O design retrô em estilo art nouveau aplicado a identidade visual de um negócio. (Mon.)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SANTO AMARO

André Cézar Gomes Ferreira Carolina Portugal Arcanjo

O design retrô em estilo Art Nouveau aplicado a identidade visual de um negócio

São Paulo 2015


Ferreira, André Cézar Gomes O design retrô em estilo Art Nouveau aplicado a identidade visual de um negócio / André Cézar Gomes Ferreira, Carolina Portugal Arcanjo - São Paulo (SP), 2015. 98 f.: il. color. Orientador(a): Rose Meire Maciel Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Publicidade e Propaganda) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2015. 1. Design retrô 2. Identidade Visual 3. Embalagem 4. Art Nouveau 5. Branding I. Arcanjo, Carolina Portugal II. Maciel, Rose Meire (Orient.) V. Título


André Cézar Gomes Ferreira Carolina Portugal Arcanjo

O design retrô em estilo Art Nouveau aplicado a identidade visual de um negócio Projeto experimental apresentado ao Centro Universitário Senac - Santo Amaro, como exigência parcial para aprovação na disciplina de TCC I. Orientadora Profª Rose Maciel

A banca examinadora do Projeto Experimental, em sessão pública realizada em candidatos: 1) Examinador (a) 2) Examinador (a) 3) Presidente

/

/

, considerou os



AGRADECIMENTOS

À Deus, que pôde proporcionar todas as realizações e está diariamente nos encaminhando para uma nova conquista. À nossos pais, que nos apoiaram incondicionalmente durante todo este percuso, à instituição e ao corpo docente, especialmente a nossa orientadora, que nos deram sempre mais bagagem acadêmica ao longo dos anos e, agora, todo apoio necessário para a execução desse projeto. À todos aqueles que nos auxiliaram direta e indiretamente durante o desenvolvimento deste trabalho, e àqueles que amamos: familiares e amigos. Esse apoio só pode ser devolvido com eterna gratidão.



SUMÁRIO

RESUMO........................................................................................................................................................................................................................9 ABSTRACT...................................................................................................................................................................................................................11 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................................................................................13 1. DESIGN RETRÔ....................................................................................................................................................................................................15 1.1 O que é o retrô?....................................................................................................................................................................................................17 1.2.1 Por que o retrô em estilo Art Nouveau?...............................................................................................................................................20 1.2.2 Cases retrô........................................................................................................................................................................................................22 2. ART NOUVEAU...................................................................................................................................................................................................25 2.1 Contexto histórico.............................................................................................................................................................................................27 2.2 Arts and Crafts................................................................................................................................................................................................28 2.3 O Art Nouveau (França)...............................................................................................................................................................................36 2.3.1 Características do Art Nouveau..............................................................................................................................................................38 2.3.2 Jugendstil (Alemanha)..............................................................................................................................................................................48 2.3.3 Sezessionistil (Áustria)..............................................................................................................................................................................50 2.3.4 Stile Liberty (Itália)......................................................................................................................................................................................53 2.3.5 Escola de Glasgow (Grã-Bretanha)......................................................................................................................................................55 3. DOCES E TORTAS.............................................................................................................................................................................................57 3.1 Tortas......................................................................................................................................................................................................................59 3.2 O cenário do negócio no Brasil....................................................................................................................................................................62 3.3 A empresa de tortas......................................................................................................................................................................................64 4. CONSTRUINDO UMA MARCA...................................................................................................................................................................65 4.1 Branding................................................................................................................................................................................................................67 4.2 A Identidade visual.........................................................................................................................................................................................70 4.3 Design de embalagens..................................................................................................................................................................................74 4.4 Embalagens Dolce Tortas............................................................................................................................................................................77 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................................................................................84 REFERÊNCIAS & LISTA DE ILUSTRAÇÕES..............................................................................................................................................85



RESUMO

Este trabalho pretende discutir e apresentar aspectos do design retrô em estilo Art Nouveau, aplicado à identidade visual de um negócio voltado para produção e venda de tortas caseiras: a Dolce Tortas. Em um primeiro momento, será abordado o contexto histórico em que surgiu o Art Nouveau, suas características visuais e os movimentos precursores, bem como as vertentes do movimento por toda a Europa do final do século XIX. No segundo capitulo será discutido o mercado brasileiro de tortas, seus aspectos históricos e característicos, os hábitos de consumo deste alimento e os fatores que podem influenciar na decisão de sua compra. No terceiro capítulo, serão apresentados aspectos históricos e econômicos do mercado de doces e tortas. No quarto capítulo, serão dados os conceitos de branding e design de embalagens, para construir e apresentar a identidade visual que atenda a necessidade e as expectativas do cliente, combinando os aspectos inerentes ao Art Nouveau com as características caseiras das tortas produzidas por esta empresa. Palavras-chave: design retrô; Art Nouveau; tortas; design de embalagens; identidade visual.

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ABSTRACT

This work intends to discuss and present aspects of design retro on Art Nouveau style, applied as visual identity of a commercial business which is focused on production and selling of homemade pies. At first, we will approach the history context about the Art Nouveau appearance, its visual aspects and some of its precedent artistic movements as well as its strands throughout Europe at the ending of 19th century. On the second chapter, it will be discussed about the brazilian pies commercial market, its historic and characteristic aspects, the consumption habits for this kind of product and which factors may influence the costumer’s buying decision. On the third chapter, it will be presented economic and historic aspects in the market of desserts and pies. On the fourth chapter, concepts of branding and package design will be explained, to create and present a visual identity which attends to client’s needs and expectations, merging Art Nouveau’s inherent aspects to the homemade characteristic pies produced by this client. Keywords: design retro; Art Nouveau; pies; package design; visual identity.

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INTRODUÇÃO

É muito comum ver no Brasil pessoas com diferentes

2011, p. 151). O Art Nouveau por sua vez, também pode

tipos de rotina: trabalhar o dia inteiro, estudar durante

ser considerado uma espécie de movimento retrô por

a noite, pegar os filhos na escola, cuidar da casa ou sair

envolver elementos de outros movimentos artísticos que

com os amigos na sexta-feira. O que não muda na maioria

precederam seu surgimento, no final do século XIX. Suas

dos casos, especialmente se tratando de moradores das

características artesanais e o zelo na manufatura dos

grandes metrópoles é a constante busca pela otimização

objetos decorativos buscavam sempre demonstrar um

de tempo.

visual requintado, dotado de cuidados e esteticamente agradável.

A tecnologia vem sendo atualizada com novos processos e maquinários, proporcionando mais rapidez e efetividade

A empresa de tortas caseiras ainda em ascensão “Dolce

em muitos destes processos, porém fazendo com que os

Tortas” identificou-se com esses princípios em sua forma

mesmos estejam cada vez menos envolvidos por mãos

de produzir e vender seus produtos. Por esta razão, este

humanas.

projeto experimental tem como objetivo criar e apresentar uma identidade visual para tal empresa.

Apesar de toda rapidez nas mudanças e adaptações a processos, a sociedade valoriza o nostálgico, o antigo

Pretende-se investigar a importância e a atualidade da

e a memória. Desta forma, as experiências que podem

estética retrô, mais especificamente com a Art Nouveau,

proporcionar essa sensação quase sempre são valorizadas.

analisando seus aspectos históricos e os associando ao

O caseiro e o tradicional recebem esse reconhecimento,

presente por meio de seus elementos e estudos de caso.

pois mantém tal importância com o passar dos anos.

Por meio dessas análises e estudos será possível aplicar esse contexto a uma nova identidade visual para uma empresa de tortas caseiras.

O retrô é justamente o "objeto produzido hoje, inspirado nas características formais do estilo do passado, com processos de fabricação atuais. De modo geral, indica

Como

em uma peça algumas características do passado, ou

diretamente relacionados ao movimento Art Nouveau e

seja, envolve uma reciclagem de estilos.”(ROHENKOHL,

sua utilização contemporâneo pelo design gráfico.

13

referências

bibliográficas,

buscou-se

títulos



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Design Retrô



1. DESIGN RETRÔ 1.1 O QUE É O RETRÔ? O design retrô é uma combinação entre elementos clássicos e modernos, em que o redesenho de um produto é abordado a partir de temas do passado de forma criativa e lançados ao mercado atual com um novo caráter. De modo geral “[...] envolve uma reciclagem de estilos[...].”(ROHENKOHL, 2011, p. 151) Tecnicamente, qualquer tipo de objeto produzido que seja inspirado em características de estilos do passado pode ser considerado retrô. Todo este processo se torna um resgate de estilos, ao mesmo tempo em que resulta na criação de novos estilos. Neste aspecto, o Steampunk pode ser tomado como um breve exemplo de estilo retrô surgido a partir de referências do período vitoriano (século XIX), além de aspectos da literatura (obras de Julio Verne), sendo por fim remodelado e adaptado às artes e cenografias atuais. O retrô pode ser aplicado praticamente em qualquer coisa que necessite de uma linguagem visual. Entende-se por linguagem visual “o uso de imagens ou um conjunto de símbolos gráficos para comunicar uma ideia.1 Neste contexto, um exemplo a ser tomado é o site “De Volta ao Retrô”. A linguagem visual da página busca ser condizente com os assuntos abordados, cujos temas giram sempre em torno do retrô e do vintage.

