (sem a qual não pode ser) quando eu faço essas turnês condicionadas pelos meus desejos de conhecer lugares diferentes e de conhecer novos campos de altitude. Assim eu posso ver orquídeas diferentes - a parte botânica que me fascina tanto. Então, quando eu viajo fazendo shows, eu levo tudo isso em consideração. E sim, sempre dá um tempo para salgar o corpo, para pegar uma onda, para pegar um jacaré, para jogar um molinete... Pois eu sempre ando com esses meus utensílios litorâneos, onde quer que eu vá. E sempre há um tempinho para dividir esse prazer no mar. Foi nascer num 2 de fevereiro que fez assim tão africana a tua música? Eu sou filho de Iemanjá. Já africano, eu não sei (risos). Esse elemento marinho tá muito presente na minha vida. Até a descoberta das orquídeas eu era um ser completamente litorâneo e um pouco cego em relação ao interior do Brasil. Eu associo muito essa minha descoberta das orquídeas também com uma descoberta dessa expressão interiorana, que o nosso país tem muito e que a gente não dá a devida atenção. Ed Motta, coitado, meteu-se na inauguração de uma falsa polêmica imensa, quando veio tocar aqui mesmo em Barcelona. Disse que o público brasileiro nos shows que ele faz no exterior é muito chato. É diferente? É assim? Sempre tem esse público carente quando eu vou tocar fora do Brasil. É o brasileiro que tá ali, longe do país dele, e quando tem qualquer pretexto que ele pode estar presente e apaziguar essa falta que faz o país de origem, é muito bacana. Mas eu também compreendo que, além dos brasileiros, vai ter mais gente, estrangeira, que não conhece o Brasil e que quer conhecer um pouco da nossa cultura. E é natural, minha gente, que a população brasileira, que tá ali morrendo de saudades, se encontre nesse momento. Agora é também natural que você, com seu desejo de
criador, almeje chegar a mais gente, de chegar a um número maior de pessoas. Eu tenho a impressão que foi isso que aconteceu com o Ed Motta. O músico Zé Rocha, nosso amigo, me disse em 2005: Lenine é um cara que voltou do futuro, sem andar para trás. Qual teu futuro próximo, Lenine? O que estás preparando? O que esperar de ti? O futuro é coisa do futuro. Eu estou sempre atento com o presente e a expectativa que eu tenho de aonde eu quero chegar, fazendo aquilo que eu faço. Evidentemente, levando em consideração tudo o que eu passei. Basicamente, o meu olhar está no presente, no que eu faço agora, no que me dá prazer agora, no que eu consigo tocar nas pessoas... agora! Perguntinha ótima para acabar entrevista contigo, seu Oswaldo: e a família? Como vai? Tudo bem? Ah, a família vai muito bem, obrigado! Crescendo, com saúde. E agora, com a chegada do terceiro neto... Tá tudo certo! A entrevista acaba com mais risos, alegres, leninianos. Mas, quando parecia que a entrevista tinha acabado, o gravador capta, baixinho, com carinho, Lenine confessando: “Zé Rocha! Olha... Zé Rocha é meu irmão. Foi o primeiro cara que compôs comigo...”. O passado e o presente se misturam novamente com aquela pergunta do futuro. “Zé Rocha, olha, o Zé Rocha é meu irmão. Foi o primeiro cara que compôs comigo”. O passado e o presente se misturam novamente com aquela pergunta do futuro. Corri para escutar o primeiro disco do Lenine com Zé Rocha, no grupo Flor de Cactus. Se não conheces, podes buscar na Internet. É altamente recomendável. Aquele abraço.
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be natural
Tahone Jacobs
www.perpurr.com
TERRAS MÁGICAS PARA SUA PELE As argilas possuem diferentes propriedades, tipos, cores e efeitos que variam de acordo com a sua composição mineral. Mas o que todas têm em comum é a capacidade de absorver toxinas e resíduos que ficam na pele e que não saem com a limpeza do dia a dia. As argilas têm um enorme poder absorvente que junto com a água tem a capacidade de carregar TODOS os resíduos para fora. O resultado? Poros limpos! Misturar algum tipo de argila com óleos vegetais, óleos essenciais, mel, frutas frescas, iogurte ou mesmo apenas água mineral pode criar diferentes máscaras que deixam a pele limpa, macia e aveludada e que melhoram a circulação sanguínea da região. Além disso, ela é um dos mais poderosos antissépticos e anti-inflamatórios naturais que existe. Listamos 4 receitas de máscara de argila super fáceis de fazer em casa:
1- Argila verde É a mais conhecida e serve principalmente para peles mistas, oleosas e com acne. Ela tem a capacidade de extrair completamente a oleosidade da pele e matar bactérias que causam a acne. A máscara pode ser feita 2 vezes por semana. - 2 colheres de sopa cheias de argila verde; - Água morna ou fria – usar a quantidade necessária para fazer uma pasta homogênea; - 1 colher de chá de mel; - 5 gotas de tintura de própolis. Misturar bem todos os ingredientes e aplicar na pele já limpa. Deixar por aproximadamente 20
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minutos e enxaguar com água morna. Quando a pele estiver seca, siga com os produtos de costume. Essa máscara não costuma secar e ficar dura, pois leva mel. Também pode ser feita somente de argila e água.
2- Argila branca e argila amarela Indicada para peles normais e/ou sensíveis. Essa argila limpa os poros, porém sem remover toda a oleosidade da pele, o que é muito importante para as peles sensíveis. - 2 colheres de sopa cheias de argila branca ou amarela. - Água morna (usar a quantidade necessária para fazer uma pasta homogênea. Pode-se usar ao invés de água, algum hidrolato como o de camomila - água de camomila). - 1 colher de sopa de iogurte natural (não desnatado). Misturar bem todos os ingredientes e aplicar na pele já limpa. Deixar por aproximadamente 20 minutos e enxaguar com água morna. Com a pele seca, siga com os produtos de costume.
3- Argila rosa É indicada para peles secas, maduras e/ou com manchas. Ela tem poder clareador se usada com frequência. - 2 colheres de sopa cheias de argila rosa; - Água morna – usar a quantidade necessária para fazer uma pasta homogênea. Pode ser substituída por hidrolato de rosas que amacia a pele; - 5 gotas de óleo de jojoba;
- 5 gotas de óleo essencial de lavanda, camomila ou rosa. Misturar bem todos os ingredientes e aplicar na pele já limpa. Deixar por aproximadamente 20 minutos e enxaguar com água morna. Depois que a pele estiver seca, continuar com os produtos de costume.
4- Ghassoul (pronuncia-se “Rassul”) Argila marroquina muito rica em sílica, um mineral que é importante na regeneração das camadas
ARGILA BRANCA E AMARELA peles normais e/ou sensíveis
mais profundas da pele. Melhora a elasticidade e estimula a produção de colágeno. Pode ser usada por todos os tipos de pele. Essa argila é um pouco diferente das outras. Ela absorve mais água e fica com uma textura mais cremosa. - 1 colher cheia de Ghassoul - Água em quantidade suficiente para fazer uma mistura cremosa. Recomendo colocar um pouco de água e esperar cerca de 10 minutos e adicionar mais um pouco.
TIPOS DE ARGILAS
ARGILA ROSA peles secas, maduras e/ou com manchas
ARGILA VERDE peles mistas, oleosas e com acne.
