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I N S T I T U T O
PNUMA
Brasil Pnuma
ABR/MAI 2014
Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Gases-estufa não param de crescer Países precisam investir US$ 177 bilhões anuais para evitar caos climático
A
Arquivo Pnuma
s emissões dos gasese de processos industriais, o -estufa cresceram mais rapidióxido de carbono respondamente na última década do deu por 78% do aumento das que, comparativamente, em liberações dos gases-estufa cada uma das três décadas de 1970 a 2010. precedentes. Para evitar que Fontes das emissões a temperatura do planeta – A tendência da recente aumente em demasia até o escalada de aumento das final do século, colocando em emissões de CO2 fica clara risco o futuro da humanidade, ao se analisar que cerca os países precisam investir da metade do acumulo das anualmente – pelo menos liberações entre 1750 (início até 2029 – US$ 177 bilhões; da Era Industrial) e 2010 sendo US$ 30 bilhões na ocorreu nos últimos 40 anos. redução da dependência de As principais fontes das combustíveis fósseis e US$ emissões de CO2 ocorreram 147 bilhões em fontes de nos setores de suprimento energia renovável. de energia (47%), produção Estes são alguns dos industrial (30%), transporte O crescimento econômico e populacional é o maior dados da mais recente ava(11%) e construção de préresponsável pela escalada de aumento do CO2 liação sobre as emissões dos dios (3%). gases-estufa do Painel Intergovernamental de Mudanças O IPCC analisou diferentes cenários para que se Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Globalmente, consiga estabilizar ou reduzir as emissões de gasessegundo os cientistas que trabalham sob os auspícios -estufa em cada um dos setores econômicos, fazendo do Pnuma e da Organização Meteorológica Mundial, o uma série de recomendações para que os promotores crescimento econômico e populacional continua sendo de políticas públicas revertam esse cenário que se avio maior fator responsável pelo incremento das emissões zinha catastrófico. de um dos principais gases-estufa, o dióxido de carbono Mantendo-se a tendência atual de crescimento, os (CO2); devido à queima de combustíveis fósseis. cientistas temem que o aumento da temperatura do Para que exista chance da temperatura do planeta planeta, em 2100, possa variar de 3,7º a 4,8º Celsius. não aumentar mais do que 2º Celsius por volta de E levando-se em conta as incertezas climáticas, poderia 2100 – comparando-se com os níveis médios da Era até mesmo variar de 2,5º a 7,8º Celsius – valores que Pré-Industrial –, as emissões dos gases-estufa precisam colocariam em risco o futuro da humanidade. ser reduzidas, por volta de 2050, de 40% a 70%, em Para o vice-secretário-geral da ONU e diretor-executivo relação às liberações do ano de 2010, e diminuir a quase do Pnuma, Achim Steiner, o estudo do IPCC ressalta zero até o final do século 21. a urgência dos países reforçarem suas iniciativas para O estudo do IPCC analisou as maiores causas do “esverdear” suas economias. Nesse sentido, o Pnuma contínuo crescimento das emissões nos principais setores continuará promovendo estudos e apoios aos países da economia mundial, como energia, transporte, conspara que implementem políticas de transição para uma trução, indústria, uso de terras, agricultura e exploração economia verde, de baixo carbono. florestal. Para os cientistas, o grande vilão das emissões Mais informações sobre o estudo do IPCC em www. é o CO2. Proveniente da queima de combustíveis fósseis ipcc.ch/.