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www Visite .bra noss silpn o si uma te .org Nº 102 .br AGO/SET 2008

Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

Projeto reforça segurança alimentar GEF financia defesa de polinizadores, como abelhas, morcegos e pássaros

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colaboração com diferentes comunidades agrícolas e m novo projeto financiado pelo fundo ambiental interambientais, ministros, institutos de pesquisa, ONGs e nacional GEF (Global Environment Facility), de US$ 26,4 setor privado. milhões, ajudará a assegurar a segurança alimentar no O GEF contribuirá com US$ 7,8 milhões para o projeto, mundo a partir da proteção de abelhas, morcegos e pássaalém de alavancar US$ 18,65 milhões de outros parceiros, ros que são essenciais para a produção de safras agrícolas. como organizações multilaterais, governos e instituições O projeto Conservation & Management of Pollinators for acadêmicas. Sustainable Agriculture through an Ecosystem Approach Arquivo Pnuma (Conservação & Gerenciamento da Polinização para uma Agricultura Sustentável através de uma Abordagem Ecossistêmica), a ser implementado ao longo de cinco anos pelo Pnuma, combaterá as principais ameaças a essas importantes espécies polinizadoras: doenças, uso de pesticidas, degradação e perda de hábitats, avanço de monoculturas e a introdução de espécies exóticas em determinados ambientes. Segundo o Pnuma, em meses recentes, jornais científicos e novos relatórios revelaram o declínio e até mesmo o colapso de importantes populações de polinizadores, tais como abelhas produtoras de mel. Pássaros e outras espécies têm influência na produção de 35% das safras Não só abelhas, mas pássaros, borboletas, O projeto Conservation & Management of Pollinators for morcegos e até mesmo mosquitos são essenciais para a Sustainable Agriculture through an Ecosystem Approach produção de alimentos, ao transferir polens entre plantas contribuirá para a conservação, o uso sustentável e o masementeiras – impactando assim cerca de 35% das safras nejo desse polinizadores a partir de três ações básicas: mundiais. Como resultado, fazendeiros e consumidores Desenvolver e implementar ferramentas, metodolodependem fortemente desses polinizadores para sobreviver. No entanto, além de assegurar um serviço essencial para gias, estratégias e melhores práticas de manejo para a conservação e o uso sustentável dos polinizadores; as populações humanas, esses polinizadores têm papelConstruir capacidades locais, nacionais, regionais e chave na manutenção de outros serviços ambientais, como globais para permitir o desenho, planejamento e impleassegurar a preservação da biodiversidade e ajudar a natumentação das intervenções para mitigar o declínio da poreza a se ajustar a ameaças externas, como as mudanças pulação polinizadora e estabelecer práticas de manejo climáticas. Apoios mundiais – Coordenado pela FAO (Organização sustentável dos polinizadores; Promover a coordenação e integração das atividades das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), o relacionadas à conservação e uso sustentável dos polinizaprojeto será executado com o apoio dos governos da África dores, em nível internacional, para reforçar sinergias globais. do Sul, Brasil, Gana, Índia, Nepal, Paquistão e Quênia, em

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EDITORIAL Em nossa capa, destacamos o lançamento de mais um projeto ambiental financiado pelo GEF, para ajudar na segurança alimentar mundial, ao proteger abelhas, morcegos e pássaros que são essenciais para a produção de safras agrícolas. Aqui ao lado, falamos de importante iniciativa do governo federal: a criação do Fundo Amazônia, que visa à preservação de um dos bens mais valiosos do planeta, que precisa de cuidados especiais. Na página 3, outra notícia positiva: apesar da crise financeira mundial, continuam em alta os investimentos em energia limpa e projetos de eficiência energética. Isso demonstra que, embora lentamente, mas de forma continuada, países vêm fazendo esforços para mudar a matriz energética que provoca o efeito estufa. Nas páginas centrais, o empresário Olavo Monteiro de Carvalho fala de importante iniciativa da Associação Comercial do Rio de Janeiro: a reativação do Instituto Mauá, que será instrumento fundamental para impulsionar ações de desenvolvimento sustentável no Estado do Rio de Janeiro. Finalmente, em nossa contracapa, divulgamos seminário em que foram discutidas as vantagens da avaliação do ciclo de vida dos produtos nos processos de gestão das micro e pequenas empresas, além de ser lançado o guia de negócios Gestão do Ciclo de Vida dos Produtos e Rotulagem Ambiental para as Micro e Pequenas Empresas. Um abraço e até o próximo Haroldo Mattos de Lemos Presidente