GHASSOUL todos os tipos de pele
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especial
Juliana Bezerra
FLAMENCO NA CADÊNCIA DO FLAMENCO Ritmo, emoção, força e complexidade. É difícil saber o que mais atrai no flamenco. Desde o canto que brota do fundo do coração até o sapateado, o flamenco ultrapassou fronteiras e hoje atrai um público diversificado e fiel. Levado ao Brasil pelos imigrantes espanhóis, a força do canto jondo e do seu baile calou fundo na terra do samba onde ganha cada vez mais adeptos. A paixão pelo flamenco é tão grande que muitos músicos e bailarinos brasileiros economizam o ano inteiro para passar o verão em festivais espanhóis a fim de se aperfeiçoar com os mestres nativos. De volta ao Brasil, passam o conhecimento adquirido em academias de música e dança, promovendo um rico intercâmbio entre as duas culturas. Outros vão mais longe e tomam a decisão de ficar na Espanha e trabalhar ombro a ombro junto aos grandes nomes do tablado. Neste artigo destacamos cinco nomes de artistas brasileiros que vieram e ficaram em Madri atraídos por uma paixão em comum: o flamenco. VIOLÃO FLAMENCO BRASILEIRO O violonista Fernando de La Rua inicialmente estudou violão clássico, mas encontrou sua identidade musical no flamenco. Filho de pai espanhol e mãe brasileira, nascido em Itapeva/SP, Fernando de La Rua vinha regularmente ao Festival de Guitarra de Córdoba para se aprimorar no ritmo que escutava e tocava em casa. No Brasil, fazia parte da companhia de flamenco de Laurita Castro e dava aulas em Lisi Sfair.
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várias capitais brasileiras. Em 2000, junto com a esposa, a bailaora Yara Castro, decidiu ficar na Espanha e assim mergulhar física e mentalmente no meio flamenco. “Foi um processo vagaroso estar aqui como brasileiro e ser aceito como brasileiro” lembra Fernando de La Rua. “Apesar de o meu pai ser espanhol, isso não tem nada a ver. É como se fosse um TCC diário, pois as pessoas te examinam o tempo todo, como acontece em todos os ambientes profissionais” conta o músico que lançou seu primeiro disco “Nuances” na mítica Casa Patas, em Madri. Pouco a pouco foi se tornando conhecido e respeitado no meio flamenco e passou a colaborar com dançarinas e coreógrafas como Rafaela Carrasco ou La Tina. Curiosamente, na Espanha, pôde fazer o caminho inverso e redescobrir a música brasileira e agora toca regularmente na Roda de Choro de Madri. “Uma vez que encontrei meu espaço aqui e criei esta consciência e trabalho, me reencontrei de novo com a música brasileira” diz o violonista. “Tenho e sou de dois mundos: metade brasileiro e metade espanhol. E isso me possibilita realizar composições híbrida e originais” adiciona Fernando, que define seu som como “violão flamenco-brasileiro”. Atualmente, Fernando de La Rua se divide em vários festivais de flamenco pelo mundo como o
de Israel e o de Berlim; mantém também o Duo Arabiando com a flautista Letícia Malvares; além de compor para nomes como o coreógrafo e bailarino Alejandro Molinero e preparar seu segundo disco com previsão de lançamento para o ano que vem. BRASIL FLAMENCO Yara Castro ainda se lembra da sua mãe Laurita Castro tocando piano e das alunas dançando flamenco e dança espanhola em sua casa. A avó, nascida em Almería, também dançava e a mãe, Laurita, montou uma escola de flamenco na capital paulista. “O flamenco em São Paulo tem duas vertentes: a da espanhola Ana Esmeralda e a da minha mãe, Laurita de Castro.” recorda Yara. “Acho que 99% dos artistas de flamenco de São Paulo saíram dessas duas professoras. Portanto, eu já posso me considerar uma ‘vovó flamenca’, pois já são mais de 20 anos ensinando” brinca a bailaora que também é formada em balé clássico. Casada com o violonista Fernando de La Rua, a artista conta que o conheceu através do flamenco na época em que sua mãe precisava de músicos que tocassem ao vivo numa apresentação da escola. “Naquela época, trabalhávamos com disco ou fita cassete” recorda Yara. “Foi quando nos avisaram que haveria um ensaio de violonistas, filhos
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Fernando de la Rua.
David Tavares.
de imigrantes espanhóis, no Clube Hispano-Brasileiro e fomos assisti-los. Minha mãe o convidou para tocar conosco e assim começou a nossa história” revela a bailaora.
e percussão, nunca mais o ritmo foi o mesmo. O gênero ganhou em sonoridade e mais músicos puderam se aproximar desta melodia tão envolvente, apesar de alguns puristas torcerem o nariz para tal inovação. Infelizmente, por se tratar de uma invenção recente, ainda não existem escolas ou métodos onde seja possível um instrumentista aprender o flamenco como já fazem os violonistas e cantores.
Após estudar flamenco com a mãe e mestres como Pepe Córdoba, Yara Castro resolveu mudar-se para a Espanha. Em 2003, a artista foi convidada para subsituir uma professora no Centro de Ocio El Horno, em Madri e quando a titular voltou, os alunos já tinham sido cativados pela didática da nova professora. “Meu diferencial era fazer brincadeiras durante as aulas para passar a técnica e criar vínculos com meus estudantes” comenta Yara. “O mais desafiador no flamenco é o ritmo, pois ele é implacável. [...] Para o brasileiro, em particular, é complicado conseguir adaptar nossa maneira flexível de ser à personalidade direta dos espanhóis que se reflete no flamenco” complementa a professora. Yara Castro mantém intensa atividade tanto no Brasil quanto na Espanha. Em São Paulo com a Casa Flamenca Castro de La Rua e com workshops que ministra por todo o país; e em Madri com o “Projeto: Brasil Flamenco”, um tablado que reúne artistas brasileiros que se dedicam ao flamenco, no Café Zyrab. LEVANDO O FLAMENCO NA FLAUTA No flamenco, basta um violonista e um cantor, correto? Até a década de 70 a resposta seria “sim”, mas quando o violonista espanhol Paco de Lucía começou a experimentar instrumentos melódicos
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Que o diga a flautista Letícia Malvares, natural do Rio de Janeiro, que se aproximou do flamenco através de amigos. Como não havia academias que ensinassem flamenco aos flautistas, o jeito foi fazer aulas de dança flamenca para entender as divisões de compasso e todas as nuances rítmicas. “No flamenco não é o mesmo tocar para o baile ou para o canto” conta a flautista. “Faz toda a diferença fazer aulas de baile para entender os códigos que existem.” Assim, a artista conciliava os estudos de flauta com aulas nas academias de dança flamenca do Rio de Janeiro a fim de se aprofundar e poder executar as melodias do canto na flauta transversa. Igualmente, veio para a Espanha estudar com Jorge Parda, flautista que havia integrado o grupo de Paco de Lucía e o pioneiro em introduzir o instrumento nos tablados. Trabalhando como produtora e instrumentista no Rio de Janeiro, Letícia Malvares conta que sentiu dificuldade em tocar nos tablados espanhóis. “Com a crise, os tablados ficaram muito enxugados, sem percussão e sem instrumentos melódicos”. Por isso, a flautista se uniu ao violonista brasi-