Figura 1 - Lamparina Industrial Steampunk Fonte: Pinterest

<Definição de linguagem visual http://www.linguagemvisual.com.br/ - acesso em 05/04/2015>

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Figura 2 - Vestuário Steampunk com arabescos e motivos florais Fonte: Pinterest

Figura 3 - Conteúdo postado no site De Volta ao Retrô Fonte: De Volta ao Retrô

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Figura 4 - Identidade visual do site De Volta ao Retrô Fonte: De Volta ao Retrô

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1.2.1 POR QUE O RETRÔ EM ESTILO ART NOUVEAU?

em retrô e CEO do site “De Volta ao Retrô”, este aumento no interesse pelo retrô no Brasil e sua transformação em

O Art Nouveau como uma das linguagens retrô se baseia

uma tendência se deu em razão da influência do exterior,

nas preferências pela utilização desta tendência no Brasil

onde a cultura no passado tem sido forte.

atualmente. A busca pelo retrô tem ocorrido em vários “O fato é que aqui no Brasil o tema retrô tem crescido agora, a cultura do passado é mais forte lá fora, aqui tem caminhado, por enquanto somos nicho, como faço parte desse meio tenho acompanhado um aumento no volume de blogs com tema retrô, a maioria de mulheres, mas um focado na comunicação por enquanto só o meu.” (RODRIGUES, A. [20 de Abril de 2015])

segmentos como moda, design, artes e comunicação. De acordo com um infográfico publicado anualmente pelo site Shutterstock, as tendências visuais criativas para o ano de 2015 indicam que o retrô é a “bola da vez” no Brasil. Segundo o site, o aumento pela busca do tema retrô teve um aumento de 592% se comparado ao ano de 2014. Em entrevista com Ariadne Rodrigues, designer especializada

Figura 5 - Tendências de design Fonte: Shutterstock

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Figura 6 - Infográfico tendências visuais ao redor do mundo Fonte: Shutterstock

Figura 7 - Infográfico tendências visuais Brasil Fonte: Shutterstock

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1.2.2 CASES RETRÔ A principal razão da escolha do tema proposto se deu

caracterizam os aspectos da escola estética Art Nouveau,

pela alta popularidade do design retrô na atualidade.

sempre valorizando a natureza e a suavidade. Voltada

Isso pode ser visto em diversos sites e campanhas

primariamente para o público feminino, a campanha do

publicitárias. O produto “Maracugina” é um dos exemplos

produto destaca o equilíbrio, a calma e a suavidade, todas

onde características retrô Art Nouveau estão presentes na

estas características condizentes com a identidade visual

identidade visual do produto. Os traços curvilíneos e os

retrô aplicada.

florais nas ilustrações de embalagem e no layout do site

Figura 8 - Site e embalagens Maracugina Fonte: site da Maracugina

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Outro exemplo a ser demonstrado é a edição especial da barra de chocolate ao leite, lançada pela Lacta em comemoração aos 100 anos de sua fundação. Três barras do produto são acondicionadas em um molde dentro das latas de alumínio. Sua identidade visual foi toda composta de ornamentos, tanto a embalagem da barra quanto a arte impressa nas latas. Os rodapés ornamentais na embalagem do chocolate e as ilustrações e arabescos na lata remetem diretamente aos aspectos do Art Nouveau, sendo que uma das Figura 10 - Embalagem Chocolate ao Leite Fonte: PutsGrilo!

ilustrações assemelha-se fortemente com as ilustrações de Alphonse Mucha, um dos maiores nomes do Art Nouveau.

Figura 9 - Linha Lacta 100 anos Fonte: Site Associação Brasileira de Embalagem

Figura 11 - Lata - Linha Lacta 100 anos Fonte: Enjoei

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Nas campanhas da cerveja Bohemia, a comunicação é trabalhada baseando-se no conceito de tradição. Em algumas destas campanhas, as peças produzidas contém ornamentos e rodapés que remetem indiretamente a linguagem visual do Art Nouveau, como este anúncio de página simples. Em algumas situações, o próprio logo da companhia remete às peças do Art Nouveau. No caso deste broche, os traços que compõem o desenho e a separação de cores se assemelham ao padrão aplicado pelos artistas Louis C. Tiffany e René Lalique em suas peças.

Figura 13 - Anúncio página simples Bohemia Fonte: livingonmovin

Figura 12 - Pin original – Bohemia Fonte: Mercado Livre

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Art Nouveau



2.1 CONTEXTO HISTÓRICO Para poder compreender melhor como surgiu o movimento Art Nouveau no início da década de 1890, é preciso voltar alguns anos antes de seu surgimento de fato. Até a metade do século XIX, a revolução industrial na Europa se encontrava em sua segunda etapa, onde estava em grande ascensão o emprego de maquinários movidos à combustível e energia elétrica. Apesar de ter surgido na Inglaterra, outros países como França, Alemanha e Rússia também estavam à caminho de sua industrialização. Por toda a Europa, as mudanças da industrialização representaram um grande impacto nas manufaturas, oficinas

que

empregavam

trabalhadores

artesãos

subordinados a um dono de estabelecimento. Todo o trabalho manual passou a ser feito de maneira mecânica e em maior velocidade pelos maquinários, gerando mais lucro e reduzindo os custos dos empregadores. Em meio à este cenário, se encontravam também o design e a tipografia. Tradicionalmente feitas de maneira artesanal, objetos como tapeçarias, vitrais, pinturas e publicações impressas passaram a não depender mais

Figura 14 - Tecelagem industrial Fonte: História Digital

somente de artistas e artesãos. Isso culminou na queda de grande parte das manufaturas e na queda de qualidade dos produtos produzidos em larga escala. Como forma de oposição à esta revolução, surgiu na Inglaterra na década de 1860 o movimento chamado Arts and Crafts (Artes e Ofícios), “um movimento precursor e influenciador do Art Nouveau". (RAIMES, BHASKARAN, 2011, p. 24).

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2.2 ARTS AND CRAFTS Tendo como principal expoente o pintor e designer inglês William Morris (1834 - 1896), o movimento Arts and Crafts conta também com outros nomes como Augustus W.N. Pugin e John Ruskin. Este movimento defende o ofício da tipografia e do design como artes primordialmente manuais e rejeitavam a maneira artificial das produções em massa da indústria, como livros, vitrais, artigos de tapeçaria e mobília. Durante a segunda metade do século XIX, a alta demanda de produção das indústrias aliada a baixa qualificação da mão de obra contribuíram para diminuir a qualidade dos produtos vitorianos, que até então sempre foram sinônimos de extrema elaboração e refinamento. Por esta razão, tais produtos passaram a ser considerados pelos defensores do Arts and Crafts como produtos de menor qualidade. “O fator unificador deste movimento residia no facto de acreditarem que o design dos meados do século XIX estava perdido. Os seus membros não só condenavam a qualidade inferior da mãode-obra, o uso indiscriminado dos materiais, as formas ineficazes e a ornamentação elaborada que caracterizava a maioria dos produtos vitorianos da época, como acreditavam que tais produtos exerciam um efeito nefasto na sociedade.” (O’NEILL, 1999, p. 12) Figura 15 - Willian Morris Fonte: Literary places

Em conjunto com outros designers da época, Morris fundou em 1861 a “Morris, Marshall, Faulkner & Co”, empresa de arquitetura e design aplicado a decoração e artesanato.

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Posteriormente, em 1875, a empresa passou a se chamar somente “Morris & Co”, tendo o próprio William Morris como único proprietário. As principais características visuais dos trabalhos desenvolvidos pela Morris & Co. são os adornos florais e rítmicos aplicados como aspectos decorativos em diversos objetos como papéis de parede, pisos e vitrais. William Morris também foi muito influenciado pelo Esteticismo (FARTHING, 2011, p. 311), movimento francês que valorizava a beleza, a aparência e o prazer sem haver necessariamente um significado ou um propósito. Este movimento incorporava aspectos de gravuras japonesas

Figura 16 - Augustus W. N. Pugin Fonte: repro-tableaux

principalmente através das pinturas de Albert Moore. “Já em declínio na virada do século, os ideais estéticos ainda influenciaram fortemente William Morris (1834 - 1896) e o movimento Arts & Crafts na Europa e nos Estados Unidos. Desde cedo em sua carreira, Morris nutriu um desejo esteticista de criar objetos belos que transcendessem as mercadorias ordinárias geradas pela produção em massa e pela mecanização.” (FARTHING, 2011, p. 311)

O ideal artístico aplicado por Morris buscava produzir objetos baseados na beleza da natureza e dotados de ornamentos elaborados, conferindo um rico valor simbólico aos objetos artesanais, em oposição às frias produções mecanizadas. A aceitação do movimento naquela época se baseou no nível de qualidade de Figura 17 - John Ruskin Fonte: About

produtos manufaturados antes da revolução industrial e em um argumento filosófico de que “a maior premissa dos

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reformadores do design consistia na defesa de que o tipo

uma coloração obtida através do insumo da garança, uma

de ambiente de vivência e de trabalho molda o carácter do

espécie de “planta cultivada no sul da França”2.

indivíduo” (O’NEILL, 1999, p. 14). Objetos de característica artesanal, dotados de um zelo cuidadoso fazia com que

A Morris & Co passou a prosperar, de fato, a partir da

o preço dos produtos se destacassem das produções

segunda metade dos anos 1870. Com a organização

ordinárias e como consequência obtivessem um valor

de várias exposições entre o final da década de 1870

elevado, tornando-os acessíveis somente as classes mais

e início da década de 1880, o estilo do Arts and Crafts

abastadas da sociedade, a chamada burguesia. Este fato

se popularizou cada vez mais e passou a influenciar

incomodava imensamente Morris, que era um idealista e

inclusive as manufaturas industrializadas, que por sua vez

envolvido com questões políticas e sociais. Sua concepção

e ironicamente, passaram a copiar de forma mecânica as

era a de que a arte aplicada as objetos do cotidiano em

características dos produtos criados por Morris.

seu melhor estado deveria estar ao alcance de todos. Isso criou um contraponto em seu negócio que nunca pôde ser resolvido, nem pelo próprio William Morris, nem por seus sucessores. “Ao longo da sua carreira, Morris procurou conciliar os seus ideais artísticos com as suas inclinações políticas. O seu compromisso com a criação de produtos que reflectissem os mais altos níveis de qualidade de design e construção esbarrava constantemente com o desejo de os produzir a um custo acessível aos consumidores de classe média.” (O’NEILL, 1999, p. 24)

Também nas produções de tapeçarias, praticamente toda a matéria prima utilizada era de origem natural, inclusive a produção de tinturas. Um dos desenhos produzidos na época foi o Marigold (O’NEILL, 1999). Tingido por Thomas Wardle, o desenho é uma composição de folhas e flores sinuosamente desenhadas no tecido utilizando

Figura 18 - Marigold - Almofada pintada à mão Fonte: Etsy Static

2 <Garança - http://www.botanical.com/botanical/mgmh/m/madder02.html acesso em 18/04/2015>

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Mesmo assim, a Morris & Co. incorporou as atividades de