Governo lança Fundo Amazônia Doadores financiarão ações de preservação de floresta O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em 1º de agosto, na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro, a criação do Fundo Amazônia. Gerenciado pelo BNDES, o fundo captará doações nacionais e internacionais para financiar ações de combate ao desmatamento e a promoção da conservação e do uso sustentável da floresta. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou do lançamento, destacou que o fundo é soberano: “Os doadores não têm assento. Isto é, apenas os brasileiros – os governos, os cientistas, os industriais, as ONGs e os sindicatos vão apitar no fundo, vão poder dizer para onde ele vai”. Segundo Minc, com o fundo, o Brasil deu o primeiro exemplo prático pós-Protocolo de Kyoto. Em seu primeiro ano de vigência, as contribuições deverão chegar a US$ 900 milhões, sendo que a expectativa é que alcancem US$ 21 bilhões até 2021. De acordo com Minc, além da Noruega, que já se comprometeu a depositar US$ 100 milhões este ano, outros dois países, como Alemanha e Suíça, além de três empresas brasileiras, já se mostraram dispostos a doar recursos. Diretrizes – O decreto que criou o fundo determina que o BNDES coordenará a captação de doações. Um comitê orientador, presidido pelo ministro do Meio Ambiente e formado pelo governo federal, governadores da Ama-

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos Diretor Técnico: Carlos Gabaglia Penna Diretor Jurídico: Oscar Graça Couto Diretor Administrativo: Roberto Carrilho Padula Jornalista Responsável: Ronie Lima (MTb 15.415/RJ) Referências Bibliográficas: Lílian Döbereiner Arte e Diagramação: Eliana Mac Dowell Fotolito: Pigmento Conselho Consultivo: Adolpho de Marinho Pontes (exdeputado federal do Estado do Ceará), Aloisio Ferreira de Souza (ex-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental/Abes,AL), Cândido Mendes de Almeida (diretorgeral da Faculdade Cândido Mendes/RJ), Carlos Alberto de Oliveira Roxo (gerente-geral de Meio Ambiente e Relações Corporativas da Aracruz Celulose S.A.), Carlos Henrique de Abreu Mendes (exsecretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro), Carlos Minc (deputado estadual PT/RJ), Henrique Brandão Cavalcanti (ex-ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal), Jean C. L. Dubois (presidente do Instituto Rede Brasileira Agroflorestal/Rebraf,RJ), João Augusto Fortes (presidente da Sociedade Civil Pró-Rio), Joaquim Falcão (ex-secretário-geral da Fundação Roberto Marinho), José Mário de Oliveira Ramos (vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro/Firjan), José Mendo Misael de Souza (vice-presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Mineiração), Márcio Moreira Alves (jornalista e presidente da Brain Trust Consultors), Marcio Nogueira Barbosa (ex-diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Inpe), Nelio Paes de Barros (ex-diretor administrativo do Instituto Brasil PNUMA), Paulo Nogueira Neto (ex-secretário especial do Meio Ambiente), Paulo Protásio (Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro),

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Divulgação

Presidente Lula assinou fundo soberano para salvar maior floresta do planeta

zônia e representantes da iniciativa privada e da sociedade civil, definirá as diretrizes de aplicação das doações, para a aprovação do banco. O fundo apoiará projetos que visem a objetivos como gestão de florestas públicas e áreas protegidas, fiscalização ambiental e recuperação de áreas desmatadas, atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da floresta, zoneamento ecológico-econômico e ordenamento e regularização fundiária. As ações do fundo devem considerar o Plano Amazônia Sustentável de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia. Adicionalmente, poderão ser aplicados até 20% dos recursos do fundo no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e até mesmo em florestas de outros países tropicais.