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leiro Roberto Monteiro e ao bailaor gaúcho Gabriel Matias e se apresentam no Parque do Retiro aos domingos. Também mantém o Duo Arabiando com o violonista Fernando de La Rua, dedicado à música brasileira e ao flamenco; e em julho assinou, junto com Roberto Monteiro, a trilha sonora do espetáculo “Bom Sujeito”, da bailaora capixaba Ivna Messina, no qual misturou flamenco e samba. FLAMENCO, TCHÊ. O flamenco entrou na vida da gaúcha Lisi Sfair Denardi por acaso. Aos nove anos, Lisi detinha os títulos de Miss Infantil Rio Grande do Sul e do Brasil e ao passar a faixa, ela precisava fazer uma demonstração artítisca. A solução foi matriculá-la numa academia para que aprendesse um pouco da dança flamenca. O título de Miss ficou na história, mas a vontade de continuar a aprender aquele bailado foi tão grande que ela pediu aos pais para estudá-lo. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, Lisi Denardi continuou seus estudos de flamenco com a professora Eliane Carvalho e assim, entrou em contato com vários professores que a fizeram acreditar que a dança poderia ser uma saída profissional. Resolveu tentar a sorte na Espanha estudando na escola Amor de Dios e no Conservatório Profissional de Danza Fortea, em Madri, onde se formou em 2015. Desde então, dançou em lugares como o Cardamono e a Casa Patas. “O flamenco é muito mais de tablado que de palco, e principalmente, é improviso” comenta a gaúcha de Caxias do Sul, que foi finalista em dois concursos realizados no tablado das Carboneras e de Villa Rosa. “O bailaor tem que escutar muito o canto, o guitarrista. Improvisar é a parte mais difícil, porém a parte mais bonita do baile”. Apesar do flamenco ser originário da Andaluzia e muitos madrilenos não gostarem do eterno esteriótipo das sevilhanas e castanholas, Lisi conta que a cena flamenca madrilena é bem movimentada. “Madri está aberta tanto para nativos como para os estrangeiros” declara a bailaora. “Quando cheguei era super dificil, mas agora a cidade conseguiu concentrar esta energia flamenca e está mais re-
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ceptiva” completa a gaúcha que já produziu três festivais de flamenco em Caxias do Sul e sonha realizar outros mais em sua terra natal. DAVID TAVARES: NI TAN REY, NI TAN RATÓN O violonista David Tavares começou a tocar violão aos oito anos e seguiu entre a música clássica e a popular brasileira até escutar os discos de Paco de Lucía. Foi o suficiente para que o flamenco o conquistasse a ponto de vir para Espanha aprender mais sobre o ritmo. Em Madri, foi aluno do violonista Oscar Herrero, mas também tocava e acompanhava músicos brasileiros que viviam por aqui. Ao comparar as técnicas do violão clássico e do flamenco, David diz que uma das diferenças está na mão direita. “O flamenco tem efeitos que são próprios do ritmo” explica o músico. “No entanto, tocar bem qualquer gênero musical é difícil” conclui o violonista que mora na Espanha desde 1987. Na Espanha, Tavares acompanhou nomes consagrados como o violonista Antón Jiménez e cantoras como Carmen Linares e La Cigala. “Quando La Cigala e Jiménez começaram a tocar composições minhas, isso me deu coragem para seguir trabalhando” revela o violonista natural do Paraná. “Minhas composições são uma mistura de influências, porque não deixo de fazer música brasileira, nem clássica e nem flamenca” explica. Atualmente, David está em turnê com o seu terceiro disco “Ni tan Rey, ni tan Ratón”, com o qual se apresentou no Brasil e em lugares como o Café Berlin, em Madri, e a Casa de las Conchas, em Salamanca. Neste último trabalho fica evidente que o violonista consolidou um jeito próprio de tocar que funde as duas escolas. “Apesar de ser o menos flamenco dos meus discos, incluí uma bulería. [...] E ritmos brasileiros, como o frevo, que tem uma pegada flamenca” conclui o artista.
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THAT good trip
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Suzana Paquete
dicas para fazer amigos durante o Caminho rem dividir suas impressões e, se você estiver aberto a ouvi-las, vai ganhar um novo amigo com certeza.
O Caminho de Santiago é uma das coisas mais incríveis que uma pessoa pode fazer, especialmente se você está aberto a fazer amigos para o resto da vida. É a hora de ousar, de sair da sua zona de conforto, de dar a oportunidade de conhecer e, quem sabe, formar uma grande família. Aqui, algumas dicas para que sua experiência seja plena de amizades verdadeiras e únicas, mais um presente do Caminho de Santiago. 1. Não leve um livro na mochila. Use todo o tempo que você tem livre para falar com as pessoas. Puxe papo, todos têm algo que contar.
6. Proponha cozinhar o jantar com alguns peregrinos. Pergunte quem quer e combinem de ir juntos comprar os ingredientes e depois cada um ajuda cortando ou lavando os itens. Também se conquista novos amigos pela barriga! 2. Tire da gaveta o seu inglês empoeirado e também as outras palavras em qualquer idioma que você aprendeu alguma vez na vida. Um “oi” em outro idioma já é pretexto para iniciar uma conversa - nem que seja na linguagem dos sinais. 3. Não faça longas sestas todas as tardes. Apesar de você estar no país das sestas, limite o tempo delas a meia hora. Use o resto do tempo para chamar algum peregrino para tomar um café ou uma “caña” e faça um novo amigo. 4. Cumprimente todos os peregrinos que você ver e troque umas palavras com alguns deles de vez em quando. Na próxima vez que os ver, já não serão estranhos e a próxima conversa está a um passo de começar. 5. Pergunte às pessoas como foi a caminhada. Todos que-
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7. Puxe papo durante a caminhada. Você tem tantas horas pela frente que as conversas podem ser cheias de detalhes e fatos interessantes (ou não). Sabe aqueles detalhes que você geralmente pula porque são insignificantes? No Caminho não precisa pular: conte tudo e mais um pouco. Assim você nem sente o caminho. ;) 8. Transite por diversos grupos. Sempre haverá algo em comum entre cada pessoa que você conheça e você. Combine para sair caminhando do albergue com alguém novo de vez em quando e saiba mais sobre essa pessoa. 9. Saia para beber (cerveja, vinho, café ou água) em grupo. Nessas conversas acaloradas regadas com um pouco de álcool as novas amizades se fortalecem. Afinal, como diz o refrão, não se conhece novas pessoas bebendo leite. :)
10. Seja aberto. Guarde sua timidez para a sua cidade. Os peregrinos são uma irmandade de ajuda, de amizade, companheirismo, na alegria da chegada e na tristeza das novas bolhas. E assim você verá que nem o Caminho nem as amizades acabam na Praça do Obradoiro, depois da missa na Catedral de Santiago de Compostela. Suzana Paquete é jornalista e blogueira no www.thatgoodtrip.com. Ela vai todos os anos ao Caminho de Santiago, sempre sozinha, mas chega a Compostela acompanhada de novos amigos de diferentes nacionalidades. Acaba de voltar do Caminho Inglês, um percurso de 155 km entre Ferrol e Santiago. Siga-a no blog e nas redes sociais.