“O seu trabalho era extremamente intenso. As encadernações eram, muitas vezes, feitas de um modo complexo, e o papel era fabricado à mão em moldes de papel também eles fabricados de um modo artesanal. O papel continha marcas de água e caracteres segundo o design de Morris, e além disso ele teimava em produzir sua própria tinta, pois achava as tintas que se podiam adquirir em Inglaterra, produzidas industrialmente, de um modo geral fracas.” (O’NEILL, 1999, p. 22)

tinturaria e tecelagem ao seus serviços. “[...] a produção começou nos finais de 1881 e marcou o início de um dos períodos mais prolíferos da firma. Segundo observações de alguns contemporâneos, as condições de trabalho eram fantásticas. Tal como os artesãos da Idade Média, os trabalhadores de Morris eram livres de interpretar e modificar os desenhos de acordo com a sua própria personalidade. Os homens trabalhavam na produção da maior parte da tecelagem exceptuando os tapetes, que eram feitos à mão pelas mulheres ao preço de venda de quatro guinéus por metro quadrado. Aparentemente, os trabalhadores de Morris trabalhavam em sossego nos seus ofícios, procurando atingir níveis de excelência e beleza em vez da produção de grandes quantidades de produtos, como se passava com as outras indústrias vitorianas.” (O’NEILL, 1999, p.20, 21)

O aspecto artesanal de tapeçarias visando a excelência em qualidade e o distanciamento das industrias consideradas vitorianas, principal característica defendida por Morris. No final da década de 1880, William Morris estendeu seu gosto pela arte artesanal para os livros. Fundou a Kelmscott Press, uma editora de livros dedicada a criar impressos utilizando métodos da época do renascimento. A editora produziu clássicos da literatura como, por exemplo, “The Story of Sigurd the Volsung, The fall of the Nibelungs”3 , uma publicação da Liga Socialista chamada The Commonweal

Figura 19 - Strawberry Thief Chintz Fonte: LBWF

(O’NEILL, 1999) e, posteriormente, livros de poesia e prosa escritos pelo próprio Morris. 3

<http://tipografos.net/designers/morris.html - acesso em 19/04/2015>

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Figura 21 - Willow Boughs - Papel de parede de William Morris Fonte: Fabrics and Papers

Figura 20 - Medway - tapeçaria impressa em algodão Fonte: Ecured

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Figura 22 - Geoffrey Chaucer - Publicação da Kelmscott Press Fonte: Tipografos

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Figura 23 - Trecho de editorial por William Morris Fonte: Tipografos

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O alto valor agregado à produção artesanal, os materiais naturais utilizados, valorização das condições ideais e a liberdade criativa para os artesãos desempenharem seu trabalho contribuíram para caracterizar o Arts and Crafts como um movimento inspirador e marcá-lo na história das artes como o principal contribuinte para o surgimento gradativo de um novo movimento muito similar, que posteriormente seria conhecido como Art Nouveau.

Figura 24 - Capa do livro de Geoffrey Chaucer Fonte: Tipografos

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2.3 O ART NOUVEAU (FRANÇA) Em 1895 foi inaugurada em Paris a Maison de l’art Nouveau

Bing (FARTHING, 2011). No entanto, o movimento já vinha

(Casa das novas artes). Naquele estabelecimento haviam

ganhando força desde o final da década de 1880 e início

exposições de obras de designers europeus modernos,

de 1890, sendo caracterizado como “um novo estilo”,

além de artes orientais. Criada pelo alemão Siegfried

emergindo a partir do movimento Arts and Crafts, e tendo

Bing, a loja funcionava não somente como galeria de arte,

como marco a construção do edifício Hôtel Tassel de

como também comercializava artigos de destaque no

Bruxelas. Projetado por Victor Horta (1861-1947), arquiteto

meio artístico, contando inclusive com peças exclusivas

belga fortemente influenciado pela nova linha artística

do americano Louis Comfort Tiffany, amigo pessoal de

moderna, o edifício foi erguido entre 1892 e 1893 na Bélgica

Bing. Conhecido como uma grande variedade de fontes,

seguindo os padrões decorativos daquela que até então não

o movimento Art Nouveau (A Nova Arte) ganhou este

havia sido denominada oficialmente como Art Nouveau.

nome justamente pela popularidade da loja de Siegfried

Figura 25 - Victor Horta - Fachada ornamentada do Hôtel Tassel Bruxelas Fonte: humanandnatural.com

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Figura 26 - Victor Horta - Interior Hôtel Tassel Fonte: Pixadaus

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2.3.1 CARACTERÍSTICAS DO ART NOUVEAU

Os designers evitavam conteúdos simbólicos e expressivos em suas obras, concentrando-se no aspecto decorativo. Ao despojar seus objetos de conteúdo emocional e narrativo, eles ajudaram a pavimentar o caminho para o desenvolvimento da arte abstrata.” (FARTHING, 2011, p. 346)

Os traços sinuosos em baixo contraste com fortes contornos curvilíneos predominavam nas composições estilizadas e exageradas, conferindo sua peculiaridade visual e remetendo sutilmente às formas simples e integradas ao desenho produzidas no Arts and Crafts.

Conforme já mencionado, o Art Nouveau é essencialmente

Formas naturais, arabescos, motivos florais, adornos,

decorativo. De maneira geral é sinônimo de ostentação

folhas e flores, além de figuras femininas com longos

por ser um estilo de arte refinado exclusivamente ligado

cabelos em curva representando movimento e liberdade

à alta sociedade do final do século XIX. Sua abrangência

são elementos frequentemente demonstrados nas obras.

e usabilidade são tamanhas que influenciaram diversas

Este estilo gráfico é aplicado em diversos suportes, como

áreas, desde a pintura e o grafismo até a arquitetura e

gravuras, pinturas, além de se estender também para jarros

o design. Apesar de o movimento ter sido fortemente

de vidro, vitrais, azulejos, papeis de parede, entre outros.

influenciado pelo Arts and Crafts, a grande diferença entre os dois movimentos é que os artistas do Art Nouveau estavam inclinados a experimentar novos materiais,

“Solidez, massa, permanência, qualquer relação com o peso ou a estabilidade e a quietude interessavam ao estilo Arte Nova. A imaterialidade da linha era mais bem explorada nos materiais maleáveis e leves, ou naqueles que assim o poderiam parecer. Era, na sua essência, um estilo gráfico de decoração transferido para uma grande variedade de objetos sólidos. Esta linha curva, fluente, trouxe com ela uma sensação de leveza, graça e liberdade.” (O`NEILL, 1999, p. 38)

inclusive matérias primas produzidas industrialmente como o ferro e o vidro, além de serem mais abertos às tendências futuristas. “Seus expoentes estavam muito mais dispostos a aceitar o uso de novos materiais e a produção em massa do que os artistas do movimento de artes e ofícios. Embora também se inspirassem no passado, compartilhavam de um entusiasmo pelo futuro que os diferenciava do movimento precedente." (TAMBINI, 2004, p. 11)

É importante ressaltar que os designers jamais utilizavam elementos simbólicos. Sua arte era especificamente

O Art Nouveau também incorpora elementos de gravuras

decorativa, livre de quaisquer significados emocionais

japonesas através das obras de Émille Gallé, René Lalique e

ocultos. Esta característica não-narrativa do movimento

Louis Comfort Tiffany, elementos estes que curiosamente

Art Nouveau pode ser considerada a vanguarda do que

também inspiraram artistas impressionistas, fascinados

anos depois foi classificada como arte abstrata.

pelo design nipônico.

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Figura 27 - René Lalique - Broche Silfíde Alada Fonte: Naganavi

Figura 28 - René Lalique - Diadema Cabeça de Galo Fonte: conferodezso

Figura 29 - Émille Gallé - Vaso com Florais Fonte: Art Finding

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Figura 30 - Louis Comfort Tiffany - Abajour Fonte: Babi Dewet

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Os artistas do Art Nouveau basearam-se também no estilo de artistas como Paul Gauguin (1848-1903), Vincent Van Gogh (1853-1890) e Edvard Munch (1863-1944), como referências para a composição de suas obras. Outro suporte bastante popularizado na época foi o pôster. Alphonse Mucha (1860 - 1939) e Jules Chéret (1836 - 1932) são dois dos maiores representantes do estilo Art Nouveau no que diz respeito a gravuras em pôsteres. De acordo com o site de sua biografia, Alphonse Mucha (1860-1939) era tcheco e trabalhava como pintor decorativo de cenários teatrais. Em 1887 mudou-se para Paris para trabalhar como ilustrador de publicações enquanto estudava na Académie Julian, famosa escola de artes em Paris.

Figura 31 - Paul Gauguin Fonte: Img Arcade

Figura 32 - Vincent Van Gogh Fonte: Art Factory

Figura 33 - Edvard Munch Fonte: Norsbloggen i Madridy

Figura 34 - Alphonse Mucha Fonte: Oliver Art Center Frankfort

Em 1895, Mucha produziu a obra que o colocou nos holofotes dos artistas de destaque do Art Nouveau: O pôster feito em litografia para a peça teatral “Gismonda”, estrelada por Sarah Bernhardt, uma personalidade famosa da época. A obra é repleta de traços curvilíneos, contornos fortes e motivos florais, todas estas características marcantes do Art Nouveau. O resultado agradou tanto a atriz que ela ofereceu a Mucha um contrato pelo período de seis anos, alavancando de vez sua carreira.