Ricardo Boechat (diretor de jornalismo da Band Rio), Roberto Klabin (presidente da SOS Mata Atlântica,SP), Roberto Messias Franco (ex-assessor do diretor regional do PNUMA para América Latina e Caribe e ex-secretário especial do Meio Ambiente) Conselho Fiscal: Joper Padrão do Espirito Santo, Roberto de Faria Almeida, Telma de Avellar Guimarães (titulares), João Alfredo Noronha Viegas, Saint Clair Zugno Giacobbo, Vicente Hermogerio Schmall (suplentes). Publicação bimestral. Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. INSTITUTO

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www.brasilpnuma.org.br COMITÊ BRASILEIRO DO PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE

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O interessado em tornar-se sócio do Instituto BRASIL PNUMA e receber este informativo deve fazer contato pelo nosso telefone ou pelo e-mail.

Av. Nilo Peçanha 50, sala 1.708 – Centro CEP 20.044-900 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel.: (21) 3084-1020 – Telefax: (21) 2262-7546 CGC: 40.200.230/0001-19 e-mail: brasilpnuma@domain.com.br

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Investimentos em tecnologias alternativas alcançaram US$ 148,4 bilhões em 2007

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Cresce investimento em energia limpa Negócios verdes não são afetados por desaquecimento de economias mundiais

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esmo com a atual instabilidade financeira mundial, com o desaquecimento das principais economias, os investimentos em energia limpa continuam em alta, registrando-se um grande aumento do interesse por produtos renováveis e com alta eficiência energética. Segundo estudo do Pnuma, os novos investimentos em tecnologias alternativas alcançaram, em 2007, US$ 148,4 bilhões – o que representa um crescimento de 60% em relação a 2006. Os investimentos em fontes renováveis e em outras formas de energia geradoras de emissões com baixo teor de carbono já cresceram mais de cinco vezes desde 2004, quando atingiram a marca de US$ 33,4 bilhões. Em 2005, chegaram a US$ 58,5 bilhões, e em 2006, a US$ 92,6 bilhões. Segundo o estudo Global Trend in Sustainable Energy Investment 2008 (Tendência Mundial de Investimento em Energia Sustentável 2008), com o fim da era do petróleo barato e a crescente preocupação com o aquecimento global, está ocorrendo um grande aumento do interesse por investimentos em energia limpa. Fontes energéticas – A maior parcela dos investimentos se concentrou até agora na União Européia, seguida dos Estados Unidos. Brasil, China e Índia também registraram crescimento no setor. No ano passado, os maiores investimentos se concentraram em fontes de energia eólica (43%). Em segundo lugar, em energia solar (24%). Os investimentos em biocombustíveis (17%) e em biomassa (9%) vêm em seguida. O estudo aponta ainda crescentes investimentos em outras fontes de energia renovável (3%), de baixa emissão de carbono (2%) e em projetos de maior eficiência energética (2%). O diretor-executivo do Pnuma e subsecretário da ONU, Achim Steiner, ressaltou que as descobertas do estudo, que apontaram o expressivo crescimento de 60% de investimentos no setor em 2007, em relação a 2006, “devem dar mais poder aos governos, do Norte e do Sul, para que adquiram um novo substantivo acordo no importante encontro da Convenção de Mudança Climática a ser realizada em Copenhague, em 2009”.

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Associação Comercial do Rio d OLAVO MONTEIR