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CINÉFILOS
Gustavo Colombo
JOSÉ ALDO MAIS FORTE QUE O MUNDO: REALIZANDO A DIFÍCIL TAREFA DE REALIZAR O SIMPLES Tento assistir aos filmes sem expectativa, mas sei que é uma ideia tão ilusória quanto a busca da imparcialidade por parte dos jornalistas. E no caso de José Aldo existiam várias dessas expectativas contraditórias: adorei o trailer, mas achava chato o assunto UFC/MMA; não curti “Dois Coelhos”, o primeiro longa do diretor, mas fiquei empolgado ao ver o grande lançamento nacional que não tinha nada a ver com as comédias nacionais ou com as cinebiografias que costumavam figurar entre os blockbusters brasileiros. Ou seja: “José Aldo – Mais forte que o mundo” era um filme diferente do catálogo de filmes brasileiros. Ele não era nem um filme de arte e de festivais, nem um filme de guerrilha ou mesmo filme social. Tão pouco era mais uma comédia com pretensões “arrasa quarteirão” focadas no público de uma nova classe média ascendente brasileira, mas, mesmo assim, tinha comunicação com o público e queria se comunicar com ele, afinal, foi um lançamento em cerca de 300 salas. A história começa em Manaus e aborda a trajetória de José Aldo, um jovem perdido, porém talentoso, com problemas na relação com seu pai agressivo e alcoólatra, e que encontra na luta uma válvula de escape para a sua realidade. Quando surge a oportunidade, vai para o Rio de Janeiro dedicar-se a
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carreira no MMA. Contudo, para obter sucesso em sua trajetória, ele precisará superar seus problemas com o pai. O filme é um drama cine biográfico, que passeia pelos gêneros de filme esportivo e de ação. É uma narrativa simples, mas eficaz, uma história de superação como várias outras, o que ajuda a criar empatia com o público. Pode parecer básico, mas preparar uma curva de personagem com estrutura, timming e emoção, tudo de forma coordenada, não é simples, é o clássico-narrativo. Mais difícil ainda é um filme com a estrutura narrativa tradicional que consegue flertar com gêneros e ser levado a sério, mesmo tendo uma boa dose de humor. A direção e ação também são sensacionais. É verdade que há uma boa dose de excessos, efeitos em slow-motion, mas até isso torna-se uma marca do diretor Afonso Poyart, que está virando uma espécie de Zack Snyder brasileiro. Mas até isso está bem mais moderado que em seu primeiro longa, “Dois Coelhos”, onde essa marca publicitária de excesso de pós-produção e certo desespero para mostrar “olha como podemos fazer coisas cool e sermos pop”, pulava na frente da história e forçava clichês na narrativa de plot, bem como nos múltiplos personagens, de forma bastante pretensiosa, chegando inclusive a soar artificial e inverossímil. O filme, ao reduzir o escopo e focar na trajetória de um único personagem, contando uma autêntica história brasileira (mas de um novo Brasil) e com esse verniz pop, funciona muito bem. O exemplo que dá o tom do contraste entre os dois filmes do diretor é a cena de animação. Enquanto em “Dois Coelhos” a animação em 3D forçava a barra, como se os elementos estivessem agregando algo aos personagens ou à história, aqui a cena de animação de 2D, que aparece logo no início e se repete no fim, amarra a metáfora da luta e da vida do personagem, dando sentido ao filme. Cinema Petisco – cinemapetisco.com.br
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NEGóCIOS
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Redação
Peres Jr. Advocacia e ABRESCCO fortalecem a Cena anual da CCBE. O grupo liderado pelo advogado Dr. Peres foi um dos patrocinadores do maior evento da Câmara de Comercio Brasil Espanha em Madri. A Cena anual da CCBE aconteceu no dia 12 de julho, no Hotel Ritz, como de costume.
Com um mercado interno fantástico, o Brasil, com 200 milhões de pessoas, continua sendo um dos principais destinos de investimento direto estrangeiro (IDE), na última década. Em 2015, o Brasil recebeu 71 milhões de dólares em investimento estrangeiro de acordo com a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).
O jantar anual dos sócios da CCBE é, sem dúvida, o maior evento do ano para essa Câmara do Comercio que já tem mais de 90 anos. O tradicional evento acontece todos os anos no Hotel Ritz e este ano não foi diferente. O jantar contou com cerca de 150 empresários e executivos do mundo empresarial e econômico de ambos os países. O encontro foi conduzido por José Gasset Loring, Presidente da Câmara de Comércio Brasil-Espanha e pelo embaixador do Brasil na Espanha Antonio Simões. Além de contar com a ilustre presença de Jesus Gracia, Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Iberoamérica. O encontro serviu para serem apresentados os negócios e as oportunidades de negócios entre os dois países. Brasil e Espanha possuem uma grande sinergia de mercado e investimentos formada há anos, criando assim uma fortalecida relação bilaterais.
O grupo Peres Junior Advocacia e ABRESCCO internacional trabalham para desenvolver essas pontes. O seu mentor, Antônio Peres, divide-se entre a Bahia e Madri, onde possui seus escritórios, por motivos que vão além dos negócios. Dr. Peres é brasileiro descendente de espanhol e assume além da função de Diretor Executivo de
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Pedro Corrales, Pablo Mompó, Jayme Marques, Antonio Peres, Juan Miguel Hortelano.
lano, Dr. Pedro Corrales, Dr. Pablo Mompó e João Compasso. O evento aproveitou a oportunidade para homenagear o grande cantor e guitarrista brasileiro, Jayme Marques, por motivo da comemoração do seu 80º aniversário. Nascido em Campo Grande, no dia 12 de junho, 1936, Jayme foi a Espanha em 1960 e é considerado entre os espanhóis o responsável pela difusão da Bossa Nova no país.
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ambas empresas, a de Relações Internacionais e Instituições de A.C. Caballeros de Santiago, onde desenvolve um trabalho árduo de conexão cultural, social e econômica entre os dois países.
O ato foi também uma homenagem e reconhecimento a sua trajetória e discografia, aproveitando o ensejo para fortalecer a importância da indústria brasileira e espanhola de música e cultura que gera anualmente grandes ingressos aos dois países.
Por todo esse labor realizado e por acreditar piamente no trabalho da Câmara de Comércio, eles decidiram apoiar o maior evento da CCBE de uma forma mais incisiva, sendo um dos patrocinadores do jantar anual. Entre a comitiva, estiveram presentes o Dr. Antônio Peres, sua Sra. Luciana Sampaio Peres, Dr. Juan Miguel Horte-
Jayme Marques é um bom exemplo de integração cultural entre os dois países, sendo pioneiro da bossa e Samba Jazz na Espanha. Ele trabalhou com os maiores nomes do mundo artístico espanhol, como Pedro Iturralde, Paco de Lucia, Tete Montoliu, ou Joan Manuel Serrat.