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Figura 35 - Pôster da peça “Gismonda" Fonte: Wikiart

Figura 36 - Pôster da peça “Medee" Fonte: 1st for printing

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As mulheres pintadas por Mucha em sua série pierres

expressiva. A aceitação pelo público feminino foi imediata.

précieuses (As pedras preciosas) contavam com também

O sucesso feito pelas “cherettes” ilustradas nos pôsteres

a inspiração do movimento simbolista, embora serem

renderam a Cheret o apelido de “pai da libertação feminina”.

neste caso somente decorativas. “À medida em que seu trabalho se tornou mais popular e seus grandes cartazes que mostravam moderadamente mulheres de espírito livre ganharam maior visibilidade, peritos começaram a chamá-lo de “pai da libertação das mulheres.” A figura feminina havia sido previamente descrita na arte ou como prostitua ou como puritana. As felizes, elegantes e animadas mulheres dos cartazes de Chéret - ‘Cherettes’, como eram conhecidas - não se encaixavam em nenhuma das duas categorias.”5

“As mulheres do art nouveau eram vagamente baseadas nas femmes fatales popularizadas pelos simbolistas, mas suas longas madeixas já não tinham a pretensão de seduzir os incautos; eram meramente decorativas.” (FARTHING, 2011, p. 346)

Jules Chéret (1836-1932) foi outro artista do Art Nouveau dedicado a produção de pôsteres, mas que também era pintor e litógrafo. Nascido em Paris, Chéret começou sua educação aos treze anos de idade, como aprendiz de um litógrafo. O seu crescente interesse pelas artes o levou a cursar artes na “Ecole Nationale de Dessin”4 . De 1859 a 1866, estudou litografia em Londres. No período em que esteve na Inglaterra, foi influenciado pelas tendências britânicas de design e impressão de pôsteres. Ao voltar para a França, Cheret passou a produzir anúncios para teatros, óperas e até mesmo cabarés. Seu trabalho passou a ser tão requisitado que logo encontrava-se produzindo peças para trupes itinerantes e festivais, além de artes para rótulos bebidas, produtos farmacêuticos e de beleza. Mas o que realmente marcou o trabalho do artista foi a liberdade da figura feminina em suas peças. De acordo com sua biografia, as mulheres que até então eram retratadas nas artes ou como puritanas ou prostitutas

Figura 37 - Jules Chéret Fonte: fr.muzeo.com

ganharam caraterísticas “vivazes, elegantes e alegres” nas obras de Cheret, todas retratando uma modesta liberdade 4 <Who is Jules Cheret? - http://www.cheret.info/index.html - acesso em: 19/04/2015>

43

5<Jules Chéret Biografia - http://www.jules-cheret.org/biography.html - acesso em 19/04/2015>


Figura 38 - Alphonse Mucha - pierres précieuses (as pedras preciosas: topázio, rubi, ametista e esmeralda) Fonte: al`huile sur toile

44


Outros expoentes da Art Nouveau da época foram Georges

Outras vertentes da Art Nouveau se espalharam pela

Auriol (1863-1938)6 e Hector Guimard (1867-1942) (O'NEILL,

Europa partir de então, cada uma com suas peculiaridades

1999). Auriol deixou sua marca através de ornamentos e

e variações em relação ao estilo original.

vinhetas desenhadas geralmente para páginas de livros e pôsteres. O francês Hector Guimard foi influenciado

“As formas curvas características da Arte Nova rapidamente se espalharam pela Europa por um grande número de cidades, cada qual com uma interpretação distinta do estilo: Paris e Nancy em França, Munique, Berlim e Darmstadt na Alemanha, Bruxelas, Barcelona, Glasgow e Viena tornaram-se pontos centrais do estilo que brevemente se tornou universal em toda a Europa.” (O’NEILL, 1999, p. 38)

pelo estilo do Art Nouveau ao visitar seu amigo Victor Horta em Bruxelas em 1894, quando este havia concluído a construção do Hotel Tâssel7. Arquiteto e artesão, seus trabalhos ficaram evidenciados pela arquitetura de ferros batidos inspirado em elementos curvilíneos da natureza, ornamentando as estações de metrô de Paris até hoje.

Figura 39 - Pôster La Loïe Fuller (Jules Chéret) Fonte: Century Guild

6 RAIMES, Jonathan e BHASKARAN, Lakshmi. Traduzido por CARINA, Cláudio. Design Retrô: 100 anos de design gráfico. 1ª Edição. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. p. 24.

Figura 40 - Georges Auriol - Vignettes Fonte: Images Musicales

45

7 <Influência de Hector Guimard - http://www.art-nouveau-around-the-world.org/en/artistes/ guimard.htm - acesso em 21/04/2015>


Figura 41 - Hector Guimard - Abbesses Metropolitain Fonte: Sound Landscapes

46


Figura 42 - Guimard - Cadeira com braço Fonte: Art Nouveau around the world

Figura 43 - Guimard - Fachada do Castel Béranger Fonte: Art Nouveau around the world

47


2.3.2 JUGENDSTIL (ALEMANHA) Na Alemanha, o movimento Art Nouveau ficou popularizado como Jugendstil, em referência a um periódico famoso na época, a Die Jugend (Juventude). Foi através desta publicação que mais artistas começaram a despontar, dentre eles o ilustrador Otto Eckmann (1865 - 1902), voltado para desenhos em móveis, cerâmicas e papeis de parede. Tendo estudado em Nuremberg e Hamburgo, Eckmann era também pintor e tipógrafo. Dentre as suas maiores obras do Jugendstil estão a peça produzida em litografia e cores Wenn der Frühling kommt (quando a primavera chegar) e o 2 Bll.: Ornamententwurf für die "Jugend" (desenho ornamental para a “juventude”). O Jugendstil também foi chamado de Studiostil algumas vezes, em referência a uma publicação de grande tiragem na Inglaterra, o “The Studio” (O’NEILL, 1999, p. 39). O Pan, uma publicação de renome em Berlim, se caracterizou não pela publicação de artigos sobre o Art Nouveau, mas sim pelo design de suas próprias páginas, com capas, títulos e caracteres, desenhados pelos próprios artistas do movimento, como o ilustrador Joseph Sattler (1867-1931).

Figura 44 - Otto Eckmann - 2 Bll.: Ornamententwurf für die "Jugend Fonte: Ketterer Kunst

48


Figura 45 - Otto Eckmann - Wenn der Frühling kommt Fonte: Ketterer Kunst

Figura 46 - Capa da revista Pan, por Joseph Sattler Fonte: All Art

49


2.3.3 SEZESSIONISTIL (ÁUSTRIA)

Embora tivessem uma relação muito próxima com o Art Nouveau, os artistas da secessão tinham como objetivo

O Art Nouveau também criou variantes na Áustria, o

revolucionar o mundo das artes tradicionalistas, trazendo

denominado Sezessionistil em razão com os vínculos com

novidades de várias partes da Europa. As exposições que

o Secessionismo de Viena. Embora surgido em Munique

organizavam entre 1900 e 1902 traziam obras de Charles

em 1892 através do professor acadêmico Franz Von Stuck

Mackintosh, pinturas de Rodin e Van Gogh (FARTHING,

(1863-1928), o Sezessionistil realmente ganhou este nome

2011), além de obras dos próprios artistas secessionistas,

na Áustria do final do século XIX, quando vários grupos

como Filosofia e Medicina, obra feita por Klimt à pedido

de artistas decidiram abandonar o conservadorismo de

da universidade de Viena, e Friso de Beethoven, também

suas escolas e partir para uma vanguarda artística, o que

de autoria do artista

os rendeu a denominação “separatistas”. Na Áustria e na Alemanha do final do século XIX, esses grupos eram “Klimt queria que o friso fosse uma obra efêmera, para ser destruída depois da exposição. Enquanto alguns críticos, contudo, acusavam-na de ser ‘pornografia pintada’, outros fizeram uma campanha para que a obra fosse preservada.” (FARTHING, 2011, p. 351)

chamados Sezessionen (FARTHING, 2011, p. 350) Daí provém o termo “Secessionismo Vienense”. O principal nome do Sezessionistil foi Gustav Klimt (18621918). Nascido na cidade de Baumgarten, também na Áustria, Gustav Klimt começou seus estudos na Kunstgewerbeschule (Escola de Artes e Ofícios de Viena)8 . Tomando aulas com um famoso pintor da época, Hans Makart, o artista começou sua carreira profissional pintando murais interiores de edifícios públicos, como museus e teatros.

“Gustav Klimt (1862-1918) foi eleito o primeiro presidente e permaneceu como o principal pintor dentro da Secessão até seu rompimento com o grupo, em 1905. Desde o início, os membros da Secessão de Viena demonstraram uma variedade maior de interesses do que seus colegas alemães. O grupo produzia sua própria revista, a Ver Sacrum (Sagrada Primavera), a fim de divulgar suas ideias.” (FARTHING, 2011, p. 350) 8 <Biografia Gustav Klimt - http://www.klimt.com/en/biography/1862---1890/ klimt-portrait-eines-mannes-mit-bart-1879.ihtml - acesso em 21/04/2015>

Figura 47 - Gustav Klimt - Friso de Beethoven Fonte: Secession

50


Figura 48 - Joseph Maria Olbrich - Detalhe externo do prédio da Secessão de Viena, na Áustria (1898) Fonte: Valkirio

51


Figura 49 - Gustav Klimt - Filosofia e Medicina Fonte: Aladin Pensiero

52


2.3.4 STILE LIBERTY (ITÁLIA) Fazendo uma referência à Liberty, loja de departamentos de Londres fundada em 1875 por Arthur L. Liberty (18431917) (FARTHING, 2011), o Stile Liberty ficou marcado na Itália como uma variação do Art Nouveau mais voltada para o design de móveis. Dentre seus principais expoentes estão Carlo Bugatti (1856-1940), seguido por Ernesto Basile (1857-1932) e Carlo Zen (1851-1918). Carlo Bugatti foi o artista que mais se destacou pelas características exóticas e diversidade de materiais utilizados em suas obras. “The most original furniture designer in Italy was Carlo Bugatti. However, his work was often considered bizarre at the time. Its exotic appearance was enhanced by the use of the characteristic keyhole arch, a determining feature of his furniture, and the use of vellum, silk tassels, and inlaid abstract decoration in pewter, bone, and ivory.” (RILEY, 2003, p. 311)

Figura 50 - Ernesto Basile - Armário de Mogno Fonte: Pinterest

53


Figura 51 - Carlo Bugatti - Cadeira Caracol Fonte: Home Free UK

Figura 52 - Carlo Zen - Cadeira Lateral Fruitwood Fonte: Moma

54


2.3.5 ESCOLA DE GLASGOW (GRÃ-BRETANHA) Na Inglaterra não houve propriamente uma reação ao Art Nouveau. Porém, na Grã-Bretanha de modo geral, embora o movimento não tenha chegado a ganhar uma variante de fato, os artistas escoceses foram os que mais se aproximaram do estilo, como Charles R. Mackintosh (18681928). Voltado para obras de arquitetura e de mobiliário, Mackintosh valorizava muito mais as características estéticas dos objetos do que o conforto proporcionado. Segundo Amanda O’Neill, isso fica evidente nas cadeiras desenhadas pelo artista, com encostos extremamente altos, estreitos e verticais. Figura 53 - Exemplo de mobília de Mackintosh Fonte: sculpt art

“é evidente que o seu mobiliário é criado com um efeito estético maior do que o seu grau de conforto ou a intenção de fazer sobressair as qualidades naturais dos seus materiais. Tal como com a sua arquitectura, concentrava-se nas verticais exageradas, extremamente elegantes, particularmente nas costas das suas cadeiras que podiam ser excepcionalmente altas e estreitas.” (O’NEILL, 1999, p. 46)

Além de mobiliário, as formas estilizadas e curvilíneas que Mackintosh empregava na decoração arquitetônica ajudaram a identificá-lo de vez como um dos poucos representantes do Art Nouveau na Grã-Bretanha. Figura 54 - Portas para as salas de chá Willow, Glasgow Fonte: blog Maria Elena Buszek

55


Aubrey Beardsley (1872-1898) foi um dos poucos ingleses a representar, mesmo que de maneira singela, as formas curvilíneas características do Art Nouveau em suas ilustrações em preto e branco. Em sua série de ilustrações criadas para a peça “Salomé”, de Oscar Wilde, Beardsley passou a ganhar mais notoriedade e reconhecimento por parte do escritor. No entanto, tal notoriedade também se mostrou negativa de maneira geral, não em razão dos traços estilizados mas sim do tema empregado em suas obras: geralmente “desenhos excessivamente pornográficos” (FARTHING, 2011, p. 349).