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uase 30 anos depois de sua fundação, em setembro de 1980, pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, durante a gestão do empresário Ruy Barreto, o Instituto Mauá acaba de passar por uma grande reformulação e está sendo reativado. A expectativa é a de que o Instituto Mauá propicie à ACRJ as condições necessárias para ampliar sua atuação em prol do desenvolvimento sustentável do Estado do Rio de Janeiro, compatível com sua marca e dimensão institucional. Atualmente, a Associação Comercial do Rio de Janeiro está à frente de três grandes projetos que norteiam o trabalho dos seus conselhos empresariais e, agora, também servirão de base para as ações do Instituto Mauá. O primeiro se refere à criação da Megalópole Brasileira – formada pela conurbação das cidades do eixo Campos (RJ)-Campinas (SP), passando por Juiz de Fora (MG) –, faixa territorial que corresponde a 1% da superfície do território brasileiro, possui 22% da população e produz 35% do PIB nacional. O projeto da ACRJ inclui a criação do centro de estudos da Megalópole Brasileira, em que serão discutidas e traçadas as ações necessárias ao crescimento sustentável dessa região, com a proposição de novas dinâmicas sociais e econômicas que permitam consolidá-la como um conglomerado eficiente e apto a competir no mercado global. A ACRJ está discutindo questões como infraestrutura, logística, recursos naturais e meio ambiente, tráfego urbano, relações sociais e reforma da legislação tributária. O segundo macroprojeto abrange a Revitalização do Centro do Rio, incluída a Zona Portuária. O projeto envolve a integração entre a iniciativa privada e o poder público e a promoção de ações e programas voltados à revitalização do Centro da cidade, que resgatem a importância econômica e cultural da região que concentra as sedes de grandes empresas, de entidades públicas e privadas, além de um expressivo conjunto arquitetônico. O terceiro projeto é o Fórum do Rio, cuja proposta é criar um ambiente de negócios mais favorável ao crescimento das micro e pequenas empresas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Burocracia, pesada carga tributária, carência de crédito e o alto grau de informalidade são entraves ao crescimento dessas empresas que a ACRJ vem combatendo.

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A responsabilidade social deixou de ser um modismo para se tornar um diferencial de competitividade das empresas e é nisso que o Instituto Mauá estará engajado No âmbito desses macroprojetos, os conselhos empresariais da ACRJ vêm desenvolvendo, também, projetos complementares, como o de Choque de Ordem, do Conselho de Segurança e Cidadania; o InterAgir, do Conselho de Jovens; o de Licenciamento Ambiental Simplificado, do Conselho de Meio Ambiente; o Pólo Gastronômico da Praça XV e o Centro de Informação e Memória da ACRJ, do Conselho de Cultura; e o Passaporte para a Cidadania e ACRJ de Responsabilidade Social, do Conselho de Responsabilidade Social, entre tantos outros. AGOSTO/SETEMBRO 2008 – Nº 102


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de Janeiro reativa Instituto Mauá

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CARVALHO Divulgação

Sob a presidência de Olavo Monteiro de Carvalho, estarão à frente do Instituto Mauá os diretores Alvino Costa Filho, Maria Luiza Nobre, Áureo Salles de Barros e (em pé) Luiz Antônio de Godoy e a assessora Sônia Glória Neves

O Instituto Mauá terá como foco principal as áreas de responsabilidade social, meio ambiente e cultura, com atuação preponderante dos respectivos conselhos empresariais da ACRJ. Com essa perspectiva, o instituto representará um papel fundamental, possibilitando e facilitando a captação de recursos para viabilizar projetos elaborados pelos conselhos empresariais da ACRJ, sob a coordenação do Núcleo de Projetos, além de implementar diferentes programas e ações institucionais. A responsabilidade social deixou de ser um modismo para se tornar um diferencial de competitividade das empresas e é nisso que o Instituto Mauá estará engajado. As empresas do bem, as que perseguem o desenvolvimento sustentável, são as que estão atualizadas com a realidade mundial. A sociedade dá prioridade em apoiar as empresas que praticam esse tipo de ação. AGOSTO/SETEMBRO 2008 – Nº 102

O Instituto Mauá foi reativado para ser um instrumento moderno de gestão empresarial. Queremos usar esse grande banco de idéias, esse conhecimento que temos na ACRJ. Para dar conta dessa importante missão, o Instituto Mauá contará com Luiz Antônio de Godoy, como secretárioexecutivo; Alvino Costa Filho, como superintendente administrativo; Maria Luiza Nobre, como superintendente de projetos; e Áureo Salles de Barros, como superintendente financeiro. Acredito que o renascimento do Instituto Mauá é um ato de visão estratégica voltado para o futuro, que deixará uma venturosa e perene herança para a nossa sociedade.