Participaram da homenagem também representantes da esfera cultural dos dois países como Francisco Gallo, Diretor da Fundação Hispano-Brasileira Cultural e o professor Luis Cobos, presidente da Sociedade de Artistas de Espanha (AIE). Somente neste ano, também comemorou-se o 100º aniversário do Samba, um símbolo da tradição da música brasileira, reconhecido como Patrimônio Mundial desde 2005. O evento foi possível graças ao apoio da Iberdrola, a LATAM Airlines, Avansis, Banco do Brasil, Peres Junior Advocacia, Repsol e Telefónica, e com a colaboração da Embaixada do Brasil, a Casa do Brasil e Fundação Cultural Hispano-Brasileira. PERES JUNIOR ADVOCACIA A Peres Junior Advocacia é uma sociedade de advogados que, primando pelo atendimento personalizado, baseia-se no conceito do “escritório boutique”, o que se caracteriza pela prestação profissional marcada pela seleção de sua clientela e manutenção de uma carteira de assessorados reduzida e refinada, que desfruta de um atendimento exclusivo e diferenciado. Os componentes da Peres Junior Advocacia preocupam-se em não se desapartar da característica de uma prestação profissional “artesanal”, mas sem dispensar o melhor que a tecnologia pode ofertar para a execução desse mister. Dedicam, a cada cliente, uma atenção ímpar, motivo pelo qual não absorvem contratos envolvendo os denominados “contenciosos em massa”, o que inviabilizaria o denodo com o qual se dedicam a cada causa, a cada assunto jurídico que lhe é direcionado - sempre tratado como se fosse o único.
ABRESCCO Por intermédio de seu núcleo internacional, ABRESCCO – Acercamientos Brasil España en Cultura y Comercio, que tem por fim a aproximação com outras entidades similares de assessoria empresarial, no âmbito público e privado; entidades culturais, como a Associação Caballeros de Santiago, da qual o Dr. Antonio Peres Junior ocupa o cargo de Diretor de Relações Internacionais e Institucionais; CCBE – Câmara de Comércio Brasil Espanha, em que a permanente aproximação empresarial e comercial entre Brasil e Espanha são promovidos, a Peres Junior Advocacia, demonstra uma performance atuante na área internacional, assessorando empresas espanholas que tem interesses comerciais e culturais no Brasil e empresas brasileiras que tem os mesmos interesses na Espanha. ABRESCCO é representada na Europa por seu Vice-Presidente, Dr. Juan Miguel Hortelano, MBA no I.E. Business School – Madrid, especialista no mundo empresarial e consultivo, tendo desenvolvido uma brilhante trajetória por multinacionais no velho mundo, o que permite uma sinergia importante de valores e cultura comercial Hispano-Brasileira. Peres Junior Advocacia / ABRESCCO Salvador-BA: Av. Santa Luzia, 1136, cj. 301/306, Horto Florestal, CEP: 40.295-050, Bahia - Brasil. Madrid-ES: C/ Velazquez 53, 2º Izq.28001 - Madrid - España. contato@peresjunioradvocacia.com.br
Dr. Antônio Peres Jr. atualmente é o Diretor Executivo do escritório Peres Junior Advocacia e da ABRESCCO. Também exerce a função de Diretor de Relações Internacionais e Instituições de A.C. Caballeros de Santiago. Professor e palestrante internacional, Dr. Peres tem formação de MBA no IE Business School Madri, além de atuar como advogado e consultor empresarial por mais de 20 anos.
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agora BARCELONA
Redação
Nits Brasil
Antecede o grande Día de Brasil em Barcelona Sob o nome de Nits Brasil, o festival tem previstos quatro grandes shows de grupos ou artistas brasileiros locais, durante as noites de 30 de agosto a 2 de setembro. Todos os shows são gratuitos e em diferentes locais. A ideia é explorar os melhores locais de Barcelona, para ter uma visão geral de toda a diversidade rítmica brasileira residente na cidade.
DIA 30 DE AGOSTO – 22h30 Guzzo Jam Session Guzzo Club | Plaça Comercial 10, Borne. Jam band composta na maior parte por brasileiros e dirigida por Alan Souza. Cantor convidado: Leo Mendes, artista, cantor e compositor de origem brasileira, Porto Alegre. Seu estilo é uma mistura de samba, reggae, folk e rock.
Jurandir Santana, baiano, nascido em Salvador, é um instrumentista, compositor e diretor musical, já tocou com músicos conhecidos da cena brasileira como Gilberto Gil e Gal Costa. Silvia nasceu em Barcelona, embora o seu interesse constante na música brasileira venha desde a sua criação e tenha sido fortalecido pelas viagens habituais para o Brasil, onde ele modelou sua voz. Ambos compõem este quarteto com o baterista Ed Moreira e o baixista Charly Hinojosa, recriando suas próprias músicas, como também tocam clássicos da Bossa Nova e MPB.
DIA 31 DE AGOSTO – 23h
DIA 02 DE SETEMBRO – 22h
Jonas Santana: Mc Salvador de Bahia com sua banda.
Nêga Lucas Trio
Fórum | Carrer Princesa 53, Borne. Jonas Santana nasceu em Salvador, Bahia, é um autodidata e versátil músico, que começou no mundo do rap com o grupo s.a.n.afrodescendete nervoso, nos anos 90. Atualmente está gravando seu primeiro álbum solo, acompanhado por sua banda, formada por Bruno Butenas (baixo-guitarra), Mariano Camarasa (teclado), Gabriel Gonzalez (bateria). DIA 01 DE SETEMBRO – 21h30 Jurandir Santana & Silvia Orrico Quarteto.
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Ocaña (Apotheke) | Plaça Reial 11,12,13, Bairro Gótico.
Casa Gracia (Sala Bis) | Passeig de Gracia, 116, Gracia. Nêga Lucas, é uma das vozes mais poderosas e representativas da nova jazz brasileira. Mineira, a cantora imprime em sua música as influências que permeiam sua carreira, começando pelo Brasil, cantando funk, samba e música afro-brasileira, passando pelo restante da música latino-americana, até chegar com forte presença de jazz. Ela se apresentará com o fantástico trio acústico composto por ela, Pablo Gimenez (Flauta) e Pedro Bastos (Violão).
DIA 11 DE SETEMBRO – 23h Anna Trea (Encerramento do Festival Nits Brasil) Guzzo Club | Comercial Plaza 10, Borne Anna Tréa é musicista, multi-instrumentista, cantora, compositora, arranjadora. Nasceu em São Paulo e possui uma voz peculiar. Apresentada no mundo da música pelo produtor Paulo Calasans (Djavan, Cássia Eller, Gal Costa, Ivete Sangalo), produziu o seu álbum com o renomado cantor Swami Jr. (Omara Portuondo, Maria Bethania, Buena Vista Social Club).
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agora barcelona
Dani Pacheco
Pisa na Fulô convoca forrozeiros para Barcelona O festival mais forrozeiro da cidade de Barcelona volta com a segunda edição. A programação completa é de quase uma semana de forró e conta com programas gratuitos e pagos. Serão 7 dias de forró espalhados pelos principais pontos da cidade de Barcelona. Acompanhe a programação. Terça-feira - 30/08 - 23h - LUAU PISA NA Fulô - Beach Party Open Air (Gratuito) Ao ar livre: La Base por Farré
Endereço: Via Laietana, 6,08003, Barcelona. Quinta-feira - 01/09 – Pisa na Fulô ao ar livre 18h - 21: 30h - Ball Parque Ciutadella - (Gratuito) Ao ar livre: Parque de la Ciudadela Endereço: Passeig Picasso, 21, 08003 Barcelona. Sexta-feira - 02/09 - 23h - BAIÃO BRASIL + ZEU AZEVEDO + PABLO DIAS + DJ’S Sábado - 03/09 - 23h - CHAMBINHO Acordeon + SURPRESA GUEST + DJ’S + Dança Domingo - 04/09 - 23h - FORRÓ PIFADO + JABU MORALES TRIO + LA PIFADA + DJ’S + Dança Onde: Habana Barcelona Endereço: Passeig Joan de Borbó, 74, 08039 Barcelona Oficinas: Sexta-feira - 02/09 - 15h - Registro e Abertura do Festival 16hs - 21hs - oficina de dança
Endereço:
Platja Mar Bella. Avda Del Litoral
Platja Mar Bella, 08005, Barcelona. Quarta-feira - 31/08 - 23h -DJ’S & Forró ao vivo – Bairro Gótico (6 €) Quinta-feira - 01/09 - 23h – Esquenta do “PISA NA FULÔ” com DJ’S & DJ’S & Forró ao vivo - Bairro Gótico (6 €) Onde: KosmoBar
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Sábado - 03/09 - 15h - 21h - oficinas de dança e de música Domingo - 04/09 - 15h - 21h - oficina de dança 21h - 21: 45h Encerramento. Apresentação “La Pifada” Onde: Centro Cívico Barceloneta Endereço: Carrer de la Conreria, 1-9, 08003 Barcelona.