Figura 55 - Salomé Fonte: El Ojo em El Cielo

56


3

Tortas



3 DOCES E TORTAS

tornando o alimento mais vantajoso. E, apesar do início ter sido estritamente salgado, com o passar dos anos as

3.1 TORTAS

tortas foram se aprimorando e surgiram as doces. Hoje as tortas doces são praticamente predominantes no país e

Torta é um tipo de receita doce ou salgada muito conhecida

uma das mais famosas é a torta de abóbora, que é típica

em várias partes do mundo. A palavra é original do latim,

do dia de Ação de Graças.

que significa “pão redondo, bolo achatado” e pode estar 9

relacionada ao seu formato de acordo com seu surgimento. De acordo com o site Mundo Estranho, acredita-se que a torta tenha vindo da Grécia antiga, pois era utilizada como oferenda para a deusa Ártemis e seu formato era relacionado ao da lua cheia, que era a forma de expressão da deusa. Durante alguns anos esse hábito se perdeu e a utilização da torta foi retomada pelos alemães em festas infantis. Porém, outra vertente diz que “as tortas vieram para a América com os peregrinos” (ROMABUER, BECKER, E., BECKER, M. R. 2002, p. 8. tradução: Carolina Portugal Arcanjo), é o que afirmam as autoras mediante a chegada das tortas nos Estados Unidos. Os peregrinos foram os colonizadores ingleses que chegaram ao país, trazendo sua cultura e realizando conversões para o calvinismo. Figura 56 - Torta portuguesa de laranja com caramelo e nozes Fonte: blog As Receitas de Portugal

A origem nos Estados Unidos é reafirmada pelo historiador de alimentos Andrew F. Smith (2013) em uma matéria para o ZH Gastrô. De acordo com o autor, os colonos queriam reunir a maior quantidade de calorias possível em um

No Brasil não se sabe ao certo como as tortas foram

prato só e, como a torta reúne isso em uma massa que

trazidas. Apesar de Gilberto Freyre (1997) afirmar que o

é levada ao forno, isso atendia as necessidades. Além

gosto brasileiro pelo açúcar está relacionado a colonização

disso, eles não possuíam talheres e a reunião de todos os

dos portugueses, deduz-se que, neste caso, não foi por

ingredientes em um pedaço garantia maior consistência,

eles, pois o que eles denominam como torta, é conhecido

possibilitando a alimentação somente com as mãos e

pelos brasileiros como rocambole e a tarte, que também é

9 <Origem da palavra torta http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/torta/ acesso em 20/04/2015>

59


uma receita comum em Portugal, possui um aspecto bem

a chamada torta capixaba não possui o formato de

diferente do que é visto no Brasil.

torta e nem mesmo leva massa. Em Minas Gerais existe a torta mineira que é um doce muito similar ao bolo. No

Ao acessar sites brasileiros famosos de receitas, como o

Amazonas, o mais comum já é o salgado, que é a torta de

“Tudo Gostoso” ou o “Receitas.com”, é possível se deparar

pirarucu, feita com um peixe típico da região. Os gaúchos

com diversos tipos de torta ou diferentes termos em

já possuem o costume de comer muitas frutas, portanto

um mesmo lugar: torta de liquidificador, torta de limão,

no Rio Grande do Sul é muito comum a torta de maçã,

torta de frango, torta holandesa, torta de frutas e tantos

que também é conhecida como cuca. E, em São Paulo, os

outros. Portanto, o termo pode variar de significado de

significados já são um pouco mais abrangentes. As tortas

estado para estado. É o que relata Jose Orestein (2013)

mais conhecidas podem ser salgadas, como a torta de

em uma matéria no Blog do Paladar, do Estadão. Ele cita

frango ou as doces como a torta de limão, que é feita com

que as tortas salgadas, muito comuns em São Paulo, no

a chamada massa podre e possui um recheio cremoso,

Rio de Janeiro e na Bahia são conhecidas como empadão,

podendo variar também para outras frutas como maracujá

devido ao seu formato. Já em Espírito Santo, por exemplo,

e morango. Uma curiosidade divulgada no Blog Maria

Figura 57 - Torta capixaba Fonte: blog Leitura Gastronômica

Figura 58 - Torta Mineira Fonte: Tudo Gostoso

60


Chocolate é que a conhecida torta holandesa não veio da Holanda, mas sim de Campinas, interior de São Paulo, por meio de uma loja de tortas. Essa regionalização já traz variedade em um país grande como um Brasil, porém o significado de torta se estende pelo mundo. Os autores ROMABUER, BECKER, E. e BECKER, M. R. (2002) demonstram alguns desses aspectos. No Sul dos Estados Unidos existe a preferência por torta de nozes e torta de batata doce, que são muito parecidas com as tortas de frutas servidas em São Paulo, mas com recheios considerados exóticos para os brasileiros. Já no Norte do país, é mais comum a torta de abóbora ou a shoofly pie,

Figura 59 - Torta de pirarucu Fonte: Projeto AFRA

que possui esse nome pela semelhança com o melaço e por atrair moscas pelo odor. Além dessas, são muito comuns no país: cherry pie, cheese pie, coconut cream pie e lemon meringue pie. Isso não acontece somente nesses países, mas também ao redor do mundo. Uma das tortas mais conhecidas é a torta de maçã que, ao contrário do que muitos pensam, é holandesa. Em Trinidad e Tobago, existe a aloo pie, que é uma torta salgada recheada com legumes que se assemelha ao calzone. Na Grã-Bretanha, a torta típica é a bakewell tart, que possui a massa no formato de uma concha, recheio de geleia e cobertura de nozes ou amêndoas. A butter tart, do Canadá, se assemelha muito a bakewell tart, com a diferença do recheio, que é uma mistura de manteiga, açúcar e ovos. Portanto, apesar da grande quantidade de diferenças,

Figura 60 - Torta de maçã Fonte: Bolsa de Mulher

pode-se considerar que as tortas são famosas no mundo todo e no Brasil elas possuem grande importância.

61


3.2 O CENÁRIO DO NEGÓCIO NO BRASIL

da família”11, portanto, muitos apelam para o consumo de congelados. A vida moderna e urbana estimula a compra e

Apesar de suas grandes diferenciações, o ramo de tortas

o consumo de alimentos congelados. De acordo com uma

se estabilizou no Brasil, tanto na área de doces, quanto na

matéria do Uol Economia12

de salgados. Porém, os doces possuem mais visibilidade

como Deep Freeze e Quitutes e etc tiveram um aumento

devido ao nível de sofisticação em alguns dos casos

de lucros considerável devido as mudanças na rotina do

e também pela quantidade de doces consumida pelo

brasileiro.

sobre o assunto, empresas

brasileiro. Mesmo com preferência na alimentação básica na área de Uma pesquisa sobre hábitos alimentares feita em 2014

congelados - arroz, feijão, carne e salada -, muitos ainda

pelo Ministério da Saúde e o IBGE revelou que 21,7% dos

compram doces, devido a facilidade e a possível falta de

brasileiros “relatam o consumo regular de alimentos doces,

habilidade na confecção de doces, já que esse tipo de

como bolos, chocolates, balas e biscoitos”

. Porém, essa

alimento não é uma necessidade do cotidiano. Por isso,

porcentagem diminui em idades mais avançadas, caindo

marcas como a Sadia possuem uma linha especializada

para 17,2%. Já no caso dos jovens, essa porcentagem sobe

em doces, que é a Miss Daisy.

10

para 32%, porém, nesse grupo que é considerado dos 18 O mercado vem se atualizando constantemente graças as

aos 24 anos.

novas tendências no setor alimentício. Com o acontecimento Porém, normalmente o que ocorre é o oposto do

da “gourmetização” e dos food trucks, aumentou só ocorre

recomendado. A rotina e os hábitos dos brasileiros estão

o aumento do surgimento de pequenos e micro empresário

cada vez mais ligados ao consumo de alimentos que

e o ano de 2014 trouxe bons resultados. Porém, esse tem

possam ser preparados com rapidez e consumidos tão

sido um ano de alerta devido ao cenário da economia

rápido quanto. Uma pesquisa promovida pelo FIESP e

brasileira, diferente do ano passado. A Confederação

pelo Ibope revelou que “34% de consumidores brasileiros

Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

de alimentos, que se dividem igualmente entre as classes

(Comicro) recomenda que não haja endividamento, pois “a

sociais A, B e C, que, de maneira geral, levam uma vida

redução das compras por parte do consumidor, que vem

corrida, trabalham em tempo integral e dispõem de pouco

do aumento da inflação e da taxa de juros, tem impacto

tempo para cuidar da casa, dos filhos e da alimentação

imediato em muitas MPEs” .13

10 <Consumo de gorduras, doces e âlcool entre brasileiros ainda é alto http://www.brasil. gov.br/saude/2014/12/consumo-de-gorduras-doces-e-alcool-entre-brasileiros-ainda-e-alto. Acesso em 20/04/2015>

12<Novas regras das domésticas aumentam vendas de comida congelada http://economia. uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/13/pec-das-domesticas-faz-empresas-de-comidacongelada-faturarem-20-mais.htm - acesso em 20/04/2015>

11 <Alimentos congelados: a preferência pelos práticos e saudáveis http://www. sebraemercados.com.br/alimentos-congelados-a-preferencia-pelos-praticos-e-saudaveis/ acesso em: 20/04/2015>

13 <Ano será de desafio para micros e pequenas empresas http://www.sitecontabil.com.br/ noticias/artigo.php?id=218 - acesso em 20/04/2015>

62


Apesar de grandes investimentos e sugestiva contenção de gastos em 2015, muitas pequenas e micro empresas têm aderido ao caseiro e isso tem ganhado a confiança do consumidor. De acordo com o Dicionário Michaelis, caseiro significa “relativo a casa; doméstico; feito em casa; que se usa dentro de casa; que se cria em casa; modesto, sem aparato, simples”14 . O congelado ainda desperta um certo preconceito nos consumidores, pois não possui o mesmo gosto de algo feito na hora devido aos conservantes, ou mesmo não possuem o tradicionalismo na receita e o cuidado de ser feito a mão, um a um. Por isso as empresas que possuem esse perfil, utilizam essa estratégia na divulgação dos seus produtos para gerar confiabilidade no consumidor.