Olavo Monteiro de Carvalho é presidente do Instituto Mauá


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E S T A N T E

Parte das publicações, periódicos e DVDs recebidos pela biblioteca UNEP. UNEP 2007 annual report. Publicação: Unep – United Nations Environment Programme. Nairobe, 2007. 120p. FURRIELA, Rachel Bioderman. Democracia, cidadania e proteção do meio ambiente. Publicação: Annablume: Fapesp, São Paulo. 2002. 193p. VALLE, Cyro Eyer do; LAGE, Henrique. Meio ambiente: acidentes, lições, soluções. Publicação: Senac, 2ª edição, São Paulo. 2004. 256p. BERNARDO, Christianner. Unidades de conservação: comentários à Lei 9.985/ 2000. Publicação: Letra Capital, 2007. 120p. AMAZÔNIA revelada: os descaminhos ao longo da BR-163. Organizador: Maurício Torres. Publicação: CNPq, Brasília. 2005. 496p. PINNOTI, Rafael. Os desafios ambientais do século XXI. Publicação: Petrobras, Rio de Janeiro. 2007. 207p. LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Educação ambiental e conselho em unidades de conservação: aspectos teóricos e metodológicos. Publicação: Ibase: Instituto TerrAzul, Parque Nacional da Tijuca. 2007. 88p. PNUMA. Informe anual del Pnuma, 2006 Publicação: Pnuma – Programa de lãs SEG

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ARACRUZ CELULOSE. Relatório anual de sustentabilidade 2007. Publicação: Aracruz, Espírito Santo. 2007. 150p.

Tratamento de esgotos TELECOM BRASIL. Balanço social telecomunicações 2007. Publicação: Ediouro, Rio de Janeiro. 2008. 118p. FURNAS. O fio que nos une: energia e cidadania – balanço social 2001. Publicação: Furnas, Rio de Janeiro. 2001. 108p. CEMIG. Relatório de sustentabilidade 2007. Publicação: Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2007. 136p. KIRBY, Alex. Kick the habit: a um guide to climate neutrality. Publicação: Unep, Nairobi 2008. 200p. GUIA da cooperativa de catadores. Coordenadores: André Vilhena; Dolores Regina Lustosa. Publicação: Cempre, Rio de Janeiro 2002. 32p. ATLAS de Sensibilidade Ambiental ao Óleo da Bacia Marítima de Santos. Coordenadores: Douglas F. M. Gherardi e Alexandre Pereira Cabral. Publicação: Ministério do Meio Ambiente, Brasília, 2007.116p.

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Naciones Unidas para el Médio Ambiente. 2006. 88p.

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AGENDA

25ªª Reunião do Conselho de Administração/Fórum de Ministros de Meio Ambiente – 20 de fevereiro de 2009, em Nairobi (Quênia). Realização: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Informações pelo tel. (61) 329-2113 ou pelo email unep.brazil@undp.org.br. 8ªª Reunião Conjunta da Conferência das Partes da Convenção para a Proteção da Camada de Ozônio. 20 de novembro, Doha (Catar). Realização: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Informações pelo tel. (61) 329-2113 ou pelo email unep.brazil@undp.org.br.

IX Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente – De 22 a 26 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ). Realização: Clube de Engenharia e Crea-RJ. Informações pelo tel. (21) 2178-9260 ou pelo email nono-cbdma@clubedeengenharia.org.br.

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O Instituto Trata Brasil e a Associação Brasileira de Municípios (ABM) assinaram termo de cooperação em ações de saneamento básico que prevê a troca de informações qualificadas, levantadas por meio de estudos e pesquisas sobre o setor, bem como a atuação conjunta na divulgação do direito ao acesso dos serviços de coleta e de tratamento de esgoto e do controle social na utilização dos recursos públicos para execução das obras de saneamento. O objetivo básico do acordo é promover uma ampla mobilização nacional para que o país alcance a universalização do saneamento básico. O diretor-executivo do Instituto Trata Brasil, Raul Pinho, calcula que com investimentos de R$ 11 bilhões por ano no setor, sejam gerados 550 mil novos empregos. Pesquisa da Trata Brasil, encomendada à Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que mais de 100 milhões de pessoas estão desassistidas de coleta e de tratamento de esgoto. Somente 47% do país têm cobertura de rede, o que mostra um déficit muito grande se comparado com a cobertura de água. A falta de saneamento tem impacto direto na educação: existe uma diferença de 18% no aproveitamento escolar entre crianças que têm e aquelas não possuem acesso ao saneamento básico. E os trabalhadores sem acesso faltam 11% mais do que os que vivem em áreas saneadas. O blog do Trata Brasil (www. tratabrasil.org.br) é um espaço aberto para a troca de experiências e informações sobre ações de saneamento básico.