Redação
agora madri
Cursos visam a difusão da cultura brasileira
A editora Ambulantes dá mais um passo para uma atitude exemplar e inovadora, cursos que estimulem o conhecimento da língua e cultura brasileira. O objetivo do curso, segundo Aline Pereira, é estimular o trabalho de conscientização da língua, da cultura e da arte brasileira, por meio de cursos presenciais. “O nosso ponto de partida dos cursos será sempre o texto e a literatura, em seus diferentes formatos. O primeiro começará em setembro e se chama Portugués de Brasil, Arte y Cultura”, afirmou Aline, uma das professoras do curso. Além de Aline, que ensinará módulos de português e de literatura, o curso conta com mais três professores: Ana Alkimim, módulo de teatro; Pedro Moreno, módulo de música, e Víctor, módulo de esportes e sociedade. Todos os professores são especializados na área e aplicarão as aulas em português. A ideia, segundo a professora, é que os alunos possam, em um mesmo curso, ter contato com diferentes sotaques, experiências e áreas culturais e linguísticas, praticando o português a todo momento. Os cursos são direcionados a pessoas que tem o interesse de desenvolver o português como idioma, bem como conhecer mais sobre a arte e cultura do Brasil. O primeiro módulo começa em setembro, mas a data limite para inscrição é até 31 de agosto. Mais informações: www.edicionesambulantes.com Nuestra casa es el texto: el poema en las letras musicales, el guion teatral, las crónicas periodísticas, la palabra escrita, hablada, cantada y recitada. Nos encanta la enseñanza del Portugués como Lengua extranjera y como Lengua de Herencia. Entendemos que el conocimiento completo de cualquier idioma debe navegar siempre por sus dimensiones culturales, históricas y geográficas; con Brasil, considerado el “país-mundo”, todavía más.
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agora madri
Redação
Papas da Língua aterrissa em Madri
A banda Papas da Língua está em turnê com o show do DVD 20 Anos, que reúne boa parte dos grandes sucessos da carreira. Nascida em 1993 em Porto Alegre, a banda ainda mantém sua formação inicial, após 23 anos de existência. Leo Henkin, Zé Natálio, Fernando Pesão e Sérgio Moah já gravaram oito discos, três DVDs e se tornaram conhecidos pela canção “Eu sei”. Nesses 20 anos de carreira, vários artistas participaram de seus álbuns, como Gabriel, o Pensador, Alexandre Carlo, Adriana Calcanhotto, Paula Toller, Buchecha, DJ Memê, Marcelinho da Lua, DJ Derô da Argentina. Outros reconheceram a obra dos Papas, como recentemente Bruno e Marrone regravando o sucesso “Eu Sei”, Paulo Ricardo com “Um Dia de Sol”, Netinho (da Bahia) com “Tentação”, Pedro Mariano, (filho de Elis Regina) com “Encontros Amargos”.
O DVD Papas da Língua 20 Anos é composto pelos seus maiores sucessos. Músicas que foram temas de novelas da Globo como Cara e Coroa (1995), Malhação (1998, 2000, 2002), Páginas da Vida (2006), Viver a Vida (2010) e Balacobaco, na Record. Trilhas de filmes como “Houve uma vez dois verões”, do Jorge Furtado, e recentemente do longa, “Até que a sorte nos separe 2”. Também uma versão em espanhol da faixa “Eu Sei” (Yo Sé), que foi tema da novela “Por Amor a Vos”, exibida na Argentina pelo Canal 13. O Show em Madri será dia 31 de agosto, as 21h na Sala Galileo Galilei. Contará com a participação do artista espanhol Ayer. De cada entrada, será doado 1 euro a Fundación Aladina. Além de Madri, farão shows em Lisboa e no Arquipélago dos Açores.
Veja o clip da música Eu Sei em espanhol.
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Rodrigo da Matta
agora madri
Pilantragi em Madri
Uma das festas mais importantes do Brasil realizará sua primeira edição internacional em Madri. Se você é apaixonado pela música brasileira, não pode ficar fora dessa! No dia 6 de agosto, a partir das 19h, a BOSSA FM apresentará a festa PILANTRAGI na cobertura mais incrível de Madri: o hotel ME Reina Victoria da Plaza Santa Ana.
Line up:
Rodrigo Bento - Pilantragi / Brasil Rodrigo da Matta - BOSSA FM Jota Jota - BOSSA FM Carlito Groove - El Junco be.lanuit - Sonar Kolektive Entradas:
O evento também conta com a presença de Rodrigo Bento, o criador e DJ residente da PILANTRAGI, diretamente do Brasil.
Nome em lista promocional até às 23h: 12 euros com uma bebida
Uma viagem por todos os estilos musicais brasileiros com muito tempero tropical.
Para lista promocional enviar um e-mail com o nome completo para info@bossafm.com
Nome fora de lista: 20 euros com uma bebida
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agora madri
Redação
FESTIVAL BAHÍA-MADRID ESQUENTA OS TAMBORES O já tradicional festival que defende a cultura baiana em Madri, já tem data para a celebração da sua sexta edição. Reserve na agenda o próximo 14, 15 e 16 de outubro para o festival Bahía-Madrid. Como de costume, a abertura será realizada na Casa do Brasil de Madri. Com a mesma estrutura dos anos anteriores, reservando todo o fim de semana para a realização do festival, que será dividido em oficinas de dança, de percussão afro-brasileiros e um grande show na conhecida Sala Caracol, o festival conta com o apoio da FCHB - Fundação Cultural Hispano-Brasileira, da Casa do Brasil, da marca de instrumentos Contemporânea, da Bahia Steel e da Revista Bossa. A programação detalhada sai na próxima edição da BOSSA. Axé!