Figura 61 - Torta congelada Miss Daisy Fonte: Pão de Açucar

14 <Dicionário UOL Michaelis http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index. php?lingua=portugues-portugues&palavra=caseiro - acesso em 20/04/2015>

63


3.3 A EMPRESA DE TORTAS Baseando-se na busca do tradicionalismo e mantimento

pesquisa gerará a criação de identidade visual, incluindo

do caseiro, Renan Jussie decidiu começar um negócio de

todas as peças e brand book, utilizando o design retrô.

tortas no início de 2015. Essa iniciativa foi impulsionada pela proximidade na área da culinária, visto que ele está cursando gastronomia, e pela vontade de servir ao público não somente um doce, mas um bom atendimento, uma impressão de cuidado no que está sendo feito durante todo o processo e a vontade de querer mais. Não só por seus ideais, mas por um atendimento completo, gerando fidelização. Como ainda não havia lugar fixo, ele divulgava seu trabalho por meios que estavam ao seu alcance, como mídias sociais, e assim tudo se propagou. Hoje, Renan atende a demanda de sua clientela por encomendas, utilizando o sistema delivery e esporadicamente em eventos. Em seu cardápio existem 4 sabores de tortas e 3 tamanhos: morango, maracujá, limão e chocolate, sendo elas nos tamanhos pequeno, médio e grande. Independente do sabor, o preço das tortas é: pequena R$ 1,50, média R$ 3,00 e grande R$ 35,00, visto que as duas primeiras são porções individuais e a maior é para mais pessoas. Apesar de sua efetividade no campo dos negócios, na comunicação, havia muitas falhas. A empresa não possuía um padrão na forma de se comunicar com o consumidor e nem mesmo uma marca. Portanto, esse cliente foi escolhido

Figura 62 - Tortas de chocolate nos três tamanhos Fonte: Facebook do Renan Jussie

para o projeto experimental. Para iniciar esse processo, foi feita uma pesquisa sobre branding e a aplicação dessa

64


4

Construindo uma marca



e Fundação Roberto Marinho. Os nomes toponímicos são

4.1 BRANDING

relacionados a regiões e têm como objetivo estabelecer Por trás de um nome ou logotipo existem valores que

uma relação com os locais. Os exemplos são: Casas Bahia,

representam a empresa, criam os alicerces e dão as

Banco Santander e Lojas Pernambucanas. Os nomes de

diretrizes para a criação de uma imagem forte de marca.

produtos ou processos estão mais relacionados ao processo

Essencialmente, o branding é o processo que utiliza tais

de produção e descrevem exatamente a função dele. Os

valores para possibilitar o fortalecimento e da eficácia

exemplos são: Eletronic Arts, Casa do Pão de Queijo e

dessas marcas. Tal definição pode ser também identificada

General Motors. Os nomes de marketing são na verdade

por ALVARO (2007):

arbitrários. Eles têm como objetivo associar o nome da marca a uma característica ou atributo simbólico e não possuam nenhum vínculo real com a empresa, sintetizando

“Branding é o gerenciamento da marca em todas as instâncias, ou seja, depois de a identidade ser definida, as estratégias de aplicação da marca devem ser gerenciadas e acompanhadas para garantir essa identidade e para valorizar a própria marca.”

ideias. Os exemplos são: Fast Shop, Tigre e Leite Ninho. Considerando os conceitos acima, Para a construção dessa nova marca foi utilizado o nome de marketing. Um adjetivo encontrado para descrever a marca foi: doce. Essa palavra pode atingir o aspecto literal, pois trata-

Para a construção da marca, o processo foi iniciado pelo

se de tortas doces e isso chama a atenção do público

nome. Essa ação é chamada de naming. Esse processo é

positivamente, já que gostam de consumir esse tipo de

extremamente importante e pode tomar muito tempo e

alimento em sua rotina. Por outro lado, a palavra também

dinheiro de determinadas empresas a fim de encontrar o

pode ser um adjetivo, se relacionando com a subjetividade

ideal. De acordo com Davis e Baldwin (2005), “o nome de

do Art Nouveau.

uma marca deve idealmente refletir os valores da marca e não necessariamente um gosto pessoal dos proprietários da

Em seu sentido figurativo, doce significa “terno, afetuoso,

marca”. Para Tavares (1998), existem 4 tipos de meios para

agradável, aprazível; leve, brando”15, e considerou-se que

construção de nomes. Esses são: pessoais, toponímicos,

são boas associações a uma marca. Partindo dessas

produtos ou processos e marketing.

conclusões, o nome foi traduzido para o italiano, já que em determinado período este país também este relacionado

Os nomes pessoais são associados ao nome e a reputação

com o Art Nouveau. Portanto, o nome escolhido foi Dolce

do dono, sendo assim ela deve ser positiva. Alguns

Tortas. Esse nome possui associações consideráveis

exemplos de nomes pessoais são: Ford, Magazine Luiza

com a marca, é de fácil leitura e o consumidor já possui

15 <http://www.dicio.com.br/doce/ - acesso em 20/09/2015>

67


familiaridade com o nome devido a outras marcas (Dolce

Esta cor sugere feminilidade, doçura e romantismo, além do

& Gabbana; Nestle Dolce Gusto). Após o surgimento desse

lilás que, nesse caso, se associa aos aspectos do rosa mas

nome, foi criada uma marca:

que também está ligado a fantasia Além disso, socialmente a cor rosa está ligada a mulheres. Portanto, se segere que esse produto seja criado diretamente ao público feminino.

Figura 63 - Logo Fonte: autores do projeto

Durante o processo de criação de marcas, é necessário considerar em sua composição os seguintes elementos: cores, tipografia e formas. Este último aspecto será abordado posteriormente. Figura 64 - Embalagem Cacau Show - Mimo Fonte: Blog Garotas Nota Mil

As cores têm um papel muito importante na embalagem, pois são as grandes responsáveis pelos estímulos visuais (MESTRINER, 2005, p.53). Para Negrão e Camargo (2008, p. 172), ela possui as funções de distinguir e despertar

A outra linguagem considerada na criação da embalagem

emoções. Esse fenômeno de luz pode trazer diversas

é a tipográfica. Ela é a forma de expressão textual, que

contribuições para a embalagem por meio das percepções

adquire diversos significados a partir de diferentes

de tridimensionalidade e sensações que cada cor pode

tamanhos e formas. Negrão e Camargo (2007) citam que

despertar. A embalagem de chocolates Mimo da Cacau

o processo tipográfico possuiu grande marco em 1200 a.C.

Show por exemplo, possui predominantemente a cor rosa.

com os fenícios por meio da decodificação do alfabeto e

68


foi aprimorado pelos gregos. Desde então, houve também

Ela possui traços arredondados e elementos curvilíneos

muitas modificações nos locais onde era feita a escrita

em toda sua composição. A fonte secundária é a Della

que passaram de pedras para papiro, pergaminhos e

Respira, escolhida para textos curtos (embalagens, itens

caniços. Mais aprimoramentos ocorreram anos depois com

de cardápio, entre outros) por se assemelhar com fontes

processos de impressão e se iniciaram com xilogravura e

serifadas utilizadas em publicações da Kelmscott Press. No

suas adaptações foram feitas por Gutemberg.

manual de identidade desta marca, está prevista também a fonte Lobster 1.3. Por ter um forte apelo ao vintage, esta

Para a escolha da tipografia, deve-se considerar os

fonte opcional foi escolhida como uma alternativa para

espaçamentos ideais (tanto entre linhas, quanto entre

utilização em títulos ou subtítulos, no caso de impressos

caracteres), as serifas, o peso e as cores. Além de analisar esses

onde se faça necessária sua utilização.

elementos, também se avalia o plano de fundo e as imagens utilizadas onde ocorrerá a aplicação, pois é importante

Foi determinado que a embalagem das tortas possuirá

ABCDEFGHIJKLMNOPQRST UVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890,.;~´[]<>:^`{}!@#$%¨&*()_+-=§ªº'"\|

como cores predominantes o vermelho escuro e o amarelo.

Tipografia Victoria CAT

considerar a legibilidade e o balanceamento de cores.

Na simbologia das cores, o vermelho está associado a consistência, conforto e, por ser mais escuro, também remete elegante ou nobre. O amarelo aproxima-se do dourado,

Nas embalagens desenvolvidas para a Dolce Tortas, há

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890,.;~´[]<>:^`{}!@#$%¨&*()_+-=§ªº'"\|

também grande predominância de elementos como

Tipografia Della Respira

associando-se ao calor e algo valoroso como o ouro.

florais e arabescos, que estão sempre em amarelo, todos eles estão associados ao Art Nouveau. A combinação dos elementos e das cores, de uma forma geral, busca

A tipografia também foi escolhida com base em elementos

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890,.;~´[]<>:^`{}!@#$%¨&*()_+-=§ªº'"\|

de Art Nouveau. A principal fonte chama-se Victoria

Tipografia Lobster 1.3

transmitir uma mensagem de valorização do caseiro.