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Prêmio von Martius

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Empresa responsável

A Câmara Brasil-Alemanha abriu inscrições, até 26 de setembro, para a edição 2008 do Prêmio von Martius de Sustentabilidade, que visa a reconhecer o mérito de iniciativas de empresas, do poder público, de indivíduos e da sociedade civil que promovam o desenvolvimento em padrões socioambientais sustentáveis. Realizado anualmente, o prêmio foi instituído para transmitir uma mensagem de responsabilidade socioambiental para o mundo, pela valorização de três importantes aspectos: humanidade, tecnologia e natureza. Com apoio do Ministério do Meio Ambiente, Pnuma, WWF-Brasil, InWEnt e CEBDS, o prêmio é patrocinado pela A.W. Faber Castell, Henkel, Gráfica Bandeirantes, Petrobras e Tetra Pak. Mais informações em www.premiovonmartius.com.br.

Com o objetivo de apoiar, incentivar e contribuir na construção de um cenário de sustentabilidade para o setor, a revista Meio Ambiente Industrial realizou, em junho, na Estação São Paulo, em Pinheiros, a 3ª Edição do evento Empresas Brasileiras Sustentáveis, em homenagem às companhias que Julio Tocalino Neto, diretor da Meio Ambiente Industrial: 3.500 empresas já certificadas adotam práticas sustentáveis. O evento, que reuniu 150 empresas e 350 convidados, foi mais uma demonstração de que o desempenho financeiro deixou de ser o único critério de ação de valor das empresas, pois investidores têm procurado aplicar recursos em companhias socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis, sólidas o bastante para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Realizado pela Ambientepress Comunicação Ambiental, com patrocínio das empresas APS Associados, Brazilian Carbon Bureau, DNV – Det Norske Veritas Ltda., DQS do Brasil S/C Ltda., Cepemar, Souza Cruz S.A. e Tropical Flora Reflorestamento, o evento reconheceu o mérito das empresas nacionais que conquistaram a certificação em conformidade com a norma ISO 14001, assim como aquelas que voluntariamente estão fazendo a mitigação (compensação e inventário) das emissões dos gases de efeito estufa. O superintendente do CB-38/ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e vice-presidente da ISO TC 207, Haroldo Mattos de Lemos, ressaltou que as empresas que planejam sua atuação a longo prazo já visualizaram a importância da sustentabilidade para seus negócios. “Esse prêmio tem um valor importante de reconhecer e divulgar ações empresariais nesse sentido. Temos ainda um desafio muito grande rumo à sustentabilidade, e as empresas aqui homenageadas mostram que são capazes de ultrapassar desafios”, afirmou. O diretor da Meio Ambiente Industrial, Julio Tocalino Neto, disse que aproximadamente 3.500 empresas já estão certificadas em conformidade com a norma ISO 14001, o que coloca o Brasil em destaque na América Latina. A exemplo da 2ª edição, em 2007, a Meio Ambiente Industrial promoveu a compensação das emissões de carbono (CO2) do evento com a entrega de mudas de árvores para os convidados.

Petrobras Ambiental

Atlas da Bacia de Santos

Estão abertas até 24 de setembro, em www.petrobras.com.br, as inscrições para o Programa Petrobras Ambiental, período 20082012, que tem como tema Água e Clima: Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável. A seleção publica em 2008, que contemplará projetos a serem patrocinados até 2010, destinará R$ 60 milhões às iniciativas. Cada projeto poderá receber até R$ 3,6 milhões. Podem participar da seleção projetos novos ou já em andamento, sob a responsabilidade de pessoas jurídicas, sem fins lucrativos, com atuação no terceiro setor, tais como associações, fundações, ONGs ou organizações sociais.