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agora valencia
Redação
“O FOLE RONCOU” I Encontro de forrozeiros no Mediterrâneo 26, 27 e 28 de agosto em Valência
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O Fole Roncou é o primeiro encontro internacional de forró realizado em Valência. O evento foi pensado para que o público pudesse desfrutar dessa rica cultura típica do nordeste brasileiro durante o verão, ou seja, aproveitando o fabuloso clima do mediterrâneo. Tudo começou um ano atrás quando Rodrigo Menezes, natural de Belo Horizonte, decidiu dar aulas de forró em Valência. Frequentador assíduo do forró da capital mineira, além de dar aulas, ele também formou junto com seus alunos o Grupo Forró Valência. A partir daí, surgiu a necessidade de se organizar festas de forró como a já tradicional “Moguda Forrozeira” que significa “movimento forrozeiro” em valenciano. Logo a produção de shows passou a trazer bandas “de fora” como Trio Maracá (ES), Forró Miór (Itália), Forró Afiado e Du Caña (Barcelona), o que fez nascer, de forma bastante espontânea, o primeiro encontro internacional de forró. Com a presença confirmada de vários forrozeiros da Europa, a ideia desse encontro é ajudar a divulgar o movimento cultural do forró na cidade de Valência. Mas não apenas isto. Também visa atrair, de outras partes da Europa e do mundo, forrozeiros que desejem disfrutar de uma belíssima e histórica cidade banhada pelo mediterrâneo, com clima e gastronomia conhecidos no mundo inteiro. A festa ocorrerá em três noite sequenciadas. A programação dispõe de Djs e música ao vivo a cargo do Trio Forró do Dendê (Milão). Além disso, dois dias de workshops para iniciantes, intermediários e avançados, com degustação de pratos típicos, praia e um pouco de turismo pela cidade. Mais informações pelo e-mail: forrovalencia@gmail.com ou através do Facebook Forró em Valência. Em agosto Valência será nordestina, será forrozeira... O Fole Roncou!
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agora mallorca
Redação
Samba em Mallorca Este ano, o Samba - declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO - comemora 100 anos de existência. O rítmo é derivado de danças africanas que deram origem ao Samba de Roda, nascido no Recôncavo Baiano, o qual abriu caminho para a evolução do estilo, influenciando a música brasileira até hoje. É considerado símbolo da identidade nacional. No próximo 07 de setembro, a Associação Amigos do Brasil em Baleares (AABB) e o Consulado Honorário do Brasil em Palma de Mallorca, apresentarão o evento “100 Anos de Samba”, em comemoração à independência do Brasil. Será um evento musical que contará com os melhores intérpretes e instrumentistas brasileiros residentes em Baleares e convidados locais com um destacado trabalho musical relacionado com a música brasileira. Nomes como Pedro Rosa, Pua Hera, Carlos Venturelli, Diego Santiago, Rogério Santos, Nema Plá e Julio Arcala entre outros convidados, contarão a história da música brasileira interpretando as canções mais representativas de cada período, seguindo, para isso, uma ordem cronológica. Desta forma, o show abrange desde as origens do Samba na Bahia com o Samba de Roda, os primeiros Sambas como “Pelo Telefone” (primeiro Samba gravado - 1916), Samba Canção, Samba-Rock, até chegar aos estilos mais atuais acompanhados por dançarinos e dançarinas, com uma coreografia preparada especialmente para a ocasião.
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tor dos Prazeres, Assis Valente, Pixinguinha, Noel Rosa, Paulinho da Viola, entre outros, compõem parte do repertório escolhido com critério musical e histórico pelos músicos para este día. Os organizadores ainda exibirão um documentário sobre a história do Samba e aproveitarão a presença de convidados do Corpo Diplomático de vários países que manifestaram interesse em contemplar a obra a fim de difundir a cultura musical brasileira. A comemoração será no Teatro Xesc Forteza, em Palma de Mallorca, com entrada livre. A Associação Amigos do Brasil em Baleares, aceitará doações, já que não conta com nenhum tipo de subvenção ou ajuda econômica para fazer frente aos gastos do evento. Para fazer uma doação à AABB, contate por e-mail: aabb@brasilbaleares.com ou por telefone: (34) 658 67 80 26. É louvável o trabalho voluntário realizado pelos integrantes AABB, que com seu esforço desinteressado beneficiam a comunidade e reforçam a identidade cultural brasileira fora do país. Amigos do Brasil em Baleares: Costa Can Muntaner, 07, principal A. 07003 Palma de Mallorca. Tel.: (34) 971 098 233 / 692 99 75 77.
Grandes nomes
E-mail: aabb@brasilbaleares.com
Estarão representados alguns dos maiores autores da música brasileira de todos os tempos. Hei-
Web: www.brasilbaleares.com Facebook: AABB Amigos de Brasil en Baleares
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Gourmet
Chef Bento Nascimento
PAVÊ DE DOCE DE LEITE Biscoito Maria
Açúcar
Manteiga
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Leite
Quem não ama doce de leite? E em versão pavê nesse caloroso verão é uma pedida mais do que acertada. É perfeito para servir como sobremesa para convidados ou em um lanche da tarde para a molecada que só pensa em brincar. A receita é fácil e deliciosa. Aqui você tem 2 opções. A rápida é comprar pronto. A mais gostosa é fazer o seu próprio doce de leite. Novamente duas opções: 1ª opção (recomendada): cozinhe 2 litros de leite com 4 xícaras de açúcar por volta de 1 hora. Fogo alto até começar a ferver, logo fogo baixo, por aproximadamente 45 minutos. 2ª opção: Cozinhe na panela de pressão por 25 minutos uma lata fechada de leite condensado.
Doce de leite puro
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PREPARAÇÃO • Bata a manteiga com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. • Acrescente os ovos e continue a bater.
1h
3h de espera DIFICULTADe
fácil
VOCÊ VAI PRECISAR DE: • Leite gelado com um pouco de essência de baunilha para molhar as bolachas; • 1 xícara (chá) de açúcar; • 3 ovos inteiros;
• Junte o creme de leite e bata mais um pouco até misturar bem. A consistência do creme não fica totalmente homogênea. Reserve. • Molhe rapidamente as bolachas no leite gelado com a baunilha e forre o fundo de um refratário médio, quadrado ou retangular. • Acrescente o creme, depois as bolachas, novamente o creme e assim por diante, sendo que a última camada deve ser de bolachas. • Cubra com o doce de leite e leve para a geladeira. Sirva bem gelado.
APRESENTAÇÃO Em todos os pratos, deve-se ter cuidado com a apresentação, principalmente se o prato é servido para visitas. Você pode polvilhar com coco ralado, bolacha Maria em pedacinhos ou o que sua imaginação desejar. Cozinhar é uma arte que permite experimentos.
• 1 lata de creme de leite sem soro; • 2 pacotes de biscoito Maria ou Maisena; • 200g de manteiga;.
CONSELHO DO CHEFE O segredo está no doce de leite. Fazer o seu próprio doce de leite é mais saboroso e saudável. Além disso, deve sobrar doce de leite para poder fazer outras coisas, como canudinho de doce de leite.
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agenda
Madri
FESTA PILANTRAGI
6 de agosto | 19h | Desde 12€ Hotel ME Madrid | Plaza de Santa Ana, 14 Liderada pelo DJ Rodrigo Bento, a festa chega pela primeira vez a Madri, no lugar mais exclusivo da cidade, no Rooftop do Hotel ME. Será sua primeira edição internacional.
RODA DE CHORO 8 de agosto | 21h | Grátis Liber Arte Cantina Cultural | Calle Ave Maria, 32 Comemorando as festas do bairro de Lavapiés, a roda de choro sai à rua para oferecer o melhor do choro brasileiro a todos.
BRASIL FLAMENCO MADRID 26 de agosto | 22h | Desde 12€ Café Ziryab | Paseo de La Esperanza,17 O mais puro Flamenco feito pelos mais puros brasileiros. Os artistas Fernando de la Rua, Pedro Sanz, Yara Castro e outros, ganharam o respeito pela excelência do trabalho. Vale a pena conferir!