Cat e foi baseada em escritos criados por Jules Chéret.

69


4.2 A IDENTIDADE VISUAL Conforme mencionado anteriormente, a unificação dos aspectos visuais e artesanais do Art Nouveau, o branding e todo o panorama do mercado de tortas resultou na criação

O vermelho escuro foi escolhido por ser uma cor que era amplamente utilizada nas obras de Alphonse Mucha, além de ser também uma cor voltada para conforto, elegância e consistência.

da marca "Dolce Tortas", feita especialmente através deste projeto experimental. A mistura de composições foi criada e aplicada em toda identidade visual da empresa, conforme logo e exemplos a seguir.

A opção dos arabescos nas composições visuais deriva justamente de elementos integrantes das obras do Art Nouveau, como pinturas, molduras e rodapés nestes modelos.

O amarelo foi escolhido por ser uma referência a algo valioso (ouro, pedras preciosas) e ao mesmo tempo indicar calor,

A escolha da tipografia para o logo foi feita baseada nas fontes arrendondadas e curvilíneas, desenhadas pelos principais artístas do Art Nouveau, como nas obras de Jules Chéret em destaque logo abaixo. Figura 65 - Logo em análise Fonte: autores do projeto

70


A aplicação da identidade visual em materias impressos,

Arabescos e florais aplicados em plano de fundo ou como elementos dispersos na composição derivam das pinturas em tapeçarias produzidas artesanalmente.

como no exemplo de cardápio abaixo e cartão de visitas na próxima página, segue o mesmo padrão para arabescos e florais, além de manter o padrão de cores com poucas variações no amarelo. Os valores de cores exatas podem ser encontrados no manual de identidade visual desenvolvido para a marca Dolce Tortas.

Untitled-1 1

Figura 66 - Cardápio - Frente Fonte: autores do projeto

Figura 67 - Cardápio - Verso Fonte: autores do projeto

29/09/2015 16:40:24

71


Neste exemplo de identidade visual aplicada, além dos arabescos em plano de fundo o cartão de visitas conta com uma tipografia serifada, utilizada para textos em pequena quantidade. Ela foi escolhida para fazer referência às

Fontes serifadas para referanciar as utilizadas nas publicações artesanais da Kelmscott Press.

publicações antigas da Kelmscott Press, que possuía toda a tipografia feita com tintas artesanais.

Figura 68 - Cartão de visitas Fonte: autores do projeto

72


Foram desenvolvidos também mockups, demonstrando exemplos de aplicação da identidade em guardanapos e em outros suportes além do papel, como tecido para aventais.

Figura 69 - Guardanapo (Mockup) Fonte: autores do projeto

Figura 70 - Avental (Mockup) Fonte: autores do projeto

73


4.3 DESIGN DE EMBALAGENS

Como consequência, aumenta, proporcionalmente, a quantidade de produtos a serem embalados e a diversidade de materiais empregados nesses invólucros. (NEGRÃO; CAMARGO, 2008 p.24)"

Dando continuidade ao processo criativo, visualiza-se que para uma identidade visual no ramo de tortas, também é necessário considerar o design de embalagens. A embalagem

Por muito tempo a produção das embalagens foi artesanal.

é um item que muitas vezes passa desapercebido no dia-

isso também criava relação com movimentos artísticos

a-dia, mas possui grande importância, tanto para aquilo

como Art Nouveau e Art Déco (NEGRÃO; CAMARGO,

que é consumido, quanto para a movimentação no setor

2008) que, por sua vez, valorizavam o natural e o caseiro.

da indústria. De acordo com a Associação Brasileira de

Somente no século 18, com a Revolução Industrial, que

Embalagens (ABRE), o setor movimenta atualmente 47

houve uma grande mudança na produção de embalagens,

bilhões no Brasil, gerando diversos empregos por meio de

pois muitos dos processos foram automatizados.

operações globais e nacionais que envolvem profissionais das mais diversas disciplinas que trabalham constantemente

Após a Revolução Industrial, ocorreu outro grande advento:

pensando em, além de cumprir individualmente seus papéis

o auto-serviço. Como muitas das empresas faziam sua venda

no desenvolvimento e criação, estar sempre inovando.

ao consumidor final “por trás dos balcões”, informações como características do produto, valores nutricionais e

Essa tamanha dedicação do mercado está relacionada a

peso - além da propaganda - eram disponibilizadas pelo

praticamente toda indústria e comércio, visto que muitas

vendedor. Depois do auto-serviço, o próprio consumidor

das coisas que são consumidas estão ou já estiveram

era responsável por descobrir o que fosse necessário e era

embaladas e esse quesito se tornou fundamental ao longo

atraído à compra pelos olhos, não mais pelos ouvidos. Isso

dos anos devido a necessidade humana de embalar as

trouxe um grande alerta a todas as empresas que, visando

coisas. De acordo com Negrão e Camargo (2008, p. 23),

um diferencial competitivo, passaram a investir naquilo

essa necessidade surgiu há muitos anos quando o homem

que iria conquistar seus consumidores: a embalagem.

percebeu que, além de se alimentar, poderia conservar e manter por um prazo maior ou em mais espaço aquilo

Desde então, a embalagem passou de uma simples

que consumia. A princípio, eram extraídos materiais da

conserva, para um item multifuncional nos produtos. De

natureza, mas com o desenvolvimento ao longo dos anos,

acordo com a ABRE, “a embalagem é um recipiente ou

esses materiais foram se aprimorando cada vez mais:

envoltura

que

armazena

produtos

temporariamente,

individualmente ou agrupando unidades, tendo como

"À medida que a humanidade evolui, descobre novos materiais, desenvolve novas necessidades e também amplia a gama de produtos dos quais faz uso.

principal função protegê-lo e estender o seu prazo de vida, viabilizando sua distribuição, identificação e consumo”. Já

74


Negrão e Camargo, possuem a visão de que a embalagem

são utilizadas por meio de recursos como personagens ou

possui “um sistema cuja função é técnica e comercial e

cupons, que geram experiências com o consumidor e fazem

tem como objetivos acondicionar, proteger (desde o

com que possa ser gerada uma preferência na compra.

processo de produção até o consumo), informar, identificar, promover e vender o produto”

Para

(NEGRÃO; CAMARGO,

a criação dessas embalagens, é feito um longo

2008. p. 29). Nesse caso, de acordo com os autores, esses

processo de projeto que envolve diversos aspectos, desde a

itens se descrevem como:

identificação da necessidade do cliente para o produto, até a escolha do material no qual a embalagem será produzida.

Acondicionamento e proteção: a embalagem deve preservar

Após o desenvolvimento de um briefing que coletará os

os produtos durante todas as fases do processo, pois trará

principais dados para fundamentar a criação por meio de

proteção de fatores externos como bactérias ou mesmo de

análises interdisciplinares que demonstrarão as melhores

temperatura. Isso faz com que seja possível a movimentação

oportunidades mercadológicas, projetarão os recursos e

dos produtos sem comprometer a integridade e qualidade

viabilizarão a execução por meio de cronogramas.

daquilo que está sendo embalado. Passada a fase analítica do projeto, considera-se a fase Informação e identificação: desde o surgimento do processo

criativa que se refere ao design da embalagem. Negrão e

de auto-serviço, tornou-se necessária a identificação e

Camargo (2008, p. 148) dividem essa fase em três tipos de

informação nas embalagens. A identificação é uma forma

linguagem: de formas, de cores e tipografia. Considerando

de gerar diferencial competitivo perante os concorrentes e

que a identidade visual já possui cores, tipografia e as formas

utilizar os recursos disponíveis como cores e formas para

que o autor cita são referentes a formas geométricas,

tornar-se único. Já a informação, tornou-se um direito

visualizaremos a composição das formas

do consumidor e foi regulamentada em determinados casos, como alimentos. Isso pois é necessário informar o

Para Mestriner (2005, p. 52), “a forma é o principal elemento

consumidor sobre aquilo que está pretendendo consumir,

de diferenciação na embalagem”. Essa afirmação se dá

desde aspectos técnicos como ingredientes, local de

pois, é por meio da forma que se constitui a peculiaridade

fabricação e distribuição, até a data de validade, que

de cada produto - ou sua igualdade com os outros -, já

impede que o produto perca sua eficácia e possa gerar

que as outras linguagens, quando relacionadas aos cinco

danos ao consumidor.

sentidos, se detém em boa parte no campo da visão. A forma desperta esse sentido, mas também está relacionada

Promoção e venda: São ferramentas de marketing que podem

ao tato e ao meio com que o consumidor se relaciona

utilizar extensões do produto por meio da embalagem. Elas

com o produto. Isso também está estritamente ligado

75


ao simbolismo, já que cada formato transmite sensações

deve ser funcional. Para a embalagem, foram considerados

diferentes ao consumidor (NEGRÃO; CAMARGO, 2008,

os 3 tamanhos de torta, sendo 2 tipos de embalagens

p. 27). Para a construção de uma forma, é necessário

diferentes. Visando comportar os produtos de forma fácil e

pensar não somente em geometria ou comportamento

funcional, a embalagem será quadrada, cobrirá uma gaveta

do consumidor, mas também em questões técnicas como:

e, subsequentemente, um berço na parte interna que

"O que será embalado? Como será armazenado? Em

possui o tamanho exato da torta. O substrato será duplex

quais temperaturas será mantido? Qual será o material

300 gr, que apesar de possuir uma certa rigidez, também

adequado? Como será consumido e qual é a durabilidade

é adequado para impressão e muito utilizado para criação

dos itens?" Apesar de ter sido visto na fase analítica, deve

de embalagens. Ele também é ideal para manter firmeza e

ser levado em conta nesse período também, visto que

estabilidade no transporte dos produtos, suportar o peso

aquilo que é considerado esteticamente agradável também

das tortas e resistir a refrigeração.

FOTO: VICTOR MOTA

Figura 71 - Capa e caixa da embalagem de tortas Fonte: autores do projeto

76


4.4 EMBALAGENS DOLCE TORTAS Toda a identidade visual apresentada anteriormente, somada agora às características do design de embalagens nos possibilitou realizar a criação de embalagens de tortas, conforme modelos demonstrados a seguir:

Figura 72 - Capa da embalagem de tortas - contorno Fonte: autores do projeto

Untitled-3 1

Figura 73 - Capa da embalagem de tortas - Arte Fonte: autores do projeto

77

08/10/2015 22:22:21


Capa de embalagem após montagem em gráfico vetorial (abaixo) e fotografada após montagem (esquerda).