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Com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foi lançado, em agosto, na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no Rio de Janeiro, o Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo da Bacia Marítima de Santos. Elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, com a participação de diversos parceiros, o estudo traz informações sobre o ecossistema e a ocupação de todas as regiões da bacia. O atlas integra o Plano Cartográfico estabelecido pelo MMA e Ibama – em conjunto com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) –, que inclui também o Atlas de Sensibilidade Ambiental ao

Óleo das Bacias Sedimentares Marítimas do Ceará e Potiguar, lançado em 2004. Estão em preparação outros sete produtos similares para as bacias de Sergipe-Alagoas/PernambucoParaíba, do Sul da Bahia, do Espírito Santo, da Foz do Amazonas, do ParáMaranhão-Barreirinhas, de Pelotas e de Campos. Os atlas possibilitarão ao governo federal estabelecer medidas preventivas aos derramamentos de petróleo e dar resposta organizada, rápida e eficaz em caso de acidentes dessa natureza. As águas jurisdicionais da costa brasileira são prioritárias nesse processo, uma vez que mais de 80% de todas as atividades que envolvem petróleo e gás se localizam no litoral.

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Avaliação de ciclo de vida em debate Sebrae e Brasil Pnuma lançam livro sobre tema em seminário para empresas Divulgação

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specialistas discutiram as vantagens de integração da avaliação do ciclo de vida dos produtos nos processos de gestão das micro e pequenas empresas, no seminário Ciclo de Vida dos Produtos e Rotulagem Ambiental, realizado, em julho, na sede da ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro), pelo Sebrae/RJ e o Instituto Brasil Pnuma. Durante o seminário, foi lançado o guia de negócios Gestão do Ciclo de Vida dos Produtos e Rotulagem Ambiental para as Micro e Pequenas Empresas, de Haroldo Mattos de Lemos e Ricardo Luiz Peixoto de Barros. Elaborada pelo Sebrae e Instituto Brasil Pnuma, a publicação trata da aplicação dos conceitos e práticas para gestão do ciclo de vida, que resulta em melhorias ambientais e em vantagens econômicas. – A abordagem do guia é simples e objetiva, para mostrar como transformar isso em realidade. A idéia é contribuir para criar uma nova mentalidade, para que o empresário perceba que a produção limpa é um ótimo negócio. A idéia é que haja um envolvimento em toda a cadeia: do fornecedor ao transporte, fabricação, uso, embalagem e disposição final. Não há outra saída além da mudança de processo – destacou o representante do Brasil Pnuma, Ricardo de Barros. Custo ambiental – A avaliação do ciclo de vida de um produto leva em conta fatores como a retirada da matéria prima, processo de fabricação, transporte e consumo. O entendimento dessa cadeia, incluindo o destino final, desfecho ou reaproveitamento, pode determinar o custo ambiental de um produto. “Antes era do berço ao

túmulo, e hoje tem que ser do berço ao renascimento”, afirmou o presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da ACRJ e do Instituto Brasil Pnuma, Haroldo Mattos de Lemos. O gerente de Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, destacou a importância que o tema vem tendo no meio empresarial: – A realização de um debate como esse já é um sinal claro de que isso está entrando na pauta empresarial. Estamos trabalhando há algum tempo para mostrar que a racionalização do processo e o desenvolvimento de produtos sob a ótica da ecoeficiência representam ganhos. A redução do desperdício mexe no capital do empresário e, quando ele vê isso, não é preciso se ater apenas à ideologia ambientalista.

A produção mais limpa começa a ser um fator chave de competitividade. A inovação pelo desenvolvimento sustentável se diferencia no mercado. Como exemplo concreto de oportunidades do mercado ambiental, Paulo Alvim citou os produtos orgânicos, que crescem a uma taxa entre 30% e 40%, e as biojóias, que aproveitam resíduos florestais. – A lógica da produção e do consumo sustentável é uma grande oportunidade para as micro e pequenas empresas, sobretudo em um país como o nosso. Mas é preciso trabalhar para criar um regime diferenciado de crédito e tributação porque hoje o reciclado paga imposto duas vezes: na origem e quando volta ao mercado como um novo produto – alertou Alvim.

Apoio Cultural 8

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