MISTOQUENTE 29 de agosto | 21h | Desde 8€ Café Central | Plaza del Ángel, 10 O grande músico Leo Minax apresenta o seu novo projeto junto com Pablo Martín Caminero, Borja Barrueta e Moisés P. Sánchez.
PAPAS DA LÍNGUA 31 de agosto | 20h30 | Desde 10€ Sala Galileo Galilei Os gaúchos do Papas da Língua vão fazer o seu primeiro show na capital espanhola, Madri. Apresentam o seu show de 20 anos de carreira.
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Barcelona
BEYONCÉ
3 de agosto | 21h| Desde 65€ Estadio Olímpico de Montjuic | Paseo Olímpico, 17 A popstar Beyoncé passa pela Espanha e faz um mega show em Barcelona.
BAILE PERFUMADO Toda Quinta-feira | 22h30 | 5€ Grizzly 72 Sports bar | Gran Via de les Corts Catalanes, 586 O tradicional forró das quintas-feiras, com direito a aula de forró com Guido Bendel e muitos convidados especiais toda semana.
FESTIVAL PISA NA FULÔ 2 2 de setembro | 15h Centre Cívic Barceloneta | C/ Conreria, 1 A segunda edição do maior festival de forró de Barcelona terá uma semana de festa, do dia 30 de agosto até o dia 05 de setembro, incluindo a programação alternativa. O festival oferece ainda oficinas para quem deseja entrar de cabeça no mundo do forró.
FESTIVAL DÍA DE BRASIL 4 de setembro | 12h | Desde 10€ Parc del Forum, Barcelona O maior festival brasileiro na Espanha contará com artistas seletos como: Lenine, Verônica Ferriani, Chambinho do Arcodeon, Canibal Football Club, Escola de Samba Unidos de Barcelona, entre outros.
JAM SESSION D’DOM 5 de setembro | 21h30 | Grátis Sala Fizz | Calle Balmes, 83 A Jam Session comandada pelos talentosos meninos da D’DOM, convida a todos a “tirar” um som. O estilo não importa, pode ser choro, baião, samba, bossa nova, hip hop, funk, a única exigência é que seja brasileiro.
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QUIXOTE macunaíma
Flávio Carvalho
Hoje quero falar de um assunto pouco agradável. “Aqui no Brasil não tem guerra, não tem terremoto, não tem atentado terrorista; somos um país abençoado; Deus é brasileiro; não aceitamos que um europeu venha falar mal; eu conheço gente que nunca foi assaltada; aqui é só paz e alegria”. Com esse depoimento de um amigo, fiquei pensando que o maior perigo é acostumar-se com a insegurança pública no Brasil, conviver com ela sem estar permanentemente indignado com as estatísticas de violência doméstica e nas ruas, maiores que nos países que estão em guerra declarada. A pior guerra é a que está matando a nossa gente, o futuro do nosso país e ainda quer nos fazer pensar que vivemos em paz. No ano 2007, entrevistei mais de mil brasileiros na Espanha, realizando um perfil da comunidade. Nove entre dez brasileiros disseram que o que menos sentem saudades é da violência quotidiana. A maio-
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ria dos retornados ao Brasil com quem eu falo com frequência me explicam ser essa a principal inadaptação ao voltar. Lembro que quando aqui cheguei entravam todos numa rua escura da Cidade Velha de Barcelona, no Centro, de madrugada
¨O BRASIL É O PAÍS QUE CONCENTRA SOZINHO MAIS DE 10% DE TODOS OS ASSASSINATOS DO MUNDO¨ e eu, o brasileiro, era o único desconfiado. Eu, que fui professor da Escola de Polícia da Catalunha... Sei que esse é um assunto difícil de tratar sem que nossas famílias e amigos no Brasil não fiquem pensando que esta-
mos esnobando, somente contando vantagens e pensando que já estamos como aqueles europeus que se acham superiores em tudo. Mas não é nada disso. No Brasil, trabalhei um bom tempo como consultor internacional da UNESCO. Pra quem não a conhece, um importante organismo da ONU. O meu chefe era o Julio Jacobo, um argentino que inventou o Mapa da Violência e começou a dizer, nos anos 90, que se matam mais jovens negros em um fim de semana, do que naquelas guerras do Oriente Médio. Guerras como as do Iraque, aliás, ordenadas por políticos como o ex-primeiro ministro da Inglaterra, Tony Blair - que ontem pediu desculpas, mas deveria estar preso (como Aznar, da Espanha e Bush, dos Estados Unidos, todos culpados pela morte de milhares de civis no Iraque e no mundo). Pois esse Mapa da Violência onde eu trabalhei, recorda que o Brasil chocou-se
com o massacre do Presídio do Carandiru, em 1992, onde 111 presos indefesos foram assassinados pela polícia de São Paulo. O problema é que todos os dias, de mortes violentas morrem mais inocentes do que o número de 111 do Massacre do Carandiru. E ninguém se choca. Até o nosso ato de chocar-se com as notícias é preconceituoso (mesmo que seja sutilmente, “sem querer”). Quantos de nós nos chocamos com os atentados terroristas em Paris? Em Bagdá, dias atrás, morreram cinco vezes mais, somente em um atentado. Crianças, idosas e pessoas, civis, que já nem podiam levantar-se de uma cama de hospital. Em comparação, quem ficou chocado com isso?! Não quero nem lembrar a imensa quantidade de famílias inteiras que se afogam no Mar Mediterrâneo todos os dias. Hoje, amanhã e depois... Crianças principalmente, fugindo das guerras ordenadas por aqueles políticos hipócritas que deveriam estar presos. Já não aparecem nos jornais. Já não nos chocam
¨TRÊS EM CADA QUATRO DESTES MORTOS SÃO JOVENS NEGROS.¨ mais. Nos Estados Unidos, milhões de pessoas (não milhares; milhões!) manifestaram-se diante dos recentes e contínuos casos de cidadãos negros assassinados pela polícia. E no Brasil, campeão mundial de homicídios (e não de futebol), país que concentra sozinho mais de 10% de todos os assassinatos do mundo, uma centena de moradores de um dos bairros mais ricos de São Paulo juntaram-se numa porta de delegacia para comemorar, brindar “com aplausos e gritos de heróis” (segundo o jornal o Estado de SP), o assassinato, pela polícia, de uma criança negra brasileira de 10 anos, “suspeita de roubo”. A medida política adotada pelo chefe-maior da polícia
paulista, o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi um decreto para esconder durante 50 anos a documentação dos inquéritos policiais que estavam sendo investigados, comprovando que a polícia de São Paulo é a que mais assassina. Três em cada quatro destes mortos são jovens negros. Seria cômico se não fosse trágico, para concluir. Cada segunda-feira, quando abre o Consulado do Brasil em Barcelona, há famílias inteiras de turistas brasileiros com o boletim de ocorrência da polícia espanhola, para fazerem passaportes novos. Perguntei as várias dessas pessoas como haviam sido roubadas, no fim de semana. Escutei como resposta que estavam relaxadas, nos pontos mais turísticos de Barcelona, simplesmente sentindo-se mais seguras do que quando estavam no Brasil. Até que... foram roubadas! “Deus é brasileiro”. Aquele abraço! E se gostou, ou não, me escreva: cbrasilcatalunya@gmail.com
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