FOTO: VICTOR MOTA

Figura 74 - Capa da embalagem de tortas - contorno em perspectiva Fonte : autores do projeto

Figura 75 - Capa da embalagem de tortas Fonte: autores do projeto - Foto por Victor Mota

78


A arte desenvolvida para impressão na parte de fora da caixa que acondicionará o produto, tendo as linhas de corte e vinco (abaixo) e a arte para encaixe da torta dentro da caixa, que denominamos "berço".

Figura 76 - Caixa da embalagem de tortas - Arte Fonte: autores do projeto

Figura 77 - Berço da embalagem de tortas - Arte Fonte: autores do projeto

79


Caixa e berço para a torta, fotografados após montagem.

FOTO: VICTOR MOTA

Figura 78 - Caixa e berço da embalagem de tortas Fonte: autores do projeto

80


Embalagem completa fotografada após montagem, contendo capa, caixa e berço.

FOTO: VICTOR MOTA

Figura 79 - Capa e caixa da embalagem de tortas Fonte: autores do projeto

81


Mockups de embalagem completa fotografada junto com o produto.

FOTO: VICTOR MOTA

Figura 80 - Embalagem e torta Fonte: autores do projeto

82


Fotografia da capa da embalagem e do produto em outro ângulo, tendo o logo em destaque.

FOTO: VICTOR MOTA

Figura 81 - Close embalagem e torta Foto: Victor Mota

83


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O design retrô está em evidência nos últimos anos no Brasil. Isso faz com que o Art Nouveau, sendo uma escola estética que se encaixa nesses parâmetros, se torne uma possível boa opção como linguagem gráfica para criação de identidade visual de uma empresa. Os estudos de caso demonstraram que existem grandes marcas que exploraram essa escola estética e obtiveram bons resultados em suas campanhas. Ademais, a pesquisa bibliográfica pôde demonstrar os valores e elementos do Art Nouveau, fazendo com que, mesmo sendo criada há tantos anos, tenha se tornado uma linguagem visual atemporal. Também com os elementos da pesquisa, foi possível fazer a escolha dos melhores atributos necessários para a construção dessa identidade. Pelo cenário econômico e hábitos de consumo, pode-se concluir que mesmo possuindo uma rotina apressada, o brasileiro está em busca de qualidade e de saudosismo em muito do que consome, buscando alternativas em meio a tantos produtos de origem industrial. Isso reitera que os valores da empresa Dolce Tortas – ligados ao caseiro e a qualidade em seus produtos, serviços e atendimento – estão estritamente relacionados ao que o atual consumidor busca e ao que o Art Nouveau deixou como legado: o zelo pelos detalhes e a valorização do exclusivo e artesanal.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Lamparina Industrial Steampunk........................................................................................................................................................................17 Figura 2 - Vestuário Steampunk com arabescos e motivos florais.........................................................................................................................18 Figura 3 - Conteúdo postado no site De Volta ao Retrô. ............................................................................................................................................18 Figura 4 - Identidade visual do site De Volta ao Retrô..................................................................................................................................................19 Figura 5 - Tendências de design............................................................................................................................................................................................20 Figura 6 - Infográfico tendências visuais ao redor do mundo..................................................................................................................................21 Figura 7 - Infográfico tendências visuais Brasil...............................................................................................................................................................21 Figura 8 - Site e embalagens Maracugina.........................................................................................................................................................................22 Figura 9 - Linha Lacta 100 anos.............................................................................................................................................................................................23 Figura 10 - Embalagem Chocolate ao Leite.........................................................................................................................................................................23 Figura 11 - Lata - Linha Lacta 100 anos................................................................................................................................................................................23 Figura 12 - Pin original – Bohemia..........................................................................................................................................................................................24 Figura 13 - Anúncio página simples Bohemia...................................................................................................................................................................24 Figura 14 - Tecelagem industrial.............................................................................................................................................................................................27 Figura 15 - Willian Morris............................................................................................................................................................................................................28 Figura 16 - Augustus W. N. Pugin...........................................................................................................................................................................................29 Figura 17 - John Ruskin...............................................................................................................................................................................................................29 Figura 18 - Marigold - Almofada pintada à mão.................................................................................................................................................................30 Figura 19 - Strawberry Thief Chintz.......................................................................................................................................................................................31 Figura 20 - Medway - tapeçaria impressa em algodão................................................................................................................................................32 Figura 21 - Willow Boughs - Papel de parede de William Morris.............................................................................................................................32 Figura 22 - Geoffrey Chaucer - Publicação da Kelmscott Press..............................................................................................................................33 Figura 23 - Trecho de editorial por William Morris.........................................................................................................................................................34 Figura 24 - Capa do livro de Geoffrey Chaucer...............................................................................................................................................................35 Figura 25 - Victor Horta - Fachada ornamentada do Hôtel Tassel Bruxelas......................................................................................................36 Figura 26 - Victor Horta - Interior Hôtel Tassel.................................................................................................................................................................37 Figura 27 - René Lalique - Broche Silfíde.........................................................................................................................................................................39 Figura 28 - René Lalique - Diadema Cabeça de Galo...................................................................................................................................................39 Figura 29 - Émille Gallé - Vaso com Florais.......................................................................................................................................................................39

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Figura 30 - Louis Comfort Tiffany - Abajour.......................................................................................................................................................................40 Figura 31 - Paul Gauguin.............................................................................................................................................................................................................41 Figura 32 - Vincent Van Gogh..................................................................................................................................................................................................41 Figura 33 - Edvard Munch..........................................................................................................................................................................................................41 Figura 34 - Alphonse Mucha....................................................................................................................................................................................................41 Figura 35 - Pôster da peça “Gismonda”.............................................................................................................................................................................42 Figura 36 - Pôster da peça “Medee”....................................................................................................................................................................................42 Figura 37 - Jules Chéret.............................................................................................................................................................................................................43 Figura 38 - Alphonse Mucha - pierres précieuses (as pedras preciosas: topázio, rubi, ametista e esmeralda).............................44 Figura 39 - Pôster La Loïe Fuller (Jules Chéret).............................................................................................................................................................45 Figura 40 - Georges Auriol - Vignettes..............................................................................................................................................................................45 Figura 41 - Hector Guimard - Abbesses Metropolitain................................................................................................................................................46 Figura 42 - Guimard - Cadeira com braço.........................................................................................................................................................................47 Figura 43 - Guimard - Fachada do Castel Béranger....................................................................................................................................................47 Figura 44 - Otto Eckmann - 2 Bll.: Ornamententwurf für die "Jugend..............................................................................................................48 Figura 45 - Otto Eckmann - Wenn der Frühling kommt...........................................................................................................................................49 Figura 46 - Capa da revista Pan, por Joseph Sattler...................................................................................................................................................49 Figura 47 - Gustav Klimt - Friso de Beethoven..............................................................................................................................................................50 Figura 48 - Joseph Maria Olbrich - Detalhe externo do prédio da Secessão de Viena, na Áustria (1898)........................................51 Figura 49 - Gustav Klimt - Filosofia e Medicina................................................................................................................................................................52 Figura 50 - Ernesto Basile - Armário de Mogno ...........................................................................................................................................................53 Figura 51 - Carlo Bugatti - Cadeira Caracol.....................................................................................................................................................................54 Figura 52 - Carlo Zen - Cadeira Lateral Fruitwood........................................................................................................................................................54 Figura 53 - Exemplo de mobilia de Mackintosh..............................................................................................................................................................55 Figura 54 - Portas para as salas de chá Willow, Glasgow..........................................................................................................................................55 Figura 55 - Salomé.......................................................................................................................................................................................................................56 Figura 56 - Torta portuguesa de laranja com caramelo e nozes............................................................................................................................59 Figura 57 - Torta capixaba.......................................................................................................................................................................................................60 Figura 58 - Torta Mineira...........................................................................................................................................................................................................60 Figura 59 - Torta de pirarucu....................................................................................................................................................................................................61 Figura 60 - Torta de maçã..........................................................................................................................................................................................................61

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Figura 61 - Torta congelada Miss Daisy..............................................................................................................................................................................63 Figura 62 - Tortas de chocolate nos três tamanhos......................................................................................................................................................64 Figura 63 - Logo............................................................................................................................................................................................................................68 Figura 64 - Embalagem Cacau Show - Mimo..................................................................................................................................................................68 Figura 65 - Logo em análise....................................................................................................................................................................................................70 Figura 66 - Cardápio - Frente..................................................................................................................................................................................................71 Figura 67 - Cardápio - Verso....................................................................................................................................................................................................71 Figura 68 - Cartão de visitas...................................................................................................................................................................................................72 Figura 69 - Guardanapo (Mockup).......................................................................................................................................................................................73 Figura 70 - Avental (Mockup).................................................................................................................................................................................................73 Figura 71 - Capa e caixa da embalagem de tortas.......................................................................................................................................................76 Figura 72 - Capa da embalagem de tortas - contorno...............................................................................................................................................77 Figura 73 - Capa da embalagem de tortas - Arte..........................................................................................................................................................77 Figura 74 - Capa da embalagem de tortas - contorno em perspectiva.............................................................................................................78 Figura 75 - Capa da embalagem de tortas........................................................................................................................................................................78 Figura 76 - Caixa da embalagem de tortas - Arte.........................................................................................................................................................79 Figura 77 - Berço da embalagem de tortas - Arte.........................................................................................................................................................79 Figura 78 - Caixa e berço da embalagem de tortas.......................................................................................................................................................80 Figura 79 - Capa e caixa da embalagem de tortas.......................................................................................................................................................81 Figura 80 - Embalagem e torta..............................................................................................................................................................................................82 Figura 81 - Close embalagem e torta..................................................................................................................................................................................83

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SANTO AMARO André Cézar Gomes Ferreira Carolina Portugal Arcanjo Trabalho de Conclusão de Curso O design retrô em estilo Art Nouveau aplicado a identidade visual de um negócio

São Paulo 2015




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